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Dois jovens suíços de 18 e 24 anos foram presos nesta terça-feira (03) em Winterthur, perto de Zurique, no norte da Suíça, em conexão com o atentado de Viena que matou quatro pessoas, anunciou a polícia.

"Se conheciam e agora investigamos para saber como entraram em contato", informou à AFP Philipp Schwander, porta-voz do Ministério Federal da Justiça.

"As investigações policiais identificaram dois cidadãos suíços com 18 e 24 anos. Os dois homens foram presos em Winterthur na tarde desta terça-feira em coordenação com as autoridades austríacas", disse a polícia de Zurique em um comunicado.

A ministra da Justiça, Karin Keller-Sutter, mencionou o caso em um painel de discussão organizado pelo jornal diário suíço St. Galler Tagblatt.

Segundo o jornal, a ministra indicou que "os três homens se encontraram presencialmente". Um encontro que o porta-voz não conseguiu confirmar.

Segundo o jornal, a ministra declarou ainda que os dois jovens eram "colegas" do autor do ataque em Viena, mas sem dar mais detalhes.

O possível vínculo "entre as duas pessoas presas e o suposto responsável pelos atentados agora deve ser alvo de uma investigação realizada pelas autoridades competentes", acrescentou a polícia suíça.

Quatro pessoas morreram na segunda-feira à noite em Viena depois que um jovem, de 21 anos e natural da Macedônia do Norte, começou a atirar em vários pontos da capital austríaca.

A polícia austríaca indicou nesta terça-feira que o autor do ataque simpatizava com o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e que esteve preso durante o último ano.

O EI reivindicou nesta terça-feira o ataque em Viena, em comunicado publicado em canais do Telegram.O comunicado do EI vincula a um "soldado do califado" os tiroteios próximos a uma sinagoga e à Ópera de Viena.

As autoridades suíças já haviam informado nesta terça-feira pela manhã que estavam investigando possíveis vínculos entre este jovem jihadista e a Suíça. O ataque de Viena, que representou o primeiro ataque islamita na Áustria, ocorreu em meio a uma tensão crescente na Europa pela ameaça extremista.

O grupo jihadista Estado Islâmico (IS) assumiu na terça-feira (3) a responsabilidade pelo tiroteio que deixou pelo menos quatro mortos e 22 feridos em Viena, em um comunicado publicado em seus canais do Telegram.

A organização extremista aponta "um soldado do califado" como o responsável pelos tiroteios perto de uma sinagoga e da Ópera de Viena. Ele se direcionou a "alguns grupos atacando-os com uma arma automática e faca", segundo a nota divulgada através da rede de mensagens.

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Em texto à parte, acompanhado de foto do agressor armado, a agência de propaganda Amaq o identifica pelo nome de guerra "Abu Dayena al Albani", que indica sua origem albanesa. "Fontes de segurança disseram ao Amaq que um combatente do Estado Islâmico atacou grupos no centro da cidade de Viena na noite passada (...) e confrontou membros da polícia que compareceram ao local", segundo a nota.

Da mesma forma, as fontes disseram a Amaq que o extremista "matou e feriu cerca de 30 pessoas", incluindo "um oficial e membros da polícia, antes que a polícia matasse o autor do ataque na mesma noite com as balas da Polícia Austríaca", conclui a nota.

Em um vídeo, o extremista jurou lealdade ao novo líder do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al Qurashi, que sucedeu Abu Bakr al Baghdadi, assassinado há um ano, enquanto portava as três armas com as quais teria realizado o ataque.

As autoridades austríacas identificaram o suposto terrorista como Kujtim Fejzulai, filho de pais albaneses e macedônios, condenado a 22 meses de prisão em 2019 por querer se juntar ao EI na guerra síria.

Na noite passada, esse jovem, que estava nos registros policiais de radicais islâmicos, mas que não era considerado uma ameaça, espalhou o terror por nove longos minutos no centro de Viena com um kalashnikov, uma pistola automática e um facão.

Três outras pessoas, duas mulheres e um homem, morreram no hospital devido aos ferimentos causados pelo tiroteio indiscriminado contra o agressor. (Com agências internacionais)

Os confrontos de segunda e terça-feiras (27) no leste da Síria entre forças do governo apoiadas pela Rússia e grupos rebeldes sírios deixaram mais de 100 combatentes mortos até o momento - apontou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Segundo o OSDH, as forças do governo atacaram nesta terça áreas controladas pelo Estado Islâmico (EI) no deserto sírio, contando com o suporte da Força Aérea russa e de forças terrestres.

Cerca de 30 soldados de ambos os lados morreram nesses confrontos no deserto de Badiya, uma vasta extensão entre Homs, Hama, Raqqa e Deir ez-Zor.

Apesar de sua derrota e da queda do califado em março de 2019, o Estado Islâmico mantém sua capacidade de lançar ataques, principalmente nesta área desértica.

A ofensiva do governo sírio ocorre um dia após o lançamento de centenas de obuses contra posições do governo de Bashar al-Assad, em Idlib, por parte dos grupos rebeldes afiliados à Frente Nacional de Libertação (FNL).

O ataque da FNL foi uma resposta aos bombardeios russos sobre um de seus campos de treinamento de soldados ao noroeste de Idlib, que deixou quase 80 mortos.

O porta-voz da FNL, Naji Mustafa, chamou sua ação de "resposta imediata e direta ao crime" do dia anterior, dirigida contra as forças do governo ao sul de Idlib e no norte de Hama, afirmou à AFP.

A FNL é uma coalizão de grupos rebeldes próximos a Ancara.

"A resposta continuará e será contundente", ressaltou Mustafa, da FNL, acusando a Rússia de tentar "sabotar" a trégua em vigor em Idlib desde março.

Metade da província de Idlib e porções das províncias contíguas de Hama, Aleppo e Latáquia ainda estão controladas por grupos rebeldes. O governo de Damasco já manifestou várias vezes sua determinação em reconquistar completamente o território.

Essa região de três milhões de habitantes é dominada pelo grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), mas também é refúgio de grupos rebeldes menos influentes, como os que integram a FNL.

Desde março de 2019, mais de 900 combatentes do governo morreram durante os confrontos, assim como 140 membros das milícias aliadas, contra 500 jihadistas, segundo o OSDH.

Iniciada em 2011, a guerra da Síria já custou a vida de mais de 380 mil pessoas e levou milhões ao exílio.

As forças curdas do norte da Síria libertaram, nesta quinta-feira (15), mais de 600 prisioneiros sírios detidos por seus vínculos com o grupo extremista Estado Islâmico (EI) - anunciou uma autoridade da administração autônoma curda.

Essa soltura em massa se dá no contexto de uma primeira anistia geral decretada há alguns dias pelas autoridades curdas do nordeste sírio. Graças a ela, 631 presos condenados por terrorismo e que cumpriram metade de sua pena seriam libertados nesta quinta.

Dezenas de milhares de detidos suspeitos de pertencerem ao Estado Islâmico, entre eles centenas de estrangeiros de diversas nacionalidades, estão nas prisões das Forças Democráticas Sírias (FDS), vinculadas à administração autônoma curda nesta região do país.

Amina Omar, copresidente do conselho democrático sírio, declarou hoje, em coletiva de imprensa realizada em Al-Qamishli (nordeste), que "todos os que foram libertados são sírios" que colaboraram com o EI, mas "que não cometeram atos criminosos".

Segundo ele, a soltura dos prisioneiros foi alcançada por intermédio "e a pedido dos chefes das tribos árabes", que constituem a maioria da população em várias áreas controladas pelos curdos, especialmente na parte oeste da Síria.

Na frente do presídio de Alaya, nos arredores da cidade de Al-Qamishli, um correspondente da AFP viu dezenas de presos deixarem o local, alguns com sacolas, outros com um ou vários membros amputados, sob uma alta vigilância de segurança.

Eles eram esperados por suas famílias, incluindo mulheres e crianças. Desde a queda do autoproclamado "califado" do EI em março de 2019, após uma última ofensiva das forças curdas apoiadas por uma coalizão liderada por Washington, as autoridades desse território pedem aos países afetados que repatriem os extremistas presos, ou que criem um tribunal internacional para julgá-los. A maioria dos países, principalmente os europeus, mostra-se relutante em repatriar seus cidadãos.

Supostos combatentes do Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) invadiram uma cidade do nordeste da Nigéria e tomaram centenas de civis como reféns, como parte de uma estratégia de controle de território e de populações civis na região do Lago Chade.

"Terroristas do ISWAP assumiram o controle de Kukawa (na região do lago Chade) na quarta-feira e tomaram centenas de civis como reféns", afirmou Babakura Kolo, chefe de uma milícia civil.

Os habitantes de Kukawa haviam retornado recentemente para suas casas depois de passar dois anos em um campo de deslocados devido à violência que afeta a região do lago Chade desde 2009 e ao surgimento do grupo jihadista Boko Haram em Maiduguri, a capital do Estado de Borno, no nordeste do país.

Estima-se que depois de mais de dez anos de conflito, dois milhões de pessoas continuam deslocadas.

Apesar dos riscos de segurança significativos apontados pelas ONGs, o governo local insiste em desfazer os campos de deslocados insalubres e lotados, e organiza missões de repatriação para os civis.

Um líder local que conseguiu escapar contou que o grupo havia retornado no início de agosto com a esperança de cultivar suas terras, "mas acabaram de maneira imediata nas mãos dos insurgentes".

- "Áreas de controle" -

"Não sabemos o que vão fazer com eles, mas esperamos que não os machuquem", afirmou o líder comunitário, que prefere manter o anonimato.

Kukawa fica perto da grande cidade de Baga, na periferia do lago Chade, uma zona controlada pelo grupo ISWAP, que se separou dos extremistas do Boko Haram em 2016.

Vinculado ao grupo Estado Islâmico (EI), o ISWAP executa ataques principalmente contra o exército nigeriano. Já matou centenas de soldados.

Também controla cidades de tamanho médio e várias localidades. Milhares de civis vivem sob seu controle.

"Os insurgentes se concentraram em uma estratégia voltada para a população civil para ganhar 'seus corações e suas mentes' e substituir os governos federal e local", escreveu no final de julho Martin Roberts em seu último relatório do Jane's Group, grupo de reflexão para as questões de segurança.

No entanto, aponta Vincent Foucher, pesquisador no Centro Nacional francês de Pesquisa Científica, este ataque "mostra claramente que o ISWAP não quer que as autoridades reimplantem as comunidades em suas áreas de controle".

Em outro ataque realizado na segunda-feira em Magumeri, 50 km ao noroeste de Maiduguri, o exército nigeriano repeliu os jihadistas, que incendiaram vários prédios públicos e realizaram saques, constataram repórteres da AFP no local.

Mais de 36.000 pessoas morreram desde 2009 em atos violentos na Nigéria e mais de dois milhões continuam deslocadas.

A ONU declarou na semana passada que 10,6 milhões de pessoas, de um total de 13 milhões, dependem de ajuda humanitária para sobreviver nos três estados da Nigéria mais afetados pelo conflito jihadista (Borno, Yobe, Adamawa).

As autoridades afegãs ainda procuravam, nesta terça-feira (4), cerca de 270 detentos, incluindo vários membros do Estado Islâmico (EI), que fugiram da prisão de Jalalabad (leste) após o ataque de domingo no qual pelo menos 29 pessoas morreram.

Cerca de 1.300 detentos fugiram da prisão e mais de mil já foram recapturados, disse à AFP um comandante das forças de segurança afegãs. Mas cerca de 270 prisioneiros "ainda estão à solta", acrescentou.

O chefe das forças de segurança lembrou que "a maioria dos que escaparam faz parte do ISKP", o ramo afegão do grupo jihadista, e entre eles estão os autores de vários ataques.

O porta-voz do governador de Nangarhar confirmou que alguns detidos escaparam, mas não disse quantos pertenciam ao EI.

Homens armados lançaram um grande ataque a uma prisão de Jalalabad, no leste do Afeganistão, na noite de domingo, nas últimas horas da trégua entre as forças do governo e o Talibã.

O ataque ocorreu um dia após a agência de inteligência afegã anunciar a morte de um comandante do EI perto de Jalalabad.

A província de Nangarhar foi alvo de vários ataques do EI este ano, incluindo um em 12 de maio que matou 32 em um funeral de um comandante da polícia.

Ao menos 20 pessoas, incluindo civis e detentos, morreram em um ataque do grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma prisão na região leste do Afeganistão, anunciaram nesta segunda-feira (3) as autoridades locais.

Homens armados executaram no domingo (2) à noite um grande ataque contra uma prisão de Jalalabad, onde estão detidos muitos talibãs e integrantes do EI, nas últimas horas de uma trégua de três dias globalmente respeitada entre talibãs e as forças afegãs devido à grande festa muçulmana de Aid.

Um tiroteio com as forças de segurança deixo 20 mortos, informou Zaher Adel, porta-voz do maior hospital da província. Um porta-voz do governo local anunciou um balanço de 21 vítimas fatais.

Em um comunicado publicado por sua agência de propaganda Amaq, o EI reivindicou o ataque. O grupo não era parte da trégua.

Os combates entre as forças de segurança e os homens do EI prosseguiam nesta segunda-feira.

Muitos veículos blindados e integrantes das forças militares foram enviados à região para reforçar a segurança.

"Os agressores continuam dentro e do lado de fora da prisão", disse à AFP Attaullah Khogyani, porta-voz do governo de Nangarhar, que tem Jalalabad como capital.

Quase 700 prisioneiros que fugiram no momento do ataque foram recapturados. O centro penitenciário tinha no domingo mais de 1.700 detentos, em sua maioria combatentes talibãs e do EI.

Os Estados Unidos dobraram nesta quarta-feira (24) a US$ 10 milhões a recompensa pela captura do líder supremo do grupo extremista Estado Islâmico, anunciou o secretário de Estado, Mike Pompeo.

Os Estados Unidos já tinham oferecido US$ 5 milhões por Amir Mohammed Abdul Rahman al-Mawli antes de ele ter sido identificado como sucessor de Abu Bakr al-Baghdadi, que foi morto por comandos americanos em outubro na Síria.

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Nascido em 1976, al-Mawli é um estudioso da lei Islâmica e publicou decretos para justificar a perseguição da minoria yazidi, uma campanha que as Nações Unidas descreveram como genocídio.

Os extremistas islâmicos mataram milhares de yazidis, praticantes de uma religião antiga, bem como raptaram e escravizaram milhares de mulheres e meninas desta etnia em seu avanço violento pelo Oriente Médio.

Al-Mawli nasceu na cidade iraquiana de Mossul em uma família turcomena, o que faz dele um dos poucos não árabes a escalar as altas posições do grupo Estado Islâmico, que em seu auge dominou vastas áreas do Iraque e da Síria e atraiu voluntários do Ocidente.

Embora os redutos do grupo tenham sido dizimados, o EI tem inspirado ataques aterrorizantes em todo o mundo, inclusive no Afeganistão e no oeste da África.

As forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos e seus aliados curdos, chamadas Forças Democráticas da Síria (SDS), mataram nesta semana dois líderes regionais do grupo extremista Estado Islâmico (EI), durante um ataque no leste da Síria, anunciou nesta sexta-feira o Comando Central Americano.

Ahmad 'Isa Ismail al Zawi e Ahmad' Abd Muhamad Hasan al-Jughayfi foram mortos em um ataque conjunto em 17 de maio, em uma área ocupada pelo EI na província de Deir Ezzor, segundo comunicado da entidade americana.

Al Zawi, também conhecido como Abu Ali al Baghdadi, era o líder regional do EI no norte de Bagdá e "responsável por disseminar as orientações terroristas dos principais líderes do Estado Islâmico para os agentes" naquela área, informou o comando.

Al-jughayfi, também conhecido como Abu Ammar, era um oficial sênior de logística e suprimento do EI "responsável por dirigir a aquisição e o transporte de armas, dispositivos explosivos improvisados e pessoal no Iraque e na Síria".

Desde sua derrota territorial na Síria, em março de 2019, os ataques do EI foram limitados aos vastos desertos que se estendem de Deir Ezzor a Homs, no centro do país.

Abu Bakr al Baghdadi, que liderava o grupo jihadista desde 2014, foi morto em um ataque das forças especiais americanas na província de Idlib, nordeste da Síria, em outubro de 2019.

Uma jovem Yazidi voltou ao Iraque neste domingo (10), ao lado de outra sobrevivente do grupo jihadista Estado Islâmico (IS), depois de ficar presa na Síria devido a restrições ligadas à pandemia de coronavírus, disse um ativista dessa minoria iraquiana.

Layla Eido, 17 anos, foi sequestrada aos 11 anos pelo grupo EI no norte do Iraque, e recuperou sua liberdade há pouco mais de um ano, depois de estar nas mãos de jihadistas até as últimas horas do "califado", derrotado pelas forças curdas na Síria em março de 2019, na cidade de Baghuz (nordeste).

Ela conseguiu retomar o contato com sua família iraquiana após uma longa separação, mas devido ao coronavírus, ficou retida na Síria com o fechamento das fronteiras.

"Layla chegou hoje [domingo] ao posto de fronteira iraquiano em Fishjabur com outra sobrevivente" e ambas entraram no Iraque e estão "de boa saúde", disse o ativista Yazidi à AFP.

Em 2014, no auge do poder do EI, Layla Eido foi sequestrada pelos jihadistas, que atacaram o reduto dos Yiazidis nas Montanhas Sinjar, no norte do Iraque.

Como ela, milhares de mulheres e meninas nesta comunidade de língua curda foram sequestradas e transformadas em escravas sexuais ou casadas à força com combatentes.

Layla Eido foi forçada a se casar com um combatente iraquiano de 21 anos.

Do Iraque, eles a levaram para a Síria, onde ela fugiu com os jihadistas após as sucessivas derrotas do EI.

No final da jornada, ela chegou a Baghuz, onde o marido foi baleado. Quando as forças curdas, apoiadas por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, proclamaram sua vitória em Baghuz em março de 2019, ela foi uma das milhares de mulheres e meninas retiradas do último reduto jihadista para o campo de deslocados de Al Hol em Al Nordeste da Síria.

No início do ano, ela conseguiu entrar em contato com sua família novamente, graças a um amigo yazidi que conheceu no campo e que retornou ao Iraque.

Os pais da menina estão refugiados na província de Dohuk, no Curdistão iraquiano.

Uma prisão síria que abriga detentos acusados de pertencer ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) foi cenário, neste domingo (29), de uma rebelião, em que vários prisioneiros conseguiram fugir, informaram uma ONG e um segurança.

O líder das Forças Democráticas Sírias (FDS), coalizão dominada por combatentes curdos, não informou o número de fugitivos ou sua nacionalidade, embora o grupo humanitário Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) tenha falado em, "ao menos, quatro fugitivos".

Na noite deste domingo, a situação continuava tensa na prisão de Ghouiran, cidade de Hassakeh, e autoridades locais iniciaram a busca pelos fugitivos, segundo as duas fontes.

A rebelião foi realizada por "elementos do grupo Estado Islâmico", apontou a OSDH, segundo a qual a prisão abriga quase 5 mil detentos de diferentes nacionalidades e acusados de pertencer ao EI. A ONG possui uma vasta rede de fontes em toda a Síria.

Em sua conta no Twitter, o porta-voz das FDS, Mustafa Bali, admitiu a rebelião, e assinalou que os presos "quebraram paredes e derrubaram portas. A situação ainda é tensa na prisão, as forças tentam recuperar o controle", publicou esta noite, referindo-se ao envio de reforços.

Um funcionário das FDS que não quis ser identificado indicou à AFP que "elementos do EI se rebelaram. Alguns conseguiram chegar ao pátio. As forças de segurança estão em alerta máximo. Aviões da coalizão internacional sobrevoam a prisão."

Um ano após proclamar a erradicação do "califado" do EI na Síria, em 23 de março de 2019, as forças curdas mantêm cerca de 12 mil jihadistas em prisões no noroeste da Síria, segundo estatísticas próprias. Entre eles, há sírios e iraquianos, mas também cerca de 2,5 mil estrangeiros de cerca de 50 países.

Pelo menos 25 civis foram mortos e oito ficaram feridos em um atentado a um templo hindu sikh no centro de Cabul, um novo ataque a minorias religiosas reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI) no Afeganistão.

O porta-voz do ministério do Interior, Tariq Arian, que divulgou o balanço, também informou que "80 civis foram socorridos" e um agressor morto. Outra fonte de segurança contabilizou 24 mortos, treze feridos e três combatentes do EI neutralizados.

"A maioria das pessoas que ficaram presas no edifício foi resgatada", disse Tariq Arian. Anarkali Kaur Honaryar, representante da comunidade hindu sikh no Parlamento, disse inicialmente que "cerca de 150 pessoas" estavam presentes no templo no momento do massacre.

"Há famílias que moram no prédio e (os fiéis) geralmente se reúnem para orar pela manhã", acrescentou.

Imagens consultadas pela AFP mostram crianças em lágrimas sendo socorridas por homens armados. Corpos, feridos e um mar de sangue também são visíveis.

As orações tinham acabado de começar quando "um homem vestido com um uniforme da polícia e com uma (Kalashnikov) entrou no salão. Ele primeiro atirou no guarda, depois em uma criança que estava perto dele", relatou à AFP Raju Singh Sonny, um fiel.

"Outros criminosos entraram no prédio e seguiram de cômodo em cômodo atirando nas pessoas", declarou o homem, que conseguiu escapar.

O Talibã rapidamente negou qualquer conexão com esse ataque. "O ataque não tem nada a ver conosco", disse seu porta-voz, Zabihullah Mujahid, no Twitter.

- Minorias religiosas visadas -

O último grande ataque no país data da semana passada, quando pelo menos 24 policiais e soldados foram mortos pelo Talibã no sul do Afeganistão.

O EI tem multiplicado os ataques na capital afegã, frequentemente contra minorias religiosas.

No início de março, assumiu a responsabilidade por um ataque a uma reunião política da minoria hazara, cujos membros são predominantemente xiitas. Trinta pessoas foram mortas.

Em julho de 2018, o grupo assumiu a responsabilidade por um ataque suicida em Jalalabad (leste), visando sikhs e hindus afegãos e matando 19 pessoas.

Cerca de mil sikhs e hindus vivem no Afeganistão, um país quase inteiramente muçulmano.

Esse ataque ocorre em um momento crítico para o Afeganistão, que enfrenta uma crise política interna, uma ofensiva do Talibã e também o novo coronavírus.

Os Estados Unidos assinaram um acordo histórico com os insurgentes talibãs em 29 de fevereiro em Doha, que prevê a retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão dentro de catorze meses em troca de garantias de segurança.

Entre os compromissos, o Talibã prometeu combater grupos extremistas como o EI.

O acordo também prevê a abertura de negociações entre o Talibã e Cabul, que deveriam começar em 10 de março, mas que foram adiadas por divergências sobre a libertação de milhares de prisioneiros insurgentes e por uma crise política.

A situação pode se agravar ainda mais com um corte de US$ 1 bilhão na ajuda de Washington, anunciada segunda-feira pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

A medida foi anunciada após uma visita a Cabul de Pompeo, que não conseguiu resolver a crise política em curso.

O presidente Ashraf Ghani, declarado vencedor da eleição presidencial de setembro, e seu ex-chefe executivo Abdullah Abdullah, que ficou em segundo lugar, mas que também reivindica a vitória, mergulharam o país em uma grande instabilidade.

Somada a essas dificuldades está a ameaça do novo coronavírus, que já matou duas pessoas no país, com outros 75 casos positivos entre os afegãos e 4 entre as tropas estrangeiras, que haviam contraído o vírus antes de sua chegada ao país.

Dois soldados americanos que lutavam contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque morreram durante uma operação conjunta com as forças iraquianas, informou a coalizão antijihadista.

"Dois membros do exército americano foram mortos pelas forças inimigas durante uma operação que tinha como objetivo eliminar um líder terrorista do EI em uma zona montanhosa do centro-norte do Iraque, em 8 de março", afirma a coalizão em um comunicado.

Os nomes dos mortos não foram mencionados, mas o texto destaca que "assessoravam e acompanhavam as forças de segurança iraquianas".

A coalizão antijihadista liderada pelos Estados Unidos proporciona formação e apoio aéreo às forças iraquianas desde 2014, quando o EI assumiu o controle de grande parte do norte do Iraque e da Síria em uma rápida ofensiva.

O grupo declarou um "califado" entre os territórios dos dois países, onde impôs uma versão radical e brutal da lei islâmica.

As forças iraquianas, apoiadas pela coalizão, conseguiram expulsar os jihadistras sobretudo dos centros urbanos em uma vasta operação, declarada como uma vitória em dezembro de 2017.

 O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu o atentado ocorrido neste domingo (2), em Streatham, no sul de Londres. A reivindicação foi feita através de um órgão de propaganda do grupo.

As autoridades britânicas identificaram o autor do atentado como Sudesh Amman, de 20 anos, um jovem que já tinha sido detido por disseminar conteúdos terroristas.

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Amman fora condenado em novembro de 2018 e tinha sido libertado há cerca de uma semana, depois de cumprir metade de sua sentença de três anos e quatro meses. Ele estava sob vigilância da polícia.

O jovem esfaqueou pedestres em Streatham High Road por volta das 14h locais e deixou três pessoas feridas. Ele foi morto por agentes policiais no momento do atentado. 

Da Ansa

Os Estados Unidos retomaram, na quarta-feira (16), as operações conjuntas com o Iraque, suspensas depois do ataque americano com drone que matou um importante general iraniano em Bagdá - informou o jornal "The New York Times".

Dois funcionários militares citados pelo jornal disseram que o Pentágono queria retomar as operações para voltar à luta contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Washington deteve as operações em 5 de janeiro, dois dias depois do ataque que matou o general iraniano Qassem Soleimani no aeroporto de Bagdá.

Nesse mesmo dia, legisladores iraquianos votaram para expulsar os mais de 5.000 militares americanos estacionados no Iraque.

O "Times" indicou que não estava claro se alguém dentro do governo iraquiano havia autorizado a retomada das operações conjuntas.

Ao ser contactado pela AFP, o Pentágono disse não ter informações para comunicar a respeito de uma retomada das operações.

Na segunda-feira, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, comentou que os líderes iraquianos lhe haviam dito, de modo reservado, que apoiam a presença americana, apesar de seus apelos públicos por uma saída.

"Não vão dizer isso publicamente, mas, de maneira privada, todos dão as boas-vindas ao fato de os Estados Unidos continuarem lá, com sua campanha antiterrorista", disse Pompeo, na Universidade de Stanford.

De Gaza ao Iêmen, retratos de Qassem Soleimani estão presentes em inúmeras manifestações, o que sinaliza que violenta morte pode torná-lo um ícone de resistência aos Estados Unidos.

O poderoso comandante iraniano, enterrado nesta quarta-feira (8), era considerado um "mártir vivo" para a República Islâmica por causa das suas façanhas militares e proezas estratégicas, que incluíram deter o grupo Estado Islâmico (EI) quando ele destruía o Iraque a Síria.

Soleimani esteve à frente das operações iranianas no Oriente Médio, sendo chefe das Forças Quds, da Guarda Revolucionária do Irã, dominando as milícias substitutas xiitas e alguns aliados sunitas, construindo uma carreira militar que fez o presidente americano Donald Trump chamá-lo de "monstro".

Morto aos 62 anos, por um ataque de drones americanos em Bagdá, alguns pesquisadores dizem que a sua condição de mártir ficará mais forte, transformando-o em um símbolo para os diversos grupos pró-iranianos que ele chefiou e ajudou a desenvolver.

Soleimani era uma figura polarizada, inclusive dentro do seu próprio país. Cada uma das forças pró-iranianas tem os seus próprios planos e estratégias, mas a natureza dramática de sua morte poderia servir como um elemento unificador.

O chamado "eixo da resistência" iraniano, que se estende dos limites do Irã até o Mar Mediterrâneo, se "organizará para concentrar-se mais no seu objetivo final, que é a retirada dos Estados Unidos de grande parte do Oriente Médio", disse à AFP Ellie Geranmayeh, analista do Conselho Europeu de Relações Exteriores.

- Soleimani, o Che do Oriente Médio? -

Na última segunda-feira (06), a morte de Soleimani incentivou a população iraniana a sair às ruas do Teerã. No dia seguinte, uma tragédia ocorreu em Kerman, durante o cortejo fúnebre do general, com mais de 50 pessoas mortas após tumulto no local.

Nas redes sociais, apoiadores de Soleimani postaram ilustrações do comandante sendo recebido no céu. Em outras partes das comunidades xiitas muçulmanas, nas quais ele era muito respeitado por causa das agressões sunitas, a população demonstrou tristeza, raiva e obstinação.

"O sangue dos mártires não é somente iraniano ou iraquiano, mas pertence a toda comunidade muçulmana e aos homens livres de todo o mundo", afirmou um funcionário de Sana, capital iemenita controlada pela milícia xiita apoiada pelo Irã.

Durante uma cerimônia ocorrida na Faixa de Gaza, Soleimani foi elogiado pelo movimento palestino Jihad Islâmica.

No Líbano, a sua imagem foi levantada ao longo de uma estrada que vai do aeroporto a vários bastiões do Hezbollah. Dentro do aeroporto de Beirute, mulheres vestidas de preto, que chegavam da cidade iraquiana de Najaf, carregavam o retrato do general enquanto caminhavam pela área de desembarque, falando em uníssono: "Morte aos Estados Unidos!".

Soleimani era o comandante militar mais importante e influente do Eixo da Resistência.

"Ele investiu toda a sua vida em dissuadir os neoimperialistas da região", comenta Lokman, um universitário libanês de 22 anos. "Acredito que a sua morte reavivou a consciência coletiva de dezenas de milhões de pessoas na região, impulsionando-as a levantar-se contra a opressão e exploração dos Estados Unidos e seus aliados", ressalta.

Desde que morreu, Soleimani está sendo chamado de "Che Guevara do Oriente Médio" por muitos setores.

"A imagem que estão fazendo de Soleimani é de um guru de política externa, mártir e estrategista, algo longe do discurso de que era um terrorista e responsável pela morte de pessoas", ressalta Sanam Vakil, da Chatham House, em Londres.

burs-sls/hkb/mab/age/bn/ll

Uma facção nigeriana do grupo jihadista Estado Islâmico divulgou, neste Natal, vídeo de quase um minuto, durante o qual 11 homens são executados, um a tiro e os restantes decapitados. O grupo afirmou que se tratava de cristãos e a intenção com as execuções foi, segundo um dos islamitas, "uma mensagem para os cristãos do mundo inteiro".

O grupo nigeriano responsável pelas mortes seria proveniente de uma cisão no grupo islamista nigeriano Boko Haram, que mudou de campo e assumiu o nome Província da África Ocidental do Estado Islâmico (Iswap na sigla em inglês).

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O vídeo de 56 minutos, gravado "nas últimas semanas" numa localidade do estado de Borno, no nordeste nigeriano, foi produzido e publicado dia 26 de dezembro à noite, pela agência Amaq, o órgão de propaganda do Estado Islâmico.

De acordo com a mensagem, os cristãos foram executados para vingar a morte do líder do grupo, Abu Bakr al-Bagdhadi, e do seu porta-voz, Abul-Hasan Al-Muhajir, numa operação norte-americana na Síria.

A operação dos EUA, que resultou na morte dos dois líderes, ocorreu em outubro de 2019. Quase dois meses depois, em 22 de dezembro, o Estado Islâmico anunciou nova campanha para "vingar" as mortes. Desde então, uma série de ataques ocorreu em vários países.

Na África, os principais alvos têm sido as forças militares e as comunidades cristãs, procurando conversões forçadas ao islamismo e executando quem se recusa.

Em sua mensagem de Natal, o papa Francisco denunciou esses ataques. O pontífice desejou conforto àqueles que são perseguidos pela fé religiosa, especialmente missionários e membros dos grupos de fiéis que foram raptados, além das vítimas dos ataques de grupos extremistas, particularmente em Burkina Faso, no Mali, Níger e na Nigéria.

O presidente Donald Trump apresentou nesta segunda-feira (25) Conan, o cachorro que se tornou um herói por seu papel na operação americano que levou à morte do líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

"Esse cachorro é incrível", disse Trump em uma breve cerimônia enquanto Conan se sentava ao lado dele e seu treinador. Estiveram presentes também a primeira-dama, Melania Trump, e o vice-opre y el vicepresidente Mike Pence.

"Tão brilhante, tão inteligente. Conan fez um trabalho fantástico", acrescentou Trump.

Na operação do mês passado, Conan perseguiu Bagdadi por um túnel sem saída em seu esconderijo sírio, onde encurralado, o líder do EI detonou um colete com explosivos, matando a si e a dois filhos, segundo informe dos Estados Unidos.

Conan foi ferido pelos cabos elétricos expostos na detonação, mas parece ter se recuperado por completo.

"Conan ficou muito ferido, como sabem. Pensaram que talvez não fosse se recuperar. Na realidade, se recuperou muito rapidamente e desde então fez operações muito importantes", disse Trump.

A identidade do cão foi um segredo muito bem guardado até ter sido desclassificado por Trump, que retuitou uma foto do cachorro depois da operação no esconderijo de Bagdadi.

Os detalhes sobre a vida de Conan, seus feitos e antecedentes familiares são escassos, embora certamente outros cães da mesma raça já tenham realizado façanhas no passado: o comando de elite da Marinha, os "Navy Seals", usaram um belga Malinois na operação de 2011 no Paquistão, que resultou na morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

O Estado Islâmico informou nesta quinta-feira (31) que Abu Ibrahim al-Qurayshi foi escolhido como sucessor de Abu Bakr al-Baghdadi, morto pelos Estados Unidos. O anúncio foi feito em áudio distribuído pelos canais usados pelo grupo para se comunicar com seus seguidores.

No mesmo comunicado, o EI também confirmou, pela primeira vez, a morte do antigo líder. O áudio termina com uma ameaça aos EUA: "A nova liderança fará com que os dias de Baghdadi pareçam doces." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Durante todo o ano de estudos, uma das atividades necessárias à rotina de alunos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é atenção às notícias do Brasil e do mundo.

Com a aproximação do primeiro dia de aplicação das provas do Enem, com questões das disciplinas de Ciências Humanas e Linguagens, além de uma redação, se torna ainda mais importante estar atento a questões de geopolítica. Elas são base tanto para resolver questões quanto para ter mais argumentos, informações e dados para escrever. Confira, a seguir, alguns temas de atualidades e geopolítica internacional comentados pelo professor de geografia e atualidades Benedito Serafim:

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Saída do Reino Unido da União Europeia - BREXIT

Para Benedito Serafim, o estudante precisa prestar atenção, por exemplo, às discussões sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o BREXIT. “Aconteceu em 2016, no governo do primeiro ministro David Cameron. O grupo conservador, principalmente os mais idosos, começaram a contestar pontos negativos de se estar na União Europeia”, explicou ele. 

Entre os pontos listados pelo professor como reivindicação dos conservadores britânicos está a questão financeira, pois para os conservadores o dinheiro investido na União Europeia foi maior do que o que o Reino Unido ganhou em retorno. A crise migratória também entra na lista de Serafim, visto que foi causada pela Primavera Árabe no auge da Guerra da Síria. A explicação vem do fato de que no Reino Unido se falava que como a União Europeia não tinha tomado uma atitude no sentido de barrar imigrantes do Oriente Médio, estariam entrando terroristas. 

Ainda de acordo com o professor Benedito Serafim, na questão da legislação, os conservadores do Reino Unido falavam que a maioria das leis que regiam o país vinham da União Europeia e não do Parlamento Britânico. O professor também explicou o contexto em que a população britânica foi consultada através de um plebiscito em 2016.

“Teve muita fake news e venceu o voto pela saída total do Reino Unido da União Europeia até outubro de 2019. Para sair, tem que fechar alguns acordos, nisso caíram dois primeiros-ministros, David Cameron e Theresa May. O atual é Boris Johnson, que é mais agressivo, mas também conservador e está tentando articular os acordos para saída da União Europeia”, disse Benedito.

Crise na Venezuela

O professor começa a dica explicando que a crise pela qual passa a Venezuela, país vizinho do Brasil, começa com a morte de Hugo Chávez, em 2013, em decorrência de um câncer após ter sido eleito, sendo substituído pelo seu vice, Nicolás Maduro. “A oposição tentou impedir a posse de Maduro. Na época, ele convocou um plebiscito, ganhou a eleição e assumiu o poder”, explicou o professor. Benedito também lembra que, ao assumir o cargo de presidente, Maduro encontrou uma Venezuela partida e politicamente polarizada. 

“Por não ter a diplomacia e popularidade que Chávez tinha, Nicolás Maduro passa a ter atitudes autoritárias como censurar a imprensa. Na eleição parlamentar, ele perde a maioria no parlamento, lembrando que na Venezuela não tem deputados e senadores, é uma única câmara. Maduro passa a não reconhecer o congresso. São atitudes ditatoriais”, disse o professor. 

Benedito Serafim explicou também que o problema se aprofunda quando a crise política chegou à economia. “Entre 2014 e 2015 os Estados Unidos e a Arábia Saudita começam uma guerra comercial por petróleo e quando a produção aumenta, o preço do barril cai e países que tinham sua economia baseada apenas no petróleo quebram. É o caso da Venezuela”, disse ele.

Diante da crise política e econômica, segundo o professor, Maduro não consegue manter o controle do país. “Ele tenta controlar a política por decretos, quando os empresários tentam aumentar o preço de alguns produtos, ele impede e faz com que alguns empresários deixem de produzir, levando a uma crise de abastecimento que gerou uma crise migratória. A maior da atualidade na América Latina ”, explicou o professor de geografia e atualidades. 

Governo Trump

No que diz respeito à política dos Estados Unidos, o professor começa a dica lembrando que Donald Trump, atual presidente do país, é formado em economia e fez sua fortuna investindo e jogando com a economia americana. “Ele tem popularidade na TV, era o apresentador do programa ‘O Aprendiz’ e dono do concurso de Miss dos Estados Unidos. Vale ressaltar que não se cogitava que ele virasse presidente apenas agora, mas desde o final dos anos 90 ele já falava que queria virar presidente”, disse o professor.

No que diz respeito à economia, o professor Benedito Serafim afirma que os alunos devem se lembrar do que há de positivo no governo americano “porque se cair na prova, vai cair os pontos positivos”. O professor explica que a política de Trump segue uma lógica de austeridade (ou seja, corte de gastos públicos), políticas protecionistas e diminuição de impostos para pessoas e empresas. 

“Nos Estados Unidos o corte de impostos gera um maior investimento das empresas. Pagando menos imposto o empresário gera, inclusive, mais emprego. Vale lembrar que no governo Trump é quando se tem o menor índice de desemprego das populações hispano e afro-americanas, claro, entre as pessoas legalizadas pois uma das bandeiras do governo é contra a imigração ilegal”, disse o professor. 

Sobre o protecionismo de Trump, o professor lembra que umas das medidas dele para gerar empregos é obrigar ou pressionar para que empresas americanas que estejam em outros países, como Japão e México, voltem para os Estados Unidos e gerem emprego lá. Então, há a contestação dos blocos econômicos Transpacífico e NAFTA, dizendo que eles faziam as empresas norte-americanas migrarem em busca de mão-de-obra mais barata. 

Outro ponto polêmico sobre o governo de Donald Trump é a questão climática, vista por ele como entrave ao crescimento dos Estados Unidos. “Trump quando diz que não acredita em aquecimento global, é para dar embasamento para reabrir as minas de carvão que Barack Obama tinha fechado”, explicou o professor. 

Estado Islâmico/ISIS

O professor Benedito Serafim explicou que o Estado Islâmico (ou ISIS na sigla em inglês) é um grupo fundamentalista, religioso e extremista do Islamismo, da parte Sunita e descendência salafita que prega a criação de um califado, regime político onde quem domina é o califa, um chefe político e religioso descendente direto de Maomé. O ideal do ISIS é estabelecer um califado nos territórios do Iraque e da Síria. 

Benedito contou que o grupo surgiu quando operações dos Estados Unidos no governo de George W. Bush, em guerra contra o terrorismo, deixaram dois grupos sem líderes, levando a uma posterior união e crescimento. “Depois do ataque ao World Trade Center, o presidente americano George W. Bush implementa a ‘Doutrina Bush’, na qual barra imigrantes, invade o Afeganistão em 2001 em busca de Osama bin Laden e o Iraque em 2003, em busca de Saddam Hussein. Quando esses dois líderes caem, suas tropas ficam sem liderança, se juntam soldados do Iraque e mercenários da Al-Qaeda, organização do Osama bin Laden, e se forma o Estado Islâmico. Era um grupo pequeno que cresce muito usando redes sociais”, disse o professor.  

O crescimento do ISIS, segundo o professor Benedito Serafim, se deu em decorrência da crise imobiliária dos Estados Unidos em 2008, criando uma crise econômica mundial que causou desemprego e xenofobia contra muçulmanos e seus descendentes, imigrantes ou não, em toda a Europa. “Esses jovens muçulmanos que sofrem xenofobia, conectados às redes sociais e vendo a ideologia do Estado Islâmico, se inscrevem. O ISIS tem membros no mundo inteiro”, disse ele.

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