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O Palácio do Planalto divulgou em seu blog comentário da presidente Dilma Rousseff sobre boatos de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria pedido demissão. "As pessoas que espalham esses rumores prestam um desserviço ao país. Não se sabe a quais interesses inconfessáveis elas servem", afirmou Dilma na noite de sexta-feira, segundo o blog do Planalto.

Pouco antes, o Ministério da Fazenda já havia divulgado comunicado rechaçando a possibilidade de afastamento de Mantega do governo. Segundo a nota da Fazenda, o ministro não pediu demissão do cargo. "É uma irresponsabilidade um jornalista publicar boatos dessa natureza. A informação não tem nenhum fundamento", afirmou o comunicado.

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Tanto o comentário da presidente quanto a nota do Ministério da Fazenda referem-se a uma informação publicada em um blog na internet.

O senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (PMDB) avaliou, durante discurso no Senado, o primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Para Vanconcelos, embora o governo tenha apresentado tímidos avanços em relação à gestão anterior, ainda representa o continuísmo.

“Dilma não imprime uma marca própria ao seu governo, repete todos os erros e excessos de seu antecessor. Acenou com um combate efetivo à corrupção e com uma mudança de métodos políticos, e nada fez. Infelizmente, é mais do mesmo”, alfinetou Jarbas Vasconcelos. Ele ainda classifica que a gestão de Dilma recebeu uma “herança maldita", por ter que administrar com um quadro político que classificou como “deteriorado". Para Jarbas, o presidente Lula transformou o Executivo em uma "luta desenfreada" por espaços de poder entre partidos "sem conteúdo".

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Sobre o desempenho da presidente nas áreas de relações exteriores e política externa, Jarbas disse que estas mereciam elogios até a última semana, mas no momento em que Dilma defendeu a ditadura cubana, errou. O senador acrescentou que o atual governo ainda continua a conviver com a corrupção desenfreada.

Na área econômica, o senador pernambucano afirmou que o governo continua improvisando, em uma "gestão cambaleante, indecisa e episódica" e complementou garantindo que o Brasil ainda convive com uma alta carga tributária, "sucateamento industrial progressivo”. Vale ressaltar que, mesmo integrando um partido da base governista, o senador continua adotando uma postura independente no Parlamento.

A presidente Dilma Rousseff cumpre agenda nesta quarta e quinta-feira (8 e 9), nos Estados de Pernambuco e Ceará, para conferir as obras da Transposição do São Francisco e da Ferrovia Transnordestina. Sua chegada (sem estadia) ao município de Paulo Afonso, na Bahia, aconteceu por volta das 10h45, onde a presidente foi recebida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

O primeiro compromisso da presidente será visitar as obras da Transposição do São Francisco, em Floresta, no Sertão pernambucano. A parada em Cabrobó, que aconteceria hoje à tarde, foi cancelada, segundo informações do site oficial do Palácio do Planalto.

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De Floresta, a presidenta segue para as cidades de Juazeiro do Norte e Mauriti, ambas no estado do Ceará, onde visitará outras obras. No Juazeiro, Dilma participará de uma reunião de encaminhamento com representantes dos consórcios envolvidos nas obras do Programa de Integração do Rio São Francisco.

Já na quinta-feira pela manhã, Dilma visitará as obras da Ferrovia Transnordestina, na cidade de Juazeiro e de lá seguirá para Missão Velha. A presidente também irá a São José do Belmonte (PE) e, em seguida, conhecerá as obras da malha ferroviária. Ainda pela manhã, Dilma sobrevoará o Lote TS1 da obra. Seu último compromisso será a vistoria do canteiro industrial da Ferrovia Transnordestina, em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco.

O retorno da presidente à Brasília está previsto para as 20h30.

A cubana Yoani Sánchez anunciou em seu microblog que o governo cubano negou pela 19ª vez a autorização para deixar o país. “Não há surpresas. Voltaram a me negar a permissão de saída. É a 19ª vez que violam meu direito de entrar e sair de meu país”, digitou Yoani no Twitter.

Yoani conseguiu obter o visto do Brasil para participar do lançamento do documentário “Conexão Cuba-Honduras” em Jequié, na Bahia, na qual seria entrevistada, mas não obteve a permissão de seu governo para sair de Havana. 

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Já na quinta-feira (2), a blogueira escreveu: “Dilma veio à Cuba com a carteira aberta e os olhos fechados”. A crítica da ativista foi referente à Dilma Rousseff que esteve em Cuba durante esta semana e não fez menção dos abusos e violações de direitos humanos cometidos na ilha.

Mas a critíca da cubana a presidente Dilma não é um fato isolado e já mereceu do ministro Gilberto Carvalho declaração pública em defesa da presidente, publicada no LeiaJá.

O presidente nacional do Partido Popular Socialista (PPS), deputado Roberto Freire (SP), está usando seu perfil no twitter (@freire_roberto), nesta quinta-feira, para tecer fortes críticas ao governo petista.

Em uma de suas declarações através do microblog, Freire diz que a corrupção é marca do governo que nomeia como “lulodilmista”. “Não adianta, @blogdadilmapt é indelével no gov (sic) lulodilmista a marca da corrupção. Argumento fajuto falar corrupção FHC @EstadaoPolitica”, diz o texto.

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Em publicação pela manhã, o presidente do PPS afirmou que, infelizmente, o natural no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) é a corrupção. “Raro o dia que não temos denúncias de malfeitorias pelo Brasil afora”, comenta o post.

No entanto, as "alfinetadas" acontecem desde a noite de ontem. Em declaração feita nesta quarta-feira (1°), Freire afirmou que o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) virou laranja. “no Gov. Lula/Dilma. Homem da casa da moeda, da confiança de Mantega, foi por ele indicado como se fosse cota PTB”.

Nas últimas atualizações do @freire_roberto, o deputado discute com um dos seus 12.641 seguidores. @kerouac_f diz: “@freire_roberto e se formos rotular os maiores escândalos, com certeza seus aliados estão no meio: lista de furnas, privataria, anões orçam (sic)”. O deputado rebateu: “Incrível o lulopetismo @kerouac_f ainda não se deu conta que o mensalão do gov. Lula é um processo criminal que esta para julgado pelo STF”.

A primeira viagem à Cuba da presidente Dilma Rousseff tem sido bastante especulada em relação a abordagem ou não de determinados assuntos nas reuniões, como a questão dos Direitos Humanos. A presidente, que chegou ontem (30) ao país, conversou hoje com jornalistas e com o presidente Raúl Castro.

Ao ser questionada sobre o tema dos Direitos Humanos, a presidente respondeu que só falará sobre o assunto se ele for tratado de maneira ampla e não como uma arma política e ideológica. “Quem atira a primeira pedra, tem telhado de vidro. Eu concordo em falar de Direitos Humanos dentro de uma perspectiva multilateral, pois considero um compromisso de todos os povos civilizados”, declarou a executiva. Ela deixou claro que o grande objetivo da viagem é investir no processo econômico da Ilha de Cuba, que sofre com o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos por cerca de meio século.

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Sobre o caso da blogueira Yonne Sanchez, a presidente disse que o visto dela por parte do Brasil já foi dado e que as demais burocracias para a vinda dela ao País não era da competência do governo brasileiro.

No final da tarde desta segunda-feira (30), a presidente Dilma Rousseff desembarcou em Cuba para participar, até quarta-feira (1°), de reuniões que irão abordar as oportunidades geradas pela gradual abertura econômica da ilha, a fim de estreitar as relações comerciais do Brasil com o país.

A chegada da executiva ocorre após uma semana da liberação da última parcela do empréstimo de US$ 682,15 milhões à ampliação do porto cubano de Mariel, a 40 Km de Havana, executada pela empresa brasileira Odebrecht e prevista para terminar em janeiro de 2013.

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Segundo diplomatas, a visita deve tratar, ainda, de um iniciativa conjunta para a produção de medicamentos, ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil, para dar um suporte maior ao atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).

Após a visita à ilha dos irmãos Castro, Dilma seguirá para o Haiti, onde promoverá iniciativas que visam acelarar a reconstrução do país, arados por um terremoto no início de 2010.

A presidenta Dilma Rousseff vetou 15 dispositivos da lei que regulamenta a chamada Emenda 29, que fixa os gastos mínimos da União, dos estados e municípios com a saúde pública. Um dos vetos impede que  governo federal aplique créditos adicionais. Pela lei, a União deve investir o montante do ano anterior somado à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB), regra também aprovada pelo Congresso Nacional. 

"O Produto Interno Bruto apurado a cada ano passa por revisões periódicas nos anos seguintes, conforme metodologia específica, de modo que a necessidade de constante alteração nos valores a serem destinados à saúde pela União pode gerar instabilidade na gestão fiscal e orçamentária”, diz a justificativa do veto, sugerido pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda.

A lei estabelece ainda que, em caso de PIB negativo, o valor de investimento não pode ser reduzido no ano seguinte. Outros dispositivos vetados previam o retorno da Contribuição Social à Saúde (CSS), imposto que foi derrubado durante a votação da regulamentação no Parlamento.

Conforme as regras sancionadas pela presidenta, os estados são obrigados a investir 12% da arrecadação com impostos e os municípios, 15%. O percentual para o Distrito Federal varia de 12% a 15%, conforme a fonte da receita, se é um tributo estadual ou distrital.

Ficou definido também que o dinheiro será investido em  “ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito” e em metas previstas nos “planos de saúde de cada ente da federação”, como programas de controle sanitário e de epidemias, compra de medicamentos e equipamentos médicos, reforma de unidades de saúde, desenvolvimento tecnológico e capacitação de pessoal.

Os recursos não são autorizados para pagamento de aposentadoria e pensões, merenda escolar, limpeza urbana, preservação ambiental e assistência social. Outro trecho da lei prevê como será a fiscalização dos recursos.

A Emenda à Constituição nº 29 foi promulgada em 2007, mas precisava de uma lei de regulamentação para ser executada. A lei foi aprovada em dezembro do ano passado pelo Congresso Nacional.

Em seu segundo dia de expediente em Brasília após temporada de férias na Base Naval de Aratu, na Bahia, a presidente Dilma Rousseff recebeu hoje o ministro da Defesa, Celso Amorim. Os dois discutiram o papel do Exército nas áreas afetadas pelas fortes chuvas que castigam parte do País.

"Falamos sobre o papel que o Exército tem tido, o apoio que tem dado sobre essa questão das enchentes, que estamos fazendo no Rio, Minas (Gerais)... Enfim, correspondendo sempre aos pedidos das autoridades civis", disse Amorim a jornalistas, após o encontro, no Palácio da Alvorada.

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A presidente retornou ontem a Brasília, depois de descansar por 10 dias com a família na Base Naval de Aratu, na Bahia. Menos de uma hora e meia depois de chegar ao Palácio da Alvorada de helicóptero, recebeu a ministra Gleisi Hoffman (Casa Civil). Gleisi encurtou as férias, na última terça-feira, por causa das chuvas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, e no mesmo dia em que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Pernambuco, Estado de origem do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, foi o principal destino das verbas da Pasta em prevenção e preparação de desastres naturais, como enchentes e desmoronamentos.

Em obras novas, iniciadas em 2011, Pernambuco concentrou 90% dos gastos da Pasta destinados a esse fim, revela levantamento feito com base em registros do Tesouro Nacional e pela organização não governamental (ONG) Contas Abertas.

Apesar da grande festa de réveillon montada para os moradores da Base Naval de Aratu, na Praia de Inema, em Salvador, com toldos perto do mar, sistemas de som e de iluminação especiais, a presidente Dilma Rousseff, que descansa no local com a família desde a segunda-feira, optou por passar a virada de ano reservadamente, apenas com os convidados, na casa do comando da base, onde está hospedada.

Cumprindo a rotina adotada desde a chegada ao local, Dilma não quis aproveitar o dia ensolarado na praia, ficando longe das lentes de fotógrafos e cinegrafistas que aguardam uma aparição da presidente na faixa de areia - único ponto visível da base a partir do acesso mais próximo a civis, um píer da prefeitura instalado na praia vizinha de São Tomé de Paripe.

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Enquanto a Praia de Inema, de acesso restrito aos militares, passou o dia praticamente deserta, a de São Tomé de Paripe, separada da primeira pelo muro que delimita a base naval, ficou lotada de moradores da região - uma área pobre da cidade, conhecida como Subúrbio Ferroviário.

Para facilitar a circulação no local, agentes da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), deslocados para o local, interditaram a entrada de veículos no acesso mais próximo à entrada da base, que sofreu com congestionamento de pedestres.

Os escândalos ministeriais que permearam o primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff não foram suficientes pra prejudicar a atuação dela como um todo. Essa é a avaliação do cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Otaciano Nogueira. Para ele, a presidenta teve um bom começo nesses primeiros 12 meses de gestão.

“Ela está inegavelmente fazendo um bom governo”, avalia Nogueira. “Tivemos um surto de inflação, mas isso está controlado. Ela conseguiu também fazer maioria no Congresso [Nacional]. Isso é importante para governar”, completa o cientista político.

Apesar disso, Nogueira reconhece que os escândalos de corrupção e tráfico de influência envolvendo boa parte do ministério da presidenta foram o ponto fraco do primeiro ano de mandato. “O grande erro foi conservar um ministério que não era dela. Eu chamo de ministério recauchutado, porque ela herdou do Lula.”

Na opinião de Nogueira, Dilma foi “muito leniente” com os ministros demitidos e com os problemas apresentados em seus ministérios.

Além disso, o professor aposentado da Unb acha fraca a atuação do atual governo na política externa. Apesar de momentos marcantes, como o primeiro discurso de Dilma na Assembleia Geral das Nações Unidas, Nogueira considera que está havendo pouca visibilidade do Brasil lá fora. “Ela precisa dar mais atenção à política externa. O Brasil não teve o protagonismo esperado [no último ano]”, diz.

Já o ponto forte, na opinião dele, foram as relações institucionais. Para o professor, a presidenta consolidou uma boa relação com os poderes Legislativo e Judiciário e também com governadores e prefeitos. É a essa boa relação que ele credita os poucos avanços nas reformas política e tributária. Para Nogueira, Dilma não poderia interferir nas negociações para propostas de mudanças que envolvam as outras esferas de poder.

“Quando se fala em reforma política no Brasil, está se falando de reforma eleitoral. A reforma política é muito mais que isso e não depende dela [Dilma], depende do Congresso. A presidenta não pode entrar em conflito com o Congresso porque eles não estão fazendo uma reforma como ela gostaria”, analisa.

O mesmo, na opinião dele, vale para a tão esperada reforma tributária. Nogueira usa como parâmetro as discussões sobre a divisão dos royalties do petróleo que tomaram boa parte deste último ano. Na avaliação dele, o desentendimento demonstrado pelos governadores sobre esse assunto demonstra a dificuldade de conciliar interesses e renúncias para uma reforma tributária.

“Quando se fala em reforma tributária, estamos falando em União, 27 estados e 5.569 municípios. Essa reforma tem que ser aceita por governadores e prefeitos”, diz o cientista político. A falta de entendimento, segundo ele, deve tornar impossível a reforma até o fim do governo de Dilma Rousseff.

Sobre a área social, Nogueira avalia que o Programa Minha Casa, Minha Vida tomou o lugar do Bolsa Família como protagonista na área. Para o professor, os investimentos em habitação foram bem colocados e devem permanecer nos próximos anos. “É o governo que está mais fazendo nessa área de habitação popular, que é um problema social gravíssimo”, observa.

O balanço do professor, ao fim do primeiro ano de governo, é o de que Dilma se mostrou mais “contida” que seu antecessor e avançou em temas polêmicos como o Código Florestal, fortalecendo as instituições. No entanto, para ele, a presidenta precisa ficar atenta à formação ministerial e aos problemas econômicos como inflação e déficit público em alta.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (23) o decreto que determina o valor de R$ 622,00 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2012.

O reajuste representa aumento de 14,13% em relação ao valor atual, de R$ 545,00. O decreto será publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira, dia 26.

O método de reajuste do salário mínimo foi definido no início de 2010 por meio de uma medida provisória aprovada pelo Congresso. O valor é calculado com base na inflação dos dois anos anteriores, acrescido do percentual de crescimento da economia do ano anterior de sua validade. Pela primeira vez, o valor do reajuste obedece a esses critérios.

A MP também determina que até 2015 todas as definições sobre o valor do mínimo serão feitas por meio de decreto presidencial.

O ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi (PDT), em nota no blog do Ministério do Trabalho, explica o motivo da sua demissão. No texto, o agora ex-ministro, afirma que está sendo vítima de perseguição política e pessoal há dois meses sem direito de defesa e sem provas. Ele conclui garantindo que, deixa o cargo com a consciência tranquila do dever cumprido, da honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.

A demissão de Lupi foi acertada em uma conversa com a presidente Dilma Rousseff na tarde da última sexta-feira (2). Já o pedido formal de exoneração foi informado pela assessoria de imprensa do ministro no último domingo (4). Quem assume o ministério, interinamente,  é o secretário executivo, Paulo Roberto Santos Pinto. Lupi é o sétimo ministro que cai em quase um ano de governo, sendo o sexto ministro que pede exoneração em meio a denúncias de corrupção. 

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Confira a nota na íntegra
Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República – que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa — decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.

Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo.

Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.

Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.

Carlos Lupi
Ministro do Trabalho e Emprego


A presidente Dilma Rousseff disse hoje que a posição que o Brasil levará à reunião de cúpula do G-20, que começa nesta quinta-feira em Cannes, na França, é a de que os países proponham medidas financeiras urgentes e emergenciais e um plano de sustentação do crescimento e do emprego. Na avaliação dela, caberá ao G-20 ajudar a restabelecer a confiança no retorno do crescimento, especialmente das economias desenvolvidas.

"Inegavelmente a solução imediata da crise, apesar de ser responsabilidade dos países avançados, e neste momento particularmente dos europeus, não pode fechar os olhos para o fato de que se todos fizerem ajustes recessivos a situação de recessão terá uma profecia autorealizável", afirmou, em discurso, durante a cerimônia de premiação "As Empresas Mais Admiradas do Brasil", promovida pela revista Carta Capital, na em São Paulo.

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A presidente citou a própria experiência brasileira no enfrentamento da crise de 2008 como exemplo a ser seguido: "Sabemos, pela nossa própria experiência que, na ausência de crescimento, é impossível alcançar efetivamente a sustentabilidade fiscal. O avião não voa." Dilma disse estar convencida de que parte da solução da crise está no foco ao crescimento, na redução das desigualdades e na adoção de políticas fiscal e monetária responsáveis.

Ela fez questão de deixar claro que a guerra cambial também não ajudará os países a superar a crise. "Nós vamos deixar claro na reunião do G-20 que não acreditamos que a crise será efetivamente superada com guerra cambial e com a velha receita pura e simples da recessão e do desemprego", afirmou.

Segundo Dilma, a reunião do G-20 ocorre num momento crucial, de grandes dificuldades e soluções imprevisíveis. "Sabemos o quanto é importante que as soluções não tardem", disse ela, criticando a demora da União Europeia em oferecer uma solução para a dívida soberana e para a fragilidade do sistema bancário do bloco.

A presidente lembrou que, recentemente, o mercado interbancário europeu se paralisou e que hoje é mais difícil e mais caro o financiamento das transações comerciais. De acordo com ela, os países emergentes, embora ainda sustentem o crescimento da economia mundial, sentem os efeitos indiretos do encolhimento de mercados avançados, o que contrai o comércio externo.

Apesar disso, o Brasil tem sido um dos menos atingidos, na avaliação da presidente, que ressaltou que o País possui solidez nas contas públicas, no setor financeiro e um grande mercado interno. A presidente também lembrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro supere o do Reino Unido e que o País se torne a 6ª maior economia do mundo. "O fato é que o crescimento do Brasil é algo sobre o qual nenhum país do mundo coloca suspeita."

A reunião do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) em Pretória, na próxima terça-feira, servirá para que os três países emergentes coordenem posições comuns a serem levadas ao G20, no início de novembro, em Cannes. Apesar da crise econômica ainda não ter afetado duramente nenhum deles, o agravamento dos problemas enfrentados por Europa e Estados Unidos deve dominar a cúpula que reúne a presidente Dilma Rousseff, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Dilma viaja hoje à noite. Irá ainda a Moçambique e a Angola. A intenção é que, mesmo que não haja uma concordância total, o Ibas possa ter uma posição comum para pressionar, especialmente os governos europeus, a tomarem medidas para solucionar a crise financeira. Na reunião com os demais presidentes, Dilma deve voltar ao tema do risco que as economias emergentes correm por conta da crise. "O primeiro item na agenda é, sem dúvida, a crise e a participação dos três países no G20", informou a embaixadora Maria Edileuza Fontinele Reis, subsecretaria de políticas do Itamaraty.

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Dilma deve chegar a Pretória na tarde de segunda-feira. Na terça, participa de reunião bilateral com o presidente sul-africano e, à tarde, da plenária do Ibas. Depois do jantar oferecido por Zuma a seus colegas, Dilma fará a segunda parte da viagem, com visitas a Moçambique e Angola. Países de língua portuguesa, ambos são de interesse estratégico para o Brasil, especialmente por conta das obras de infraestrutura e da exploração de minérios e petróleo, em que há um envolvimento crescente de empresas brasileiras. Dilma volta ao Brasil na quinta-feira. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A presidente Dilma Rousseff será recebida por 5 mil pessoas na pequena cidade de Gábrovo hoje, quando ela visita o local de nascimento de seu pai, Petar Roussev. "Será um dia histórico", disse o prefeito da cidade, Nicolai Sirakov. No total, a presidente permanecerá por apenas 90 minutos na localidade.

No programa oficial de Dilma, não há uma visita ao túmulo de seu meio irmão, Luben Roussev, que passou mais de três anos abandonado. Luben confessou a amigos na Bulgária que sentia que a família Rousseff no Brasil temia que ele pedisse sua parte na herança. Dilma chegou a manter correspondências com ele nos últimos anos de sua vida e a imprensa búlgara especula a possibilidade de uma visita secreta da presidente ao cemitério local e, por isso, planeja manter fotógrafos de plantão por lá.

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Ontem, a reportagem visitou o cemitério e foi informada de que a administração recebeu ordens para renovar o local onde está enterrado Luben. A cruz foi trocada, o mato totalmente retirado e até uma foto do irmão de Dilma foi colocada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bruxelas (Bélgica) – A presidenta Dilma Rousseff abre hoje (4) às 17h (14h em Brasília), em Bruxelas, o 23º Europalia – o maior festival de cultura da Europa, cujo tema este ano é a cultura brasileira. O governo do Brasil investiu no festival mais de R$ 30 milhões, que serão revertidos em espetáculos, exposições, shows e apresentações de dança e circo, além de debates com escritores.

Por mais de 100 dias, os 130 shows, as 60 apresentações de dança e 40 de teatro, 20 exposições de artes visuais e 80 conferências literárias estarão espalhados pela Bélgica, por Luxemburgo, pela França, Alemanha e Holanda. O secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, disse à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que este é o momento mais importante da cultura brasileira.

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“A Europa inteira vai ver um Brasil muito maior do que a imagem que está cristalizada [baseada em clichês]”, disse Mamberti. “É um país muito maior do que se pode imaginar. Este é um dos momentos mais importantes do governo. É um momento tão importante e equivalente ao que houve [com a participação da presidenta Dilma Rousseff na abertura da 66ª Assembleia Geral] nas Nações Unidas.”

O secretário disse que uma das preocupações do governo foi mostrar que na cultura brasileira predominam diferentes estilos. Nos cerca de três meses do Europalia haverá apresentações dos sambistas da chamada Velha Guarda da Portela – que mostrará o samba original e tradicional feito no Rio de Janeiro.

Também estarão presentes os instrumentistas Hermeto Paschoal e Egberto Gismonti, que fazem experiências na busca por sons em todos os objetos, além dos instrumentos convencionais. O rapper Marcelo D2 vai mostrar o som misturando black music, rock e rap.

A banda Pedro Luis e a Parede, que mescla rock, samba, rap e funk, apresentará sua produção. O grupo Corpo, de Belo Horizonte, reconhecido pela originalidade do balé contemporâneo, vai mostrar seus últimos trabalhos.

As companhias Giramundo, que faz teatro de bonecos, e Intrépida Trupe, que há 21 anos mistura circo, teatro e dança nos seus espetáculos, também estarão presentes. O poeta e ensaísta Augusto de Campos e os escritores João Ubaldo Ribeiro e Renato Carvalho participarão das conferências no Europalia.

Os admiradores das artes visuais poderão ver obras do período colonial do Brasil até os dias de hoje, passando por obras da Semana de Arte Moderna de 1922. No cinema, a ideia é apresentar um panorama geral do que se produz no Brasil. Por isso, há curtas, médias e longas-metragens, assim como filmes destinados às crianças, além do público adulto.

A presidente Dilma Rousseff está em Bruxelas, na Bélgica, onde já participou hoje da V Cúpula Brasil - União Europeia. A agenda da presidente prevê ainda para hoje um encontro com o Rei Alberto II. Em seguida, será oferecido um almoço em homenagem à presidente Dilma, oferecido pelo Rei Alberto II e Rainha Paola. No início da tarde, ela participa da cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil - União Europeia e, em seguida, da cerimônia de abertura do festival internacional de artes Europalia Brasil 2011. No final do dia, Dilma embarca para Sófia, na Bulgária.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quinta-feira que está convencido que existem setores dentro da petrolífera estatal brasileira, a Petrobras, que são contrários a um acordo para assegurar a participação da Venezuela em uma refinaria no Estado de Pernambuco, no Nordeste do Brasil.

Chávez disse que no começo de setembro telefonou para a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para celebrar o final das negociações de um acordo entre a Petrobrás e a estatal venezuelana Petroleos de Venezuela SA (PdVSA), que asseguraria a participação dessa última na construção da refinaria Abreu e Lima, no Estado de Pernambuco. Pouco depois, disse Chávez, "houve lá uma declaração de alguém da Petrobras, dizendo que faltava não sei que coisa" o que frustrou mais uma vez a participação da Venezuela no projeto.

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"Eu acredito que na Petrobrás existem setores ou atores que não querem o acordo, estou convencido disso e já marquei na minha agenda para falar sobre isso com a presidente, minha querida Dilma", afirmou o mandatário.

As duas petrolíferas abriram as negociações em 2005 para construir a refinaria em Pernambuco, mas a Petrobrás iniciou as obras três anos depois sem a participação da PdVSA, porque não houve acordo sobre o montante que a estatal venezuelana destinaria à obra.

Segundo o acordo inicial, a refinaria, avaliada em US$ 12 bilhões, seria construída com um aporte de 60% do valor pela Petrobrás e os restantes 40% pela PdVSA.

Chávez disse que também reclamou sobre a situação com o ex-presidente do Brasil e antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva. "Eles falaram não sei quantas vezes para Lula que estava tudo pronto e não estava, faltava isso, faltava aquilo", disse Chávez.

"Lamento falar essas coisas, mas é a verdade. Estou convencido de que existem setores ou atores na Petrobrás que não querem o acordo", disse Chávez. "Eu não me refiro ao governo do Brasil".

Segundo o mandatário, a Venezuela "ratifica a nossa maior vontade de chegar a esse acordo, porque acredito que é de mútuo interesse para o Brasil e a Venezuela".

A refinaria terá capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo, tarefa que será assumida em partes iguais pela Petrobrás e pela PdVSA, O principal produto será o óleo diesel com baixo teor de enxofre.

Sobre a relação comercial entre Venezuela e Brasil, Chávez disse que ela caminha "de maneira maravilhosa", mas ressaltou mais uma vez que, em relação à refinaria Abreu e Lima, "ela é uma exceção, é como uma ovelha negra".

As informações são da Associated Press.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, ouviu da presidente Dilma Rousseff - desta vez pessoalmente - que a compra de caças para Força Aérea Brasileira continua suspensa. No encontro hoje à tarde, em Nova York, Sarkozy voltou ao assunto, tão caro ao governo francês, mas a resposta que recebeu é que o negócio pode voltar a ser tratado em 2012, se - sendo essa uma enorme condicional - a crise econômica mundial não se revelar tão grave como parece.

Dilma explicou ao colega francês as restrições orçamentárias enfrentadas pelo Brasil nesse momento para garantir o pagamento das contas em um momento de instabilidade internacional. Mas lembrou a Sarkozy que a cooperação em defesa entre os dois países não se resume a compra dos caças. "A presidente explicou que por constrangimentos orçamentários os investimentos foram postergados e lembrou a crise mundial", explicou o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota.

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O negócio entre os dois países, de US$ 1 bilhão, estava praticamente fechado ainda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, Sarkozy compareceu às cerimônias do sete de setembro, em Brasília, em uma quase comemoração de um negócio dado como certo. No entanto, com a eleição no ano seguinte e a pressão dos militares, que preferiam outro modelo - o Gripen Saab, da Suécia - a compra foi mais uma vez adiada. No final do ano passado, Lula passou oficialmente a decisão a Dilma.

Já no início de seu governo a presidente mandou suspender a decisão. Disse que queria analisar melhor todas as propostas - que além do Saab e do Rafale francês incluem o Super Hornet F-18 americano, fabricado pela Boeing. A notícia, divulgada por todos os jornais franceses, pegou Sarkozy de surpresa e desagradou profundamente os franceses. Em seguida, o agravamento da crise econômica suspendeu de vez a compra, pelo menos até 2012, e, provavelmente agora, indefinidamente.

O adiamento da compra, mais uma vez, atiçou os outros competidores, especialmente os americanos da Boeing. Há cerca de um mês, o CEO da Boeing Defesa, Dennis Muilenburg, passou uma semana no Brasil em diversas conversas com funcionários do governo. A empresa chegou a colocar um simular do Super Hornet no saguão do Congresso Nacional e participar de audiências públicas sobre os caças.

Em um momento de crise econômica, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, a encomenda brasileira ajudaria a movimentar o capital da empresa ganhadora. Dilma, no entanto, deixou claro que, mesmo a compra sendo necessária para a área militar, não é, nesse momento, prioridade para seu governo.

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