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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), embarca nesta quinta-feira, 27, para os Estados Unidos para participar da quarta edição da Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos, na sede da ONU, em Nova York. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também consta como orador do evento, mas informou que não participará do encontro.

A participação de Cunha está prevista para segunda-feira, 31, embora já embarque nesta quinta. A Câmara ainda não divulgou a agenda completa do parlamentar nem quem o acompanhará na viagem.

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A reportagem apurou que, além de Cunha, participam do evento os deputados Maurício Quintella (PR-AL), Átila Lins (PSD-AM), Soraya Santos (PMDB-RJ), Iracema Portella (PP-PI), Cláudio Cajado (DEM-BA), Eduardo da Fonte (PP-PE), Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Gladson Cameli (PP-AC) e Sérgio Petecão (PSD-AC).

A assessoria da Casa limitou-se a informar que ele tem agenda com a representação da ONU na sexta-feira, 28. Na segunda, deve deixar o evento por volta das 15h e já segue para o Brasil. A conferência segue até quarta-feira, 2.

O objetivo do fórum é estimular o diálogo e a cooperação entre parlamentos do mundo. O tema do encontro é paz, democracia e desenvolvimento pela ótica parlamentar.

As viagens de Cunha são alvo de críticas por causa de um tour diplomático realizado no primeiro semestre pela Rússia e Oriente Médio. A viagem de sete dias do presidente da Câmara e outros 13 deputados por Israel, pelo território palestino e pela Rússia, em junho deste ano, custou cerca de R$ 395 mil aos cofres públicos. As despesas foram com passagens aéreas, taxas de embarque e diárias para hospedagem e alimentação. Alguns deputados utilizaram o dinheiro da cota parlamentar destinada a despesas com passagens aéreas e, por isso, a Câmara calcula que os custos da missão são de R$ 347 mil.

A Câmara informou em julho não ter pagado as despesas das sete mulheres dos parlamentares, inclusive a de Cunha, e de amigos deles que acompanharam a missão. A Casa disse ainda que a parte turística da viagem foi paga pelos anfitriões.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou nesta segunda-feira, 24, que a função do vice-presidente da República não é fazer articulação política. O vice Michel Temer deve deixar a negociação sobre cargos e emendas para cuidar da macropolítica. "A articulação política da forma como foi encomendada a Temer não era boa para o prestígio do vice-presidente, porque essa articulação política se resumia à distribuição de cargos e verbas", disse o senador.

O tucano também afirmou ver incoerência da presidente Dilma Rousseff em anunciar agora corte de ministérios - que devem ser reduzidos de 39 para 29. "Não é a primeira vez que a presidente diz uma coisa na campanha e faz outra", disse o Nunes, que foi vice na chapa derrotada de Aécio Neves (PSDB-MG) no ano passado. "Mas acho positivo que se diminua o número de ministérios", ponderou, ao dizer também que é preciso cortar o número de cargos de confiança. "É um numero absurdo de cargos de confiança que drenam os recursos públicos para encaixar na administração apaniguados de chefes políticos."

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Na campanha presidencial do ano passado, Aécio prometeu cortar à metade o número de ministérios ao passo que Dilma rejeitou diminuir o número de pastas, chegando a dizer que o adversário tucano tinha uma "cegueira tecnocrática" ao fazer tal proposta.

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que esteve no mesmo evento que Aloysio Nunes, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), fez comentário semelhante sobre a mudança de postura da presidente da República. "Participei ativamente da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a presidente e ele tinha exatamente essa bandeira, que aliás foi muito criticada na época pela presidente. Agora, então, eles pegam a nossa bandeira, digamos assim. Nós temos hoje no Brasil evidentemente um número excessivo de ministérios".

Cunha

Aloysio Nunes admitiu não ser "bom" para o País ter um presidente da Câmara investigado pela Procuradoria-Geral da República por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, mas disse ser importante neste momento aguardar o desenrolar do processo no Judiciário - Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi denunciado na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Rodrigo Janot.

"Claro que não é bom, evidentemente, ele (Cunha) está sendo denunciado, vai se defender, pois a denúncia não é condenação, vamos aguardar a defesa", disse o senador. "Se eu fosse deputado federal, ia aguardar o pronunciamento do STF e analisar a defesa que ele, Eduardo Cunha, seguramente vai apresentar", complementou.

Nunes se incomodou com o excesso de perguntas sobre a situação do presidente da Câmara e não respondeu se sua posição mudaria caso o STF aceite a denúncia e Cunha se torne réu no processo. "Não vim aqui para falar de Eduardo Cunha."

Aloysio Nunes e Antonio Anastasia participaram de um evento com Eduardo Cunha e presidentes de assembleias legislativas estaduais na Alesp para falar de pacto federativo.

Para viabilizar a criação de duas CPIs que contrariam o governo - a do BNDES e a dos fundos de pensão das estatais - o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou outros pedidos que estavam na frente na lista de espera de instalação.

Após ter anunciado seu rompimento com o governo, em julho, Cunha atendeu aos interesses da oposição e anunciou a instalação das comissões.

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Na manobra, a alegação de Cunha foi de que as CPIs arquivadas não atendiam aos pré-requisitos necessários. Apenas cinco comissões podem funcionar ao mesmo tempo. Cunha também autorizou a criação de uma CPI para investigar maus tratos contra animais e outra que apura crimes cibernéticos. A comissão que mais preocupa o governo, entretanto, é a dos fundos de pensão.

Comandada por um oposicionista, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), a CPI tende a ganhar espaço na Câmara dos Deputados enquanto a CPI da Petrobras se consolida como coadjuvante da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

A comissão tem como objeto central os fundos de pensão Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil), Postalis (Correios) e Funcef (Caixa Econômica Federal) e está circunscrita ao período de 2003 a 2015, durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

Alvos

Mas a oposição, que está em maioria no colegiado, também mira integrantes do governo federal e envolvidos na Lava Jato. O ex- tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o doleiro Alberto Yousseff, ambos presos na operação da PF, foram os alvos dos primeiros requerimentos de convocação da CPI dos Fundos de Pensão, no dia 12 deste mês.

"A CPI dos Fundos tem mais matéria-prima e não há uma investigação paralela", diz o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), que integra o colegiado.

A CPI do BNDES receberá na quinta-feira o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. Na semana passada, foram aprovadas as convocações de outros executivos da instituição e pedidos de informações sobre contratos firmados nos últimos 12 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pressionada por integrantes do governo, do PT e até pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a bancada petista na Câmara se reúne nesta segunda-feira, 24, com o presidente do partido, Rui Falcão, para discutir se decide apoiar um pedido de afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após ele ter sido denunciado, na semana passada, por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo ontem, Lula defende "cautela" por parte dos petistas para evitar que partido tenha papel de protagonista em ações contra Eduardo Cunha.

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A posição dos deputados petistas, a segunda maior bancada da Casa, é considerada decisiva para fortalecer o incipiente movimento que deseja a saída de Cunha do cargo. No dia da denúncia, parlamentares do PSOL, PSB, PT, PPS, PDT, PMDB, PR, PSC, PROS e PTB divulgaram manifesto anônimo contra o peemedebista por considerar "insustentável" a permanência dele no cargo.

Antes do encontro, Falcão já deu o tom, em entrevista, da posição que deve defender. Segundo ele, embora considere o fato "gravíssimo", pretende esperar uma decisão do Supremo Tribunal Federal - se aceita a denúncia transformando Cunha em réu - para exigir o afastamento do presidente da Câmara. "Não vou prejulgar", afirmou.

Reclamação

A simples discussão dentro do PT tem irritado Cunha. O presidente da Câmara ligou para o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, para reclamar da postura do PT, que chamou de inaceitável e cobrou dele providências. "Se o PT quer partidarizar, vamos partidarizar também", disse um aliado de Cunha, a quem foi relatada a conversa entre ele e Temer.

Petistas consultados pela reportagem temem que, em retaliação a uma decisão mais agressiva da bancada, Cunha aumente a pressão sobre o governo, com quem rompeu em julho. A posição majoritária dos deputados petistas é esperar uma posição do STF ao mesmo tempo que aproveitam para expor o que chamam de seletividade da oposição: não pedem o afastamento de Cunha, denunciado, mas querem o impeachment de Dilma, contra quem não há nenhum processo.

Um dos vice-líderes do PT, Afonso Florence (BA), considera que não há uma maioria na bancada favorável ao afastamento de Cunha. Mas reconhece que a situação dele está se degradando "muito rapidamente". "Se não quero golpe contra a presidente, não vamos fazer o mesmo com ele", disse ele.

Para outro vice-líder, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a consistência da denúncia contra Cunha mostra que ele não tem condições de continuar na presidência da Câmara. "Vou atuar com o objetivo que ele se afaste", adiantou.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) disse que, embora considere Cunha oposição declarado que ataca permanentemente o PT, vai defender a posição de se aguardar a manifestação do Supremo. "Ele (Cunha) foi legitimamente eleito pelo povo (para a Câmara) e pelos deputados (para a presidência da Casa). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tanto o PT quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão convencidos que, caso o Supremo Tribunal Federal aceite a denúncia por crime de corrupção contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o peemedebista não terá mais condições de permanecer no cargo. Até lá, porém, a ordem é manter a cautela, esperar o desenrolar da crise e evitar movimentos bruscos. Lula não quer que o PT repita agora os erros cometidos no processo da eleição de Cunha, no início do ano.

A prioridade é aproveitar a chance para recompor a base da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Segundo uma pessoa próxima a Lula, o ex-presidente não quer derrubar Cunha, "ele quer é que as coisas melhorem".

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A estratégia do PT é deixar o protagonismo das ações contra o peemedebista para outras legendas como o PSOL. O partido não fará acordos para salvar Cunha mas também rejeita o papel de algoz do adversário e só vai entrar em campo quando a situação estiver em vias de definição. Mesmo porque uma série de parlamentares petistas está na mira da Procuradoria-Geral da República por causa da Lava Jato.

A um interlocutor, Lula comparou a situação com uma roda de discussão. "O PT não pode querer ganhar na base do grito. Não podemos errar outra vez", disse o ex-presidente, em referência à fracassada candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara.

Lula quer que o PT defenda uma "solução institucional" para Cunha, uma solução que seja "boa para a Câmara". O alvo é a enorme base de apoio do peemedebista. O PT aposta que caso o STF aceite a denúncia, os aliados vão se afastar naturalmente de Cunha e o governo deve estar pronto para recebê-los.

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a bancada petista vai se reunir amanhã para discutir o assunto, mas a tendência é aguardar a análise do Supremo. "Não queremos prejulgar ninguém", disse.

Um dos motivos do discurso é manter a coerência. O PT tem acusado a oposição de fazer uso político da Lava Jato contra o partido e não acha que pode repetir a prática contra Cunha. Outro é ganhar tempo para construir uma candidatura do campo governista capaz de bater a oposição e reunir a base de Dilma, de preferência em torno de um peemedebista próximo ao vice-presidente, Michel Temer.

O PT está dividido quanto aos efeitos práticos da denúncia contra Cunha. Um grupo argumenta que é melhor manter o peemedebista fragilizado, dependente do governo e mais disposto a colaborar, do que correr o risco de enfrentar nova eleição para a presidência da Câmara e perder para um nome da oposição.

Outro grupo avalia que, mesmo fragilizado, Cunha não é confiável, já prometeu outras vezes não retaliar o governo (uma delas quando anunciou que iria para a oposição) e deve ser afastado. Todos, no entanto, concordam que a denúncia contra o presidente da Câmara deixou em segundo plano as CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão, instaladas por Cunha para fustigar o governo e o PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema de corrupção na Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aposta no antipetismo, na baixa popularidade do governo Dilma Rousseff e no corporativismo dos parlamentares

para manter-se no cargo e neutralizar o grupo de deputados que pretendem afastá-lo.

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Na quinta-feira passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal acusação formal contra Cunha. A denúncia instaurou na Câmara um movimento pelo afastamento do peemedebista do comando da Casa.

Mas, segundo interlocutores do deputado fluminense, num cenário adverso, a estratégia de Cunha será radicalizar o discurso contra o PT e o governo Dilma para tentar sobreviver às investidas de grupos opositores.

Conta para tanto com a insatisfação da população com o governo e a avaliação de grande parte dos parlamentares de que colocar-se perante suas bases ao lado da petista não rende dividendos políticos - ainda mais com a proximidade das eleições municipais de 2016. "Na minha base eleitoral ainda não se vê nenhum desgaste pelo fato de estar ao lado do Cunha, pelo contrário, esse posicionamento dele, de confronto ao governo, tem sido visto de forma positiva", disse um líder da Câmara sob a condição de anonimato.

Cunha mantém influência sobre uma bancada suprapartidária distribuída em partidos como PSD, PSC, PP, PR, PTB, PSDB, DEM e boa parte do PMDB da Câmara, que tem ainda como triunfo político o avanço da pauta conservadora na Câmara neste ano: a chamada bancada "BBB", alusão às iniciais de "Boi, Bala e Bíblia" - referências às bancadas ruralista, da segurança e os evangélicos.

As iniciativas em defesa de Cunha também são ancoradas no sentimento de corporativismo entre os parlamentares, outro alicerce em que o peemedebista vai se escorar para se manter no posto. Os desdobramentos das investigações da Operação da Lava Jato são considerados por vários políticos como uma "metralhadora giratória", que inicialmente têm como alvo 35 parlamentares, entre deputados e senadores. Mas cujo número poderá crescer conforme avançam as investigações e o número de delatores.

Nesse sentido, muitos parlamentares avaliam que também poderão ter o mesmo destino de Cunha e serem denunciados por Janot por envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Distância e cautela. Essas foram as principais reações das lideranças evangélicas ligadas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia seguinte à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar. Ontem, na igreja frequentada por Cunha e uma de suas bases no Rio, a Assembleia de Deus de Madureira, o Estado só encontrou três funcionários. Eles disseram que o presidente da congregação, Abner Ferreira, estava viajando. Ele é irmão de Samuel Ferreira, líder principal da igreja paulista acusada de receber dinheiro no esquema do qual Cunha faria parte.

O advogado da unidade carioca, pastor Orivaldo Prattis, admitiu que os indícios contra o deputado são fortes. Mas ressalvou que ainda não há sentença. "Ele ainda não foi condenado em nada. Por enquanto, há indícios e são fortes. Lógico que os indícios não deixam de ser preocupantes, mas enquanto não há sentença condenatória contra ele parte-se do princípio de que há inocência", afirmou.

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Para Prattis, a igreja não terá a imagem atingida. E, segundo o advogado, qualquer discussão sobre como fica o apoio a Cunha só será realizada quando o pastor Abner voltar. "Como homem público e político (o apoio continua) sim. Partimos do princípio de que ele sempre foi um bom gestor daquilo que lhe coube", completou, ao ressalvar que a igreja não tolera ilegalidades.

Twitter

O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, celebrou a eleição de Cunha em fevereiro. Ontem, disse que nunca apoiou o parlamentar. "Meu deputado no Rio todo mundo sabe que é Sóstenes Cavalcante. A única coisa que eu fiz foi, quando Eduardo ganhou para a presidência, como a petralhada me odeia, aí eu de sacanagem também botei: 'Segura aí petralhas, Eduardo Cunha, agora vocês vão ver' porque o Eduardo era contra a questão de PT", afirmou.

Após a vitória de Cunha no início do ano, Malafaia congratulou o deputado pelo Twitter. "Parabéns ao novo presidente da Câmara, dep (sic) evangélico Eduardo Cunha, uma vitória espetacular, humilhou o governo e o PT. Vão ter q nos aturar (sic)", escreveu.

O pastor Everaldo Dias, ex-candidato à Presidência pelo PSC e membro da Assembleia de Deus, disse que a única avaliação que faz até o momento é sobre a quantidade de denúncias à Justiça. "Por que só eles dois foram denunciados até agora?"

Especialista em política e religião, o professor colaborador da Universidade Federal de São Carlos Paul Preston afirma que a reação dos fiéis em escândalos desse tipo costuma ser fragmentada. A maioria segue apoiando os líderes religiosos. "Isso não quer dizer que milhares e milhares de fiéis vão se revoltar ou se erguer contra o modelo usado de inserção política. Alguns reagem dessa forma, mas eu diria que a maior parte de alguma forma consegue continuar acreditando na qualidade da liderança eclesiástica", diz Preston.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aproveitou sua passagem por São Paulo nesta sexta-feira, 21, para encontrar-se com o vice-presidente Michel Temer. Após participar de evento promovido pela Força Sindical, Cunha foi até o escritório que o vice-presidente mantém na capital.

O encontro foi confirmado pela assessoria Temer. No entanto, o tema da conversa não foi revelado. Segundo a assessoria de Cunha, o presidente da Câmara seguiu no início da tarde para o Rio de Janeiro.

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Ontem, Cunha foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a condenação do presidente da Câmara pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Janot solicitou também a devolução de US$ 80 milhões (equivalente a R$ 277 milhões) divididos em US$ 40 milhões de restituição pelo que foi recebido com a prática dos crimes e US$ 40 milhões referentes aos danos à Petrobras e à administração pública.

No discurso realizado no evento da Força Sindical, Cunha disse que "renúncia" não faz parte de seu vocabulário e nem fará. Ele também disse que não vai retaliar quem quer que seja e que não é do time "Fora Dilma", nem do time de "dentro", de apoio ao governo.

Em meio a moções de apoio e gritos de "Fora Dilma" e "olê,olê, vamos prender essa quadrilha do PT", o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reafirmou, em evento nesta sexta-feira, 21, com apoiadores da Força Sindical, na capital paulista, sua inocência das acusações de envolvimento no escândalo de corrupção na Petrobras e disse que não pretende renunciar à presidência da Câmara dos Deputados. "Além de eu ser absolutamente inocente, não há uma única prova contra mim em todas as páginas da denúncia", disse.

Denunciado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o peemedebista reafirmou as argumentações da nota divulgada nesta quinta-feira, 20. Classificou de "muito estranho" o fato de a denúncia começar por ele e de ter ocorrido no dia de manifestações pró-governo pelo País. "É estranho (...) que essa lama tem que ir pro colo de quem não participou (da corrupção), nós não vamos admitir isso", afirmou. O peemedebista destacou que em 2003 foi denunciado e virou réu no STF e foi absolvido. "Continuo andando de cabeça erguida."

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No discurso realizado no evento da Força Sindical, Cunha disse que "renúncia" não faz parte de seu vocabulário e nem fará. "Não há a menor possibilidade de eu não terminar meu mandato à frente da Câmara. Renúncia é um ato unilateral." Ele também disse que não vai retaliar quem quer que seja e que não é do time "Fora Dilma", nem do time de "dentro", de apoio ao governo. "Não vou retaliar quem quer que seja, tampouco vou abrir mão dos meus direitos e deveres."

Apesar disso, Cunha disse que o governo Dilma perde popularidade por não ter credibilidade com os trabalhadores. Ele defendeu que o governo petista assuma erros e mude de postura com a população e com o Congresso.

No auditório em que ocorreu o evento, alguns cartazes faziam menção a conquistas pró-trabalhador ocorridas em matérias colocadas em votação na Câmara dos Deputados, na gestão de Cunha na Presidência da Casa, como o fim do fator previdenciário, o aumento para aposentados, a PEC das domésticas e a correção do FGTS, entre outros. "Esses projetos não foram aprovados por mim, sou apenas o presidente. A Câmara aprovou por maioria e é assim que tem que ser", disse. E destacou a "independência" proporcionada à Casa com uma maioria agora "exercida e não controlada" pelo Executivo.

Solidariedade

O deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e um dos principais líderes da entidade sindical que organiza o evento, falou antes de Cunha. "Você é a pessoa mais correta que eu já encontrei na vida", disse ao presidente da Câmara. "Você tem coragem de enfrentar os poderosos", prosseguiu. Paulinho também exaltou Cunha como a liderança brasileira que mais pode fazer pelos trabalhadores, em contraposição aos vetos presidenciais. "Tenho certeza que, com sua liderança, vamos derrubar os vetos", disse em referência a propostas vetadas por Dilma Rousseff, como atrelar o reajuste de aposentadorias à correção do salário mínimo.

Em seu discurso, Paulinho disse que o País passa por uma das piores crises de sua história e falou do afastamento de Dilma como solução. "Se no ano que vem a gente tirar a Dilma e conseguir ter um presidente com uma grande coalizão, vamos crescer 3% e voltar à estaca zero", disse após prever que o PIB brasileiro vai cair 3% neste ano.

O parlamentar disse também que o Planalto tenta jogar a responsabilidade da crise no Congresso Nacional, mas que a oposição não vai permitir isso. "A oposição vai devolver, essa semana, a crise para dentro do Palácio do Planalto, onde sempre esteve. A crise é do PT, da Dilma e do Lula, eles que assumam sua responsabilidade." "Quem assaltou a Petrobras foi a Dilma, o PT e o Lula", completou, em solidariedade a Cunha, mas sem citar a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot.

Apoio

Antes de sua fala, Cunha foi exaltado por outras pessoas que compunham a mesa no auditório. Foi chamado de "grande herói" e teve sua "coragem" e "credibilidade" destacadas pelo deputado estadual do PSDB, Antonio Ramalho, o Ramalho da Construção. O deputado tucano falou em "limpar a corrupção" que assola o País, mas evitando qualquer relação com o presidente da Câmara, denunciado ontem ao STF.

O presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha está na manhã desta sexta-feira, 21, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde um evento se tornou um ato de desagravo a ele e também de manifestações pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha chegou a pé e foi recebido com ares de celebridade por dezenas de manifestantes da Força Sindical, vestidos com coletes laranjas e com bandeiras da entidade. O evento havia sido marcado há duas semanas, com objetivo de discutir a apreciação de vetos da presidente Dilma Rousseff a chamadas pautas-bomba, como a extensão da regra de reajuste do salário mínimo a aposentadorias.

A aglomeração em torno de Cunha gerou empurra-empurra e houve gritos de "Cunha é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e de "Cunha, guerreiro do povo brasileiro". Vários manifestantes também tiraram selfie com o presidente da Câmara.

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O apoio a Cunha vem um dia depois de ele ter sido denunciado ao STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha chegou acompanhado do deputado Paulinho, seu aliado e um dos principais líderes da Força Sindical.

A sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo tem faixas falando de pautas trabalhistas e também exaltando Cunha, associando-o à defesa dos trabalhadores. Cartazes colocados dos dois lados do palco do auditório do sindicato trazem a foto do parlamentar com os dizeres "Câmara, a Casa do trabalhador" e uma lista de projetos aprovados sob a gestão Cunha neste ano. São eles, segundo o cartaz, o fim do fator previdenciário, mudanças nas MPs do ajuste fiscal, aumento para os aposentados, PEC das domésticas, valorização do salário mínimo e correção do FGTS.

Na entrada do sindicato há um grande banner de protesto pela retenção do adiantamento da parcela do 13º de aposentados. No banner, são alvo de crítica a presidente Dilma e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Carlos Gabas (Previdência). O material diz que cada um já recebeu em julho adiantamentos de mais de R$ 15 mil referentes ao 13º salário, enquanto aposentados que receberiam adiantamento de R$ 394 não tiveram direito ao benefício.

Depois de ser denunciado ontem, Cunha emitiu nota reafirmando sua inocência e dizendo que foi "escolhido" para ser o primeiro denunciado da lista de Rodrigo Janot, reiterando assim sua argumentação de estar sendo perseguido pelo Planalto.

Mais que um ombro amigo em meio à crise política, a presidente Dilma Rousseff encontrou no governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), um interlocutor junto ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Pezão trabalha para tentar acalmar o clima de animosidade entre o Planalto e o líder da Casa. Na última segunda-feira, 17, pouco antes de um encontro com a bancada fluminense, Pezão se reuniu com Cunha para pedir cautela nas pautas que aumentam as despesas dos Estados. Além disso, Pezão iniciou nessa conversa um movimento para ser um elo entre Dilma e Cunha.

O movimento é feito com discrição e mantido sob sigilo. Tanto que nesta quarta-feira, 19, no fim da tarde, Pezão foi à Brasília encontrar a presidente, mas a reunião não foi anunciada em sua agenda. Além de Pezão, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, também está auxiliando na tentativa de conciliação entre o Planalto e Cunha. Na quinta-feira da semana passada, Picciani também esteve em uma reunião reservada com a presidente Dilma.

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O efeito da ação ainda é incerto. Aliados de Cunha contam que não há previsão de votação de outros projetos com impacto financeiro nas contas. Na semana que vem, os deputados podem votar a Proposta de Emenda Constitucional 172. O projeto atende aos anseios de Pezão ao estabelecer que o aumento da despesa dos Estados e municípios não seja realizado sem a previsão orçamentária necessária para o seu custeio.

Políticos de várias esferas usaram as redes sociais neste domingo (9), data que se comemora o ‘Dia dos Pais’ para prestar homenagens. Tanto representantes do poder executivo, quanto do legislativo, emitiram mensagens, usaram fotos e outros até produziram vídeos. 

Completando 43 anos nesse sábado (8), o governador Paulo Câmara (PSB) preferiu enaltecer a todos os pais um dia antes da data oficial. No Facebook, o socialista postou uma foto e demonstrou o amor que sente pelas duas filhas. “Completo hoje 43 anos em um momento especial e desafiador da minha vida. Por aniversariar próximo ao Dia dos Pais, costumo ter a alegria dobrada nesta data. Ao lado do meu pai e da família que eu tanto amo, grudado na minha esposa e nas duas filhas lindas que Deus me deu, vou renovar as forças para as tarefas que ainda tenho pela frente. Um feliz Dia dos Pais para todos os pernambucanos”, disse. 

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O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também usou as redes sociais para enaltecer a data com uma foto de seus três filhos. “Para os pais do Recife, um dia de alegria e felicidade. Desejo a todos o conforto do amor de seus filhos”, postou. 

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A ex-deputada estadual e presidente da Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), Terezinha Nunes (PSDB), ressaltou no Facebook a importância do amor de um pai. “Feliz Dia Dos Pais. Um abraço carinhoso a todos os amigos que receberam a benção de Deus e se tornaram pais maravilhosos que cuidam dos seis filhos e os amam acima de todas as coisas. O amor do pai é tão importante quanto o amor de mãe. Sejam felizes e curtam com seus filhos o dia hoje e todos os dias de suas vidas”, destacou. 

Quem também postou fotos com os filhos foi o líder do PT no Senado, Humberto Costa. “Ao lado dos meus filhos, desejo um feliz Dia dos Pais a todos!”, publicou nas redes sociais. Já o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho, desejou felicidades a todos os pais. “Para todos os Pais, um dia com amor e felicidades. Para nossa família, muita saudade de Mendonção e dia de agradecer a Deus por tê-lo como Pai, como exemplo e referência de vida“, relembrou o democrata. 

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) preferiu publicar um vídeo de 12 segundos para homenagear aos pais seguindo da frase: “Desejo a todos os pais muitas felicidades e conquistas ao lado dos seus filhos. Que eles sejam sempre fonte de amor, respeito e compreensão. Um domingo de paz para todas as famílias!”, postou no Facebook. 

A deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, publicou no Twitter uma foto de seu esposo e líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Waldemar Borges (PSB), com a filha do casal. “Luana como presente do Dia dos Pais, ensinando o pai a usar as novas tecnologias !”, descreveu. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) agradeceu a Deus pela dádiva de ser pai. “O segundo domingo de agosto é sempre uma data especial: é dia dos pais. A emoção de ser pai é indescritível, e eu fui agraciado por Deus com todos os filhos que ele me deu. Agradeço a Ele todo ano por essa benção. A todos, um feliz dia dos pais!”, disse o peemedebista no Facebook. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta terça-feira (5) em resposta à reclamação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a condução da ação penal na qual foi ouvido o lobista Júlio Camargo, no Paraná. Janot chamou de "ilação" a acusação de que há interesse por parte dele em conseguir depoimentos para fundamentar o pedido de afastamento do presidente da Câmara.

"Absolutamente improcedente a ilação de que haveria 'interesse' do Procurador-Geral da República em 'conseguir' depoimentos que sustentem uma tese de influência indevida do reclamante nas investigações, a fim de instruir um absurdo pedido de afastamento do reclamante da Presidência da Câmara dos Deputados", escreveu Janot.

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Ao STF, a defesa do deputado alegou que a 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba (PR), "usurpou a competência" do Supremo ao colher depoimento em que o lobista cita Cunha, parlamentar com foro privilegiado. No depoimento, Camargo relatou pagamento de US$ 5 milhões ao peemedebista.

"Não são suposições, ilações ou quaisquer outras considerações fantasiosas que terão o condão de afastar o correto procedimento que se vem adotando na produção das provas sempre mediante a submissão ao devido processo e à ampla defesa", escreveu Janot.

Na peça encaminhada ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, Janot afirma que foi "absolutamente correto todo o procedimento de colheita de provas realizado". O procurador-geral da República aponta ainda que os advogados de Cunha "omitem" dado relevante de que o STF já determinou anteriormente o desmembramento do caso para que corram no Paraná, em primeira instância, os casos relativos a investigados que não possuem foro privilegiado.

"Nunca se negou que haveria uma conexão e, sobretudo, continência em relação aos fatos em apuração. Entretanto (...), esquece-se e omite o reclamante que há muito houve separação dos feitos, mantendo-se no STF exclusivamente a apuração no que tange ao detentor de prerrogativa de foro, permitindo-se o normal processamento em primeiro grau quanto aos demais envolvidos, embora pelos mesmos fatos", escreveu o procurador-geral.

O procurador-geral da República defende que o STF rejeite o pedido de Cunha para suspender a ação penal que tramita no Paraná e tem como réus os lobistas Júlio Camargo e Fernando Soares, além do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Em manifestação enviada ao Supremo, o juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná, justificou que o nome de Cunha foi citado por Camargo em um processo que está sob sua responsabilidade e que a alegação de "usurpação de competência" é um "manifesto erro". Janot endossou o fato de que não há como o Judiciário impedir que, nos depoimentos, haja referência a nomes de parlamentares, que têm prerrogativa de foro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anúncio na tarde deste sábado (1°), no Facebook, que a partir da próxima semana irá pedir que a advogada Beatriz Catta Preta preste esclarecimentos sobre supostas ameaças por parte de membros da CPI da Petrobras. A denúncia da graduada em direito foi feita na última quinta-feira (30), ao Jornal Nacional. 

Na reportagem em rede nacional Catta Preta afirmou que decidiu deixar os casos dos clientes que defendia na Operação Lava Jato e encerrar a carreira porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras.

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No Facebook, o presidente da Câmara comentou o caso neste sábado. “Com relação à entrevista da advogada citando supostas ameaças por parte de membros da CPI, independente de qualquer ação autônoma da CPI, a mesa diretora da Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente, para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu”, postou na rede social.

Cunha também revelou que irá fazer um pedido para que a advogada esclareça os fatos. “A sua acusação atinge a CPI e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso. Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independente da CPI”, anunciou o peemedebista. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, atacou, por meio de sua conta do twitter, o governo federal e disse que "não é culpa do Congresso a paralisia da economia, a recessão, os juros elevados e a queda da arrecadação pela situação de descontrole". Ele disse ainda que na Câmara todas as propostas do ajuste fiscal "foram aprovadas de forma célere".

"Tenho absoluta consciência do momento de crise econômica e sempre me pautei por posições contrárias ao aumento dos gastos públicos", disse. O deputado afirmou ainda nesta manhã que a tentativa de colocar em suas costas "uma pauta bomba" para prejudicar as contas públicas não tem o menor sentido. "As medidas que geraram vetos do governo foram fruto de emendas às MPs (Medidas Provisórias), que obtiveram na Camara e Senado maioria e gerou o veto", disse.

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Cunha disse que a correção do FGTS não está relacionada com as contas públicas, "pois se trata dos saldos futuros dos depósitos do dinheiro dos trabalhadores". "A correção do judiciário saiu de comissões, em caráter terminativo, sem qualquer recurso do governo para levar ao plenário", afirmou. "Eu nem voto e qualquer matéria que passa só pode se tiver a maioria ou, no caso de PEC, quórum qualificado", afirmou.

Cunha criticou o governo e destacou que não houve corte de gastos, apenas dos investimentos. Segundo ele, o governo poderia ter reduzido o número de ministérios e os cargos de confiança. "Mesmo que para a economia isso não fosse tao significativo, o exemplo seria um importante sinal para a sociedade", disse na rede social, há pouco.

Catta Preta

Sobre a acusação da advogada criminalista Beatriz Catta Preta, que abandonou processos da Operação Lava Jato porque se disse ameaçada por integrantes da CPI, Cunha disse que a Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente, para que a advogada informe "quais ameaças sofreu e de quem".

"A sua acusação atinge a CPI como um todo e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso", disse, ainda pelo Twitter. Cunha disse ainda que determinará à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial na próxima semana, independente da CPI.

Após receber nesta segunda-feira (27), em seu gabinete no Recife, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) previu a atuação da Câmara dos Deputados no segundo semestre. Crítico de seu correligionário e presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), o parlamentar acredita que os próximos meses serão pautados pelos embates entre Cunha e o governo. 

Além dos trabalhos da Casa Legislativa Federal, ambos os políticos discutiram a situação política do País. “Será um semestre muito difícil. Como o presidente da Câmara anunciou o rompimento com o Governo, corremos o risco de trabalharmos diante do famoso “toma lá, dá cá”. E nós não podemos, como representantes eleitos da população, sermos pautados por quem não tem condições éticas de conduzir sua função”, disparou Vasconcelos. 

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Para o senador Fernando Bezerra, a conversa com Jarbas é importante por manter “um canal aberto”. “O deputado Jarbas Vasconcelos é uma liderança importante e respeitada por todos no Congresso Nacional. Conversar com ele e manter esse canal aberto é sempre bom para nós que militamos na política”, pontuou o socialista. 

Os desdobramentos do suposto envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), na Operação Lava Jato, a queda de aprovação da gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) em pesquisa e nomeações a nível nacional e estadual marcaram a semana política. A nível federal a declaração de desligamento oficial de Cunha do Governo Federal ainda terá muito panos para mangas, já a nível local líderes políticos foram nomeados e a crise configurou, mais uma vez, às dificuldades enfrentadas no Estado e nos municípios. 

Já no início da semana, Décio Padilha foi escolhido para presidir a Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). Ele substituiu Aldo Guedes que pediu afastamento da liderança por ter o nome inserido na lista de investigação da Lava Jato. Quem também passou a ter um cargo importante em Pernambuco foi o ex-deputado federal João Paulo (PT). Após seis meses na espera, o petista foi nomeado como presidente da Sudene. Já a nível nacional o deputado Betinho Gomes (PSDB) ganhou destaque ao ser escolhido para integrar a CPI do BNDS na Câmara dos Deputados. A liderança da mesma CPI foi alvo de cobranças do PMDB que deseja comandar o colegiado. 

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Para o Governo Federal a semana não foi tão positiva. Em mais uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)/ Instituto MDA, a presidente Dilma Rousseff (PT) obteve queda na aprovação e atingiu apenas 7,7% de avaliação. Os dados foram duramente criticados por políticos opositores como  o senador Aécio Neves (PSDB) e o deputado federal Mendonça Filho (DEM). Apesar das alfinetadas e dados revelados, o governo demonstrou tranquilidade e assegurou harmonia na gestão. Ainda sobre a gestão do poder Executivo Nacional, após receber a defesa do governo sobre as contas da presidente Dilma Rousseff, o ministro e relator das contas no Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pediu seu apoio para que as contas dos ex-presidentes que estão paradas no Congresso sejam votadas o mais rápido possível. Isso possibilitaria que as contas de Dilma também sejam apreciadas pela Casa. "Prioridade é a questão da votação das contas, afirmou ao sair da residência oficial de Calheiros em Brasília.

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Outra repercussão nacionalmente forte foram os desdobramentos de Cunha. A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) protocolou na secretaria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras um pedido de acareação que pode colocar, frente a frente, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo. Como o assunto ainda está muito quente, o peemedebista chegou evitar à imprensa durante evento no Rio de Janeiro, nesta semana e em resposta ao pedido de acareação da parlamentar, Cunha garantiu aceitar a solicitação, caso Dilma, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, todos do PT, também sejam acareados. 

Ainda sobre a Operação Lava Jato, as investigações seguiram a todo vapor e o relatório apresentado pela Polícia Federal afirma que pesam sobre o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e seus executivos e ex-executivos indícios de crimes em várias frentes: nos contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ambas da Petrobras; nos contratos da petroquímica Braskem (controlada pela empreiteira em sociedade com a estatal) nas compras de nafta; nos contratos de navios-sonda com a empresa Sete Brasil (criada pela Petrobras) e nas obras da Sede da Petrobras em Vitória (ES); pelo uso de offshores; e por obstaculização. 

Outro fato relevante sobre as investigações de corrupção foi à revelação de telegramas trocados entre o Itamaraty e diplomatas brasileiros no exterior que indicariam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria intercedido em Portugal em favor da Odebrecht, segundo o jornal O Globo. Já a Justiça Federal condenou a cúpula da empreiteira Camargo Corrêa por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras. 

Já o Ministério Público Federal (MPF) reforçou o pedido, feito à Justiça Federal, de condenação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, do empresário Fernando Soares (o Fernando Baiano), do consultor Júlio Camargo e o doleiro Alberto Youssef pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, os quatro estão presos preventivamente e, para o MP, não há motivos para que sejam liberados.

A crise econômica vivenciada em todo o País protagonizou novos comentários de gestores pernambucanos. Em conversa com a imprensa, o governador Paulo Câmara anunciou novos cortes e confirmou às dificuldades enfrentadas. Sobre os municípios, o socialista se colocou à disposição para auxiliá-los através de parcerias. Apesar dessas problemáticas e de garantir que as articulações políticas só serão tratadas em 2016, o PSB anunciou que terá candidatura na cidade de Nazaré da Mata e o chefe do poder Executivo colocou dois possíveis nomes que devem ser escolhidos para disputar a eleição da Cidade do Cabo de Santo Agostinho. 

Homenagens – O PSB anunciou uma série de homenagens ao ex-governador Eduardo Campos morto em agosto de 2014. Entre as solenidades haverá eventos na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em Hotel no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e ainda, através de solenidades religiosas na cidade de São Lourenço da Mata e na Igreja de Casa Forte, na capital pernambucana. 

A crise em torno de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) preocupa o PSDB e obriga seus principais líderes a rever os estrategemas montados até agora com objetivo de substituir Dilma Rousseff na Presidência. Se, de um lado, a instalação - determinada pelo presidente da Câmara - de mais duas CPIs para investigar o governo federal ajuda a oposição, de outro, um eventual enfraquecimento do peemedebista pode tirar dos tucanos seu maior ardil institucional contra a presidente da República.

No comando da Câmara dos Deputados, Cunha sempre funcionou para os tucanos como um posto avançado de desgaste para a presidente e, agindo dessa forma, se tornou peça essencial da munição da oposição contra Dilma e o PT. Se ele deixar o cargo ou permanecer nele com um poder esquálido, os tucanos e seus aliados na oposição terão de redesenhar os projetos de voltar ao Planalto.

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Segundo líderes do PSDB consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo, todos os interesses do partido passam, de alguma maneira, por Eduardo Cunha. Por isso, os tucanos vão aguardar os desdobramentos da crise desencada na última quinta-feira com o depoimento do lobista Julio Camargo, que acusa Cunha de ter cobrado US$ 5 milhões de propina. O efeito imediato foi uma aproximação dele com a oposição, o que resultou na criação das CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão, duas antigas bandeiras dos tucanos.

"O caminho da oposição depende muito do que Eduardo Cunha fará. Serão três CPIs funcionando (com a da Petrobras) contra Dilma e mais uma frente no Tribunal de Contas da União. Neste momento, Cunha dá força para a oposição", afirma o deputado federal Silivo Torres (SP), secretário-geral do PSDB nacional.

No longo prazo, no entanto, o desfecho da crise deve influenciar na divisão de forças dentro do PSDB. Se Cunha cair ou permenecer no poder sem força para levar adiante o ímpechment de Dilma, o grupo na legenda comandado pelo senador Aécio Neves (MG) ganhará argumentos para sua tese que defende a cassação da candidatura da presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encampada na convenção nacional do partido. Por essa via, o vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) também poderia ser atingido, o que acarretaria na convocação de novas eleições. Conforme o Ibope, Aécio é o líder da mais recente pesquisa de intenção de voto para presidente.

Para o grupo do PSDB reunido em torno do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Cunha funcionou até agora como o maior entrave para que o segundo mandato de Dilma tenha alguma chance de decolar, e os entusiastas da candidatura Alckmin a presidente em 2018 esperam que Dilma permaneça desgastada no poder até lá.

Há também uma espécie de "terceira via" em curso dentro da oposição e ela passa diretamente pelo poder de Cunha e de Temer. No PSDB, aliados do senador José Serra (SP) se movimentam para que o vice-presidente assuma o lugar de Dilma Rousseff e contemple a oposição na formação de uma nova coalizão governista, nos moldes da que sustentou Itamar Franco (morto em 2011) quando Fernando Collor sofreu impeachment. Serra teria papel fundamental nesse cenário, seja como ministro e candidato de Temer em 2018, ou até mesmo como primeiro-ministro, caso avance, com apoio de um novo governo, o projeto que reestabelece o parlamentarismo.

Nesse estratagema, Cunha tem de levar adiante a subtituição de Dilma na Câmara após uma possível rejeição das contas da gestão da presidente no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso. Anteontem, Cunha também deu sinal verde para que avancem na Câmara pedidos de impeachment da presidente. Se ela for deposta por uma dessas vias, Temer estaria desimpedido para assumir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Menos de 24 horas após o rompimento político do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, surgiram as primeiras manifestações práticas de aliados e adversários do peemedebista. Ex-líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS) anunciou que pedirá à CPI da Petrobras uma acareação entre Cunha e o lobista Julio Camargo, que o acusa de pedir US$ 5 milhões por contratos na estatal. De outro lado, o aliado da bancada evangélica Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) pediu a expulsão do atual vice-líder do governo, Sílvio Costa (PSC-PE), de seu partido por ter atacado Eduardo Cunha na sexta-feira.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", o presidente da Câmara reagiu atacando a presidente Dilma e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação). Os três aparecem nas delações do empreiteiro Ricardo Pessoa e do doleiro Alberto Youssef. "Da minha parte, nenhum problema em acarear com quem quer que seja", disse. "Ele (Fontana) deveria aproveitar e, além de requerer essa acareação, deveria também requerer as acareações de Mercadante e Edinho com Ricardo Pessoa e até da Dilma com Youssef, que também falou na sua delação que ela sabia".

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Desafeto de Cunha, Henrique Fontana anunciou que, tão logo volte do recesso, apresentará requerimento à CPI da Petrobras convoque acareação entre o peemedebista e o lobista Julio Camargo, que em sua mais recente delação acusou o presidente da Câmara de pedir US$ 5 milhões de propina por contratos feitos com a estatal.

A proposta ocorre um dia depois de o governo tentar amenizar as declarações de Cunha e de desautorizar o pedido de afastamento de Cunha feito por seu vice-líder Sílvio Costa na Câmara. Fontana disse que o pedido de acareação não foi articulado com o governo nem com o PT. "É uma decisão minha", afirmou.

Para o ex-líder do governo Dilma Rousseff, o requerimento é uma maneira de evitar que Cunha repita o que fez em março, quando foi à CPI apenas para receber elogios de aliados. "Ele deu sinais claros de que pretende usar a institucionalidade da presidência da Câmara para chantagear, atacar e fazer a defesa dele. Isso nós não vamos permitir na medida da força que tivermos", disse Fontana.

Expulsão

Marco Feliciano pediu ao seu partido a expulsão de Sílvio Costa ainda na sexta-feira."Solicito que estude uma medida disciplinar com expulsão do partido contra o deputado Sílvio Costa", disse no documento. Para Feliciano, Costa se comporta de maneira"espetaculosa". "Posição dessa natureza jamais pode ser manifestada individualmente por um parlamentar, contrariando a posição da direção do partido, incorrendo, a meu ver, em infidelidade partidária", argumentou em seu pedido. Cunha negou ter influenciado a solicitação de Feliciano.

Em resposta, Silvio Costa respondeu com uma frase bíblica atribuída à Jesus em sua crucificação. "Já que ele é um homem evangélico, vou responder a ele com uma frase da Bíblia. Perdoa aqueles que não sabem o que fazem", disse, sugerindo que Feliciano "está enganado".

Integrantes da bancada evangélica, da qual Cunha sempre fez parte, deram sinais de apoio ao peemedebista, refutando a tese de isolamento do presidente da Câmara defendida pelos governistas. "Nesse momento me solidarizo com o deputado Eduardo Cunha, que, pelo seu passado de lutas, em décadas de serviços prestados à Nação galgando os mais altos postos da República sem nunca ter seu nome manchado ou envolvido em qualquer ato que o desabonasse", afirmou Feliciano em nota.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) também se disse solidário. Segundo o parlamentar, que também é pastor e comanda a comissão especial que discute o conceito de família, Cunha mantém apoio de bancadas conservadoras como a evangélica. "O governo não tem interlocução nenhuma. É ruim de política. A tendência é piorar cada vez mais. Este vai ser um agosto infernal", afirmou.

O deputado federal Pasto Marco Feliciano (PSC-SP) pediu ao seu partido a expulsão do deputado Silvio Costa (PSC-PE). A solicitação foi feita na sexta-feira, 17, depois que Costa saiu em defesa do governo e atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo o afastamento dele em decorrências de denúncias de que o comandante da Casa teria recebido propina de US$ 5 milhões.

"Peço o afastamento temporário de Cunha pela tranquilidade do Parlamento", disse na sexta-feira, 17, logo depois da entrevista do presidente da Câmara na qual tornou aberta a guerra entre ele e o governo. O deputado afirmou ainda que iria procurar juristas para saber se "cabe um impeachment" do peemedebista.

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No mesmo dia, seu colega de partido, Feliciano, solicitou uma punição à presidência nacional do PSC. "Solicito que estude uma medida disciplinar com expulsão do partido contra o deputado Silvio Costa", disse no documento.

Ainda segundo o deputado, Costa tem se pautado de maneira "espetaculosa". "Posição dessa natureza jamais pode ser manifestada individualmente por um parlamentar, contrariando a posição da direção do partido, incorrendo, a meu ver, em infidelidade partidária", argumentou em seu pedido.

Ainda por meio do documento, Feliciano demonstrou apoio ao presidente da Câmara. "Nesse momento me solidarizo com o deputado Eduardo Cunha, que pelo seu passado de lutas, em décadas de serviços prestados à Nação galgando os mais altos postos da República sem nunca ter seu nome manchado ou envolvido em qualquer ato que o desabonasse", afirmou o deputado.

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