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Desabrigados pelo terremoto que deixou ao menos 268 mortos na Indonésia solicitavam, nesta quarta-feira (23), todo tipo de ajuda aos serviços de emergência, que enfrentam dificuldades para encontrar sobreviventes devido a tremores secundários e fortes chuvas.

As autoridades alertaram que os escombros precisam ser removidos com urgência na cidade de Cianjur, a mais atingida pelo terremoto, devido a possíveis enchentes e deslizamentos de terra que podem ser desencadeados por fortes chuvas esperadas para os próximos dias.

Um terremoto de 5,6 graus de magnitude atingiu a província de Java Ocidental, a mais populosa do arquipélago do Sudeste Asiático, na segunda-feira.

O balanço mais recente do desastre é de 268 mortos, 1.000 feridos e 151 desaparecidos.

Mas as fortes chuvas e os novos tremores secundários do terremoto desaceleraram as operações de busca por sobreviventes em uma dúzia de cidades, onde mais de 20.000 casas foram destruídas.

Um tremor secundário de magnitude 3,9 provocou pânico entre vários deslocados, que fugiram dos abrigos esta manhã, observaram jornalistas da AFP.

Dois vilarejos remotos permanecem isolados, segundo Henri Alfiandi, chefe do serviço de emergência, em um vídeo publicado nas redes sociais.

"As pessoas de lá não podem nem pedir ajuda", disse, lembrando que três helicópteros foram enviados para a área.

Os moradores estão bloqueados, sem água nem eletricidade, e alguns tiveram que dormir ao lado de mortos, detalhou.

Nas cidades mais próximas de Cianjur, os moradores tentavam recuperar fotos de família, livros religiosos e certidões de casamento entre os escombros.

- Risco de nova catástrofe natural -

"Temos ajuda alimentar, mas não é suficiente. Temos arroz, macarrão instantâneo e água mineral, mas não é suficiente", comentou à AFP Mustafa, 23 anos, morador da cidade de Gasol.

O jovem vasculhava os escombros da casa da vizinha idosa, a pedido dela. Ele então voltou com uma pilha de roupas, arroz, fogão a gás e panelas.

"Não temos roupa e não tomamos banho há dias", confessou.

"Precisamos de ajuda", diziam faixas colocadas em frente a casas e tendas danificadas no vilarejo de Talaga.

Mais de 58.000 pessoas foram deslocadas pelo terremoto, informou a agência de gerenciamento de desastres na terça-feira.

O governo mobilizou milhares de militares e policiais. Também fornece ajuda alimentar e tendas, mas as necessidades são imensas.

Yunisa Yuliani, 31 anos, detalha que não há mais nada no local.

"Meu filho está com febre e não consegue comer. Tem muitos idosos e crianças que precisam de leite, fraldas e remédios", diz.

Neste cenário desolador, moradores de Cianjur começaram a enterrar seus parentes de acordo com os ritos islâmicos depois que foram autorizados a retirar seus corpos dos necrotérios.

As autoridades alertaram para o risco de uma nova catástrofe natural.

Durante a estação de chuvas, que já começou e terminará em dezembro, o arquipélago é propenso a deslizamentos de terra e inundações repentinas.

Os serviços meteorológicos anunciam tempestades, que são potencialmente perigosas após um terremoto.

Localizada no "círculo de fogo" do Pacífico, onde as placas tectônicas se encontram, a Indonésia enfrenta regularmente terremotos ou erupções vulcânicas.

As equipe de resgate procuravam sobreviventes nesta terça-feira (22) entre a devastação provocada por um terremoto na ilha indonésia de Java que deixou 162 mortos, centenas de feridos e provavelmente muitas vítimas presas entre os escombros.

O epicentro do terremoto de segunda-feira (21), de 5,6 graus de magnitude e pouca profundidade, foi registrado nas proximidades da cidade de Cianjur, na província de Java Ocidental, a mais populosa do país.

Enquanto as equipes de resgate cadáveres dos edifícios destruídos, o foco era encontrar sobreviventes e chegar às áreas de difícil acesso devido aos bloqueios nas estradas.

Dimas Reviansyah, um socorrista de 34 anos, explicou que as equipes utilizam motosserras e escavadeiras para abrir caminho entre árvores caídas e escombros até os locais onde acreditam que podem encontrar civis.

"Não dormi desde ontem, mas tenho que continuar porque há vítimas que não foram encontradas", disse.

O presidente indonésio Joko Widodo deve visitar a região nesta terça-feira.

A Agência Indonésia de Gestão de Desastres (BNPB) afirmou na segunda-feira à noite que pelo menos 25 pessoas continuavam sob os escombros dos edifícios.

O comandante militar da região, Rudy Saladin, afirmou que o número de pessoas sepultadas pode ser maior.

Entre as vítimas há estudantes de um internato islâmico. Muitas vítimas fatais foram sepultadas por deslizamentos de terra ou pelo desabamento de suas casas.

"O quarto desabou e minhas pernas ficaram enterradas nos escombros. Tudo aconteceu tão rápido", disse à AFP Aprizal Mulyadi, uma estudante de 14 anos.

Ele conseguiu escapar graças à ajuda do amigo Zulfikar, que pouco depois faleceu ao ficar preso entre os escombros.

"Fiquei arrasado ao vê-lo preso, mas não consegui ajudá-lo porque minhas pernas e costas estavam feridas", explicou.

- "Não restou nada" -

A operação de resgate é prejudicada por bloqueios nas estradas e cortes de energia elétrica em algumas áreas desta zona rural e montanhosa.

Na manhã desta terça-feira, 89% da rede elétrica de Cianjur havia sido restabelecida, segundo a agência estatal Antara.

O governador de Java Ocidental, Ridwan Kamil, afirmou que quase 300 pessoas ficaram feridas e mais de 13.000 foram levadas para abrigos.

Muitas pessoas acamparam ao ar livre na escuridão quase total, cercadas por escombros, vidros quebrados e grandes pedaços de concreto.

Os médicos atendem os feridos em hospitais de campanha que foram improvisados após o terremoto, que também foi sentido na capital Jacarta.

Pessoas de luto aguardavam que as autoridades entregassem os corpos de seus familiares para os enterros de acordo com os ritos islâmicos.

Em um abrigo na localidade de Ciherang, perto de Cianjur, as pessoas tentavam entender a tragédia.

Nunung, uma mulher de 37 anos que como muitos indonésios tem apenas um nome, conseguiu retirar o filho de 12 anos dos escombros de sua casa.

"Gritei e pedi ajuda, mas ninguém veio. Tive que cavar para nos libertar", disse à AFP, com o rosto ainda coberto de sangue seco.

"Não restou nada. Não há nada que possa ser salvo, exceto as roupas que estamos vestindo", afirmou.

A destruição foi agravada por uma onda de 62 tremores secundários, com magnitudes de 1,8 a 4 graus, na cidade de 175.000 habitantes.

A Indonésia registra com frequência terremotos por estar localizada na região conhecida como "círculo de fogo" do Pacífico, ponto de encontro de placas tectônicas.

O país continua marcado pelo terremoto de 26 de dezembro de 2004, de 9,1 graus de magnitude, na costa de Sumatra.

O tremor desencadeou um tsunami devastador que matou 220.000 pessoas na região, incluindo 170.000 na Indonésia, uma das maiores catástrofes naturais registradas na história.

Ao menos 46 pessoas morreram e quase 700 ficaram feridas em um terremoto que abalou nesta segunda-feira a principal ilha da Indonésia, Java, informou um funcionário do governo da cidade mais afetada pela tragédia.

"De acordo com os dados mais recentes, 46 pessoas morreram. As vítimas continuam chegando de muitas áreas. Quase 700 pessoas ficaram feridas", declarou Herman Suherman, chefe da administração da cidade de Cianjur, em Java Ocidental, à emissora Kompas TV.

Um balanço anterior registrava 44 vítimas fatais.

"Há dezenas de pessoas mortas. Centenas, talvez milhares de casas foram destruídas", afirmou à AFP Adam, porta-voz da administração local da cidade de Cianjur (110 km ao sudeste da capital Jacarta), que como muitos indonésios tem apenas um nome.

O epicentro do terremoto foi registrado perto desta cidade, de acordo com o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS), que calculou uma magnitude de 5,4 graus.

Mais cedo, Herman Suherman, que também trabalha na administração de Cianjur, anunciou que pelo menos 300 pessoas estavam sendo atendidas em um hospital da cidade.

"Muitas sofreram fraturas porque ficaram presas nos escombros dos edifícios", disse.

Estabelecimentos comerciais, um hospital e uma escola islâmica da cidade sofreram grandes danos durante o terremoto, segundo a imprensa local.

Suherman informou que muitas pessoas correram para o hospital Sayang em busca de informações sobre parentes.

O tremor também foi sentido em Jacarta, mas as autoridades não relataram vítimas ou danos consideráveis na cidade.

Várias pessoas correram para as ruas. Mayadita Waluyo, advogada de 22 anos, descreveu cenas de pânico.

"Estava trabalhando quando o chão tremeu. Senti claramente o abalo", disse.

A Indonésia registra com frequência terremotos por estar localizada na região conhecida como "círculo de fogo" do Pacífico.

Os líderes das principais economias mundiais começaram a chegar neste domingo (13) à ilha indonésia de Bali para a cúpula do G20, que terá como aperitivo o primeiro encontro bilateral, como presidentes, do americano Joe Biden e do chinês Xi Jinping.

O avião presidencial Air Force One aterrissou pouco antes das 22h locais (11h em Brasília) no aeroporto internacional de Denpasar, procedente do Camboja, onde participou da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

Da capital cambojana, Phnom Penh, Biden afirmou que o encontro buscará estabelecer as "linhas vermelhas" nas relações cada vez mais espinhosas com a China. Ele também celebrou o resultado das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos.

"Eu me sinto bem e com expectativa para os próximos dois anos", declarou, assegurando que, depois disso, chega politicamente "mais forte" à reunião com seu homólogo chinês, Xi Jinping.

À sua frente, ele terá, por sua vez, um Xi também mais fortalecido após obter um histórico terceiro mandato, no mês passado, para comandar o país, consolidando-se como o líder chinês mais poderoso desde Mao Tsé-Tung. Na mesa, há uma agenda com diferentes disputas: da rivalidade comercial à questão dos direitos humanos na China, passando pelo "status" de Taiwan.

Biden espera "sair do encontro com áreas, nas quais os dois países e os dois presidentes e suas equipes possam trabalhar de forma cooperativa", disse seu conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Putin ausente

A reunião bilateral entre os líderes das duas maiores potências mundiais antecederá a primeira cúpula pós-pandemia deste bloco que representa mais de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 75% do comércio internacional.

A Indonésia receberá 17 chefes de Estado e de governo. O presidente russo, Vladimir Putin, estará representado por seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

O Kremlin alegou "problemas de agenda", mas a decisão permite proteger Putin das críticas e do ostracismo dos países ocidentais pela guerra na Ucrânia que, apesar de não estar na agenda, dominará a reunião.

A invasão desencadeou um aumento nos preços de alimentos e de energia que afetou ricos e pobres no G20.

Como país anfitrião, a Indonésia se mostrou neutra, ao convidar Putin e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. Este último participará por videoconferência.

Todos os encontros anteriores terminaram sem uma declaração conjunta, devido às discrepâncias geopolíticas. Nesse sentido, as esperanças de reverter a tendência na cúpula dos líderes são escassas.

"Honestamente, acho que a situação global nunca foi tão complexa", reconheceu um ministro do governo indonésio, Luhut Binsar Pandjaitan.

Escassa presença latino-americana

O presidente argentino, Alberto Fernández, que chegará na segunda-feira procedente do Fórum de Paris sobre a Paz, disse que pretende promover o diálogo entre Moscou e Kiev em Bali para acabar com a "indecência" da guerra.

O diálogo é "entre Ucrânia e Rússia", mas a solução deve ser global e fora da lógica dos blocos, destacou em entrevista coletiva.

"Quero que a Argentina esteja sentada nessa mesa de resolução", acrescentou.

O argentino se reunirá com Xi Jinping, pela segunda vez este ano, e com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, com quem quer tratar da questão das "sobretaxas" da dívida.

Fernández será o único líder latino-americano na cúpula, devido à ausência do brasileiro Jair Bolsonaro, que em janeiro entregará a presidência a Luiz Inácio Lula da Silva, assim como do mexicano Andrés Manuel López Obrador. Ambos serão representados por seus ministros das Relações Exteriores.

"O G20, embora em algumas ocasiões no passado tenha se tornado relevante para os países da região, historicamente não tem desempenhado um papel importante" na América Latina, disse à AFP Parsifal D'Sola, diretor do Centro de Pesquisa Sino-Latino-Americano da Fundação Andrés Bello.

"Mesmo nos períodos em que os países-membros tiveram maior atividade internacional, não foi um fórum representativo para temas de natureza latino-americana", acrescentou o analista.

A Indonésia anunciou, nesta segunda-feira (7), que o número de crianças mortas por insuficiência renal aguda atribuída a substâncias nocivas encontradas em xaropes medicinais subiu para 195.

No mês passado, as autoridades deste país do Sudeste Asiático abriram uma investigação para tentar descobrir a causa do aumento inexplicável, desde agosto, dos casos de insuficiência renal aguda.

Mais de 320 casos de insuficiência renal aguda foram registrados em todo o país, segundo o porta-voz do ministério da Saúde, Mohammad Syahril.

Os afetados são, em sua maioria, crianças menores de cinco anos e o novo saldo de mortos é de 195. O anterior, em 21 de outubro, registrou 133 vítimas mortais.

Os testes realizados mostram que os xaropes envolvidos continham quantidades excessivas de etilenoglicol e dietilenoglicol, dois componentes usados em produtos industriais como anticongelantes.

As autoridades de saúde indonésias já haviam anunciado em outubro a suspensão de todas as vendas e prescrições de xaropes medicinais que pudessem causar o aumento dos casos de insuficiência renal aguda.

Xaropes para tosse feitos na Índia também estiveram recentemente envolvidos na morte de quase 70 crianças na Gâmbia por insuficiência renal aguda.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta em outubro e recomendou a retirada de quatro xaropes para tosse e resfriado produzidos pelo laboratório indiano Maiden Pharmaceuticals, que "podem estar relacionados" às mortes registradas na Gâmbia.

Uma mulher dada como desaparecida na sexta-feira (21), na província de Jambi, na Indonésia, foi encontrada dentro de um píton de 7 metros de comprimento dois dias depois. Moradores da região abriram a cobra e encontraram o corpo intacto. 

A píton que repousava chamou atenção pelo tamanho da barriga. A suspeita fez os moradores abrirem a cobra e encontrar Jahrah, de 54 anos. 

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Em entrevista ao Daily Mirror, o chefe da aldeia Terjun Gajan disse que a mulher provavelmente foi mordida e depois a cobra se enrolou em seu corpo para sufocá-la. O ataque ocorreu quando ela recolhia borracha em uma mata na região. 

Ele estima que Jahran tenha sido completamente engolida em duas horas. 

A Fifa descartou punir a Indonésia sobre a tragédia que causou a morte de 131 pessoas, incluindo 17 crianças, após o tumulto no Estádio Kanjuhuran, na cidade de Malang, no sábado passado (1º). A informação foi divulgada pelo presidente Joko Widodo, que afirmou ter recebido uma carta do presidente da Fifa, Gianni Infantino, explicando a possível colaboração entre o país e a entidade que tutela o futebol. O responsável pela federação ainda indicou que a Indonésia continua a ser sede do Copa do Mundo Sub-20 do próximo ano, que terá a participação de 24 nações.

"Com base na carta, graças a Deus, o futebol indonésio não será sancionado pela Fifa", disse Widodo em um vídeo postado na noite de sexta-feira no canal presidencial do YouTube. Em seus protocolos de segurança, a Fifa se manifesta contra o uso de gás lacrimogêneo dentro ou ao redor dos estádios e recomenda que os portões de saída não sejam totalmente fechados durante as partidas. Embora essas regras sejam consideradas uma referência de segurança, elas não se aplicam a ligas internas ou nacionais, e a Fifa não tem autoridade para orientar os governos locais e a polícia sobre como controlar as multidões.

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O campeonato local foi suspenso na semana passada. Widodo ordenou que o ministro do Esporte, o chefe da polícia nacional e a federação de futebol realizassem uma investigação completa sobre os tumultos que resultaram nas mortes. Nesta sexta-feira, ele disse que o governo indonésio concordou em tomar medidas em colaboração com a Fifa e a Confederação Asiática de Futebol para melhorar a segurança do estádio e evitar outra tragédia. "A Fifa, juntamente com o governo, criará um grupo de transformação para o futebol indonésio", disse Widodo, acrescentando que Infantino também visitará a Indonésia em breve.

Ele ainda destacou que a Fifa permanecerá na Indonésia durante esse processo para melhorar a segurança em todos os estádios do país, formular procedimentos e protocolos de segurança, examinar as opiniões de times de futebol e torcedores na Indonésia, regular o cronograma da temporada, abordar considerações de risco e obter recomendações de especialistas.

Tragédia

A confusão aconteceu no duelo entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válido pelo Campeonato Indonésio. Após a derrota por 3 a 2, os torcedores do Arema desceram ao gramado, provocando confrontos com a polícia, que respondeu com cassetetes e gás lacrimogêneo, causando a debandada de milhares de pessoas. Entre os 131 mortos estão 32 menores, com idade entre 4 e 17 anos. Outras 460 pessoas ficaram feridas. Não havia torcida rival no estádio.

O chefe de política Listyo Sigit Prabowo explicou que a maioria das vítimas morreu por asfixia e fraturas ao tentarem escapar por alguns dos portões, que estavam apenas 1,5 metro abertos, o que provocou uma grande aglomeração. Prabowo também indicou que houve falhas na segurança do estádio que não foram resolvidas desde 2020 e que o estádio não tinha o certificado de operação correto. Ele acrescentou ainda que as acusações criminais serão apresentadas contra seis pessoas, incluindo três policiais.

A associação nacional de futebol da Indonésia, conhecida localmente como PSSI, teve dificuldade em controlar as partidas em nível nacional. Garantir a realização da Copa do Mundo Sub-20 do próximo ano - um marco no desenvolvimento do futebol na Indonésia - aumentou as esperanças de um torneio de sucesso que marcaria uma reviravolta diante dos problemas persistentes que ofuscaram o futebol nesta nação de mais de 277 mil habitantes. No entanto, as constantes mortes são um lembrete trágico de que a Indonésia é um dos países mais perigosos para assistir a um jogo.

As autoridades indonésias iniciaram uma investigação sobre a atuação da polícia no tumulto em um estádio que terminou com 131 mortos, incluindo dezenas de crianças, em uma das maiores tragédias da história do futebol.

Diante da crescente revolta da população, a polícia tenta determinar os responsáveis pelo desastre na cidade de Malang que, segundo torcedores, começou quando os agentes usaram gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas para evitar uma invasão do gramado.

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O chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta, pediu desculpas pelas falhas de segurança que provocaram a tragédia.

Os torcedores do Arema FC criaram um centro improvisado em Malang para receber denúncias e afirmaram que pretendem iniciar um processo contra os policiais, que acusam de provocar várias mortes com ação indiscriminada contra os espectadores.

A polícia descreveu o incidente como um "motim" no qual morreram dos agentes. Os torcedores denunciam uma ação desproporcional.

"Se houve um motim, eles deveriam ter disparado (o gás lacrimogêneo) no gramado, não nas arquibancadas", declarou à AFP Danny Agung Prasetyo, coordenador do grupo de torcedores do Arema.

"Muitas vítimas estavam nas arquibancadas. Entraram em pânico com o gás", acrescentou.

O número de mortos subiu para 131, informou nesta terça-feira (4) uma fonte do serviço de saúde local. As seis vítimas adicionais (o balanço anterior era de 125) não resistiram aos ferimentos sofridos na noite de sábado.

O chefe de polícia de Malang, Ferlo Hidayat, foi destituído na segunda-feira e nove agentes foram suspensos. Outros 19 estão sob investigação, anunciou o porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo.

O governo indonésio suspendeu a Liga Nacional e criou uma comissão para investigar a tragédia. As conclusões devem ser apresentadas em no máximo três semanas.

As arquibancadas do estádio Kanjuhuran estavam lotadas com os torcedores do Arema FC parfa a partida contra o grande rival Persebaya Surabaya.

Os torcedores invadiram o gramado após a derrota de 3-2, a primeira sofrida pelo Arema em mais de duas décadas no clássico da ilha de Java Oriental.

A polícia respondeu com agressões, o que levou os torcedores a fugir para o gramado.

Desde que surgiram os primeiros detalhes da tragédia, os pedidos por uma investigação independente são cada vez mais intensos.

"Não há uma instrução para disparar gás lacrimogêneo e não há uma instrução para fechar os portões", afirmou Albertus Wahyurudhanto, membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

A revolta dos torcedores está presente nos arredores dos estádios, com um veículo policial queimado e onde é possível ler frases como "Gás lacrimogêneo contra lágrimas de mães" ou "Nossos amigos morreram aqui".

Na segunda-feira, os jogadores e torcedores do Arema se reuniram no estádio para rezar pelas vítimas.

Entre os mortos estavam 32 crianças, a mais jovem de 3 ou 4 anos.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, chamou a tragédia de um "dia sombrio" para o futebol.

As normas de segurança da Fifa proíbem o uso de gás lacrimogêneo por policiais ou seguranças nos estádios.

A lenda do futebol brasileiro Pelé se solidarizou com os familiares das vítimas da tragédia e afirmou que "a violência não combina com o esporte".

A violência no futebol é um problema persistente na Indonésia, que já motivou a proibição da presença dos torcedores do Persebaya Surabaya nos estádios.

Os torcedores, no entanto, afirmam que não são culpados.

As autoridades indonésias afirmaram que foram vendidos mais ingressos do que a capacidade do estádio. Testemunhas afirmaram que algumas portas do estádio estavam fechadas.

Os torcedores mais fortes conseguiram escalar os portões e fugir do tumulto, enquanto os mais vulneráveis foram esmagados quando o gás lacrimogêneo foi utilizado.

Para alguns, o desastre era previsível.

"Você podia ver e sentir que algo ruim poderia acontecer. É o tipo de medo que você sente quando viaja para uma partida aqui", disse Pangeran Siahaan, comentarista de futebol indonésio, à AFP.

"Há muitos perigos a cada vez que você entra em um estádio de futebol na Indonésia", acrescentou.

Pelo menos 33 crianças estão entre os mortos da tragédia que deixou 125 vítimas fatais após uma partida de futebol no estádio Kanjuhuran, em Malang, na Indonésia, no sábado. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Ministério do Empoderamento das Mulheres e da Proteção da Infância.

Ao jornal americano The New York Times, o órgão afirmou que 33 crianças entre 4 e 17 anos morreram no episódio.

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O lamentável episódio aconteceu ao fim da partida entre Arema FC e Persebaya Surabaya, válida pelo Campeonato Indonésio. Segundo as autoridades locais, o tumulto aconteceu após as forças de segurança usarem gás lacrimogêneo para conter os ânimos, provocando um grande tumulto, com dezenas de pessoas correndo para o gramado. As vítimas teriam sido pisoteadas na correria. Outras 323 pessoas ficaram feridas.

O presidente indonésio, Joko Widodo, ordenou uma indenização às famílias das vítimas. "Como sinal de condolências, o presidente doará 50 milhões de rúpias (cerca de R$ 16,8 mil) para cada vítima falecida", disse o ministro da Segurança, Mahfud MD, que prometeu a entrega do dinheiro em um ou dois dias.

As forças de segurança chamaram o incidente de "motim" e informaram que dois agentes estão entre os mortos. O duelo aconteceu na casa do Arema FC, derrotado por 3 a 2. Os torcedores acusam a polícia de exagerar na ação e provocar as mortes. O porta-voz da Polícia Nacional, Dedi Prasetyo, afirmou que os investigadores estão analisando as imagens das câmeras de segurança para identificar os "suspeitos que praticaram atos de destruição". Dezoito policiais também vão ser interrogados.

Ainda de acordo com o ministro da Segurança, uma comissão formada por integrantes do governo, analistas, dirigentes do futebol, representantes da imprensa e das universidades vai investigar o episódio de maneira independente, prometendo resultados em até três semanas. Grupos de defesa dos direitos humanos exigem que os policiais sejam responsabilizados pelo uso de gás lacrimogêneo em um espaço fechado.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, classificou o incidente como "dia sombrio" e "tragédia além da compreensão", além de prestar condolências aos familiares e amigos das vítimas em um comunicado oficial da entidade máxima do futebol. "Junto com a Fifa e a comunidade global do futebol, todos os nossos pensamentos e orações estão com as vítimas, aqueles que foram feridos, juntamente com o povo da República da Indonésia, a Confederação Asiática de Futebol, a Associação de Futebol da Indonésia e a Liga de Futebol da Indonésia, neste momento difícil."

Ao menos 127 pessoas morreram depois que torcedores enfurecidos invadiram o gramado e a polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo, após um jogo em Malang, Indonésia, na noite deste sábado (1), informaram as autoridades.

"No incidente, 127 pessoas morreram, inclusive dois policiais. Trinta e quatro pessoas morreram dentro do estádio e o restante no hospital", afirmou no domingo, em um comunicado, o chefe de polícia da província de Java Oriental, Nico Afinta.

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Torcedores do Arema FC invadiram o gramado do estádio Kanjuruhan, na cidade de Malang (leste), depois que seu time perdeu por 3 a 2 para o Persebaya Surabaya, a primeira derrota em mais de duas décadas para seu arquirrival.

A polícia tentou persuadir os torcedores a voltar para as arquibancadas e disparou gás lacrimogêneo na direção das arquibancadas depois que dois policiais foram mortos. Muitas vítimas foram pisoteadas até a morte.

"Eles correram para a saída. Houve, então, uma aglomeração e nesse processo ficaram sem ar", relatou Afinta.

Imagens captadas dentro do estádio durante o tumulto mostram grande quantidade de gás lacrimogêneo e pessoas escalando as grades.

Algumas pessoas carregavam espectadores feridos em meio ao caos.

Carros incendiados, incluindo um caminhão da polícia, permaneciam do lado de fora na manhã deste domingo (noite de sábado no Brasil).

O governo indonésio se desculpou pelo incidente e prometeu investigar as circunstâncias do tumulto.

"Lamentamos pelo incidente (...) Trata-se de um incidente lamentável, que 'fere' nosso futebol em um momento em que os torcedores podem assistir a partidas no estádio", disse o ministro indonésio de Esportes e Juventude, Zainudin Amali, à emissora Kompas.

"Nós avaliamos rigorosamente a organização da partida e a presença dos torcedores. Voltaremos a proibir a presença da torcida nas partidas? Isto é o que vamos discutir", acrescentou.

A Associação de Futebol da Indonésia (PSSI) suspendeu os jogos por uma semana, proibiu o Arema FC de organizar partidas em casa pelo resto da temporada e anunciou que vai enviar uma equipe de investigação a Malang para determinar as causas da tragédia.

"Lamentamos e nos desculpamos com as famílias das vítimas e todas as partes pelo incidente", disse o presidente da PSSI, Mochamad Iriawan.

A violência entre torcedores é um problema na Indonésia, onde as fortes rivalidades já provocaram vários enfrentamentos mortais.

Em alguns jogos, os ânimos se acirram tanto que os jogadores dos times grandes precisam viajar para as partidas sob um forte esquema de segurança.

     Um médico usou uma serra elétrica para tirar um anel peniano preso no pênis, de um paciente de 38 anos, na Surabaia, na Indonésia. De acordo com a revista científica Urology Case Reports, o paciente chegou no hospital sentindo muita dor e com o órgão inchado, após dez horas com o anel estrangulando o membro. 

Para retirar o objeto que era de metal, o cirurgião se valeu de uma serra elétrica para a retirada do objeto. Uma placa de metal foi inserida entre o pênis e a serra para garantir que o paciente não fosse machucado.   

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Além disso, o membro também teve de ser pulverizado com uma “solução salina” para evitar queimaduras durante a retirada.  

A Indonésia confirmou o primeiro caso positivo para varíola dos macacos, segundo divulgaram autoridades do país. O infectado é um jovem de 27 anos que mora na capital, Jacarta, e voltou de uma viagem ao exterior no dia 8 de agosto, disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Mohammad Syahril, em coletiva de imprensa.

Segundo o governo da Indonésia, o homem começou a apresentar sintomas cinco dias depois do retorno e testou positivo para varíola na sexta-feira à noite. Agora ele está isolado em casa, disse Syahril.

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A Indonésia entrou em estado em alerta para a propagação do vírus desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu para os países aumentarem sua vigilância, quando o Reino Unido passou por um surto da doença, em maio. Antes disso, o vírus da varíola dos macacos era endêmico apenas em países africanos. Fonte: Associated Press.

Em uma ilha da Indonésia, uma família posa para uma foto com seus idosos pouco sorridentes. Não é que eles vivam trancados ou estejam zangados com seus descendentes. Os mais velhos estão mortos.

A fotografia faz parte da tradicional cerimônia Manene realizada em duas pequenas aldeias na ilha indonésia de Sulawesi.

Centenas de cadáveres são exumados e vestidos na cidade de Torea como parte de um ritual para honrar seus espíritos e oferecer-lhes oferendas.

"Quando fazemos o Manene, começamos abrindo a câmara funerária e limpando seu interior e arredores", diz Sulle Tosae à AFP.

"Depois secamos os corpos ao sol antes de trocar de roupa", acrescenta o homem.

Os caixões com os corpos de seus parentes são retirados de suas sepulturas cavadas nas montanhas.

"As oferendas são um sinal de gratidão dos filhos e netos para os antepassados", diz o chefe da aldeia de Torea, Rahman Badus.

Eles honram seus espíritos "para que possam sempre abençoar os vivos com segurança, paz e felicidade", acrescenta.

Uma família oferece um cigarro ao seu parente recém-exumado, outra coloca óculos de sol estilosos nele.

Alguns corpos permanecem quase intactos graças a um processo de mumificação, enquanto de outros resta apenas o esqueleto.

- Espírito dos mortos -

O grupo étnico toraja tem um milhão de membros na ilha de Sulawesi.

Eles têm poucos escrúpulos em falar com corpos embalsamados, vesti-los, escovar seus cabelos ou até mesmo tirar fotos com eles.

O calendário da cerimônia depende de cada cidade, mas normalmente o Manene acontece a cada vários anos nos meses de julho e agosto.

Os toraja acreditam que os espíritos dos mortos vagam pelo mundo antes da cerimônia fúnebre e só começarão sua jornada para a terra dos espíritos depois que suas almas forem imortalizadas.

As famílias preservam os corpos até que tenham economizado dinheiro suficiente para um funeral elaborado.

Antes, os mortos eram mumificados por meio de um processo de embalsamamento com remédios naturais, como vinagre azedo e folhas de chá.

Mas agora muitas famílias tomam o atalho de injetar no cadáver uma solução de metanal.

O processo de exumação é uma cena de arrepiar os cabelos para os turistas estrangeiros. No entanto, os moradores estão mais do que felizes em limpar os corpos, tirar fotos e orar por suas almas.

Mas o chefe da aldeia diz que alguns moradores podem ir longe demais.

"Os familiares prestam respeito a seus pais ou ancestrais e o desrespeito tem consequências", explica Badus sem especificar quais comportamentos ele denuncia.

"Os corpos devem ser tratados com o maior respeito no ritual Manene", alerta.

Treze pessoas continuam desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação na Indonésia devido ao tempo ruim, informou um responsável da operação de resgate nesta terça-feira (19).

A balsa, que levava 77 pessoas a bordo entre passageiros e tripulantes, virou na ilha indonésia de Ternate na noite de segunda-feira, quando navegava em direção à ilha de Halmahera.

Os habitantes da área saíram em seus barcos para ajudar a tirar os passageiros da água.

"Sessenta e quatro sobreviventes foram levados para a cidade de Tokaka (perto do local do acidente) depois que os moradores os encontraram nadando até a praia", disse Fathur Rahman, chefe da agência de resgate local.

Nesta terça às 15h30 (hora local), as autoridades continuavam sua busca por 13 passageiros, acrescentou Rahman.

Em maio, uma balsa com mais de 800 pessoas encalhou em águas rasas na província de Nusa Tenggara Oriental e permaneceu encalhada durante dois dias, sem deixar vítimas. Em 2018, mais de 150 pessoas se afogaram quando uma balsa naufragou em um dos lagos mais profundos do mundo na ilha indonésia de Sumatra.

O estudante pernambucano Alberto Sampaio Gressler, de 25 anos, foi preso no dia 28 de junho, ao chegar em Bali com posse de maconha. Ele foi detido pela polícia do Aeroporto Internacional de Ngurah Rai. 

Alberto estava num voo que saiu de Kuala Lumpur, capital da Malásia, com destino a Bali, na Indonésia. “Na inspeção de sua bagagem, foram encontradas quatro embalagens que continham uma planta que suspeitamos ser material ilícito”, relatou o chefe da unidade de investigação de narcóticos, Kadek Darmawan. 

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Após análises, foi confirmado que a substância era maconha. Os pacotes tinham 9,1 gramas da droga. Sendo assim, o suspeito pode pegar a pena mínima do País de quatro anos de prisão. 

De acordo com a sede de Narcóticos, o pernambucano disse ter comprado a maconha na Tailândia para consumo próprio e não sabia que o produto era proibido na Indonésia. 

Isabella Santoni está com seu namorado, Caio Vaz, na Indonésia. Os dois estão mostrando tudo para os seguidores nas redes sociais, e neste sábado, dia 14, a atriz mostrou alguns perrengues durante uma viagem que fizeram para Desert Point, atrás de boas ondas para surfar, já que Caio é surfista.

- Os últimos dois dias foram os que eu passei mais perrengue na minha vida. A gente fez uma viagem para Desert Point. É um lugar bem isolado e que tem uma onda perfeita, e a gente foi lá viver essa experiência. Tudo começou quando a gente pegou um ferry com os locais. Em vez de pegarmos um avião ou um fast boat, o Caio falou: Não, vamos viver a experiência cultural. E aí começou assim, a gente saindo de Bali, andamos de moto 80 quilômetros até o ferry, daí a gente pegou o ferry, ficamos cinco horas atravessando.

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O ferry é uma espécie de balsa, e em um outro vídeo, Isabella mostrou a parte de dentro onde as pessoas podem ficar sentadas e descansando, com alguns sofás. Em seguida, ela compartilhou um vídeo dela dormindo no chão, e escreveu: Dormi em cima da prancha.

Felizmente, ao chegar no destino, os dois aproveitaram o sol e a praia, e a modelo até contou que também surfou.

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Doze mulheres que trabalhavam em uma mina de ouro ilegal na província indonésia de Sumatra Setentrional morreram em um deslizamento de terra, informou a polícia local.

O acidente aconteceu na quinta-feira (28) na localidade de Bandar Limabung e matou 12 mulheres com idades entre 30 e 55 anos. Elas procuravam ouro em uma mina ilegal abandonada.

"O penhasco ao redor da mina desabou e sepultou as 12 mulheres, matando todas", declarou o chefe da polícia local, Marlon Rajagukguk. Ele disse que as vítimas não eram profissionais do setor de mineração.

Duas mulheres que trabalharam com as vítimas conseguiram sobreviver à catástrofe. Elas informaram as autoridades sobre o acidente.

As equipes de emergência demoraram horas a encontrar os corpos das vítimas, que estavam em um buraco de dois metros de profundidade repleto de lama.

"Todos os corpos das vítimas foram entregues às famílias", disse o policial.

O país rico em metais preciosos tem muitas minas artesanais. Os moradores procuram vestígios de ouro, sem o equipamento adequado, em locais abandonados.

Os acidentes em minas são frequentes no arquipélago devido aos deslizamentos de terra, especialmente durante a época das monções.

O Parlamento da Indonésia aprovou, nesta terça-feira (12), um projeto de lei há muito tempo esperado contra a violência sexual, após um aumento das denúncias durante a pandemia do coronavírus.

Ativistas dos direitos das mulheres reclamaram da ausência de meios para as vítimas de violência sexual obterem justiça, em um país onde as agressões são consideradas um assunto privado.

Defensoras dos direitos das mulheres aplaudiram e gritaram quando o presidente do Legislativo, Puan Maharani, anunciou a aprovação da iniciativa em uma sessão plenária.

"Esta lei é uma manifestação real dos esforços do país para evitar todas as formas de violência sexual e cuidar, proteger e reabilitar as vítimas, assim como fazer justiça", declarou a ministra da Mulher e da Criança, Bintang Puspayoga, na sessão.

A lei busca combater os crimes sexuais e estabelecer um marco legal para as vítimas, inclusive em casos de violência conjugal. Foi redigida há uma década e apresentada em 2016, mas enfrentou vários obstáculos.

Grupos islâmicos alegaram que promove a promiscuidade, e legisladores conservadores pediram a inclusão da criminalização de relações sexuais extraconjugais e dos relacionamentos LGBT, no país com a maior população muçulmana do mundo.

A lei se concentra na gestão da violência sexual, da prevenção à recuperação da vítima, e torna obrigatória a indenização das vítimas.

O abuso sexual físico, dentro e fora do casamento, agora tem uma pena máxima de 12 anos de prisão, e o casamento forçado, mesmo envolvendo menores, implicará até nove anos de prisão.

A Comissão Nacional da Violência contra a Mulher registrou 338.496 casos de agressão baseada em gênero em 2021, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.

Vinte e seis pessoas consideradas desaparecidas, depois que um barco de pesca, que transportava trabalhadores migrantes sem documentos, afundou diante da costa da Indonésia, foram encontradas vivas. Algumas, após passar dois dias à deriva, afirmaram as autoridades nesta segunda-feira.

Dois dos 86 passageiros, buscavam emprego na vizinha Malásia, morreram no naufrágio, disse Rully Ramadhiansyah, porta-voz da base naval Belawan, na ilha de Sumatra. Tanto o capitão como os três membros da tripulação também sobreviveram.

"Encontramos alguns dos passageiros agarrados a boias, tambores e outros objetos flutuantes para sobreviver no oceano", disse Ramadhiansyah à AFP. Alguns foram resgatados por um pesqueiro.

A embarcação de madeira afundou diante da província de Sumatra do Norte, próximo à zona costeira de Tanjung Api, quando tentava chegar à Malásia por meio de uma rota sem vigilância.

As autoridades indicaram previamente que havia 89 pessoas a bordo e depois aumentaram a 90, de acordo com o testemunho do capitão da embarcação.

A Malásia, país com bons indicadores econômicos, é o destino escolhido por milhões de migrantes econômicos de toda a Ásia, muitos deles sem documentos, que trabalham em setores como a construção ou a agricultura.

Mas para chegar ao país, muitos embarcam em perigosos trajetos pelo mar. Em janeiro, seis pessoas procedentes da Indonésia se afogaram quando sua embarcação afundou, enquanto em dezembro outros 21 migrantes do mesmo país morreram tentando chegar de barco.

Pelo menos 13 pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas, quando um ônibus que transportava operários de uma fábrica para um passeio na praia se acidentou na ilha indonésia de Java - informou a polícia na noite de domingo (6).

O veículo com 47 passageiros ia de Sukoharjo, no centro de Java, para um encontro familiar na província vizinha de Yogyakarta, quando o motorista perdeu o controle em um descida, disseram autoridades locais.

"Testemunhas que consultamos disseram que viram o motorista em pânico quando tentou controlar a marcha. É um sinal de que o freio não estava funcionando", relatou o chefe de polícia Ishan, que, como muitos indonésios, usa apenas um nome.

"Treze pessoas morreram. Algumas morreram no local, e outras no hospital, enquanto 34 pessoas ficaram feridas", acrescentou Ishan.

O motorista está entre as vítimas fatais.

O ônibus capotou e bateu no acostamento, destruindo a frente do veículo. Vários passageiros tiveram ferimentos na cabeça, e há três crianças entre os feridos, de acordo com o chefe de polícia.

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