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Cerca de 3.000 pessoas foram resgatadas neste domingo no Mediterrâneo em frente à costa da Líbia, indicou a Guarda Costeira italiana, que coordena as operações.

"É o que chamamos de um fenômeno de concentração: após alguns dias tranquilos, os migrantes chegam em grande número, aproveitando condições meteorológicas favoráveis", comentou um responsável da Guarda Costeira.

O Aquarius, um barco humanitário fretado pelas ONGs SOS Mediterrâneo e Médicos Sem Fronteiras (MSF), indicou ter resgatado 946 pessoas desde o início da manhã, entre eles 200 menores.

Um vídeo difundido pelo MSF mostra crianças dançando, sorridentes, a bordo do barco. Os migrantes resgatados pelo Aquarius navegavam à deriva em nove barcos de madeira e botes infláveis.

Segundo estatísticas do governo italiano, entre 1º de janeiro e 17 de março, 16.206 pessoas foram resgatadas no mar, em comparação com os 11.911 migrantes salvos no mesmo período de 2016.

A Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur) informou que mais 200 imigrantes morreram em temperaturas muito baixas no Mar Mediterrâneo.

Comunicado da agência diz que sobreviventes que começaram a chegar à costa nesta quarta-feira informaram que outro bote de borracha está desaparecido, o que provavelmente eleva o número de vítimas. A porta-voz da Acnur na Itália, Carlotta Sami, afirmou que pelo menos 203 pessoas foram "engolidas pelas ondas".

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No início desta semana, a guarda costeira italiana havia informado que pelo menos 29 pessoas haviam morrido de hipotermia enquanto viajavam do norte a África para a costa italiana.

A Acnur diz que a nova patrulha de resgate, apoiada pela União Europeia, é ineficiente para salvar vidas. A UE assumiu as patrulhas no Mediterrâneo depois de a Itália ter encerrado sua operação Mare Nostrum, iniciata após a morte de 360 imigrantes em 2013. Fonte: Associated Press.

O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró rebateu nesta terça-feira o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e negou que tenha recebido propina para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Durante acareação à CPI mista da Petrobras, Cerveró reafirmou o que havia dito em setembro à própria comissão: que desconhecia se havia um esquema ilícito para a aquisição da refinaria.

"Desconheço, e também desconheço qualquer esquema de propina", afirmou Cerveró, ao ressaltar que, se Paulo Roberto Costa disse isso, está mentindo. Ele disse que a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) de que o prejuízo para a Petrobras com o negócio chegou a US$ 792 milhões é errada e que isso é "inexistente".

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Sentado na frente de Cerveró e confrontado com as declarações, Paulo Roberto disse simplesmente que reafirmava o que havia dito na delação premiada. "O que eu disse para o juiz Sérgio Moro, eu confirmo", afirmou.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa surpreendeu na sessão da CPI mista que apura irregularidades na estatal, ao decidir falar, e bastante. Ele disse que nunca precisou de apoio político para conquistar os cargos que acumulou na petroleira. Admitiu também que tinha o sonho de assumir uma diretoria da estatal e ser presidente da companhia, mas que quando chegou a hora de assumir o cargo de diretor de Abastecimento, em 2004, foi preciso indicação política. Ele não citou como ocorreu essa indicação, mas Costa contou na época com o apoio do então líder do PP na Câmara, José Janene. Hoje, na CPI, Costa diz ser arrepender de ter aceitado a ajuda.

"Estou extremamente arrependido de dizer isso. Este cargo me deixou aqui, hoje. Estou arrependido e quisera eu não ter feito isso. Digo isso tudo para deixar minha alma um pouco mais pura, mais confortável, para a minha família. Passei seis meses preso. Uma delação de tudo que eu conhecia", disse.

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Segundo o ex-diretor, o que ele falou na delação são fatos que acontecem não somente na Petrobras, mas no Brasil inteiro, "nas rodovias, portos, ferrovias, aeroportos". Costa falou tudo isso depois de o advogado de defesa dele ter sinalizado, desde a semana passada, que o ex-diretor iria ficar calado na acareação de hoje com o ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró. "Assumi esse cargo por indicação política e assinei a minha demissão em 2012 porque não aguentava mais a pressão para resolver problemas que não eram da minha área", desabafou Costa.

O ex-diretor de Abastecimento disse que confirma tudo o que falou na delação premiada, mas fez uma ressalva: são declarações "que não posso abrir aqui", justificou. "Não tem nada na delação que eu não confirme. É um instrumento extremamente sério. Não pode ser usado de artifício", explicou. Segundo Costa, foram 80 depoimentos, mais de duas semanas na delação. "O que está lá, eu confirmo. Provas? Estão existindo, estão sendo colocadas. Falei de fatos, dados e das pessoas. Tudo o que eu falei eu confirmo", declarou.

O ex-diretor justificou que quando fez a delação premiada, não foi orientação "do advogado, de ninguém". "Foi orientação da minha família", disse, explicando que tomou a decisão pensando na esposa, filhos, familiares e netos. "Fiz a delação para dar um sossego para minha alma, por respeito e amor à minha família. E os outros? Você vai pagar sozinho? Fiz a delação para dar um sossego para a minha e um conforto para a minha família".

A CPI mista da Petrobras aprovou nesta terça-feira um requerimento para a realização de uma acareação entre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o ex-diretor de Área Internacional da companhia Nestor Cerveró. Aprovado em votação simbólica, quando não há registro dos votos de cada um dos parlamentares, o pedido havia sido apresentado pelo deputado Ênio Bacci (PDT-RS).

Em sua justificativa, Bacci citou o fato de que Costa havia acusado, em delação premiada, Cerveró de ter recebido propina em razão de contratos na Petrobras. "Acho que a acareação faz parte das investigações e nenhuma CPI tem usado muito. Aquele que é convocado, no mínimo, vai dizer algo de forma oposta (ao acusador)", afirmou o autor do requerimento.

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O deputado do PDT criticou a afirmação feita, mais cedo, pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), segundo a qual trazer Costa e Cerveró à CPI mista serviria apenas para gastar recursos públicos porque ambos vão ficar calados. "Não é o momento de se fazer economia não, tem que se economizar os bilhões desviados. Ele (Paulo Roberto Costa) não quis falar porque a delação não foi aprovada e hoje ele pode falar", completou Bacci.

A bancada do PT se dividiu durante a votação. Pimentel criticou o pedido ao lembrar que o prazo para encerrar as investigações é curto - se for prorrogada, a comissão finaliza os trabalhos no dia 22 de dezembro. "Como eu quero investigar e não simplesmente queimar uma sessão, eu encaminho o voto contra", destacou. O líder do PT do Senado em exercício, Wellington Dias (PI), por sua vez, liberou a bancada para votar a favor. Segundo ele, essa posição tem por objetivo não ser acusado de tentar obstruir os trabalhos.

Graça Foster

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) acusou hoje a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, de ter mentido na CPI mista da Petrobras sobre a acusação de que houve pagamento de propina a funcionários da companhia para obter contratos bilionários de locação de plataformas para a SBM Offshore. Onyx disse que ela inicialmente informou que não sabia do caso. Ontem, Graça confirmou ter tido conhecimento da acusação de pagamento de propina.

"Ela (Maria das Graças Foster) mentiu, senhor presidente (Vital do Rêgo), porque ela disse que, desde o mês de maio, ela já sabia que a SBM já havia informado a Petrobras, que havia pago propina para conseguir contratos na Petrobras", afirmou Onyx Lorenzoni. Para o deputado de oposição, que quer convocar novamente Graça Foster, a se confirmar o ocorrido, "ela cometeu crime". "No momento em que ela mente, ela está ajudando a destruir a credibilidade da Petrobras", afirmou.

O ex-ministro da Integração Nacional e senador eleito pelo PSB de Pernambuco Fernando Bezerra chamou de "levianas e mentirosas" as acusações de Paulo Roberto Costa. Bezerra afirmou que as declarações buscam "manchar a memória" do ex-governador Eduardo Campos.

Por meio de sua assessoria, ele afirma que nunca atuou na área financeira da campanha de Campos ao governo de Pernambuco, em 2010. "Na campanha à reeleição de Eduardo Campos, em 2010, Fernando Bezerra Coelho não teve papel de coordenador nem de tesoureiro. Portanto, nunca tratou de doações à campanha com quem quer que seja", diz a nota. O ex-ministro assumiu, em 2007, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, no primeiro mandato de Campos. Foi indicado para o ministério em 2011. Bezerra afirma que não conhece e nunca teve nenhum tipo de contato pessoal ou telefônico com o doleiro Alberto Youssef.

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Sobre Paulo Roberto Costa, Bezerra admite que chegou a ter contatos "institucionais" com ele, na época em que ocupava os cargos de secretário de Pernambuco e de presidente do Porto de Suape.

"Agora, surgem declarações levianas e mentirosas numa tentativa de macular a honra e o trabalho do senador eleito Fernando Bezerra Coelho", diz a nota. "A apuração dos fatos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, com absoluta certeza, mostrará que as declarações são caluniosas e que elas têm cunho puramente político."

O irmão de Campos, Antonio Campos, não quis comentar o caso. Indicou o advogado do ex-governador, que não foi localizado. O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, disse que não era presidente na época e não comentou o assunto. O criminalista Figueiredo Basto, que comanda o núcleo de defesa de Youssef, disse que o doleiro "nunca comentou" com ele o suposto pagamento de R$ 20 milhões. "Não posso confirmar, porque não ouvi nada dele (Youssef) sobre isso", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento da delação premiada dos autos da Operação Lava Jato que intermediou em 2010 o pagamento de R$ 20 milhões para o caixa 2 de campanha de Eduardo Campos (PSB), então candidato à reeleição ao governo de Pernambuco - Campos foi reconduzido ao cargo com 80% dos votos. Segundo Paulo Roberto Costa, o operador da transação foi o ex-ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff, eleito senador pelo PSB de Pernambuco e ex-braço direito de Campos.

Em 13 de agosto, candidato à Presidência, Campos morreu tragicamente num acidente aéreo.

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Costa disse ao Ministério Público Federal - em um dos vários depoimentos prestados entre agosto e setembro - que Bezerra pediu a ele o dinheiro para ser usada na campanha à reeleição do então governador pernambucano. O ex-diretor da Petrobras, que aceitou colaborar com a Justiça em troca da redução de pena, também apontou o envolvimento de pelo menos 32 deputados e senadores e o PT, o PSDB, o PMDB e o PP com os esquemas de propina nas obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

A delação de Costa foi homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. Ele disse que os R$ 20 milhões foram entregues a Bezerra pelo doleiro Alberto Youssef. Também alvo da Lava Jato, o doleiro está fazendo delação premiada e citou 28 parlamentares. Youssef está preso em Curitiba, desde 17 de março.

Na época, o ex-ministro Bezerra era secretário de Desenvolvimento do governo do Estado e presidente do Porto de Suape (entre 2007 e 2010), onde foi construída a refinaria. Era ele quem tratava institucionalmente com os responsáveis pela obra de Abreu e Lima.

Iniciada em 2008, a obra ainda não foi concluída, mas já está com superfaturamento, segundo relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Procuradoria da República.

Costa era quem presidia o conselho de administração da Refinaria Abreu e Lima S/A, empresa constituída pela Petrobras para tocar as obras avaliadas inicialmente em R$ 2,5 bilhões e que já consumiu mais de R$ 20 bilhões, segundo o Ministério Público Federal.

Bezerra foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco até 2011. Depois foi indicado por Campos para ocupar o cargo de ministro da Integração Nacional.

Como presidente de Suape e secretário de Estado, era ele quem negociava diretamente com a Petrobras e a empresa criada para tocar a obra, que tinha Paulo Roberto Costa como presidente do Conselho de Administração. À Justiça Federal, na ação penal sobre superfaturamento, desvios de recursos na obra, Costa e Youssef revelaram que o PT, o PMDB e o PP lotearam as diretorias da Petrobrás e montaram um esquema de propina paga por construtoras que abasteceu o caixa 2 dos partidos, principalmente para campanha de 2010.

A empresa é a mesma apontada por Costa por ter pago o achaque de R$ 10 milhões que teria sido feito entre 2009 e 2010 pelo então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, para abafar a CPI da Petrobrás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou pedido da CPI mista da Petrobras para ter acesso à íntegra da delação premiada feita pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), também já havia rejeitado pedido com idêntico teor feito pela CPI, pela presidente Dilma Rousseff, por meio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), para ter acesso às declarações de Costa.

Na resposta de quatro páginas encaminhada à CPI, Janot faz uma digressão histórica e legal sobre os limites de atuação das comissões parlamentares de inquérito e de procedimentos de colaboração premiada a fim de justificar a recusa em repassar as informações ao colegiado.

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Janot disse, inicialmente, que designou há cerca de seis meses uma força-tarefa de integrantes do Ministério Público Federal para participar das investigações que envolvem a Operação Lava Jato. Ele disse que tem supervisionado e coordenado direta e constantemente os trabalhos do grupo e ressaltou estar convicto de que tomou todas as providências necessárias para uma "investigação imparcial e responsável" dos fatos.

O procurador-geral usou argumentos semelhantes aos de Teori Zavascki para rejeitar o pedido da CPI. Entre eles, o que a delação premiada permanece em sigilo até a apresentação da denúncia criminal feita a partir de provas resultantes dessa colaboração. A decisão de Janot, do dia 9, chegou à CPI no dia seguinte, na sexta-feira passada. Diante das negativas, a CPI mista da Petrobras ameaça entrar no próprio Supremo Tribunal Federal com um mandado de segurança a fim de que o plenário da Corte decida sobre se a comissão tem ou não direito à íntegra dos depoimentos de Paulo Roberto Costa.

A presidente Dilma Rousseff está reunida no Palácio da Alvorada na manhã desta sexta-feira, 10, com seus coordenadores de campanha para avaliar os estragos que podem ser provocados em sua campanha à reeleição pelas denúncias do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

Em depoimentos à Justiça, os dois disseram que PT, PMDB e PP ficavam com uma porcentagem dos contratos assinados pela empresa estatal. Dilma está também gravando programas eleitorais para serem exibidos pelas emissoras de rádio e TV. Não está decidido ainda, mas a presidente poderá, antes de decolar às 13h30 para o Rio Grande do Sul, dar entrevista coletiva à imprensa no Alvorada.

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No governo, as denúncias foram recebidas com perplexidade e muita preocupação. As primeiras orientações são de que a campanha não deve ficar na defensiva, mas "responder à altura" todas as denúncias. Além disso, deve insistir com o discurso de que a presidente Dilma nunca jogou denúncia de corrupção para baixo do tapete e que é a Polícia Federal de seu governo quem apura e descobre os mal feitos, prendendo os responsáveis por eles.

Depois de cumprir sua primeira agenda por cinco cidades do Nordeste, a presidente embarca para Canoas (RS), onde se encontra com lideranças locais e participa de carreata. No Rio Grande do Sul, Dilma obteve 43% dos votos e Aécio Neves, 41%. Dilma quer os 12% de votos do Rio Grande do Sul de Marina Silva, do PSB, derrotada no primeiro turno.

No sábado, a presidente irá à Contagem, Minas Gerais, para, mais uma vez, sair em busca dos votos de Marina, que somaram 14% do eleitorado local. Dilma quer assegurar a vantagem de 3% dos votos que obteve em seu Minas, terra do seu adversário Aécio Neves (PSDB), assim como conquistar os 14% de Marina.

Empatados numericamente, segundo o Ibope, os dois principais candidatos ao governo da Bahia, Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT), se apegam a exemplos diferentes de eleições anteriores para mostrar que estão confiantes na vitória ainda no primeiro turno.

Souto votou na escola Pedro Calmon, em Jardim Armação, na capital baiana, acompanhado do prefeito de Salvador ACM Neto, seu principal cabo eleitoral. "Vai se repetir em 2014 o mesmo de 2012, quando o Ibope me derrotou na véspera e, no dia, eu ganhei a eleição", afirmou o prefeito.

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Já Rui Costa esteve no colégio Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, acompanhado do candidato a vice, João Leão, e do presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação. Ele preferiu lembrar da campanha estadual de 2006, quando o Ibope apontava que o pleito seria resolvido no segundo turno, mas Jaques Wagner (PT) foi eleito no primeiro, vencendo Paulo Souto.

Nas últimas eleições, a Bahia tem histórico de resultados distintos dos apontados pelas pesquisas de opinião.

Souto é o candidato apoiado por ACM Neto, que teria pretensões de se candidatar às próximas eleições a governador do Estado. Souto teria se comprometido a não disputar à reeleição, caso seja eleito.

Costa, por outro lado, teve ascensão nas pesquisas de intenção de voto significativa, associando-se ao ex-presidente Lula.

Enquanto o candidato do DEM diz que está confiante porque sabe que o povo da Bahia quer mudança, Costa defende a continuidade do governo PT no Estado. "Tenho certeza que a população vai votar no 13 para continuar esse projeto econômico, social e político que mudou a vida das pessoas nesses últimos anos", afirmou Costa. Com a ascensão de Dilma nas pesquisas, o candidato intensificou na reta final da campanha o pedido para que os eleitores façam o "voto casado" para o PT nos governos federal e estadual.

No primeiro dia de cumprimento da prisão domiciliar, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teve a vigilância constante de policiais federais na porta de sua residência, no Rio. Uma viatura da Polícia Federal permaneceu todo o dia em frente à sua casa, com equipes que se revezavam na vigilância ao delator do esquema de corrupção envolvendo a estatal.

No condomínio, o movimento foi tranquilo durante todo o dia. A prisão domiciliar do ex-diretor foi tema de conversas nas guaritas de segurança, entre vizinhos e mesmo entre os funcionários das diversas residências de alto padrão do local. Costa foi transferido na tarde de quarta-feira, 30, de Curitiba, onde estava preso desde junho, sob forte esquema de proteção policial.

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Sem se identificar, um vizinho e seguranças de uma guarita próxima a casa do ex-diretor comentaram que o ele se tornou "a nova celebridade" do condomínio, em referência à permanência da imprensa no local. "Já tínhamos vizinhos ilustres, como (o cantor) Dudu Nobre, e algumas atrizes. Agora temos um acusado de corrupção", comentou o vizinho. Entre os famosos com imóvel no condomínio, ele citou as atrizes Juliana Paes e Nívea Stelmann.

Alguns vizinhos, apreensivos com a exposição do condomínio, demonstraram irritação com os repórteres. Outro morador afirmou que desconhecia a vizinhança ligada a políticos e atos de corrupção. "Aqui as pessoas só se cumprimentam por educação. Não poderíamos imaginar que um ex-diretor da Petrobras, citado em denúncias, poderia morar aqui", comentou.

Paulo Roberto Costa responde a dois processos na Justiça Federal do Paraná, por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, em que articulava fraudes e desvio de recursos em contratos da estatal, e destruição de provas. Também suas filhas e genros são investigados por destruição de provas e obstrução da justiça, além de integrarem empresas supostamente ligadas ao esquema.

Todos os membros da família foram beneficiados com a delação premiada. O ex-diretor prestou depoimento sobre o funcionamento do esquema de corrupção e denunciou políticos e empresas beneficiados com o esquema. Em troca, ele poderá aguardar o julgamento em prisão domiciliar, monitorado por uma tornozeleira eletrônica durante um ano. Além disso, terá a pena flexibilizada em caso de condenação, podendo cumprir a sentença em regime semiaberto.

Um avião privado norte-americano, cujo piloto não respondeu às tentativas de contato, caiu no mar ao norte da Jamaica nesta sexta-feira, após viajar mais de 1.400 milhas (2.250 quilômetros).

O major Basil Jarrett, da Força de Defesa jamaicana, disse que o avião caiu a cerca de 14 milhas (22 quilômetros) a nordeste de Port Antonio. O Exército enviou um avião para investigar a queda.

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"Podemos confirmar que o avião caiu", disse ele. Não havia informações sobre as pessoas a bordo. A aeronave decolou às 8h45 (horário da costa leste dos Estados Unidos, 7h45 em Brasília) do aeroporto internacional Greater Rochester, em Nova York, segundo autoridades locais. Controladores de tráfego aéreo entraram em contado pela última vez com o piloto do Socata TBM700, um monomotor turboélice de alta performance, às 10h (horário da costa leste), informou a Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) em comunicado.

O piloto, que não foi identificado, apresentou um plano de voo à FAA para ir de Rochester a Naples, na Flórida. Caças da Força Aérea norte-americana foram enviados às 11h30 (horário da costa leste) para acompanhar o avião e o seguiram até chegar ao espaço aéreo cubano, disse Preston Schlachter, porta-voz do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte. O FlightAware, um site de rastreamento de aviões, mostra o avião sobre o sul de Cuba às 14h (horário da costa leste).

O site identificou o número do avião como N900KN. Registros da FAA mostram que a aeronave é de propriedade de uma empresa sediada no mesmo endereço de uma imobiliária em Rochester. A empresa, Buckingham Properties, pertence a Larry Glazer, que é presidente da TBM Owners and Pilots Association.

Uma pessoa que atendeu o telefone na Buckingham Properties recusou-se a falar sobre o assunto. O filho de Glazer, Rick Glazer disse à Associated Press que "não tenho nada a dizer sobre o que aconteceu neste momento".

Fonte: Associated Press.

Um terremoto de magnitude 6,8 provocou um alerta de tsunami na costa nordeste do Japão. O tremor aconteceu a 10 quilômetros de profundidade 150 quilômetros da cidade de Namie e a 298 quilômetros de Tóquio.

A CPI mista da Petrobras pode determinar a quebra, na próxima quarta-feira, dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-diretor da Área de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Um dia após prestar depoimento na CPI do Senado, no qual negou envolvimento nas irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato, o ex-diretor foi preso na quarta-feira pela segunda vez pela Polícia Federal para evitar que ele fugisse do País.

A decisão de prendê-lo ocorreu após o Ministério Público da Suíça ter decretado o embargo de US$ 23 milhões em 12 contas no país do ex-diretor da Petrobras. A Justiça Suíça abriu uma ação penal contra Costa por lavagem de dinheiro. À CPI do Senado, o ex-diretor negou ser o líder da "organização criminosa" que, segundo a PF, atuou na Petrobras. Também negou ser "homem-bomba", adotando o discurso de que foi "massacrado" após passar 59 dias preso, na sua primeira passagem pela cadeia, por acusações "sem fundamento".

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Além de tentar quebrar os sigilos de Costa, os integrantes da comissão querem fazer um pente fino na atuação pessoal e na rede de contatos do ex-diretor. Entre as medidas previstas estão: convocá-lo; pedir que a Polícia Federal compartilhe com a CPI os materiais apreendidos na casa dele; requerer ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) que envie dados dele e das empresas de propriedade dele e dos parentes dele entre 2009 e 2014; e convoque, quebre sigilos e tenha acesso a dados de familiares dele. A CPI mista reúne-se na quarta-feira à tarde e tem na pauta 379 requerimentos para ir à votação. Pela manhã, a CPI do Senado, controlada pelo governo, toma o depoimento do gerente de Custos da Petrobras, Alexandre Rabello.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, chegou na manhã de quinta-feira (12) à sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde já esteve preso, para cumprir nova determinação judicial proposta pelo Juiz Federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, com o objetivo de evitar uma possível fuga. O advogado do ex-diretor, Cássio Norberto, disse que irá recorrer da decisão. Costa foi detido no Rio de Janeiro na tarde de ontem e transferido para Curitiba na manhã de hoje.

Segundo o despacho de Moro, existem outras investigações em curso, paralelas às que desencadearam a Operação Lava Jato. "A prisão teve como motivos - além daqueles originários da prisão anteriormente decretada - o fato de ele ter ocultado da Justiça a existência de passaporte português e a descoberta de contas em bancos no exterior, com um montante de cerca de US$ 23 milhões em nome de offshores de sua responsabilidade. Além disso, também foram encontrados outros US$ 5 milhões em contas de familiares e terceiros. As informações foram obtidas por comunicação espontânea do Ministério Público da Suíça e, para o MPF, indicam a potencialidade de fuga de Costa para o exterior", justifica.

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Para Norberto, a prisão de seu cliente é despropositada. "Consideramos a prisão despropositada e contra ela nós vamos nos manifestar oportunamente", disse. Sobre uma possível conta secreta na Suíça, o advogado nega a existência de qualquer conta. "Não há nada nesse sentido, consideramos a inexistência dessa conta, não há nada nesse sentido".

Para reforçar seus argumentos, Norberto conta que Costa tem cumprido todas as obrigações judiciais. "Paulo Roberto Costa cumpriu todas as determinações judiciais que lhe foram impostas, permaneceu em sua residência em todo o momento, exceto quando compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito, seu passaporte está retido junto ao Poder Judiciário, de forma que consideramos absolutamente legítima, mas inversamente desproporcionada a manutenção dessa decisão cautelar; fizemos um pedido de consideração ao doutor Sérgio Moro e vamos aguardar", finalizou.

A Suíça abriu processo penal contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso novamente ontem no Rio. Os investigadores suíços imputam formalmente a Costa "ofensa de lavagem de dinheiro". A Suíça bloqueou US$ 23 milhões em 12 contas atribuídas ao ex-diretor da estatal petrolífera em cinco instituições financeiras naquele País.

Outros US$ 5 milhões também embargados foram localizados em conta de João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, suposto "colaborador" do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava Jato - investigação da Polícia Federal sobre lavagem de R$ 10 bilhões deflagrada em março de 2014. A informação sobre a instauração de processo penal contra Paulo Roberto Costa está no Pedido de Assistência Judiciária em Matéria Penal do Ministério Público da Confederação da Suíça enviado ao Brasil no dia 28 de maio. O documento é subscrito pelo procurador federal suíço Luc Leimgruber.

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A ordem para Paulo Roberto Costa retornar à cadeia foi decretada pela Justiça Federal no Paraná após comunicação do Ministério Público da Suíça sobre a abertura de processo penal naquele País europeu. O juiz federal Sérgio Moro, que deflagrou a Operação Lava Jato, viu "risco de fuga" do executivo. "Há risco à investigação e à instrução, não só em relação às ações penais em andamento, mas também quanto às investigações complementares em andamento pela Polícia Federal, evidenciado pelo fato de familiares do acusado terem sido surpreendidos, durante as buscas, destruindo ou ocultando provas, o que só pode ter sido feito a seu mando, e ainda por ter tentado dissipar valores mantidos em contas correntes a fim de ocultá-los do sequestro judicial", assinalou o juiz federal.

"Há ainda risco à ordem pública, evidenciado pela prática, nos termos da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, de sucessivos desvios de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima, com posterior lavagem com auxílio de Alberto Youssef, e que teriam se prolongado mesmo depois dele ter deixado o cargo de diretor de Abastecimento da Petrobrás." A Suíça abriu a investigação contra o ex-diretor da estatal petrolífera em 10 de abril, quando a Unidade Financeira de Inteligência daquele País identificou as contas pelas quais transitaram os valores atribuídos a Paulo Roberto Costa.

Propina

Luc Leimgruber, o procurador federal suíço, informou que entre 2011 e 2012 Costa teria recebido "propinas para a adjudicação das obras no âmbito da construção das refinarias de Abreu e Lima, nos arredores de Recife (Pernambuco)". Segundo a Suíça, o dinheiro nas contas de Costa teria origem ainda em "desvio de fundos públicos no âmbito de outra investigação vinculada à compra pela Petrobras, em 2006, da refinaria americana Pasadena, sediada no Texas". Costa foi dirigente da estatal entre 2004 e 2012. A Polícia Federal sustenta que ele intermediou contratos entre fornecedores da Petrobrás e empresas controladas por Youssef.

A Suíça pediu ao Brasil uma série de medidas: "Quaisquer documentos e as informações úteis relativas à suposta atividade das pessoas acima mencionadas (Costa, seus familiares e Youssef), assim como quaisquer documentos e as informações que permitam estabelecer um liame entre as infrações penais supostamente prosseguidas no Brasil pelas pessoas acima mencionadas e os haveres controlados por estas últimas e que foram sequestrados na Suíça, ou seja nomeadamente cópias de quaisquer peças dos processos brasileiros pertinentes para o processo suíço (nomeadamente o que se refere aos julgamentos e decisões de tribunais, atos de acusação, relatórios de polícia, outros relatórios, oitivas, documentação bancária, financeira, contábil e social, explicações dadas pelas partes, correspondência".

Os investigadores suíços solicitam ao Brasil, "se for necessário, autorizar representantes do Ministério Público da Confederação Suíça a consultar os processos brasileiros e fazer copias das peças pertinentes".

Eles pedem, ainda, que o Brasil comunique ao Ministério Público da Confederação "o montante dos supostos ganhos ilícitos cobrados pelas pessoas mencionadas e/ou as companhias no âmbito das atividades ilícitas das que são acusadas pelas autoridades brasileiras e, sendo o caso disso, o montante dos haveres que pertencem a essas pessoas ou as suas companhias e que foram sequestrados pelas autoridades brasileiras no âmbito deste caso". Os investigadores suíços pleitearam ao Brasil que transmita "quaisquer outras informações ou documentos susceptíveis de fazer progredir o processo penal instruído na Suíça no âmbito do presente contexto de fatos".

A presidente da Petrobras, Graça Foster, se recusou nesra segunda-feira a comentar as declarações do ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, sobre falhas no planejamento da construção da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. "Não é que não queira (falar), eu não posso falar", disse a presidente Graça Foster, ao deixar um seminário sobre energia na manhã de hoje.

Acusado de participar de um esquema de desvio de recursos da petroleira, Paulo Roberto afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no domingo, que a estatal fez "conta de padaria" para definir o orçamento da obra. A refinaria foi orçada em US$ 2,5 bilhões, ainda em 2005, quando foi aprovada pela diretoria executiva da estatal. Nove anos depois e com as obras atrasadas, o orçamento explodiu para mais de US$ 18,5 bilhões.

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Segundo o ex-diretor da empresa, a Petrobras errou ao divulgar o valor inicial "sem saber quanto a refinaria iria custar, sem ter projeto". Costa também negou que tivesse envolvimento com o negócio, que seria de responsabilidade da área de serviços da estatal. O ex-diretor disse apenas que "era dono do orçamento, mas não comandava a obra".

Paulo Roberto Costa deixou o cargo de diretor de abastecimento da Petrobras em abril de 2012, pouco mais de dois meses após a posse de Graça Foster como presidente da estatal. Naquele mesmo ano, a presidente criticou duramente a escalada de preços da refinaria. Graça classificou o caso como "uma lição a aprender" e foi taxativa ao dizer que os projetos de novas refinarias seriam revistos para "não repetir o que ocorreu na refinaria no Nordeste brasileiro".

Após a ampla repercussão do silêncio de Graça Foster sobre o caso, a assessoria de imprensa da estatal informou que a executiva não tem qualquer impedimento para comentar as declarações. A versão da empresa é que a executiva estava atrasada para outro compromisso e por isso não poderia responder às perguntas dos jornalistas naquele momento.

Para a defesa do ex-diretor Paulo Roberto Costa, a participação na CPI da Petrobras, no Senado, "será uma boa oportunidade para esclarecer as questões que têm sido colocadas de forma deturpada". A avaliação é do advogado Nélio Machado. Segundo ele, a orientação é para que o cliente "fale sobre tudo".

"Abreu e Lima, Pasadena e também a relação com esse 'personagem' (Alberto Youssef) que citam na denúncia. Depois do que Paulo Roberto passou, acredito que até fará bem para ele falar. Ele está muito consistente, não há qualquer ponto que suscite insegurança", afirma o advogado. "As decisões eram colegiadas e isso será dito", acrescentou.

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Nélio Machado ainda negou as acusações formuladas pela Polícia Federal sobre as relações entre o ex-diretor da Petrobras e Alberto Youssef. Segundo ele, não há "qualquer relação espúria entre os dois". "Estão fazendo de um episódio secundário algo extraordinário, midiático. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal é precipitada, sem conteúdo e repleta de ilações sem fundamento. É uma peça de ficção", classificou.

Considerado o "homem bomba" por suas conexões com o mundo político e negócios escusos com a Petrobrás, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa tinha por hábito anotar de próprio punho todas as informações acerca de seus negócios. A PF encontrou na casa dele 36 pen drives, além de agendas e cadernos que revelam negócios suspeitos investigados na Operação Lava Jato. Um desses documentos, revelado pelo Bom Dia Brasil da TV Globo na última sexta-feira, registra repasses milionários de um suposto esquema que abastecia candidatos, numa espécie de mensalão, e financiava campanhas políticas.

Entre os papéis, a PF encontrou, conforme reproduzido pela reportagem, uma tabela dividida em três colunas. A primeira com nome de grandes empresas, a segunda com os executivos responsáveis pelas empresas e a terceira, intitulada 'Solução', subdividida em frases como: 'Está disposto a colaborar', 'Já está colaborando, mas vai intensificar para campanha a pedido de PR' e 'Já teve conversa com candidato e vai colaborar a pedido do PR'. A sigla seria uma referência a Paulo Roberto, na interpretação dos investigadores.

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Conforme o Bom Dia Brasil, que teve acesso ao documento, após esse período, a Costa Global, empresa de Paulo Roberto, passou a ter em caixa mais de R$ 4 milhões, US$ 1 milhão e 314 mil Euros.

AGENDA

A revista Veja, que começou a circular ontem, mostra outro documento apreendido na casa e no escritório de Paulo Roberto, sem identificação da fonte dos recursos, em que ele descreve supostos pagamentos ao Partido Progressista (PP) no valor de R$ 28,5 milhões; sendo que R$ 7,5 milhões seriam para o diretório nacional do partido, conforme entendimento da Polícia Federal. Siglas também indicam, para os investigadores, que recursos foram repassados aos deputados Nelson Meurer (PP-PR) e João Pizzolati (PP-SC). Os recursos viriam de empresas fornecedoras da Petrobrás onde Paulo Roberto atuou de 2003 a 2012 por indicação inicialmente do PP e, mais tarde, do PMDB e PT.

A revista menciona, ainda, os ex-deputados Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE), ambos condenados no esquema do mensalão. O segundo teria recebido R$ 100 mil do doleiro.

A arrecadação dos recursos, conforme os documentos da operação obtidos pela revista, consistia na "contratação" da consultoria de Paulo Roberto por fornecedores da Petrobrás e, num segundo passo, na lavagem do dinheiro pelo doleiro Alberto Youssef. Ambos estão presos desde o mês passado, na superintendência da PF em Curitiba.

As relações do doleiro com políticos já levaram a abertura de pedido de cassação de mandato no conselho de ética da Câmara do deputado André Vargas (PT-PR). Diálogos mostram relação estreita entre os dois e atuação no Ministério da Saúde.

Paulo Roberto deverá ser ouvido nos próximos dias pela comissão externa da Câmara que acompanha as investigações sobre irregularidades na Petrobrás. A comissão, contudo, não tem poderes para aprofundar as apurações do caso. Nas próximas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se o Congresso tem direito a criar uma CPI exclusiva para investigar a Petrobrás.

A Petrobras afastou dois gerentes-executivos da área de Abastecimento remanescentes da época do ex-diretor da companhia Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal no mês passado dentro da operação Lava-Jato. Eduardo Autran deixou a gerência-executiva de Logística e José Raimundo Pereira deixou a gerência-executiva de Marketing e Comercialização.

Os dois ocupavam os cargos na época em que Costa era diretor de Abastecimento, respondendo imediatamente ao executivo. Costa foi afastado da Petrobras por Graça Foster em abril de 2012, logo depois de a executiva assumir a presidência da empresa.

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As outras três gerências-executivas da pasta já haviam sido trocadas depois da saída de Costa. Com as mudanças desta semana a empresa encerra a troca de equipe do segundo escalão remanescente da equipe do ex-diretor.

A decisão foi tomada em reunião de diretoria na quinta-feira e anunciada internamente na empresa na sexta-feira.

Antonio Rubens Silvino, que era presidente da Luquigás, foi para o lugar de Abílio Ramos, que por sua vez ocupará a gerência de Marketing e Comercialização no lugar de Pereira. Ramos é ligado ao atual diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza.

Em abril de 2012, logo depois da saída de Costa, a diretoria de Abastecimento da Petrobras também havia feito uma substituição nas gerências-gerais de nove refinarias, com um rodízio interno.

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