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O Alasca se tornou nesta terça-feira o terceiro Estado norte-americano a legalizar o uso recreativo da maconha, após Washington e Colorado.

Na maior cidade do Estado, Anchorage, os policiais estão pronto para aplicar multas de US$ 100 para garantir que o consumo da droga continue a ser feito a portas fechadas.

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A medida, aprovada em novembro pelos eleitores por 53% votos a 47%, determina que a maconha pode ser usada por adultos em locais privados. Mas a lei deixou muitos detalhes para serem determinados pelo Legislativo, o que deixa muitas questões em aberto.

A iniciativa proíbe que a droga seja fumada em público, mas não define o que é "público". O Legislativo deixou a questão para o conselho de regulamentação de bebias alcoólicas, que pretendia se reunir nesta terça-feira para discutir o assunto.

Com isso, diferentes comunidades em todo o Estado adotaram padrões diferentes sobre o significado de fumar em público.

Em Anchorage, o chefe de polícia Mark Mew disse que seus oficiais serão bastante rigorosos em proibir que a droga seja consumida em público. Ele advertiu que quem mora perto de um parque não pode fumar na varanda de casa.

Mas no Polo Norte, fumar ao ar livre numa propriedade privada será permitido, contanto que isso não crie incômodos, afirmou um funcionário do governo local.

A partir desta terça-feira, adultos do Alasca podem não apenas portar e usar maconha, como também plantá-la e oferecê-la para outras pessoas. A segunda fase do projeto, que prevê a criação de um mercado regulado de maconha, não terá início antes de 2016. Fonte: Associated Press.

Um trem de passageiros da companhia Metrolink atingiu um caminhão que estava sobre os trilhos na manhã desta terça-feira no condado de Ventura, na Califórnia, ferindo 28 pessoas. Autoridades disseram que algumas das vítimas sofreram sérios ferimentos na cabeça e fraturas, depois que os quatro vagões do trem descarrilaram. Três deles saíram totalmente dos trilhos e tombaram de lado.

A coalizão aconteceu por volta das 5h45 (horário local) na cidade de Oxnard, quando a composição se dirigia para Los Angeles, a cerca de 104 quilômetros de distância. O trem costuma viajar a 127 quilômetros por hora na linha, mas o caminhão foi visto com antecedência, por isso a composição desacelerou significativamente antes do impacto, informaram autoridades. Não se sabe a razão pela qual o caminhão estava sobre os trilhos. O motorista do veículo fugiu do local, mas foi encontrado e era interrogado pela polícia. Outros 23 passageiros não sofreram ferimentos.

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O porta-voz da Metrolink, Scott Johnson, disse que os vagões não amassaram com o impacto em razão da nova tecnologia usada pela empresa, que dispersa a energia de impacto. Ele afirmou, porém, que "é muito cedo para dizer" se a tecnologia salvou vidas neste acidente.

A Agência Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) enviou um grupo para o local, composto por especialistas em campos relacionados ao acidente.

Nos últimos anos, acidentes de trem e descarrilamentos se transformaram numa questão importante para a NTSB. Acidentes envolvendo tanto trens de passageiros quanto de carga, particularmente aqueles que transportam derivados de petróleo, levaram à adoção de uma série de recomendações de segurança. Além do acidente desta terça-feira, outras oito importantes investigações da agência envolvem acidentes ferroviários.

O acidente fechou a linha férrea compartilhada pela Amtrack e pela Metolink entre o condado de Ventura e Los Angeles, segundo funcionários da Metrolink. Fonte: Dow Jones Newswires.

A entrega dos prêmios do Oscar, no domingo (22), sofreu uma queda de 16,3% na audiência nos Estados Unidos em relação ao ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira sobre a noite de gala em que o apresentador Neil Patrick Harris não convenceu com suas piadas.

Cerca de 36,6 milhões de pessoas acompanharam a cerimônia de mais de três horas e meia celebrada no teatro Dolby de Los Angeles. Esse é o pior dado dos últimos seis anos de acordo com as cifras oferecidas pela rede ABC, emissora do sinal.

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Os organizadores queriam repetir os bons resultados no ano passado, as melhores da última década, quando a apresentadora Ellen DeGeneres conquistou uma audiência de 43,7 milhões de pessoas.

DeGeneres cativou o público e quebrou o protocolo, servindo pizzas para o público e fazendo uma selfie com as estrelas mais famosas de Hollywood, batendo recordes no Twitter. Harris, que apresentou a premiação pela primeira vez, começou a noite protagonizando um número musical em que parodiou a indústria cinematográfica.

Depois, perdeu o fôlego e não conseguiu dar ritmo à cerimônia, que tradicionalmente é vista como formal e séria. Embora Harris tenha feito vários comentários sobre a ausência de atores negros renomados e sobre a impossibilidade de Edward Snowden receber seu prêmio de Melhor documentário por "Citizenfour", a imprensa do entretenimento o criticou pelo tom de suas piadas.

O jornal The New York Times afirmou que sua atuação foi "pouco estimulante" e que foi "um esforço" assisti-la.

O jornal The Washington Post considerou que Harris "não conferiu toda a emoção necessária para se assistir as três horas e 38 minutos de premiação sem bocejar".

Um dos momentos mais comentados foi quando o apresentador apareceu cuecas, parodiando uma das cenas em que o personagem de Michael Keaton em "Birdman" cruza quase nu a Times Square.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, implicitamente acusou os Estados Unidos de violar os princípios da Organização das Nações Unidas (ONU) ao bombardear a Síria, ocupar o Iraque sob falsos pretextos e manipular o Conselho de Segurança para destruir e criar caos na Líbia.

Segundo Lavrov, os atos foram o resultado "de tentativas de dominação dos assuntos globais" e uso militar da força de forma unilateral, para atender "aos próprios interesses". A embaixadora dos EUA, Samantha Power, criticou veladamente a Rússia por bloquear ações do Conselho de Segurança contra a Síria e acusou Moscou de treinamento, armamento e combate ao lado de separatistas que tomaram o território ucraniano.

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Os comentários foram feitos em uma reunião do Conselho de Segurança nesta segunda-feira para avaliar o funcionamento da ONU, que se aproxima do seu 70º aniversário. O encontro foi organizado pela China e presidido pelo seu ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi. Fonte: Associated Press

O secretário de Defesa norte-americano Ash Carter convocou uma reunião extraordinária nesta segunda-feira, seis dias após ter assumido o cargo, para discutir os aspectos mais importantes da geralmente criticada estratégia de combate do governo ao grupo Estado Islâmico e para investigar suas falhas e fraquezas. O encontro acontece em Campo Arifjan, no Kuwait.

Carter disse que reuniu uma série de generais norte-americanos, diplomatas e oficiais de inteligência não apenas para ouvir sobre os progressos mais recentes no campo de batalha, mas também para entender melhor os fundamentos intelectuais da estratégia do presidente Barack Obama para combater o Estado Islâmico, o que inclui as formas como a força militar deve ser combinada com medidas políticas e econômicas para reverter os ganhos obtidos pelo grupo e, por fim, derrotá-lo.

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Durante uma breve sessão de fotos no início do encontro, Carter disse que precisa entender melhor a abordagem do governo ao que ele chamou de problema "muito complicado", representado pelo grupo extremista. "É um problema que tem uma dimensão militar importante, mas não se trata puramente de um problema militar, trata-se de um problema político-militar."

Ao redor da enorme mesa estavam cerca de 25 graduados oficiais, dentre eles o general Lloyd Austin, chefe do Comando Militar Central; os enviados presidenciais John Allen e Brett McGurk; os comandantes das forças norte-americanas na Europa e na África e embaixadores dos Estados Unidos na Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita, Egito e outros países árabes, com participação na luta contra o Estado Islâmico.

Carter chamou o grupo de "time América". A reunião é altamente incomum para um chefe do Pentágono em início de mandato. Em vez de ir para o Iraque e conversar com os comandantes lá, Carter disse que queria uma olhar mais amplo e profundo do Estado Islâmico, em parte porque é novo no cargo.

Dentre outros importantes participantes estavam o general do Exército Joseph L. Votel, comandante do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos, e o tenente-general Michael Nagata, chefe do programa que treina e equipa uma força rebelde moderada na Síria. Vários dos principais auxiliares de Carter no Pentágono também participaram do encontro.

Em declarações para as tropas em Campo Arifjan, antes do início da conferência, Carter disse que a chave para o sucesso contra o Estado Islâmico é garantir que os países ameaçados pelo grupo possam preservar os ganhos obtidos pela campanha militar, liderada pelos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

O governo norte-americano, através do órgão de investigação contra ataques cibernéticos, aconselha os utilizadores de computadores da marca chinesa Lenovo a remover o adware Superfish.

O caso veio à tona em 2014, quando especialistas descobriram que os computadores da Lenovo traziam de fábrica um software emissor de falsos certificados de segurança.

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O Superfish se propõe a oferecer aos usuários propagandas personalizadas em resultados de buscas no Google e em outros sites. A atividade, no entanto, acontecia na surdina.

De acordo com o governo norte-americano, o software pode comprometer contas de e-mail e até a utilização segura de sites de bancos. Ainda segundo o alerta, os sistemas que tinham o Superfish já instalado vão continuar vulneráveis até serem tomadas medidas corretivas.

Em resposta, a Lenovo afirma que o software não será mais distribuído. Para verificar um computador contém o Superfish e desinstalá-lo, se necessário, basta clicar aqui.

Trabalhadores sindicalizados interromperam as atividade em três refinarias norte-americanas neste fim de semana, incluindo a maior produtora de combustível do país, ampliando a greve que já dura quase um mês. Após o término das mais recentes negociações na sexta-feira, os trabalhadores da Motiva Port Arthur Refinery, no Texas, a maior produtora do país, interromperam o trabalho logo depois da meia-noite. Eles foram seguidos um dia depois pelos funcionários das refinarias Motiva Convent, Motiva Norco e Shell Chemicals Norco. A Motiva Enterprises LLC é controlada também pela Shell e uma subsidiária da Saudi Aramco.

Mais de 6.500 membros do United Steelworkers estão agora em greve em 15 unidades petroquímicas, afirmou o sindicato, neste domingo (22), incluindo 12 refinarias que representam 19% da capacidade de refino dos EUA.

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O principal ponto de discórdia é o pedido dos trabalhadores para que os proprietários das refinarias substituam trabalhadores de manutenção por membros do sindicato, de acordo com a Royal Dutch Shell, que está conduzindo a negociação para a indústria de energia.

O sindicato afirma que seus membros "são mais qualificados e melhor treinados para desempenhar as funções que são necessárias para manter o equipamento funcionando de forma segura", disse Hoot Landry, representante do United Steelworkers. Até agora, a greve teve pouco impacto sobre a produção, ou os preços da gasolina. As unidades mantiveram as operações, embora uma refinaria localizada na Califórnia, que tinha fechado parcialmente para manutenção quando a greve começou, continue fechada ainda.

No entanto, os preços do petróleo podem perder força, se outra grande refinaria for fechada devido às paralisações, afirmou o diretor global de análise de energia do Serviço de Informação de Preço do Petróleo, Tom Kloza. A perda da demanda das refinarias poderia significar "mais problemas para o mercado de petróleo", acrescentou. O preço de referência para o petróleo bruto dos EUA caiu 50% desde junho, para menos de US$ 51 o barril, em grande parte devido ao aumento da produção de petróleo americana. Fonte: Dow Jones Newswires.

O movimento grevista nas refinarias de petróleo dos Estados Unidos ganhou força neste sábado (21) de manhã, quando trabalhadores de uma das maiores empresas do País, a Motiva Port Arthur Refinery, do Texas, abandonaram o trabalho após mais uma rodada de negociações, que terminou sem sucesso na noite de sexta-feira.

A refinaria do Texas possui capacidade de produção de 600 mil barris por dia. A Motiva Enterprise LLC é uma subsidiária da Saudi Aramco e tem entre seus sócios a Shell. O líder dos manifestantes alertou, inclusive, que trabalhadores de outras refinarias em Louisiana também podem aderir à paralisação neste domingo. A Shell confirmou que já recebeu notificações da Motiva Convent, Motiva Norco e da Shell Chemicals Norco plants

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Grande parte das refinarias continua operando em meio aos conflitos trabalhistas, mas agora a paralisação atinge 16,5% da capacidade nos Estados Unidos, contra 13% anteriormente. Caso novas paradas sejam confirmadas, a greve chegará a 19% da capacidade do País. No atual momento, 5 mil trabalhadores aderiram à greve. Se a participação das refinarias da Louisiana for confirmada, esse número chegará a 6,5 mil em 15 instalações.

O sindicato dos metalúrgicos e a Royal Dutch Shell, que lidera as negociações para a indústria de refino, tentam há semanas a chegar a um novo acordo para os próximos três anos, no qual será definido o padrão para salários, benefícios e padrões de segurança para refinarias individuais. O sindicato recusou sete ofertas da Shell. Fonte: Dow Jones Newswires

As autoridades sanitárias americanas anunciaram nesta sexta-feira (20) a descoberta de um novo vírus, que teria causado a morte de um homem em boas condições de saúde, no estado do Kansas, na primavera (hemisfério norte) de 2014.

O vírus "Bourbon", assim batizado em referência ao nome do condado onde o paciente vivia, faz parte do grupo conhecido como "thogoto vírus" (THOV), informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

Esta é a primeira vez que um vírus dessa família causa uma doença com desfecho fatal em um humano nos Estados Unidos, e apenas o oitavo caso conhecido de infecção por um "thogoto vírus" com sintomas em pessoas.

Considerando-se que os vírus desse grupo de agentes virais estão ligados a carrapatos, ou mosquitos, em certas partes da Europa, da Ásia e da África, o vírus "Bourbon" também poderia usar os mesmos vetores.

O homem em questão tinha mais de 50 anos e havia sido mordido várias vezes por carrapatos dias antes de ficar doente, relatou o CDC.

Este é o único caso conhecido.

Como os resultados de inúmeros testes deram negativo para um amplo leque de doenças infecciosas, uma amostra do sangue do paciente foi enviada para análises suplementares em um laboratório do CDC.

Os testes iniciais detectaram a presença de um vírus não identificado. Depois de utilizar uma tecnologia molecular avançada de detecção (AMD, na sigla em inglês), os pesquisadores do CDC concluíram que se tratava de um novo vírus.

Os médicos que curaram o homem no Kansas encontraram um carrapato cheio de sangue em seu ombro. Alguns dias depois, ele ficou doente, com febre e dor de cabeça, segundo o estudo publicado no periódico "Emerging Infectious Diseases" (Doenças Infecciosas Emergentes) do CDC.

Apesar do tratamento com antibióticos, seu estado se agravou, comprometendo, sobretudo, suas funções renais. O paciente também não conseguia mais respirar sem a ajuda de aparelhos. Ele morreu 11 dias depois do aparecimento dos sintomas.

Após uma audiência de três horas na tarde desta sexta-feira, o juiz da Corte de Nova York, Jed Rakoff, adiou a escolha do investidor líder da ação coletiva contra a Petrobras para o dia 4 de março. O objetivo é obter até lá mais informações das partes, que deverão entregar até o próximo dia 25 um memorando com argumentos adicionais.

A Corte de Nova York teve um auditório lotado, com representantes de vários escritórios e dos investidores que entraram em uma das cinco ações coletivas abertas na Corte para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras. As ações foram integradas em um único processo. Depois da entrega dos memorandos, no dia 4 de março, Rakoff anunciará seu escolhido e fará uma teleconferência com as partes.

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Na audiência, Rakoff foi bastante incisivo com os investidores e advogados, insistindo a todo momento para saber da existência de acordo monetário entre as partes, as taxas que os escritórios queriam cobrar dos clientes e até se as firmas de advocacia fizeram doações para a campanha dos procuradores-gerais de Estados dos EUA que entraram na ação, os fundos de pensão de Ohio, Havaí e Idaho.

Um dos investidores interessados em ser o líder é a gestora de recursos Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca, que juntos têm perdas que podem chegar a US$ 267 milhões, por conta de aplicações em bônus externos da Petrobras entre 2010 e 2014. Foi o maior prejuízo que apareceu nas petições entregues na Corte.

Na audiência, Rakoff questionou, por exemplo, se o Danske e o Skagen já foram líderes em ações coletivas antes. Um representante do Skagen afirmou que sim. Outra dúvida do juiz foi no caso de um eventual acordo da Corte com a Petrobras para o pagamento de uma indenização, o que ocorreria se o valor agradasse a um investidor, mas não ao outro. "Nosso objetivo é maximizar a recuperação dos prejuízos", disse o advogado.

Ao todo, foram nove pedidos de investidores interessados em liderar a ação coletiva, com prejuízos somados de US$ 530 milhões. Destes, quatro desistiram nos últimos dias de serem líderes. Os aplicadores alegam que tiveram prejuízos porque a Petrobras não divulgou adequadamente o esquema de corrupção na empresa, que quando se tornou público fez as ações e bônus despencarem.

O Universities Superannuation Scheme (USS), maior fundo de pensão de professores e pesquisadores do meio acadêmico do Reino Unido, com sede em Liverpool e 300 mil membros, que argumenta prejuízos de US$ 84 milhões aplicando em bônus e ações da Petrobras, também participou da audiência. Um representante do USS, Jeremy Hill, disse que a instituição foi procurada em janeiro pelo escritório norte-americano Pomerantz para participação na ação coletiva.

Além do USS, um grupo de fundos de pensão de funcionários públicos norte-americanos dos Estados de Ohio, Idaho e do Havaí estava presente na audiência. Eles reclamam prejuízos de até US$ 127 milhões. Um advogado dos fundos afirmou que, ao contrário de outros investidores presentes, as fundações tiveram prejuízos com aplicações em vários tipos de papéis da Petrobras, não apenas um ou outro ativo.

O estudante Francisco Fernando Cruz, de 23 anos, que ficou preso um ano nos Estados Unidos após um falso alarme de bomba, disse que aprendeu a levar as coisas a sério e a não confiar nos amigos. "Aprendi a lição. Tem coisa que não dá para brincar", afirmou nesta sexta-feira (11), em Sorocaba (SP), depois de passar a noite com a família. "Aliás, no primeiro dia eu já tinha aprendido a não fazer isso nunca mais. Também aprendi a não confiar plenamente nos amigos. Foram eles que me induziram a fazer a brincadeira e, depois que fui preso, sumiram."

Cruz retornou ao Brasil ontem na condição de deportado e, durante a viagem de avião até o Rio de Janeiro, foi escoltado por dois agentes de imigração americanos. Só foi liberado depois de ser entregue à Polícia Federal brasileira no aeroporto de Galeão. Ele disse que foi tratado com rigor na prisão, mas em nenhum momento sofreu ameaça ou maus tratos. O estudante lamentou ter sido levado para o aeroporto com algemas e tornozeleiras. "Eles sabiam que eu não era perigoso, mas sei lá, eles têm suas regras."

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O estudante foi recebido por familiares no Rio e tomou voo doméstico com eles, com destino ao aeroporto de Viracopos, no interior de São Paulo. Dali seguiu de ônibus para a casa da família, em Sorocaba. Segundo a mãe do rapaz, Cláudia Cruz, ele dormiu bem à noite e acordou disposto. No início da tarde, foi para um encontro com os amigos na casa de um deles. "Eles praticamente convocaram o Nando, estavam com muita saudade", contou a mãe. O rapaz quer agora retomar a vida no Brasil. Com a prisão, ele perdeu o trabalho e um ano do curso de Publicidade que fazia em Nova York.

Cruz foi preso em janeiro de 2014 depois de enviar mensagens eletrônicas ao Departamento de Polícia de Miami e à TAM Linhas Aéreas alertando sobre uma possível uma bomba no avião. Ele tinha viagem de volta para o Brasil, mas perdeu o voo. Usando o computador de uma universidade, encaminhou um e-mail para a polícia e outro para a empresa aérea alertando que o voo não deveria decolar pois estava marcado para cair, já que haveria "carga perigosa" a bordo. O alerta mobilizou a polícia americana e a TAM, que teve de fazer uma cuidadosa inspeção no avião. Como nada foi encontrado, o voo foi liberado. Ao embarcar num segundo voo, o rapaz foi detido já dentro do avião - sua mensagem havia sido rastreada e sua imagem ficar no computador que havia usado. Interrogado, confessou a autoria das mensagens e foi condenado a um ano e um dia de prisão por crime previsto na lei americana antiterror.

Depois de perder a liderança para a China em 2009, os Estados Unidos poderão voltar a ser o principal destino das exportações brasileiras em poucos anos, como resultado do coquetel que une queda no preço das commodities, crescimento da economia americana, perda de fôlego da locomotiva chinesa e desvalorização do real. Em janeiro, os embarques para os EUA já superaram os destinados ao país asiático, que tiveram um tombo de 35%.

Se o resultado do mês passado se repetir ao longo do ano, os Estados Unidos poderão fechar 2015 à frente da China. Mas o mais provável é que isso ocorra dentro de dois a quatro anos, segundo projeção de Diane Santos, economista da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

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No ano passado, os EUA superaram a Argentina e se tornaram o principal destino de exportações de produtos manufaturados do Brasil, com embarques de US$ 15,1 bilhões. Com a recuperação da economia americana e a queda do real no Brasil, esse movimento deve se acelerar em 2015. A previsão de Santos é que a exportação de produtos industriais para os EUA cresçam 6,8% neste ano.

Enquanto vendas para a China são dominadas por produtos básicos, os embarques para os Estados Unidos têm maior participação de bens manufaturados e semimanufaturados. Além de representarem maior valor agregado no mercado doméstico, as exportações industriais estão menos sujeitas às oscilação de preços internacionais que afetam as commodities.

Soja, minério de ferro e petróleo representaram 80% das vendas brasileiras à China no ano passado. Os produtos manufaturados responderam por 54% dos embarques para os EUA no mesmo período, mostram dados da Funcex. A participação dos semimanufaturados foi de 21% e a dos básicos, de 25%.

Até os anos 2000, o mercado americano era líder absoluto no ranking dos maiores destinos das vendas brasileiras, com participação de 24% no início daquela década. A China aparecia em um distante 12º lugar e respondia por 2% dos embarques.

Nos anos seguintes, o espetacular crescimento do país asiático gerou o boom nas commodities, que elevou o preço de produtos como minério de ferro, o principal item da pauta brasileira na maior parte da década passada. A China ultrapassou os EUA em 2009 e, em 2014, foi o destino de 18% dos embarques nacionais. O mercado americano veio em seguida, com 12%.

"Os Estados Unidos são o único mercado do mundo que cresce continuamente", disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Para ele, os EUA devem ser a prioridade do governo e dos exportadores brasileiros.

O ritmo do aumento das vendas para a maior economia do mundo neste deve ser limitado pela queda dos preços do petróleo e a expansão da produção de petróleo e gás nos EUA, avaliou Santos, da Funcex.

Desde 2006, o produto é o maior item na pauta de exportações para os Estados Unidos. No ano passado, as vendas de petróleo somaram US$ 3,4 bilhões e representaram 12,6% dos embarques ao país. Em seguida vieram produtos manufaturados de ferro e aço (US$ 2,2 bilhões), aviões (US$ 1,93 bilhão), motores e turbinas para aviões (US$ 1,57 bilhão) e café em grão (US$ 1,2 bilhão).

Os governos dos Estados Unidos e da Turquia assinaram um acordo que prevê o treinamento e o suprimento de armas a rebeldes sírios que irão lutar contra o grupo extremista Estado Islâmico, afirmou nesta quinta-feira (19) a embaixada dos EUA em Ancara.

O acordo foi assinado pelo subsecretário do ministérios de Relações Exteriores da Turquia, Feridun Sinirlioglu, que chamou o acordo de "um importante passo" para a parceria estratégica entre os dois países.

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Com cerca de 1,2 mil quilômetros de fronteira com a Síria, a Turquia é peça importante da coalizão militar liderada pelos Estados Unidas que combate o Estado Islâmico. Ancara, entretanto, também quer que os rebeldes lutem contra o regime de Bashar Assad, o que os Estados Unidos não querem.

Também não está claro quem irá decidir quais grupos rebeldes irão receber treinamento. Os Estados Unidos e a Turquia não têm entendimento comum sobre quais grupos rebeldes podem ser considerados moderados e aptos para treinamento. Fonte: Associated Press.

Um hospital de Los Angeles anunciou nesta quinta-feira (19) que pode ter infectado involuntariamente quase 180 pessoas com uma superbactéria resistente a tratamentos, relacionada à morte de dois pacientes. O Sistema de Saúde Ronald Reagan UCLA informou que pelo menos sete de seus pacientes foram infectados por enterobactérias resistentes ao carbapenemos (CRE), um tipo de bactéria aparentemente transmitida a eles no hospital por meio de instrumentos cirúrgicos contaminados.

A bactéria "pode ter sido um fator que contribuiu para a morte dos dois pacientes", informou o hospital em um comunicado. Inicialmente disseram que estavam tentando identificar 100 pacientes possivelmente em risco, mas uma atualização desta quinta-feira aumentou para 179 o número de infectados.

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Funcionários do hospital disseram que eles estavam disponibilizando kits para testes domésticos para determinar se os pacientes em risco foram infectados pela superbactéria. Em um comunicado, o hospital informou que uma investigação interna descobriu que a bactéria foi aparentemente transmitida por meio de instrumentos médicos utilizados em procedimentos de endoscopia para diagnosticar e tratar doenças do pâncreas e da vesícula biliar.

Os procedimentos - realizados entre outubro de 2014 e janeiro deste ano - aparentemente transmitiram a bactéria aos pacientes mesmo que o UCLA tenha "esterilizado os instrumentos de acordo com as normas estipuladas pelo fabricante", informou o comunicado do hospital.

"Os dois instrumentos envolvidos na infecção foram imediatamente removidos e o UCLA está utilizando um processo de descontaminação que vai além das normas nacionais e do fabricante", informou o comunicado.

O hospital completou: "ambos os hospitais, Los Angeles County Department of Health e o California Department of Public Health, foram notificados imediatamente quando a bactéria foi detectada.

A bactéria CRE é resistente a tratamentos com a maioria dos antibióticos comuns, e é particularmente perigosa nos hospitais, onde os pacientes podem estar com o sistema imunológico comprometido ou se recuperando de cirurgias.

O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira (19) que os esforços norte-americanos e internacionais para enfraquecer e, finalmente destruir o grupo militante Estado Islâmico só podem ser alcançados depois de uma transição política na Síria. Em discurso aos participantes de uma cúpula sobre extremismo violento realizada na Casa Branca, Obama disse que a guerra civil na Síria deu origem do Estado Islâmico e acusou o presidente Bashar Assa de provocar tensões sectárias.

"A guerra civil na Síria só vai acabar quando houver uma transição política inclusiva e um governo que sirva aos sírios de todas as etnias e religiões", disse Obama. O presidente norte-americano disse também que a falta se inclusão do antigo governo do Iraque impulsionou o avanço do Estado Islâmico no país. Mas no caso iraquiano, o governo já conseguiu facilitar a transição do governo, com a substituição, em agosto, do primeiro-ministro Nouri al-Malaki pelo atual ocupante do cargo, Haider al-Abadi.

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Obama pediu aos líderes muçulmanos de todo o mundo que façam mais para conter os extremistas, cujas opiniões, disse ele, perpetuam a ideia de que os Estados Unidos e outros países ocidentais são contrários ao Islã. Foi o segundo discurso de Obama durante a reunião em dois dias.

"A ideia de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira", disse Obama. "Comunidades muçulmanas, incluindo estudiosos e clérigos têm, portanto, a responsabilidade de repelir interpretações distorcidas do Islã, mas também rebater as mentiras de que estamos, de alguma forma, enfrentando um choque de civilizações; de que os Estados Unidos e o Ocidente estão, de alguma forma, em guerra com o Islã ou têm como objetivo reprimir os muçulmanos, ou sainda que somos a causa de todo o mal no Oriente Médio."

Mais cedo, o secretário de Estado John Kerry destacou a natureza global do desafio e disse que bons governos, melhorias econômicas e reconhecimento de outras vozes ajudariam a conter o extremismo. "Se dermos chances a eles, seus objetivos principais podem realmente dar a eles uma vantagem comparativa", disse Kerry, descrevendo a singular determinação dos grupos terroristas de causar estragos e recrutar novos membros. "Temos de igualar seus compromissos e não deixá-los sem nenhuma vantagem."

O secretário de Estado declarou também que a reunião de cúpula nos Estados Unidos será o primeiro evento desse tipo. Representantes de outros países afirmaram que haverá outros encontros desse tipo, dentre eles uma reunião de líderes religiosos na Organização das Nações Unidas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Em seu showroom em Nova York, quatro livros colocados sobre uma mesa de madeira falam mais que mil palavras das paixões de Tommy Hilfiger: moda, cultura pop americana, rock e Grace Kelly. "Coloco em minhas coleções o melhor dos Estados Unidos", explica.

A marca deste estilista americano, rei do estilo "preppy" casual e elegante, completa este ano 30 primaveras com um título invejável: 1.400 lojas em 90 países dos cinco continentes, 6,4 bilhões de dólares em vendas no varejo em 2013, coleções masculinas, femininas e infantis, acessórios e perfumes.

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"Foi um longo caminho, uma grande viagem, e sou agradecido que tenhamos sido capazes de nos manter no negócio durante três décadas", confessa o estilista em seu estúdio nas margens do Hudson, em Manhattan, em uma entrevista à AFP.

Em comemoração ao aniversário da marca, organizou um espetacular desfile na Semana de Moda de Nova York, como só ele sabe fazer, inspirado nesta temporada no futebol americano.

Filho de um relojoeiro e uma enfermeira e segundo de nove irmãos, Hilfiger, de 63 anos, é modesto apesar de seu grande sucesso.

É rico, famoso e diz ter alcançado todos os seus sonhos. E o que ainda o motiva?

"Acredito que é a ideia de fazer melhor cada uma das vezes", disse. "Em cada coleção quero fazer melhor do que na última vez. E queremos continuar evoluindo, sem deixar de ser o que representamos como marca. Somos o norte-americano clássico relaxado, somos divertidos, jovens e dinâmicos", diz.

Tommy cresceu na década de 50 em Elmira, pequena cidade do norte do estado de Nova York, onde aprendeu a amar o que segundo ele representa "o melhor dos Estados Unidos".

"Se você pensar em Hollywood, na música, talvez em Miami, em Nova York, na Coca-Cola. Se você pensar em Apple, Microsoft, nos M&M's, em beisebol, em todas essas coisas norte-americanas. Há algo diferente do resto do mundo. E que coloco aqui", explica, apontando para sua testa. "coloco em minhas coleções".

- Amigo de Andy Warhol -

"Andy Warhol é um de meus grandes mentores. Era um herói, um amigo quando me mudei pela primeira vez para Nova York. Via o que fazia. Vi ele integrar moda, arte, música, entretenimento e fama à sua arte. E isso é o que faço. Não se trata só de moda", explica.

Na véspera de seu desfile, o ambiente em seu estúdio minimalista, onde domina o branco, é tranquilo ainda que concentrado. Tommy usa um suéter azul royal, jeans e óculos com uma grossa armação preta.

Gosta de rock clássico, "The Beatles, Stones, The Who". Cita Superman quando perguntado sobre qual é seu superherói favorito, e Martin Luther King sobre seu verdadeiro herói. Conta que acaba de ler a biografia de Steve Jobs.

Com uma família de origem irlandesa, lembra que percorreu um longo caminho para alcançar o sucesso. "No início eu fazia tudo eu mesmo. Desenhava cada peça, vendia a coleção, fabricava, fazia tudo. E logo depois, no caminho, encontrei sócios".

Seu grupo foi comprado por 3 bilhões de dólares em 2010 por Phillips-Van Heusen, que também é dono da Calvin Klein. Mas Tommy continua sendo o principal estilista da marca.

"Quero continuar renovando a marca, mantê-la viva (...) Mas ao mesmo tempo ela deve mudar, e isso é o mais inspirador, a capacidade de mudar continuamente, já que isso é a moda", afirma Hilfiger.

Recentemente anunciou a abertura de um espaço de venda totalmente digital e "revolucionário" em Amsterdã para seus clientes do atacado, e em março vai abrir uma loja em Paris, no mesmo local de um antigo banco no Boulevar des Capucines.

E como se não fosse suficientemente ocupado, esse pai de cinco filhos de dois casamentos espera participar "de uma forma ou outra" da primeira Semana de Moda masculina em julho, em Nova York.

Até encontra tempo para escrever suas memórias: "É sobre toda a minha vida. Decidi fazer agora porque se esperar posso esquecer o que queria dizer", diz com um sorriso.

O ex-governador da Flórida e um dos cotados à presidência dos Estados Unidos pelo partido Republicano, Jeb Bush, afirmou esta quarta-feira que foram cometidos "erros no Iraque" durante a administração de seu irmão, George W. Bush, presidente dos Estados Unidos entre 2001 e 2009.

Discursando em um evento sobre política externa, Bush admitiu que a informação de que o ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein, tinha armas químicas, não era verdade, e também que os Estados Unidos não conseguiram criar um ambiente seguro no país após o fim da ditadura de Hussein.

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No entanto, ele afirmou que a decisão de seu irmão foi "um dos atos históricos de maior coragem política", e que a operação de derrubada do regime iraquiano foi "enormemente bem sucedida". Bush criticou a política externa do presidente Barack Obama, que classificou de "inconsistente e indecisiva", o que levou o país a perder "a confiança de seus aliados".

Jeb Bush é um dos políticos que mais cotados à assumir a candidatura republicana à casa Branca em 2015. Embora ele tenha se declarado orgulhoso de fazer parte de uma família que "definiu a política externa do país de dentro do salão oval", ele afirmou que tem suas próprias ideias. Fonte: Associated Press.

Os dirigentes do Federal Reserve norte-americano tiveram em janeiro discussões mais detalhadas sobre o momento de começar a elevar as taxas de juro e o ritmo do aperto monetário, mas não chegaram a um acordo sobre um plano específico. É o que mostra a ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc) realizada em 27 e 28 de janeiro.

Como parte dessas discussões, os técnicos do Fed fizeram uma apresentação no qual detalhavam os prós e contras de adiar o aperto monetário e de apressá-lo. Sem revelar a escala de tempo em detalhes, os dirigentes do Fed disseram que uma demora poderia levar a uma aceleração da inflação ou a riscos à estabilidade financeira, enquanto apressar poderia prejudicar a recuperação econômica. Durante a discussão, muitos participantes disseram estar inclinados a esperar, embora alguns tenham notado que o Fed já esperou bastante "e que poderia ser apropriado começar a firmar a política monetária no curto prazo".

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Os dirigentes do Fed também tiveram uma discussão acalorada sobre como remover do comunicado do Fomc a promessa de que serão "pacientes" antes de passar a elevar as taxas de juro. A presidente do Fed, Janet Yellen, já declarou que enquanto a promessa de ser paciente estiver incluída no comunicado, a instituição não deverá apertar a política nas duas reuniões seguintes.

"Alguns dirigentes manifestaram a preocupação de que os mercados financeiros possam reagir exageradamente, resultando em condições financeiras indesejavelmente apertadas", diz a ata.

O documento sugere que os dirigentes do Fed entraram em um novo período de debates e planejamento para começar a elevar as taxas de juro mais tarde neste ano, mas ele não indica claramente que os participantes da reunião chegaram a um acordo sobre um cronograma, sobre quão rapidamente as taxas de juro vão subir ou sobre qual é a melhor maneira de comunicar seus planos ao público.

O cenário econômico é um desafio: a inflação está abaixo da meta do Fed, de 2%, e a economia global está mostrando debilidade - acontecimentos que os participantes da reunião discutiram extensivamente. Ao mesmo tempo, o mercado de mão de obra nos EUA está melhorando e os dirigentes do Fed acreditam que a capacidade ociosa na economia está diminuindo.

A ata também mostra discussões detalhadas sobre a mecânica das elevações das taxas de juro. Entre as considerações relatadas está a ideia de expandir o programa de recompra reversa de títulos (reverse repos), pelo qual o Fed administra os juros. "A maioria dos participantes da reunião indicou que um teto elevado para as operações de reverse repo pode ser apropriado para apoiar a implementação da política no momento do início do aperto monetário", diz a ata. Fonte: Dow Jones Newswires.

Grande parte do leste dos Estados Unidos estava paralisado nesta terça-feira (17) por causa de uma tempestade de neve e do frio intenso, que forçaram o fechamento das agências federais em Washington, enquanto a capital se preparava para a chegada de uma nova frente polar. Quatro pessoas morreram em acidentes em estradas cobertas de neve e gelo, três delas no Tennessee (sul) e uma no Kansas (centro), segundo meios de comunicação americanos.

Coberta por uma espessa camada de neve, Washington estava quase deserta. "As agências federais estão fechadas", informava o governo americano em sua página na internet. A tempestade Octavia, que castiga a costa leste e o centro dos Estados Unidos, deixou 50 milhões de americanos expostos a temperaturas polares, que nos próximos dias cairão ainda mais, muito abaixo da média, informou o centro nacional de meteorologia.

"Uma nova frente polar chegará à costa leste antes da noite da quarta-feira e trará consigo temperaturas realmente polares", advertiu o centro meteorológico em seu site na internet. "Serão batidos todos os recordes de temperaturas baixas", acrescentou.

Alguns estados do sul do país, pouco habituados a estes extremos, também foram afetados pelas baixas temperaturas. Cerca de 1.800 voos tiveram que ser cancelados esta terça-feira em todo o país devido ao mau tempo, segundo a página Flightaware.com. Fevereiro já bateu o recorde de mês com mais nevascas da história de Boston (Massachusetts, nordeste).

Mil e quinhentos voos foram cancelados nesta segunda-feira nos Estados Unidos, onde, nos próximos dias, esperam-se temperaturas abaixo de zero e nevascas, alertou o serviço meteorológico nacional.

Um frio "incomum" afetará o leste do país e 50 milhões de pessoas com temperaturas inferiores ao padrão nacional, indicou em um boletim o National Weather Service, que prevê "recordes de frio".

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O site especializado FlightAware reportou o cancelamento de 1.500 voos, sem reportar as causas. Muitos deles, no entanto, estão nas regiões mais afetadas pela neve.

Nesta segunda-feira começaram a ser registradas temperaturas recorde de -28°C em Erie, Pensilvânia, e -22°C em Cleveland, Ohio, ambos no nordeste do país, noticiou o jornal USA Today.

A tempestade de neve Octavia já tinha castigado o centro-sul do país, do Missouri ao Kentucky, onde caíram 15 cm de neve, informou a emissora Weather Channel.

A tempestade e um acúmulo de neve de até 30 centímetros atingirão o leste e chegarão a Washington na noite de segunda-feira. Está previsto que a frente fria chegue até a Nova Inglaterra no nordeste, onde ficam Nova York e Boston, já afetados por várias tempestades neste inverno.

Boston, coberta com 40 cm de neve este fim de semana, acumulou cerca de 1,50 m de neve em fevereiro, ou seja, dez vezes mais que em um fevereiro comum, segundo o USA Today.

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