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O líder norte-coreano Kim Jong Un assumiu neste domingo (26) pela primeira vez que "o vírus" pode ter entrado no país, ao confirmar o primeiro caso de suspeita de infecção pelo novo coronavírus, de acordo com informações da imprensa estatal. Diante das suspeitas foi declarado lockdown (bloqueio total) na cidade de Kaesong, próxima da fronteira com a Coreia do Sul, desde a tarde de sexta-feira.

Se esse paciente for oficialmente declarado com Covid-19 este será o primeiro caso confirmado no país. Até agora a Coreia do Norte tem afirmado veementemente que não teve nenhum caso da doença. Tal alegação, entretanto, é questionada por especialistas externos.

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A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA, em inglês) informou que o caso suspeito é de um fugitivo do país que cruzou a fronteira há três anos e retornou ilegalmente no início da semana passada.

De acordo com a KCNA, amostras de secreção das vias aéreas e exames de sangue indicam que o paciente "é suspeito de ter sido infectado" pelo coronavírus e foi colocado em quarentena. Pessoas que estiveram em contato com o paciente e as que estiveram em Kaesong nos últimos cinco dias também foram colocadas em quarentena.

Com uma população estimada em 200 mil pessoas, a cidade de Kaesong está localizada próxima da zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias. O local já abrigou o complexo industrial conjunto das Coreias, fechado desde 2016 em meio a tensões nucleares.

No mês passado, a Coreia do Norte explodiu um escritório que intermediava as relações entre os dois países em Kaesong em protesto contra uma campanha de ativistas sul-coreanos que estavam enviando panfletos anti-Pyongyang através da fronteira. As informações são da Associated Press.

Um primeiro caso "suspeito" de coronavírus foi registrado na Coreia do Norte, que está em "emergência máxima", anunciou a agência de notícias oficial KCNA neste domingo (horário local, noite de sábado no Brasil).

Trata-se de uma pessoa que "voltou em 19 de julho depois de ter cruzado ilegalmente a linha de demarcação" que faz fronteira com a Coreia do Sul, segundo a KCNA.

A agência descreve a pessoa suspeita de ter sido infectada como "um fugitivo que foi para o sul há três anos" e teria sido encontrado na cidade de Kaesong, na fronteira com a Coreia do Sul.

Essa pessoa "foi inicialmente submetida a uma quarentena rigorosa, e todas as pessoas que estiveram em contato com ela e as que estiveram nesta cidade nos últimos cinco dias estão sendo investigadas minuciosamente", informou a KCNA.

Pyongyang afirmou anteriormente não ter casos de coronavírus e que as fronteiras do país permaneceriam fechadas.

Para lidar com a "situação perigosa" e "que poderia levar a uma catástrofe mortal e destrutiva", o líder norte-coreano Kim Jong Un convocou uma reunião do gabinete político no sábado para adotar um "sistema de emergência máximo e emitir um alerta de alto nível" para conter a epidemia, disse a agência oficial.

Apesar das medidas estritas de quarentena, "parece que o vírus entrou no país", disse Kim Jong Un, segundo a KCNA.

O líder norte-coreano disse que o governo tomou "a medida preventiva para confinar completamente a cidade de Kaesong" em 24 de julho, acrescentou a fonte.

Os promotores de Seul abriram uma investigação sobre Kim Yo Jong, a irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, sobre a destruição do escritório de ligação intercoreano no mês passado, disseram as autoridades nesta quinta-feira (16).

Os promotores do distrito central receberam uma denúncia de um advogado que trabalha em Seul e iniciaram uma investigação, disse um porta-voz à AFP.

No mês passado, Pyongyang destruiu o edifício de escritórios de ligação intercoreana, alguns dias depois de sua irmã e conselheira dizer que era "inútil" e que em breve seria "completamente derrubado".

Antes da demolição, a Coreia do Norte havia criticado os panfletos de propaganda que chegam ao seu país vindos do Sul.

Em sua denúncia, o advogado Lee Kyung-jae afirma que o prédio destruído é propriedade da Coreia do Sul e que foi renovado com dinheiro do governo sul-coreano, apesar de estar no Norte.

Segundo o advogado, Kim Jong Un "usou explosivos para destruir (...) a missão quase-diplomática que serviu ao interesse público" da Coreia do Sul.

Lee também abriu um processo contra Pak Jong Chon, o chefe de Estado Maior do exército norte-coreano.

Na prática, é provavelmente impossível que as autoridades de Seul apliquem qualquer tipo de sanção contra Kim Yo Jong ou Pak Jong Chon, mas o advogado disse que quer "informar o povo norte-coreano da hipocrisia de seus líderes".

As relações entre as duas Coreias continuam tensas desde o fracasso de uma cúpula no ano passado no Vietnã entre Kim Jong e o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o programa nuclear norte-coreano.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, suspendeu os planos de ação militar contra a Coreia do Sul, anunciou a imprensa estatal norte-coreana nesta quarta-feira (24), após vários dias de tensão na península.

O governo de Pyongyang havia intensificado recentemente os ataques verbais contra Seul, criticando especialmente os dissidentes norte-coreanos presentes no Sul que enviam panfletos de propaganda em direção ao Norte com o uso de balões.

Depois de romper os canais de comunicação oficiais, a Coreia do Norte destruiu na semana passada o escritório de relações entre os países que havia sido inaugurado em setembro de 2018, ao norte da Zona Desmilitarizada (DMZ).

Porém, a agência oficial de notícias da Coreia do Norte, KCNA, informou nesta quarta-feira que Kim presidiu uma reunião da Comissão Militar Central que "suspendeu os planos de ação militar contra o Sul".

A agência não divulgou explicações sobre a aparente mudança de estratégia.

A Coreia do Sul reagiu de maneira enérgica após a demolição do escritório de relações, assim como em relação às declarações da irmã e conselheira de Kim Jong Un, Kim Yo Jong, que recentemente se tornou a face visível do governo.

"Advertimos que não vamos mais tolerar ações e palavras irracionais do Norte", afirmou um porta-voz da presidência sul-coreana.

As relações intercoreanas estão paralisadas desde o fracasso de uma reunião em Hanói entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de 2019.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, inicialmente negociou um diálogo entre Pyongyang e Washington, mas o Norte agora o culpa por não persuadir o governo dos Estados Unidos a flexibilizar as sanções econômicas.

A reunião pretendia discutir as concessões que a Coreia do Norte estava disposta a aceitar para que os países ocidentais reduzissem as sanções econômicas implementadas contra o regime.

O governo da Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira (22) que tem milhões de panfletos de propaganda para enviar ao Sul em balões, em um aumento da retórica contra Seul depois de destruir um escritório de relações entre os países.

Nas últimas semanas, a Coreia do Norte fez uma série de críticas à Coreia do Sul devido aos folhetos que os desertores norte-coreanos instalados no Sul enviam através da fronteira, geralmente presos a balões.

Pyongyang afirma que congelará as relações com Seul. Na semana passada, o regime dinamitou um escritório de relações em seu lado da fronteira, um local que simbolizava a aproximação intercoreana, e agora ameaça reforçar sua presença na Zona Desmilitarizada.

Aparentemente, uma das fontes de irritação são os panfletos que, segundo Pyongyang, ofendem a dignidade de seu líder Kim Jong Un.

Por este motivo, o regime deseja adotar represália com "a maior distribuição de panfletos contra o inimigo", afirmou nesta segunda-feira a agência oficial de notícias KCNA.

No total foram produzidos "12 milhões de panfletos de todo tipo que refletem a ira e o ódio das pessoas de todos os âmbitos da vida", destacou a agência, antes de afirmar que mais de 3.000 balões estão prontos para o envio ao Sul.

"Se aproxima o momento da represália", destacou a agência.

Um dos folhetos publicados no jornal oficial Rodong Sinmun mostra uma imagem do presidente sul-coreano Moon Jae-in bebendo de um copo e a frase que o acusa de "comer tudo, incluindo o acordo entre Coreia do Norte e Coreia do Sul".

As duas partes da península coreana enviavam com frequência panfletos para o outro lado da fronteira, mas concordaram em interromper as atividades de propaganda, incluindo as transmissões por alto-falantes, na Declaração de Panmunjom, que Moon e Kim assinaram em sua primeira reunião em 2018.

As relações intercoreanas estão bloqueadas desde o fracasso do encontro de cúpula em Hanói entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de 2019.

A reunião pretendia discutir as concessões que a Coreia do Norte estava disposta a aceitar para que os países ocidentais reduzissem as sanções econômicas implementadas contra o regime.

O ministro sul-coreano da Unificação, Kim Yeon-chul, responsável pelos assuntos relacionados com a Coreia do Norte, pediu demissão nesta sexta-feira (19) em meio à tensão crescente entre os dois países.

O presidente Moon Jae-in "aceitou o pedido de demissão do ministro da Unificação Kim Yeon-chul", afirma um comunicado da Casa Azul, a sede da presidência sul-coreana, que não revelou mais detalhes.

Kim pediu demissão na quarta-feira, um dia depois da destruição, pela Coreia do Norte, do escritório de relações entre os dois países situado em seu território, dando a entender que "assume as responsabilidades" pela deterioração das relações intercoreanas.

Desde o início de junho, Pyongyang multiplicou as declarações agressivas contra o vizinho, sobretudo contra os desertores norte-coreanos, que enviam panfletos de propaganda ao Norte a partir do Sul.

Analistas consideram que Pyongyang tenta provocar uma crise para pressionar Seul a obter concessões.

O escritório de relações era um dos símbolos da distensão da península.

Um dia após a destruição, Pyongyang ameaçou reforçar a presença militar na denominada Zona Desmilitarizada, que separa as duas Coreias.

As relações Norte-Sul são cada vez piores desde o fiasco da segunda reunião de cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em fevereiro de 2019 em Hanói.

O encontro teve um final abrupto depois que as partes foram incapazes de alcançar um acordo sobre as concessões de Pyongyang em troca do início do desmantelamento das sanções.

Kim Yeon-chul, um professor universitário muito comprometido e amigo de Moon, foi nomeado para o ministério em março de 2019, poucas semanas depois do encontro de Hanói.

A Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um armistício e não um acordo de paz, o significa que os dois vizinhos permanecem, tecnicamente, em guerra.

A Coreia do Norte explodiu nesta terça-feira (16) o escritório de ligações com o Sul na cidade fronteiriça de Kaesong, anunciou o ministério da Unificação, após dias de críticas e ameaças por parte de Pyongyang.

"A Coreia do Norte explodiu o escritório de Kaesong às 14h49 locais", afirma uma mensagem divulgada pelo ministério, responsável pelas relações entre as duas Coreias.

Pouco antes, a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou sobre uma explosão e uma intensa fumaça na área do complexo industrial em que fica o escritório. No fim de semana passado Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, fez ameaças contra o local.

"Dentro de pouco tempo, o inútil escritório de relações entre o Norte e o Sul será completamente destruído", afirmou, misteriosamente.

Desde o início do mês, Pyongyang intensifica os ataques verbais contra Seul, sobretudo contra os desertores norte-coreanos que enviam panfletos de propaganda a partir do Sul contra o Norte, por cima da zona desmilitarizada (DMZ) entre as Coreias.

Na semana passada, o regime norte-coreano anunciou o fechamento dos canais de comunicação polícia e militar com o "inimigo" sul-coreano.

Os panfletos, lançados com balões na direção do território norte-coreano ou dentro de garrafas enviadas pelo rio que estabelece a fronteira, contêm críticas a Kim Jong Un na área dos direitos humanos ou por seu programa nuclear.

Alguns analistas acreditam que Pyongyang tenta provocar uma crise com Seul no momento em que as negociações sobre seu programa nuclear estão paralisadas.

A Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um armistício, não com um acordo de paz, o que significa que os dois vizinhos ainda estão, tecnicamente, em guerra.

Mais cedo, o exército norte-coreano afirmou que "totalmente preparado" para atuar contra a Coreia do Sul.

O Estado-Maior do Exército Popular da Coreia anunciou que trabalha em um "plano de ação para transformar em fortaleza a linha de frente", informou a agência oficial norte-coreana KCNA.

Esta medida implicaria a reocupação de zonas que estavam desmilitarizadas em virtude de um acordo intercoreano.

A imprensa sul-coreana indica que isto poderia significar a reinstalação de postos de fronteira que os dois vizinhos decidiram retirar em 2018.

A Coreia do Norte tomará "ações" contra sua vizinha do sul e para isso tem plena confiança em seu exército, ameaçou neste sábado (13) Kim Yo Jong, a influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, citada pela agência de notícias KCNA.

"Sinto que já é hora de romper com as autoridades sul-coreanas. Tomaremos as próximas ações em breve", afirmou Kim Yo Jong, uma importante conselheira de seu irmão.

A Coreia do Sul provocou a ira das autoridades norte-coreanas que acusam Seul de permitir que desertores lancem panfletos críticos ao líder Kim Jong Un do sul ao seu território.

"Ao exercer o poder que me foi concedio pelo Líder Supremo, pelo Partido e por nosso Estado, ordeno (....) que a entidade encarregada dos assuntos com o inimigo adote a próxima ação decisiva", disse Kim Yo Jong, sem mais detalhes.

Horas antes, um comunicado das autoridades norte-coreanas já havia criticado duramente a Coreia do Sul, chamando de "absurdas" as declarações de Seul sobre o diálogo sobre armas nucleares interrompido com o governo dos EUA.

Além disso, esta barreira verbal ocorre um dia após Pyongyang denunciar os Estados Unidos no segundo aniversário do histórico aperto de mãos entre o presidente americano, Donald Trump, e Kim Jong Un, na cúpula da Singapura.

O comunicado contém algumas das críticas mais severas que a Coreia do Norte fez contra os EUA nos últimos meses e manifesta dúvidas sobre o futuro das negociações nucleares que estão em ponto morto há muito tempo.

A Coreia do Norte não poupou críticas aos Estados Unidos nesta sexta-feira (12) e acusou o país de hipocrisia, no segundo aniversário da histórica reunião de cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder de Pyongyang, Kim Jong Un.

Há várias semanas o regime norte-coreano intensifica os ataques verbais contra Washington e Seul, chegando inclusive a ameaçar a celebração da eleição presidencial nos Estados Unidos em novembro, caso o país continue interferindo nas questões coreanas.

Nos últimos dias, Pyongyang também criticou os desertores norte-coreanos, que enviam a partir do território sul-coreano, por cima da zona desmilitarizada, panfletos que denunciam as autoridades de seu país de origem. A Coreia do Norte chegou a cortar os canais de comunicação oficiais com o Sul.

Nesta sexta-feira, a Coreia do Norte fez as críticas mais duras aos Estados Unidos em meses. O ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Son Gwon, acusou Washington de hipocrisia e de pretender derrubar o regime, antes de afirmar que as esperanças de 2018 se "transformaram em um pesadelo".

- "Promessas vazias"" -

Em 12 de junho de 2018, Trump e Kim protagonizaram um aperto de mãos histórico diante das câmeras do mundo inteiro, na primeira reunião de cúpula entre um presidente americano e um líder norte-coreano.

Pouco depois, Trump escreveu no Twitter que Pyongyang "não era mais uma ameaça nuclear".

Além do aspecto simbólico, o encontro produziu uma declaração a favor da desnuclearização da península. A segunda reunião entre Kim e Trump, em fevereiro de 2019 em Hanói, terminou em fracasso, depois que os representantes dos dois países não conseguiram chegar a um acordo sobre as concessões de Pyongyang em troca de uma possível flexibilização das sanções internacionais.

Os diplomatas americanos continuam afirmando que Kim se comprometeu a renunciar ao arsenal nuclear, mas Pyongyang não tomou nenhuma medida a respeito.

Afetada pelo peso das severas sanções, a Coreia do Norte diz que merece uma compensação por sua moratória sobre os testes nucleares e os testes com mísseis balísticos intercontinentais, assim como pelo desmantelamento da central para testes nucleares de Punggye-ri ou a repatriação dos restos mortais de militares americanos mortos durante a Guerra da Coreia (1950-1953).

"Não há nada mais hipócrita que uma promessa vazia", afirmou Ri, de acordo com a agência estatal KCNA.

- "Desesperança" -

Trump sempre menciona a relação que conseguiu estabelecer com Kim, que ele encontrou uma terceira vez em junho de 2019 na zona desmilitarizada entre as duas Coreias. O presidente americano deu alguns passos em território norte-coreano, algo histórico.

Mas o chanceler norte-coreano afirmou que os avanços diplomáticos não podem ser baseados apenas nas "relações pessoais entre nosso líder supremo e o presidente americano".

"A esperança de melhorar as relações, que era grande alta e foi observada pelo mundo inteiro há dois anos, converte-se, agora, em desesperança, caracterizada por uma deterioração rápida", disse o ministro.

Para o chanceler, embora as populações dos dois países desejem a paz, Washington "quer claramente agravar a situação".

"Como consequência, a península coreana se transformou agora no ponto mais perigoso do mundo e se vê ameaçada de maneira permanente pelo fantasma da guerra nuclear", declarou Ri.

Em 1º de janeiro, Kim Jong Un declarou o fim da moratória sobre os testes nucleares.

Ri Son Gwon acusou o governo dos Estados Unidos de querer, com a desculpa de melhorar as relações, provocar uma "mudança de regime" em Pyongyang e explicou que a Coreia do Norte decidiu fortalecer a sua dissuasão nuclear para "lidar com as constantes ameaças de guerra nuclear dos Estados Unidos".

A Coreia do Norte executou vários testes nucleares com projéteis de curto alcance nos últimos meses. Japão e Estados Unidos consideraram que o país organizou testes de mísseis balísticos.

A Coreia do Norte anunciou que vai cortar seus canais de comunicação, sobretudo militares, com o "inimigo" sul-coreano na terça-feira (9), anunciou a agência estatal norte coreana KCNA, depois que ativistas ameaçaram lançar panfletos de propaganda contra Pyongyang através da fronteira.

Pyongyang "cortará completamente a ligação entre as autoridades do Norte e do Sul", assim como outros canais de comunicação, sobretudo entre as forças armadas dos dois países ou os partidos políticos no poder em Seul e Pyongyang, reportou a KCNA.

A interrupção está prevista para as 12h locais de terça-feira (hh de Brasília), acrescentou. As relações entre os dois vizinhos estão estagnadas, apesar de três cúpulas celebradas em 2018 entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

A Coreia do Norte ameaçou na semana passada fechar o escritório de ligação com a Coreia do Sul e tomar medidas adicionais para punir Seul.

Kim Yo Jong, a influente irmã de Kim Jong Un, também ameaçou descartar o acordo militar entre os dois países a não ser que Seul impeça que os militares enviem panfletos anti-Pyongyang.

A Coreia do Norte pôs fim à maioria de seus contatos com o Sul depois da cúpula fracassada entre Kim e o presidente americano, Donald Trump, em 2019, em Hanói, que deixou em ponto morto as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano. Foi sua segunda cúpula.

A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira (4) romper o acordo militar com a Coreia do Sul e fechar o escritório de ligação entre os países, caso Seul não impeça que os ativistas enviem panfletos para o outro lado da fronteira.

A ameaça foi feita pela influente irmã mais nova do dirigente norte-coreano Kim Jong Un. As relações entre as Coreias esfriaram, apesar das três reuniões celebradas em 2018 entre Kim e o presidente sul-coreano Moon Jae-in.

Refugiados norte-coreanos e ativistas lançam através da fronteira balões com panfletos que acusam o líder norte-coreano de violar os direitos humanos e denunciam sua política nuclear.

"As autoridades sul-coreanas pagarão um preço elevado caso permitam que esta situação continue enquanto apresentam todo tipo de desculpas", afirmou Kim Yo Jong em um comunicado publicado pela agência estatal KCNA.

Ela chamou os fugitivos do país de "podridão humana" e "cães bastardos podres" que traíram sua pátria e afirmou que "é o momento para que seus proprietários prestem contas", em referência ao governo sul-coreano.

Ameaçou fechar o escritório de ligação na fronteira e romper o acordo militar assinado durante a visita de Moon a Pyongyang em 2018, cujo objetivo era aliviar as tensões na fronteira.

A maior parte dos acordos anunciados durante o encontro não foi aplicada e a Coreia do Norte prosseguiu com dezenas de testes militares.

As atividades do escritório de ligação foram suspensas devido à pandemia de coronavírus.

Kim Yo Jong também ameaçou acabar em definitivo com os projetos econômicos entre as nações, em particular os do parque parque industrial intercoreano de Kaesong e as visitas ao Monte Kumgang.

As duas atividades, lucrativas para Pyongyang, estão suspensas há alguns anos pelas sanções impostas à Coreia do Norte por seus programas de mísseis nucleares e balísticos proibidos.

Pyongyang encerrou em grande medida com as relações com Seul após o fracasso da reunião de cúpula de Hanói entre Kim e o presidente americano Donald Trump em fevereiro de 2019.

Desde então, as negociações entre Washington e Pyongyang sobre os programas de mísseis nucleares e balísticos da Coreia do Norte estão paralisadas.

Os colégios da Coreia do Norte retomaram as atividades nesta segunda-feira (1°), dois meses após a paralisação das atividades como medida de precaução contra o novo coronavírus, informou a imprensa norte-coreana.

Pyongyang não informou nenhum caso de Covid-19, o que provoca muitos questionamentos entre os especialistas, já que o vírus que surgiu na vizinha China se propagou a todos os continentes. O regime norte-coreano adotou medidas drásticas, com o fechamento das fronteiras e um decreto de confinamento de milhares de pessoas.

O novo semestre escolar deveria ter começado em abril. Alguns institutos e universidades já haviam sido autorizados a retomar as aulas.

"O novo semestre começará nas escolas, faculdades e institutos no início de junho e foram tomadas medidas de quarentena para permitir a reabertura de jardins de infância e pré-escolas", afirmou a agência norte-coreana Yonhap.

"As autoridades devem disponibilizar termômetros e soluções desinfetantes na entrada de cada centro, nas salas de aula e nos escritórios. Funcionários das escolas e creches devem respeitar as regras da luta contra o coronavírus", acrescentou a agência.

A Coreia do Norte debateu novas medidas para fortalecer a "dissuasão nuclear" durante uma reunião presidida pelo líder Kim Jong Un, anunciou neste domingo (24) a agência de notícias oficial KCNA.

Esta reunião é a primeira aparição pública de Kim mencionada pela mídia norte-coreana em quase três semanas.

Ocorre quando, segundo o Washington Post, o governo dos Estados Unidos considerou a possibilidade de realizar um teste nuclear, que seria o primeiro do país desde 1992.

Durante uma reunião da Comissão Militar Central da Coreia do Norte, presidida por Kim, "novas medidas foram apresentadas para fortalecer a dissuasão nuclear militar do país", informou a KCNA.

A agência menciona "medidas cruciais", mas não entra em detalhes sobre a dissuasão nuclear.

Também relata que as discussões se concentraram em "colocar as forças armadas estratégicas em alerta", em um contexto de "aumento e desenvolvimento das forças armadas do país".

As decisões foram tomadas para "aumentar e desenvolver consideravelmente o poder de fogo da artilharia do Exército Popular Coreano".

Os participantes da reunião também discutiram "várias falhas nas atividades militares e políticas da Coreia do Norte" e como garantir "melhorias decisivas" nessas áreas, acrescentou a KCNA.

A agência norte-coreana não diz quando a reunião foi realizada, mas outras informações indicam que Kim Jong Un deu ordens às forças armadas em 23 de maio.

De toda forma, é a primeira aparição pública de Kim transmitida pela mídia oficial em mais de 20 dias.

O líder norte-coreano reapareceu no início de maio, após uma ausência pública de três semanas que provocou uma torrente de rumores e especulações sobre sua saúde.

Os rumores começaram depois que ele não compareceu para as celebrações de 15 de abril, o dia mais importante do calendário político da Coreia do Norte, que marca o nascimento do fundador do regime, Kim Il Sung, avô do atual líder.

Kim reapareceu em público aparentemente com boa saúde, de acordo com as imagens divulgadas pela imprensa norte-coreana em 2 de maio.

Neste domingo, o jornal oficial Rodong Sinmun publicou fotos da reunião da comissão militar.

Em uma das imagens, Kim aponta para o que parece ser uma tela de televisão enquanto fala para uma sala cheia de oficiais.

- Estancamento-

O anúncio das medidas norte-coreanas ocorre quando, segundo o Washington Post, o governo do presidente Donald Trump levantou a possibilidade de realizar o primeiro teste nuclear americano desde 1992, como um aviso à Rússia e à China.

Segundo o jornal americano, que na sexta-feira citou um alto funcionário do governo e dois ex-funcionários, todos sob anonimato, o assunto foi debatido durante uma reunião em 15 de maio.

Para Daryl Kimball, diretor executivo da Arms Control Association, uma organização sediada nos EUA, essa decisão provavelmente "atrapalharia" as negociações entre Washington e Pyongyang sobre o arsenal nuclear norte-coreano.

Essas negociações estão paralisadas, apesar de três cúpulas entre Trump e Kim.

No caso de um teste nuclear nos EUA, Kim "pode não se sentir compelido a respeitar sua moratória sobre testes nucleares", enfatiza Kimball.

A Coreia do Norte realizou seis testes nucleares entre 2006 e 2017, mas não realizou nenhum desde então.

Está sujeita a uma série de sanções pelo Conselho de Segurança da ONU devido a suas atividades nucleares e programas balísticos.

O ditador norte-coreano Kim Jong-un, que não era visto em público desde o último dia 11 de abril, fez sua primeira aparição pública desde então nessa sexta-feira (1º). Por conta sumiço, surgiram especulações sobre seu estado de saúde e até rumores de que ele estaria morto

Em visita a uma fábrica de fertilizantes, onde já havia estado a pé, Kim usou um carrinho de golfe para se locomover, apresentava certa rigidez de movimentos nas pernas e uma marca no punho que, segundo um profissional de saúde americano à NK News, agência que se dedica a notícias sobre a Coreia do Norte, parece uma perfuração na artéria radial direita, meio comum para chegar às coronárias e implantar stents. 

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A marca, que não estava no punho do líder norte-coreano em sua última aparição, pode então ser um indicativo de que Kim Jong-un passou por uma cirurgia cardiovascular recente. Em 2014 Kim também foi visto se locomovendo por meio de um carrinho de golfe e a suspeita, na época, foi de que ele tivesse passado por uma cirurgia no joelho ou na perna. 

Outro fator que levantou suspeitas sobre a saúde de Kim Jong-un foi o fato de ele ter permanecido sumido no dia 15 de abril, quando são realizados os festejos que celebram o aniversário de nascimento de seu avô, Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte. Anualmente, Kim vai ao mausoléu onde o corpo do avô está preservado em um evento no qual ele teria que passar muito tempo de pé, motivo pelo qual se especula sua ausência e uma possível nova cirurgia que o deixou impossibilitado de cumprir tal agenda. 

A idade precisa de Kim Jong-un não é conhecida, mas especula-se que ele tenha 36 anos. De acordo com site Daily NK —página especializada e administrada por opositores do regime— uma fonte não identificada afirmou que a saúde do ditador coreano vem se deteriorando nos últimos anos devido à obesidade, cigarro e estresse. A mesma fonte declarou, no dia 20 de abril, que ele estaria se recuperando de uma cirurgia em uma casa de campo no condado de Hyangsan, na província de North P'yŏngan, na Coreia do Norte. 

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A imprensa oficial da Coreia do Norte reproduziu ontem uma mensagem de agradecimento atribuída ao líder do país, Kim Jong-un, em texto dirigido a um grupo de trabalhadores. Não é possível ter certeza da veracidade do recado porque o ditador não aparece em público há mais de duas semanas, o que alimenta rumores sobre sua saúde.

Segundo a imprensa do país, Kim teria enviado um breve agradecimento por meio do Rodong, principal jornal norte-coreano, aos que trabalham no turismo na Península de Kalma, na cidade de Wonsan - o local é o mesmo em que imagens de satélite mostraram o trem especial dele estacionado.

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O artigo do jornal começa dizendo que Kim "agradeceu aos trabalhadores que apoiaram ativamente com seus esforços a construção do distrito turístico de Wonsan Kalma", um dos grandes projetos do regime de Pyongyang. O local era para ser inaugurado no início do mês, mas a abertura foi adiada em razão da pandemia da Covid-19.

A mensagem do líder enumera várias pessoas encarregadas de supervisionar a construção, logística ou assistência médica dos trabalhadores, mas não menciona detalhes sobre Kim. A imprensa norte-coreana informou ainda que, nos últimos dias, Kim enviou cartas e presentes diplomáticos a líderes mundiais.

O Rodong, no entanto, não relata nenhuma atividade de Kim Jong-un no polo turístico. Também não há imagens dele, que não é visto desde o dia 11, quando a imprensa local relatou uma reunião do gabinete do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o único do país, presidida pelo líder. Na ocasião, Kim nomeou sua irmã, Kim Yo-jong, como suplente desse importante órgão executivo da Coreia do Norte.

Ainda ontem, Moon Chung-in, conselheiro de segurança presidencial da rival Coreia do Sul, disse que o líder norte-coreano está "vivo e bem". "A posição do nosso governo é firme", disse Moon em entrevista à CNN. Ele disse que Kim passa uma temporada no resort de Wonsan desde o dia 13. "Nenhuma movimentação suspeita foi detectada até o momento."

Os rumores sobre a saúde de Kim só aumentaram depois que o líder não foi visto em vários eventos importantes, incluindo as comemorações de 15 de abril, o principal feriado nacional. A partir de então, diferentes meios de comunicação publicaram informações, sempre citando fontes anônimas, nas quais se diz que o estado de saúde do líder norte-coreano é delicado ou até mesmo que ele estaria em estado vegetativo.

O jornal Daily NK, um veículo online administrado por críticos à Coreia do Norte, reportou que Kim estaria se recuperando de uma cirurgia cardiovascular realizada no começo do mês. Citando uma fonte não identificada de dentro do país, a matéria afirma que Kim, de 36 anos, teria se submetido à operação em razão de fadiga, obesidade e tabagismo.

Logo depois, a CNN reportou que Washington estava "monitorando informações de inteligência" segundo as quais Kim estaria em "grave perigo" após a cirurgia, atribuindo as declarações a uma fonte oficial americana que teria pedido anonimato. Na quinta-feira, o presidente americano, Donald Trump, refutou as informações de que Kim estaria debilitado, mas se recusou a afirmar qual foi a última vez que falou com ele.

As imagens do trem que seria de Kim, em Wonsan, foram compiladas pela organização 38North, dos EUA. A entidade alertou que a presença da composição não "indica nada sobre a saúde" do líder, mas "dá peso" às informações sobre sua presença no local. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O site norte-americano TMZ aqueceu ainda mais as dúvidas a respeito da saúde do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ao noticiar sua possível morte, neste sábado (25). Segundo o site, veículos de comunicação internacionais, da China e Japão, teriam dado como certa a morte do mandatário após uma cirurgia cardíaca. As especulações acerca do estado de Kim Jong-un acontecem desde o início do mês de abril, tendo em vista sua ausência em eventos públicos no seu  país. 

Segundo a agência de notícias sul-coreana, Yonheap, a última aparição pública de Kim Jong-un teria sido no dia 12 de abril, quando ele visitou um local de exercício militar. Em seguida, a ausência do mandatário em um evento de suma importância para o seu país, no dia 15 do mesmo mês levantou suspeitas. Tratava-se do aniversário do fundador do regime da Coreia do Norte, Kim II Il Sung, que, a propósito, é seu avô. 

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A partir daí, as especulações só aumentaram. Neste sábado (25), a agência Reuters informou que uma equipe médica teria sido mandada pela China para auxiliar nos cuidados à saude de Jong-un. Já na última semana, um veículo de imprensa de Hong Kong teria noticiado que o mandatário da Coreia do Norte estaria em estado vegetativo. 

Segundo a revista Exame, a Coreia do Sul minimizou os rumores quanto ao estado de saúde de Kim através do assessor de segurança do presidente sul-coreano, Moon Jae-in , que teria afirmado não haver nada de incomum ocorrendo no país vizinho. Já fontes oficiais da Coreia do Norte não se manifestaram até o momento. Vale lembrar que, em 2014, Kim Jong-un passou cerca de um mês sem realizar qualquer aparição pública e ressurgiu, após esse período, fazendo uso de uma bengala, trazendo à tona notícias de que ele teria se submetido a um procedimento no tornozelo.  

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desejou nesta terça-feira (21) "o melhor" a Kim Jong-Un, enfatizando que os rumores sobre os possíveis problemas de saúde do dirigente norte-coreano não foram confirmados. "Desejo-lhe o melhor", disse Trump à imprensa na Casa Branca, destacando seu "bom relacionamento" com o líder da Coreia do Norte. "Se o seu estado de saúde é como o relatado pela mídia, é muito sério", afirmou.

A ausência do líder norte-coreano nas fotografias oficiais das comemorações do 15 de abril pelo 108º aniversário do nascimento de seu avô Kim Il Sung, fundador do atual regime, alimentou especulações sobre o estado de saúde de Kim Jong Un.

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O Daily NK, um meio de comunicação online dirigido principalmente por norte-coreanos dissidentes no exílio, disse que Kim Jong-Un passou por uma cirurgia em abril por problemas cardiovasculares decorrentes de "fumo excessivo, obesidade e sedentarismo" e estava se recuperando.

Citando uma autoridade americana, a CNN informou por sua vez que Washington "avaliou (informações)" que Kim Jong-Un estava "em estado grave após uma operação cirúrgica".

As autoridades sul-coreanas, no entanto, desmentiram essa informação. Uma importante autoridade sul-coreana citada pela agência de notícias Yonhap disse, sob condição de anonimato, que "não era verdade" que Kim Jong-Un estivesse gravemente doente.

A última aparição pública de Kim registrada por fotos oficiais remonta a 11 de abril, quando ele presidiu uma reunião do gabinete político do partido, durante o qual havia pedido medidas mais rigorosas para combater o novo coronavírus.

Autoridades da Coreia do Sul lançaram dúvidas nesta terça-feira, 21, sobre os relatos de que o líder norte-coreano Kim Jong-Un estaria gravemente doente após um procedimento cardiovascular. Os questionamentos surgiram após sua ausência em um evento importante de aniversário do Estado, que provocou especulações sobre sua saúde.

Em 15 de abril, Pyongyang comemorou o aniversário de nascimento do fundador do regime, Kim Il Sung, avô de Kim. Apesar de ser uma das datas mais importante no calendário político anual, Kim não apareceu em nenhuma das fotografias divulgadas pela imprensa oficial.

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O Ministério da Unificação da Coreia do Sul afirmou que seria "inapropriado" especular sobre os motivos da ausência de Kim. Moon Chung-in, assessor de segurança do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou que não ouviu nada especial sobre a saúde de Kim recentemente. "Não temos nada a confirmar com relação às recentes reportagens sobre os problemas de saúde de Kim Jong-Un e nenhum movimento atípico dentro da Coreia do Norte foi detectado", disse Kang Min-seok, porta-voz de Moon Jae-in.

"Até o momento não há confirmação e é cedo demais para tirar conclusões sobre seu estado de saúde", afirmou Ahn Chan-il, desertor do Norte que agora é pesquisador em Seul.

Sucessão

O governo da Coreia do Norte nunca deixou claro quem está na linha de sucessão. Sem informações sobre os filhos de Kim, analistas avaliam que sua irmã e aliados poderiam compor um governo antes que o sucessor tenha idade suficiente para assumir.

Acredita-se que Kim tenha três filhos, o mais novo nascido em 2017, de acordo com o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul. O mais velho tem 10 anos de idade, o que significa que qualquer um dos três precisaria da ajuda para se tornar um líder hereditário de quarta geração.

Cada mudança de liderança na Coreia do Norte levanta a perspectiva de um vácuo de liderança ou até mesmo do colapso da dinastia Kim, que governa o país desde a sua fundação em 1948.

A Coreia do Norte celebrou nesta quarta-feira (15)o aniversário do nascimento de seu fundador Kim Il Sung de maneira contida, com cidadãos de máscaras no momento em que depositaram flores diante de sua estátua em Pyongyang, enquanto o país impõe medidas severas contra o novo coronavírus.

O avô do atual dirigente Kim Jong Un nasceu há 108 anos. O 15 de abril é a data mais importante do calendário político do país, onde é conhecido como Dia do Sol.

Mas Pyongyang anunciou medidas rígidas para combater a pandemia. A Coreia do Norte fechou as fronteiras e colocou milhares de cidadãos e centenas de estrangeiros em quarentena, embora insista que não registrou nenhum caso da COVID-19 em seu território.

Os cidadãos de Pyongyang compareceram à colina de Mansu, onde ficam as gigantescas estátuas de bronze de Kim e de seu filho e sucessor Kim Jong Il, para depositar flores ao pé do monumento. Mas desta vez compareceram grupos menores que em anos anteriores, quando centenas de trabalhadores e soldados se uniam à celebração.

"O grande presidente Kim Il Sung estará conosco para sempre", afirma uma faixa. Em anos anteriores, a data provocou grandes comemorações, incluindo desfiles militares em 2012 e 2017, quando o regime comunista, dotado de armamento nuclear, exibiu ao mundo seu arsenal militar.

Na terça-feira a Coreia do Norte lançou vários projéteis, provavelmente mísseis de cruzeiro, informou o exército sul-coreano, na véspera de eleições legislativas em Seul.

Pyongyang está sob múltiplas sanções do Conselho de Segurança da ONU para que renuncie a seus programas nucleares e balísticos proibidos.

A Coreia do Norte continua sem registrar nenhum caso de coronavírus, reiterou o regime de Pyongyang, apesar do crescente ceticismo do mundo, no momento em que a pandemia já afeta quase um milhão de pessoas.

O país isolado, que desenvolveu armamento nuclear, fechou rapidamente as fronteiras em janeiro, quando o vírus foi detectado na vizinha China, e adotou rígidas medidas de confinamento.

Pak Myong Su, diretor do departamento que luta contra as epidemias, insistiu que os esforços deram resultado.

"Até o momento, nenhuma pessoa foi infectada com o novo coronavírus no país", declarou Pak à AFP.

"Adotamos medidas preventivas e científicas como inspeções e quarentenas para todas as pessoas que chegavam ao país, desinfetamos os produtos e fechamos as fronteiras e bloqueamos todas as rotas marítimas e aéreas".

Praticamente todos os países do mundo registraram algum caso do novo coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quarta-feira que quase um milhão de pessoas contraíram o vírus.

Além da China, epicentro do coronavírus, a Coreia do Sul registrou um dos piores focos da pandemia, que já matou mais de 45.000 pessoas no mundo.

De acordo com especialistas, o norte da península coreana é particularmente vulnerável ao vírus devido a seu frágil sistema de saúde. Os desertores acusam as autoridades de ocultar um surto da doença.

O comandante militar americano na Coreia do Sul, general Robert Abrams, declarou no mês passado que tinha "praticamente certeza" de que o Norte registrava casos do vírus.

Em fevereiro, o ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou que enviou a Pyongyang 1.500 kits de diagnóstico após um pedido, dado "o risco existente do COVID-19".

A OMS pretende destinar 900.000 dólares para ajudar Pyongyang a responder ao coronavírus, informou o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).

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