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O candidato oposicionista à presidência do Egito, o esquerdista Hamdeen Sabahi, aceitou a vitória do marechal Abdel Fattah el-Sisi, mas disse que o comparecimento às urnas anunciados pelo governo não são credíveis.

O político de esquerda disse que houve violações graves nas votações, mas não o suficiente para alterar significativamente o resultado - uma vitória esmagadora de el-Sisi, que conquistou mais de 92% dos votos, contra 2,9% de Sabahi, segundo os organizadores da campanha do marechal.

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Sabahi disse, porém, que o comparecimento de apenas 46% dos eleitores, anunciada pelo presidente interino nesta quinta-feira, não é credível. "Isso é um insulto à inteligência dos egípcios", disse o candidato.

O político de esquerda já havia se queixado mais cedo de que as medidas do governo interino - especialmente de extensão da eleição por mais um dia - se destinava a aumentar indevidamente o comparecimento às urnas. Os partidários de el-Sisi buscavam, além da sua vitória, uma legitimação do golpe militar que destituiu o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, Mohammed Morsi, em julho do ano passado. Fonte: Associated Press.

Se a disputa proporcional já estava difícil nas eleições deste ano, com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de reduzir o tamanho das bancadas de deputados em 13 Estados, o caldo engrossou ainda mais. No caso de Pernambuco, que perde um federal e um estadual, recorri ao consultor Maurício Romão, do Instituto Maurício de Nassau, especialista em cálculos eleitorais.

Segundo ele, os quocientes eleitorais projetados para o pleito de outubro no Estado vão gravitar no entorno dos seguintes números: (1) Deputado federal (bancada com 24 parlamentares): QE de 192.957 votos válidos (em 2010 o QE oficial foi de 178.008). Se o decreto legislativo não houvesse caído, a bancada continuaria tendo 25 deputados e o QE seria menor, de 185.239 votos válidos. 

(2) Deputado estadual (Assembleia com 48 parlamentares): QE de 98.236 votos válidos (em 2010 o QE foi de 91.824). Se continuasse prevalecendo à decisão do Congresso o número de deputados estaduais permaneceria em 49 e a projeção do QE apontava para um número ao redor de 96.231 votos válidos. De uma eleição para outra, portanto, o coeficiente eleitoral para o deputado federal aumenta 14 mil votos e o estadual em seis mil votos.

“Devido aos protestos de rua do meio do ano passado e ao crescente sentimento de aversão à política que se desenvolveu desde então, é muito provável que a alienação eleitoral (abstenção + votos em branco + votos nulos) vá aumentar em Pernambuco no pleito de outubro (em 2010 foi de 31,0% para deputado federal e de 29,6% para estadual). Se isso ocorrer, os votos válidos vão diminuir e, consequentemente, os quocientes eleitorais vão baixar na mesma proporção, dadas as vagas parlamentares”, prevê Romão.

O TSE derrubou, por unanimidade, o decreto legislativo do Congresso, iniciativa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que restabelecia o tamanho atual das bancadas. E a esta altura, apesar da reação estridente dos principais líderes do Congresso, informando que recorrerão da decisão, dificilmente o Supremo Tribunal Federal, instância final desta polêmica, transformará em letra morta uma leitura unânime do TSE.

CRISE DO LEITE– Produtores de leite de Pernambuco vão ao ministro da Agricultura na semana que vem pedir a revogação de uma portaria baixada pela presidente Dilma, no auge da seca, autorizando reidatrar o leite em pó em até 35%. A estiagem acabou, mas os grandes laticínios se negam a comprar o leite in natura direto aos produtores. Resultado: o preço do litro de leite caiu de R$ 1,40 para 80 centavos, embora a produção tenha crescido mais de 400%.

Tem até posse nas redes– A guerra está sendo vista nas redes sociais: foram criados no Facebook dois "eventos" com pedido de confirmação de presença: a despedida da presidente Dilma, marcada para 5 de outubro; e a posse de Eduardo Campos, candidato do PSB ao Planalto, em 1 de janeiro de 2015.

Protesto nas rodovias– Se o Ministério da Agricultura não se sensibilizar com o apelo dos produtores de leite de Pernambuco, que dizem enfrentar com a concorrência do leite em pó uma crise muito  maior do que a enfrentada pela estiagem em 2023, a categoria ameaça bloquear as principais estradas federais que interligam o Estado, como a BR-232 e a BR-408.

Pau no lombo- Em jantar com a bancada do PMDB no Congresso, a presidente Dilma voltou a sua metralhadora para Eduardo. Se se referir ao seu nome, fez ironias sobre sua participação no programa Roda Viva: “Tem candidato que uma hora diz que é contra o agronegócio, porque polui, porque é a favor do meio ambiente. Outra hora diz que vai colocar meta de inflação em 3%, o que representa desemprego e recessão”.

Invasão de muriçocas – Com as chuvas, uma nuvem de muriçoca torra a paciência da população de Caruaru, o que motivou uma reunião de emergência, ontem, coordenada pelo prefeito José Queiroz (PDT). Ao final, autorizou a contratação de 45 profissionais para combater os principais focos no rio Ipojuca e nos canais da cidade.

CURTAS

SAINDO DO PAPEL– O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, foi com sede ao pote na primeira reunião, ontem, da CPI Mista da Petrobras, apresentando 14 requerimentos de convocação de envolvidos e autoridades, transferências de quebras de sigilo e criação de subrelatorias.

PEDÁGIO- O deputado João Paulo disse, ontem, que a Via Mangue nasceu na gestão do ex-deputado Roberto Magalhães de forma equivocada, com a cobrança de pedágio, o que ele corrigiu tão logo tomou posse e reformulou o projeto.

Perguntar não ofende: Quem é o pai, afinal da Via Mangue?

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral usou seu discurso no jantar do PMDB, no Palácio do Jaburu, na noite desta terça-feira, 27, para tentar desfazer o mal-estar criado no Planalto com as notícias de que o seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, poderia apoiar a chapa "Aezão", que significaria abrir palanque para Aécio Neves no Rio. "Não prometo 100% dos votos para a senhora, mas eu prometo que majoritariamente estaremos com a senhora", disse Cabral à presidente Dilma Rousseff, conforme áudio do jantar a que o Estado teve acesso. "Não temos do que 'se' queixar em relação à senhora", prosseguiu Cabral, ao citar a "valentia, história e a visão de mundo" da presidente.

Dilma, por sua vez, também segundo áudio do jantar, começou lembrando que no dia em que foi chamada de "Mãe do PAC", na Rocinha, no Rio de Janeiro, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, ela não sabia, mas aquele era o pré-lançamento de sua candidatura ao Planalto. Neste mesmo dia, comentou, o então vice-governador do Rio, foi chamado de "Pai do PAC". "Eu mal sabia que aquela era uma indicação para sucedê-lo", observou ela ironizando que Pezão sabia que ia ser governador, embora dissesse que não. "É um falso humilde, não é Sérgio (Cabral)?", alfinetou.

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Em seguida, a presidente disse que tem "extrema consciência do que foi feito no Rio de Janeiro durante seu governo e do Lula. "Em poucos lugares do Brasil construímos parceria tão fluida e enfrentamos dificuldades que pareciam intransponíveis. Elas foram enfrentadas e nós construímos um novo Rio de Janeiro", citou.

O resultado parcial da eleição presidencial no Egito anunciado nesta quarta-feira (28) mostrou que o marechal reformado Abdel-Fattah el-Sissi lidera confortavelmente o pleito depois de serem conhecidos os votos de duas mil urnas.

A campanha de el-Sisi disse que recebeu até agora 4,2 milhões de votos, contra 133 mil do político esquerdista Hamdeen Sabahi. A vitória de el-Sisi nunca esteve em dúvida, mas o marechal reformado esperava uma forte participação do eleitorado para conferir legitimidade à deposição do primeiro presidente livremente eleito, o islamita Mohammed Morsi, cujo golpe o militar liderou em julho do ano passado.

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No entanto, a campanha de el-Sisi disse que o comparecimento em todo o país foi de cerca de 44%, bem abaixo dos quase 52% do pleito que elegeu Morsi. Os partidários de el-Sisi começaram a celebrar no Cairo, com centenas de pessoas se reunindo na praça central de Tahir, berço do levante que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011. Havia multidões menores em dois outros bairros da capital egípcia. Fonte: Associated Press.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, acredita que até a próxima semana o PMDB - partido pelo qual concorrerá ao governo paulista - definirá a coligação principal para as eleições deste ano, mas admitiu que o assunto pode ser resolvido ainda esta semana.

"Tenho impressão de que não deverá passar da próxima semana, mas é possível definir ainda esta semana", disse Skaf, antes de um evento do Serviço Social da Indústria (Sesi), em Ribeirão Preto (SP).

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O PMDB já fechou o apoio do PROS, mas negocia com o PSD e o PSB uma coligação que pode dar a um dos dois partidos a vaga de vice na chapa de Skaf. O PSDB também luta pelo apoio dos mesmos partidos, disputa considerada normal pelo provável candidato ao governo. "A política é feita com diálogo, muita conversa. Pressão é legítima e ninguém está fazendo nada de anormal", afirmou.

Skaf se licenciará na sexta-feira, 30, da presidência da Fiesp e de outras entidades ligadas à associação das indústrias para se dedicar à campanha, mas ainda elogiou a decisão do governo de tornar permanente a desoneração da folha para setores da indústria, comércio e serviços. "Desonerar a folha estimula a geração de empregos. Defendo a extensão dessa medida para todos os setores. Todos devem ter a folha de pagamento desonerada nos 20% do INSS e, de preferência, sem contrapartida no porcentual de faturamento", disse.

Repercutiu positivamente o desempenho do candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, no programa Roda Vida, segunda-feira passada, na TV-Cultura. Seguro, afirmativo e objetivo, mostrou amplo conhecimento dos mais variados temas abordados pelos jornalistas.

Não fugiu a nenhum enfrentamento, mesmo quando forçado a tratar das questões da província que parecem contrariar o seu discurso. Eduardo teve que explicar por que prega a aposentadoria de raposas felpudas como José Sarney e em Pernambuco é alinhado do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti.

Experiente e talentosa jornalista, Dora Kramer quis saber como o ex-governador iria por em prática a nova política com um Congresso fisiológico e adesista. Ele sugeriu que governaria com a banda sadia e que a podre seria expurgada pela própria sociedade.

Mas na prática as coisas não acontecem assim. Lula chamou Sarney de ladrão e governou com o velho cacique os dois mandatos outorgados pelo povo. Dilma manteve a mesma base e quando tentou fazer uma faxina acabou sofrendo derrotas no Congresso e retaliações da base.

Eduardo continua dócil com Lula, mesmo tendo sido comparado a Collor, conforme lembrou ao longo do programa o jornalista Augusto Nunes. Talvez por uma estratégia, achando que atrairá eleitores de Lula que não queiram votar em Dilma, o candidato socialista vai exercitando a arte de engolir sapos na relação com Lula.

Mas, lá na frente, quando o jogo endurecer e Lula perceber que a reeleição de Dilma ameaça, certamente endurecerá muito mais o jogo em direção a Eduardo se este tiver chances de ir ao segundo turno e não Aécio.

Se o adversário de segundo turno vir a ser Aécio, Lula evitará nocautear o socialista, pois conta com o seu apoio a Dilma no segundo turno, o que parece um caminho natural, apesar das notícias de que teria firmado um pacto com Aécio.

O PÓS-COPA– Depois da Copa e das Olimpíadas em 2016, o Brasil continuará um canteiro de obras esportivas. Em 2019, Brasília vai ser sede dos Jogos Universitários Mundiais, a Universíada. Estão previstos R$ 2,2 bi em investimentos. Serão oferecidos milhares de empregos para construir uma vila para receber 10 mil atletas, reformar o Centro Olímpico da UnB e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho.

Dilma já ganha no tempo– Se Eduardo Campos não atrair mais apoios partidários terá menos de dois minutos na propaganda eleitoral no rádio e na TV. Dilma tem o dobro do tempo de Aécio Neves e Eduardo juntos, para mostrar seu governo. E mais: em 45 dias, ela terá 1,4 mil inserções de 30 segundos (30 ao dia). Aécio 450 (10 ao dia) e Eduardo 180 (4 ao dia).

Vai de socialismo– O presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, anuncia, na próxima semana, o apoio do partido à candidatura do socialista Paulo Câmara a governador, mesmo que no plano nacional a legenda tenha formalizado, ontem, a sua manutenção na aliança de Dilma. O martelo foi batido numa conversa de Da Fonte com o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, um dos coordenadores da campanha de Câmara.

Água para Arcoverde- O presidente da Compesa, Roberto Tavares, já começou os testes na adutora do Jatobá, que vai resolver, em parte, o racionamento de água que Arcoverde, porteira do Sertão, enfrenta. O problema definitivo, entretanto, só com a adutora do Agreste, que anda a passos largos, mas depende da conclusão das obras da Transposição.

Sem ciúme de macho – O ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PSB), minimiza a repercussão do espaço prioritário que Paulo Câmara deu ao deputado Sebastião Oliveira (PR), antes aliado e hoje adversário, na visita que ao município sábado passado. Nega, também, que tenha preparado uma buchada para o socialista, que preferiu almoçar na casa de Sebastião. “Fiz um bode para Marinaldo Rosendo, que dobra comigo para federal”, afirmou.

CURTAS

TRANSBORDANDO– As chuvas que têm caído no Recife já levaram a barragem de Pirapama a transbordar, garantindo, assim, o fim do racionamento de água no Recife, segundo relata o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

INFLUENTE- Embora viva longe da mídia, preferindo atuação nos bastidores, o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura do Recife, Fred Oliveira é, hoje, um dos auxiliares mais influentes do prefeito Geraldo Júlio, porque tem uma enorme capacidade de apagar incêndios.

 

Perguntar não ofende: Depois da presença de Eduardo no Roda Vida, Dilma vai aceitar o convite da TV-Cultura?

O presidente do PSD-RJ, ex-deputado Indio da Costa, anunciou na noite desta terça-feira que o partido indicará o candidato a senador na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), depois do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) desistir da disputa.

O nome indicado pelo PSD será do ex-deputado e ex-tucano Ronaldo Cezar Coelho. Segundo Indio, Cabral anunciou a desistência de concorrer ao Senado ontem, em jantar com o dirigente do PSD. "Foi um gesto consistente do governador Cabral. Demonstra que ele prioriza a eleição do Pezão", afirmou Indio. Se disputasse o Senado, Cabral enfrentaria uma dura disputa com o futuro candidato do PSB, o deputado e ex-jogador Romário. Dirigentes do PMDB dizem, no entanto, que Cabral vinha melhorando nas intenções de voto, segundo pesquisas internas.

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Ao abrir mão da disputa ao Senado, o ex-governador conseguiu manter o PSD na aliança de Pezão. O partido ameaçava retirar o apoio ao governador desde que, há duas semanas, Cabral e Pezão comunicaram que entregariam ao PDT a vaga de candidato a vice-governador. Com Cabral candidato ao Senado, não haveria lugar para o PSD na chapa majoritária. Indio, então, abriu diálogo com o candidato do PT, Lindergh Farias, que ofereceu ao PSD a candidatura ao Senado em sua chapa. No entanto, a desistência de Cabral fez o PSD voltar à aliança com o PMDB.

Apesar de o PSD em nível nacional prometer apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, no Rio de Janeiro o partido está com o candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves. Indio foi candidato a vice de José Serra (PSDB) na disputa presidencial de 2010 é sempre deixou claro a qualquer possível aliado na disputa estadual deste ano que faria campanha para Aécio.

O PSD, aliado a uma ala do PMDB liderada pelo presidente da legenda no Rio, Jorge Picciani, lançou, em abril, a chapa "Aezão", que reúne Aécio e Pezão e reúne também o Solidariedade e o PP. No próximo dia 5, partidos aliados de Aecio, inclusive os que não apoiam Pezão, farão um ato público pela candidatura do tucano, no Rio. Pezão e Cabral têm dito que farão campanha pela reeleição de Dilma, mas trabalham pela adesão dos partidos aliados de Aécio à coligação de Pezão.

O presidente do diretório do PSDB em Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, afirmou nesta terça-feira que vai acionar judicialmente o presidente do PMDB mineiro e colega de Câmara Antônio Andrade. O peemedebista acusou os tucanos de tentarem "comprar" o apoio do partido ao ex-ministro Pimenta da Veiga, que disputará o governo do Estado em outubro.

Segundo a assessoria de Pestana, a assessoria jurídica do partido prepara a interpelação judicial que será apresentada "nos próximos dias" ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Por meio de nota, Pestana classificou como "irresponsabilidade, calúnia e leviandade" as declarações de Andrade, que durante reunião da executiva mineira do PMDB ontem afirmou que um "porta-voz" do PSDB ofereceu R$ 20 milhões para financiar as campanhas de candidatos a deputados e a vaga para a disputa pela vaga no Senado pelo apoio peemedebista a Pimenta. "Nunca houve qualquer conversa da direção do PSDB de Minas Gerais com o mencionado deputado", afirma o texto. A interpelação judicial, segundo a nota, servirá para que "os fatos sejam esclarecidos e explicados".

Após a acusação do peemedebista, Pestana declarou que "nunca" conversou "com Antonio Andrade sobre aliança". No início de março, o tucano reuniu-se formalmente com a direção do PMDB mineiro na sede do partido que é o principal aliado do governo da presidente Dilma Rousseff para convidar a legenda a aderir à aliança em torno de Pimenta e admitiu a "possibilidade" de dar uma vaga na chapa majoritária aos peemedebistas.

Parte do PMDB mineiro era favorável à candidatura própria ao governo de Minas, mas o senador Clésio Andrade (MG) renunciou à pré-candidatura. O partido deve apoiar o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) no pleito e Antônio Andrade, que era colega de ministério do petista, é o mais cotado para ser candidato a vice-governador. Na chapa tucana, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) foi lançado como pré-candidato ao Senado na semana passada. Antônio Andrade não atendeu ao telefonema da reportagem na tarde de hoje.

Na primeira pesquisa eleitoral da Bahia divulgada após a formação das chapas que vão disputar o governo os candidatos da oposição ao atual governador, Jaques Wagner (PT), aparecem em grande vantagem sobre os rivais. Elaborado pelo Ibope, a pedido do jornal Correio, o levantamento foi registrado sob o número 00130/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aponta que o ex-governador Paulo Souto (DEM) lidera as intenções de voto, com 42%, seguido pela ex-prefeita de Salvador Lídice da Mata (PSB), com 11%. O candidato apoiado por Wagner, Rui Costa (PT), aparece em terceiro, com 9%, à frente apenas dos candidatos do PRTB, Rogério da Luz, com 2%, e do Psol, Marcos Mendes, que tem 1%.

Na disputa pelo Senado, o candidato da oposição, o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB), também aparece em primeiro, com 34% das intenções de voto, e é seguido pelo candidato apoiado pelo governador, Otto Alencar (PSD), que tem 14%. A ex-corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon (PSB), aparece em terceiro, com 5%.

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A interpretação dos eventos sociais requer parcimônia e olhar profundo no conteúdo social. Pesquisas quantitativas podem conduzir o estrategista ao erro já que a análise dos números é essencialmente objetiva. A subjetividade é necessária na interpretação dos porcentuais. Por isto, as pesquisas qualitativas são necessárias. O mergulho na realidade social requer interpretação de causa e efeito. E não simplesmente considerar a caracterização dos eventos.  A arte de pensar claramente de Rolf Dobelli e o Fetichismo do conceito de Luis de Gusmão são duas obras que norteiam as minhas interpretações das pesquisas eleitorais.   

O termo mudança continua a guiar as estratégias dos presidenciáveis de oposição. Pesquisas diversas mostram que a maioria dos brasileiros deseja mudança. Este é o dado objetivo. Entretanto, recente pesquisa do Ibope (Maio/2014) mostrou que 71% dos brasileiros estão satisfeitos com a vida que vem levando hoje. Neste caso, se eles estão satisfeitos, por que desejam mudar? Mudança é um termo que sugere movimento. Portanto, proponho que se considere a seguinte hipótese: os eleitores brasileiros desejam que o Brasil continue a mudar.

Se a hipótese apresentada é considerada, o raciocínio que conduz a criação da estratégia eleitoral partirá da seguinte premissa: parte dos eleitores brasileiros reconhece que o Brasil mudou nos anos recentes. E desejam que esta mudança continue. Isto significa, portanto, que a mudança desejada não representa ruptura com a ordem atual, na qual estão presentes conquistas. Mas a manutenção das conquistas, sem o retorno a dado ponto temporal, no qual, para parte do eleitorado, não existiam mudanças e conquistas.   

A pesquisa do Ibope (Maio/2014) revela que 28% dos eleitores consideram “Bom” o governo da presidente Dilma. Neste universo, Dilma obtém 55% de intenções de voto. Aécio Neves, 7%; e Eduardo Campos, 12%. Ressalto que 7% consideram “ótimo” o governo Dilma. Portanto, os dados sugerem que se a avaliação do governo Dilma declinar, Eduardo poderá absorver eleitores dilmistas. Entretanto, existem condições para que a aprovação do governo Dilma decline mais?

A referida pesquisa do Ibope mostra que 20% dos eleitores afirmam que o governo Dilma é “Péssimo”. Aécio obtém neste universo eleitoral, 35% de intenções de voto. Eduardo Campos tem 30%. Conclusão: o principal adversário do PSB é o PSDB. Ou seja: se a reprovação de Dilma aumentar, Aécio e Eduardo tendem a crescer. Mas esta afirmação contradiz com a assertiva do parágrafo anterior? Sim. Não está claro, portanto, quem será fortemente beneficiado caso a avaliação de Dilma decline.

A pesquisa do Ibope (Maio/2014) sugere também que existe “teto” para o crescimento eleitoral da presidente Dilma. No primeiro turno, a presidenta obtém 40% de intenções de voto. No segundo turno, o seu porcentual máximo é de 43%. Mas tal teto me conduz a óbvia constatação: a pesquisa do Ibope mostra que a Avaliação da administração continua a sugerir associação significativa com a intenção de voto. Neste sentido, é possível que a avaliação positiva de Dilma decline mais?  Esta é a indagação fundamental para o PT, PSB e o PSDB. 

Há um segmento no PSB, já identificado pelo governador João Lyra Neto, tentando fomentar intrigas dele com o ex-governador Eduardo Campos. Quando Dilma esteve em Serra Talhada, por ocasião da entrega da Adutora do Pajeú, fizeram chegar aos ouvidos de Eduardo a versão de que Lyra estava aos beijos e abraços com Dilma, não tendo sequer feito referências a ele nem ao seu governo durante discurso.

Mas Lyra não seria maluco ao ponto de sequer citar o nome de Eduardo em sua fala porque o ambiente em Serra, preparado pelo prefeito petista Luciano Duque, estava tão carregado se o governador viesse a fazer qualquer referência a Eduardo correria o risco de levar uma estrondosa vaia.

Quando estourou a greve da Polícia Militar e João Lyra imediatamente acionou o Exército e as Forças Nacionais para garantir segurança à população, os fofoqueiros de plantão, a serviço desta intriga, espalharam que Eduardo ficou extremamente desapontado, porque teria ficado a impressão, ao final do movimento grevista, que teria sido Dilma, candidata à reeleição, a responsável pelo fim do conflito.

Agora, correm nos bastidores que João Lyra e Dilma se falam praticamente todos os dias e estariam afinados, numa relação institucional de fazer inveja. Nunca vi tamanha bobagem! Se for por aí, esses mexeriqueiros vão quebrar a cara.

A obrigação de um gestor estadual é, com responsabilidade, criar um ambiente favorável com a União para atrair o maior volume possível de obras, projetos e benefícios para a população. João Lyra vem cumprindo o seu papel neste mandado tampão de nove meses com muita competência, transparência e retidão, não dando ouvidos a fofocas e intrigas.

PT SAI NA FRENTE– Pesquisa Vox Populi divulgada, ontem, aponta vitória, em primeiro turno, do pré-candidato do PT ao Governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel.  No confronto direto com seu principal adversário, Pimentel tem 35% das intenções de voto, enquanto Pimenta da Veiga (PSDB) aparece com apenas 19%. Brancos e nulos somam 20%, não sabem e não responderam, 26%.

Dilma e Aécio empatados– Na disputa presidencial em Minas, o tucano Aécio Neves aparece com 22% dos votos, à frente da presidente Dilma Rousseff, com 20%, e do socialista Eduardo Campos, com 2%. Para o Senado, o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) lidera a corrida com 56% das intenções de votos.

Reação fria– Sobre a declaração do ex-jogador Ronaldo, de apoio a Aécio, Eduardo disse que “qualquer cidadão tem direito, na democracia, de fazer sua escolha”. Quanto ao fato de Ronaldo sentir “vergonha” por conta do atraso nas obras da Copa, o socialista foi enfático. "O fato é que a Copa do Mundo foi trazida para o Brasil em circunstância distinta das circunstâncias que o Brasil vive hoje".

Ciúme de macho- O candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, teve que administrar em Serra Talhada, sábado passado, uma crise de ciúme do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB). Tudo porque ele preparou uma buchada em sua fazenda para recepcionar a caravana socialista, mas Câmara e Fernando Bezerra, este candidato a senador, preferiram provar o bode assado do deputado Sebastião Oliveira.

Com tesão de noivo – Arraesista de carteirinha, o velho Adilson Gomes rejuvenesceu na campanha de Paulo Câmara (PSB) a governador. Da mesma forma como coordenou as duas campanhas de Arraes para governador, tem andado pelo Interior com uma disposição de gigante.

CURTAS

ILEGALIDADE– A justiça decretou a ilegalidade da greve dos professores de Custódia, que estão de braços cruzados há uma semana, cobrando não apenas reajuste salarial como melhores condições de trabalho.

NO COMANDO- O ex-prefeito de Itapetim, Adelmo Moura, também integra, ao lado de Gilberto Rodrigues, a coordenação da campanha de Paulo Câmara, candidato a governador pelo PSB, no Sertão do Pajeú.

Perguntar não ofende: Os protestos na Copa vão debandar para a violência?

O primeiro dia de votação na eleição presidencial no Egito se transformou em uma celebração nacionalista com muitos eleitores comemorando a possível vitória do ex-chefe militar Abdel Fattah al-Sisi, que liderou no ano passado o golpe que derrubou o primeiro presidente eleito livremente.

A eleição, que vai até amanhã, também mostrou as divisões amargas que o Egito vive desde a deposição do líder islâmico Mohamed Morsi. Em cidades onde os islamitas dominam, a votação foi quase inexistente.

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Al-Sisi busca mais do que uma vitória esmagadora no peito. O marechal espera por uma forte participação dos cidadãos para mostrar à crítica internacional que a deposição de Morsi, em julho do ano passado, refletiu a vontade do povo. Ele tem ainda a seu favor o apoio de todo o aparelho governamental e das instituições - até mesmo da Comissão Eleitoral, que deveria ser independente.

Seu rival potencial é o político Hamdeen Sabahi, de esquerda, que terminou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2012.

O que deve pesar em favor de al-Sisi é o seu forte discurso militarista, que ganha adeptos entre os eleitores que estão cansados da onda de violência, que acompanhada de um declínio econômico tomou contra do Egito nos últimos três anos. Essa ala do eleitorado adotaram o marechal como candidato, uma vez que ele prometeu acabar com os tumultos no país.

As forças de segurança travaram uma sangrenta repressão contra a Irmandade Muçulmana de Morsi e outros grupos islâmicos, matando centenas de pessoas e prendendo outras milhares - entre as quais, conhecidas lideranças críticas aos militares.

Enquanto os partidários de al-Sisi dizem que ele salvou o Egito dos islamitas, os eleitores pró-Morsi acusam-no de esmagar a democracia com um golpe. Os críticos avaliam que a vitória do marechal poderá consolidar um retorno a autocracia, ao estilo do ex-ditador Hosni Mubarak. Fonte: Associated Press.

A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou em reunião na manhã desta segunda-feira a redação final das diretrizes de programa de governo para a eleição de 2014, quando a presidente Dilma Rousseff tentará conquistar um segundo mandato. No texto, os petistas defendem a reforma política, a ampliação de formas de democracia participativa e a regulação dos meios de comunicação, além do combate à pobreza e o aumento da produtividade da economia brasileira. A base da redação havia sido aprovada no Encontro Nacional do PT, realizado no início de maio, em São Paulo, mas a executiva nacional deu aval hoje à versão final, já com as emendas.

As diretrizes, intituladas "Um Novo Ciclo de Mudanças", são compostas por 18 pontos em que o partido defende a reeleição de Dilma e apresenta propostas que devem constar no programa de governo da petista - documento posterior que precisa ser discutido também com as legendas que vão fazer parte da coligação de Dilma.

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O documento é carregado de críticas indiretas aos dois principais prováveis oponentes da presidente no pleito de outubro: o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). "A proposta de um novo ciclo de mudanças constitui a melhor resposta aos que tentam manipular as legítimas aspirações de mudança do povo brasileiro, propondo o retorno aos tempos dos governos neoliberais de Fernando Henrique Cardoso", diz um trecho do texto. "Constitui, também, a melhor forma de desmascarar quem tenta se apresentar como 'terceira via', mas concilia com os interesses neoliberais".

Diretrizes

O documento avalizado hoje pelo comando do PT coloca como prioridade a aprovação de uma reforma política, uma das bandeiras levantadas pela presidente Dilma Rousseff após as manifestações de junho do ano passado. O partido também defende a convocação de uma Constituinte Exclusiva para tratar do tema para eliminar "o financiamento empresarial privado nos processos eleitorais, que constitui uma das fontes da corrupção sistêmica que afeta o funcionamento de nosso sistema republicano".

As diretrizes também defendem a regulação dos meios de comunicação para "proteger e promover os direitos humanos e combater os monopólios". A regulação dos meios de comunicação proposta pelo partido é criticada por setores que consideram isso uma forma de controle da imprensa. Sobre isso, o documento petista alega que a regulação não implica "em qualquer forma de censura, limitação ou controle de conteúdos".

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou na manhã desta segunda-feira que seu partido terá candidatura própria à Presidência da República nas eleições gerais de 2018. Este ano, o partido deverá ratificar na convenção de junho a aliança nacional com o PT da presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição e terá novamente o peemedebista como vice em sua chapa. A declaração de Temer foi feita no evento ‘Estratégias de Comunicação e Marketing Político’, promovido pelo PMDB Mulher, em um hotel da capital paulista.

Ao falar de seu partido, Temer disse que "o PMDB tem o poder político", por isso os correligionários não podem ser pessimistas. E exemplificou: "Temos as presidências da Câmara, Senado e a vice-presidência da República. Os outros (partidos) temem nosso poder político, que será ainda maior nestas eleições." Pelas suas contas, o partido deverá eleger por São Paulo neste pleito pelo menos uma bancada de sete deputados federais.

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O presidente do PMDB de São Paulo, deputado Baleia Rossi, que também participa do evento, disse que a sigla tem desafios no Estado. "O grande desafio é unir todas as lideranças para eleger Paulo Skaf (pré-candidato da legenda no Estado) o futuro governador de São Paulo." E disse que, além do desafio de eleger Skaf, existe outro: "Reconduzir Temer à vice-presidência da República."

Numa resposta às críticas dos adversários, Baleia Rossi citou os avanços sociais do governo petista, como os programas Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, e disse que os avanços da gestão da presidente Dilma Rousseff foram possíveis porque ela conta com o peemedebista Michel Temer como vice.

Uma das organizadoras do evento, Vanessa Damo, deputada estadual e presidente do PMDB Mulher de São Paulo, também falou da pré-candidatura de Skaf e foi bastante aplaudida pela plateia de cerca de cem pessoas quando disse que a sigla não será vice de ninguém no Estado. "Teremos candidatura própria ao Palácio dos Bandeirantes", afirmou.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o principal grupo de monitoração para eleição presidencial na Ucrânia, disse que a votação no país pode ser "caracterizada por uma elevada taxa de participação e pela determinação clara das autoridades em realizar uma eleição genuína", em linha, na maioria da vezes, com os compromissos internacionais e com respeito pela liberdades fundamentais, na grande maioria do país.

O grupo teve mil observadores no país durante a votação e disse, em uma análise preliminar divulgada nesta segunda-feira, que o processo ocorreu bem em 98% dos postos eleitorais analisadas, com uma participação de cerca de 60%. "O processo de votação e de contagem foi ordenado e bem organizado na maioria das mesas de votação observadas, com apenas problemas processuais menores observados," disse o relatório.

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O grupo relatou dificuldades nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, onde grupos pró-Rússia tomaram prédios do governo e realizaram referendos, no qual buscaram se separar da Ucrânia. A votação não ocorreu na Crimeia, que foi anexada pela Rússia.

A OSCE disse que comissões eleitorais locais foram fechadas por grupos armados nessas áreas. Além disso, foram relatadas intimidação das autoridades eleitorais, incluindo sequestros, ameaças de morte e entrada forçada em casas particulares. O representante de um candidato foi baleado, acrescentou o relatório.

No geral, a votação não ocorreu em 10 dos 12 distritos eleitorais em Luhansk e em 14 de 22 em Donetsk, afirmou a OSCE. Essa foi uma parcela relativamente pequena dos distritos eleitorais entre os mais de 200 em todo o país. Fonte: Dow Jones Newswires.

Toda semana um prefeito adere ao palanque de Paulo Câmara, candidato a governador pelo PSB. Há 15 dias foram os de Gravatá e Arcoverde, dois importantes colégios eleitorais. Ontem, foi o da pequenina Santa Terezinha, no Sertão do Pajeú. Que importância tem no processo eleitoral? Se o gestor estiver bem com a população, soma. 

São raros, entretanto, os que estão bem avaliados. Sem sintonia com o seu eleitorado o apoio pode ser maléfico, ou seja, tirar mais votos do que transferir. No Interior, quando a população anda desapontada com o prefeito que elegeu toda decisão tomada por ele, costuma reagir na outra mão, votando no candidato oposicionista. 

Com o municipalismo falido e prefeito se dando ao luxo de exibir carros caríssimos, como Hillux, enquanto a saúde e a educação não funcionam, a ira do eleitor aumenta muito mais. Por isso, não é bom soltar fogos para adesistas. 

Prefeito que muda de lado como o vento e de candidato ao sabor do oportunismo, ganha, consequentemente, a ojeriza e o repúdio dos formadores de opinião, perdendo o voto livre e independente. 

O que vai definir esta eleição para governador não é a soma de apoios de prefeitos, mas a grande possibilidade do eleitor casar o voto com o do seu candidato a presidente, especialmente porque, no caso de Pernambuco, pela primeira vez o Estado tem um candidato ao Planalto. 

Se Eduardo crescer nas pesquisas e sinalizar alguma chance de ir ao segundo turno evidentemente que o seu candidato no Estado, Paulo Câmara, tira dividendos. Mas se continuar patinando e Dilma ameaçar liquidar a fatura logo no primeiro turno, nem um milagre arrasta Câmara. 

Consequentemente, Armando se beneficia, assim como o candidato a senador da sua chapa, o deputado João Paulo, que já tem, historicamente, identidade com o palanque nacional petista. Se prefeito decidisse eleição ou influenciasse para cima, José Múcio Monteiro tinha derrotado Arraes em 1986 e Mendonça Filho igualmente Eduardo em 2006. 

COORDENAÇÃO – De todos os municípios que Paulo Câmara percorreu no último fim de semana o que mais atraiu público foi o de São José do Egito, administrada pelo petista Romério Guimarães. Mas isso não se deu por acaso. Foi graças ao poder de mobilização de Gilberto Rodrigues, que assumiu a coordenação regional da campanha de Câmara no Pajeú. 

Roendo as unhas – A lista dos prováveis fichas sujas do Tribunal de Contas, liberada na última quinta-feira com mais de 1,5 mil gestores, deixou muita gente com os nervos à flor da pele, entre eles pré-candidatos a deputado, com os ex-prefeitos de Serra Talhada, Carlos Evandro, e de Carnaíba, Anchieta Patriota, ambos do PSB. 

Peso dos nanicos – Na corrida presidencial, as candidaturas nanicas estão fazendo diferença nesta fase da eleição. No Datafolha, os nanicos têm juntos 7%. Numa simulação de votos válidos, isso corresponde a 9,21%. No Ibope, eles tiveram 5%. O que em votos válidos dá 6,57%. Esse desempenho está inflado, pois no pleito de 2010 os nanicos obtiveram 1,15% dos votos válidos. 

No Chevrolet - A convenção que homologará a candidatura de Armando Monteiro a governador está marcada, inicialmente, para o próximo dia 29, no Chevrolet Hall, mas pode sofrer mudança se neste dia for marcado jogo da seleção brasileira. O trabalhista falta escolher ainda o vice da sua chapa, que tende a sair do PDT ou do PP. 

No fogo ardente – O senador Benedito Lira e seu filho, o deputado federal Arthur Lira, ambos do PP de Alagoas, estariam envolvidos com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato acusado de lavagem dinheiro, de acordo com a revista Veja desta semana. Candidato ao Governo alagoano, Lira já acenou pelo apoio à candidatura presidencial de Eduardo (PSB). 

CURTAS

COM OBRAS – O prefeito de Sertânia, Guga Lins (PSDB) comemorou os 141 anos de emancipação política, sábado passado, assinando ordens de serviço para duas quadras poliesportivas na zona rural e Unidades Básicas de Saúde da Família na Vila Ferro Velho e na Vila 13 de maio. 

NO RODA VIVA - Hoje, o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos, é o entrevistado do programa Roda Viva, da TV-Cultura, de São Paulo. Na próxima segunda-feira, será a vez do postulante tucano Aécio Neves. A presidente Dilma foi convidada, mas não confirmou sua participação. 

Perguntar não ofende: Por que Dilma teme o debate no programa Roda Viva? 

Com mais de 6 milhões de trabalhadores filiados, as cinco maiores centrais sindicais do País estão divididas em relação à eleição presidencial - diferentemente do que ocorreu em 2010, quando todas apoiaram a petista Dilma Rousseff. Há discordâncias até no interior de cada entidade.

Até agora, as três maiores delas - Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - já contam com suas cúpulas envolvidas no apoio declarado a, respectivamente, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O respaldo desse apoio nas bases, porém, não é pleno.

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O melhor exemplo disso é a CUT, braço sindical do PT, partido da presidente. Com seus 2,2 mil sindicatos e 2,7 milhões de sócios, é a maior delas e majoritariamente pró-Dilma.

"Os servidores estão muito magoados com Dilma, que não cumpriu as promessas políticas que a elegeram. Defendemos a neutralidade da CUT nessas eleições", disse Sergio Ronaldo da Silva, secretário-geral da confederação dos servidores federais, a Condsef, filiada à CUT.

"Não é possível sustentar esse distanciamento da presidente com o movimento sindical em um segundo mandato, mas, para nós, é indiscutível que Dilma encarna o melhor projeto para os trabalhadores brasileiros", disse Adi dos Santos, presidente da CUT em São Paulo. Segundo ele, os servidores precisam compreender o quadro geral: "Eles ganharam muito com Lula, é verdade, mas o que perderam com Dilma? Nada. O País é muito maior que a Condsef, a CUT e todo o movimento sindical, e isso precisa ser pensado na hora do voto".

Indicação

A Força Sindical também tem discordâncias internas sobre a sucessão. Segunda maior central do País, com 1,6 mil sindicatos e pouco mais de 1 milhão de filiados, seu principal líder, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SDD-SP), concedeu apoio formal de seu partido, o Solidariedade, para a campanha de Aécio Neves (PSDB). E sugeriu Miguel Torres, seu sucessor tanto na presidência da Força Sindical quanto no poderoso Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para a vice de Aécio.

"Em 2010, a Força esteve fortemente com Dilma, porque acreditávamos que haveria uma continuidade", disse Torres. "Lula conversava com as centrais, e chamava para falar e ouvir, mesmo quando fosse para negar uma proposta nossa. Dilma não recebe, e não fez política econômica boa. Os trabalhadores perderam poder de compra por causa da inflação."

Tanto Paulinho como Torres enfrentam resistências. O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, tenta convencer os associados à central a votar em Dilma. Um dos seus aliados nessa opção é Jorge Nazareno, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, filiado à Força.

Para Nazareno, o projeto petista ainda é superior ao dos demais candidatos. "A dificuldade de diálogo com a presidente é real, e isso não é bom para os trabalhadores", disse o dirigente, que é filiado ao PT. "Mas o projeto do PT ainda é superior a todos os outros quando olhamos a pauta sindical. Ela só terá chances de avanço com Dilma."

Bases

As dissidências atingem ainda a terceira maior central, a UGT. Em 2010, parte da cúpula da central declarou apoio a Serra, mas a grande maioria dos filiados embarcou na campanha de Dilma. Agora, enquanto o presidente da entidade, Ricardo Patah (PSD), defende a reeleição da presidente, outros dirigentes, ligados ao PPS, defendem Eduardo Campos (PSB).

"Fizemos uma pesquisa, em nosso último congresso sindical, ano passado, e vimos que a maior parte da base vota no PT. É claro que parte da base é muito influenciada pelo que diz a central, mas todos têm suas ligações partidárias já definidas", defende Patah, que também preside o Sindicato dos Comerciários de São Paulo. "Eu não tenho como direcionar o voto de todos os 480 mil comerciários da cidade, mas há influência, claro", disse.

A entrada da chapa Eduardo Campos e Marina Silva é forte na UGT, e crescente na CTB, braço sindical do PC do B. Em 2010, a CTB estava de "corpo e alma" com Dilma, disse Joilson Cardoso, vice-presidente da entidade, "mas o quadro agora é totalmente diferente".

Segundo Cardoso, que também é secretário sindical nacional do PSB, "houve uma estagnação do projeto trabalhista no governo Dilma". Para ele, o apoio a Eduardo Campos tem sido crescente no movimento sindical, que renega "os anos de desemprego do PSDB de Aécio, e o atraso que é Dilma". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Bélgica mais uma vez terá que negociar uma coalizão entre a esquerda e a direita para formar um governo após as eleições nacionais. Há quatro anos, o país demorou 541 dias para chegar a um acordo, o que aumentou o nervosismo nos mercados financeiros, já que os partidos discordavam sobre mudanças constitucionais para dar à região de Flanders mais autonomia.

Agora, a mesma questão irá retornar. O partido de direita N-VA sagrou-se vencedor em Flanders, enquanto o Partido Socialista ganhou em Wallonia. "Nosso complicado país se tornou ainda mais complicado", disse o líder do N-VA, Bart De Wever.

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As projeções mostram que De Wever conquistou 34 dos 150 assentos no Parlamento, um salto de 7 sobre as últimas eleições, tornando-se o maior partido com representantes. O Partido Socialista, do primeiro-ministro Elio Di Rupo, perdeu um assento, recuando para 25 representantes, segundo mostraram as projeções.

Durante a campanha eleitoral, Di Rupo e De Wever usaram todas as oportunidades para ressaltaram o quanto não gostam um do outro. Fonte: Associated Press.

Rosa Brandonisio e Patricia Gutiérrez, esposas de prefeitos presos e destituídos em março deste ano, venceram as eleições municipais de San Diego e San Cristóbal, respectivamente.

Segundo números do Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela, Brandonisio, casada com Enzo Scarano, venceu com 87,68% dos votos, enquanto Gutiérrez, esposa de Daniel Ceballos, foi eleita com uma aprovação de 73,62%.

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Nos últimos meses, as duas cidades foram marcadas por violentos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. As vitórias das duas esposas não causaram surpresa, já que nos comícios municipais de dezembro Ceballos e Scarano venceram por ampla maioria.

Os dois foram presos e destituídos de seus cargos em março. Na época, o Tribunal Supremo de Justiça alegou que ambos desacataram uma ordem judicial que exigia o desmonte de barricadas em seus municípios.

No domingo, Maduro afirmou que reconheceria os candidatos que ganhassem as eleições, acrescentando que "se voltarem os loucos e começarem a queimar o município, outra vez as autoridades atuarão". O presidente também disse que nos próximos dias apresentará ao país provas de um suposto plano para um golpe de estado, que estaria sendo preparado por "empresários e políticos de direita". Fonte: Associated Press.

Uma pesquisa de boca de urna mostra que o ex-ministro de Relações Exteriores Petro Poroshenko deve vencer as eleições na Ucrânia em primeiro turno. O levantamento, conduzido por três respeitados institutos de pesquisa do país, apontou que o bilionário Poroshenko recebeu 55,9% dos votos.

Em segundo lugar está a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, com 12,9% dos votos. Os resultados oficiais devem ser anunciados nesta segunda-feira.

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A eleição pode ser um passo crucial para dar fim à crise na Ucrânia. Autoridades do país afirmaram que mais de 40% dos eleitores registrados compareceram às urnas até às 15h do horário local - cinco horas antes de a votação ser encerrada. Mesmo assim, menos de um quarto dos locais de votação foram abertos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Rússia.

"A participação nas eleições será alta", afirmou o presidente da Comissão Central de Eleição da Ucrânia, Mykhailo Okhendovsky. Segundo ele, o resultado será considerado legítimo independentemente das taxas de participação nas regiões separatistas. Na eleição presidencial anterior, em 2010, 67% dos eleitores foram às urnas.

Um pequeno número de eleitores da Crimeia, região de mais de dois milhões de pessoas anexada pela Rússia em março, esforçou-se para votar neste domingo. Valentina Muschinskaya, diretora de uma escola de língua russa, foi de trem até Kiev com sua irmã para exercer seu direito ao voto. "Somos patriotas ucranianas", afirmou.

A Rússia não enviou representantes para monitorar a eleição e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou na semana passada que o país iria confiar na avaliação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês).

Já a senadora dos EUA Kelly Ayotte viajou para Kiev como parte de uma missão de monitoramento liderada pelo Instituto Republicano Nacional, baseado em Washington. Ela culpou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelos problemas nos locais de votação do leste da Ucrânia.

"Obviamente a situação da segurança em Donetsk e Luhansk está evitando que muitas pessoas votem nessas regiões", afirmou a senadora. "Quero deixar claro que existe uma pessoa culpada por essa situação de segurança e ela é Vladimir Putin, porque ele tem controle estratégico do que está ocorrendo lá."

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