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O Coritiba vai tentar bater o Vitória neste domingo, às 18h30, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, para recuperar a liderança da competição. Terceiro colocado com 16 pontos, quer vencer e torce por tropeços de Botafogo e Internacional contra Flamengo e Náutico, respectivamente. Para dificultar a situação, porém, o atacante Deivid está fora da partida e vai desfalcar a equipe por três semanas por causa de uma entorse no joelho direito durante o treino.

O técnico Marquinhos Santos ainda não definiu o substituto de Deivid, mas a vaga pode estar mais próxima de Bill, que retornou ao clube após uma passagem pelo Oriente Médio e deve formar dupla de ataque com o angolano Geraldo. Keirrison corre por fora, mas deve ser relacionado para o banco de reservas.

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Além da mudança no ataque, a defesa não contará com Leandro Almeida, que cumpre suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Emerson, Bonfim e Luccas Claro disputam a vaga, que deve ser definida horas antes da partida.

Para o zagueiro Chico, o Vitória será um adversário difícil, mas o Coritiba deve aproveitar o fato de jogar em casa. "O Vitória merece nosso respeito, está fazendo uma campanha muito boa, como a nossa, mas precisamos também manter a confiança, pois jogamos diante de nossa torcida", afirmou.

Considerada uma das grandes revelações da música brasileira, a cantora e compositora curitibana Thaís Gulin aporta pela primeira vez na capital pernambucana nesta terça (23), às 20h30, no Teatro de Santa Isabel. Com o show que tem o mesmo nome do seu segundo disco, ôÔÔôôÔôÔ, a namorada de Chico Buarque traz no repertório canções de Adriana Calcanhoto, Tom Zé, Roberto Carlos, além das suas músicas próprias.

Além do show no Teatro de Santa Isabel, Thaís também fará parte da programação do Festival de Inverno de Garanhus, no dia 25 de julho. A cantora conversou com o LeiaJá e falou sobre as influências musicais e seus shows em Pernambuco.

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Essa é a sua primeira vez na capital pernambucana. O que o público recifense pode esperar do seu show?

É a primeira vez que vou fazer um show completo. Mas minha primeira vez no Recife, de fato, foi no carnaval deste ano. Eu cantei na abertura do carnaval no Marco Zero com a Elba Ramalho um frevo do Moraes Moreira. O público recifense pode esperar tanta coisa. Faz um tempo que estou animada e querendo realizar um show meu na capital pernambucana. Vou cantar as músicas do primeiro e segundo discos. Na verdade, vou encerrar esse show com o qual estou na estrada há dois anos.

Na próxima quinta (25), você canta no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). Será o mesmo show do Teatro de Santa Isabel?

Vai ser o mesmo show. Vou mudar um pouco o roteiro, pois os lugares são diferentes. Mas será o mesmo show praticamente e a música Até Pensei, do Chico Buarque, que está na novela Sangue Bom, vai ser a primeira vez que vou cantar no palco.  

A sua relação com o cantor Chico Buarque tem influência nas suas composições?

Na essência não. Mas é claro que sofri muita influência por ele fazer parte da minha vida e, principalmente, no disco ôÔÔôôÔôÔ.

Por falar nesse disco, de onde surgiu o nome ôÔÔôôÔôÔ?

É uma parte da letra que fala, justamente, 'ôÔÔôôÔôÔ'. Essa canção eu fiz um ano antes de lançar o disco. Foi durante o carnaval em que desfilei pela primeira vez na Mangueira. Meus amigos ficavam me ligando perguntando se eu já tinha decorado o samba, pois não tenho muita disciplina e eles ficavam falando que eu tinha que saber o samba se não a escola iria perder pontos. E isso começou a me irritar um pouco e decidi fazer esse música que conta a história de uma mulher que destrói o desfile da escola de samba do coração.

Em abril deste ano, você lançou o clipe de Cinema Big Butts, junção de Cinema Americano com Baby Got Back (Sir Mix a Lot), com direção de Gringo Cardia. Como surgiu a ideia?

Quando eu morei nos EUA, na época da minha adolescência, eu adorava esse rap e colocava várias vezes ele para tocar, tirando sua letra. Depois que lancei o meu segundo disco, quando eu já estava na estrada com a turnê, por acaso durante o ensaio da música Cinema Americano eu puxei o rap sem querer. Eu não estava pensando nisso e a banda veio atrás. Só que acabou ficando muito legal e resolvemos colocar no show que fiz aqui no Rio de Janeiro, no Studio RJ, e o público foi bem receptivo. E quando chegou a hora de gravar o clipe, que seria o meu primeiro, não pensei em outra coisa a não ser essa mistura do Cinema Brasileiro com o Cinema Big Butts.

Em agosto você vai gravar seu DVD em Curitiba. O que o público pode esperar dele? Já tem alguma novidade? Terá participações especiais?

Ou em agosto ou setembro. Ainda não decidi as participações. Mas esse DVD será uma mistura dos meus dois discos e um fechamento de um ciclo para mim. A música Até Pensei, do Chico, e Cama e Mesa, do Erasmo Carlos, com certeza estarão no repertório.

Há planos para o próximo disco? Quais e para quando?

Já estou compondo faz um tempo e não estou partindo de nenhum objetivo. Vou deixar rolar.

O que você conhece da música pernambucana?

Conheço muito! As pessoas que mais admiro são pernambucanas, como Otto, Lula Queiroga e a Karina Buhr.

Serviço

Show ôÔÔôôÔôÔ

Terça (23) l 20h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República)

R$ 20 (inteira) l R$ 10 (meia)

Um grupo com aproximadamente 1,5 mil manifestantes, segundo agentes de trânsito, realizaram uma passeata pela área central de Curitiba na manhã deste sábado. A caminhada de 1,5 quilômetros partiu da Boca Maldita até a Praça Santos Andrade, onde o grupo concentrou-se em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR). O grupo é ligado a centrais sindicais, partidos e movimentos sociais. A caminhada foi convocada durante a semana por 60 centrais, incluindo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e os protestos tiveram desde críticas ao governo da presidente Dilma Roussef até manifestação contra discriminação a homossexuais.

O diretor da Associação dos Professores do Paraná (APP-PR), Luiz Paixão, disse que o governo federal tem desrespeitado alguns compromissos, principalmente na área da educação e da distribuição de terras. "Queremos ao menos 10% do nosso PIB investido em educação, na valorização do trabalhador da educação, assim como as regularizações das terras indígenas e quilombolas", reclamou.

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O preço da tarifa de ônibus, cuja CPI para tratar o assunto foi instalada na Câmara de Vereadores da capital paranaense nesta semana, também foi alvo de críticas. Para o professor de Economia da UFPR, Lafaiete Ramos, ela deveria custar R$ 2,40 ao invés dos R$ 2,70 que serão praticados a partir do dia 1º. "Esse seria o preço justo, pois as planilhas das empresas não contemplam algumas reduções que podem ser feitas".

MST

Um grupo de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocupou na manhã deste sábado três praças de pedágios em solidariedade aos protestos ocorridos no Paraná. As praças ocupadas estão localizadas nas rodovias PR-369, entre Rolândia e Arapongas; na PR-317, em Floresta, e na PR-376, em Mandaguari. O MST pede também a agilização no processo de reforma agrária e a redução dos valores dos preços dos pedágios. Assim como em Curitiba, a Polícia não registrou ocorrências.

A população de Curitiba ignorou a chuva que caiu sobre a cidade durante toda a sexta-feira e voltou às ruas para protestar, dessa vez, em um número superior à manifestação de quinta-feira, 20. Desde as 18 horas, milhares de pessoas - duas mil segundo dados da PM às 19 horas, e aproximadamente dez mil conforme agentes da Secretaria de Trânsito que orientavam o tráfego - saíram em passeatas pelas ruas centrais de forma pacífica.

Os manifestantes se dividiram em blocos, todos sem identificações partidárias, e seguiram da Praça Rui Barbosa, maior terminal urbano da capital, para a Avenida Sete de Setembro, onde ficam as canaletas do ônibus expresso. De lá foram em direção à Praça do Japão e à sede da URBS, autarquia que controla o sistema de transportes da cidade. Até as 20 horas, outro grupo, com cerca de duas mil pessoas permanecia no terminal e ainda não havia decidido o itinerário.

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A passeata desta sexta-feira, chamada de "Farofada do Transporte Coletivo" pelas redes sociais, estava marcada há duas semanas, mas foi precedida por outras três manifestações. Por conta disso, a pauta foi ampliada e deixou de discutir apenas o preço das passagens de ônibus, reduzida nesta semana de R$ 2,85 para R$ 2,70.

Segundo Janete Araújo, que estava acompanhada das filhas, estava na hora de todas as pessoas mostrarem à classe política o descontentamento geral. "Não é só o transporte que está em questão, mas a má qualidade da saúde, da educação, e outras coisas que precisam ser revistas e que possam melhorar todas as condições da população", disse. "Queremos que o resultado dessas manifestações apareça nas próximas eleições e que tenhamos pessoas que trabalhem pelo povo", afirmou.

Para José Martins da Silva, a situação chegou ao limite. "Não dá mais para conviver com essa taxa alta de impostos e ao mesmo tempo vermos a má aplicação desses recursos que os governantes não levam ao povo. Tenho a certeza de que a partir de agora os políticos vão prestar mais atenção na população, estava na hora de mudar isso tudo", reclamou.

Em sua opinião a redução da tarifa e também a retirada de pauta da votação da PEC 37 mostram que as coisas se tornam possíveis com a pressão popular. "Como uma coisa que não podia acontecer de uma hora para outra muda e acontece? Isso é por causa da nossa força, da pressão popular", concluiu.

Nem a chuva que caiu durante toda a quinta-feira em Curitiba (PR) e a redução em 15 centavos na tarifa, feita pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) (de R$ 2,85 para R$ 2,70), evitaram que um grupo de aproximadamente três mil manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar divulgado às 19h15, fizessem uma passeata pelas ruas centrais da cidade em protesto contra a corrupção política, o preços das tarifas do transporte público, a falta de transparência da URBS, autarquia que gerencia o transporte na Capital; além da PEC 37. Os grupos caminharam em direção à Prefeitura.

O grupo partiu da Boca Maldita, mas em seguida se dividiu. Uma ala portava bandeiras de partidos políticos e movimentos diversos. Para esta sexta-feira, 21, está prevista uma nova manifestação, às 18 horas, com saída da Praça Rui Barbosa, o maior terminal urbano da cidade. Sem um itinerário divulgado, os dois grupos seguiram em direção à Prefeitura. A PM e a Guarda Municipal não acompanharam os manifestantes, mas mantinham agentes infiltrados, segundo o comando da corporação.

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O aposentado Jorge Silva, de 71 anos, vestia uma camisa da seleção brasileira com a inscrição "O Petróleo é Nosso" e criticava o preço abusivo dos combustíveis. "Nós temos o petróleo, ele é nosso, mas a Petrobras faz investimentos lá fora e, aqui, onde poderia abrir mão de alguns tributos, cobra caro de todos. Além disso, não é possível um empresário ter lucro de 25% a 30% cobrando esses preços nos ônibus", disse, referindo-se aos preços das passagens.

Para Rosiane Valença, o momento de protesto provoca emoção. "Mesmo com todo o frio (a temperatura estava em 12 graus) saí de casa para protestar, e não é somente contra a tarifa, mas sim contra toda a corrupção praticada por nossos políticos, a impunidade, essas coisas que estamos aguentando. A tarifa foi a gota d' água", reclamou.

Durante a passeata vários cartazes faziam alusões à Copa do Mundo. Em um deles lia-se "Queremos um Brasil com padrão Fifa". Durante a caminhada a presidente Dilma Rousseff também foi lembrada com músicas como "Dilma que papelão, Feliciano ainda está na comissão", além de outras canções dirigidas a políticos.

A redução do valor da passagem em Curitiba terá validade a partir do dia 1º de julho, mas os coletivos que circulam aos domingos eles continuam com a tarifa de R$ 1,50, 50% mais cara que o R$ 1,00 cobrado até março.

Um grupo de aproximadamente 5 mil manifestantes, segundo cálculos da Polícia Militar, iniciou às 18 horas desta segunda-feira, 17, uma passeata pelas ruas centrais de Curitiba (PR) contra os reajustes das tarifas de ônibus que passaram de R$ 2,60 para R$ 2,85 nos dias comuns e de R$ 1,00 para R$ 1,50 aos domingos.

A pauta das manifestações, porém, foi estendida contra ações da Prefeitura e a corrupção. Os manifestantes querem a abertura das contas da URBS, autarquia responsável pelo trânsito de Curitiba, e também transparência nos repasses de subsídios, números que não têm sido revelados pelos governos municipais. Além de Curitiba, as cidades de Londrina, Ponta Grossa e Cascavel também promoveram manifestações.

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O protesto desta segunda, marcado pelas redes sociais, é a terceira manifestação que ocorre na capital paranaense. Na semana passada reuniu cerca de 600 pessoas. Além dessa manifestação estão previstas outras nos dias 20 e 21.

A caminhada teve início na Boca Maldita, seguiu pela Rua Emiliano Perneta e às 19h o grupo estava ao redor da Praça Rui Barbosa, o maior terminal de ônibus da capital. Mesmo com alguns motoristas irritados por causa do tráfego, a manifestação seguiu pacífica e tinha o acompanhamento de apenas uma viatura policial.

O comandante da Guarda Municipal, Cláudio Carvalho, informou que não haveria problemas entre a Guarda e os manifestantes. "O que aconteceu em São Paulo e no Rio de Janeiro foi atípico, principalmente pelas provocações que aconteceram".

Durante a tarde os manifestantes se reuniram com representantes da Prefeitura e da Polícia Militar. Após a reunião, não falaram com a imprensa e nem detalharam o percurso a ser percorrido.

As idas e vindas das críticas entre oposição e governo já iniciaram mesmo meses antes das eleições em 2014. Durante evento em comemoração aos 10 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) à frente do governo federal realizado nessa quinta-feira (13), em Curitiba, o presidente da sigla, Rui Falcão, disparou um discurso forte e desafiador para o próprio PT dizendo que é preciso “travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos”.

A festividade faz parte da programação do PT e recebeu o nome de “O Decênio que mudou o Brasil”. Desde o início do ano membros da sigla circulam pelas principais capitais do país em celebração de uma década da gestão da legenda. No evento dessa quinta-feira, também estiveram presentes o ex-presidente Lula (PT) e a atual administradora da nação brasileira, Dilma Rousseff (PT).

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No site oficial do partido foi divulgado o discurso na íntegra de Rui Falcão, proferido nessa noite. Na fala do presidente ele ataca o que chama de ‘terrorismo eleitoral’. “(...) Basta acompanhar com atenção o que se veicula diariamente, para confirmar a nossa advertência. Não falamos de fantasmas, nem de qualquer teoria conspiratória. Só não vê quem não quer: está em curso no País um deliberado movimento, passadista, inconformado, solerte, cuja intenção é a de criar – no povo que eles imaginam desavisado – um clima de insatisfação, insegurança, desconfiança e pessimismo”, avalia Falcão.

Seguindo sua fala, o petista demonstrou confiança em ver o PT administrando o país. “Estou confiante em que, mais uma vez, a nossa gente irá trilhar o caminho que o Brasil vem percorrendo com sucesso nos últimos dez anos. O caminho do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão sócia”, ressaltou.

Sem citar nomes ou partidos, Rui Falcão disse ainda ser necessário derrotar os ‘agourentos’. “É fundamental agora, travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico – esta barulhenta torcida do contra, cujo coro ortodoxo vocaliza tons numa escala que vai de um ex-presidente da República até uma desmoralizada agência de avaliação de risco e suas notas fajutas”, soltou.

Antes de finalizar o discurso, o presidente nacional do PT se referiu ao senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) e sua veiculação na TV. “Em recente programa de TV de seu partido, um de nossos futuros oponentes, em tom de campanha eleitoral, propôs juros mais elevados e o corte de gastos públicos. Traduzindo o economês do candidato — cuja concepção mescla ideias de garças e tucanos — as medidas sugeridas podem afundar novamente o Brasil numa recessão. Semelhante àquela de 2002, quando o Brasil só não quebrou porque o presidente Lula, eleito em novembro daquele ano, afiançou junto ao FMI as dívidas que herdara”, criticou Falcão.

Giro pelo Brasil - Curitiba foi à quinta cidade a receber o seminário, depois de São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre. Até o final do ano serão realizados 10 encontros em todas as regiões do país. Para Recife, segundo o deputado federal João Paulo, a perspectiva é que aconteça em Julho e possivelmente terá a presença de Lula.

 

A segunda edição do TNT, competição de Latte Art entre os baristas e apreciadores de café locais, acontece dia 24 de abril, às 19h30, na Estação 4 Cantos Galeria & Café, em Olinda. O evento cria cappuccinos feitos à moda italiana, com desenhos como coração ou tulipa/roseta, que serão escolhidos pelos próprios clientes que estiverem na cafeteria e que irão levar em consideração a beleza das bebidas. Além disso, no final da apresentação de cada competidor, todas as iguarias serão servidas gratuitamente ao público presente no local.

Os interessados a participarem da disputa precisam pagar uma taxa de R$ 10 de inscrição. O montante arrecadado será o prêmio do campeão.

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Na primeira edição, 12 competidores participaram representando as cafeterias São Braz, Ocean Drive, Blend´s e a Dalena, que além de sediar o primeiro evento em sua unidade de Boa Viagem, teve seu barista Paulo Cézar, como ganhador.

O TNT nasceu em 2008 quando Ben Helfen juntou-se a M’lissa Owens, ambos de cafeterias diferentes, para treinarem para o campeonato mundial de latte-art. O barista Richard Kumagai foi o responsável em trazer o evento para o Brasil alastrando, além de Recife, para Salvador, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Natal e Porto Alegre.

Serviço

II edição do TNT

Dia 24 de abril, às 19h30

Estação 4 Cantos Galeria & Café (Rua Prudente de Moraes, 440 – Olinda)

(81) 3429 7575 

O projeto musical Chorando Jazz, que chega à capital pernambucana nesta sexta (05), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, apresenta um repertório marcado pelo diálogo entre o universo erudito, as dissonâncias do jazz e a elegância do choro com a saxofonista mineira Maria Bragança. Criado pela musicista, o projeto reverencia grandes mestres como Bach, Astor Piazzolla, Radamés Gnatalli e Darius Milhaud.

Além da saxofonista, a pianista Maria Teresa Madeira e o contrabaixista Omar Cavalheiro se juntam para representar a pluralidade musical. O Chorando Jazz, que já passou pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, chega ao Recife pela primeira vez, com entrada gratuita. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro a partir das 18h, e cada pessoa terá direito a duas senhas.

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Serviço

Projeto Chorando Jazz 

Sexta (05), às 20h

Teatro Santa Isabel (Praça da República, Santo Antônio)

Gratuito

"Vai parecer meio bobo o que vou dizer", ressalva Marcos Caruso, antes de começar a falar. Ele responde a perguntas que dão conta de sua trajetória profissional: a história de quem, há 40 anos, trocou o diploma da Faculdade de Direito do Largo São Francisco pelos palcos.

Mas, afinal, como dar conta de décadas em palavras? "Se tivesse que resumir tudo isso eu diria o seguinte: o teatro é a minha praia. Eu posso pegar uma onda na televisão, no cinema, como autor de novelas. Mas, depois que essas ondas todas passam, o lugar para onde eu volto, onde finco a minha prancha e coloco os meus pés na areia é nessa praia", comenta o ator. "Não saio dessa praia porque a fiz um lugar enorme, em que atuo, escrevo, dirijo. É nela que eu faço os meus túneis. Nela que construo e destruo os meus castelos de areia. Minha vida nesses 40 anos? Foi basicamente e absolutamente o teatro."

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Marcos Caruso está sentado no foyer do Teatro Guaíra. Veio para a capital paranaense apresentar "Em Nome do Jogo", espetáculo selecionado para a mostra oficial do Festival de Curitiba e que abre temporada quinta-feira, em São Paulo.

Escrito em 1970, o texto de Anthony Shaffer é uma peça policial que estreou em Londres. Dois anos depois, chegou à Broadway e aos cinemas, dando origem ao filme estrelado por Laurence Olivier e Michael Caine. No Brasil, o título ("Sleuth", no original) também já embasou montagens renomadas: Antunes Filho dirigiu uma versão com Ney Latorraca, em São Paulo. No Rio, o público acompanhava Paulo Gracindo e Gracindo Jr. nos papéis principais.

Com a estrutura intrincada própria dos romances policiais, a obra retrata o perigoso jogo estabelecido entre o reconhecido escritor Andrew Wyke (Marcos Caruso), e o amante de sua mulher, Milo Tindolini (Erom Cordeiro). A proposta que Milo recebe é estranha: deve roubar as joias de seu antagonista para que ele receba o seguro. Como prêmio, leva a mulher de Andrew, Marguerite, e uma quantidade de dinheiro mais do que suficiente para bancar seus luxos e extravagâncias. "Milo vem para resolver a sua situação e acaba envolvido nesse jogo. É humilhado. Mas, depois, volta para dar o troco, duelar com as mesmas armas do outro", comenta Erom Cordeiro sobre o seu personagem.

Para livrar-se dos anglicismos e de todas as referências que pudessem soar desnecessárias, Caruso assina, ao lado do diretor Gustavo Paso, uma adaptação do texto. "Mas nunca poderia imaginar que uma história como essa faria sucesso hoje", comenta o ator. "Primeiro, porque não temos a tradição do teatro policial no Brasil. Depois, porque vivemos em uma época de imagens. Hoje, o que se vê é sempre mais importante do que o que é dito."

Caruso tornou-se notório por sua habilidade com papéis e tramas cômicas. Começou no engajado Teatro Popular União e Olho Vivo, em 1973. Em 1985, estreou, em parceria com Jandira Martini, "Sua Excelência, o Candidato". "Porca Miséria", "Operação Abafa", "Jogo de Cintura": por todos esses títulos Caruso alcançou reconhecimento como autor. Nenhum deles, porém, teve a repercussão ou a lucratividade de "Trair e Coçar, É Só Começar". "Matematicamente programada para fazer o público rir de 30 em 30 segundos", a peça segue em cartaz há 27 anos. Caso único na história do teatro nacional. E difícil de conceber em uma época em que as temporadas se tornam cada vez mais curtas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

EM NOME DO JOGO

Teatro Jaraguá (R. Martins Fontes, 71). Tel. (011) 3255-4380. 6ª., 21h30. Sáb., 21 h, dom., 18 h. De R$ 70 a 30. Até 30/6. Estreia 4/4.

Criar um espetáculo que tivesse a "cara de São Paulo": foi esse o convite que Hugo Possolo recebeu da organização do Festival de Curitiba e do Itaú Cultural. Mas o que, afinal, poderia representar a cidade tão multifacetada? "Depois de quebrar a cabeça um pouco percebi que só poderia ser o Angeli", diz o diretor. "Essa conexão com a realidade que ele nos oferece diariamente pelo jornal com suas obras."

Em "Parlapatões Revistam Angeli" - que tinha sua estreia nacional programada para esta quarta-feira na capital paranaense e depois segue para São Paulo -, Possolo alinhava a união entre sua companhia de comediantes, as criações do cartunista e a música de Branco Mello. Para a montagem, o titã criou uma trilha que inclui três canções originais. Todas em ritmo de rock pesado, tentativa de sublinhar o espírito de contestação que permeia as tiras de Angeli.

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"Não dava para fazer um musical clássico, com a gente cantando e dançando, tinha de ter a atitude do rock’n’roll", pontua o encenador, que assina as letras das músicas e também está presente em cena, ao lado de Raul Barreto, Paula Cohen, Rodrigo Mangal e Hélio Pottes.

Ainda que Angeli tenha aceitado rapidamente participar do projeto, os Parlapatões precisaram correr contra o relógio para levantar a criação em menos de dois meses. "A direção do Festival nos disse que poderia ser só uma leitura. Mas fui visitar o ateliê do Angeli, ele me mostrou os originais. Me apaixonei de tal maneira que não teve jeito", revela Possolo, após um ensaio em que tentava ajustar incontáveis "últimos detalhes" antes da estreia.

No lugar de uma simples leitura, o grupo de palhaços paulistanos concebeu uma encenação com cadência acelerada e dezenas de trocas de luz e figurinos. Uma sucessão de quadros curtos por onde desfilam os personagens do cartunista da Folha de S.Paulo. "Lembra o que fizemos em PPP@WllShkspr.br, só que na época tivemos muito tempo de ensaio até chegar naquele resultado", considera o diretor.

Outra referência estética é o teatro de revista. O gênero tradicional da dramaturgia brasileira é composto por esquetes cômicos musicais. Também se caracteriza pelos comentários satíricos que faz a episódios políticos e sociais da época. E como não poderia deixar de ser, Possolo convoca à cena algumas das figuras mais emblemáticas do artista, entre elas, Rê Bordosa, Bob Cuspe e Os Escrotinhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARLAPATÕES REVISTAM ANGELI

Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº). Tel. (011) 3629-1075. Dias 12 e 13/4, 21 h. R$ 20.

O Ministério Público do Paraná pediu novo inquérito policial para investigar se a antiga diretoria do Hospital Evangélico, em Curitiba, participou da morte de pacientes na UTI. A médica Virgínia Soares de Souza é acusada de antecipar a morte de sete pacientes quando dirigia a UTI, entre 2006 e este ano. Mais sete profissionais também são suspeitos de ajudar a médica. Todos os acusados negam as denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Paraná protocolou no final da tarde desta segunda-feira na 2ª Vara do Tribunal de Júri o recurso que pede uma nova prisão da médica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico, em Curitiba, Virgínia Soares de Souza, 56, libertada no último dia 20, após ficar detida por um mês no Centro de Triagem I, na capital paranaense. A defesa terá dois dias para apresentar sua posição antes do julgamento do recurso.

O MP alega que a médica Virgínia é acusada de comandar uma quadrilha na UTI e também de coagir testemunhas e, nesse caso, deveria ser mantida presa. Virgínia e outras sete pessoas são suspeitas de terem assassinado, por meio de um coquetel de medicamentos aliado a procedimentos nos equipamentos de respiração, sete pessoas internadas na UTI entre 2006 e 2013.

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Além dos sete óbitos relatados no inquérito, outras 21 mortes estão sendo investigadas e há, na opinião do MP, indícios de participações do grupo nessas mortes. Um grupo de auditores ligado ao Ministério da Saúde analisa 1.730 prontuários desse período (2006-2013) e acredita que o número de mortes pode ser maior.

Segundo o promotor Paulo Lima, a medida foi tomada pelas circunstâncias do processo. "A médica Virgínia tem uma certa influência e as pessoas se sentem constrangidas, além do que se acusa que havia uma quadrilha na UTI, em ações que não se explicam pelos prontuários", diz.

Segundo o advogado de defesa Elias Mattar Assad, "ela está em casa, reclusa, e a meu pedido não tem saído para nada, nem para ir ao supermercado. Ela não fala com outras pessoas que não sejam familiares. Além disso, estão fazendo um cálculo de perigo abstrato. Quem está sendo ameaçado, constrangido, que testemunha é essa?". As denúncias contra Virgínia tiveram início em março do ano passado, por meio de telefonemas anônimos para a Ouvidoria estadual. Elas foram repassadas ao Núcleo de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Nucrisa) e resultou na prisão da médica em fevereiro.

Além de Virgínia, também foram denunciados por homicídio os médicos Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva Júnior e Anderson de Freitas; e as enfermeiras Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro e Laís da Rosa Groff.

A fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes foram denunciados pelo crime de formação de quadrilha, mas não foram detidos. A denúncia foi apresentada no dia 11 de março.

Veio a maioridade. E o Festival de Curitiba cresceu. Em sua 22ª edição, o evento que começa nesta terça-feira (26) exibe uma programação cunhada nos mesmos moldes dos anos anteriores: traz obras de dramaturgia nacional, foca na fusão de linguagens, reserva lugar para alguns experimentos e elege uma boa parcela de títulos atraentes para o grande público. A equipe de curadores, Celso Curi, Lucia Camargo e Thania Brandão, também se mantém intacta há cinco anos. "A receita é a mesma", garante Leandro Knolpfholz, diretor do Festival. Mas o resultado, de alguma forma, é diferente.

Neste ano, os antes onipresentes musicais à maneira da Broadway saíram de cena. Criações de médio porte que se destacaram na última temporada angariaram espaço considerável. A presença de títulos internacionais cresceu. Também chegou a tão ansiada rotatividade: não se vê mais a oferta viciada que manteve os mesmos grupos e diretores por anos na grade.

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No entanto, o sinal mais contundente de que essa edição pode se distinguir está no fato de a mostra ter deixado a posição passiva de apenas amealhar o que se faz no País e passar a atuar como coprodutora. São quatro as montagens nas quais o festival investiu de maneira direta: Homem Vertente, espetáculo em parceria com a companhia argentina Ojalá, Música em Cena, da cantora Cida Moreira, além das peças Parlapatões Revisitam Angeli e Cine Monstro Versão 1.0, de Enrique Diaz. "A intenção é viabilizar propostas que não poderiam estar no festival de outra maneira", aponta Knolpfholz. "Alguns são espetáculos que não ficariam prontos a tempo se a gente não desse um empurrão. Outros são desafios, ideias que a gente propôs. Não temos a pretensão de mudar os rumos das coisas, mas queríamos experimentar interferir na produção, como outros grandes festivais do mundo costumam fazer."

Até o dia 7 de abril, a capital paranaense recebe 32 espetáculos selecionados para o festival, nove deles estreias nacionais. A quantidade é equivalente a de outras edições. Porém, alguns recortes propostos pela curadoria também ajudaram a mudar as feições do evento. Um mesmo texto será apresentado em duas versões: The Pillowman, de São Paulo, e O Homem Travesseiro, do Rio, partem ambos da obra do inglês Martin McDonagh.

Outra mudança a ser comemorada: a lacuna deixada pelos grandes musicais foi ocupada por produções, de diferentes estilos e origens, que utilizam a música em sua concepção. "São criações em que a música não é utilizada apenas como pano de fundo, mas como protagonista da cena", diz o diretor do festival. Ele se refere a espetáculos como Os Bem-Intencionados - em que o grupo Lume, de Campinas, abandona momentaneamente seu olhar para o trabalho corporal para se lançar em uma proposta que valoriza a dramaturgia e, nessa esteira, uma série de canções. Também despontam nesse contexto peças como Gonzagão - A Lenda e Pansori Brecht, uma releitura rock do clássico Mãe Coragem, vinda da Coreia. "Essa utilização diferente da música não acontecia apenas aqui, mas em outros lugares do mundo."

A programação paralela do Festival costuma despertar tanta atenção quanto a lista de eleitos pela curadoria. Apesar disso, os problemas que atingem essa parcela do evento parecem longe de encontrar uma solução. Inspirado pelo Festival de Edimburgo, o Fringe de Curitiba é um espaço sem seleção, livre para quem quiser participar. Em 2013, a cidade verá 376 peças inscritas nessa categoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Paraná deve recorrer nos próximos dias da decisão do juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal de Júri, que decidiu pela liberação da médica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico, em Curitiba, Virgínia Soares de Souza, 56, na tarde de quarta-feira (20). O MP teve a confirmação da decisão da Justiça na tarde desta quinta-feira (21) e terá cinco dias para tentar reverter a situação.

Virgínia ficou presa desde o dia 19 de fevereiro, no Centro de Triagem, acusada de duplo homicídio qualificado e formação de quadrilha. Além dela, outras quatro, de mais sete pessoas indiciadas, também estiveram presas, mas já estão soltas. O grupo é suspeito de antecipar sete mortes de pacientes da UTI entre 2006 e fevereiro deste ano.

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O advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, disse que, ao tentar mudar a decisão da Justiça, o MP tenta um "habeas corpus" ao contrário. "O MP está pensando uma espécie de habeas corpus às avessas, invertendo uma situação, isso não existe", disse. Segundo ele, o despacho do juiz Avelar tem 14 páginas e está fundamentado. "Não foi uma decisão monossilábica, ele pondera ponto a ponto, onde esclarece sobre a necessidade ou não de mantê-la presa", falou. Assad também questionou a postura do MP em relação à sua cliente. "Se há mais envolvidos, por que o Ministério Público também não pensou em recorrer quando as outras pessoas foram soltas?"

Além da médica Virgínia, o MP também denunciou por homicídio qualificado e formação de quadrilha os médicos Edison Anselmo da Silva Júnior, Maria Israela Cortez Boccato e Anderson de Freitas; e as enfermeiras Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro e Laís da Rosa Groff. A fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes não foram presos, mas estão indiciados por formação de quadrilha.

A médica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico, em Curitiba, Virgínia Soares de Souza, 56, deixou o Centro de Triagem I, na capital paranaense, às 16 horas desta quarta-feira. O juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal de Júri, atendeu ao pedido de "habeas corpus" da defesa e determinou sua liberação. Ela e o advogado de defesa, Elias Mattar Assad, deixaram a instituição sem falar com a imprensa.

Virgínia estava detida de forma temporária desde o dia 19 de fevereiro, mas em seguida sua prisão passou a ser "preventiva". Ela é acusada de homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha em conjunto com mais sete médicos e enfermeiros (todos em liberdade).

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Em denúncia do Ministério Público apresentada à Justiça na última semana, eles são acusados de envolvimento nas mortes de sete pessoas que estavam na UTI, além de serem suspeitos de outras 21 mortes.

A 2.ª Vara do Tribunal do Júri em Curitiba acatou nesta sexta-feira a denúncia do Ministério Público do Paraná contra a médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico Virgínia Soares de Souza e mais sete pessoas. Eles são acusados de homicídio qualificado e formação de quadrilha pela suspeita de terem matado sete pacientes na UTI entre 2006 e este ano. Todos negam a denúncia.

O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Alencar também emitiu alvará de soltura para quatro presos que estavam sob prisão temporária, com exceção de Virgínia, que desde 19 de fevereiro permanece sob prisão preventiva no Centro de Triagem. Na próxima semana, a Justiça vai julgar pedido de habeas corpus para a médica.

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Os médicos Anderson de Freitas, Edson Anselmo da Silva e Maria Israela Bocato, além da enfermeira Laís da Rosa Groff (acusados de dois homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha), foram liberados. A denúncia também atinge a enfermeira Patrícia Cristina de Gouveia Ribeiro (acusada por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha), a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes, acusados de formação de quadrilha. Eles não foram presos.

Além da sete mortes investigadas, a polícia ainda investiga mais 21 mortes suspeitas na UTI. Além dos médicos envolvidos, também está na mira da Justiça outros profissionais que atuaram no setor sob a coordenação da médica Virgínia.

O Ministério Público do Estado do Paraná protocolou, no início da tarde desta segunda-feira (11), denúncia contra a médica Virgínia Soares de Souza, presa desde o dia 19 de fevereiro. Ela foi acusada de apressar a morte de sete pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, no Paraná, para liberar leitos.

A médica foi acusada por sete homicídios duplamente qualificados (motivo torpe e por uso de meios que dificultaram a defesa do paciente) e por formação de quadrilha. Outras sete pessoas também foram denunciadas pelo MP: os médicos Anderson de Freitas (dois homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha), Edison Anselmo da Silva Junior e Maria Israela Cortez Boccato (um homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha); as enfermeiras Laís da Rosa Groff e Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro (um homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha); e a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes (formação de quadrilha).

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"Do que foi possível levantar, chegamos à conclusão de que existia uma verdadeira quadrilha, no sentido de matar pacientes ali internados", informou à Agência Estado a promotora de Justiça Fernanda Nagl Garcez, uma das autoras da denúncia.

O MP entendeu que, seguindo as orientações de Virgínia, os médicos denunciados prescreviam medicamentos bloqueadores neuromusculares, empregados usualmente para otimização de ventilação artificial. Em seguida, os enfermeiros, "ou às vezes os próprios médicos denunciados", rebaixavam os parâmetros ventilatórios dos pacientes, que estavam dependentes de ventilação mecânica, causando morte por asfixia.

"O que conseguimos compreender é que essas pessoas receberam um medicamento (Pavulon), que é um bloqueador muscular necessário quando há paralisia dos músculos no pulmão, para os aparelhos (de ventilação mecânica) funcionarem", afirmou Fernanda. Segundo a promotora, no entanto, a aplicação dos remédios requereria que a ventilação mecânica fosse intensificada, mas os denunciados procederiam diminuindo os padrões dos mesmos. "Em quase todos (os casos) não havia uma indicação terapêutica nos prontuários para que (o paciente) recebesse o Pavulon. Ele precisaria da otimização do respirador, mas os parâmetros eram reduzidos", continua a promotora.

Ela afirma que a acusação se baseia nos "prontuários comprovando a aplicação do Pavulon e em testemunhas que viram a redução dos respiradores." "Além da aplicação do Pavulon, há a interceptação telefônica da médica (Virgínia Soares), mandando o paciente 'ir embora'".

A reportagem tentou contato com o advogado de Virgínia Soares de Souza, Elias Mattar Assad, mas até as 17 horas desta segunda-feira ele não respondeu.

A defesa de Virgínia alega que as investigações contêm uma série de falhas. Para o advogado Elias Mattar, a principal delas é a falta de materialidade ao inquérito. "Não provaram o essencial: a existência de fato criminoso e sua materialidade", disse na quinta-feira (07), segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

No domingo (10), em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, Virgínia negou as acusações. "Nunca fui negligente. Nada mais fiz do que exercer, com respeito aos pacientes, a medicina extensiva", disse. Virgínia afirmou que as testemunhas que a delataram não conhecem a rotina médica e sugeriu que é vítima de vingança de funcionários que foram demitidos.

 

A médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba (PR), Virgínia Soares de Souza, 56, seria trocada por outro profissional intensivista algumas semanas antes de ser presa, dia 19 de fevereiro, sob a acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha, por supostas antecipações de mortes de pacientes do setor, ao qual ela coordenava desde 2006.

A afirmação foi feita pelo presidente da Sociedade Evangélica Beneficente, mantenedora do hospital, João Jaime Ferreira, durante evento de reabertura da UTI, fechada havia 15 dias. "Nós pensávamos nisso (troca) por causa do modo dela. Havia essa intenção", disse. Virgínia era conhecida por amigos e funcionários pelo seu "temperamento forte". A médica, que estava na Penitenciária Feminina, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, foi transferida para o Centro de Triagem, na capital, para ficar em uma cela especial.

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A nova equipe da UTI será coordenada pelos médicos Hipólito Carraro Júnior e Marcelo Oliveira Santos; terá 10 leitos e conta com 15 médicos, 41 profissionais de enfermagem e mais quatro profissionais de apoio (serviços gerais). Além disso, elas deixam de se chamar UTIs Geral e Cirúrgica e passam a ser chamadas de UTI's 1, 2 e 3. No total serão disponibilizados 30 leitos.

"Formamos essa equipe com médicos reconhecidos por seus trabalhos, pessoas muito boas. Já vínhamos fazendo algumas tratativas com o doutor Hipólito, por exemplo, desde o ano passado", disse Ferreira.

Com relação aos 47 profissionais que atuavam sob a coordenação de Virgínia, alguns foram remanejados e outros saíram de férias.

O inquérito contra a médica terá um parecer do Ministério Público na próxima segunda-feira (11), quando o MP irá se pronunciar se ofertará denúncia contra Virgínia, pedirá novas diligências ou arquivará o caso.

Já o retorno de Virgínia para uma cela especial atende um pedido do advogado de defesa Elias Mattar Assad. "Não é um demônio que defendo e sim uma mulher brasileira que a Constituição Federal manda presumir inocente, até julgamento final", disse. Segundo ele, a médica permaneceu em celas comuns nos últimos dias, o que contrariava a lei.

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral do Hospital Evangélico de Curitiba, fechada desde 23 de fevereiro, quando se tornaram públicas as investigações que apuram mortes de pacientes no local, foi reaberta nesta sexta-feira.

De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, 15 médicos, 41 profissionais de enfermagem entre técnicos e enfermeiros e 4 profissionais de apoio - serviços gerais e auxiliar de enfermagem - vão atuar na nova equipe da UTI, sob a coordenação dos médicos Hipólito Carraro Júnior e Marcelo Oliveira Santos.

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A ex-chefe do setor Virgínia Soares de Souza foi presa em 19 de fevereiro sob a acusação de homicídio qualificado e formação de quadrilha. Ela chefiava a UTI desde 2006 e é suspeita de antecipar a morte de pacientes. Além de Virgínia, os médicos Edson Anselmo, Anderson de Freitas e Lais Groff e a enfermeira Maria Israela Bocato também estão presos. Já a médica Krissia Wallbach foi indiciada, mas permanece em liberdade.

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