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Cesare Battisti, ex-militante de extrema esquerda condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios durante os anos 1970, iniciou uma nova greve de fome para protestar contra seu isolamento em uma prisão na Calábria (sul), informou à AFP sua filha Valentine.

"Iniciei, a partir de 2 de junho, uma greve de fome e médica", escreveu Cesare Battisti, de 66 anos, que descreveu sua ala de segurança máxima na prisão de Rossano como um "túmulo", em um texto enviado através de sua filha.

Após a sua extradição para a Itália, o ex-chefe dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) foi colocado, em janeiro de 2019, na prisão de segurança máxima de Oristano, na Sardenha, onde cumpria sua pena em regime de estrito isolamento reservado a detidos condenado por terrorismo.

Em 8 de setembro de 2020, ele anunciou, por meio de seu advogado, que faria uma greve de fome para se aproximar de sua família. Quatro dias depois, foi transferido para a prisão de Rossano, na Calábria, onde estão presos condenados por terrorismo islâmico.

Sua filha Valentine ressaltou que todas as suas tentativas de transferência para impedir um isolamento, "que já dura 28 meses", foram sistematicamente rejeitadas.

"Passei 40 anos no exílio levando uma vida de contribuinte, totalmente integrado à sociedade civil à custa de uma atividade profissional incessante, de uma envolvimento pacífico em iniciativas culturais e beneficentes, em todos os lugares onde recebi refúgio", afirma Cesare Battisti em sua carta.

Refugiado na França por 15 anos, depois no Brasil, foi preso em janeiro de 2019 na Bolívia, após quase 40 anos foragido, e extraditado para a Itália.

Poucas semanas depois de sua prisão, pela primeira vez reconheceu perante um juiz sua responsabilidade nos assassinatos, ao mesmo tempo em que tomou distância da luta armada travada em seu país nos 'anos de chumbo'.

Durante sua estadia na França de 1990 a 2004, Cesare Battisti se beneficiou da proteção do presidente socialista da época, François Mitterrand, que havia prometido não extraditar nenhum ativista de extrema esquerda que concordasse em desistir da luta armada.

Mas em 2004, o governo do presidente Jacques Chirac decidiu pôr fim à "jurisprudência Mitterrand" e extraditar Battisti. Ele então fugiu para o Brasil com uma identidade falsa.

Battisti foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato em 1978 de Antonio Santoro, um guarda penitenciário, e Andrea Campagna, que trabalhava como motorista da polícia, um ano depois.

Ele também foi condenado por cumplicidade nos assassinatos em 1979 de Pier Luigi Torregiani, um joalheiro, e Lino Sabbadin, um açougueiro.

Na prisão, Cesare Battisti continuou a escrever e publicar. Segundo seus parentes, ele terminou um novo romance que esperam poder publicar na França e no Brasil. "Ele só tem escrita", apontam.

Depois de saber que Battisti confessou sua participação nos quatro assassinatos, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) se arrependeu de tê-lo protegido por anos.

O ex-terrorista italiano Cesare Battisti, de 65 anos, iniciou uma greve de fome na cadeia para protestar contra o regime de isolamento diurno ao qual está submetido desde o início de 2019.

Condenado por quatro homicídios cometidos na década de 1970, Battisti cumpre pena de prisão perpétua em uma penitenciária na ilha da Sardenha desde que foi entregue pela Bolívia às autoridades italianas, em janeiro do ano passado.

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"Tendo exaurido todos os meios para fazer valerem os meus direitos, me encontro obrigado a recorrer à greve de fome total e à rejeição de tratamentos", afirma o ex-terrorista confesso em uma carta divulgada por seu advogado, Davide Steccanella.

A defesa de Battisti alega que o isolamento diurno estava previsto para durar apenas de seis meses. Desde que voltou à cadeia depois de cerca de 40 anos de fuga, o italiano já entrou na Justiça para tentar diminuir sua pena, pediu prisão domiciliar por causa da pandemia do novo coronavírus e reclamou da comida no cárcere.

Em sua carta, Battisti diz que todas as suas solicitações foram sempre "obstinadamente negadas". "A Cesare Battisti, não é sequer permitido se surpreender se, no seu caso, algumas leis forem suspensas. É o que me foi passado, sem meios-termos, por diferentes autoridades", acrescenta o ex-terrorista.

Além do "isolamento forçado", o italiano também reclama de "atendimento médico insuficiente" e da "retenção arbitrária de textos literários". Battisti cobra sua transferência para um centro de detenção que "facilite suas relações com a família" e as "conexões profissionais voltadas à sua reinserção" na sociedade.

"Peço também que seja revista minha classificação no regime de alta segurança para terroristas, já que não existem mais as condições de risco que a justifiquem", conclui.

Já o advogado Steccanella afirma, em um pedido enviado recentemente às autoridades penitenciárias, que os "mínimos direitos humanos do detento" devem ser garantidos "até para Cesare Battisti", para que a "legítima execução de uma pena não assuma os contornos de um vingativo sepultamento tardio de um indivíduo 40 anos após os fatos cometidos".

A defesa alega que a atual condição do ex-terrorista impede a visita de seu filho brasileiro de quase seis anos de idade.

Battisti pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

Após ter passado quase 40 anos foragido e alegando inocência, Battisti admitiu, em março de 2019, ter sido o autor material de dois homicídios e seu envolvimento nos outros dois.

Os crimes

A primeira vítima de Battisti foi Antonio Santoro, um marechal da polícia penitenciária de 52 anos. Ele vivia uma vida tranquila com a mulher e três filhos em Údine, mas, em 6 de junho de 1978, foi morto pelo PAC, acusado pelos terroristas de "perseguir presos políticos".

Segundo os investigadores, os assassinos o esperaram na saída da prisão e o balearam. A Justiça diz que Battisti e uma cúmplice foram os autores dos disparos, e os dois teriam trocado falsas carícias até o momento do atentado.

Em 16 de fevereiro de 1979, o PAC fez uma ação dupla, assassinando o joalheiro Pierluigi Torregiani, em Milão, e o açougueiro Lino Sabbadin, em Veneza. Tanto Torregiani quanto Sabbadin haviam matado ladrões a tiros em tentativas de roubo, e os atentados teriam sido uma vingança.

No primeiro caso, Battisti diz ter participado do planejamento, mas que não estava presente no momento do crime; já no segundo, ele afirma ter feito a cobertura dos assassinos. O açougueiro também era militante do partido neofascista Movimento Social Italiano (MSI).

A quarta vítima foi o policial Andrea Campagna, morto por Battisti a sangue frio em 19 de abril de 1979, em Milão. Em sua confissão, o italiano afirmou que acreditava lutar uma "guerra justa" e que mais tarde reconheceria a "loucura dos Anos de Chumbo". 

Da Ansa

O italiano Cesare Battisti, que cumpre pena de prisão perpétua em uma penitenciária da Sardenha por quatro homicídios cometidos na década de 1970, reclamou da qualidade da comida servida no cárcere.

A notícia foi antecipada pelo jornal local Unione Sarda e confirmada à ANSA pelo advogado Gianfranco Sollai, que defende o ex-terrorista.

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"A comida influencia o nosso estado de saúde, que é um princípio garantido constitucionalmente. Meu cliente se encontra em estado de isolamento e pode comer apenas alimentos dados pela administração, enquanto os outros detentos podem cozinhar a comida levada por parentes ou comprada", disse.

Battisti pediu ao Tribunal de Vigilância de Cagliari, capital da Sardenha, acesso a mais alimentos de melhor qualidade na cadeia. "Também solicitamos análises e exames para verificar seu estado de saúde", acrescentou Sollai.

Recentemente, Battisti também pedira progressão para o regime domiciliar devido à pandemia do novo coronavírus, alegando ter hepatite B e infecção pulmonar, mas a solicitação foi rejeitada pelo Tribunal de Vigilância Penal de Cagliari.

Extraditado pela Bolívia em janeiro de 2019, o italiano de 65 anos cumpre prisão perpétua na penitenciária de Oristano, em regime de isolamento. Ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.

Após ter passado quase 40 anos foragido e alegando inocência, Battisti admitiu, em março de 2019, ter sido o autor material de dois homicídios e seu envolvimento nos outros dois. Ele transcorreu boa parte de seu período de fuga no Brasil e tem um filho nascido no país.

Da Ansa

A Suprema Corte de Cassação da Itália negou ontem a possibilidade de comutação de pena de Cesare Battisti. Sua defesa pedia a alteração de pena perpétua para 30 anos de prisão. O tribunal declarou "inadmissível" o recurso.

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 70, quando era militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

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Ele passou quatro décadas foragido e foi extraditado, em janeiro, da Bolívia para a Itália. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Corte de Apelação de Milão rejeitou nesta quarta-feira (22) um pedido da defesa de Cesare Battisti para comutar sua pena de prisão perpétua em pouco mais de 20 anos de cadeia.

Battisti, que passou quase quatro décadas foragido, foi condenado por quatro homicídios cometidos nos anos 1970, quando ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

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Em sua passagem por França, México e Brasil, sempre alegou inocência, mas, após ser repatriado pela Itália, admitiu que foi o autor material de dois assassinatos e participou do planejamento dos outros dois.

A defesa de Battisti alegava que ele foi expulso pela Bolívia com base em um acordo de extradição firmado por Brasil e Itália em outubro de 2017, que previa transformar sua pena em 30 anos de prisão, máximo estabelecido pela legislação brasileira.

Além disso, seu advogado, Davide Steccanella, queria que fossem descontados o período que Battisti ficou detido em sua fuga e um indulto de três anos, o que levaria a pena a ser cumprida para 20 anos, sete meses e 24 dias de reclusão.

De acordo com Steccanella, a expulsão de Battisti não respeitou as regras previstas pela legislação boliviana, como as que exigem a presença de um intérprete e dão prazo de três dias para recurso.

No entanto, segundo a Corte de Apelação de Milão, se quisesse fazer valer o acordo de extradição entre Brasil e Itália, Battisti não deveria ter fugido voluntariamente para a Bolívia, que era "livre para expulsar um estrangeiro que entrara ilegalmente em seu território".

Por outro lado, apesar de ter confirmado a pena perpétua, o tribunal manteve aberta a possibilidade de medidas alternativas. Daqui a três anos e meio, quando completar uma década de cadeia, incluindo suas prisões no exterior, Battisti poderá solicitar saídas temporárias.

"Battisti poderá gozar de benefícios penitenciários, em função do princípio constitucional do objetivo educativo da pena até para condenados à prisão perpétua", diz a sentença. O italiano cumpre sua pena em uma cadeia da Sardenha, em regime de isolamento diurno por pelo menos seis meses.

"As decisões dos juízes não se comentam. Se não concordamos, impugnamos", disse Steccanella, que deve entrar com um recurso em tribunais superiores.

Da Ansa

A defesa de Cesare Battisti, ex-ativista italiano preso e condenado em seu país por quatro mortes à prisão perpétua, pediu uma redução de sua pena para 30 anos de reclusão, com base na legislação brasileira, informou nesta quinta-feira (21) a agência AGI.

Segundo a agência, seu advogado, Davide Steccanella, apresentou três memorandos ao Tribunal Criminal de Milão nos últimos dias para pedir um julgamento em apelação da redução da pena de seu cliente, que tem 64 anos, a 30 anos de reclusão.

Cesare Battisti foi preso em janeiro na Bolívia após 40 anos fora da Itália e extraditado para seu país. Após sua chegada a Roma, ele foi transferido para uma prisão de segurança máxima na Sardenha, onde cumprirá sua pena.

O advogado citou a legislação brasileira para justificar seu pedido para reduzir a sentença de prisão de seu cliente para 30 anos.

Segundo a lei brasileira, a pena máxima de prisão é de 30 anos. Cesare Battisti foi capturado na Bolívia, mas deveria ter retornado ao Brasil, e não sido levado diretamente à Itália, disse Steccanella.

A Bolívia cometeu dois erros processuais, de acordo com o advogado italiano: não esperar o prazo de três dias previstos em lei boliviana para permitir a apresentação de algum recurso; e não devolver Battisti ao "país de origem" - no caso, o Brasil, de onde o ex-terrorista fugiu da Justiça brasileira e italiana.

O argumento do advogado é que se a Bolívia tivesse enviado Cesare Battisti de volta ao Brasil, o país não o teria extraditado para a Itália até ter certeza de que o ex-terrorista seria condenado a máximo de 30 anos de prisão, de acordo com a sua lei, e não à prisão perpétua, conforme previsto pela lei italiana.

A advogado criticou ainda "a exposição midiática particular" à qual seu cliente foi submetido e denunciou "declarações públicas de ministros" sobre o caso de Cesare Battisti, segundo a AGI.

O ministro italiano de Interior, Matteo Salvini, líder do partido Liga (de extrema direita) tinha prometido que o ex-terrorista iria "morrer na prisão".

O italiano Cesare Battisti ficará sozinho em uma cela e cumprirá um regime de isolamento diurno a partir desta segunda-feira (14), quando chega a Roma para descontar sua condenação à prisão perpétua. Sentenciado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970 e considerado "terrorista", Battisti volta à Itália após décadas de fuga.

De acordo com fontes do governo italiano, este será o primeiro regime carcerário imposto a Battisti. Depois, ele será transferido para a ala de segurança máxima, reservada a terroristas, do centro de detenção de Rebibbia, que fica perto de Roma.

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Battisti foi um militante de extrema esquerda do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele foi condenado à revelia na Itália e passou décadas como fugitivo da Justiça italiana. Ele viveu na França, no México e no Brasil - onde conseguiu asilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em dezembro, porém, sua prisão foi decretada no Brasil e o então presidente Michel Temer autorizou sua extradição. Diante da situação, Battisti fugiu.

O italiano foi encontrado e preso na noite de sábado (12) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e extraditado imediatamente, em um voo direto para Roma que deve aterrissar nesta segunda-feira.

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (13), na conta pessoal no Twitter, que com a captura do italiano Cesare Battisti, de 64 anos, “finalmente a justiça será feita”. Ele elogiou os responsáveis pela prisão, numa operação conjunta das polícias da Bolívia e da Itália, localizando e capturando Battisti nas ruas de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia).

“Parabéns aos responsáveis pela captura do terrorista Cesare Battisti! Finalmente a justiça será feita ao assassino italiano e companheiro de ideiais de um dos governos mais corruptos que já existiram do mundo [PT].”

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Battisti estava em Santa Cruz de La Sierra, uma das principais cidades da Bolívia, e foi capturado por volta das 17h deste sábado (12). Segundo relatos, ele não tentou escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.

Antes e depois de ser eleito, Bolsonaro defendeu a extradição de Battisti. Ele conversou com o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, que insistiu no processo de envio de Battisti para cumprir a pena de prisão perpétua em território italiano.

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

Nos últimos dias do governo Michel Temer, houve a decisão do STF. Após dias de buscas, a Polícia Federal divulgou 20 simulações sobre a possível aparência do italiano.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, informou hoje (13) que um avião do governo italiano está a caminho da Bolívia para buscar Cesare Battisti. Segundo o premiê, o avião pousará por volta das 14h, no horário de Brasília.

“Um de nossos aviões está viajando para a Bolívia, onde pousará por volta das 17h (horário da Itália), com o objetivo de tomar Battisti e trazê-lo de volta para a Itália. Esperando por ele aqui teremos nossas cadeias para expiar as sentenças de prisão perpétua que os tribunais italianos infligiram na época com sentenças proferidas em julgamento, certamente não por causa de suas ideias políticas, mas pelos quatro crimes cometidos e pelos vários crimes relacionados à luta armada e ao terrorismo”, disse no Facebook.

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O primeiro-ministro elogiou o esforço dos serviços de inteligência e as forças policiais italianas e a colaboração das autoridades brasileiras e bolivianas.

Nota

Em nota conjunta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério das Relações Exteriores disseram que estão tomando todas as providências necessárias, em cooperação com o Governo da Bolívia e com o Governo da Itália, para cumprir a extradição de Battisti e entregá-lo às autoridades italianas.

Foragido

Foragido desde dezembro, Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra por volta das 17h de ontem (12). Segundo relatos, ele não tentou escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.

A extradição do italiano foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de dezembro do ano passado.

As autoridades avaliam se a extradição para a Itália será feita diretamente da Bolívia ou se Battisti será enviado para o Brasil e, assim ser encaminhado para a Europa.

Condenação

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

Nos últimos dias do governo Michel Temer, no entanto, o STF decidiu pela extradição. A medida já era defendida, ainda em campanha pelo atual presidente Jair Bolsonaro.

A ordem para prender o italiano Cesare Battiti, de 64 anos, determinda pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), completa nesta sexta-feira (21) uma semana. Praticamente o mesmo tempo em que está foragido. A Polícia Federal divulgou 20 simulações de disfarces que ele pode ter adotado.

O nome de Battisti foi incluído na chamada difusão vermelha da Interpol, no esforço de ele ser detido em qualquer país. Ele está foragido desde o último dia 14, quando o presidente Michel Temer assinou sua extradição. A Polícia Federal faz buscas para capturá-lo.

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Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

Extradição

Recentemente a extradição de Battisti voltou a ser cogitada. Em novembro, após a divulgação de notícias sobre a possibilidade de se confirmar a extradição no futuro governo, Battisti reafirmou que confia nas instituições democráticas do Brasil e negou que tenha intenção de fugir de São Paulo, onde vive.

Em outubro do ano passado, o italiano foi preso na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele tentou sair do país com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Valores superiores a R$ 10 mil têm que ser declarados às autoridades competentes, sob pena de enquadramento em crime de evasão de divisas. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

Fugas

Com longo histórico de fugas, Battisti vivia discretamente em Cananeia, litoral de São Paulo, na casa de amigos. Mas ele passou cerca de 30 anos como fugitivo entre o México e a França e, em 2004, veio para o Brasil, onde permaneceu escondido durante três anos, até ser detido em 2007.

Em 2009, o STF autorizou a extradição em uma decisão não vinculativa que dava a palavra final ao então presidente Lula, que a rejeitou em 2010, no último dia do segundo mandato.

PGR

Em novembro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo para dar prioridade ao julgamento do processo que trata da possível extradição de Battisti. Para a procuradora, a prisão era necessária para evitar o risco de fuga de Battisti e assegurar a extradição.

Raquel Dodge também sustentou que a decisão do ex-presidente Lula podia ser revista. No entendimento da procuradora, a entrega de estrangeiros é tarefa exclusiva e discricionária do presidente da República e não pode sofrer interferência do Judiciário.

O italiano Cesare Battisti, foragido após o Supremo Tribunal Federal (STF) decretar sua prisão, poderia ter se refugiado na Bolívia, informou nesta terça-feira (18) o juiz aposentado brasileiro Walter Maierovitch. A declaração foi dada à rádio CBN após o jurista consultar membros de serviços de inteligência e espionagem internacional. 

De acordo com Maierovitch, a Bolívia é um destino no qual o italiano já havia ameaçado fugir em outra ocasião. No ano passado, Battisti chegou a ser preso sob a acusação de evasão de divisas, ao tentar entrar na Bolívia com o equivalente a mais de R$ 20 mil em moeda estrangeira.

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O italiano alega que pretendia apenas comprar material de pesca e roupas de couro e que o dinheiro era dividido com mais dois amigos. "Os agentes argumentam que Battisti teria a simpatia do vice-presidente boliviano, Álvaro García Liniera, que era membro do movimento guerrilheiro "Tupac Katari", explicou Maierovitch.

Battisti é um ex-membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Foragido, o italiano conseguiu asilo para viver no Brasil graças a uma decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu último dia de governo.

Da Ansa

Considerado foragido, o ativista italiano Cesare Battisti, de 64 anos, é procurado pela Polícia Federal (PF), que divulgou 20 simulações de imagens sobre disfarces, mostrando como poderá estar a aparência dele. Há quatro dias, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Battisti, abrindo espaço para sua extradição para a Itália.

Na Itália, Battisti foi condenado por quatro homicídios cometidos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. No último dia 14, o presidente Michel Temer assinou decreto determinando a extradição do italiano. Desde então ele não foi localizado, nem em Cananeia, onde mora, na região litorânea de São Paulo.

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 À espera da prisão e consequente extradição de Battisti, o governo italiano enviou ao Brasil uma aeronave militar para levá-lo de volta à Itália. O avião está no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

A Polícia Federal (PF)  pede que "qualquer informação sobre o foragido pode ser fornecida pelo telefone (61) 2024-9180 ou pelo e-mail plantao.dat@dpf.gov.br. O anonimato é totalmente resguardado”.

Histórico

Battisti chegou em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois. O italiano deixou a Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011, e voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na ocasião Battisti tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.

Há dois dias, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou carta a Temer agradecendo a decisão.

“Senhor presidente, quero expressar meu mais sincero agradecimento pela decisão de Vossa Excelência sobre o caso do cidadão italiano Cesare Battisti, definitivamente condenado pela Justiça italiana por crimes gravíssimos e que até hoje se subtraiu à execução das relativas sentenças”, diz a mensagem.

A Polícia Federal (PF) está procurando o ex-ativista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro assassinatos nos anos 1970, e com ordem de prisão cautelar determinada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). O italiano está em "local incerto e não sabido". Há uma investigação em andamento para localizar o italiano.

O advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti, informou que não conseguiu contato com o cliente após a decisão do ministro do Supremo. A última vez que conversaram, segundo o defensor, foi "no começo do mês ou fim do mês passado". Tamasauskas informou que eles só se falavam "quando havia necessidade".

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Na decisão, Fux expediu o mandado de prisão para ser cumprido pela Interpol, no Brasil representada pela Polícia Federal. Também citou pedido da Interpol para prender Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Em 2010, o STF julgou procedente o pedido de extradição feito pela Itália três anos antes, mas deixou a palavra final para o presidente da República. À época, o petista Luiz Inácio Lula da Silva negou, no último dia de mandato, entregar Battisti.

No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão de Lula. A defesa do italiano solicitou, então, ao STF um habeas corpus preventivo. À época, Fux concedeu liminar (decisão provisória), que ele mesmo revogou agora.

Na decisão desta quinta-feira, Fux considerou que, como o Supremo já reconheceu a possibilidade de extradição, outros presidentes podem tomar decisão diferente. "Tendo o Judiciário reconhecido a higidez do processo de extradição, a decisão do chefe de Estado sobre a entrega do extraditando, bem assim a sua eventual reconsideração, não se submetem ao controle judicial", escreve o ministro.

Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que extraditaria imediatamente Battisti. Em entrevista em novembro, Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia italiana que devolveria Battisti ao país, após manifestação do STF.

A decisão de Fux - antecipada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo - pegou de surpresa o entorno de Battisti. O advogado do italiano não tinha sido comunicado até as 22h30 de quinta. Igor Tamasauskas disse que vai recorrer assim que tiver acesso ao teor do documento.

Amigos de Battisti acreditavam que o plenário do Supremo, composto pelos 11 ministros da Corte, deveria julgar a reclamação sobre a extradição de Battisti antes de tomar qualquer medida em relação ao italiano.

Eventual fuga

No pedido de prisão feito na quinta-feira, Raquel Dodge afirmou que "revela-se não apenas necessário, mas premente e indispensável a custódia cautelar, seja para evitar o risco de fuga, seja para assegurar eventual e futura entrega do extraditando à Itália, adimplindo, desse modo, com os compromissos de cooperação internacional assumidos pelo Brasil, nos termos do Tratado Bilateral firmado entre os países interessados".

Battisti, de 63 anos, integrou nos anos 1970 um grupo terrorista na Itália e foi condenado à prisão perpétua por homicídios. Ele fugiu da Itália e foi preso em 2007 no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a Battisti o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

O italiano Cesare Battisti pode ser preso a qualquer momento pela Interpol. Na noite dessa quinta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux ordenou a detenção de Battisti, abrindo caminho para uma possível extradição. 

Condenado na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando era membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), e considerado "terrorista" em seu país natal, Battisti vive em Cananeia, no litoral sul de São Paulo, graças a um asilo concedido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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No entanto, com a decisão de Fux, Battisti pode ser detido a qualquer momento e, tanto o atual presidente, Michel Temer, quanto o futuro, Jair Bolsonaro, poderão extraditá-lo. O advogado de Cesare Battisti disse nesta manhã (14) à ANSA que "ainda não tem posição" e não comentará a decisão de Fux.

"Ainda não temos posição", afirmou Igor Tamasauskas. Vizinhos dizem que Battisti não é visto em Cananeia desde novembro. O carro do italiano está estacionado ainda em sua casa, mas o seu paradeiro é desconhecido. 

Da Ansa

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (6) que, da parte dele, o italiano Cesare Battisti, 63 anos, voltará para a Itália. "Tudo o que for legal, da minha parte, nós faremos para devolver esse terrorista para a Itália", disse o presidente em entrevista, na noite desta segunda-feira, a José Luiz Datena, da TV Bandeirantes. Segundo Bolsonaro, isso foi o que disse ao embaixador da Itália, Antonio Bernardini, durante encontro pela manhã. 

 Condenado na Itália por terrorismo e quatro assassinatos, Battisti vive em São Paulo. Em dezembro de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição de Battisti, em decisão no último dia do mandato do petista.  Durante a campanha, Bolsonaro disse que pretendia extraditá-lo, como deseja o governo da Itália. 

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“O caso Batistti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal. Esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse o embaixador. 

Após a vitória de Bolsonaro, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que o presidente eleito mantém a determinação em favor da extradição de Battisti. No fim de semana, o italiano disse que confia nas instituições brasileiras. 

Conversa

No encontro com Bolsonaro, o embaixador entregou uma carta enviada pelo presidente da Itália, Sergio Mattarella. O diplomata lembrou que Bolsonaro é de origem italiana e que ambos tiveram uma conversa “muito simpática”.  “Nós temos uma presença no Brasil que é histórica. Claro que a perspectiva para o futuro é aumentar essa presença italiana no Brasil”, disse o embaixador.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta segunda-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que dê preferência ao julgamento do processo que trata de uma possível extradição do italiano Cesare Battisti.  

No ano passado, ante notícias de que o presidente Michel Temer teria aberto um processo administrativo para uma possível revisão sobre a negativa de extradição de Battisti, a defesa dele entrou com um pedido no STF para que fosse afirmada a impossibilidade de revisão da decisão. 

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Em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou pedido do governo da Itália para que Battisti fosse extraditado, em decisão no último dia de mandato do petista. 

Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália pelos crimes de terrorismo e quatro assassinatos cometidos quando era ativista do Partido Proletariado Comunista. Ele viveu como fugitivo por três décadas, antes de chegar em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois. 

O governo italiano pediu a extradição do ex-ativista, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas posteriormente negada por Lula. Neste ano, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse durante a campanha que pretende extraditar Battisti.  Em parecer no processo que tramita no STF, a PGR argumentou que a negativa de extradição não pode ser revista pelo Poder Judiciário, mas que não haveria qualquer impedimento para que a própria Presidência da República voltasse atrás em sua posição, uma vez que, conforme estabelecido pelo próprio Supremo, trata-se de uma decisão de conveniência política. 

A defesa de Battisti alega que, pelo princípio da segurança jurídica, a decisão de Lula é “insindicável”. O processo é relatado pelo ministro Luiz Fux, que deve decidir se leva o assunto ao plenário do STF. 

Nesta segunda-feira (5), o embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, encontrou-se com Bolsonaro, com quem disse ter discutido a situação de Battisti.  “O caso Batistti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição. O caso está sendo discutido agora no Supremo Tribunal Federal.

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) voltou a se manifestar nesta terça-feira, 16, a respeito de uma possível extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, asilado no Brasil desde 2010. Bolsonaro escreveu no Twitter que, se eleito, extraditará Battisti "imediatamente" para mostrar o "total repúdio e empenho no combate ao terrorismo" por parte do País.

"Reafirmo aqui meu compromisso de extraditar o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, imediatamente em caso de vitória nas eleições", escreveu Bolsonaro. "Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e empenho no combate ao terrorismo."

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Em seu País, Battisti foi condenado por terrorismo pelo assassinato de quatro homens nos anos 1970. A Itália insiste em sua extradição. Em 4 de outubro de 2017, Battisti foi preso pela Polícia Federal na fronteira com a Bolívia na posse de US$ 6 mil e mais 1.300 euros, totalizando R$ 23,5 mil em dinheiro vivo pela cotação do dia. Ele foi solto depois, mas se tornou réu por crime de evasão de divisas.

Bolsonaro também respondeu no Twitter aos cumprimentos do vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini, sobre sua votação no primeiro turno. "Grato pela consideração de Vossa Excelência, Vice Primeiro-Ministro italiano! Um forte abraço aqui do Brasil."

O Ministério Público de São Paulo, por meio do promotor de Justiça titular de Cananéia, denunciou o italiano Cesare Battisti sob acusação de inserir declarações falsas em documento público "com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante".

O promotor também acusa Joice Passos dos Santos. O crime teria ocorrido no dia 26 de maio de 2015.

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Em 4 de outubro de 2017, Battisti foi preso pela Polícia Federal na fronteira com a Bolívia na posse de US$ 6 mil e mais 1.300 euros, totalizando R$ 23,5 mil em dinheiro vivo pela cotação do dia. Ele foi solto depois, mas se tornou réu por crime de evasão de divisas.

A Itália insiste em sua extradição. Em seu país, Battisti foi condenado por terrorismo pelo assassinato de quatro homens nos anos 1970.

Nesta nova acusação a Battisti, segundo o Ministério Público de São Paulo, em procedimento visando à habilitação para casamento, o italiano e Joice declararam falsamente que residiam em Cananéia (SP) e Belford Roxo (RJ), respectivamente. "Todavia, diligências empreendidas pela Polícia Federal comprovaram que ambos residiam, na verdade, no município paulista de Embu das Artes."

"O local de domicílio dos nubentes define o cartório competente para receber e processar os pedidos de habilitação para casamento, bem como o local de publicação das proclamas", destacou o promotor na denúncia.

Sem a existência de tal critério objetivo, seria necessária a instalação de um regime de concorrência entre os cartórios de diversos distritos.

"Ademais, é por meio da publicação do edital de proclamas que se confere publicidade à pretensão matrimonial, permitindo-se que qualquer pessoa conhecedora de causas impeditivas do casamento se manifeste contrariamente a ele", diz a denúncia.

O Ministério Público assinala que "sob essa perspectiva, a publicidade do edital apenas pode atingir sua finalidade legal se ocorrer no meio social no qual estão inseridos os nubentes, pois se presume que as pessoas entre as quais atualmente residem os interessados são as que melhor podem informar".

"Daí a importância de se tutelar a norma, ferida pelos denunciados por meio de declarações falsas."

Defesa

O advogado Igor Tamasauskas, que defende Battisti, informou que "está tomando as providências cabíveis em relação a recente acusação de falsidade ideológica, relacionada a uma declaração por Cesare Battisti realizada de morar na cidade de Cananéia".

"Chama a atenção o fato de o Ministério Público apontar a falsidade desta informação, considerando que se trata do local que Cesare Battisti se encontra até os dias atuais", assinalou Igor Tamasauskas.

Em resposta a um pedido do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), a 20° Vara Federal do Distrito Federal reiterou, na segunda-feira, 15, a posição pela deportação do italiano Cesare Battisti, que vive no Brasil desde 2004. Assinada pela juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, a manifestação relembra que a vara acatou o pedido do Ministério Público Federal, feito em 2012, de cassar o visto de permanência definitiva do italiano no País.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por envolvimento em quatro homicídios. Ele vive no Brasil beneficiado por um decreto do ex-presidente Lula que, em 2010, negou à Itália o pedido de extradição.

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Em outubro do ano passado, Fux decidiu reautuar o processo do italiano como uma reclamação - a defesa de Battisti havia impetrado inicialmente um habeas corpus no STF para impedir a extradição. Com a decisão de Fux, o julgamento sobre Battisti foi adiado e segue sem previsão de quando será retomado.

"Verifiquei que, na verdade, muito embora o suposto paciente tenha impetrado um habeas corpus, o que se volta realmente aqui é o fato de que se pretende infirmar a extradição denegada àquela oportunidade pelo presidente da República e que foi objeto de uma impugnação judicial em que o STF por uma maioria expressiva entendeu que o presidente da República podia não entregar o extraditando", disse Fux na ocasião.

Em dezembro, Fux pediu que as autoridades envolvidas no processo de Battisti prestassem informações, novamente, já que agora o caso tramita como reclamação. Ofícios foram encaminhados ao Presidente Michel Temer, ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, e ao ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, além da 20° Vara do DF, que já se pronunciou.

Em manifestação encaminhada ao STF em outubro do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu o direito do presidente Michel Temer de rever a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar Battisti.

Por decisão de Fux, uma eventual extradição não pode ocorrer enquanto não for julgado o mérito do caso.

Na manifestação, a AGU argumentou que a extradição é "ato eminentemente político". No início de outubro do ano passado, Battisti foi preso em Corumbá, na fronteira com a Bolívia, acusado de evasão de divisas. Ele afirmou à Polícia Federal que ia pescar no país vizinho. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, chegou a afirmar que houve "quebra de confiança" com o italiano.

O advogado Igor Tamasauskas, que defende o italiano Cesare Battisti, divulgou nota nesta terça-feira, 12, após a Justiça Federal de Campo Grande receber denúncia criminal e abrir ação penal contra Battisti por evasão de divisas. "Estamos analisando com cuidado os autos, sobretudo a ausência de proposta de suspensão condicional, plenamente cabível, por parte da acusação", afirmou o criminalista.

Em 4 de outubro, Battisti foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Federal tentando atravessar a fronteira do País, na região de Mato Grosso do Sul, com a Bolívia, levando em dinheiro vivo US$ 6 mil e mais 1.300 euros, totalizando R$ 23,5 mil pela cotação do dia. A defesa de Battisti nega com veemência que ele tenha a intenção de fugir.

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A acusação contra Battisti por evasão de divisas foi apresentada pela procuradora da República Damaris Rossi Baggio de Alencar, do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul.

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