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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indeferiu nesta quinta-feira (1°) mais dois pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Agora, restam oito pedidos para que Cunha avalie, entre eles, o de autoria dos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Os dois pedidos rejeitados hoje também alegavam crime de responsabilidade e ligavam a presidente aos escândalos de corrupção. A justificativa de Cunha para indeferi-los foi a ausência de documentação necessária para comprovar quitação com a Justiça Eleitoral, logo não é possível aferir se o denunciante "está, ou não, no gozo de seus direitos políticos" e pelo fato de não existirem provas concretas contra a presidente nos pedidos. Segundo Cunha, "não bastam apenas cópias de matérias jornalísticas".

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Na quarta-feira, Cunha já havia indeferido outros três dos 13 pedidos existentes na Casa por razões semelhantes. Nesta quinta, o presidente da Câmara afirmou que continuará apreciando diariamente os pedidos de impeachment contra a presidente e "que em 10 dias ou 15 dias" deve concluir a análise.

A investigação suíça sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pode virar uma nova denúncia contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). Procuradores aguardam o recebimento da documentação coletada pelas autoridades suíças para analisar o caso.

A indicação inicial é que como o procedimento corre desde abril na Suíça, com identificação das contas e valores, o caso já está avançado e pode virar uma acusação formal diretamente, sem precisar passar pela fase de inquérito no Brasil. A documentação completa obtida pela Suíça em investigação criminal instaurada contra o deputado ainda não chegou à Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Até agora, procuradores receberam a comunicação oficial de que a Suíça abriria mão da possibilidade de processar o deputado para remeter o caso ao Brasil. Receberam parte das informações sobre o caso - como os beneficiários dos depósitos feitos na Suíça. Ainda são aguardados, contudo, todos os dados da investigação.

O material completo, que inclui as tabelas de depósitos e a checagem das contas, pode demorar uma semana para chegar ao País e será encaminhado à PGR via Ministério da Justiça. Quando chegarem ao Brasil, as informações serão traduzidas e analisadas para, então, serem encaminhadas ao Supremo.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou nesta quinta-feira, 1, a Suíça congelou perto de US$ 5 milhões em nome de Cunha e de parentes do deputado. A PGR não confirma os valores bloqueados. Desde abril, o escritório do Procurador-Geral da Suíça apura informações enviadas por um banco do país no qual foram realizados os depósitos em nome de Cunha e de parentes do deputado.

Também são investigados na suíça os lobistas Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e João Augusto Henriques, supostos operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Na sexta-feira passada, Henriques revelou à Polícia Federal que abriu uma conta na Suíça para pagar propina ao presidente da Câmara, por um contrato da estatal relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África.

Cunha já é alvo de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República ao STF por envolvimento na Lava Jato. Ele é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, com base em suposto recebimento de propina no valor de US$ 5 milhões proveniente de contrato de aluguel de navio-sonda pela Petrobras.

O ex-ministro da Educação Cid Gomes voltou a acusar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de "achaque". A acusação foi feita em publicação no Facebook, nesta quinta-feira (1°), em que o político cearense destaca nota do Ministério Público Federal (MPF) confirmando o recebimento dos autos da investigação contra o peemedebista por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Os documentos foram enviados pelo Ministério Público da Suíça.

"Ontem, 30 de setembro, foi uma data histórica para a Política do Brasil - assim mesmo, com P maiúsculo: começa a cair a máscara daquele que representa, com toda desenvoltura, o ACHAQUE em nosso País", escreveu Gomes na rede social.

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O ex-governador cearense se referia à notícia de que MP suíço relatou contas bancárias com cerca de US$ 5 milhões em nome de Cunha e de familiares dele. As contas serviriam para receber dinheiro oriundo de desvios de contratos com a Petrobras.

O ataque de Cid vem menos de um mês após o político cearense ter sido condenado a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais a Cunha por ter afirmado, durante seminário na Universidade Federal do Pará (UFPA), que na Câmara havia uns "400, 300 achacadores". A fala foi confirmada por Gomes no plenário da Casa em 18 de março. No mesmo dia, o ex-governador deixou o cargo de ministro da Educação.

Em julho deste ano, o ex-ministro também sugeriu, em postagem no Facebook, que também havia achacadores no Senado. "Os achacadores não estão só na Câmara dos Deputados!!", escreveu, citando reportagem sobre a nomeação do advogado Ricardo Fenelon Júnior, genro do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a ser questionado se tem ou não contas na Suíça, como informam autoridades daquele país. Nesta quinta-feira (1º), o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) perguntou, da tribuna, ao peemedebista, mas foi ignorado.

Utilizando seu tempo de líder partidário para orientar a votação de sua bancada em projeto que proíbe prisão disciplinar de policiais e bombeiros militares, Alencar indagou o presidente da Câmara.

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"O presidente Eduardo Cunha tem ou não contas secretas na Suíça?", questionou. "Esta é uma pergunta de interesse publico, não é invasão de privacidade", disse Chico Alencar. "É cristalino, é simples. Não tenho e se veio algo em meu nome, abro mão disso. Como o deputado Paulo Maluf sempre faz", afirmou o parlamentar, referindo-se ao deputado Paulo Maluf (PP-SP), que nega reiteradamente ter contas no exterior.

"Isso é algo que tem a ver com a construção do resgate da credibilidade da política", insistiu. "Um silêncio cúmplice ou um 'tô nem aí' é incompatível com a responsabilidade dos nossos mandatos públicos. É simples assim. E a pergunta está reiterada: o presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas na Suíça? Será que este assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados? Essa é uma pergunta que interessa à cidadania".

Cunha, no entanto, ignorou as indagações e deu seguimento à votação.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que a medida provisória que teria sido comprada em 2009 por meio de um esquema de lobby para favorecer montadoras de veículos comprova que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou a corrupção em hóspede do Palácio do Planalto. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta quinta-feira (1) aponta que empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um "ato normativo" que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano.

"É mais um escândalo gerado na cozinha do Planalto, então sob o comando de Lula. O ex-presidente é o responsável por tudo que tem ocorrido de errado nos últimos anos. É injusto com os brasileiros assistir a tudo isso e não dar uma solução para um governo apodrecido, mergulhado em um lamaçal que enoja os brasileiros e ao mesmo tempo provoca desânimo, desesperança e desencanto", disse Caiado.

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Para o líder do DEM, fica claro que a sucessão de escândalos para enriquecimento de agentes ligados ao governo traz a necessidade de avançarmos num processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil na época da edição da MP, e punição de quem criou e alimentou esses esquemas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evitou comentar as denúncias de suposta "compra" da edição de uma Medida Provisória durante o governo de ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Questionado se as denúncias enfraqueciam ainda mais o governo da presidente Dilma Rousseff, Cunha disse apenas que preferia se manter "na minha". "Na hora que eu, como presidente da Câmara, vou dar opinião sobre algo de irregularidade dentro do governo, vou partidarizar o meu discurso de institucionalidade, prefiro me manter na minha", disse. "Deixa que certamente haverá apuração dos fatos que estão colocados".

Conforme reportagem exclusiva do jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta quinta-feira (1) documentos indicam que uma medida provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Lula teria sido "comprada" por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos. Empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um "ato normativo" que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano. Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto, em vigor até o fim deste ano. Para ser publicada, a MP passou pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.

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Segundo Cunha, as denúncias contra os petistas certamente vão gerar "luta política e a luta de investigação aqui na Casa e fora da Casa". "Se a denúncia está sendo colocada, deixa eles responderem e deixa os órgãos institucionais", afirmou.

Conta na Suíça

Novamente o presidente da Câmara se negou a confirmar se possui ou não contas na Suíça, conforme revelado pelo Ministério Público do país europeu. "Não vou responder nada que não seja por meio do meu advogado", disse. Ontem, Cunha já havia sido questionado sobre o assunto e se irritou com repórteres.

O Ministério Público da Suíça enviou ontem ao Brasil os autos da investigação contra Cunha por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Segundo a Procuradoria-Geral da República, os dados encaminhados relatam contas bancárias mantidas em nome do presidente da Câmara e parentes no país europeu. As contas foram bloqueadas.

Questionado se temeria perder apoio político com as novas denúncias envolvendo seu nome, ele rebateu. "Eu não estou atrás de apoio, por que eu vou perder? Não estou atrás", disse, encerrando a coletiva de imprensa.

Cunha participou rapidamente hoje de manhã de um evento promovido pelas centrais sindicais para debater proposta sobre o custeio da atividade sindical. Ao chegar ao Auditório da Câmara onde acontecia o encontro para fazer uma breve saudação, Cunha foi recebido com aplausos, vaias, gritos de defesa e crítica. Enquanto a maior parte gritava "Cunha, guerreiro do povo brasileiro", participantes de forma isolada gritaram "ladrão".

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu com irritação na quarta-feira, 30, ao ser questionado se possuía contas na Suíça. "Não vou comentar até porque não vi nada. Não falo sobre este tipo de situação. Já está muito claro para mim que, a cada dia, sempre surge uma coisa nova. A minha escolha é uma coisa que já está feita há muito tempo", afirmou Cunha.

"Não vou cair na armadilha de dar para você qualquer tipo de lead (trecho mais importante de uma reportagem) nesta situação todo dia. Não vou comentar hoje, amanhã, depois de amanhã, como não comentei ontem, como não comentei anteontem", continuou o presidente da Câmara diante da insistência dos jornalistas.

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'Supostos fatos'

Após a entrevista de Cunha, a assessoria de imprensa da presidência da Câmara distribuiu nota do advogado do parlamentar, o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza.

Ele afirma que "desconhece qualquer procedimento investigatório" realizado na Suíça. "Por tal razão, está impedida de tecer comentários acerca dos supostos fatos noticiados", afirma a nota.

"A defesa do deputado Eduardo Cunha está pronta para prestar os devidos esclarecimentos que se façam necessários, mas mantendo a sua postura de se manifestar exclusivamente nos autos de processos e caso formalmente questionada pelas autoridades competentes."

O Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta que teria como beneficiário o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A descoberta da conta ocorreu após a realização de um pente-fino nas transações de operadores do esquema de corrupção na Petrobras.

No início da semana, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que os suíços abriram investigações criminais contra os lobistas Fernando "Baiano" Soares e João Augusto Henriques, apontados como operadores do PMDB no esquema na estatal petrolífera. Os dados da conta secreta que teria Cunha como beneficiário já foram repassados ao Ministério Público Federal no Brasil, assim como os detalhes de quem fez depósitos. As autoridades suíças prometeram divulgar mais informações até esta quinta-feira (1º).

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Condenado na Operação Lava Jato, Fernando Baiano fechou acordo de delação premiada e confirmou o relato de outro lobista, Julio Camargo, de que o presidente da Câmara teria recebido propina de pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. Cunha, que já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro, nega participação em irregularidades.

Henriques, também preso, revelou como eram as indicações políticas na Diretoria Internacional da Petrobras, controlada politicamente pelo PMDB, segundo a força-tarefa da Lava Jato. Ele afirmou à Polícia Federal que abriu uma conta na Suíça para pagar propina ao presidente da Câmara. Segundo ele, a suposta transferência para Cunha está ligada a um contrato da Petrobras relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África. Os suíços tentam rastrear essas contas, a fim de identificar os destinos dos recursos e o motivo do pagamento.

Novo delator

O Ministério Público da Suíça já havia anunciado na semana passa que abriu investigações contra o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Eduardo Musa, novo delator da Operação Lava Jato e que também citou o presidente da Câmara. Seus ativos já foram bloqueados e procuradores tentam traçar o destino e origem do dinheiro que alimentou suas contas. No Brasil, Musa afirmou que chegou a ter US$ 2,5 milhões no banco Cramer e admitiu ter usado também o Credit Suisse e o Julios Baer.

Musa ainda disse à força-tarefa ter ouvido de Henriques que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobras era o deputado Eduardo Cunha.

No total, a Suíça anunciou a existência de US$ 400 milhões bloqueados nas contas do país, entre eles o valor de Musa. À reportagem, Andre Marty, porta-voz do Ministério Público suíço, indicou que a investigação "foi aberta e que seus ativos foram congelados".

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (30) que o imbróglio envolvendo a realização de sessão no Congresso para apreciação de vetos "não é birra" entre ele e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Enquanto Renan pretende realizar a sessão para avaliar vetos presidenciais à chamada "pauta-bomba", Cunha vai estender a sessão da Câmara até a noite para evitar a reunião do Congresso. A manobra de Cunha é uma resposta à recusa de Renan de incluir na sessão do Congresso a apreciação dos vetos a pontos da reforma eleitoral. Cunha tinha esperança de conseguir derrubar no encontro de hoje o veto ao financiamento privado de campanha. Se o veto não for derrubado até o final desta semana, não é possível resgatar, por causa do prazo, a possibilidade de doação empresarial para as eleições do ano que vem.

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"Aqui não é birra. São pessoas bastante experientes e tem Casas que têm comportamentos diversos. Aqui ninguém está birrando, fazendo birra com nada", disse Cunha antes de assumir a presidência da sessão da Câmara desta tarde.

Cunha também negou estar em confronto com o presidente do Senado. "Temos uma Casa que tem seu funcionamento, assim como o Senado tem seu funcionamento. A Casa tem uma pauta, eles têm a pauta deles. A Casa tem uma agenda que queria colocar, eles têm a agenda deles. Isso não é confronto. É divergência de opiniões. Confronto é uma coisa muito mais complexa. Se a gente não puder ter divergência, estamos saindo da democracia", afirmou Cunha.

Dois vetos que seriam apreciados preocupam o governo: o do reajuste dos servidores do Poder Judiciário, que tem impacto de R$ 36,2 bilhões até 2019; e o que atrela o reajuste do salário mínimo a todos os benefícios do INSS, que representa uma despesa extra de R$ 11 bilhões em idêntico período.

Levy

Cunha comentou ainda a fala do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que a manutenção dos vetos é muito importante e que "cada veto que é mantido, é imposto a menos que a gente paga". "Não diria que é um imposto a menos a ser colocado. O cerne do que ele falou é uma das poucas vezes que vou concordar com ele. É mais ou menos o que venho dizendo. Não tem coerência a gente ficar contra a criação de novos impostos e, ao mesmo tempo, ajudar a criar mais despesas", afirmou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (30) que já despachou e indeferiu três pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Fiz isso ontem à noite", disse. Os pedidos foram publicados nesta manhã no Diário Oficial da Câmara. Com a exclusão dos três pedidos, ainda restam 10 para serem analisados pelo presidente da Câmara.

Ontem, Cunha havia afirmado que pretende avaliar diariamente "com calma" os pedidos e que alguns processos "simplórios" seriam recusados. "Essa semana vou começar a despachar os mais antigos. Tem uns ali que são absolutamente simplórios. Vou despachar uns iniciais. Já tinha lido e pedi para preparar o termo para eu poder recusar", disse. "Vou começar a fazer, a cada dia, soltando, ler bem e soltar com correção", disse.

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Não há uma ordem para que eles sejam despachados e a escolha depende da vontade do presidente da Câmara.

O debate em torno do veto presidencial ao financiamento empresarial de campanhas publicado na noite de terça-feira, 29, em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) instaurou uma disputa entre os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pode inviabilizar nesta quarta-feira, 30, a sessão do Congresso para apreciar vetos presidenciais.

Dentre eles, os conhecidos como "pauta-bomba", que geram grandes impacto aos cofres públicos em um momento de crise econômica. Cunha disse a aliados que, sem a apreciação aos vetos da reforma eleitoral - a presidente também vetou o item que obriga a impressão dos votos nas urnas eletrônicas -, ele pretende derrubar a sessão do Congresso convocada para as 11h30.

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Dois vetos que seriam apreciados preocupam o governo: o do reajuste dos servidores do Poder Judiciário, que tem impacto de R$ 36,2 bilhões até 2019; e o que atrela o reajuste do salário mínimo a todos os benefícios do INSS - o que representa uma despesa extra de R$ 11 bilhões em idêntico período. Somente após desarmar esta "pauta-bomba" é que a presidente pretende anunciar a reforma ministerial que está em curso.

Feita a ameaça por Cunha, o governo apressou-se para publicar a edição extra do DOU e encaminhar a mensagem ao Congresso Nacional, cedendo à pressão de Cunha. Renan Calheiros, no entanto, recusou-se a incluir os novos vetos na pauta da sessão desta quarta. "A apreciação deste veto quando o País espera que concluamos a apreciação dos outros vetos seria um gesto inútil do Congresso Nacional, sem nenhuma eficácia", disse o presidente do Senado. Renan também é presidente do Congresso, por isso, cabe a ele comandar as sessões conjuntas das duas Casas. Para Renan, uma eventual votação do veto ao financiamento empresarial também pode ser vista pelo Supremo Tribunal Federal como afronta. Em decisão colegiada há duas semanas, o STF declarou a doação empresarial inconstitucional.

A resposta de Cunha foi imediata. Ele convocou sessão para o mesmo horário da reunião do Congresso. "A posição da maioria dos lideres é não votar nenhum veto se não puder votar vetos da lei eleitoral", disse o presidente da Câmara. Diante da nova ameaça, Renan disse que convocaria uma outra sessão do Congresso tão logo seja concluída a sessão da Câmara. Cunha, no entanto, pretende estender a reunião da Casa que comanda até a noite, inviabilizando também assim a segunda tentativa de Renan, que disse que, sem o plenário da Câmara, realizaria sessão "até debaixo de uma árvore".

Antes da declaração de guerra, os dois presidentes tentaram negociar, mas não chegaram a um acordo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou nesta terça-feira, 29, de "trapalhada" o suposto apoio do governo para a recriação do Partido Liberal, do ministro Gilberto Kassab (PSD), que serviria para rivalizar com o PMDB. "O governo parece estar de novo concordando com artificialismo de criar novo partido, isso significa que não aprendeu nada com a crise política", disse Cunha.

O presidente da Câmara lembrou que o objetivo de criar partidos para canibalizar a base "está na raiz da atual crise política". "Foi o palco das grandes brigas aqui", afirmou Cunha, destacando que a Câmara reagiu aprovando inclusive uma lei sobre a criação de novos partidos.

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Cunha disse ainda que os erros repetidos do governo parecem "filme que eu já vi" e comentou o fato de Kassab ter pedido à presidente Dilma Rousseff que adiasse a publicação da sanção à reforma política aprovada pelo Congresso, o que estava previsto para a última sexta-feira, 25, para tentar fundar seu partido e atrair parlamentares. "Continuam errando igualzinho", reforçou.

Pela legislação atual, parlamentares podem migrar para uma legenda nova nos 30 dias seguintes à criação do partido sem perder o mandato. Já no texto que saiu do Legislativo, a janela partidária só existe no sétimo mês antes da eleição, desde que seja o último ano do mandato daquele parlamentar que deseja fazer a troca. Ou seja, pela nova regra, deputados só poderão mudar de partido em 2018.

Cunha disse desconhecer se Dilma foi a responsável pela estratégia e afirmou que o erro é do governo. "Adiar a sanção por causa disso criou uma nova crise desnecessária, não precisava ter criado. Parece que eles são experts em criar crise, ou pelo menos reviver a crise", disse. Questionado se tinha sido o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, emendou: "Não sei quem é o responsável pela trapalhada, mas alguém é. Jabuti não sobe em árvore, se ele subiu é porque alguém botou."

O presidente da Câmara comentou ainda o encontro que teve ontem à noite com Kassab e disse que não polemizou com o ministro sobre o tema. "Ele conhece meu posicionamento", disse. "Foi o PMDB que entrou contra o registro do PL e ele sabe disso."

Registro do PL

O pedido de registro do PL foi entregue ao TSE em março, um dia antes da sanção da lei sobre fusão de partidos. O julgamento do recurso do PL ainda não está previsto na pauta de julgamentos do TSE, mas a expectativa é de que seja analisado na sessão de quarta-feira, 30.

Caso seja criado, o novo partido inicialmente apenas se coligaria com o PSD, primeiro partido criado pelo atual ministro das Cidades. No entanto, a ideia é fundir as duas legendas para rivalizar com o gigante PMDB, maior bancada da Câmara, com 66 deputados. Hoje, o PSD tem 34 representantes na Casa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta segunda-feira (28) que começará a analisar esta semana os pedidos de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo Cunha, há entre 10 e 15 pedidos aguardando avaliação, e "alguns deles" devem passar pelo crivo do presidente da Câmara já nos próximos dias.

"Esta semana já despacho alguns. Não vou conversar com ninguém, vou despachar alguns, ler pareceres, pedir mais e tomar decisões em função do que está colocado lá", afirmou Cunha, após participar de seminário na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O presidente da Câmara, porém, não precisou quantos requerimentos devem ser analisados já nesta semana.

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Na última quinta-feira (24), Cunha leu no Plenário da Câmara o rito de um eventual processo de impeachment. Em uma resposta à questão de ordem apresentada pela oposição, Cunha lista exigências mínimas para a admissão de denúncia de crime de responsabilidade. Há questões formais, como necessidade de firma reconhecida e apresentação de provas, além de indicação de testemunhas, "em número mínimo de cinco, caso necessário", mas não houve resposta a questões de mérito.

Lava Jato - O presidente da Câmara ainda se recusou a comentar seu suposto envolvimento na Operação Lava Jato. No fim da semana passada, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema, confirmou em delação premiada que Cunha teria recebido propina de pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. A acusação já havia sido feita pelo empresário Julio Camargo.

Cunha tampouco quis comentar notícias veiculadas na imprensa de que teria lucrado R$ 900 mil de forma indevida em operações realizadas com fundos de investimentos movimentados pela Prece, o fundo de pensão dos funcionários da Cedae, companhia de água e esgoto do Rio. "É uma coisa muito antiga, não tenho nem memória disso. Sobre esse assunto eu não falo", disse.

CPMF - Eduardo Cunha afirmou também que o ajuste fiscal não ocorrerá se o governo estiver contando com a recriação da CPMF para reequilibrar as contas públicas. Isso porque, segundo Cunha, é "pouco provável" que a medida seja aprovada pelo Congresso - e, mesmo que seja, o prazo para que sua implementação impedirá geração de resultados ainda em 2016. "Se o governo está lastreado na CPMF para fazer seu ajuste fiscal, acha que isso é o que vai controlar as contas públicas, elas não se controlarão. O governo precisa sinalizar com corte de despesas", afirmou Cunha após participar de seminário na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo o presidente da Câmara, é "pouco provável" que o governo atinja o superávit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem com as últimas medidas de cortes de despesas e aumento de receitas apresentadas. "Ali tem R$ 26 bilhões de supostos cortes de despesas. Na realidade, apenas R$ 2 bilhões desses R$ 26 bilhões são cortes", afirmou Cunha. "O governo precisa cortar despesas de verdade, para aí tentar conversar com a sociedade sobre o que precisa fazer a mais para manter o superávit. A CPMF, além de ser difícil passar no Congresso, acho pouco provável que passe, ela terá muita dificuldade de ser implementada no seu tempo pelo processo legislativo", acrescentou o presidente da Câmara.

Além da noventena necessária para que entre vigor após a aprovação, Cunha lembrou que a proposta de recriação da CPMF tem de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que leva três meses, por uma comissão especial, com 40 sessões, e votação em dois turnos, tanto na Câmara quanto no Senado. "É impossível estar em vigor em 2016 para gerar superávit primário", afirmou. "Eu não diria que é um beco sem saída fiscal, nem a gente quer isso. O governo precisa ter consciência de fazer ajuste fiscal correto, que é pelo corte de despesas, e não impor à sociedade mais despesas", acrescentou o parlamentar.

Críticas - O presidente da Câmara dos Deputados ainda fez ataques ao governo por apoiar a recriação do Partido Liberal (PL), iniciativa capitaneada pelo atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), para rivalizar com o PMDB e esvaziar a oposição. Cunha declarou que o governo está de novo errando, "como já errou no início do ano", ao estimular criação de partidos com o único objetivo de "vir para cima do PMDB" e de outros partidos. "Nós não podemos aceitar", disse.

O deputado voltou a defender que sua sigla não ocupe nenhuma pasta após a reforma administrativa planejada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que desembarque de vez do governo. Ele disse estar "absolutamente sem apetite por ministérios". Autodeclarado defensor da redução do número de pastas, Cunha afirmou que o partido "não tem que se condicionar a nenhum ministério para dar apoio" ao governo e reiterou sua posição pessoal sobre o futuro de seu partido. "Defendo que PMDB saia do governo", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta sexta-feira, 25, em Goiânia, a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff às doações empresariais. Ele pretende incluir a apreciação do assunto na próxima reunião do Congresso marcada para quarta-feira, 30.

Como antecipou o Estado, Cunha havia pedido para a presidente sancionar sem vetos o projeto de lei aprovado pela Câmara no começo deste mês. A conversa entre os dois ocorreu na segunda-feira, por telefone. Dilma, no entanto, preferiu seguir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional a lei e deixou assinado o decreto que veta a proposta antes de viajar para Nova York nesta quinta-feira, 24, onde tem compromissos oficiais.

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O veto deve ser publicado até a próxima quarta, 30, quando se encerra o prazo para a publicação da reforma política aprovada pelo Congresso Nacional no começo deste mês

"A gente vai viver um vácuo da decisão do Supremo sobre fim do chamado financiamento de empresas em campanhas. Se houver sanção com o veto, nós vamos ter um limbo. E na prática só vai ter financiamento de campanha quem tiver máquina (administrativa), for membro de sindicato ou for membro de corporação", disse Cunha.

TSE

Em meio às críticas do presidente da Câmara, o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, afirmou nesta sexta-feira em evento em Belo Horizonte que a proibição das doações foi positiva e que é necessário que o Congresso defina uma "punição severa" para quem descumprir a lei.

O ministro afirmou ainda que a definição sobre a data na qual serão extintas as doações de empresas aos partidos políticos poderá ser feita por meio de uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Toffoli disse que vai discutir com os colegas do tribunal qual a melhor forma para a definição dessa data.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (25) durante evento de segurança pública em Goiânia, que a crise econômica vai resultar em aumento da criminalidade no País. Ele criticou a estratégia do governo de cumprimento de seguidos superávits primários que, segundo ele, resultam também em cortes no orçamento para o setor de segurança pública.

"Assistimos a um problema da situação econômica do País. Isso vai gerar aumento dos problemas da segurança pública. Quem perde a condição econômica acaba sendo jogado para a criminalidade", disse Cunha, ao participar do Fórum de Cidadania e Segurança Pública do Grupo de Líderes Empresariais (Lide).

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Para o presidente da Câmara, o cumprimento do "tal superávit primário", que causa também redução de gastos na segurança, "é a primeira coisa a gente tem de combater". "Tem pontos que precisam ser debatidos que não parecem ter nada a ver com a segurança pública, mas acabam influenciando nela. Em primeiro lugar, é o conceito do tal superávit primário", disse. "Em nome desse tal do superávit, todo dinheiro que entra para o fundo penitenciário acaba sendo colocado para essa finalidade (superávit)", completou.

A fala de Cunha ocorre um dia depois de integrantes da base aliada discutirem uma estratégia para convencer a presidente Dilma Rousseff a demitir os ministro Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aloizio Mercadante (Casa Civil). A conspiração foi comandada pelo líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC).

Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo desta sexta-feira, o presidente da Câmara também foi instado a participar. Oficialmente, Cunha tem se posicionado contra o PMDB participar da reforma ministerial. Ele destaca, no entanto, que essa é uma posição pessoal.

Com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), setores do PT tentam pegar carona na reforma do primeiro escalão do governo para derrubar os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Joaquim Levy (Fazenda). A articulação, com o aval de 30 dos 64 deputados petistas, irritou a presidente Dilma Rousseff.

Sob a alegação de que queria discutir alternativas ao pacote fiscal e uma estratégia para evitar o impeachment de Dilma, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), convocou uma reunião na noite de quarta-feira, 23, em seu gabinete, com os líderes do PMDB, PR, PTB, PROS, PSD e PC do B, todos da base aliada. Antes, havia tomado café da manhã com Cunha.

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O encontro ocorreu no gabinete da liderança do PT e, na ocasião, Sibá surpreendeu os interlocutores ao dizer que, na opinião dele e de muitos integrantes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, Mercadante, Cardozo e Levy deveriam deixar o governo.

Deputados entenderam que o petista queria o aval dos aliados para pressionar Dilma na reforma ministerial. Muitos viram o movimento como uma "conspiração".

Rompido oficialmente com o governo, Cunha tem atritos com Mercadante desde sua campanha para a presidência da Câmara, no início do ano. Alvo da Operação Lava Jato, Cunha avalia, ainda, que tanto Mercadante como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estão por trás das denúncias que levaram a Procuradoria-Geral da República a denunciá-lo ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

"Jamais um ministro da Justiça, num Estado de Direito, deve orientar investigações, dizendo que os inimigos devem ser atingidos e os amigos, poupados", afirmou Cardozo. "Mas, no mundo político, muitos não entendem o papel do ministro da Justiça."

Em conversas reservadas, deputados da CNB reclamam da perda de espaço na reforma e admitem que, se Dilma fizesse um gesto de mudança mais ampla no ministério, abriria caminho para o acordo com Cunha, a fim de barrar um processo de impeachment na Câmara.

Cunha confirmou o encontro com Sibá, mas negou a articulação para pressionar Dilma. "Não quero tirar nem botar ninguém. Esse tipo de movimento belicoso não é comigo", disse ele à reportagem. De acordo com o presidente da Câmara, Sibá quer discutir projetos alternativos para o pacote fiscal. Uma das ideias é transformar parte da dívida da União em títulos que poderiam ser negociados com investidores estrangeiros.

Sibá negou que tenha defendido a saída dos companheiros da equipe. Admitiu, porém, que muitos correligionários estão "insatisfeitos" com a reforma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), fixou novo prazo para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, apresente sua defesa na denúncia em que é acusado de praticar os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O prazo de 30 dias, inicialmente previsto para se encerrar nesta quinta-feira, 24, só vai começar a contar a partir da data de publicação de uma decisão de Zavascki tomada ontem, 23, que conferiu à defesa do parlamentar acesso a documentos que serviram de fundamento nas investigações. Os advogados de Cunha alegaram que estavam "impossibilitados" de oferecer resposta à denúncia sem acesso "a todos os elementos probatórios produzidos durante a fase de investigação".

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"Não se pode admitir, sem grave ofensa aos postulados da ampla defesa e do contraditório, que o acusado seja obrigado a se defender sem que tenha conhecimento de todos os elementos probatórios produzidos durante a fase investigativa. Assim, na hipótese dos autos é inconstitucional qualquer ato que imponha ao acusado o dever de se defender antes de ter conhecimento de todos os elementos de prova produzidos pelos órgãos de acusação", escreveram os advogados ao STF.

Denunciado no dia 20 de agosto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha teria 15 dias para se defender, a contar da notificação. O prazo, no entanto, foi dobrado pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou que o Código de Processo Civil admite prazo em dobro quando há mais de uma pessoa alvo da ação. Cunha foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, juntamente com a prefeita de Rio Bonito (RJ) e ex-deputada federal, Solange Almeida.

Agora, com a nova decisão, a defesa do presidente da Câmara consegue mais uma extensão de prazo. Zavascki atendeu em parte aos pedidos de acesso a documentos feitos pela defesa de Cunha. Os advogados solicitavam, por exemplo, acesso a todos os acordos de colaboração firmados pelo lobista Júlio Camargo, que acusa o parlamentar de ter recebido US$ 5 milhões dos desvios na Petrobras.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou nesta quinta-feira (24) a sua posição favorável a que o PMDB deixe o governo e disse que a tentativa da presidente Dilma Rousseff de oferecer cargos ao partido como forma de manter o apoio "não é a melhor forma de fazer". "A reforma ministerial é de iniciativa da presidente da República e o que ela vai fazer ou não vai fazer eu não sei. Continuo defendendo que meu partido, o PMDB, saia do governo e não que ocupe cargos", afirmou. "Da minha parte, simplesmente ignoro o que está acontecendo com a reforma. É um gesto do qual eu não faço parte. Não tenho nenhuma gerência, nem ingerência, e nem quero ter", completou.

Cunha disse que o fato de já estar rompido pessoalmente com o governo e defender a saída do partido da base aliada não é uma atitude de irresponsabilidade e que o PMDB não estaria virando as costas em um momento de crise, agravando ainda mais a situação. "Mas isso é uma coisa, outra coisa é estar fazendo parte do projeto do qual o PMDB não está mais fazendo parte faz muito tempo", disse.

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Segundo Cunha, a tentativa de reintroduzir o PMDB no projeto por meio de cargos públicos não é a melhor forma de fazer. "Mais ocupação de cargos ou menos ocupação de cargos jamais vai resolver as divergências básicas", afirmou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou nesta quarta-feira, 23, a comentar as declarações do ex-gerente-geral da Área Internacional da Petrobras e novo delator da Operação Lava Jato, Eduardo Vaz Costa Musa, que afirmou à força-tarefa ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da estatal era o deputado. "Não vou ser comentarista de delação", disse. "Não sei quem é, nunca ouvi falar", afirmou, dizendo que, sobre o assunto, é o advogado dele que se manifesta.

Como o Estado revelou nesta quarta-feira, 23, Musa, afirmou à Força-Tarefa da Lava Jato ter ouvido que "quem dava a palavra final" em relação às indicações para a Diretoria Internacional da Petrobras era o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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Segundo o delator, foi o próprio João Augusto Henriques, apontado como lobista do PMDB no esquema e preso nesta segunda-feira, 21, na 19ª fase da Lava Jato, que lhe revelou como eram as indicações políticas na Diretoria. "Que João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava a palavra final era o deputado federal Eduardo Cunha, do PMDB-RJ", relatou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a defender o adiamento da sessão do Congresso Nacional marcada para a noite desta terça-feira para apreciação de vetos presidenciais. O governo entende que as chances de derrota são grandes, já que não tem votos suficientes para manter os vetos. Para Cunha, se houver sessão e o governo perder, será uma "sinalização horrorosa" para o mercado financeiro. As medidas vetadas por Dilma Rousseff gerariam gastos de R$ 127,8 bilhões aos cofres da União até 2019.

O presidente da Câmara disse que, se houver a sessão do Congresso marcada para as 19h, estenderá as votações da Casa que comanda somente até as 20h. Ele negou ter recebido apelo do governo para que estenda ainda mais a sessão e afirmou que, mesmo que tivesse sido abordado pelo Planalto, não passaria do horário preestabelecido.

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Em reunião com o novo articulador político do governo, o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações), na noite de segunda-feira, 21, líderes da base disseram que o Planalto tem apenas entre 145 e 200 votos pela manutenção dos vetos, o que significaria uma derrota. "Se o governo perder, a sinalização para o mercado vai ser horrorosa", disse Cunha no final desta manhã.

Na sessão da Câmara desta terça-feira, Cunha espera votar o segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 172, que impede que a União crie gastos para Estados e municípios sem garantir os recursos. O presidente entende que, como não há grande polêmica sobre o assunto, pode colocar a PEC em votação com até 450 deputados em plenário.

Fies

Cunha afirmou ainda desconhecer a intenção de algum partido criar na Câmara uma CPI para investigar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), notícia que fez cair o preço de ações de empresas de educação na Bolsa de Valores na manhã desta terça-feira. Mesmo que algum requerimento seja protocolado, o presidente da Câmara disse que há "chance zero" de a comissão ser instalada até o final do ano. Segundo o presidente da Câmara, as CPIs em andamento devem ser prorrogadas e, além disso, há outras três comissões na fila de espera - do Incra, do Carf e da CBF.

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