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Pesquisa do Ibope divulgada nesta quinta-feira, 22, mostra a presidente Dilma Rousseff com retomada do patamar de intenções de voto que tinha março após ter caído para 37% em abril. A presidente Dilma Rousseff (PT) subiu de 37% em abril para 40%. Os demais candidatos somam 37%. Aécio Neves (PSDB) aparece com 20% das intenções, Eduardo Campos (PSB), com 11%, pastor Everaldo (PSC), com 3%, José Maria (PSTU) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada e outros, juntos, somam 1%

No levantamento anterior, Aécio Neves tinha 14% e Campos, 11% das intenções de voto pelo Ibope mostra que, no cenário mais provável para as eleições de outubro, que considera as candidaturas de partidos nanicos, o segundo turno ainda é uma dúvida.

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Os principais pré-candidatos cresceram na pesquisa com a diminuição de votos brancos, nulos e indecisos. Na pesquisa de abril, brancos e nulos somavam 24% e eleitores indecisos, 13%. No levantamento divulgado hoje, brancos e nulos somam 14% e indecisos, 10%.

O levantamento foi feito entre 15 e 19 de maio com 2.002 pessoas em 140 municípios. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral no dia 17 de maio sob o protocolo BR-00120/2014.

Cenários alternativos

No cenário em que apenas os nomes de Dilma, Aécio e Campos são considerados, a presidente aparece com 39%, Aécio, com 17% e Campos, com 11%. Brancos e nulos somam 21% e 11% não souberam ou não responderam.

No cenário em que o nome de Lula substitui o de Dilma contra Aécio e Campos, o ex-presidente aparece com 46% das intenções de voto. Aécio soma 16% e Campos, 9%. Neste cenário, brancos e nulos somam 20% e indecisos, 9%.

Segundo turno

Num possível segundo turno contra Aécio, a presidente Dilma somaria 43% das intenções de voto contra 24% do tucano, com diferença de 19 pontos porcentuais. No levantamento de abril, a distância era de 21 pontos porcentuais.

Quando o pessebista Eduardo Campos enfrenta a petista, Dilma tem 42% contra 22% do adversário, uma diferença de 20 pontos porcentuais. Na pesquisa divulgada em abril, a distância era de 27 pontos.

Em cenário alternativo para o segundo turno, considerando o Lula como candidato, o ex-presidente ganha com 49% de Aécio (20%). Contra Campos, o petista tem 50% contra 16%.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, Dilma aparece com 22% das intenções de voto, Aécio com 8%, Lula com 6% e Eduardo Campos, com 4%. Brancos e nulos somam 18% e 37% dos entrevistados não souberam dizer ou não responderam à questão.

Taxa de rejeição

A pesquisa Ibope mostra que 43% dos entrevistados não votariam de jeito nenhum na presidente Dilma. Em abril, o porcentual era de 40%. A taxa de rejeição a Aécio oscilou de 39% em abril para 37% em maio. Já a de Campos caiu de 39% para 34%.

Interesse pelas eleições

O Ibope também perguntou sobre o nível de interesse dos eleitores pelo pleito de outubro: 14% dos entrevistados se declararam muito interessados nas eleições; 27% dizem ter interesse médio; 29% afirmaram ter pouco interesse e 28% manifestaram nenhum interesse nas eleições de outubro.

O PTB oficializou nesta quarta-feira seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e, depois de PT e PSD, passa a ser o terceiro partido a confirmar presença na coalizão de sua reeleição. O gesto da legenda deve garantir cerca de um minuto a mais no tempo de rádio e TV de Dilma.

A própria presidente participou do almoço com integrantes do partido na sede nacional da legenda. Em seu discurso, afagou o partido e disse que "o povo sabe o que está em jogo" nas eleições. "Geralmente, o povo sabe o que está em jogo. Essa é a aliança fundamental, a aliança feita com os interesses da população. Fico muito feliz de, nesta eleição, ter o apoio do PTB, do partido e estar aqui, hoje"

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A presidente também aproveitou a ocasião para defender a candidatura do senador Armando Monteiro ao governo de Pernambuco, reduto eleitoral do presidente do PSB, Eduardo Campos, possível adversários de Dilma nas próximas eleições presidenciais. "Hoje, estamos diante de um processo eleitoral. O PTB tem deputados estaduais, federais, senadores e um governador, que é o Armando Monteiro. Considero fundamental a eleição do Armando Monteiro em Pernambuco. Ele pode contar, e ele sabe disso, com todos nós. Porque ele representa um processo muito adequado para Pernambuco".

Ao fazer referencias sobre a importância de ter um partido trabalhista na aliança da campanha, Dilma cometeu uma gafe e trocou o nome da legenda. "Ter a lealdade do PDT... do PTB nesta mudança. Aliás, eu falei PDT porque tem um detalhe aqui que talvez vocês não saibam, eu fui do PTB. Teve um período entre a criação do PTB e a criação do PDT no qual eu fui do PTB", consertou.

Presente no evento, Cristiane Brasil, presidente do PTB mulher e a filha do ex-deputado Roberto Jefferson, preso em razão do julgamento do mensalão, defendeu Dilma ao falar da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, que motivou a abertura de uma CPI no Senado. "Agora, ela (Dilma) é o alvo pela compra de Pasadena. Ela errou, errou, errou. CPI nela. E o Jorge Gerdau Johannpeter? Fazia parte do Conselho da Petrobras, e não vi uma linha sobre ele".

O Facebook planeja lançar o botão que irá indicar, no perfil do usuário, que ele votou durante as eleições estaduais e federais que ocorrerão no Brasil em outubro deste ano, segundo informações da agência de notícias Reuters. O botão já foi utilizado durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos, em 2012. Na ocasião, nove milhões de pessoas compartilharam sua participação na rede social.

Ao clicar no botão, os usuários declaram ser votantes aos seus contatos, mas não revelam qual foi o candidato escolhido. Segundo a Reuters, essa é uma forma de o Facebook integrar seus serviços às ações cotidianas da vida das pessoas.

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Prevendo que o serviço esteja disponível nos lugares em que ocorrem votações em todo o mundo, o Facebook estima que as mensagens sejam vistas por 400 milhões de pessoas neste ano.

O presidente do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira, minimizou, nesta quarta-feira, 21, a escolha do candidato a vice na chapa do governador e correligionário Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição no pleito de outubro deste ano. Indagado sobre se o nome já está definido, Nogueira citou os mais cotados, como o presidente do PSB paulista, deputado Márcio França, e o ex-prefeito e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e emendou: "Não existe candidatura a vice, é uma confluência para ganhar as eleições."

A afirmação do tucano é feita num momento em que as candidaturas ao governo do Estado de São Paulo, não apenas a do PSDB, buscam fechar alianças e compor as chapas majoritárias. Nogueira confirmou que a convenção estadual que definirá a candidatura de Alckmin à reeleição será no dia 28 de junho pela manhã na Assembleia Legislativa de São Paulo e a nacional, que vai referendar o nome do senador mineiro Aécio Neves à disputa pela Presidência da República, será no dia 14 de junho no Expo Center Norte, na Capital.

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Minas está em pé de guerra com o candidato do PSB ao Planalto, Eduardo Campos. As reações, duras, pelo fato dele ter rompido acordo com Aécio Neves, para não lançar candidato a governador do PSB naquele Estado, começam a se esboçar.

Presidente da legenda tucana em Minas, Marcus Pestana diz que, em nenhum momento, o partido foi informado de uma posição diferente de Eduardo, pela qual o PSDB apoiaria o candidato socialista em Pernambuco e o PSB faria o mesmo em Minas, apoiando um candidato tucano.

“Não fomos comunicados. Para nós, a quebra da palavra empenhada é grave. Romper o acordo de Minas, com contrapartida em Pernambuco, é algo inacreditável”, disse Pestana, para quem haverá desdobramentos ruins para o PSB.

“Eduardo tem a pretensão de ser presidente da República? Será que imagina ter o nosso apoio numa hipotética passagem para o segundo turno? Com que argumentos ele pode propor qualquer acordo futuro com o PSDB se fura os compromissos assumidos já no primeiro degrau da escada?”

Pestana realça que, diferentemente do PSB, que está integrado ao governo tucano de Minas desde 2002, quando Aécio chegou ao Palácio da Liberdade, “o PSDB fazia oposição ao governo de Eduardo Campos em Pernambuco”.

“Nós cumprimos a nossa parte no acordo”, acrescentou, numa conversa com Josias de Souza. “Fizemos isso confiando na palavra do Eduardo. Como pode agora o PSB, que participa do nosso governo, dizer que não vai nos apoiar em Minas?” O candidato de Aécio à sucessão mineira é o tucano Pimenta da Veiga. “Isso é uma agressão à memória do Sérgio Guerra”,  declarou Pestana, referindo-se ao ex-presidente nacional do PSDB, morto em março passado.

Pernambucano, Guerra era amigo de Eduardo Campos. “Foi ele quem negociou esse acordo, sacramentado na casa do Eduardo.” Na última segunda-feira, após participar da solenidade de lançamento da candidatura do ex-governador tucano Antônio Anastasia ao Senado, Aécio também disse meia dúzia de palavras sobre a movimentação do PSB.

“Eu não mudarei a minha estratégia e, tampouco, o entendimento, os acordos que firmei. Pelo menos da minha parte, eles serão honrados.” Indagado sobre a motivação do PSB, Aécio absteve-se de comentar: “Não posso dizer. Tem que perguntar para eles”.

COM DILMA– O PP só não está apoiando Dilma no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Acre e Rio de Janeiro. No RS, Ana Amélia, candidata ao Governo, e em Minas Gerais, a preferência é por Aécio Neves. O mesmo acontece no Acre, onde o partido lidera a oposição ao governador Tião Viana (PT). No Rio, está dividido. Há ainda o Amazonas, que pode ficar com Aécio Neves, se o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), se aliar à deputada Rebeca Garcia, candidata ao governo.

Chapa branca– O Grito da Terra, promovido há 20 anos pela Contag, tirou Brasília do mapa. A entidade já colocou oito mil trabalhadores rurais na Esplanada dos Ministérios. Mas, no ano em que a presidente Dilma concorre à reeleição, a Contag resolveu ficar em casa. Ela fará atos dispersos nos 26 estados.

Pressão no Ceará– O ex-presidente Lula deve entrar no processo sucessório no Ceará para convencer o governador Cid Gomes (PROS) e seu irmão, Ciro, a apoiarem a candidatura ao governo do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira. O Ceará tem cerca de 6,5 milhões de eleitores e a expectativa é de obter 60% dos votos para a presidente Dilma caso PROS e PMDB se unam.

Serra de cena- O ex-governador de São Paulo, José Serra, descartou definitivamente a possibilidade de vir a compor a chapa do tucano Aécio Neves ao Planalto como candidato a vice. Em suas páginas nas redes sociais, Serra informou que ainda está indeciso quanto ao cargo que disputará: senador ou deputado federal.

Estrela da Copa no Sertão- A prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PTB), anunciou, ontem, a grade dos festejos juninos do município incluindo a vedete da Copa do Mundo: Claudinha Leite, que se apresenta no dia 21 de junho. Segundo ela, os patrocínios da festa virão em grande parte da iniciativa privada, do Estado e do tesouro municipal.

CURTAS

RANGO– Na passagem por Serra Talhada, no próximo sábado, o candidato do PSB a governador, Paulo Câmara, e o candidato a senador, Fernando Bezerra Coelho, vão filar o rango na casa do deputado Sebastião Oliveira, candidato a federal, que, ontem, ganhou o apoio do prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano.

COMISSÃO- O deputado Odacy Amorim integra a comissão parlamentar que apresentará ao Governo propostas para mudanças no sistema de saúde da Polícia assim como a discussão de novos critérios para a promoção de praças. A primeira reunião foi ontem, estando marcada a segunda para a próxima semana.

Perguntar não ofende: Quando Lula virá a Pernambuco?

Mesmo assediado por uma ala do partido a não embarcar no projeto eleitoral da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o PP marcou para a próxima semana, no dia 27 de maio, fazer uma declaração de apoio formal à candidata petista. Com isso, o partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI) visa encerrar especulações levantadas pela movimentação de dissidentes internos, que defendem uma aliança nacional com o pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), ou ao menos a neutralidade.

Apesar do anúncio formal ocorrer na semana que vem, num almoço em Brasília, o apoio só deve ser oficializado na convenção nacional da legenda, em 25 de junho. Dentro do PP, partido que comanda o Ministério das Cidades, as principais vozes pró-Aécio são a senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul; o presidente de honra do PP e tio do tucano, senador Francisco Dornelles (RJ), e o atual governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho. Há uma semana, Coelho chegou a ir à Câmara pedir que os deputados fechassem fileiras com Aécio, sob o argumento de que, além de Minas, diretórios como o do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Goiás consideram seguir o mesmo caminho.

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O senador Ciro Nogueira afirmou que a expressiva maioria dos diretórios estaduais caminharão com Dilma. De acordo com ele, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Acre devem seguir com Aécio Neves. Nogueira disse esperar que declaração de apoio no dia 27 de maio ajude a acabar com "especulações" de que a direção nacional poderia abandonar a reeleição de Dilma. Integrantes do partido também devem se encontrar com Dilma na semana que vem para levar-lhe a garantia de que a legenda ficará com ela na sucessão presidencial.

Nos últimos dias, o governo fez movimentos para garantir os aliados na sua coalizão. Alguns deles, como PMDB, PP e PR, enfrentam resistências internas que têm feito com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre em campo. O petista se encontrou na segunda-feira em um hotel em São Paulo com integrantes da cúpula nacional do PMDB. Os peemedebistas saíram com a certeza de que ele deverá apoiar seus candidatos ao governo, tendo em vista que os impasses regionais entre PT e PMDB são um dos principais obstáculos para concretizar a aliança.

A reunião contou com a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e dos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Romero Juca (RR). Entre os temas discutidos na reunião estaria a aliança no Ceará, um dos problemas das duas legendas, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, deverá lançar candidatura ao governo local. "Lula disse com todas as letras que vai apoiar o Eunício, independentemente do que acontecer lá com o PT", afirmou o senador Valdir Raupp. Questionado sobre que tipo de apoio teria ficado acertado com o ex-presidente Lula, o senador respondeu: "Acho que é integral, gravar os programas, pedir voto".

O PT divulgou nesta terça-feira, em sua página oficial do Facebook, uma nota sobre o episódio que envolve o criador da personagem Dilma Bolada, Jeferson Monteiro, e uma agência que teria convidado o publicitário para trabalhar na campanha presidencial do PSDB.

O PT classificou o episódio de "proposta indecente" e, ao fim da mensagem, colocou a menção #GuerraSujaNão. Monteiro escreveu ontem à noite, em sua conta particular do Facebook, que foi convidado a trabalhar na campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB). A página "fake" criada por Monteiro ficou famosa na internet pelas sátiras feitas da presidente Dilma Rousseff e pelas piadas com os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves e Eduardo Campos (PSB).

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Com o título "Dilma Bolada: não está à venda!", Monteiro afirma que foi procurado há algumas semanas por uma agência de publicidade. "A agência tinha um plano de venda de apoio político das suas páginas para as eleições presidenciais deste ano. Ou seja, diversas páginas que todos curtem, gostam e recebem conteúdo diários, iriam fazer campanha eleitoral para o candidato que fechasse um contrato milionário com eles e iria assim difamar os opositores, praticamente um 'mensalet'", afirma o estudante. A nota do PT repete o que Monteiro escreveu anteriormente ao dizer que "Lealdade não se compra e não se vende".

A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12.976/14, que estabelece a ordem dos cargos a serem exibidos para votação na urna eletrônica. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (20).

Pela regra, a urna deverá exibir a opções para votação na seguinte ordem: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e vice-governador, e presidente e vice-presidente. Nas eleições municipais, a ordem será vereador, e prefeito e vice-prefeito.

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O ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do mensalão mineiro, disse ontem, em Belo Horizonte, que pretende participar das futuras campanhas tucanas de Aécio Neves à Presidência e de Pimenta da Veiga para o governo de Minas. "Sou fundador do partido. Vou defender o Pimenta e o Aécio", afirmou.

Ex-presidente nacional do PSDB, Azeredo dividiu com os correligionários o palco do evento no qual foram confirmados os nomes da futura chapa majoritária encabeçada por Pimenta - o candidato a vice será o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, deputado estadual Dinis Pinheiro (PP), e o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) vai concorrer a uma vaga no Senado.

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Azeredo renunciou ao cargo de deputado federal em fevereiro deste ano após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir sua condenação a 22 anos de prisão por envolvimento no mensalão mineiro - um esquema, conforme a acusação do Ministério Público Federal, que consistiu no desvio de recursos públicos para a campanha do tucano, então governador de Minas e candidato à reeleição, em 1998. Naquela eleição, Azeredo foi derrotado no segundo turno por Itamar Franco.

Após a renúncia, o Supremo Tribunal Federal decidiu mandar para a Justiça de Minas a ação penal contra o ex-deputado federal, que perdeu a prerrogativa do foro privilegiado. A ação estava pronta para ser julgada no Supremo, mas ainda não desceu para a Justiça de primeira instância.

Caso a ação seja juntada ao processo contra 12 réus que tramita na 9.ª Vara Criminal de Belo Horizonte, a análise não deve ocorrer antes de 2015, pois ele ainda se encontra na chamada fase de instrução, de oitiva de testemunhas e réus. O Ministério Público de Minas já afirmou que vai entrar com recurso para que a ação contra Azeredo seja julgada em separado, o que pode fazer com que o julgamento ocorra ainda neste ano.

A preocupação na campanha de Aécio é com a possibilidade de o julgamento ocorrer no período eleitoral, o que poderia causar danos à futura campanha do presidenciável tucano.

Ontem, Azeredo, que afirma ser inocente e nega responsabilidade em eventuais crimes cometidos na campanha de 1998, disse que tem "condição moral" de participar das campanhas presidencial e estadual. "Estou participando e vou continuar participando (das campanhas de Aécio e Pimenta) porque tenho muito mais condição moral que muita gente que está por aí", disse após o evento.

Os pré-candidatos também falaram sobre a presença do ex-deputado na campanha, mas nenhum dos dois quis entrar em detalhes. Segundo Aécio, Azeredo poderá participar da campanha presidencial "da forma que ele achar adequada". Mas questionado sobre a presença do correligionário nos palanques, mudou de assunto: "Vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil. Isso aí eu já respondi".

Pimenta disse que Azeredo participará da campanha pelo governo de Minas "como for conveniente". "Pesam contra ele acusações. Nunca foi condenado por nada." Ao ser perguntado como seria a participação conveniente, o ex-ministro disse que "ninguém está interessado nesse assunto, quer saber como vai ser o próximo governo".

Renúncia

Azeredo disse que renunciou porque "não queria prejudicar ninguém". Citou apenas seus "companheiros" de partido. "Estava muito sentido mesmo. Quem tem moral, vergonha na cara, fica sentido quando é injustiçado. Tinha sido injustiçado e não estava bem de saúde."

O então deputado deixou o cargo um dia antes de evento no qual foi confirmado o nome de Pimenta para a disputa pelo governo de Minas. O ex-ministro foi indiciado recentemente pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro em um inquérito - instaurado no ano passado, como desdobramento da denúncia do mensalão mineiro - que investiga o repasse de R$ 300 mil das empresas de Marcos Valério para Pimenta em 2003. O ex-ministro nega irregularidades e diz que recebeu por prestar serviços advocatícios.

Em sua defesa, Azeredo alega inocência e afirma que a acusação é baseada em provas "forjadas" pelo lobista Nilton Monteiro, que está preso. "Gostaria que divulgassem minha defesa, não apenas aquela loucura do procurador", disse ontem, se referindo às alegações finais apresentadas por Janot ao STF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Da Tailândia propôs à Comissão Eleitoral para que as eleições gerais sejam realizadas no dia 3 de agosto. "Recebemos uma carta do governo ontem, propondo o dia 3 de agosto", disse Somchai Srisuthiyakorn, um dos cinco comissionários da agência eleitoral. "O governo nos pediu uma resposta até esta sexta-feira. Os representantes devem se reunir nesta quarta-feira para avaliar o pedido do governo.

Na carta entregue à Comissão Eleitoral, o governo disse que concorda em dar à comissão o poder de adiar novamente a eleição, caso seja necessário. A condição foi definida como uma tentativa de evitar possíveis obstruções e uma repetição da eleição realizada no dia 2 de fevereiro, que foi parcialmente interrompida por manifestantes antigoverno. Em março, a eleição foi anulada pelo Tribunal Constitucional da Tailândia.

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Neste mês, governo e comissão haviam concordado em realizar um novo pleito no dia 20 de junho, mas a data foi cancelada devido ao retorno dos conflitos políticos no país.

Segundo Somchai, a declaração da Lei Marcial pelo exército não tem impacto sobre o trabalho da Comissão Eleitoral ou no planejamento de uma nova eleição. "Enquanto a atual constituição estiver válida, o governo e o Estado ainda estão no mesmo lugar", disse. No entanto, ele acrescentou que os representantes do exército podem precisar ser envolvidos na definição de uma nova data da votação. Fonte: Dow Jones Newswires.

O pré-candidato da Frente Popular ao Senado, Fernando Bezerra Coelho (PSB), afirmou nesta segunda-feira (19) que os problemas na educação estão travando o desenvolvimento do Brasil. Ele defendeu a criação de uma carreira federal para os professores.

“Não adianta equipar as escolas com os melhores equipamentos quando os professores estão desestimulados. Temos que garantir uma remuneração melhor para a categoria e esta é uma responsabilidade que não pode ser apenas de estados e municípios”, afirmou o pré-candidato, durante entrevista a uma rádio da Mata Norte do Estado.

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Ele lembrou que o Governo Federal investe pouco mais de 10% de todo o montante que é gasto com o setor. O pessebista ainda acrescentou que o Brasil deposita 2.571 dólares/ano por aluno do ensino médio, enquanto a média dos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 9.014 dólares. “Não formamos os jovens como deveríamos, isto implica na perda de competitividade. O País precisa encarar este desafio de frente, caso contrário iremos viver um apagão de professores e comprometer toda uma geração”, disse.

Sem participar de agendas oficiais desde que renunciou ao cargo em fevereiro, o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) compareceu nesta segunda-feira a evento no qual foram confirmados os nomes da chapa aliada do atual governo de Minas que disputará o Executivo estadual e afirmou que participará das campanhas tucanas em Minas e para a Presidência da República. "Sou fundador do partido. Vou defender o Pimenta e o Aécio", declarou, referindo-se, respectivamente, ao ex-ministro Pimenta da Veiga, que disputará o governo mineiro, e ao senador Aécio Neves (MG), que representará o tucanato na corrida presidencial.

"Estou participando e vou continuar participando porque tenho muito mais condição moral que muita gente que está por aí", declarou Azeredo, após o evento. Aécio e Pimenta também falaram sobre a presença do ex-deputado na campanha, mas nenhum dos dois quis entrar em detalhes. Segundo Aécio, o ex-deputado participará da campanha presidencial "da forma que ele achar adequada". Questionado sobre a presença do correligionário nos palanques, mudou de assunto: "vamos falar de Minas, vamos falar do Brasil. Isso aí eu já respondi".

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De forma semelhante, o ex-ministro disse que Azeredo participará da campanha pelo governo de Minas "como for conveniente". "Pesam contra ele acusações. Nunca foi condenado por nada", observou. Ao ser perguntado como seria a participação conveniente, afirmou que "ninguém está interessado nesse assunto, quer saber como vai ser o próximo governo".

Azeredo renunciou ao mandato após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir condenação a 22 anos de prisão para o então parlamentar pela acusação de seu envolvimento no esquema conhecido como mensalão mineiro ou valerioduto tucano, por causa da participação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O caso ocorreu em 1998 e, segundo a acusação, consistiu em desvio de recursos de estatais mineiras para financiar a campanha pela reeleição de Azeredo, então governador de Minas.

Com a renúncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu enviar o processo contra o tucano para a primeira instância. "Gostaria que divulgassem minha defesa, não apenas aquela loucura do procurador", disse em relação às alegações finais apresentadas por Janot ao STF. Em sua defesa, Azeredo alega inocência e afirma que a acusação é baseada em provas "forjadas" pelo lobista Nilton Monteiro, que está preso.

Azeredo disse hoje que renunciou porque "não queria prejudicar ninguém". Ele não fez referência e nenhum nome e citou apenas seus "companheiros". O então deputado deixou o cargo um dia antes de evento no qual foi confirmado o nome de Pimenta da Veiga - que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por ter recebido R$ 300 mil das empresas de Marcos Valério - para a disputa pelo governo de Minas. Azeredo não participou do ato. "Estava muito sentido mesmo. Quem tem moral, vergonha na cara, fica sentido quando é injustiçado. Tinha sido injustiçado e não estava bem de saúde", disse.

Integrantes da coordenação da pré-campanha presidencial do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), entraram nesta segunda-feira com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o pré-candidato a governador do Maranhão e senador Edison Lobão Filho (PMDB), por propaganda eleitoral antecipada negativa.

A iniciativa ocorreu após o coordenador jurídico nacional da pré-campanha do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), receber um vídeo em que Lobão Filho afirma que Aécio acabará com o programa Bolsa Família caso seja eleito presidente da República. "É uma prova inequívoca da postura nefasta que vem sendo adotada pelo PT em sua propaganda eleitoral, incutindo o medo baseado na mentira, e agora a gente percebe, claramente, qual é a estratégia, essa mentira vem sendo propalada por seus aliados políticos", afirmou Sampaio, na sede do PSDB em Brasília.

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O evento, que contou com a participação do senador do PMDB do Maranhão, teria sido realizado no dia 3 em Barra do Corda, no centro do Estado, no Clube da Loja Maçônica. No vídeo, Lobão Filho faz um discurso e afirma que o pré-candidato do PSDB a presidente contra o programa. "Prefeito, estou preocupado porque o candidato a presidente da República Aécio Neves declarou antes de ontem que ele é contra o Bolsa-Família. Quem de vocês aqui gosta do programa Bolsa-Família levanta mão?", afirma Lobão Filho e, em seguida, emenda. "Isso me preocupa porque os nossos adversários estão unidos ao Aécio Neves, que já disse, em todos os jornais, emissoras de televisão, que é contra o Bolsa-Família e que ele é contra o aumento que a presidente Dilma havia dado ao Bolsa-Família".

Sampaio considerou as declarações como "absurdas" e cobrou apoio da base aliada do governo para aprovar projeto de autoria de Aécio que transforma o Bolsa-Família numa política de Estado. "Porque eles não querem aprovar para não tirar o discurso da mentira. É interessante continuar mentindo em todos os rincões do Brasil quando bastaria aprovar o projeto, que acabaria com a mentira na prática", o coordenador jurídico nacional da pré-campanha do PSDB e deputado de São Paulo. "O que a gente percebe que quando um governo não tem nada de bom para falar de si mesmo, parte para a técnica de falar mal dos outros", acrescentou.

O jornalista Otávio Cabral, editor-executivo da revista Veja, será um dos responsáveis pela comunicação da campanha presidencial do tucano Aécio Neves. Cabral trabalhará com o marqueteiro Paulo Vasconcellos e assumirá o cargo a partir do dia 2 de junho.

Antes de trabalhar na Veja, Cabral passou pelos jornais Folha de S. Paulo e Notícias Populares. No ano passado, ele lançou o livro Dirceu: A biografia, sobre a vida do ex-ministro José Dirceu.

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Reli recentemente o livro de Jessé de Souza, a Modernização Seletiva. Esta excelente obra que coloca luz sobre os principais interpretes do Brasil – Gilberto Fyeire, Roberto DaMatta e Sérgio Buarque de Holanda – sugere que o desvendar dos eventos e hábitos sociais requer a estratificação social dos indivíduos.Quais as visões de mundo dos indivíduos dos segmentos socioeconômicos diversos? Para Jessé de Souza as práticas sociais das pessoas podem não ser semelhantes em virtude do estrato social em que estão inseridas.

A premissa de Jessé de Souza guiou a minha análise das manifestações de junho de 2013. Concluí com base em várias pesquisas de opinião que a causa principal das jornadas de junho foi o aumento da passagem de ônibus na cidade de São Paulo. As manifestações foram fortemente estratificadas economicamente. E a reclamação predominante dos manifestantes foi o aumento da passagem de ônibus. Em seguida, as agendas dos manifestantes foram as que sempre existiram: corrupção, violência e qualificação da oferta de saúde pública.

Logo em seguida às manifestações de junho de 2013 considerei que elas poderiam se repetir em junho de 2014 durante a realização da Copa do Mundo. Porém, os atos de violência praticados por diversos manifestantes, em particular o movimento Black Bloc, incentivaram a perda de apoio popular às manifestações. Neste sentido, afirmei e continuo a afirmar que na Copa do Mundo manifestações pontuais e de baixa intensidade ocorrerão.

Os eventos ocorridos na “super quinta”, em 15/05/2014, representaram novas manifestações. Ao contrário das manifestações de junho de 2013, estas da “super quinta” foram coorporativas. Movimentos dos Sem Teto, funcionários públicos, motoristas de ônibus e trabalhadores associados às entidades sindicais foram às ruas. As pautas principais foram moradia e melhoria salarial.  Os manifestantes de junho de 2013 ficaram em casa.

A “super quinta” representou o terceiro estágio das manifestações. Os levantes de junho corresponderam ao primeiro estágio. O Black Bloc ao segundo. Novos atores e pautas surgiram no terceiro estágio das manifestações. Os atores da “super quinta” não foram os mesmos das jornadas de junho de 2013. As pautas também. Elas só se assemelham num ponto: clamam que os governos atendam às suas demandas.    

Observo que parte dos manifestantes da “super quinta”, no caso o Movimentos dos Sem Teto e funcionários públicos, têm as suas demandas atendidas historicamente pelo PT. Portanto, não cometam erros interpretativos. Os manifestantes da “super quinta” fizeram barulho, sugeriram que a sociedade está inquieta, mas, certamente, caminharão com o PT nas eleições deste ano. 

Nas Copas do Mundo, futebol e política andam juntos. O que difere é a finalidade e a intensidade com que são usados. No Brasil, análises e opiniões se dividem sobre a influência dos resultados nos campos sobre a decisão do eleitor nas urnas. O debate esquentou por aqui. O tema será tratado em dois artigos.

Além das funções organizadora e reguladora, a FIFA exerce um papel eminentemente político (209 filiados, 16 a mais do que a ONU). É detentora do poder máximo sobre as competições de futebol. Onde há poder, há política para o bem ou para o mal.

Escolher a sede da Copa é uma decisão política, ainda que apoiada em critérios objetivos e compromissos explícitos. A primeira Copa, realizada em 1930, por exemplo, contemplou o mérito do pequenino Uruguai, bicampeão olímpico (1924 e 1928).

Se, de um lado, a escolha da sede é política, de outra parte, os países escolhidos fazem uso político das copas de acordo com os interesses que permeiam a conjuntura histórica das nações. Neste sentido, vai da apropriação econômica do evento às possibilidades de legitimação do sistema de poder.

As Copas de 1934/38. Foram usadas como instrumento de  propaganda fascista. A ordem de Mussolini era “Vencer ou Morrer”. Os jogadores adiaram a morte. Em 38, o talentoso atacante, Meazza, ao receber a taça Jules Rimet, saudou o Presidente da França com o gesto fascista e passou para história como o único capitão de equipe campeã a ser estrepitosamente vaiado.

A Copa de 1950. A primeira depois da Segunda Guerra Mundial contemplou o Brasil, um aliado (apesar das hesitações getulianas) das forças que venceram os algozes da democracia liberal. Vargas sucedeu Dutra. Pelo voto. A profunda decepção com a Copa não mexeu com a fidelidade governista das urnas. Preterida a Argentina,  o Brasil mobilizou-se para mostrar ao mundo que era uma nação capaz realizar a copa, de construir o maior estádio do mundo e encantar o planeta com um futebol brilhante. O final infeliz a gente sabe: o “maracanazo”, a mais inesperada das derrotas; a mais desavergonhada politicagem em proveito da provável vitória; a alma brasileira ferrada pela novidade psicanalítica, o complexo de vira-latas.

A Copa de 1958. Um negro genial, adolescente, e um cafuzo de pernas tortas lideraram “o vareio de bola" que endoidou o sputinik, obrigou o Rei da Suécia a reverenciar o gesto imortalizado por Bellini e detonou o complexo. Ninguém, à exceção de Nelson Rodrigues, acreditava na seleção. A preparação adotou métodos modernos. O psicotécnico ferrou Garrincha. Os boleiros ferraram o psicotécnico e escalaram Mané. Naquela época, o Brasil vivia um momento mágico: Juscelino,  bossa-nova, democracia e progresso. O Brasil ganhou a Copa, marcou gols de bela feitura e as urnas funcionavam.

A Copa de 1970. Nesta época, não tínhamos copa, não tínhamos urnas e carecíamos de gol. A vitória opaca de 1962 fora soterrada pelo abalo sísmico do futebol-força de 1966. Tempos difíceis. O auge do ciclo militar: uma economia atlética e liberdades caquéticas. No futebol, descrédito. Aí a contradição inacreditável: um comunista de carteirinha, inteligência privilegiada e tamanha coragem que nele caberia o titulo de sua “Insolência João Primeiro e Único”, muda tudo. Saldanha abriu a jaula e colocou em campo 22 “feras”. O João Sem Medo arretou-se com interferências indevidas e jogou a toalha.  Antes, pavimentou o caminho para o disciplinado Zagalo e uma comissão técnica engalanada. Tiveram o bom senso de não misturar hierarquia, disciplina e a alegria libertária de jogar futebol. Juntaram grandes craques. Sem posições definidas e uma tarefa sagrada: tratar com carinho e intimidade sua majestade, a bola. Não deu outra: a taça Jules Rimet é nossa...para sempre.

A Copa de 1978. O refinado futebol argentino jamais precisou de governos civis ou militares para conquistar troféus. Porém, o ditador Jorge Videla precisava desesperadamente do título mundial. Para os donos do poder absoluto, não era suficiente a boa qualidade do time argentino. Armaram. A goleada dos argentinos na seleção peruana tirou o Brasil da final. Coutinho desabafou: “o Brasil é o campeão moral”. Este título não se contabiliza, mas um indigno conluio maculou a ética esportiva. (Continua amanhã(20), na próxima coluna)

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou ontem que nunca foi pré-candidato a vice na chapa presidencial do PSDB encabeçada pelo senador mineiro Aécio Neves e que pretende apenas concorrer a uma vaga na Câmara ou no Senado nas eleições de outubro deste ano.

"Há coisas que chegam a ter a sua graça, talvez involuntária. Fui literalmente atropelado pela suposta informação de que sou pré-candidato a vice-presidente na chapa presidencial do PSDB, que terá o senador Aécio Neves na cabeça. Nunca fui pré-candidato a vice. Também inexistem 'interlocutores' atuando em meu nome", afirmou.

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No comunicado publicado em sua página no Facebook, o tucano disse que vai concorrer a uma vaga no Legislativo e que pretende ajudar o partido a derrotar o PT nas eleições presidenciais. "Da minha boca, nunca ninguém ouviu nada a respeito. Já disse mais de uma vez que quem fala o que penso sou eu mesmo. Serei candidato a um cargo no Legislativo Federal. E só!"

Nas últimas semanas, o nome de Serra surgiu na lista dos cotados para assumir a vaga de candidato a vice. Na sexta-feira passada, o ex-governador participou pela primeira vez de um ato político ao lado de Aécio em Cotia, região metropolitana de São Paulo. Na ocasião, o senador mineiro disse que a escolha de Serra para o cargo não estava em cogitação "por enquanto".

Na nota, Serra fez ainda uma crítica à imprensa e classificou como "jornalismo criativo" as matérias que foram publicadas sobre o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de reduzir a vantagem do tempo televisivo da propaganda partidária da campanha reeleitoral da presidente Dilma Rousseff, o pré-candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves, aposta na aproximação com seis partidos nanicos: PTN, PTC, PT do B, PMN, PSL e PEN. A investida poderá render cerca de 20 segundos a mais para o tucano, que, no atual cenário, conta com 3 minutos e 42 segundos a partir do apoio do tradicional aliado DEM e do Solidariedade (SDD), legenda ligada à central Força Sindical.

Mesmo assim, a distância de Dilma é enorme. Confirmados os apoios de PMDB, PDT, PR, PTB, PC do B, PSD, PRB e PROS, a petista terá 10 minutos e 44 segundos de programa eleitoral gratuito. Se o PP também aderir ao projeto da presidente - e esta é a tendência no atual cenário -, Dilma ganhará ainda mais 1 minuto e 16 segundos.

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O pré-candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, conta atualmente com 1 minuto e 55 segundos de tempo de TV, a partir dos apoios do PPS, do PHS e do PRP. Ou seja, poderá ter dificuldades quando o horário eleitoral começar no rádio e na TV, no dia 19 de agosto.

Ainda há espaço para um rearranjo das alianças. Um grupo do PMDB, por exemplo, defende a neutralidade do partido. Ou seja, a sigla não daria seus minutos de TV para ninguém. Aécio também busca o PSD do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, primeiro partido a anunciar apoio ao projeto reeleitoral petista. A aliança, porém, é vista como improvável no atual cenário - Kassab estará hoje no Palácio do Planalto para um encontro com Dilma. O xadrez dos acordos poderá ser jogado até o fim de junho, quando ocorrerão as convenções partidárias.

O PP do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional da legenda, foi alvo de Aécio na semana passada, por exemplo. "Dona" de pouco mais de 1 minuto de exibição partidária, a legenda será um dos últimos da base governista a definir em qual palanque subirá. Aécio tentou reverter a tendência de apoio a Dilma escalando a senadora gaúcha Ana Amélia, o presidente de honra do PP, Francisco Dornelles, e o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, para pressionarem Ciro Nogueira a pelo menos manter a neutralidade do partido, o que reduziria o tempo de TV de Dilma. O trio pepista chegou a ir até para Brasília com essa missão, mas não conseguiu realizá-la. A legenda deve anunciar até o fim do mês a entrada na aliança da presidente da República.

Ajuda. Aécio ainda não desistiu dos grandes partidos, mas tenta, paralelamente, garantir os segundos dos nanicos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), passou então a ajudar o pré-candidato tucano ao Planalto na empreitada. A negociação está sendo feita em "bloco" com seis siglas. Escalado para fazer a "ponte", o secretário da Casa Civil do Palácio dos Bandeirantes, o também tucano Edson Aparecido, reuniu-se na quinta-feira com Aécio em São Paulo, na sede estadual do PSDB, para falar sobre essa articulação.

Os presidentes desses partidos são próximos de Alckmin e o apoiam no Estado. Aécio ouviu que receberia "cerca de 20 segundos" ao agregar os nanicos e autorizou a aproximação.

O primeiro partido a anunciar oficialmente o apoio à candidatura presidencial tucana deve ser o PMN. A presidente nacional do partido, Telma Ribeiro, tinha uma reunião reservada com Aécio na sexta-feira, mas o encontro foi remarcado para esta semana. A ideia é que cada um dos apoios seja anunciado separadamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os três pré-candidatos à Presidência estiveram na 80.ª Expozebu, realizada no início do mês pela ABCZ, em Uberaba, no triângulo mineiro, mas apenas o pré-candidato tucano Aécio Neves e o pré-candidato do PSB Eduardo Campos aproveitaram o momento para fazer encontros com os pecuaristas. Ao discursar no evento, a presidente Dilma Rousseff foi vaiada.

"O Aécio é mais próximo da gente, conhecemos bem o posicionamento dele. Precisamos conhecer melhor os outros candidatos (para decidir qual apoiar). Falta entender melhor as propostas do Eduardo Campos e as propostas da presidente Dilma para um segundo mandato", diz o presidente da Associação Brasileira dos Criados de Zebu (ABCZ), Luiz Carlos Paranhos.

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Paranhos diz que o setor gostou do que ouviu de Campos, mas mantém desconfianças quanto sua companheira de chapa, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. "Campos começou a aparecer como uma pessoa competente, mas é muito questionado sobre a vice dele."

Marina, ligada a organizações ambientais que confrontam o agronegócio, é apontada também pela Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat) como a pedra no sapato de Campos. O presidente da Acrimat, José João Bernardes, afirma que a ex-senadora tem "uma visão muito limitada" do agronegócio e teria criado "embaraços burocráticos que não estavam na lei" quando ministra do Meio Ambiente. "Temos a expectativa de que mude a política do governo para o agronegócio e isso significa que é preciso mudar de presidente."

Preferido

O pecuarista mato-grossense, Estado com o maior rebanho do País, com cerca de 28,5 milhões de cabeças de gado, coloca Aécio como potencial candidato da pecuária e avalia que Campos precisa se apresentar melhor para ganhar confiança.

"Eu diria que o Aécio talvez seja o candidato da pecuária por ter mais sensibilidade para a produção", diz o presidente da Acrimat. "Não conheço o Eduardo Campos e acho que ainda falta tempo para ele se tornar conhecido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Se depender do PSDB estadual, o fator Minas não influenciará em Pernambuco, ou seja, se o PSB lançar mesmo o deputado Júlio Delgado ao Governo mineiro a aliança no Estado com a candidatura de Paulo Câmara será mantida.

Mas o partido não tem autonomia para decidir. Forçado a tratar do assunto ontem, o presidente da executiva estadual, Bruno Araújo, disse que por ele o PSDB não lança candidato a governador, mantendo alinhamento ao PSB. Só que a vontade dele não interfere em nada.

Se o presidente nacional da legenda, Aécio Neves, julgar que é melhor dar o troco ao ex-governador Eduardo Campos, que descumpriu o acordo, as condições para viabilizar a candidatura do deputado Daniel Coelho a governador serão criadas.

Entrando para a disputa, Daniel, entretanto, pode sepultar de vez o PSDB em Pernambuco, que já se fragilizou bastante depois da morte do deputado Sérgio Guerra. Feitas as contas, com candidato próprio ao Palácio das Princesas os tucanos não elegem um só deputado federal por falta de uma aliança que garanta a cauda para a reeleição de Bruno Araújo.

Daniel, na majoritária, representa uma aventura descomunal, porque o tucano, mesmo sendo a grata surpresa da eleição para prefeito do Recife em 2012, não dá um passo além da capital e Região Metropolitana. Seus próprios prefeitos, que cabem numa Kombi (21 ao todo) já estão em sua grande maioria comprometidos com a candidatura de Câmara.

Até mesmo quem não quis se alinhar ao PSB já se definiu, como é o caso do prefeito de Sertânia, Guga Lins, eleitor do candidato do PTB a governador, Armando Monteiro Neto. Aécio, a esta altura, sabe que não pode enterrar de vez o tucanato em Pernambuco e não levará a executiva nacional a bancar uma candidatura, com a de Daniel, apenas para criar palanque nacional.

PÉS NO CHÃO– Até mesmo o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, que a princípio foi o mais ardoroso defensor da candidatura própria do PSDB a governador, já passou uma borracha na ideia, porque o seu filho Betinho Gomes, que tenta sair da Assembleia Legislativa para conquistar um mandato federal, não se elegeria. O próprio Daniel Coelho não deseja ir para o sacrifício de ficar sem mandato, o que o fragilizaria na disputa para prefeito do Recife em 2016.

Cidadã recifense– Estrela mundial do pentatlo moderno, Yane Marques, sertaneja de Afogados da Ingazeira, ganha a cidadania recifense na próxima quarta-feira. A concessão do titulo foi inciativa da sua conterrânea, a vereadora Aline Mariano (PSDB). A sessão está marcada para as 10 horas, no plenário da Casa.

Sob controle– As manifestações dos movimentos sociais e dos sindicatos não preocupam a presidente Dilma, que vem fazendo um monitoramento permanente da situação com vistas a evitar o pior durante a Copa do Mundo. Dificilmente, vão adquirir o radicalismo dos policiais de Pernambuco, vistos como uma exceção nesta onda de protestos sindicais pelo País.

Quem vai ganhar?- Para garantir apenas 37 segundos na propaganda eleitoral na tevê, Aécio e Eduardo travam uma disputa pelo apoio do Partido Verde. O PSB acena com o apoio ao candidato Verde ao governo paulista, Gilberto Natalini. Mas o presidente do partido, José Luiz Penna (SP), tem simpatia por uma aliança com Aécio e o governador Geraldo Alckmin.

Só fez referendar- A indicação de Romerito Jatobá para a pasta de Saneamento e Habitação da Prefeitura do Recife não foi feita pelo presidente estadual do PR, Inocêncio Oliveira. Este apenas referendou o acerto do deputado Alberto Feitosa, que saiu levando o apoio de Jatobá para sua reeleição. Para federal, o secretário vai de Felipe Carreiras.

CURTAS

FORA DO GRUPO– Se Inocêncio tivesse bancado o novo secretário de Saneamento e Habitação do Recife certamente o seu candidato a federal, o deputado estadual Sebastião Oliveira, teria sido contemplado com um nome alinhado de fato ao grupo e não apenas a Feitosa.

ANTECIPAÇÃO- O prefeito de Iguaracy, Francisco Dessoles, antecipou o pagamento de 50% do 13º salário dos servidores para a última sexta-feira, garantindo um dinheiro extra na movimentação da economia do município.

Perguntar não ofende: Quando a executiva nacional do PSDB vai resolver a pendenga do partido em Pernambuco?

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