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O escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) em Gaza foi bombardeado, disse o administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Achim Steiner. Segundo a autoridade, há relatos de que o ataque deixou mortos e feridos.

"Isso é errado sob todos os aspectos. Os civis, a infraestrutura civil e a inviolabilidade das instalações da ONU devem ser sempre protegidos", escreveu Steiner em publicação no X, antigo Twitter, na madrugada deste domingo, 12.

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O escritório do deputado estadual paulista Emídio de Souza (PT) foi invadido no último final de semana. Localizado na cidade de Osasco, na Grande São Paulo, o espaço foi ocupado por criminosos que usaram um pé de cabra para estourar a única grade não ligada ao sistema de alarmes. Emídio é também pré-candidato do PT à prefeitura de Osasco.

O crime foi identificado pelos assessores do parlamentar na segunda-feira (9), ao chegarem para o trabalho. "Infelizmente fomos alvos de ações criminosas. Assessores chegaram para trabalhar e encontraram o escritório vandalizado. Não tinha ninguém na hora da ocorrência e, por ora, não constatamos a falta de nada. Vou tomar medidas para que esse bandido pague pelo crime que cometeu", disse o parlamentar em uma rede social.

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Em nota, a assessoria do deputado informou que os criminosos arrombaram armários e gavetas e espalharam documentos. O caso já está sendo apurado pelo 5º Distrito Policial de Osasco e perícia foi acionada. O circuito de câmeras do espaço estão sendo analisadas.

O diretório municipal do PT em São Paulo prestou solidariedade ao deputado e repudiou o ocorrido. "É imprescindível que as autoridades investiguem e que esses graves ocorridos não fiquem impunes", disse em nota.

Essa é a segunda invasão a escritórios de apoio de parlamentares petistas e paulistas em menos de uma semana. Na segunda-feira da semana passada, dia 2, o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) teve a sua sede parlamentar política em Guarulhos atacada durante a madrugada. "Roubaram computadores e outros equipamentos. Destruíram as instalações, deixaram inscrições atacando o PT. A polícia já está investigando, mas aviso que não seremos intimidados por violência de qualquer natureza!", disse o parlamentar.

O deputado federal petista Alencar Santana Braga (SP) afirmou nas redes sociais nesta segunda-feira, 2, que seu escritório político em Guarulhos (SP) foi arrombado e destruído na última madrugada. De acordo com o parlamentar, equipamentos foram roubados e havia, no local, inscrições com ataques ao PT.

"Meu escritório político em Guarulhos foi atacado nesta madrugada. Roubaram computadores e outros equipamentos. Destruíram as instalações, deixaram inscrições atacando o PT. A polícia já está investigando, mas aviso que não seremos intimidados por violência de qualquer natureza!", escreveu Alencar no Twitter.

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"Quebraram a janela, entraram e, lá dentro, na parte principal, de fato, foi um arregaço. Mas (quero) dizer que isso não vai nos abalar", relatou o deputado em um vídeo no qual mostra a destruição do escritório. "Palavras ofensivas também ao PT, ao nosso partido", emendou.

O deputado foi o relator na Câmara do projeto de lei do Desenrola, programa de renegociação de dívidas do governo Lula. O texto agora está em tramitação no Senado, com previsão de votação ainda hoje no plenário.

O filho "04" do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, desempenhará suas funções de auxiliar parlamentar do senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina.

A informação foi confirmada ao Estadão pela assessoria do senador, que sustenta a legalidade da medida. O escritório de apoio de Jorge Seif com sede no litoral catarinense consta no site do Senado.

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Nas redes sociais, Jair Renan tem sido discreto em relação à mudança, que teria acontecido há pelo menos três semanas. Um amigo seu, o empresário Lucas Cardozo Dalló, publicou em suas redes sociais uma fotografia dando as boas-vindas ao "04".

A nomeação do rapaz, que tem 25 anos e é estudante de direito, foi formalizada no último dia 8, há menos de dez dias. Antes da mudança, ele morava com a mãe em Brasília. O jovem é investigado pela Polícia Federal por tráfico de influência.

Jorge Seif é uma das principais vozes do ex-presidente no Senado. Ele chefiou o Ministério da Pesca durante a gestão de Jair Bolsonaro e se apresenta como o seu "06".

A reportagem entrou em contato com o número de assessoria de imprensa disponibilizado nas redes sociais de Jair Renan, mas não obteve resposta.

O Metaverso é uma realidade para empresas do Brasil e do mundo. Dados divulgados pela empresa de Relações Públicas e Comunicação Corporativa FleishmanHillard revelaram, por exemplo, que 54% dos internautas brasileiros querem conhecer o metaverso, embora não tenham certeza se estão dispostos a interagir neste universo. Enquanto isso, 49% dos entrevistados afirmaram que estão dispostos ou muito dispostos a interagir no metaverso. Já o número de internautas brasileiros que transitam no metaverso é de apenas 6%, cerca de 5 milhões de pessoas. De grandes marcas de moda a Bancos, o Metaverso tem começado a atrair o interesse do público. 

 Uma das áreas que não fica de fora, é a advocacia. Com a ideia de prover um metaescritório, o ambiente digital permite atender clientes de qualquer parte do mundo, desde que tenham uma conexão. Quem tem sido pioneiro na ideia de transformar a advocacia analógica em digital, é o escritório ABM Advocacia, do Recife. O local garantiu espaço no Metaverso como estratégia para atender clientes em todos os meios possíveis, sem esbarrar nas fronteiras físicas. 

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 O novo espaço foi lançado em outubro, de forma experimental, e reproduz um ambiente para os funcionários trabalharem e se conectarem com os clientes. “Essa movimento que estamos fazendo é um marco para advocacia. Estamos sendo os primeiros a entrar no metaverso com interação, e não apenas para garantir um espaço. O nosso escritório já pode funcionar nesse novo ambiente, sendo um novo meio de relacionamento virtual e digital com o cliente. Esse é um movimento que está sendo feito por várias empresas no mundo e ABM segue esse movimento mundial”, explica o Advogado especialista em direito digital, Anthonio Araújo Júnior. “No metaverso vamos atender em português, inglês e espanhol, uma maneira de internacionalizar a ABM para novos caminhos”, acrescentou. 

 É possível acessar o metaverso por meio de smartphones, computadores e até mesmo os óculos de realidade virtual, estes para uma melhor experiência do consumidor. O ambiente proposto pela ABM não é somente um escritório jurídico, mas também um ambiente para discutir temáticas distintas sendo um hub de negócios e advocacia, com foco em temas de tecnologia.

“A ideia não é só reunir um escritório jurídico, mas um ambiente para discutir sobre temáticas distintas, que com certeza, podem perpassar pelo tema jurídico. É uma oportunidade de criar uma comunidade em que a gente possa garantir a idoneidade da transação e da conversa. 

É um ambiente digital para reunir pessoas não só do Brasil, mas do mundo, para que empresários possam criar interações de negócios e tirar dúvidas na área jurídica. O foco não é apenas o atendimento, mas sim a construção de ambiente corporativo de negócios e advocacia”, esclarece Araújo. 

 ARQUITETURA

O Metaverso em que o escritório se encontra é o da Meta, do Facebook. O escritório da ABM no Metaverso segue modelo da plataforma com 2800 m² , dois andares, oito salas de atendimento por videoconferência para conversação sobre direito digital, imobiliário, tributário, bancário, patrimonial, empresarial, ambientes para conversar sobre temas em geral, com respaldo jurídico e sala para socialização. No escritório digital é possível que clientes contratem serviços, participem de reuniões e até de palestras em anfiteatro para até 150 avatares, representação de pessoas no mundo digital.

*Da assessoria 

Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro (PL), recebeu R$ 9,5 mil para reformar o seu escritório localizado no estádio Mané Garrincha, Brasília. Foi o que afirmou o empresário Luís Felipe Belmonte à Polícia Federal.

Segundo o jornal O Globo, Belmonte disse, em depoimento, que o pedido de contribuição financeira para obras de melhorias na sala comercial do filho "04" do presidente foi feito pelo próprio Jair Renan e seu personal trainer, Allan Lucena.

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O empresário garantiu que o fato de se tratar do filho do presidente da República não foi relevante para que ele desse o dinheiro. A PF obteve comprovante de transferência que atesta o pagamento feito à arquiteta identificada Tânia Fernandes.

Ela confirmou ao O Globo a reforma e o recebimento dos valores de Belmonte.

"Eu fiz o contrato de reforma do camarote, com o que seria feito, e ele fez a transferência, depois gerei o recibo de pagamento e executei a obra conforme estava planejado. Foi uma reforma simples e rápida", esclareceu.

Uma pintura em geral, construção de um pedaço de parede de gesso, ajustes de elétrica, polimento de pedra que já tinha no espaço, instalação de iluminação simples e de um piso flutuante de compensado foram os ajustes feitos no local.

"O resto de materiais, como mobílias, móveis, painéis, plantas e placa da logo deles, foi de patrocinadores de outras empresas, que foram passadas para mim e eu só defini o tipo, cor e tamanho, mas a tratativa ou acordos ou sei lá não foi comigo. Só defini mesmo mediante catálogos o que ficava bom lá dentro", assegurou a arquiteta ao site.

Tráfico de influência 

Jair Renan Bolsonaro é investigado por tráfico de influência. Durante o depoimento de Luís Felipe Belmonte, a PF quis saber se ele havia solicitado que o "04" intermediasse um encontro com o presidente Bolsonaro - mas o empresário negou. 

A polícia investiga se Renan, que também está sendo acusado de lavagem de dinheiro, atua junto ao Governo Federal em benefício de sua própria empresa, a “Bolsonaro Jr Eventos e Mídia”.

Uma das suspeitas é a utilização da empresa para possibilitar articulações entre grupo empresarial e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.  

Nesta quinta-feira (12), o Trench Rossi Watanabe, escritório de advocacia localizado em São Paulo, anunciou a abertura das inscrições para o seu programa de estágio "de férias" e renumerado, o “Trench Experience”. Direcionado para estudantes de direito, a iniciativa tem por objetivo apresentá-los às melhores práticas da banca, além de possibilitar a ampliação de seus conhecimentos teóricos para situações reais de trabalho.

Realizado no modelo remoto ou híbrido entre os dias 4 a 29 de julho, o programa de estágio abre 12 vagas para atuação em conjunto com o escritório. Pode participar da seleção qualquer estudante de direito que curse a partir do primeiro semestre. Com o compromisso de promover mais diversidade e inclusão, o Trench Experience, em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, busca atrair estudantes de todas as origens e transversalidades.

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Os interessados podem se candidatar até o dia 20 de maio por meio da página do programa.

O escritório montado no Rio para a realização de despachos do presidente Jair Bolsonaro (PL) consumiu R$ 1,7 milhão só em salários de servidores e nunca foi utilizado pelo titular do Palácio do Planalto, de acordo com o jornal EXTRA. A equipe de reportagem visitou o gabinete na última quinta-feira (7) e não encontrou funcionários e nem sinalização que indicasse atividade do mandatário ou de sua equipe. Apesar de ser paulista, Bolsonaro tem domicílio eleitoral no Rio e montou o escritório na primeira semana do seu mandato. 

O gabinete fica no Palácio da Fazenda, no Centro, e também possui salas que são utilizadas pelo ministro Paulo Guedes (Economia) quando ele viaja para a capital do Rio. Ao todo, quatro funcionários trabalham no escritório, que passou por uma reforma que ficou pronta em maio de 2019, quatro meses após a abertura. 

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De acordo com o jornal, a Secretaria-Geral do Planalto, que cuida das questões administrativas da Presidência, confirmou por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) que Bolsonaro nunca esteve no escritório. Em tese, o local também está disponível para prestar apoio administrativo e operacional ao Governo e seus ministros. 

A LAI informou também que não consta nos registros oficiais qualquer visita presencial de ministros. “Informamos que não foram localizadas agendas presenciais no Gabinete Regional do Rio de Janeiro em relação a essas autoridades”, informou a Secretaria-Geral, em referência a Bolsonaro e aos seus auxiliares de primeiro escalão. 

Durante a visita na última semana, a reportagem foi acompanhada por um funcionário até o 10º andar, onde fica o escritório, e “não encontrou qualquer sinal de servidores trabalhando”. Na sala informada como o espaço destacado para Bolsonaro não havia qualquer caracterização ou menção à Presidência da República. Todas as outras salas próximas estavam trancadas. Um funcionário do edifício, que disse trabalhar no prédio há 32 anos, afirmou que nunca “tinha ouvido falar no gabinete” reservado para o presidente Bolsonaro. 

Por telefone, a capitã reformada da Marinha, Andrea de Almeida Porto, que ocupa o cargo de assessora especial da Presidência no Rio, justificou que a ausência de servidores às 15h45m foi uma “coincidência”. Segundo ela, diariamente, há alguém trabalhando no local.

O Brasil deve abrigar uma das sedes da Organização Mundial do Turismo (OMT), informou nesta terça-feira (17) o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado. Durante cerimônia no Palácio do Planalto para comemorar os 54 anos da Embratur, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, Machado destacou a visita do diretor-geral da OMT, Zurab Pololikashvili.   

"Nós temos a Organização Mundial do Turismo aqui, trazendo excelentes notícias, que o Brasil foi escolhido para receber um dos quatro escritórios da OMT no mundo", afirmou. Ontem (16), Pololikashvili se reuniu em Brasília com o presidente Jair Bolsonaro. O diretor-geral da OMT, que é uma das agências da Organização das Nações Unidas, também cumpriu agenda oficial no Rio de Janeiro, ao lado do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. O escritório da OMT no Brasil será o primeiro da entidade na América Latina e deve concentrar esforços para desenvolver o turismo no continente. Gilson Machado chegou a citar Rio de Janeiro, Brasília e Manaus como possíveis sedes para o escritório da OMT, mas essa decisão não está tomada.

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Na cerimônia que marcou os 54 anos da Embratur, os Correios também lançaram um selo personalizado e um carimbo alusivo ao aniversário da agência. Desde maio, quando a Medida Provisória 907 foi sancionada, a Embratur se tornou, de forma definitiva, uma agência com status de serviço social autônomo, sob regime jurídico de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública. Antes, a instituição funcionava como uma autarquia federal. No novo formato, a Embratur pode receber recursos privados, como contribuições do Sistema S e ganhou mais autonomia administrativa para promover produtos e serviços turísticos no Brasil e no exterior.

De acordo com Gilson Machado, apesar do setor ter sido fortemente afetado durante a pandemia, a recuperação do turismo no Brasil já está sendo refletida nas estatísticas. "O Brasil é o país que tem o maior potencial no período pós-pandemia. Hoje, de acordo com dados do Ministério do Turismo, já estamos com 88% do nosso fluxo de turistas internos recuperado. Poucos países do mundo podem dizer isso. Temos as nossas companhias aéreas voltando a trabalhar em torno de 80% das operações, e alguns hubs já estão 100%, como o aeroporto de Recife, que já ultrapassou os números de 2019". Na semana passada, o governo federal lançou um pacote de medidas para estimular a retomada do turismo no país.

 

Contratos entre a Companhia Energética do Piauí (Cepisa) e o antigo escritório de advocacia de Kassio Marques foram alvo de processos no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Justiça.

Em 2006, quando Marques ainda era sócio da firma de advocacia, o TCU apontou problemas em contratos emergenciais, por dispensa de licitação.

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Dois anos depois, a Lex vendeu dois lotes de licitação aberta pela Cepisa. A decisão foi contestada pelo escritório concorrente, Audrey Magalhães, Ferraz e Souza Advogados, que alegou irregularidades no edital e impedimento da Lex porque, naquele ano, Marques virou juiz eleitoral e não podia mais constar como sócio. Embora Marques já estivesse na magistratura havia quatro anos, seu nome constava em procuração da Cepisa de 2012.

Enquanto a Justiça debatia o caso, a Lex teve cinco prorrogações de contrato até 2010. Em julho daquele ano, o Audrey Magalhães, Ferraz e Souza Advogados conseguiu na Justiça Federal um mandado de segurança que obrigava a Cepisa a inabilitar o escritório Lex Advocacia. A ordem de exclusão cita impedimento do "advogado Kassio Nunes Marques, sócio e representante legal da sociedade", conforme acórdão do TCU.

A decisão não impediu que a Cepisa voltasse a contratar o antigo escritório de Marques de forma emergencial por seis meses e

R$ 180 mil em setembro de 2010. Em acórdão, o TCU informou que faltava amparo legal para o novo acordo.

O ministro Raimundo Carreiro recomendou, em 2011, que a Cepisa invalidasse todo o processo que culminou com a nova contratação emergencial por dispensa de licitação da Lex Advocacia. Determinou ainda que a Cepisa deveria consultar o "maior número possível de fornecedores", antes de fazer um contrato emergencial.

Defesa

Marques informou que "não se trata de nenhuma investigação a respeito de contrato, e, sim, questionamento entre concorrentes de uma licitação". Em nota, o desembargador informou que deixou de integrar a sociedade quanto ingressou na magistratura".

Karine Marques, irmã do desembargador e sócia da Lex Advocacia, não atendeu a reportagem, nem respondeu aos questionamentos enviados ao escritório. A Equatorial Energia, que comprou a Cepisa em 2018, afirmou que os contratos ocorreram antes de assumir a estatal.

Quase cinco meses depois de romper com o presidente Jair Bolsonaro e renunciar ao cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz federal Sérgio Moro obteve na última terça-feira (15) o registro junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e recebeu o número de sua carteira profissional vinculada à Seccional do Paraná da entidade.

O ex-titular da Lava Jato que colecionou desafetos entre criminalistas vai atender sua futura clientela em um endereço de Curitiba, base e origem da maior operação já desencadeada no País contra a corrupção. O cadastro nacional dos advogados registra um endereço no bairro de Bacacheri como o futuro endereço profissional de Moro.

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Antes de começar a advogar, no entanto, Moro deverá acabar de cumprir a quarentena de seis meses determinada pela Comissão de Ética da Presidência. Levando em consideração a data em que anunciou sua renúncia e acusou o presidente Jair Bolsonaro de suposta tentativa de interferência na Polícia Federal, 24 de abril, a quarentena do ex-juiz terminará no fim de outubro.

A pandemia do novo coronavírus afetou as empresas brasileiras de duas maneiras. De um lado, a maior parte dos setores viu um forte freio na atividade, que se refletiu em uma retração recorde de 9,7% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. De outro, o teste forçado do trabalho remoto por causa dos decretos de isolamento social mostrou que o home office pode ser adotado em larga escala. Os dois fatores agora pressionam - e muito - o mercado de escritórios corporativos de São Paulo, colocando fim a um cenário de recuperação que se desenhava no início do ano.

De acordo com a multinacional americana JLL, especializada em imóveis corporativos, o total de escritórios desocupados estava em um patamar que não se via desde o início da década passada - 13,6% - e o segmento esperava um cenário bastante positivo para 2020, com alta na demanda e nos valores de aluguéis. Com pandemia, a perspectiva mudou: a taxa de imóveis disponíveis projetada para dezembro é de 20,9% - uma alta superior a 50% em nove meses.

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E o resultado só não é pior, passando de 25% de disponibilidade, porque o setor imobiliário segurou boa parte das entregas de edifícios deste ano. Além disso, o período de isolamento social foi mais longo do que o esperado. Por isso, só agora muitas empresas estão fazendo as contas para saber, afinal, quantos metros quadrados serão suficientes para uma operação que inclua a adoção mais permanente do home office.

Para a diretora da área de transações da JLL, Mônica Lee, a demora de retorno ao trabalho presencial empurrou para 2021 pelo menos um quarto das devoluções previstas para os próximos meses. No ano que vem, os dados do setor devem ser influenciados também por inaugurações. "O fato é que a situação das empresas ficou mais difícil. E, sem dúvida, muitas delas estão reavaliando os custos com escritórios", afirma.

Segundo pesquisa da KPMG, um número crescente de empresas só pretende voltar ao escritório em 2021. O movimento foi anunciado por empresas do setor financeiro, como a XP, e por gigantes de tecnologia, como o Google. A lista de grandes negócios que estão revendo sua ocupação é longa: inclui o Banco do Brasil, que vai devolver 38% dos escritórios que hoje ocupa; o Itaú, que faz um estudo sobre o tema; e o laboratório Fleury, que decidiu concentrar toda a operação de São Paulo em um edifício a ser inaugurado em 2022 e vai apostar fortemente no home office.

A movimentação mais visível é a dos grandes negócios - mas eles estão longe de estar sozinhos ao tentar decifrar como será o escritório do futuro. O comportamento das empresas de serviços, que têm gastos com pessoal e aluguel como principais custos, está levando a cortes até mais radicais do que o das gigantes nacionais.

O escritório Kincaid Mendes Vianna Advogados, do Rio de Janeiro, decidiu fechar a unidade de São Paulo. "A gente ocupava um latifúndio. Eram 400 m² para uma equipe de dez pessoas", explica o sócio que atua na operação paulistana, Lucas Leite Marques. Resultado: agora o time todo trabalha de casa, e a empresa eliminou cerca de 60% de seus custos em São Paulo. "Queremos agora repensar, talvez ter salas em diferentes pontos da cidade - vamos olhar opções mais flexíveis", diz.

Segundo advogados consultados pelo Estadão, a não ser no caso de prédios construídos sob medida para grandes companhias, o custo de trocar de escritório é relativamente baixo. Valem mais ou menos as mesmas regras de uma locação residencial: quanto mais perto do fim do contrato, menor é a multa de saída. Diante do potencial da economia envolvida, dizem especialistas, não se trata de um custo impeditivo à mudança.

Apesar de o cenário para o mercado de escritórios ser negativo, o executivo André Freitas, da Hedge Investments, que administra R$ 6 bilhões em fundos imobiliários, acredita na força de imóveis corporativos "triple A" (altíssimo padrão). "A valorização real de 50% que a gente previa nos próximos cinco anos não vai mais acontecer. Isso talvez caia a 20% ou 30%."

Empresas ampliam home-office e repensam custos

Não é difícil encontrar empresas que estão repensando a relação com o espaço corporativo. No laboratório Fleury, a ordem é unir operações que hoje estão espalhadas por São Paulo. A companhia está construindo um novo edifício de 12 andares na da capital paulista, que deverá ficar pronto em 2022. Muitos dos trabalhadores da empresa, porém, sequer chegarão a colocar os pés na nova sede

Isso porque a adoção do home office pela área administrativa do Fleury, que hoje reúne 1,4 mil trabalhadores, será intensa: 30% dos trabalhadores trabalharão em tempo integral de suas próprias residências. E os 70% restantes deverão ir ao escritório de duas a três vezes por semana. Com a pandemia, a nova sede já passou por uma revisão. O espaço das mesas individuais foi reduzido para 20% da ocupação total, segundo o diretor executivo de pessoas e sustentabilidade, Eduardo Marques.

Como a empresa prevê crescimento de seus laboratórios nos próximos dois anos, o executivo diz que é bem provável que, ao longo do tempo, um porcentual cada vez maior da área ocupada por funções de apoio (mais adaptáveis ao home office) seja cedido à central de análises de exame, que exige um espaço corporativo controlado.

Tecnologia

O escritório Moraes Pitombo Advogados reduziu drasticamente seu espaço em São Paulo: trocou um imóvel de 1 mil m² na Vila Olímpia por um de 270 m² na Faria Lima. A adoção do home office, que era ocasional, fará parte do dia a dia. "Fizemos uma pesquisa, e 85% dos funcionários disseram querer trabalhar em casa", conta o sócio Antônio Pitombo.

A economia com a mudança - que será de 66% - será revertida a outras áreas. "Estamos formatando uma biblioteca digital, investindo em segurança da informação e tecnologia. Troquei custo por investimento."

Cada vez mais adiamentos

Com o controle da pandemia de Covid-19 ainda distante, a volta aos escritórios no mundo corporativo está ficando para depois, mostra uma pesquisa da consultoria KPMG. Um quarto (26%) dos empresários entrevistados entre junho e julho acredita que a volta aos escritórios ficará mesmo para 2021. Na primeira edição do levantamento (abril e maio), apenas 9% apostavam numa volta só em 2021.

Na última semana, a diretoria da Dafiti, loja online de vestuário, tomou a decisão de marcar a volta aos escritórios apenas para o ano que vem. Até então, os cerca de mil funcionários colocados em home office - de um total de 2,8 mil - vinham sendo informados aos poucos sobre a continuidade do trabalho remoto.

Segundo Eduarda Perovano, diretora de recursos humanos, foram dois motivos principais para o adiamento: o home office está funcionando e houve adesão dos funcionários. Uma pesquisa interna mostrou que 90% deles se sentem confortáveis trabalhando de casa.

Além do modelo de trabalho que migrou os afazeres do escritório para o ambiente doméstico, a pandemia também alterou o lugar e a forma de confraternização dos amigos de profissão. Idealizados por funcionários ou até mesmo pela própria empresa, os chamados “happy-hour” virtuais se tornaram mania entre os grupos que antes costumavam reunir-se em bares e botequins após o expediente.

Há um ano e dois meses como colaboradora da empresa de marketing programático Reamp, Thaís Portugal, 26 anos, é uma das que não dispensava o encontro com os amigos do trabalho depois do expediente.

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De acordo com a programadora, a reunião para descontrair junto à turma do escritório era praxe toda quinta e sexta-feira. Embora haja distância, ela afirma que o novo modelo agregou novos participantes.

Thaís Portugal teve que abrir mão do happy hour mas aprova o novo formato de encontros virtuais. Fot: Arquivo pessoal 

 

“Nem sempre todos podiam participar por causa da faculdade, família, filhos ou imprevistos e agora temos oportunidade de reunir mais pessoas nesses momentos”, conta Thaís, que ainda destaca a presença de quase 20 pessoas nos encontros virtuais, que passaram a acontecer às sextas. 

Segundo a programadora, os momentos de descontração são os mais variados, mas a brincadeira fica mais divertida quando o jogo “Imagem e Ação”, versão online, começa. “É bem engraçado tentar imaginar o que seria alguns desenhos que os outros fazem”, diverte-se. 

Ainda segundo Thaís, a reunião ajuda a manter a equipe de trabalho unida no trabalho e fora dele. “É um momento que conseguimos nos aproximar mais de colegas que não temos tanto contato diariamente e fortalecer o relacionamento com os mais próximos também”, atesta.

Talentos internos

Já na empresa Votorantim Cimentos, a própria companhia idealizou ações diferentes para os funcionários terem seus momentos de descontração com reuniões virtuais. No último mês de maio, a campanha “Sextou com VC” passou a transmitir shows dos próprios colaboradores na plataforma online da instituição. Entre os talentos internos, atrações como uma homenagem aos Beatles, sucessos regionais e até um festival de música eletrônica idealizado pelo diretor de gente e gestão global da empresa, Cristiano Brasil, de 40 anos.

“É uma das iniciativas que a gente criou para manter a conexão do funcionário com a empresa. Além de valorizar os talentos internos e ter um momento de lazer para os empregados e familiares, é mais um dos artifícios que usamos para manter a conexão bem próxima” relata Brasil, que atua na firma há seis anos. 

O diretor de gente e gestão global da Votorantim Cimentos, Cristiano Brasil, tem organizado show de talentos e até um festival de música eletrônica para os funcionários, tudo online. Foto: Arquivo pessoal

 

De acordo com o diretor, os colaboradores se engajaram e participam em peso das campanhas. Segundo Brasil, são em média 150 funcionários e as famílias de cada um conectadas. Para ele, a iniciativa tem impactado de maneira positiva no balanço da companhia. 

“Tem surtido bastante resultado, as pessoas ficam muito orgulhosas e muito felizes por pertencerem à empresa, ainda que cada um esteja em casa”, comenta o colaborador, que ainda ressalta a presença dos empregados nas reuniões criadas por cada segmento interno da organização.

“Os times também têm feito encontros virtuais menores para fortalecer o bom convívio e ter um momento de descontração”, completa.

Sem obrigação

Para a especialista em Recursos Humanos Eliana Chagas, a reunião entre os colaboradores das empresas é fundamental para o rendimento no trabalho. Segundo ela, o recurso também pode ser utilizado como um modo de inclusão.

“A confraternização é muito positiva, traz interatividade, desde que não seja obrigatória. As empresas têm adotado e tem sido efetivo, porque a exclusão social tem trazido um impacto muito grande no emocional das pessoas”, considera a fundadora da Ellos CH Consultoria.

De acordo com Eliana, o momento opcional de descontração pode fazer com que os participantes passem a considerar uma maior proximidade no cotidiano da empresa.

“Sentir-se incluído ou participante de algo que não está tão próximo tem trazido um sentimento de positividade e pertencimento”, constata.

Para a especialista, é ideal que a companhia deixe o colaborador livre para escolher estar ou não no ambiente de reunião virtual. “O ideal é deixar a pessoa à vontade para estar presente, além de não obrigá-lo a expor o rosto. Ações como a abertura de um grupo para envio de mensagens diretas, é algo que, em geral tem sido muito positivo”, afirma.

Ficar mais tempo em casa em razão do isolamento despertou certo incômodo com as condições do próprio lar. A vontade de melhorar determinado espaço, realizar reparos ou até mesmo criar um novo ambiente ganhou força. No entanto, as restrições da pandemia frearam as reformas e o segmento precisou adaptar-se.

Sem autorização para prosseguir com as obras, o tempo de suspensão foi difícil para o multiprofissional Cícero Castro manter as contas em dia. Ele é acionado para resolver "qualquer serviço de manutenção" e construção no Grande Recife e em cidades vizinhas. "Não apareceu serviço toda semana, mas sempre aparece alguma coisa pequena para fazer", lamentou, antes de completar, "Teve mais pedido para fazer manutenção mesmo. No geral foi mais parte elétrica, trocar interruptor e resolver reparos na parte hidráulica".

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De casa nova, a autônoma Silvia Amaral estava insatisfeita com o piso e, mesmo em pandemia, aproveitou para trocar uma das portas. Na reta final para o fechamento dos armazéns, ela chegou a escolher os produtos presencialmente, mas sofreu dificuldade tanto na entrega, quanto para encontrar mão-de-obra capacitada.

"O orçamento era X e durante todo o período a lista não parava de crescer, gerando um desconforto grande e por muitas vezes impaciência", destacou. Silvia combinou a entrega pelo atendimento online da empresa e aguardou os materiais em casa.

Ela confiou no prazo do estabelecimento, mas conta que houve uma série de transtornos e o tempo da reforma precisou ser estendido. "Foi bem desgastante. Fiquei com material preso no depósito por mais de 25 dias, atrapalhando e gerando gastos extras", pontuou.

A gerente de E-commerce da Ferreira Costa, Flávia Chiba, confirma o aumento da demanda de pela internet e reforça que o setor precisou se adaptar rápido à nova realidade. "A gente viu que as pessoas realmente estavam precisando fazer melhorias em suas casas. Seja por que passaram esse tempo todo em casa, daí um buraquinho vira um buracão, seja para deixar o ambiente melhor", explica.

Atenta aos impactos que a pandemia causou no segmento, ela credita a alta na venda de móveis e utilitários à necessidade de criar escritórios domiciliares para atender ao regime home office. "As pessoas precisaram segurar um pouco as reformas que estavam para acontecer [...] quem não tinha um cantinho, precisou organizar", acrescenta.

Como o bem-estar vai além do conforto e relaciona-se com a identidade empregada ao espaço, "coisas que vão fazer com que seu ambiente fique mais legal de ser visto e de ser vivido" também tiveram papel fundamental para a receita da loja, durante a quarentena mais rígida, aponta a gerente ao ressaltar os itens de decoração.

O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nota, nesta sexta-feira (17), negando a existência de pedidos de busca e apreensão no escritório de advocacia de Rosângela Moro, esposa do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. O comunicado informa que, segundo o gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, a medida 'jamais foi cogitada uma vez que não há razão a sustentar a adoção' do procedimento.

A manifestação veio após sites e blogs divulgarem na manhã desta sexta, 17, que, a pedido da Aras, a Polícia Federal estaria organizando operação para vasculhar o endereço profissional da Rosângela em função de uma suposta retomada de tratativas para acertar um acordo de delação com o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado como operador da Odebrecht.

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Investigado pela Lava Jato, Tacla Duran afirmou ter pago dinheiro ao também advogado Carlos Zucolotto, amigo pessoal dos Moro e ex-sócio de Rosângela, para obter vantagens em uma delação premiada, posteriormente frustrada, com a força-tarefa em 2016. Entre elas, uma suposta redução no valor da multa delatória. Duran está foragido no exterior desde 2016, quando foi alvo de um mandado de prisão determinado por Moro.

A Coreia do Norte explodiu nesta terça-feira (16) o escritório de ligações com o Sul na cidade fronteiriça de Kaesong, anunciou o ministério da Unificação, após dias de críticas e ameaças por parte de Pyongyang.

"A Coreia do Norte explodiu o escritório de Kaesong às 14h49 locais", afirma uma mensagem divulgada pelo ministério, responsável pelas relações entre as duas Coreias.

Pouco antes, a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou sobre uma explosão e uma intensa fumaça na área do complexo industrial em que fica o escritório. No fim de semana passado Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, fez ameaças contra o local.

"Dentro de pouco tempo, o inútil escritório de relações entre o Norte e o Sul será completamente destruído", afirmou, misteriosamente.

Desde o início do mês, Pyongyang intensifica os ataques verbais contra Seul, sobretudo contra os desertores norte-coreanos que enviam panfletos de propaganda a partir do Sul contra o Norte, por cima da zona desmilitarizada (DMZ) entre as Coreias.

Na semana passada, o regime norte-coreano anunciou o fechamento dos canais de comunicação polícia e militar com o "inimigo" sul-coreano.

Os panfletos, lançados com balões na direção do território norte-coreano ou dentro de garrafas enviadas pelo rio que estabelece a fronteira, contêm críticas a Kim Jong Un na área dos direitos humanos ou por seu programa nuclear.

Alguns analistas acreditam que Pyongyang tenta provocar uma crise com Seul no momento em que as negociações sobre seu programa nuclear estão paralisadas.

A Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um armistício, não com um acordo de paz, o que significa que os dois vizinhos ainda estão, tecnicamente, em guerra.

Mais cedo, o exército norte-coreano afirmou que "totalmente preparado" para atuar contra a Coreia do Sul.

O Estado-Maior do Exército Popular da Coreia anunciou que trabalha em um "plano de ação para transformar em fortaleza a linha de frente", informou a agência oficial norte-coreana KCNA.

Esta medida implicaria a reocupação de zonas que estavam desmilitarizadas em virtude de um acordo intercoreano.

A imprensa sul-coreana indica que isto poderia significar a reinstalação de postos de fronteira que os dois vizinhos decidiram retirar em 2018.

O Ministério Público de São Paulo descobriu transferências milionárias nas contas do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Entre 2014 e 2017, período em que Salles era secretário particular do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), R$ 2,75 milhões da conta de seu escritório de advocacia foram repassados pelo próprio ministro para a sua conta pessoal em 54 transferências.  

O MP-SP deve avançar nas investigações de sonegação e lavagem de dinheiro. O inquérito contra Ricardo Salles foi aberto em agosto do ano passado para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito entre 2012 e 2017. O ministro deixou de atuar como advogado neste período para ocupar cargos públicos no governo de São Paulo, acumulando R$ 7,4 milhões em cinco anos.

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Para se ter noção, a Revista Crusoé aponta que em 2012, quando Salles foi candidato a vereador de São Paulo pelo PSDB, declarou à Justiça ter R$ 1,4 milhão em bens. Em 2018, quando foi candidato a deputado federal pelo Partido Novo, declarou ter R$ 8,8 milhões em bens, uma alta de 335% em cinco anos. 

Em sua defesa, Ricardo Salles publicou em sua conta do Twitter que a matéria da Revista é mentirosa. "Todos os meus rendimentos ditos 'repassados' são honorários declarados e decorrentes da minha atividade privada como advogado, fora do Governo, a qual muito me orgulho. Não tenho nada a esconder, de ninguém", afirma.

A Petrobras rescindiu dois contratos com o escritório de advocacia do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, sem alegar qualquer justificativa, segundo o próprio escritório informou em nota divulgada à imprensa no fim da tarde desta quarta-feira, 7. O rompimento havia sido comunicado ontem. "O escritório buscará todos os meios legais disponíveis para recebimento dos honorários devidos e expressa, nessa oportunidade, sua preocupação com medidas que podem ferir a impessoalidade na administração pública, princípio fundamental do Estado Democrático de Direito", afirma a nota.

O escritório atuava em causas trabalhistas e recentemente conseguiu uma decisão favorável do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que evitou o pagamento de estimados R$ 5 bilhões em horas extras atrasadas a funcionários embarcados nas plataformas de petróleo da estatal.

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O rompimento do contrato foi informado pela Petrobras em comunicado enviado ao escritório na terça-feira, oito dias depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) iniciou ofensiva contra Santa Cruz.

Em 29 de julho, o presidente criticou a OAB por sua atuação no inquérito envolvendo Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o então candidato do PSL em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral.

Após reclamar da instituição, Bolsonaro atacou Santa Cruz, cujo pai era militante político e desapareceu em 1974, quando o atual presidente da OAB tinha um ano e dez meses de idade. "Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele", disse Bolsonaro.

Naquele mesmo dia, durante uma transmissão pela internet enquanto cortava o cabelo, Bolsonaro voltou ao tema e acusou a própria organização da qual o pai do presidente da OAB fazia parte de ter matado o militante.

No entanto, a Comissão Nacional da Verdade, grupo criado pelo governo federal, apurou que Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira sumiu em 1974 e foi "preso e morto por agentes do Estado brasileiro". Segundo a comissão, Santa Cruz "permanece desaparecido, sem que os seus restos mortais tenham sido entregues à sua família". O reconhecimento dessa situação foi oficializado por meio de retificação do atestado de óbito, realizada pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, também vinculada ao governo federal, apenas cinco dias antes de Bolsonaro se referir ao caso.

Felipe Santa Cruz classificou os comentários de Bolsonaro como "cruéis" e recorreu ao Supremo Tribunal Federal para pedir esclarecimentos de Bolsonaro, que tem prazo de duas semanas para explicar suas afirmações.

Disposição, agilidade e juventude sempre foram características dos office-boys, profissão que é comemorada neste sábado (13). O cargo, geralmente atrelado ao primeiro emprego, faz com que muitos jovens tenham a oportunidade de encarar as dificuldades da vida adulta, aprender e adquirir mais responsabilidades, já que transportam documentos, procurações e até mesmo valores em dinheiro, e ainda começar a planejar o futuro seja dentro ou fora da empresa.

Mas, ao longo dos anos, a profissão que lida diretamente com papéis, burocracias, filas de espera e otimiza a dinâmica de uma empresa encontrou uma barreira: a era digital. A possibilidade dos meninos do escritório serem banidos das firmas cresceu de maneira considerável, já que os serviços bancários passaram a ser feitos pela internet, e muitos documentos hoje são digitalizados e enviados por e-mail. As procurações e assinaturas também ficaram acessíveis no mundo virtual.

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Mesmo diante de um mundo ao alcance de um toque, os office-boys encontraram uma maneira de se reinventar. Office-boy durante 10 anos em empresas de engenharia e corretoras de valores na década de 1980, Mauro Proença, 53 anos, recorda com bom humor do tempo no qual era normal sofrer com as brincadeiras dos quase 40 office-boys com quem dividia os serviços. "Lembro que, no dia que eu cheguei, a primeira coisa que me falaram foi para ir ao Departamento Pessoal pedir minhas férias. Na inocência, fui e fiz o pedido enquanto os outros riam da minha cara", recorda.

Hoje atuando como músico e fotógrafo, Proença ressalta que a dificuldade de comunicação era um grande empecilho na época, pois a tecnologia pouco se fazia presente naquele período. "O que existia era só ficha de telefone público, tínhamos que andar com fichas no bolso para falar com a empresa caso algum problema acontecesse durante o serviço", comenta.

Office-boy nos anos 1980, Mauro Proença hoje é músico e fotógrafo | Foto: Arquivo Pessoal

Os anos 2000 podem ser considerados como a fase de transição nas tarefas de um office-boy. Foi durante este período que o barman Denis Carvalho, 35 anos, teve a oportunidade de atuar como o "boy da firma" e encarar com seriedade as atribuições do cargo. "Portar documentos e procurações em meu nome para cumprir trâmites pela empresa em outros municípios eram procedimentos de suma importância e que exigiam responsabilidade", contra ele, que acredita que com a desburocratização, algumas atividades deixaram de ser prioridades no trabalho dos boys. "Hoje a entrega de documentos aqui e ali já não é mais necessária, tudo vai por e-mail. O office-boy acabou perdendo o valor perante às empresas".

Hoje reponsável por elaborar e preparar coquetéis para clientes cada vez mais exigentes, Carvalho acredita que aprendeu muito durante os sete anos que circulou com malotes de ofícios pelas ruas de São Paulo. "A facilidade de utilizar cálculos matemáticos, o aprendizado tecnológico, além de conhecer diversos lugares, pessoas e fazer viagens importantes que serviram tanto para a empresa quanto para o meu lado pessoal me ensinaram muito. Carrego comigo até hoje o que aprendi como office-boy", conta.

Office-boy nos anos 2000, Denis Carvalho hoje é barman | Foto: Arquivo Pessoal

Quem está vivendo na pele às adaptações dos office-boys na era digital é Danilo Gove, 21 anos, que trabalha desde 2015 em uma copiadora. O rapaz acredita que a tecnologia ajudou a reduzir a demanda de trabalho. "A função continua sendo a mesma, ainda vou aos bancos, faço entrega e retirada de materiais para os serviços que a empresa produz", conta.

Gove, que também é estudante de Radiologia, diz que o cargo ainda tem importância nas empresas, pois, mesmo quando o volume de serviço é reduzido, o jovem consegue adquirir conhecimentos, além de mostrar proatividade. "Ajudo no acabamento dos materiais, nas plotagens, minha chefe e outros funcionários com alguns favores particulares que, mesmo não sendo minha responsabilidade, são aprendizados importantes. Hoje faço de tudo um pouco dentro da empresa", fala. "Particularmente trabalho em uma região privilegiada e não preciso ir a lugares muito distantes, mas tenho amigos que seguem a rotina e as mesmas funções exercidas por office-boys de antigamente, como cartório, agências dos Correios, além das entregas e retiradas de documentos", complementa.

Office-boy nos anos 2010, Danilo Gove aproveita os aprendizados da profissão e já pensa no futuro cursando ensino superior | Foto: Arquivo Pessoal

A chancelaria palestina afirmou neste domingo (31) que consultará seu embaixador no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar, ao lado do premiê israelense, Binyamin Netaniahu, a abertura de um escritório de negócios em Jerusalém.

"(A abertura da representação) é uma violação flagrante ao povo palestino e seus direitos, bem como uma aprovação à pressão americana e israelense", afirmou o chanceler Riad Malki, segundo a agência palestina de notícias Wafa.

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Malki disse que a medida tem como objetivo "perpetuar a ocupação, as atividades de assentamentos e a anexação da parte ocupada de Jerusalém", além de "impor à força" a lei israelense na região.

O ministro também reafirmou que os palestinos consideram Jerusalém como parte do território palestino ocupado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e que essas ações "não darão à ocupação (Israel) direitos sobre Jerusalém Oriental e seus arredores".

Bolsonaro anunciou neste domingo a abertura de uma representação do país em Jerusalém. A decisão, segundo o governo brasileiro, significa que a mudança da embaixada de Tel-Aviv foi temporariamente descartada, mas ainda é analisada.

O escritório brasileiro de negócios, no entanto, não terá status de Embaixada, esclareceu o porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros. "Vai tratar das questões de comércio, ciência e tecnologia como foi apresentado a vocês pela declaração", continuou.

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