Tópicos | descrença

Quando se trata de falar sobre políticos, o cenário é de muito pessimismo e desgosto de forma geral entre os recifenses. O LeiaJá foi às ruas do Centro da capital pernambucana perguntar a opinião do povo em relação à classe política e quase com unanimidade as pessoas responderam com ceticismo e com falta de perspectiva de um Brasil no qual haja políticos éticos e preocupados com o povo. 

Em sua maioria, a resposta foi a mesma ao falar sobre os políticos: “Pedem votos, mas não cumprem as promessas”, “Só pensam em benefício próprio”, “Não ajudam as pessoas” foram algumas das declarações dos entrevistados marcadas por desabafos. Apesar disso, alguns eleitores acreditam que, caso as mulheres consigam ocupar o poder, é possível melhorar um pouco a situação. “Mulheres são menos corruptas”, disse um cidadão.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Assim como já confirmado por um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o povo continua a preferir o político que “rouba, mas faz”. Nesse contexto, ao LeiaJá muitos dos entrevistados citaram o nome do ex-presidente Lula como uma pessoa que fez algo, independente de ter sido corrupto ou não. “Não sei se vou votar este ano em algum político. Eu não sei se Lula roubou, eu não sei se ele deixou de roubar, mas meu voto foi para ele porque ele fez alguma coisa e até hoje se ele voltar para a política eu voto nele de novo”, disse o vendedor Robson Américo, 38 anos. 

Muitos pediram por uma oportunidade de melhorar de vida. “Queria um trabalho melhor porque a gente precisa. A gente trabalha na rua para não ficar em casa, mas a gente quer coisa melhor para a gente. Em tempo de voto eles não sabem bater na porta da gente, a gente dá o voto de bom coração e arruma até mais, mas está precisando é eles terem vergonha na cara e dar valor ao pobre porque pobre também é gente”, desabafou a recifense Elaine da Silva, 47 anos. 

 

O panorama corrobora um ranking elaborado, no ano passado, pelo Fórum Econômico Mundial que revela a descrença: o brasileiro é quem menos confia em seus políticos no mundo. No ano 2008, o Brasil estava na posição 122º entre 134 economias observadas. Em 2013, o país ficou na 136º de um total de 148 países avaliados. Em 2017, o Brasil ficou em último colocado. 

 

Para empresários e políticos pernambucanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (20), que não quer disputar o comando do Palácio do Planalto em 2018 para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), mas para “mudar o Brasil”. 

"Sempre me perguntam se sou candidato para evitar a vitória do Lula ou do Bolsonaro. Não. Quero ser candidato para mudar o Brasil. Sei que não é fácil, mas temos que trabalhar juntos. Fazer reformas macro”, frisou, depois de apresentar suas principais propostas, durante a palestra ‘Gestão pública e desafios do Brasil contemporâneo’, organizada pelo Lide Pernambuco e a Fiepe.

##RECOMENDA##

O tucano também criticou o modelo da legislação política no país, defendendo uma reforma política e defendeu o parlamentarismo. “O presidencialismo tem um problema que é a baixaria. Quem não se lembra da eleição americana entre Hilary e Trump? Qual campanha de mais baixo nível? Porque é um embate de personalidades. Diferente do parlamentarismo, um sistema superior, onde o embate é de partidos”, cravou.  “O lado positivo é que quem ganha vai ter mais de 60 milhões de votos. Há legitimidade. Então o primeiro ano é essencial para fazer as reformas macro”, completou. 

Analisando o cenário de descrença dos políticos brasileiros, Alckmin ponderou a necessidade de “falar a  verdade para as pessoas”. “O sofrimento da população nestes últimos anos exige mais experiência e boas práticas. Vamos fazer juntos um grande projeto… Tem maus médicos e não  é por isso que mataram a medicina, não é porque tem maus políticos que a política deve ser desvalorizada. Não é fácil ser político”, observou. 

Céticos com as manifestações, que por um período recente foram tidas como o meio mais viável de pressão popular com efeitos no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, 65,7% dos recifenses não pretendem participar dos próximos atos na capital pernambucana. O percentual foi obtido pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, a partir de um estudo sobre o engajamento da população nos protestos. Dos ouvidos pelo levantamento, 73,4% são favoráveis as mobilizações, mas 80,1% não participaram de nenhuma delas por apatia [22,7%], medo [17,5%] ou a consciência de que ‘não daria em nada’ [14,4%]. 

A sondagem, encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, registrou que  entre os 19,4% que saíram de casa para ir às ruas, 37% disseram que foram com o intuito de 'melhorar o país' e 31,1% para defender os direitos. Já sobre os atos que devem acontecer em breve na cidade, apenas 17,6% pretendem ir. 

##RECOMENDA##

Mesmo com a descrença dos entrevistados, o Instituto também questionou sobre quais motivos a população deveria ir às ruas. A sinalização positiva para itens como violência [87%], corrupção [84,9%], os políticos [84,1%], além das reformas trabalhista [84,1%] e previdenciária [83,7%] se sobressaiu diante da negativa.

Quer seja contra a corrupção ou contra o governo vigente, até 2016 as manifestações no Brasil arrastaram milhares de pessoas e apesar da conjuntura atualmente propícia para os atos no país, segundo o coordenador da pesquisa e cientista político Adriano Oliveira, “faltam instituições da sociedade que possam mover estes eleitores a irem às ruas”. 

“Para manifestações ocorrerem, o ambiente precisa estar propício. E ele está. Contudo, existem dois vetores que aumentam a possibilidade dos eleitores que desejam se manifestar irem às ruas. Primeiro, existência de instituições, como sindicatos e organizações da sociedade, que mobilizem e incentivem a participação do indivíduo. Segundo, um estrondo social, como as frequentes denúncias de corrupção contra o governo Dilma e a delação da JBS contra o governo Temer. Então, por que, neste instante, não ocorrem manifestações contra o presidente Temer? Simples: faltam instituições para mobilizar parte dos indivíduos que desejam ir às ruas contra o seu governo”, salientou.

A referência do estudioso ao presidente Michel Temer (PMDB) diz respeito também a um outro dado sugerido pela pesquisa onde 84% dos recifenses ouvidos dizem ser contra a manutenção do mandato do peemedebista, mas 60,3% não querem ir às ruas reivindicar sua saída. 

O cenário não é tão diferente quando o Instituto indaga a população quanto a época em que a Presidência era ocupada por Dilma Rousseff (PT). Apesar de 41,7% se colocarem favoráveis aos atos contra a petista, 91% não foram às manifestações enquanto 8,8% sim. Destes, a maioria [33,3%] justificou a participação pelo desejo de melhorar o país. 

Recifenses são contra ocupações

A análise do Instituto Uninassau apresenta ainda dados sobre a avaliação dos entrevistados quanto a alguns métodos adotados por manifestantes em atos recentes, a maioria deles encabeçados por movimentos alinhados à política de esquerda e contrários às ações da gestão de Michel Temer como centrais sindicais e o Movimento Sem Terra (MST).   

A interrupção estradas e ruas, alvos das últimas greves gerais contra por exemplo as reformas trabalhista e da Previdência, é reprovada por 61,9% dos entrevistados. E a invasão de prédios públicos, mais conhecidas como ocupações, também são rejeitadas por 68,7%. 

A invasão de fazendas por parte do MST também foram criticadas. A maioria, 73,5% sinalizou estar contra a atitude, enquanto 21,2% colocou-se favorável.

LeiaJá também

--> 39% dos recifenses querem ir embora do Brasil 

--> Pesquisa: poder de compra e bem-estar dos recifenses caíram

O novo levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta a descrença dos pernambucanos com os políticos brasileiros. O estudo, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado neste sábado (13), mostra que 84% dos entrevistados não confiam em nenhum político. Segundo os dados, apenas 9% disseram confiar na classe e 6% não souberam ou não responderam. 

O Instituto UNINASSAU também perguntou, de forma espontânea, qual o partido político mais admirado no Brasil. Na mesma linha de descrença, 71,5% responderam que nenhum. O Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de todas as polêmicas envolvendo a sigla nos últimos anos, é o mais admirado com 17,5%. As outras siglas, com um percentual bem abaixo do PT, aparecem com uma diferença pequena: PSB (1,7%), PMDB (1,3%), PSDB (1,3%) e outros (1,4%). Dos entrevistados, 5,3% não souberam ou não responderam. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Avaliando os dados, o coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU e cientista político Adriano Oliveira, declarou que a reputação desfavorável da política é evidente. “Quase 85% dos eleitores não confiam nos políticos. Já os partidos políticos, isso não é novidade, estão em baixa para os eleitores. Tanto partidos políticos como classe política tem hoje um déficit forte de credibilidade. Esses dois dados juntos é um aspecto relevante”, reforçou. 

Se o PT é considerado o mais admirado, ao mesmo tempo, é o mais rejeitado. De acordo com a amostra, 10,7% não gostam da legenda. Em seguida, entre os mais rejeitados, está o PMDB que possui 7,4% Já o PSDB, o PSB e os que disseram outras siglas ficaram, respectivamente, com 5,2%, 2,5% e 1,7%. Os que afirmaram que não gostam de nenhum somam 52,8% e não souberam ou não responderam 19,8%. 

Ainda em destaque, o PT é apontado como a sigla que pode fazer mais pelos pobres com o percentual de 26,1% e, em segundo lugar, o PSB com 1,3%. O maior percentual, entretanto, está entre os que disseram nenhum, 58%. Já 11,4% não souberam ou não responderam e 3,1% disseram outros partidos. O apontado como o que pode fazer mais pelos ricos é o PMDB que ostenta 8,9%. O PSDB, o PT e o PSB receberam 7,1%, 4,6% e 3,5%, cada. 49,3% disseram nenhum e 25,6% não souberam ou não responderam. 

Para Adriano Oliveira, o percentual que aponta o PT como o mais querido entre a classe mais desfavorecida é relevante porque explica a parte da consolidação e da manutenção da liderança do ex-presidente Lula em Pernambuco e no Brasil. 

“É importante destacar que o PT é um partido fortemente identificado com os pobres e o PMDB por conta das reformas, se identifica como o partido de ricos junto com o PSDB. Então, o PT tem a bandeira dos pobres e o PMDB e o PSDB a bandeira dos ricos. Isso nos sugere o porquê Lula mantém essa liderança e ainda existe espaço aberto para o PT apresentar um candidato que não seja Lula na eleição de 2018 com a capacidade de crescimento eleitoral”, explicou o cientista. 

Foram realizadas 2.263 entrevistas, no período de 8 a 10 de maio de 2017, com pessoas residentes em Pernambuco. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro de 2,1%. 

LeiaJá também

-->> Em pesquisa, Lula retrocede 18% nas intenções de votos

-->> Para 55% dos pernambucanos Lula deve ser candidato em 2018

-->> Próximo presidente deve ser honesto, aponta pesquisa

[@#galeria#@]

Apesar do escândalo do mensalão e das manifestações ocorridas em todo o Brasil com críticas principalmente ao governo federal, liderado por Dilma Rousseff, o PT ainda é a legenda mais admirada na capital pernambucana. Os dados são do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) que colheu entre os dias 26 e 27 de setembro, a opinião dos recifenses. Apesar de apontar o Partido dos Trabalhadores como o mais apreciado, a mostra revelou outros resultados, como a descrença das legendas na maioria dos entrevistados.

##RECOMENDA##

Indagados de qual partido os entrevistados admiram na política brasileira, 51,6% responderam nenhum. Este foi o maior resultado seguido posteriormente pela reposta ‘PT’ com 27,7%. Depois da legenda da presidente do Brasil, os participantes elencaram o PSB do governador Eduardo Campos como o segundo partido mais admirado com 4,7%.

Os dados apontam também o PMDB de Jarbas Vasconcelos em terceiro lugar atingindo 4,5%, depois o PSDB de Aécio Neves como 1,4% e PV e outros com 1%. Neste quesito, 8,2% não responderam ou não souberam destacar nenhum partido.

Numa análise mais profunda sobre o público participante, é notório observar a variação do perfil dos entrevistados, de acordo com a faixa etária, renda e grau de instrução em relação às opiniões dos partidos. No total, os índices de percentuais mais altos que admiram o PT estão nas pessoas com até a terceira séria do ensino fundamental (39%), com 60 anos ou mais (39%) e do sexo masculino (36%). Os demais partidos citados pelos recifenses também divergem os percentuais como os do PSB, PMDB, PSDB e PV.

Questionados ainda do porque de escolher o PT, os recifenses disseram ser o melhor (13,8%), seguidos por partido de Lula (9,4%, pelas propostas (8,8%), partido do povo (7,7%), partidos dos pobres (6,6%) e confiáveis (5%), entre outros adjetivos.

Já os que responderam não admirar nenhuma dos partidos, a principal justificativa foi não gostar de política com 26,3%, seguidas de ‘só querem roubar’, 15,6%, ‘não gosta de partidos’, 12,1%, ‘por nada’, 7,1%, ‘não acredita nos partidos’, e demais explicações. 

Para o cientista político Adriano Oliveira, a mostra revela o que outras pesquisas nacionais exibem. “Ela é diminuta, entretanto, não podemos deixar de destacar a admiração do PT. Esta é um marca sempre muito bem admirada pelos recifenses”, argumentou.

Oliveira destacou ainda o fato de às vezes as pessoas demonstrarem instabilidade querendo que o governo do PT continue na presidência da República, ao mesmo tempo em que desejam que outras pessoas estejam à frente da gestão nacional. “Exige uma relação muito dividida”, definiu, explicando em seguida do porque dos resultados. “A história do PT e do Lula no Recife é uma história de admiração. Isso ainda influencia na busca desta admiração pelo PT”, frisou.

Já sobre o PSB, que apesar de apresentar dados discretos de apenas 4,7%, é o segundo partido mais admirado, Adriano Oliveira, cita o trabalho do governador Eduardo Campos na administração estadual. “É um percentual baixo, mas é um percentual importante que nos podemos atribuir a Eduardo Campos, ao histórico dele à frente do governo de Pernambuco”, justificou o cientista político. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando