Tópicos | Consciência Negra

No país da miscigenação, o dia da Consciência Negra é celebrado há nove anos para falar sobre a importância da inclusão do negro e resgatar a história daqueles vindos de África, que aqui foram escravizados. O dia 20 de novembro, não por coincidência, homenageia o líder do Quilombo dos Palmares, morto por causa de sua resistência e luta contra a escravidão instituída na Capitania Pernambucana e no Brasil. Em 2017, celebram-se os 322 anos de morte de Zumbi dos Palmares, responsável, junto com Dandara e tantos outros negros, pela libertação dos escravizados.

“Desde o primeiro negro que foi traficado em África, até os dias de hoje, a palavra que marca a caminhada deste povo no Brasil é resistência, frente toda negação de direitos e qualidade de vida”, é o que diz Valdenice Raimundo, coordenadora do Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e Indígena da Universidade Católica de Pernambuco. A professora complementa dizendo que “existe também um espaço de conquista. A exemplo de Zumbi, a gente continua acreditando numa sociedade em que seremos respeitados e reconhecidos não pelo samba e futebol, mas por estarmos na universidade, na ciência, por todos os espaços que estamos ocupando”, afirmou.

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No entanto, mesmo ocupando todos esses lugares que antes não era possível por falta de políticas públicas e oportunidades, a real situação do povo negro parece não ter mudado muito. Ao que os indicadores mostram, apenas a “liberdade plena” do indivíduo, uma luta travada na época de Zumbi, foi uma conquista real. O extermínio dessa parte da população parece que persiste ao tempo.

Segundo o Instituto de pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 delas são negras. Jovens e negros do sexo masculino são os que mais continuam sendo assassinados todos os anos, como se vivessem em situação de guerra. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas no Brasil, de acordo com o estudo.

Quando separada as mortes por arma de fogo, que representa maior parte dos assassinatos de pessoas negras no Brasil, com dados do Mapa da Violência, os números continuam assustadores. Segundo publicado, no ano de 2003 foram cometidos 13.224 homicídios por arma de fogo contra a população branca; em 2014 esse número diminuiu para 9.766, o que representa uma queda de 26,1%.

Em contrapartida, o número de vítimas negras passa de 20.291, em 2003, para 29.813, em 2014, um aumento de 46,9%. Em Pernambuco, a chance de um jovem negro ser assassinado é 11,5 vezes maior que a de um branco da mesma faixa etária. O grupo Gente Preta fez um vídeo que ajuda a entender os números sobre a desigualdade racial no Brasil.

Desumanização da população preta e a contínua resistência

“Isso é um resquício da escravidão negra no Brasil. É um segmento da raça humana que ficou subordinada aos dominadores (brancos) por mais de 500 anos. Durante muito tempo houve uma desumanização da população preta e parda, e essas posturas se mantém até hoje. Só para fazer um comparativo, a morte de uma criança preta, pobre e da periferia, que ocorre por conta da incursão da polícia na favela, não causa uma comoção como geraria se o mesmo acontecesse num bairro nobre”, comentou o advogado Humberto Adami. Ele foi um dos responsáveis pela sustentação oral no Supremo Tribunal Federal para a implementação das cotas raciais.

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Organizações como o coletivo Cara Preta tentam - através do empoderamento da juventude negra - mudar o que está posto. “A luta contra o genocídio dos jovens negros é nossa maior dificuldade. A juventude negra está escancarada. Nós do coletivo tentamos trabalhar na questão da intervenção de políticas públicas, esperando do Estado uma conversa com a juventude negra. Nada de nós sem nós. A gente entende que para se construir essas políticas o Estado tem que sentar com os coletivos e com aqueles que estão sendo mais atingidos”, reiterou Suzana Santos, universitária e integrante do Cara Preta.

Jardel Araújo, também integrante do coletivo, trouxe uma discussão que nem sempre é lembrada pela população: para ele, existem várias formas de "genocídio". “Não é só a ‘morte morrida’ ou a ‘morte matada’. O silenciamento do jovem preto pra gente também é uma forma de genocídio. As chances que não são dadas, o não acesso à educação, ao lazer, a saúde (de qualidade) também são formas de extermínio. São mortes sociais que fazem com que a gente perceba. E dói muito”, pontuou.

Violência e desigualdade

Esse caráter discriminatório que vítimiza proporcionalmente mais a juventude negra, também foi documentado no estudo “Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade”. Neste trabalho, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública incorporou um indicador de desigualdade racial ao indicador sintético de vulnerabilidade à violência dos jovens (mortalidade por homicídios, por acidente de trânsito, frequência à escola e situação de emprego, pobreza e desigualdade).

Foi constatado que em todas as Unidades da Federação, com exceção do Paraná, os negros com idade entre 12 e 29 anos apresentaram mais risco de exposição à violência que os brancos na mesma faixa etária. Mesmo o país vivendo, até o ano de 2015, um de seus melhores momentos econômicos e de condição de vida, o Brasil continuou sendo um país extremamente desigual.O perfil típico das vítimas fatais permanece o mesmo: homens, jovens, negros e com baixa escolaridade. Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. 

Com relação à questão salarial, a renda média de homens brancos com ensino superior é de R$ R$ 6.702. Este quantitativo é 29% maior que a de homens negros com ensino superior, que recebem algo em torno de R$ 4.810. Já a renda média de mulheres brancas com ensino superior, gira em R$ 3.981, é 27% maior que a de mulheres negras, com a mesma qualificação profissional, recebendo R$ R$ 2.918. Quando analisados os que ganham salários acima de R$ 10 mil, a disparidade persiste. A pesquisa aponta que entre aqueles que ganham mais de R$ 10 mil por mês, 81% são “não negros” e apenas 19% são “negros”.

Neste 20 de Novembro há o que se comemorar?

“Eu sou otimista. É sempre bom lembrar que muitas pessoas sofreram para que tanto 13 de maio (abolição da escravidão), quanto 20 de novembro ocorressem no Brasil. Muitas foram as vidas poupadas após as realizações dessas datas. Eu penso que há sempre o que comemorar. Temos a lei de cotas, o feriado de Zumbi dos Palmares, que funciona em alguns lugares e outras possibilidades de luta, como a luta do povo de terreiro. O dia da Consciência Negra é um dia de renovação das forças para continuar as lutas”, finalizou Humberto Adami, que também é mestre em direito e Presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Brasil. 

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O Projeto Guri, programa sociocultural criado em 1995 que ajuda a incluir jovens carentes em iniciativas de formação cultural, incentivou os alunos participantes a criar uma composição e um videoclipe como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, celebrado na próxima segunda-feira (20). A estudante Isadora Furlanetto, da cidade de Mirassol, criou a música “Sentimento Não Tem Cor”, com arranjos de outros dois companheiros, Gustavo Medeiros e Celso Rocha.

A composição faz parte de uma das atividades socioeducativas que têm como base quatro temas: cidadania e direitos; meio ambiente e sustentabilidade; saúde; e ética e diversidade. No primeiro semestre, a iniciativa reuniu mais de mil estudantes do projeto em um coral que entoou uma das composições de Renato Russo, da Legião Urbana, na cidade de Ibirá, situada a 430 quilômetros de São Paulo.

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O Projeto Guri é mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e possui 400 polos de ensino e já atendeu mais de 650 mil jovens, inclusive internos da Fundação CASA.

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De volta às atividades após uma semana de férias, o governador Paulo Câmara (PSB) comandará, nesta segunda-feira (21), às 15h, um ato no Palácio do Campo das Princesas em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no último domingo (20). 

Câmara vai entregar a cinco personalidades negras de Pernambuco a Medalha Solano Trindade, prevista no Decreto n°42.481, de 10 de dezembro de 2015. Na ocasião, ele também vai assinar o decreto que prevê o quesito raça/cor nos documentos governamentais, possibilitando o empoderamento e identificação desta população.

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Outro ato que fará parte da solenidade será a entrega oficial do documento das Mulheres Negras para o governador, elaborado coletivamente e visando o fortalecimento da mulher negra no Estado. O documento traz as necessidades e propostas que atendem diretamente o gênero.

Neste domingo (20), a partir das 14h, a quadra Central do Morro da Conceição localizado na Zona Norte do Recife receberá o Clube do Samba sob o comando da Karyanna Spinelli. Samba e solidariedade irão unir ao palco Carlos Ferrera, Chateau Costa, Xico de Assis, Igbonan Rocha - que vem direto de Alagoas - e a paraibana Nathalia Bellar. A entrada são 2kg de alimentos não perecíveis.

O evento contará com a Feira Quilombar de Arte Negra que é um coletivo criado para fortalecer artistas e artesãos que trabalham com arte que aprecia e consome os produtos com a temática afro brasileira. O encerramento da festa será com o Afoxé Omo Nilê Ogunjá.

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Fundado em 2009 nas ruas do Morro da Conceição na cidade do Recife, o Clube do Samba de Recife inspirado no carioca João Nogueira vem enfatizando a disseminação positiva e vitoriosa do samba de Pernambuco em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Natal, São Paulo, Paraíba e Brasília. 

Serviço:

Clube do Samba do Recife com Karynna Spinelli e convidados

Quadra Central do Morro da Conceição

20 de novembro | 14h às 17h

Entrada: 2kg de alimentos não perecíveis

Em comemoração ao mês da Conscienência Negra, a cantora Karyna Spinelli apresenta, neste domingo (20), às 16h30, o Pocket Show 'Canto Negro'. A apresentação será realizada no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife.

O evento consiste na reunião de artistas que tem como proposta de enraizar a cultura negra, em um espetáculo com entoadas yorubanas, saudação aos Orixás e encontros de Ogans. A tarde conta ainda com palestra do sacerdote juremeiro Alexandre L’Omi  L’Odò com a palestra “13 de maio x 20 de novembro”.

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Aberto ao público, o espetáculo tem direção musical de Karynna Spinelli e Nêgo Henrique (ex-Cordel do Fogo Encantado) e produção da Mulucum.

Serviço

Pocket Show Canto Negro, com Karina Spinelli e convidados

Domingo (20) | 16h30

Paço do Frevo (Rua da Guia, s/n - Bairro doRecife)

Gratuito

O Museu Felícia Leiner está promovendo a Semana da Consciência Negra com ações que celebram as origens e a herança cultural do nosso país. A celebração começa nesta quarta-feira 16 de novembro, às 15h, com a peça "Menina Bonita do Laço de Fita", de Ana Maria Machado. Usando fantoches de forma lúdica, os educadores apresentam um panorama sobre a influência africana, o racismo, os preconceitos e herança que influenciam nossa identidade brasileira. 

A programação continua na quinta-feira (17), também às 15h. Será desenvolvida a oficina temática Diálogos e Conexões, que exibirá o curta metragem "Vista Minha Pele". Já o Encontro com Arte traz a oficina sobre a cultura do turbante, no dia 19, às 10h. O "Palco É Seu" apresenta duas grandes exibições, Hay e Dany Kriola, às 16h. O espetáculo tem canções africanas e samba de roda. 

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A atração musical é do grupo de Hip Hop Kings H2 Crew, no dia 20, às 11 e, no mesmo dia, os visitantes aprenderam a confeccionar as tradicionais bonecas de pano chamadas abayomi. Para fechar a programação, o Museu e Auditório inauguram a exposição "Crespura", às 9h do dia 22. O material faz parte do projeto fotográfico inspirado em cabelos cacheados e crespos, idealizado e produzido pela fotógrafa e estudante de jornalismo Gabriela Oliveira. A mostra também valoriza a presença africana na formulação da identidade do país. A entrada é gratuita todos os dias. 

O visitantes podem contribuir com doações de livros que serão utilizados no projeto "A Cada Livro Perdido, um Leitor Encontrado". Os organizadores lembram, que os exemplares devem estar em boas condições de uso e que não serão aceitos livros didáticos e paradidáticos ou materiais considerados agressivos e impróprios para circulação em locai públicos. 

O Museu Felícia Leirner fica na Av. Dr. Luis Arrobas Martins, 1880 - Alto Boa Vista, Campos do Jordão - São Paulo. 

Ascendino Correia Leal, de 68 anos, gerente do restaurante Garota da Tijuca, no bairro da zona norte do Rio, foi preso em flagrante por injúria racial após entregar bananas a três entregadores de bebidas, todos negros, na última sexta-feira (20). Segundo os entregadores, que não conheciam o gerente, ele afirmou estar prestando uma homenagem a eles pelo Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. Os entregadores chamaram a polícia e o gerente foi conduzido à 19ª DP (Tijuca), onde ficou preso até pagar fiança de R$ 800.

O trio fazia uma entrega no bar quando o gerente entregou as bananas. "Ele foi em cada um de nós, ofereceu as bananas e disse que era em homenagem ao Dia da Consciência Negra. E ainda completou que 'é uma para cada um que vocês, que são todos da mesma raça'", contou à TV Globo Leonardo Valentim, motorista do caminhão de entrega.

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Segundo o delegado Celso Ribeiro, da 19ª DP, os depoimentos indicam que Ascendino acreditou estar fazendo uma brincadeira - "de mau gosto", classificou o delegado.

Outro entregador, William Dias Delfim, afirmou à Polícia Civil que, percebendo ter ofendido o trio, o gerente riu e tentou desfazer o constrangimento. Mas o motorista Leonardo começou a discutir com Ascendido e chamou a polícia. O gerente pode ser condenado a até três anos de prisão, além de multa.

Recentemente, a atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, ambas da TV Globo, foram alvo de comentários racistas no Facebook. Os casos estão sendo investigados.

A I Semana da Consciência Negra de Educação Física, promovida pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), começa nesta segunda-feira (16) e segue até o próximo sábado (21). O evento conta com palestras sobre identidade afro, juventude negra brasileira, cotas raciais, racismo, resistência, entre outros temas. Além disso, serão realizadas oficinas de danças africanas e vídeo debate sobre capoeira.

Promovido pelo Núcleo de Educação Física e Desportos (Nefd), do Campus Recife da UFPE, o evento recebe inscrições durante suas atividades. O Campus Recife fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária. Veja a seguir a programação:  

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Dia 17/11

9h, Sala 3 (Nefd) – Palestra: “Cotas raciais como perspectivas de empoderamento”, com o professor e mestrando Edmilton Amaro da Hora Filho (mestrando em Educação, atuante no tema do ensino da cultura afro-brasileira)

13h, Sala 2 (Nefd) – Palestra: “Africanos na UFPE e Racismo Institucional”, com a professora Auxiliadora Maria Martins da Silva (membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPE e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Anti-racismos na Educação)

16h, Sala 2 (Nefd) – Palestra: “Memórias de luta e resistência do povo negro no Brasil”, com o professor Itacir Marques da Luz (membro do Centro de Estudos em História da Educação da UFMG e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFPE)

Dia 19/11

10h, Sala 3 (Nefd) – Vídeo-Debate: “Capoeira e suas origens africanas”, com o professor Henrique Kohl (responsável pela Associação Capoeira Interação no Brasil, pesquisador no Laboratório de Sociologia do Esporte (DEF-UFPE) e membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros)

Dia 20/11

15h, Sala de Rítmica (Nefd) – Oficina: “Danças de matriz africana”, com Valdir Nunes “Do Frevo”

Dia 21/11

9h, Quadra (NEFD) – Seminário: “Memória da Capoeira Pernambucana: uma leitura da realidade do mestre Pirajá”, com o professor Henrique Kohl

 

 

 

O Brasil comemora nesta quinta-feira (20) o Dia da Consciência Negra, em referência à morte de Zumbi dos Palmares - símbolo da luta pela liberdade e valorização do povo afro-brasileiro. De 5.570 municípios do País, 1.047 adotaram a data como feriado, o que corresponde a 18,8%, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

Em São Paulo, a proporção de municípios que decretaram feriado é um pouco maior, 31,7%. Por cair em uma quinta-feira, milhares de pessoas na capital paulista pretendem aproveitar a data como um feriado prolongado, especialmente porque é uma das poucas folgas em 2014. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) prevê que 1,6 milhão de veículos deixem São Paulo rumo ao litoral e ao interior, o que deve complicar o tráfego nas estradas. Para evitar congestionamento, a recomendação é de que o motorista evite os horários de pico, concentrados principalmente nesta quarta-feira (19) à noite e amanhã até o início da tarde.

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O maior volume de veículos deve passar pelo Corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto, onde a concessionária Ecopistas estima um fluxo de até 933 mil carros entre hoje e amanhã. Somente pela praça de Itaquaquecetuba, deixando São Paulo em direção à região serrana de Campos do Jordão, litoral norte, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro, devem passar entre 180 mil e 249 mil veículos. Em caso de formação de filas, funcionários irão realizar a cobrança do pedágio ainda nas filas.

O Sistema Anhanguera-Bandeirantes também ficará pesado, com previsão de 860 mil veículos entre a saída e a chegada à capital, informou a AutoBan, que administra o sistema. No Sistema Castelo Branco-Raposo Tavares, a previsão é de que 530 mil veículos circulem nos dois sentidos durante o feriado, conforme a Viaoeste.

Quem sair da capital pela Rodovia Presidente Dutra deverá enfrentar lentidão no sentido do Vale do Paraíba. Estimativas do SOS Usuário preveem que cerca de 220 mil veículos saiam de São Paulo e 165 mil veículos deixem o Rio até sexta-feira, 21. Para orientar os motoristas sobre um acesso alternativo à Rodovia Oswaldo Cruz, que liga a Via Dutra a Ubatuba, a concessionária informará sobre a possibilidade de usar o acesso do quilômetro 112,5 da rodovia, na pista sentido Rio, além da saída do quilômetro 111.

Litoral norte

Nos últimos fins de semana, por causa do calor, a Rodovia Rio-Santos, que liga as cidades de Ubatuba, Caraguatatuba e São Sebastião, vem apresentando lentidão nos trechos urbanizados e de acesso às praias. Os motoristas deverão enfrentar congestionamentos de até uma hora e meia em percursos que duram, em média, meia hora, entre Caraguatatuba e Ubatuba.

Para quem se dirigir a Ilhabela, o problema será a fila para embarcar nas balsas. Para o feriado prolongado, a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), que administra as rodovias paulistas, colocará em funcionamento mais uma balsa. A embarcação tem capacidade para 40 carros e 265 passageiros. Seis balsas vão operar simultaneamente durante o período. A expectativa da Dersa é de que o movimento seja cerca de 3% maior que o mesmo período de 2013. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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O SescTV exibe até o fim de novembro uma programação especial, dialogando com o Mês da Consciência Negra. São 14 programas, entre documentários, shows e espetáculos de dança, que destacam a herança africana no Brasil.  A série Coleções, exibida nas quintas-feiras de novembro, traz registros da cultural de algumas regiões do Brasil. Na próxima semana, será exibido Ritmos: Tambor de Crioula, filmado em São Luís do Maranhão, onde os devotos de São Benedito preparam festas ao som dos tambores de crioula. 

Um dos destaques da programação é o documentário Cartas para Angola, que discute a identidade do país através de depoimentos de angolanos, brasileiros e portugueses, que compartilham uma coisa: o idioma. Outro filme na programação é Barka, que retrata o cotidiano dos africanos que vivem em Berkina Faso. 

A música também tem espaço na programação, com diversos shows de artistas respeitados internacionalmente durante toda quarta-feira do mês. No dia 12, o cantor e multi-isinstrumentista Femi Kuti toca a africanidade percussiva; já no dia 19 é a vez do espetáculo Plínio Marcos em Prosa e Samba, com Juçara Marçal, Kiko Dinucci e banda, com a participação do sambista Silvio Modesto em reverência ao álbum homônimo e o show de 1973 do dramaturgo.

Um espetáculo de dança também integra as atrações do mês especial. Em Mapplethorpe, o bailarino e coreógrafo Ismael Ivo faz um tributo ao fotógrafo norte-americano Robert Mapplethorpe (1946-1989), que fez do erotismo forte vertente do seu trabalho e retratou homens negros explorando sua sensualidade e se opondo à moralidade e intolerância racial da sociedade norte-americana. Ivo chegou a posar para o fotógrafo em uma ocasião. 

Confira a programação completa:

Comemorado nesta quarta-feira (20), data da morte de Zumbi dos Palmares, o Dia da Consciência Negra deve servir para que os brasileiros reflitam sobre a desigualdade, a intolerância e o preconceito ainda existentes na sociedade. É o que revela nota técnica do Instittuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ao mostrar, por exemplo, que, em Alagoas, os homicídios reduziram a expectativa de vida de homens negros em quatro anos.

A nota Vidas Perdidas e Racismo no Brasil aponta que, além de Alagoas, estados como o Espírito Santo e a Paraíba concentram o maior número de negros vítimas de homicídio. ““Enquanto a simples contagem da taxa de mortos por ações violentas não leva em conta o momento em que se deu a vitimização, a perda de expectativa de vida é tanto maior quanto mais jovem for a vítima”, revela o estudo.

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Os autores Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, ambos da Fundação Getulio Vargas (FGV), analisaram até que ponto as diferenças nos índices de mortes violentas de negros e não negros estão relacionadas com questões como as diferenças econômicas, ao racismo e de ordem demográfica. “O componente de racismo não pode ser rejeitado para explicar o diferencial de vitimização por homicídios entre homens negros e não negros no país”, concluiram os pesquisadores da FGV.

Considerando o universo dos indivíduos vítimas de morte violenta no país entre 1996 e 2010, o estudo mostra que, para além das características socioeconômicas – escolaridade, gênero, idade e estado civil –, a cor da pele da vítima, quando preta ou parda, aumenta a probabilidade do mesmo ter sofrido homicídio em cerca de oito pontos percentuais.

“O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele”, dizem os técnicos. No estudo, eles concluem que essas discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros quando comparada aos índices do restante da população.

Coincidentemente, Alagoas, líder de mortes violentas, especialmente o homicídio, contra negros e pardos também simboliza a luta dos africanos escravizados trazidos da África, no século 19, para trabalhar nos canais. A personificação desta luta que, pelos índices apresentados no estudo do Ipea, ainda perdura é Zumbi dos Palmares. Alagoano de nascença e natural de União dos Palmares, Zumbi – duende na língua do povo Banto, de Angola – liderou o maior quilombo do país.

Aos 7 anos, em 1670, ele foi capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, responsável por sua formação. Com o passar do tempo, Zumbi, batizado na Igreja Católica com o nome de Francisco, fugiu para o Quilombo dos Palmares onde impressiona os demais escravos fugidos de fazendas de engenho pela sua habilidade em lutas. Aos 20 anos, ele já tinha se tornado o maior estrategista militar e guerreiro, responsável pela derrota imposta pelos quilombolas na luta contra soldados fiéis ao império português.

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O dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, é comemorado nesta data desde a década de sessenta a partir de eventos organizados por entidades de combate ao racismo, como os movimentos negros. Na concepção destes grupos, a data é mais representativa para lembrar a luta e a importância do negro na História e sociedade brasileira do que o próprio 13 de maio (onde é comemorada a libertação dos escravos, a chamada Lei Áurea, de 1888). O evento lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares, no ano de 1695. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.519 que institui o “20 de novembro” como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

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“A escolha desta data para representar o dia da consciência negra serve para lembrar que a liberdade dos africanos e afrodescendentes escravizados não foi dada. Não foi uma Lei de 1888 que, por benevolência de uma princesa rebelde, foi assinada. Sua liberdade foi conquistada. Conquistada nas fugas para os quilombos (urbanos e rurais), nas grandes rebeliões como o Levante dos Malês (1835), nos embates legais para ter direito a comprar a própria alforria ou na resistência cotidiana”, explicou o historiador Bruno Véras.

De acordo com o acadêmico, o dia da Consciência Negra tem duas funções. A primeira delas é de fomentar uma memória social da importância dos africanos e afrodescendentes na História e sociedade brasileira, a segunda seria de combater o racismo e o preconceito no País. “Os dados do tráfico negreiro para as Américas entre os séculos XVI e XIX trazem algo um pouco a mais do que dez milhões de africanos trazidos para o continente. Destes dez milhões, 46%, isto é, quase metade, vieram apenas para um país: o Brasil. O país com maior número de afrodescendentes na América e o segundo do mundo, atrás apenas da Nigéria”, analisou.

“Além disso, a importância de pensar esta Consciência Negra reside no fato, também, de combater o auto-preconceito, a negação de uma cor e uma subjetividade, causadas por uma sociedade que cruelmente embute-nos valores estéticos e culturais racistas desde crianças”, completou o acadêmico.

Além da lei nº 12.519, as normas 10.639/2003 e 11.654/2008 da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelecem a obrigatoriedade de trabalhar nas escolas do País  questões ligadas à diversidade étnico-racial. “Isso (as leis) é um importante passo para pensar o papel dos diferentes povos e etnias que compuseram nossa nacionalidade e possibilitar a construção de uma memória social (a presença do passado no presente) positiva destas contribuições formativas”, concluiu Véras.



Nesta terça (19), o Pátio de São Pedro recebe mais uma edição da Terça Negra, desta vez para celebrar o Dia da Consciência Negra. O projeto traz as expressões de matriz africana no palco e pretende colocar o público para dançar coco, afoxé e jurema. As apresentações começam às 20h, com a sambada do Mestre Reizinho e a Tribo de Raiz, da Bomba do Hemetério.

Em seguida, o Afoxé Oxum Pandá se apresenta. Às 22h é a vez do grupo Voz Nagô, formado por cantoras negras do Recife, animar o público. Para encerrar, a banda Tronco de Jurema apresenta a mistura de instrumentos elétricos, como baixo e guitarra, aos cantos da jurema, culto sagrado indígena, também influenciado por religiões afro-brasileiras.

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Além da programação musical, um telão vai projetar o resultado do ensaio fotográfico Negra, mostra tua beleza negra, produzido pelo fotógrafo Fernando Azevedo. O projeto foi idealizado como uma ação permanente de valorização da mulher negra, através de rodas de diálogos, debates e ações artísticas e políticas. Dez mulheres da Região Metropolitana do Recife participaram do ensaio.

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, afirmou nesta quarta-feira (21) que o governo ainda discute internamente a implantação de cotas no funcionalismo público. De acordo com Luiza, a discussão ainda está em "fase muito inicial" e não foi apresentada de maneira formal à presidente.

"Essa discussão está em curso dentro do governo, estamos colhendo pareceres de vários setores, do próprio Ministério do Planejamento e da Advocacia-Geral da União (AGU), para que, com esses pareceres, possamos levar uma posição governamental para a presidente, para ela poder tomar a decisão final com relação a isso", disse a ministra, após a cerimônia alusiva ao Dia Nacional da Consciência Negra no Palácio do Planalto.

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"A presidente Dilma, conforme ela afirmou aqui hoje (quarta-feira), tem uma posição inequívoca sobre a importância das ações afirmativas e mais particularmente das cotas como instrumento fundamental para se superar a desigualdade racial no Brasil", disse a ministra. A expectativa da ministra é a de que a proposta seja finalizada até o final do ano.

Ainda dá tempo de conferir as rodas de diálogo que discutem as “Memórias da Liderança Cultural Negra em Pernambuco”. Os encontros acontecem às quartas-feiras de novembro, mês da consciência negra, das 14 às 17h, na sede do Núcleo da Cultura Afro-Brasileira, no Pátio de São Pedro, Casa 34.

Promovidas pelo Núcleo da Cultura Afro-Brasileira da Prefeitura do Recife, as rodas de diálogo têm como proposta reunir lideranças dos movimentos culturais negros que foram e são referências para a organização da cultura afro local e socializar suas experiências e vivências em suas entidades culturais.

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Na última quarta (14), foram discutidas as Memórias sobre dança afro brasileira no Recife, com mediação de Ubiracy Ferreira, diretor do Balé de Cultura Negra do Recife (BACNARÉ).

Confira os próximos temas e datas dos encontros:

21/11 – Memórias sobre Maracatu Nação no Recife, com a Associação de Maracatus Nação de Pernambuco (AMANPE)
28/11 – Memórias sobre Imprensa Negra no Recife, com o poeta, escritor e membro fundador do Jornal Djumbay Lepê Correia

Informações: 81 3355 3100 / 3355 3101 / 3355 3199

*Por Daniele Vilas Boas

SALVADOR – Nesta terça-feira (20), dia em que se comemora a Consciência Negra, os professores da rede municipal realizaram uma paralisação. Uma manifestação, seguida de passeata, também foi prometida pelos docentes, saindo da Praça do Campo Grande até a Estátua de Zumbi (Praça da Sé). A concentração na Praça do Campo Grande deu início às 15h.

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Outra paralisação será realizada pelos docentes conjuntamente com uma assembleia no dia 27 de novembro, a partir das 9h, mas ainda sem local definido. Ficou acordado que se houver agenda, esta assembleia seguida de manifestação será na quadra de esportes do Sindicato dos Bancários, na Ladeira dos Aflitos, em Salvador.

De acordo com o calendário divulgado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), o ano letivo de 2013 terá dois inícios. As aulas começam em março para as 1.076 escolas que vão concluir o ano letivo entre 13 de dezembro e 31 de janeiro. No restante das escolas, o ano letivo começará em abril. Neste grupo estão as instituições que vão concluir o ano letivo no período entre fevereiro e março.

Os finais em datas diferentes e o novo calendário com dois inícios em 2013 é fruto da greve de 115 dias que os professores promoveram entre abril e agosto deste ano. Segundo a SEC, os calendários foram aprovados pelos colegiados escolares, que contam com participação de professores, servidores, pais e estudantes.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB) alega que o calendário duplo pode aumentar a evasão escolar, esvaziar as escolas que começam em abril (já que os estudantes optariam por se matricular nas que começam em março) e afetar as férias dos docentes que trabalham em duas escolas.

Um grupo de manifestantes realiza na tarde desta terça-feira, em São Paulo, a X Marcha da Consciência Negra. Realizada anualmente desde 2003, quando foi criado o Dia da Consciência Negra, a marcha deve percorrer a Avenida Paulista. A edição deste ano traz como tema a política de cotas raciais nas universidades paulistas e a violência na periferia da capital.

A "Marcha da Consciência Negra de São Paulo - Cotas Sim, Genocídio Não!" será acompanhada por um carro de som por todo o percurso. Antes do início da marcha, manifestantes se reuniram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), em um ato ecumênico.

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A Prefeitura do Recife promove na tarde desta terça-feira (20), a VIII Caminhada das Escolas Municipais pela Igualdade Racial. A ação vai contar com a presença de alunos de 22 escolas da Rede Municipal com concentração no Parque Treze, em Santo Amaro, às 15h.

A caminhada tem saída prevista às 16h e será realizada no Dia da Consciência Negra. O encerramento será em frente à Igreja do Carmo, no Memorial Zumbi dos Palmares. O percurso vai contar com o apoio de agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).

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Dia da Consciência Negra - O Dia da Consciência Negra é lembrado por ser a data de morte do líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, ocorrida em 20 de novembro de 1695. Um homem lembrado por liderar um grupo de negros que lutou contra a escravidão no Brasil. Em 9 de janeiro de 2003, tornou-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, do País.

Com informações da assessoria

Para comemorar o Mês da Consciência Negra, a parceria entre o Núcleo da Cultura Afro-Brasileira, a Gerência de Formação Cultural da Prefeitura do Recife e a Casa do Carnaval, realizará o seminário “Kolofé: mitos, histórias e simbologias”, que acontece nos dias 12, 13, 14 e 19 de novembro de 2012, das 14h às 17 horas, no auditório da Livraria Cultura – Shopping Paço Alfândega. 

A inscrição é gratuita e os interessados terão até a próxima quinta-feira (8) para realizá-la, comparecendo ao Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, no Pátio de São Pedro, das 10h às 16h. A atividade discutirá sobre mitos, experiências religiosas, histórias de vidas e a salvaguarda da memória cultural afro-brasileira. 

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O dia 14 está reservado para uma visita técnica no Ilê Axé Oyá Megê / Casa Xambá, no horário da tarde. Mais informações é só ligar para os números: 3355-3302 / 3303 / 3100 / 3199.

Confira a programação completa:

Dia 12/11 (segunda-feira)
3h CREDENCIAMENTO 
14h – MESA DE ABERTURA
Albemar Araújo – Gerente Operacional de Formação Cultural / FCCR 
Claudilene Silva – Gerente do Núcleo da Cultura Afro-Brasileira / SECULT
Zélia Sales – Gerente de Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial / SECULT
14h30 – MESA TEMÁTICA: Experiências Compartilhadas: histórias, cotidiano e cultura dos africanos e seus descendentes

Palestrantes
Gustavo Manoel da Silva – Historiador e Professor Mestrando em História Social da Cultura / UFRPE 
Mário Ribeiro – Historiador e Professor Doutorando em História / UFPE
Mediadora: Claudilene Silva – Professora Doutoranda em Educação / UFPE
15h30 – Exibição do Documentário Atlântico Negro: na rota dos orixás 
16h30- Plenária
17h – Encerramento

Dia 13/11 (terça-feira) 
14h – MESA TEMÁTICA: Um legado e muitas histórias: oralidade, ancestralidade e salvaguarda de culturas milenares nas casas de matriz africana 

Palestrantes
Mãe Lu de Oxalá – Ilê Axé Oxum Opará / Afoxé Ará Odé
Lourdinha de Oyá- Yabá do Ilê Axé Oyá Megê / Centro Espírita Santa Bárbara (Nação Xambá)
Albemar Araújo –Ojuwobá de Xangô do terreiro de Umbanda, Jurema e Nagô Pai Francisco 
16h- Plenária
17h – Encerramento

Dia 14/11 (quarta-feira) 
Visita Técnica ao Memorial Severina Paraíso da Silva (Mãe Biu) 
Palestra com Hildo Leal – historiador e responsável pelo Memorial
Local de concentração: Livraria Cultura
Horário de saída e chegada: 14h / 17 horas

Dia 19/11 (segunda-feira) 
14h – Mesa Redonda com todos os palestrantes e intervenções da plenária
16h30 – Entrega dos certificados 
17h – Encerramento

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Representantes das religiões afro-brasileiras se concentraram no Marco Zero, área central do Recife, para a 6º Caminhada de Terreiros de Pernambuco. O evento reuniu mais de 2.000 terreiros do Estado e faz parte das comemorações pelo mês da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro.

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O cortejo homenageia Mãe Biliu, símbolo da luta e da resistência afro-brasileira no Estado, que morreu aos 107 anos, em agosto deste ano, e o sacerdote Pai Paulo Braz, neto biológico de Pai Adão. “Estamos aqui para garantir nosso direito, mostrar resistência pelo nosso povo, não ter vergonha da religião e não se sentir oprimido”, enfatizou um dos coordenadores da Caminhada, Cleyton Gouveia, pai de santo da Casa Amarela de Oxum, situada em Ouro Preto, Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Antes de começar a caminhada foi feito um trabalho para Exú (patê para Exú), para abrir os caminhos do cortejo. Algumas personalidade pernambucanas, como Ulisses Dornelas, que interpreta o personagem Palhaço Chocolate, receberam um troféu por serem à favor da causa afro-brasileira.

Durante a celebração, o grande homenageado, o sacerdote Adolfo Feliciano, com mais de 40 anos de terreiro, passou mal. Ele foi socorrido ainda local. Pai Fernando Odé, 52 anos, é pai de santo da Casa dos Olhos do Rei Caçador, no Ibura, Zona Sul do Recife, há mais de quatro décadas. Por mais um ano seguido ele fez questão de participar do cortejo. “Estou desde a primeira edição da caminhada e posso dizer que presenciei uma evolução, mas o preconceito ainda não diminuiu. Estamos aqui em favor da unificação das religiões”.

No roteiro do cortejo, a Avenida Marquês de Olinda, Avenida Martins de Barro, Praça da República, Rua do Sol e Avenida Dantas Barreto. A caminhada termina em frente à Igreja do Carmo, no Memorial Zumbi dos Palmares, onde haverá uma louvação aos Orixás.

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