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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no final da manhã desta sexta-feira (28). A informação foi divulgada no segundo boletim médico disponibilizado pelo Hospital Santa Lúcia - onde o senador está internado desde a madrugada de quinta-feira, 27.

"O paciente já se encontra consciente, orientado e caminhando bem. Realizará uma ressonância magnética de crânio com contraste ainda hoje", diz o boletim do hospital. A expectativa é de que o presidente do Senado possa receber alta hospitalar até sábado (29).

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), está internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Lúcia em Brasília. Segundo Boletim assinado pelo médico Cláudio Carneiro, o senador sofreu um desmaio na madrugada desta quinta-feira (27).

Após ser submetido a uma tomografia computadorizada e a um exame de ressonância magnética do crânio, os médicos descartaram que ele tenha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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O estado de saúde do senador é estável e ele permanece em observação. Um novo boletim médico deve sair por volta do meio-dia.

Convocado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) como testemunha de defesa, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), informou ao juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, que pode responder aos questionamentos "por escrito". Em ofício ao magistrado, Eunício afirmou que "não tem conhecimento dos fatos" da ação penal que acusa Cabral e outros 12 investigados por corrupção e lavagem de dinheiro de obras do governo do estado que receberam recursos federais a partir de 2007.

"Senhor Juiz, em atenção à solicitação contida no Ofício nº 044.000329-5/2017, de 20 de março de 2017, informo a Vossa Excelência que não tenho conhecimento dos fatos objeto do processo nº 0509503-57.2016.4.02.5101 (2016.51.01.5095039), para eventualmente poder colaborar com o seu esclarecimento, na qualidade de testemunha", anotou o presidente do Senado. "Outrossim, caso Vossa Excelência entenda necessário meu depoimento, solicito a transmissão das respectivas perguntas, por ofício, para a apresentação da minha resposta por escrito, nos termos que me faculta o artigo 221, parágrafo 3.º do Código de Processo Penal", completa.

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Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que desvendou esquema milionário de propinas atribuído ao peemedebista.

Neste processo, o Ministério Público Federal apontou para seis obras nas quais teria havido "acerto de propina" no esquema atribuído a Sérgio Cabral: expansão do Metrô de Copacabana, reforma do Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, construção do Mergulho de Caxias, urbanização no Complexo de Manguinhos - PAC Favelas, construção do Arco Metropolitano e reforma do Maracanã para a Copa de 2014.

Segundo a Procuradoria, a contratação das obras do PAC Favelas, do Arco Metropolitano e do Maracanã foi realizada "mediante a prática de crimes de cartel e fraude à licitação, com acerto prévio dos vencedores, através de determinação ou anuência do governador Sérgio Cabral e dos secretários Wilson Carlos e Hudson Braga".

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quinta-feira (30) que vai discutir com a Secretaria-Geral da Mesa Diretora qual o encaminhamento que dará ao projeto de iniciativa popular que trata das dez medidas de combate à corrupção. Ele adiantou que há duas possibilidades: seguir direto para o plenário, em regime de urgência, ou ser despachado para análise dos membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

Nessa quarta (29), o projeto foi devolvido ao Senado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), depois da validação das assinaturas que deram origem à proposta, pela CCJ da Câmara.

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Questionado sobre a polêmica em torno das modificações que foram feitas pelos deputados no teor da proposta, o senador argumentou que essa é atribuição do Congresso Nacional. Eunício disse que cabe à sociedade e aos outros entes públicos fazer propostas, mas a decisão final é dos parlamentares.

“Os projetos que entram aqui nunca saem como entraram. Isso é legítimo, isso é correto, é parte da nossa atividade, é finalidade da nossa atividade parlamentar emendar, modificar, ampliar, reduzir, aprovar ou rejeitar proposituras que venham da sociedade civil, do governo ou de qualquer outro ente, ou até mesmo de companheiros nossos parlamentares”, disse.

Alterações

O projeto que trata das medidas anticorrupção foi aprovado pela Câmara em novembro do ano passado e encaminhado ao Senado. No entanto, em dezembro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux suspendeu a tramitação da matéria, anulando todas as fases percorridas pelo projeto, inclusive as diversas alterações promovidas pelos deputados até a votação final na Casa, na madrugada de 30 de novembro.

No entanto, em fevereiro, Fux decidiu arquivar o processo que anulava as mudanças no projeto original, após acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que a Casa recontasse as assinaturas de apoio ao projeto. Para que um projeto de iniciativa popular seja válido, é necessária a adesão mínima de 1% do eleitorado, distribuído por pelo menos cinco estados, com no mínimo 0,3% dos eleitores em cada um.

A conferência, feita pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora, apontou 1.741.721 assinaturas no projeto. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há hoje no país 144,08 milhões de eleitores e, portanto, foi alcançado o número mínimo de assinaturas para um texto de iniciativa popular, que seria 1,44 milhão.

O projeto de Lei que regulamenta os crimes considerados abuso de autoridade continua no centro das atenções no Senado. Nos bastidores, fala-se em agilizar a votação da matéria, de autoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que pode vir a tramitar em regime de urgência.

No entanto, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), desconversou sobre essa possibilidade. Segundo ele, o rito só virá à discussão quando o texto chegar ao plenário - o PLS 280/2016 ainda vai à votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). "Eu não interfiro no trabalho das comissões. Essa matéria não chegou ao plenário. Cabe exclusivamente à CCJ tomar as providências", frisou.

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Ele afirmou também que, quando a matéria chegar ao plenário, tomará a decisão sobre o rito, sem contundo confirmar se pretende colocá-la em votação com urgência. "É preciso ter neste momento muita calma".

A matéria encontra simpatizantes no Senado, especialmente entre os descontentes com a condução da Operação Lava Jato. A Polícia Federal tem sido duramente criticada em suas ações. O clima esquentou ainda mais após a Operação Carne Fraca, encarada por muitos parlamentares como prejudicial ao setor agropecuário, em sua forma de divulgação.

O projeto trata sobre os crimes de abuso de autoridade cometido por agentes públicos integrantes do Ministério Público e dos poderes Judiciário e Legislativo de todas as esferas da administração pública. Entre as condenações estabelecidas estão a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime e a perda  do cargo, mandato ou função pública - esse último em caso de  reincidência.

A matéria está na pauta da CCJ para quarta-feira (29). O relator é o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Terceirização

Eunício Oliveira também confirmou que o projeto que trata sobre a terceirização, em análise no Senado, terá ritmo regular de tramitação. O presidente Michel Temer estava esperando a aprovação desse PL para sancioná-lo, já que o texto aprovado na semana passada pela Câmara é considerado mais duro. Diante da pressão de empresários e deputados, Temer cedeu.

O PLC 30/2015 ainda precisa passar por uma comissão do Senado e depende também da apresentação do relatório do senador Paulo Paim (PT-RS). "O projeto precisa ser aprovado em uma comissão. Se ele não for para a da Agenda Brasil, eu encaminharei à CCJ para que se pronuncie. Ele vem a Plenário e eu vou dar o rito normal ao projeto. Enquanto não tiver o relatório não posso fazer nenhum movimento", disse.

Como a comissão da Agenda Brasil não está em funcionamento, a matéria deve passar mesmo pelo crivo da CCJ.

Empresa ligada ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a Confederal Vigilância e Transporte de Valores tem ao menos R$ 8,478 milhões em dívidas previdenciárias com a União, segundo levantamento feito pela reportagem no site da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. O total é referente a três débitos com a União.

Como presidente do Senado, caberá ao peemedebista conduzir a votação das reformas trabalhista e da Previdência na Casa.

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A maior dívida previdenciária da Confederal é de R$ 5,943 milhões referente à unidade em Brasília (DF). Os outros dois débitos são de R$ 1,479 milhão, no Rio, e de R$ 1,054 milhão, em Aparecida de Goiânia (GO) - todos estão inscritos na Dívida Ativa da União. O Ministério da Fazenda não divulga detalhes, sob o argumento de que é de "acesso exclusivo do devedor".

Segundo a Fazenda, a Dívida Ativa é composta por todos os débitos com a União, de natureza tributária ou não, que não foram quitados por empresas ou pessoas físicas após o fim do prazo fixado para pagamento. De acordo com o órgão, a lista não traz débitos que estão sendo parcelados pelo devedor, suspensos por decisão judicial ou alvo de ação para discutir a natureza da obrigação ou valor.

Operação

Administrada pelo sobrinho de Eunício, Ricardo Lopes Augusto, a Confederal foi um dos alvos da Operação Satélites, deflagrada na terça-feira passada pela Polícia Federal como primeiro desdobramento da Lava Jato com base nas delações da Odebrecht.

Ricardo Lopes Augusto foi citado na delação do ex-diretor da empreiteira Cláudio Melo Filho. Melo disse à Procuradoria-Geral da República ter pago Eunício duas parcelas de R$ 1 milhão cada, entre 2013 e 2014. O valor seria contrapartida à aprovação de uma medida provisória. Segundo o colaborador, o peemedebista enviou o sobrinho como "preposto".

O senador também foi citado na delação do ex-diretor da Hypermarcas Nelson Mello. Ele disse ter pago, por meio de contratos fictícios, R$ 5 milhões em caixa 2 à campanha de Eunício ao governo do Ceará, em 2014. O advogado do peemedebista, Aristides Junqueira, divulgou nota em que disse que o senador "autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei", à campanha de 2014.

Resposta

A Confederal divulgou nota para comentar as dívidas previdenciárias de ao menos R$ 8,478 milhões, reveladas em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A companhia afirmou nessa quinta-feira (23) que as três dívidas previdenciárias ainda são objeto de contestações judiciais e que nenhuma delas transitou em julgado.

A empresa informou ainda que todas as dívidas mostradas pela reportagem foram pagas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 1993. Os débitos seriam de 1990, quando o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ainda não era sócio da firma.

No entanto, de acordo com a companhia, a Receita Federal contestou os valores pagos pela empresa em maio de 2004. "Há provisionamento de bens para eventual quitação dos débitos. Não há sentença definitiva sobre o caso", informou a Confederal na nota.

Procurado, o Ministério da Fazenda afirmou que a lista de devedores está atualizada e que, se as dívidas ainda constam, é porque os valores não foram quitados. A Fazenda informou ainda que não pode dar detalhes referentes ao caso.

Participação

O presidente do Senado é sócio da Confederal Vigilância e Transporte de Valores por meio da Remmo Participações S.A., holding cujos únicos acionistas são Eunício e seu filho, Rodrigo.

A holding possui 98,3% das ações. O 1,7% restante é do sobrinho do senador peemedebista, Ricardo Lopes Augusto. Até setembro de 2013, no entanto, o senador figurava como sócio majoritário da empresa. Naquele ano, ele transferiu suas cotas para a Remmo Participações.

De acordo com a assessoria de Eunício, ele está afastado da administração da Confederal desde 1998, quando se elegeu deputado pela primeira vez.

Reportagem do Estado de S. Paulo de 29 de janeiro mostrou que a Confederal e a Corpvs mantêm contratos milionários com bancos estatais, como Banco do Brasil, Caixa. A empresa Corpvs também integra a holding Remmo.

Sentinela

A empresa também foi investigada em 2004, quando Eunício era ministro das Comunicações do primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A companhia foi alvo da Operação Sentinela, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2004.

Na ocasião, um diretor da companhia foi preso, sob suspeita de envolvimento com uma quadrilha que fraudou licitações, comprou parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) e fez cartel de serviços de segurança e limpeza para o governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou nesta quinta-feira (23) que pautará "de imediato" o projeto sobre a terceirização nas relações de trabalho, cujo relator é o senador Paulo Paim (PT-RS). Na quarta, a Câmara aprovou em caráter terminativo outra proposta que permite a terceirização para todas as atividades da empresa. Como já havia sido apreciado pelo Senado, o texto seguirá para sanção presidencial.

"É preciso que a gente atualize esse projeto que foi aprovado na Câmara", defendeu Eunício. Durante coletiva de imprensa, o presidente reforçou diversas vezes que o Senado é a "Casa revisora", portanto tem o direito de "fazer e revogar leis desatualizadas e adequá-las ao momento".

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A proposta aprovada na Câmara é de 1998. Já a do Senado, que faz parte da chamada Agenda Brasil, é de 2015. "Se tem lacuna, e não estou dizendo que tenha ou que deva ser vetado, é natural que se aprove outro projeto no Senado. O projeto que tramita no Senado será para complementar a proposta aprovada na Câmara", defendeu o peemedebista.

Paim já havia afirmado que, caso o projeto da Câmara fosse aprovado, pediria para que Temer vetasse o texto, mas Eunício ponderou que esta seria uma iniciativa individual. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra, os projetos podem ser complementares", destacou Eunício. Segundo ele, o presidente Michel Temer fará uma "seleção do que vai aprovar ou vetar" entre as duas propostas.

Eunício se comprometeu a pautar o projeto de Paim "de imediato", assim que chegar ao plenário da Casa. O relatório de Paim autoriza a terceirização, mas foram negociadas salvaguardas ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, como uma 'quarentena' entre a demissão de um funcionário no regime de CLT e a contratação dele como pessoa jurídica (PJ), recolhimento antecipado de parte dos encargos trabalhistas, com responsabilidade solidária da empresa contratante se estes não forem pagos, e a representação pelo sindicato da categoria.

Em fevereiro, Eunício havia feito um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para acelerar a tramitação do projeto da terceirização. O objetivo inicial era priorizar a proposta da Câmara. De acordo com Eunício, ele e Maia têm uma "dinâmica" de colocar em votação tudo o que tiver sido aprovado na outra Casa Legislativa.

Três dos quatros senadores investigados pela Polícia Federal na Operação Satélites se manifestaram sobre a ação, deflagrada nesta terça-feira (21), como desdobramento da Operação Lava Jato. A ação apura indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro e tem como base trechos de delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, homologadas em janeiro.

O senador Humberto Costa (PT-PE) negou que tenha cometido qualquer irregularidade. Em nota, ele disse que, em investigações anteriores, a PF não encontrou "qualquer evidência de irregularidade" e que ele acredita que o mesmo acontecerá desta vez, apontando para o "teor infundado da acusação e da inexistência de qualquer elemento que desabone a sua vida pública".

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Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi representado pelo advogado Aristides Junqueira. Em nota, ele disse que "o senador tem a convicção que a verdade dos fatos prevalecerá" e que o parlamentar "autorizou que fossem solicitadas doações, na forma da lei, à sua campanha ao governo do Estado do Ceará", em 2014. No texto, o criminalista diz ainda que a abertura de inquéritos no Supremo Tribunal Federal para apurar "versões de delatores" é o caminho natural do rito processual.

Já a assessoria de Renan Calheiros (PMDB-AL) informou que ninguém que trabalha com o senador em Brasília ou em Alagoas é alvo da operação deflagrada nesta terça-feira.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) foi o único que ainda não se manifestou.

Operação Satélites

Desdobramento da Operação Lava Jato, a ação é a primeira em que são utilizadas informações dos acordos de colaboração premiada firmados com executivos e ex-executivos da Odebrecht, homologados pela ministra Cármen Lúcia em janeiro deste ano. Os agentes estão atuando nas cidades de Brasília (DF), Maceió (AL), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), num total de 14 mandados.

Apesar de ter sido autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) – o que indica que envolve pessoas com foro privilegiado -, o alvo da ação não são políticos, mas pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Em Pernambuco, são cinco mandados de busca e apreensão: dois em Boa Viagem e um na Imbiribeira, no Recife, além de um no Janga, em Paulista. Não foi informado o local do quinto mandado, concedido após o início da ação nesta manhã. Um dos endereços em Boa Viagem pertence ao empresário Mário Barbosa Beltrão e sua família, ligados ao senador Humberto Costa.

Em Brasília, agentes da Polícia Federal estiveram na Confederal, empresa de vigilância e transporte de valores, que teria relação com o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

A PF está atuando junto com agentes da Receita Federal, procuradores da República e do Ministério Público Federal. De acordo com o chefe de Comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, os materiais apreendidos serão levados para a sede do órgão, no Cais do Apolo, e depois serão encaminhados para Brasília.

A Polícia Federal cumpre cinco mandados de busca e apreensão em Pernambuco, nesta terça-feira (21), referente à Operação Satélites, desdobramento da Lava Jato com base nas delações de executivos da Odebrecht. O objetivo é investigar indícios dos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Além do Estado, os agentes também estão atuando nas cidades de Brasília (DF), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), num total de 14 mandados. Apesar de ter sido autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) – o que indica que envolve pessoas com foro privilegiado -, o alvo da ação não são políticos, mas pessoas ligadas aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

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Essa é a primeira vez em que são utilizadas informações dos acordos de colaboração premiada firmados com executivos e ex-executivos da Odebrecht, homologados pela ministra Cármen Lúcia em janeiro deste ano.

No âmbito da Lava Jato, essa é a 7ª fase da Operação Lava Jato que apura o envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro junto ao STF. Outras três foram realizadas em 2015, duas em 2016 e uma em fevereiro deste ano.

Operação Satélites

Em Pernambuco, são cinco mandados de busca e apreensão: dois em Boa Viagem e um na Imbiribeira, no Recife, além de um no Janga, em Paulista. Não foi informado o local do quinto mandado, concedido após o início da ação nesta manhã. Um dos endereços em Boa Viagem pertence ao empresário Mário Barbosa Beltrão e sua família, ligados ao senador Humberto Costa.

Em Brasília, agentes da Polícia Federal estiveram na Confederal, empresa de vigilância e transporte de valores, que teria relação com o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

A PF está atuando junto com agentes da Receita Federal, procuradores da República e do Ministério Público Federal. De acordo com o chefe de Comunicação da PF em Pernambuco, Giovani Santoro, os materiais apreendidos serão levados para a sede do órgão, no Cais do Apolo, e depois serão encaminhados para Brasília.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi submetido a uma cirurgia na manhã desta quinta-feira (23), em Brasília, para a retirada da vesícula, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Casa. De acordo com o laudo médico, Eunício "evolui bem" após a intervenção cirúrgica.

Os médicos informaram que o parlamentar já teve alta para um apartamento no hospital Santa Lúcia. Ele está "consciente, orientado, respirando espontaneamente e com sinais vitais normais". De acordo com o documento, Eunício foi internado na noite desta quarta-feira, 22, com crise de colecistite aguda e com obstrução por cálculos na vila biliar principal.

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tenta descolar sua imagem da do seu antecessor, Renan Calheiros (PMDB-AL), e de outros caciques peemedebistas da Casa que são investigados na Operação Lava Jato, como o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Edison Lobão (PMDB-MA).

Na quinta-feira passada (16), Eunício despachou de volta para a Câmara o projeto 10 Medidas Contra a Corrupção, que foi aprovado pelos deputados com alterações. Depois de seguir para o Senado, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux determinou, em dezembro, a devolução do pacote para as Câmara, mas a decisão foi ignorada por Renan, então presidente do Senado. Em conversas reservadas, Eunício teria dito que não teria a mesma postura de enfrentamento com o Judiciário de seu antecessor.

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Linha sucessória

No dia anterior, Eunício já havia atuado como "conciliador" em uma polêmica criada pelo colega de bancada Romero Jucá. Foi ele quem pediu a Jucá para retirar de tramitação a proposta de emenda à Constituição (PEC) que blindava todos os membros da linha sucessória de serem investigados pela Justiça por atos cometidos antes do mandato. A proposta beneficiaria diretamente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado.

Eunício alegou desconhecer o projeto e, após repercussão negativa, foi ao gabinete de Jucá pedir que ele retirasse a proposta. "Fui pessoalmente conversar com ele. Fiz um apelo para que retirasse e ele já retirou, não consta mais no sistema", afirmou o presidente do Senado na ocasião. O receio do peemedebista era de que a opinião pública se voltasse contra ele, que seria beneficiado pelo projeto. "Não poderia fazer tramitar essa proposta, ia parecer que eu estava legislando em causa própria".

Eunício, que não é investigado, foi citado na Lava Jato. Uma eventual aprovação do projeto impediria o STF de abrir um inquérito contra ele. Maia também teve o nome mencionado no âmbito da operação.

Sabatina

Em outra ocasião, Eunício também se distanciou da articulação para antecipar a sabatina do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado para o cargo de ministro do Supremo. Enquanto Jucá e Renan operavam na CCJ para acelerar o processo, Eunício afirmava que não via razão para antecipar os questionamentos a Moraes. Jucá e Renan acabaram vencidos. A sabatina do ministro licenciado está marcada para esta terça-feira, 21.

Novamente em lados opostos, Eunício e Renan divergiram sobre a distribuição de comissões. Eunício passou as duas primeiras semanas insistindo que os líderes acertassem as presidências dos colegiados com base na proporcionalidade. Ele chegou a alfinetar o ex-presidente da Casa. "Esse não será o Senado da Agenda Brasil nem da pauta do presidente, será o Senado das comissões", afirmou Eunício, em referência à pauta que Renan tentou aprovar durante seu mandato.

Apesar de tentar buscar uma imagem de "independência" de seus correligionários implicados na Lava Jato, o presidente do Senado, que está no primeiro mandato, sempre foi próximo dos caciques do PMDB. Mesmo com as divergências dos últimos dias, interlocutores afirmam que Eunício trabalha em conjunto com Renan e Jucá.

"Renan é muito forte e Eunício é muito forte. Renan só é líder e Eunício só é presidente porque jogam juntos. Essa divisão está na cabeça de vocês", disse Lobão ao ser questionado sobre a tentativa de distanciamento do presidente da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), confirmou na manhã desta quinta-feira (16) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2017, apresentada por Romero Jucá (PMDB-RR), foi retirada de tramitação a seu pedido. A proposta impedia que ocupantes da linha sucessória da Presidência da República fossem responsabilizados por atos anteriores ao exercício do mandato vigente. A mesma vedação já é adotada, segundo a Constituição Federal, para os presidentes. 

O projeto beneficiaria diretamente tanto Oliveira quanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ambos são citados em delações premiadas no âmbito da Lava Jato e estão na linha sucessória do presidente Michel Temer (PMDB). Maia, inclusive, atua como vice-presidente. 

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"Como esse projeto podia ser interpretado como interesse pessoal ou causa própria do presidente, eu pedi ao senador Romero, fiz um apelo a ele ontem [nessa quarta], e ele retirou o projeto. Então o projeto não existe mais", explicou Eunício Oliveira. Jucá tinha reunido 29 assinaturas para protocolar a matéria no plenário - duas a mais do que as 27 necessárias.

Leviatã

Eunício também comentou a operação Leviatã, da Polícia Federal, que cumpre mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira. Entre os investigados estão o filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), Márcio Lobão, e o ex-senador Luiz Otavio Campos. "É sinal de que as instituições estão em funcionamento", resumiu o presidente do Senado.

O governador Paulo Câmara (PSB) participa, nesta quarta-feira (15), da reunião do Fórum Permanente dos Governadores, em Brasília. O encontro, que reúne todos os gestores estaduais do país, será às 10h na residência oficial do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB).  

Os chefes dos Executivos devem discutir, entre outros assuntos, a questão da segurança que enfrenta dificuldades em diversas unidades federativas. Após o Fórum, os governadores encontram com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às 12h, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), às 15h.

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse hoje (6) que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado já na próxima semana.

No entanto, para que isso ocorra, a nova formação da CCJ precisa ser concluída, com a indicação dos membros e do presidente pelos partidos políticos. “Amanhã terei reunião com líderes e pedirei celeridade na indicação dos membros da CCJ para que colegiado possa estar completo”, disse Eunício.

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A partir daí, a previsão é que a indicação de Moraes seja imediatamente distribuída a um relator. “A regra é que, instalada a comissão – que eu espero já ser instalada nessa quarta –, o presidente distribui o processo para um relator, [que] apresenta relatório e, por uma resolução da própria comissão, justamente para dar celeridade, é dada vista coletiva. E, normalmente, na outra sessão, o ministro é sabatinado”, disse.

Tão logo a sabatina e a eventual aprovação do nome de Moraes na CCJ sejam concluídos, Eunício Oliveira disse que pautará imediatamente a indicação no plenário do Senado. Segundo ele, a rapidez  é necessária para que o STF volte a ter 11 ministros.

Repercussão

A escolha do presidente Michel Temer para o STF repercutiu entre os senadores.

Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nomeação de um ministro filiado ao PSDB significa a “partidarização do Supremo Tribunal Federal”.

“Não me surpreende, porque é a cara deste governo. Um governo que defende interesses de grupos particulares e de seus próprios membros. E está caminhando numa partidarização do Supremo.”

A crítica foi rebatida pelo líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ressaltou que Moraes é “um jurista referenciado” e “um nome preparado para assumir o Supremo”.

“Nós tivemos diversos ministros que vieram oriundos de partidos. Não pode haver prejulgamento. Tem que ter sabatina. A vida dele está citada nos livros. Não tem que minimizar ele fazer parte de algum governo. O que está sendo avaliado é o currículo, quem está trazendo essa questão está diminuindo o papel do Senado”, disse.

Para o senador José Medeiros (PSD-MT), a sabatina de Moraes estará diretamente ligada à futura indicação de um nome para o Ministério da Justiça – que ficará vago com a ida do ministro para o Supremo. “Essa sabatina dura passa por quem e de qual partido irá substituí-lo no Ministério da Justiça. Eu falo em termos de voto. Dependendo, a votação mais tranquila ou a sabatina mais dura e até o imponderável”, afirmou.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, desembarca no Brasil nesta terça-feira (7). Além da reunião com o presidente Michel Temer (PMDB) para discutir, entre outros assuntos, a agenda do Mercosul, Macri também deve visitar o Congresso Nacional para uma reunião  com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

A visita ao Congresso pretende, de acordo com a Câmara, ampliar as relações políticas entre os dois países e fortalecer as relações econômicas do Mercosul, com o acerto de detalhes para o fechamento de acordos comerciais com a União Europeia. A presidência do Mercosul atualmente é da Argentina.

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Mauricio Macri assumiu o comando da Argentina no final de 2015, encerrando 12 anos de governos da família Kirchner, primeiro com Néstor, depois com sua esposa, Cristina. Macri foi eleito por uma coligação de direita, com pouco mais de 51% dos votos.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), reúne-se na próxima terça-feira (7) com os líderes das bancadas para definir a pauta da semana de votação do Plenário. Durante a campanha à presidência, o peemedebista prometeu que se fosse eleito a Casa Alta passaria votar semanalmente uma pauta elaborada por todos os líderes e “não apenas pelo presidente”. 

Oliveira não quis adiantar as matérias que podem ser incluídas na ordem do dia, mas já é certo que três medidas provisórias precisam ser votadas em breve, porque trancam a pauta do Senado. Uma delas, a MPV 744/2016, que reforma a estrutura administrativa da EBC, precisa ser votada até próxima quinta-feira (9), para não perder a validade. 

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Outra que também tranca a pauta a MPV 746/2016, que reestrutura o ensino médio. O prazo para votação é maior, até o dia 3 de março. O texto estrutura o currículo em blocos temáticos, com menos disciplinas obrigatórias. 

Cobrança

Com as MPs em discussão, Oliveira informou ter pedido ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agilidade na votação da proposta de emenda à Constituição que muda as regras de tramitação das medidas encaminhadas pelo Executivo. A PEC 11/2011 foi aprovada pelo Senado em agosto de 2011 e até hoje aguarda a instalação de comissão especial para exame da Câmara.

Os senadores reclamam que têm pouco tempo para aprofundar o debate sobre as MPs aprovadas na Câmara, uma vez que qualquer alteração no texto do Executivo, como a apresentação de destaques, submete a matéria a um novo exame pelos deputados, o que nem sempre é possível dado o esgotamento do prazo de vigência da medida.

Pelo texto, a Câmara passa a ter 80 dias para analisar MPs. O Senado terá 30 dias, restando 10 dias para que os deputados analisem possíveis emendas dos senadores.

A morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, nesta quinta-feira (2), causou comoção entre os políticos de partidos aliados ou não ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dona Marisa, como era chamada, teve morte cerebral após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no último dia 24.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) disse que a esposa de Lula “era uma mulher de força incrível e de uma discrição invejável” e “teve um papel fundamental na construção de um país mais justo e mais solidário”. Além disso, ele também destacou que “sem dúvida nenhuma” Marisa foi “vítima, também, de uma caçada política implacável, de uma perseguição midiática sem precedentes, que lhe provocou uma profunda tristeza e precipitou problemas de saúde em decorrência de um estado emocional extremamente abalado”.

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O também petista José Guimarães (CE) elogiou a postura singela e acolhedora da ex-primeira-dama. “Era uma figura que deixa um legado, não só como primeira-dama, mas como uma mulher guerreira, lutadora, que veio lá de baixo, dos movimentos sociais. Dona Marisa estará presente sempre nas nossas lutas, nas nossas vidas e na história da esquerda brasileira”, disse. “Uma mulher que dividiu com o Lula tantas responsabilidades. Uma mulher de origem humilde e ainda hoje era, mas que deixa uma colaboração enorme para a história deste país”, ressaltou.

Para a deputada federal Jandira Fegali (PCdoB) “diante das tempestades, injustiças e dos ataques da mídia, dona Marisa lutou com altivez. Uma mulher corajosa, presente e autêntica. Nunca esmoreceu, assim como nosso povo. Era o ombro afetuoso e a sabedoria das horas difíceis para seu companheiro de sonhos e realizações. Agora se vai, de repente. Que sua família receba nosso abraço afetuoso e sincero, do tamanho de nosso país e da grandeza de nossa gente”.

A deputada Luiza Erundina (PSol-SP) desejou que "Deus conforte o coração do ex-presidente Lula e da família nesse difícil momento de perda e de dor".

Eleito presidente do Senado nessa quarta (1°), Eunício Oliveira (PMDB-CE) desejou a Lula e sua família um “profundo pesar”. “A partida da ex-primeira-dama Dona Marisa abre profundo vazio para a família e para o companheiro de quase toda a vida, o ex-presidente Lula. Dona Marisa nos deixa sua dignidade e sua simplicidade como legado. Foi uma mulher forte, atuou na militância política com doçura e firmeza, mas foi sobretudo mãe e esposa extremamente dedicada aos seus entes queridos”, disse. 

Repúdio ao ódio político

Lembrando as declarações de “ódio político” e “alegria pela dor de Lula” vistas nas redes sociais nos últimos dias, o deputado Jean Wyllys (PSOL) pontuou que estava “muito triste não só pelo falecimento dessa grande mulher, mas também pelas manifestações de ódio, rancor e falta de empatia (e eu diria até de humanidade, mas, infelizmente, a humanidade é desumana, como cantava Renato Russo) que vi nos últimos dias”. 

“Gente que, motivada por um ódio político cego que beira a psicopatia, manifestava sua alegria pela dor de Lula, pelo grave estado de saúde de sua companheira. Esse tipo de gente merece meu desprezo. Fico triste, também, pela forma sensacionalista e odiosa com que a família do ex-presidente foi tratada nos últimos tempos por parte da mídia, que usou de forma vergonhosa factoides como o caso do "pedalinho". Os últimos tempos da vida de Dona Marisa foram difíceis também por isso”, criticou.

Em seu primeiro ato como presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) conduziu a votação do plenário para escolha dos demais membros da Mesa Diretora. A chapa única para os cargos foi eleita por 75 votos favoráveis e quatro contra.

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) será o 1º vice-presidente; João Alberto Souza (PMDB-MA), 2º vice-presidente; José Pimentel (PT-CE), 1º secretário; Gladson Camelli (PP-AC), 2ª Secretaria; e Antônio Carlos Valadares (PSB-PB) e Zezé Perrela (PMDB-MG, 3ª e 4ª secretários, respectivamente.

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Logo após o resultado da eleição, Eunício convocou os senadores para a abertura oficial do ano legislativo, amanhã (2), no plenário da Câmara dos Deputados, a qual o presidente Michel Temer deverá comparecer.

A definição da presidência das comissões permanentes do Senado deve ocorrer na próxima semana, quando os senadores começarão os trabalhos.

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito nesta quarta-feira, 1º, o novo presidente do Senado Federal em uma eleição praticamente consensual. Com acordo entre as bancadas, Eunício recebeu 61 votos. Ele disputou a vaga com o senador José Medeiros (PSD-MT), que lançou candidatura sem o apoio do próprio partido, e recebeu apenas 10 votos.

Em discurso anterior à votação, Eunício reforçou a importância de o Senado se manter na corrente de combate à corrupção, mas defendeu que é preciso "ser duro quando um poder tentar se levantar contra o outro".

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Empresário com a segunda maior fortuna declarada no Senado, R$ 99 milhões em 2014, o senador é defensor da agenda de reformas do presidente Michel Temer, de quem se diz "amigo" e "parceiro".

Eunício, que também presidirá o Congresso e será o segundo na linha sucessória da Presidência, disse à reportagem que o Poder Legislativo deve debater com profundidade a reforma da Previdência e eventualmente rever a possibilidade, contida no texto, de que a aposentadoria integral só ocorrerá com 49 anos de contribuição. "Nada que entra aqui tem a obrigação de sair do jeito que chegou", afirmou. Mas dá sinais de que trabalhará, se necessário, para garantir o calendário do governo de aprovar a reforma nas duas Casas Legislativas ainda no primeiro semestre. "Discussão rápida não quer dizer não discussão, não debate e não modificação (no texto)."

O peemedebista tem dito que, a despeito da pauta de Temer, vai defender uma agenda de desburocratização do País e que ajude a criar um ambiente propício para os negócios. Para ele, esse debate não pode ser exclusivo do Executivo.

Mesmo como cotado para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL) desde a recondução dele, em fevereiro de 2015, Eunício só teve sua candidatura confirmada por aclamação da bancada do PMDB nesta terça-feira, 31, em encontro na residência oficial do Senado. Diferentemente do antecessor, que se envolveu em uma série de conflitos com o Judiciário, o peemedebista tem pregado o diálogo entre os Poderes e disse que pretende se reunir em breve com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

Num contraponto à tensa disputa ao comando da Câmara, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), deve se eleger nesta quarta-feira (1º) presidente da Casa pelos próximos dois anos. Aos 64 anos e senador de primeiro mandato, Eunício vinha costurando nas últimas semanas apoio de partidos da base aliada e da oposição, com a promessa de distribuição de cargos respeitando o tamanho das bancadas.

Empresário com a segunda maior fortuna declarada no Senado, R$ 99 milhões em 2014, o senador é defensor da agenda de reformas do presidente Michel Temer, de quem se diz "amigo" e "parceiro".

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Eunício, que também presidirá o Congresso e será o segundo na linha sucessória da Presidência, disse à reportagem que o Poder Legislativo deve debater com profundidade a reforma da Previdência e eventualmente rever a possibilidade, contida no texto, de que a aposentadoria integral só ocorrerá com 49 anos de contribuição. "Nada que entra aqui tem a obrigação de sair do jeito que chegou", afirmou. Mas dá sinais de que trabalhará, se necessário, para garantir o calendário do governo de aprovar a reforma nas duas Casas Legislativas ainda no primeiro semestre. "Discussão rápida não quer dizer não discussão, não debate e não modificação (no texto)."

O peemedebista tem dito que, a despeito da pauta de Temer, vai defender uma agenda de desburocratização do País e que ajude a criara um ambiente propício para os negócios. Para ele, esse debate não pode ser exclusivo do Executivo.

Mesmo como cotado para suceder Renan Calheiros (PMDB-AL) desde a recondução dele, em fevereiro de 2015, Eunício só teve sua candidatura confirmada por aclamação da bancada do PMDB nesta terça-feira, em encontro na residência oficial do Senado.

Diferentemente do antecessor, que se envolveu em uma série de conflitos com o Judiciário, o peemedebista tem pregado o diálogo entre os Poderes e disse que pretende se reunir em breve com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

Lava Jato

O senador afirmou não ter "nenhuma preocupação" com a homologação da delação dos 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht. Ele foi citado pelo executivo Cláudio Mello Filho como recebedor de R$ 2,1 milhões em recursos para facilitar a aprovação de uma medida provisória de interesse da empreiteira. O peemedebista rechaça a acusação e até tirou um "nada consta" do Supremo para dizer que não é alvo de investigação. "(Não tenho) nenhuma (preocupação), sei o que fiz e sei o que não fiz, tenho absoluta convicção e quem acompanha o meu trabalho sabe o que fiz nesses 20 anos."

Para Eunício, não há "absolutamente nenhum" constrangimento com a atual situação por que passa. Na reta final da campanha, contudo, um colega de bancada, Roberto Requião (PMDB-PR), passou a defender a divulgação do conteúdo das delações, medida que poderia prejudicar o correligionário, e tentava costurar no dia anterior à eleição, com o apoio do PT e do PCdoB, uma candidatura "alternativa" no PMDB, partido que tem a prerrogativa de indicar o candidato. Até a conclusão desta reportagem, não estava certo se Requião iria se lançar à disputa.

Crítico da falta de debate - até o momento o favorito não divulgou uma "plataforma de governo" -, Requião ao menos conseguiu a promessa de Eunício de encampar, caso eleito, sua pauta de reivindicações, entre elas uma maior participação dos senadores na distribuição de relatorias de projetos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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