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O juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal, em Brasília, negou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira, 6, ser interrogado por meio de videoconferência. O petista havia solicitado ao magistrado para que fosse ouvido em São Bernardo do Campo (SP). Lula será interrogado em 14 de março, às 10h, na sede da Justiça Federal de Brasília.

São réus nesta ação, além do ex-presidente Lula, seu amigo, o pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Santos Esteves, o ex-assessor de Delcídio, Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson Siqueira Ribeiro Filho, e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai. Todos são acusados de agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

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O interrogatório de Lula estava marcado para 17 de fevereiro. Após a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do petista, o juiz adiou o depoimento do ex-presidente para 14 de março.

"Este Juízo, dessarte, tem atendido aos pleitos das defesas desde que dentro de suas possibilidades técnicas e da ausência de prejuízo ao andamento processual. Todavia, não poderá acolher postulação que envolva logística fora de suas capacidades, a par da indisponibilidade de videoconferência no dia 14/03/2017 com São Paulo e com São Bernardo do Campo, conforme certificado pela Secretaria deste Juízo (fls. 4149-51), e que imponha ao retardamento de seu curso regular desta ação penal, ressaltando-se que os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva (artigo 6º do Código de Processo Civil)", anotou o juiz.

O senador cassado Delcídio Amaral e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva serão interrogados, respectivamente, nos dias 15 e 17 de fevereiro, na ação penal da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, na qual eles são acusados de tentarem obstruir a Lava Jato, especificamente, em relação ao ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Lula, Delcídio, Diogo Ferreira Rodrigues - assessor de Delcídio -, o advogado Edson Ribeiro, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, são acusados dos crimes de embaraço à investigação de organização criminosa, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão; exploração de prestígio, cuja pena prevista é de 1 a 5 anos; e patrocínio infiel (quando um advogado não defende apropriadamente os interesses de um cliente - os outros réus foram considerados coautores de Édson Ribeiro neste crime), que prevê pena de 6 meses a 3 anos.

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Nesta segunda-feira, 28, em audiência de testemunhas de acusação e defesa dentro do processo, Bernardo Cerveró prestou depoimento e reiterou as alegações de que sofreu pressão por parte de Delcídio e do advogado Édson Ribeiro para que o pai dele, Néstor Cerveró, não fizesse um acordo de delação premiada e, assim, preservasse os réus desta ação.

O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) ainda será ouvido antes dos acusados, no dia 15 de dezembro, na condição de testemunha, arrolada pela defesa do ex-presidente Lula. Os crimes pelos quais os réus são acusados na ação penal 42543-76.2016.4.013400 são: embaraço à investigação de organização criminosa, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão; exploração de prestígio, cuja pena prevista é de 1 a 5 anos; e patrocínio infiel (quando advogado não defende corretamente interesses do cliente - os outros réus foram considerados coautores de Édson Ribeiro neste crime), que prevê pena de 6 meses a 3 anos.

Depoimento

Em um depoimento dado por meio de uma chamada de vídeo do Skype, nesta segunda-feira, Bernardo Cerveró reiterou, conforme havia dito à PGR, que Edson Ribeiro lhe entregou R$ 50 mil em nome de Delcídio Amaral, sob o pretexto de ajuda à família de Nestor Cerveró, quando o ex-diretor da Petrobras já estava preso. Bernardo disse ter devolvido no dia seguinte o dinheiro a Edson, "para as despesas dele".

Na análise de Bernardo, esse dinheiro era para comprar o silêncio do pai, em relação ao então líder do governo (Delcídio), a Lula, Bumlai e André Esteves, entre outros acusados. Bernardo queria que o pai fizesse um acordo de delação, mas afirma que, em certo momento, afirma ter percebido que o advogado Edson Ribeiro não estava ajudando.

Bernardo Cerveró, no entanto, afirmou não saber de quem eram os R$ 50 mil, um dos pontos que tanto defesa quanto acusação buscavam esclarecer. A denúncia trabalha com a versão, com base na delação de Delcídio Amaral, de que os recursos eram de José Carlos Bumlai, amigo de Lula. E assinala que a quebra de sigilo de Mauricio Bumlai mostra dois saques de R$ 25 mil dias antes.

Foi com base numa gravação feita por Bernardo que Delcídio foi preso há um ano. Na conversa, Delcídio promete à família do ex-diretor da área internacional da Petrobras que iria conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar libertá-lo, e chega a falar em um plano de fuga para o exterior. Bernardo disse também que "apenas gravou" a conversa, sem tentar induzir os presentes.

Segundo ele, não houve contrato para a entrega dos R$ 50 mil em troca da desistência de Nestor Cerveró de fazer uma delação, mas, sim, uma pressão para que ele desistisse. "O que eu disse é que no momento em que foi entregue 50 mil no escritório de Machado não houve contrato. O que eu estou dizendo é que foi se criando a figura da preservação do senador e de outros, em função dessa ajuda (à família)", afirmou Bernardo.

Outras testemunhas também foram ouvidas nesta segunda-feira. Da parte da acusação, Edson Ramos de Almeida, motorista e segurança de Maurício Bumlai, foi ouvido e afirmou que, em uma ocasião, presenciou Diogo Ferreira Rodrigues - assessor de Delcídio - buscando no carro que pertence à família Bumlai um "envelope com documentos" destinado ao então senador. Outras testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas, sem acrescentar fatos novos.

A denúncia foi aceita em julho pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, que transformou Lula pela primeira vez réu na Lava Jato. O caso já havia sido denunciado pelo Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, em dezembro do ano passado. No entanto, em decorrência da perda de foro privilegiado do ex-senador envolvido, Delcídio Amaral, e também pelo fato de o crime ter ocorrido em Brasília, a denúncia foi enviada à Justiça Federal do Distrito Federal.

Com essa redistribuição, o Ministério Público Federal do Distrito Federal, na pessoa do procurador da República Ivan Cláudio Marx, concluiu pela confirmação integral da denúncia prévia do PGR e fez acréscimos à peça inicial, com o objetivo de ampliar a descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será interrogado no dia 14 de novembro por um procurador equatoriano na embaixada do Equador em Londres sobre a denúncia de suposto estupro apresentada contra ele na Suécia em 2010, anunciou nesta segunda-feira (7) o Ministério Público de Estocolmo.

"O Equador aceitou o pedido sueco de assistência legal em assuntos delitivos e a visita estará dirigida por um procurador equatoriano", anunciou o Ministério Público em um comunicado.

A procuradora sueca Ingrid Isgren, chefe-adjunta da investigação contra Assange, e um inspetor da polícia sueca estarão presentes no interrogatório, acrescentou. Durante esta encontro, se Assange aceitar, será extraída uma amostra de DNA, disse.

A transcrição deste interrogatório será entregue posteriormente aos magistrados suecos, que decidirão então as próximas etapas.

O australiano, de 45 anos, permanece desde junho de 2012 na embaixada equatoriana da capital britânica, quando pediu asilo a Quito para evitar ser extraditado à Suécia. O Ministério Público sueco quer interrogá-lo por um suposto estupro cometido em 2010, que ele nega.

Assange não quer voltar à Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é criticado pela publicação por parte do WikiLeaks em 2010 de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão, assim como 250.000 comunicações diplomáticas.

O júri do caso da morte do médico Artur Eugênio entrou no quarto dia neste sábado (24). A data marca o início da fase de interrogatório dos réus de Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva.

Cláudio começou a ser ouvido pela juíza Inês Maria de Albuquerque por volta das 16h. Ainda neste sábado Lyferson também deve ser interrogado. Antes disso, terminaram as exibições do último vídeo, de um total 22, de testemunhas no julgamento.

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Cláudio está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com furto qualificado mediante fraude com comunicação falsa do crime e dano qualificado pelo uso de substância inflamável. 

Já Lyferson responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) em concurso material com o crime de dano qualificado.

Caso 

O médico Artur Eugênio de Azevedo, de 35 anos, foi assassinado no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, no município de Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo a denúncia do MPPE, a motivação do crime seriam desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. De acordo com os autos, Cláudio Amaro Gomes, apontado como o mandante do crime, teria contado com a ajuda do filho Cláudio Amaro Gomes Júnior para executar o plano de homicídio. 

Cláudio Júnior teria pago Jailson Duarte César para contratar outros dois homens – Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz – para matar Artur Eugênio de Azevedo Pereira.

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Promotores suecos afirmaram que uma autoridade equatoriana interrogará o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em nome das autoridade suecas no próximo mês. O procedimento ocorrerá na morada atual do ativista, a embaixada do Equador em Londres.

Assange é acusado de estupro em uma investigação sobre episódios ocorridos durante sua visita à Suécia em 2010. Ele nega as alegações e diz que houve apenas sexo consensual. Para evitar em 2012 que o Reino Unido o extraditasse, ele pediu asilo na embaixada equatoriana.

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Os promotores suecos disseram nesta quarta-feira que receberam a notícia do governo de Quito de que um promotor equatoriano questionará Assange em 17 de outubro. Eles dizem que os investigadores suecos terão permissão para estar presentes e poderão fazer questões por intermédio do promotor equatoriano.

O interrogatório foi adiado várias vezes, já que os dois países discutiam as condições e o momento ideal para realizá-lo. Promotores suecos dizem que precisam primeiro questionar Assange, antes de decidir se o acusam formalmente. Fonte: Associated Press.

O senador Aécio Neves (PSDB) e a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) protagonizaram, nesta segunda-feira (29), o primeiro embate após a campanha eleitoral de 2014, quando ela foi reeleita com 51.65%, deixando o tucano em segundo lugar com 48.35% dos votos. Aécio foi o primeiro a interpelar a petista com o reinício da sessão interrogatória do julgamento do impeachment que acontece no Senado. 

Ironizando, o parlamentar disse que “não poderia imaginar” reencontrar a petista “nestas condições” após os debates eleitorais daquele ano. Rebatendo argumentos do discurso inicial da presidenta afastada, proferido mais cedo, Aécio disse que “não é desonra alguma perder a eleição, sobretudo, quando se cumpre ideias e cumpre a lei. Não diria o mesmo quando se vence a eleição faltando com a verdade e descumprindo a lei”. “Vossa excelência recorre aos votos que recebeu como justificativa [para se manter no cargo], mas o voto, sabemos todos, não é um salvo conduto. Pressupõe direitos e deveres”, cravou.

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Aécio salientou ter alertado as dificuldades do país e a projeção de recessão econômica durante os encontros que tiveram na campanha presidencial e ter ouvido da petista que ele era “pessimista”. Diante do discurso ácido, o tucano questionou: “Em que dimensão vossa excelência e seu governo se sentem responsáveis pela recessão, os 2 milhões de desempregados e a perda média de 5% da renda dos brasileiros?”

Em resposta, Dilma Rousseff disse que a partir da eleição “uma série de medidas políticas, para desestabilizar o meu governo foram tomadas”. “Uniu-se duas forças diferentes, uma que queria impedir que a sangria continuasse, como foi dito em gravações telefônicas, e a força que queria nos impedir que saíssemos da crise”, ressaltou, listando que a partir do dia 29 de outubro de 2014 uma série de ações nacionais e internacionais agravaram a instabilidade econômica do país, como a desaceleração da China e a queda no preço das Comoditis. 

Já quanto a citação de se valer dos votos como justificativa, Dilma fez questão de deixar claro o respeito que tem pelo voto direto. “É uma grande conquista, agora não respeito à eleição indireta que é produto de uma derrota política. Posso ter cometido erros, não ter cumprido tudo aquilo que era esperado de mim. Muitos acreditam que eu não poderia ter ampliado os gastos ficais, mas é necessário informar que não é uma falta minha. As medidas que propusemos foram necessárias para o país sair da crise”, justificou.

Sob a ótica dela, não “tem nada de mal ganhar ou perder eleição”, mas os que perdem não podem agir com a política do “quanto pior melhor”. “Isso é impedir que a população saia da crise”, concluiu. 

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Ao responder os primeiros questionamentos no Senado Federal, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (29), que não tem um “apreço egoísta” pelo mandato e ressaltou, mais uma vez, que se não houver provas de crime de responsabilidade o impeachment “é golpe sim”. As declarações da petista foram em resposta a senadora Ana Amélia (PP-RS) que pontuou a presença de Dilma no Senado como um reconhecimento da legitimidade do processo de impeachment. 

“Sua presença aqui legitima o julgamento e derruba a narrativa em fazer referência a golpe. O verdadeiro golpe foi a milhões de brasileiros que ficaram desempregados ou sem o Fies e o Prouni”, salientou a progressista. “Não estamos julgando a sua biografia, seu passado, que eu respeito, mas as ações do seu governo. Que tem direta ou indiretamente suas digitais. O crime de responsabilidade detalhado não deixa margem a duvida”, acrescentou a senadora, dizendo que a responsabilidade sobre a política econômica da gestão era a presidente.

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Em contrapartida, Dilma disse que a responsabilidade dela com a economia do país foi concedida pelos 54 milhões de votos que recebeu. “Compareço ao Senado porque é um espaço democrático que tem que ser preservado e só tem uma forma, de se defender quando se trata de golpe parlamentar: abrir o diálogo, acreditar na discussão e sistematicamente lutar neste espaço político”, cravou, retomando o exemplo de que a democracia seria uma árvore e o país estava diante de um golpe de estado parlamentar e não militar, como em 1964. 

A presidente também pontuou não questionar o rito, mas a justeza do impeachment. “Não basta um rito correto, mas um conteúdo justo. Aqueles que não gostam que o nome seja golpe querem encobrir um fato. O que se esta fazendo é encobrindo uma tentativa de tirar um governo que chegou pelas urnas por um governo que não teve voto e está implantando um programa que não foi eleito. Este processo se constitui em uma eleição indireta, saibam que não tenho um apreço egoísta pelo meu mandato”, argumentou, deixando claro que seu maior desejo é que “a democracia saia ilesa deste processo”.

Antes de Ana Amélia, a primeira senadora a interpelar a presidente foi a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB). Apesar de peemdebista, a parlamentar é aliada da petista e durante os cinco minutos de fala não formulou diretamente perguntas, mas apresentou um balanço do que executou durante a gestão de Dilma na pasta de Agricultura. 

“A senhora é a presidente que mais atenção deu ao agronegócio brasileiro, uma atenção que se traduziu em muitas ações. O Plano Safra antes do seu governo era elaborado pelo ministério da Fazenda e o da Agricultura era um simples coadjuvante. A senhora elevou o ministério da Agricultura para o primeiro escalão do ministério, agindo diretamente no Plano Safra... Hoje chamam as subvenções cinicamente de pedaladas. O Plano Safra e suas subvenções foram criados pelo presidente [Fernando] Collor e só agora virou crime?”, indagou ironizando. Sem perguntas diretas, a ex-ministra pediu para que Dilma discorresse sobre a possibilidade de ser vítima de uma “injustiça”.

O executivo Léo Pinheiro, da OAS, ficou em silêncio durante seu interrogatório na Operação Lava Jato. Frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro, o empreiteiro disse que "por orientação dos advogados" não responderia a nenhuma pergunta.

O empreiteiro da OAS foi chamado para depor como réu em ação penal na Justiça Federal do Paraná na qual também é réu o ex-senador Gim Argello.

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Léo Pinheiro, condenado a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato, teve a negociação de sua delação premiada suspensa pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A interrupção foi provocada pela divulgação de informações sobre o ministro Dias, Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro teria sido citado por Leó Pinheiro, o que é negado pelo procurador-geral.

O lobista Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de propinas do presidente afastado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), deverá ser interrogado nesta terça-feira, 5, na Polícia Federal em Brasília.

Funaro foi preso na sexta-feira, dia 1.º, em São Paulo. Na noite desta segunda-feira, 4, ele foi transferido para a Superintendência Regional da PF no Distrito Federal.

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A prisão do lobista foi decretada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Sépsis - investigação sobre suposto esquema milionário de propinas no âmbito do FI/FGTS da Caixa.

O esquema teria sido idealizado por Funaro e por Eduardo Cunha, em 2011, segundo delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.

O delator contou que se reunia toda terça-feira, às 7h30, na casa do parlamentar, inicialmente no apartamento funcional, depois na residência oficial da Presidência da Câmara.

Nessas reuniões, Fábio Cleto submetia ao crivo de Eduardo Cunha projetos milionários de grandes empresas que procuravam o Fundo de Investimento FGTS em busca de recursos. O ex-vice da Caixa apontou doze operações. Ele revelou que o peemedebista lhe dizia que ficava com propina equivalente a 1% do valor de cada contrato.

Segundo o delator, o presidente afastado da Câmara "selecionava" os projetos que deveriam ser aprovados pelo Comitê do FI/FGTS. A Operação Sépsis indica que após a "escolha" de Eduardo Cunha, Lúcio Funaro se encarregava de fazer contato com dirigentes das empresas supostamente beneficiadas pelo aval do parlamentar.

Na audiência prevista para esta terça, Funaro poderá permanecer em silêncio - conduta que a Constituição permite a investigados. Mas ele poderá responder às indagações da Polícia Federal. "Não está nada definido", disse o advogado Daniel Gerber, defensor de Funaro.

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) não deve participar do interrogatório na Comissão Especial do Impeachment previsto para a próxima quarta-feira (6). Como ela não é obrigada a comparecer a oitiva, quem pode representá-la é o advogado de defesa José Eduardo Cardoso. 

Nos bastidores, comenta-se que a intenção da petista é evitar confrontos com os senadores favoráveis ao impeachment. A confirmação da sua presença ou ausência acontecerá nesta terça (5), durante a sessão que os peritos do processo vão ser ouvidos pelos parlamentares. Os técnicos responsáveis pelas perícias serão ouvidos na terça a partir das 11h, em duas audiências. 

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O laudo constatou a ação efetiva da petista na edição dos decretos de créditos suplementares em 2015 sem a autorização do Congresso Nacional, mas não encontrou participação dela na decisão da União de atrasar o pagamento do Plano Safra e dos contratos com bancos públicos, as chamadas as “pedaladas fiscais”.

A Polícia Federal lançou 18 vezes o nome do ex-presidente Lula no termo do novo interrogatório do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do petista desde 2002. O interrogatório é o terceiro em série a que foi submetido Bumlai desde que a PF o prendeu dia 24 de novembro na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato que investiga o emblemático empréstimo de R$ 12 milhões tomado pelo pecuarista junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004 - o real destinatário do dinheiro foi o PT, segundo Bumlai. O inquérito é dirigido pelo delegado da PF Filipe Hille Pace.

Um longo trecho do interrogatório, realizado na segunda-feira (21), é dedicado às relações do pecuarista com Lula, que teve seu nome registrado 18 vezes no termo. O Instituto Lula, criado pelo ex-presidente quando deixou o Palácio do Planalto, no início de 2003, foi citado três vezes.

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A linha de questionamentos da PF a Bumlai revela que os investigadores buscam algum indício de envolvimento do ex-presidente e do PT nos negócios do pecuarista. Em todas as vezes em que a PF o indagou sobre Lula, o prisioneiro blindou o ex-presidente - como já o fizera nos relatos anteriores.

Sobre o capítulo Schahin, o pecuarista disse que o empréstimo foi negociado na presença do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares - mais tarde réu e condenado no processo do Mensalão. A PF também questionou Bumlai sobre e-mail dele para o secretário da Embaixada do Catar em Brasília, em fevereiro de 2014, em que o pecuarista demonstra empenho em agendar uma reunião com o ex-presidente.

Indagado sobre se a presença de Delúbio Soares na sede do Banco Schahin representava para o reinterrogando o interesse de Luiz Inácio Lula da Silva na realização do empréstimo, disse que não. "Na verdade, sua (Delúbio) presença traduzia o interesse do Partido dos Trabalhadores."

Que indagado 'se está tentando proteger figuras públicas de responsabilidade no episódio, tais como o ex-presidente da República e outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores, tais como seu presidente à época José Genoíno, respondeu que não está tentando proteger ninguém’.

Que indagado ‘se se sentiria constrangido em não atender a uma solicitação do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, disse, em suas palavras: "que solicitação ele poderia me fazer? Ele não precisava de mim para nada. Acho que ele não me pediria nada. Ele tinha as pessoas de confiança dele. Eu não era uma pessoa assim."

Que indagado ‘se seria uma pessoa de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva, disse acreditar que sim, exceto em assuntos relativos a negócios’.

Que indagado ‘se, em verdade, o suposto constrangimento que sofreu não advinha do fato de que o pedido para que o reinterrogando tomasse o empréstimo em prol do Partido dos Trabalhadores teria partido do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ou de outros dirigentes da agremiação política, respondeu negativamente’.

Que indagado ‘se realmente nunca tratou de questões comerciais ou políticas com Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu que não’.

Que perguntado ‘se exercia funções de secretário de Luiz Inácio Lula da Silva disse que não’.

Que perguntado ‘sobre a forma de comunicação que mantinha com Luiz Inácio Lula da Silva disse que entrava em contato através do número de sua esposa’.

Que ‘pelo que o reinterrogando sabe Luiz Inácio Lula da Silva nunca possuiu um número de celular próprio’.

Que ‘durante os anos de 2014 e 2015, não repassou qualquer demanda de interessados em solicitar reuniões, palestras e outros pleitos a Luiz Inácio Lula da Silva’.

Que ‘indagado novamente se confirma que nunca tratou de assuntos comerciais ou políticos com Luiz Inácio Lula da Silva respondeu que, além do caso narrado acima (e-mail da Embaixada do Catar), não se recorda de outros episódios, contudo, gostaria de esclarecer que não possui relações comerciais com Lula’.

Que ‘indagado qual o motivo que a autoridade policial tem para acreditar na versão dos fatos dado pelo reinterrogando se ele continua a omitir e mentir sobre fatos relevantes para a investigação, respondeu que o caso anterior (EMbaixada do Catar) reflete a necessidade de elucidação de fatos que chegam ao conhecimento das autoridades com o avançar das investigações’.

Que ‘gostaria de afirmar que não existirão tantos outros fatos a serem elucidados’.

Que ‘considerando que, no entender da autoridade policial, o reinterrogando faltou com a verdade ao afirmar que nunca tratara de assuntos comerciais e políticos com Luiz Inácio Lula da Silva, indagado se confirma que nunca conversou com o ex-presidente sobre o problema que enfrentava com a Schahin, disse que nunca conversou sobre este tema com ele’.

Que ‘indagado se mantém sua última afirmação, uma vez que lhe foi demandado que dissesse se tem certeza sobre o fato de que nunca tratou de seu empréstimo com Lula, disse que acredita e que tem quase certeza de que nunca tratou deste tema com o ex-presidente’.

O Instituto Lula não comentou.

Mônica Pinto, ex-chefe da Divisão de Pessoal da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), foi a primeira interrogada da lista de 14 servidores acusados de envolvimento em fraudes na folha de pagamento da Casa. Em depoimento nesta segunda-feira (30), no Fórum Criminal de Belém, ela afirmou que o ex-jogador José Robson do Nascimento, o Robgol, se beneficiou com o esquema de funcionários “fantasmas” no Legislativo paraense.

Jogador com passagens por grandes clubes da região Nordeste e ídolo da torcida do Paysandu, Robgol foi eleito deputado estadual em 2005. De acordo com Mônica Pinto, que teve acordo de delação premiada aprovado, o ex-parlamentar tinha parentes incluídos na folha de pagamento sem a prestação de serviços à Alepa. Muitos deles, assegurou Mônica, sequer moravam no Estado. José Robson é natural de Barra de São Miguel, na Paraíba.

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Mônica Pinto afirmou à juíza Alda Gessyane Tuma, da 11ª Vara Penal de Belém, que sua própria mãe foi nomeada como funcionária da Alepa, mas quem recebia os salários era Robgol. O mesmo aconteceu com uma empregada doméstica que trabalhava para ela à época. A delatora disse não saber precisar quantos “fantasmas” foram incluídos na folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Ela garantiu, contudo, que eram “muitos”.

A reportagem do LeiaJá tentou entrar em contato com Robgol, mas ele não foi encontrado. O advogado do ex-jogador, presente no Fórum Criminal, disse que seu cliente é inocente. De acordo com o cronograma da 11ª Vara Penal de Belém, o interrogatório de José Robson do Nascimento está marcado para a próxima quarta-feira, 2 de dezembro. No mesmo dia também serão ouvidos Semel Charone Pereira e Edmilson de Souza Campos.

Corrupção - Os 14 servidores citados na ação penal são acusados de participar de articulação que incluía dados cadastrais de supostos servidores e estagiários na folha de pagamento da Assembleia Legislativa. Os salários dos funcionários “fantasmas” eram divididos entre os integrantes do esquema.

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O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na 1ª instância, marcou o interrogatório do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, para as 9h30 do dia 13 de novembro. O executivo é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro referentes a dez contratos da Andrade Gutierrez com a Petrobras.

Otávio Marques de Azevedo está preso desde 19 de junho deste ano. Ele foi detido na Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato.

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Nesta ação penal, a Procuradoria da República utilizou os depoimentos do operador de propinas Mário Góes, que atuava para a diretoria de Serviços da estatal petrolífera durante a gestão do engenheiro Renato Duque, e celebrou acordo de delação premiada com os investigadores da Lava Jato para revelar o que sabe em troca de benefícios como redução da pena.

Aos investigadores da Lava Jato, Mário Góes admitiu que utilizava sua empresa de consultoria Riomarine para lavagem de dinheiro referente às propinas direcionadas a Duque e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Ele admitiu ter utilizado sua offshore PHAD Corporation para firmar contrato de fachada com uma subsidiária da Andrade Gutierrez no exterior. O contrato previa ações de prospecção de negócios na África para a empreiteira, mas segundo Góes foi utilizado para o pagamento de propinas referentes a obras na Petrobrás.

Em maio deste ano, Otávio Azevedo admitiu à Polícia Federal ter se reunido com o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB na Petrobras. O empreiteiro citou pelo menos cinco encontros com Fernando Baiano em seu escritório. Em uma ocasião, segundo Otávio Azevedo, o lobista lhe pediu doações para o PMDB.

O executivo disse que o pedido "foi prontamente rechaçado". Ao ser questionado pelos investigadores, contudo, Otávio Azevedo admitiu que manteve "relação institucional" com pelo menos seis políticos do PMDB, incluindo o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

O lobista Adir Assad - pivô do escândalo da construtora Delta, em 2012 - permaneceu calado durante seu interrogatório nesta terça-feira, 17, aos delegados da Polícia Federal. Assad foi um dos presos na Operação Que País é Esse, décima fase da Lava Jato, deflagrada um dia antes, que teve como alvo central o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque.

A PF quis saber se Assad fez parte da engrenagem usada para desviar e lavar o dinheiro da propina paga por empreiteiras do cartel nas obras da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. A obra de R$ 2,2 bilhões teria sido alvo de desvios de pelo menos R$ 84,6 milhões, afirma a força-tarefa do Ministério Público Federal.

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Denúncia criminal contra Duque, Assad e outros 25 envolvidos, oferecida à Justiça Federal na segunda-feira, 16, esclarece o caminho do dinheiro da propina que passou pelo lobista antes de chegar ao ex-diretor de Serviços - também preso na segunda-feira - e seu ex-braço direito Pedro Barusco (que era gerente de Engenharia).

Um mapa desenhado pelos procuradores da Lava Jato mostra que do total desviado das obras da Repar via Consórcio Interpar (Mendes Jr, MPE e SOG), R$ 36,4 milhões passaram por cinco empresas de fachada controladas pelo lobista (Rock Star, Power, Soterra, Legend e SM).

"Adir Assad controlava uma complexa estrutura de empresas", afirmou o procurador Deltan Dellagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato. As empresas citadas na Lava Jato são parte da lavanderia criada pelo lobista e que foi usada no escândalo envolvendo a construtora Delta e o bicheiro Carlos Cachoeira.

O destino final do dinheiro desviado da Repar era a cota da propina para Duque e Barusco - indicados pelo PT aos cargos que ocupavam para operar uma arrecadação de 2% nos contratos da estatal.

O mapa da Lava Jato mostra que a propina ia da estrutura de lavagem criada por Adir para os dois agentes públicos de duas forma: em espécie entregues diretamente ao ex-diretor e ex-gerente da estatal, ou via contas no exterior que os dois mantinham (contas Dole Tech e Rhea), passando antes por uma conta de outro lobista, Mário Góes (Maranelle).

"Assad ou retornava os recursos em espécie permitindo que os recursos, à partir daí, fossem usados para pagar propina sem que ficasse rastro do dinheiro ou ele providenciava os pagamentos diretamente no exterior", explicou o procurador, em entrevista na segunda-feira.

Ontem, Assad permaneceu calado ao ser questionado pela PF se ele era sócio das cinco empresas de fechada. Os delegados ouvira ainda Sônia Branco, Dário Teixeira Alves Júnior. O lobista foi questionado se havia depositado dinheiro em conta no exterior de Mário Góes para repasse a Duque e Barusco e sobre sua relação com o delator Augusto Mendonça e outros investigados. Ele permaneceu calado.

Apenas negou conhecer ou ter falado com Mendonça, da Setal Óleo e Gás (SOG), que confessou ter pago propina na Diretoria de Serviços e na de Abastecimento, via estruturas criadas por quatro operadores alvos da Lava Jato: Assad, Góes, Alberto Youssef e João Vaccari Neto - tesoureiro do PT.

O advogado Miguel Pereira, que defende Adir Assad, rechaçou enfaticamente as suspeitas contra seu cliente. Pereira não admite a comparação dos investigadores que atribuem a Assad o papel de operador de propina. "Assad é um engenheiro civil de formação, sempre trabalhou em obras, efetivamente trabalha em obras", declarou Miguel Pereira.

Assad é apontado pela PF como operador de propinas da empreiteira Delta, alvo de outro escândalo envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, em 2012.

Miguel Pereira disse que "existem elementos para buscar a revogação dessa prisão preventiva". "A situação (de Assad) não preenche nenhum requisito para a prisão preventiva", pondera o advogado.

O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró está sendo interrogado na tarde desta quarta-feira, 28, na sede da Polícia Federal em Curitiba. O depoimento foi agendado para que ele falasse, entre outros temas, sobre a compra da refinaria de Pasadena, Texas (EUA) realizada pela Petrobras em 2006.

De acordo com assessoria da PF, a audiência começou por volta das 15h. Segundo o advogado do ex-diretor, Edson Ribeiro, Cerveró permanecerá calado durante o interrogatório. Mesmo assim, o delegado responsável pelo depoimento deverá realizar as perguntas referentes ao processo da Lava Jato.

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"Está marcado um depoimento mas a orientação é de que ele fique calado enquanto não for julgada a suspeição do juiz Sérgio Moro pelo Tribunal Regional Federal", afirmou Edson Ribeiro antes da oitiva.

A defesa de Cerveró ingressou com petição junto à Justiça Federal alegando que o juiz Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos no Paraná, não teria competência para dar prosseguimento no julgamento do envolvidos no esquema de desvio ocorrido na Petrobras. Não há previsão de quando poderão ser julgadas as petições.

"Não quero legitimar nada no Paraná. Temos duas exceções: uma de competência e outra de suspeição. Enquanto o tribunal não se pronunciar sobre isso, Nestor Cerveró não falará mais. Sobre nada", ressaltou Ribeiro.

Entre os argumentos apresentados pelo advogado contra Sérgio Moro está o de que a investigação foi realizada na Petrobras, que tem sede no Rio de Janeiro. A defesa também afirma que Moro em ação anterior se autodeclarou suspeito para processar e julgar Alberto Youssef, considerado como peça-chave do esquema de desvios ocorridos na Petrobras.

O ex-CEO do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, foi detido em Portugal para interrogatório sob uma investigação que já dura três anos sobre lavagem de dinheiro e evasão fiscal.

A investigação, chamada de "Monte Branco", foi lançada pelo escritório da procuradoria do país em 2011 e tem como objetivo analisar as relações financeiras entre gestores de fortunas na Suíça e clientes portugueses. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Um tribunal francês interrogou por 13 horas a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, como parte da investigação criminal sobre suposto abuso de poder e mau uso de recursos públicos quando ela era ministra das Finanças da França. O tribunal deve voltar a se reunir nesta sexta-feira.

"Vejo vocês amanhã", disse Lagarde a jornalistas ao deixar o tribunal. Em Washington, o porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse que o Comitê Executivo do Fundo "continua a manifestar confiança na capacidade da diretora-gerente para desempenhar suas funções de maneira eficaz".

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A Justiça francesa investiga as acusações, feitas por parlamentares do Partido Socialista, que na época estava na oposição, de que Lagarde abusou das prerrogativas de seu cargo ao remeter a um painel de arbitragem, em 2007, um caso envolvendo o empresário Bernard Tapie; para esses parlamentares, o caso deveria ter sido passado aos tribunais.

O painel de arbitragem acabou concedendo a Tapie uma indenização de 420 milhões de euros e os parlamentares socialistas sustentam que isso foi uma forma de agradecimento pelo fato de ele ter apoiado o conservador Nicolas Sarkozy na eleição presidencial de 2007; Lagarde era ministra das Finanças do governo Sarkozy. As informações são da Dow Jones.

Thor Batista, filho do bilionário Eike Batista, será interrogado às 13 horas desta quinta-feira, 25, na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, no processo em que é acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar), por ter atropelado - e matado - o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. Se condenado, Thor pode pegar de 2 a 4 anos de prisão. O acidente ocorreu na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite de 17 de março de 2012.

No último dia 12 de março, Thor faltou à audiência na Justiça. Na ocasião, seus advogados afirmaram que o jovem necessitava de repouso, pois estaria com sinusite e febre. Foi apresentado um atestado médico, assinado por um cardiologista, que dizia que Thor apresentava "quadro de cefaleia frontal e epicranena, agravada com a movimentação da cabeça, dor a digitopressão dos seios maxilares, febre de 38,5º C, vertigem e náusea".

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Ainda naquele dia, a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza negou pedido da defesa do rapaz para anular o processo. Os advogados alegaram que a denúncia do Ministério Público foi baseada no laudo do perito da Polícia Civil Hélio Martins Júnior, que atestou que Thor dirigia a 135Km/h no momento do atropelamento. A velocidade máxima permitida no trecho onde ocorreu o atropelamento é de 110Km/h.

O documento, entretanto, foi descartado como prova pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, em 21 de fevereiro. Na ocasião, os desembargadores acolheram os argumentos dos advogados de Thor, e entenderam que houve cerceamento de defesa. Os defensores disseram que o laudo que incriminava o jovem foi acostado aos autos apenas na audiência de 13 de dezembro de 2012 (e não no momento do oferecimento da denúncia), e que o perito teve contato direto com o promotor do caso.

Um segundo laudo foi feito pela Polícia Civil do Rio. Divulgado no último dia 9 de abril, o documento atestou que a velocidade do veículo de Thor, uma Mercedes Benz SLR McLaren, estava entre 100 km/h e 115 km/h no momento da colisão.

O juiz José Wilson deu uma pausa de 40 minutos (para almoço) no julgamento de Alexsandro Neves, que está acontecendo no Fórum de São Lourenço da Mata. Antes de pausa, a promotora Ana Cláudia interregou o delegado Alfredo Jorge, sobre o momento em que Dinarte (irmão Delma Freire, mentora de sogra de Jennifer) confessou a participação dele e de Alexsandro no crime.

"Deixamos ele contar várias mentiras e depois, de posse das provas, ele retornou, tirou vários pertences do bolso e afirmou que ficaria preso porque passaria a contar a verdade", disse o delegado em depoimento.

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Ainda segundo o delegado, Dinarte teria apresentado Alexsandro a Delma, Pablo e Ferdinando, e que pelo crime seria pago 5 mil reais, dos quais a metade já haviam sido pagos."O pagamento ocorreu em uma estação de metrô", afirmou o delegado.

Com informações de Damares Romão

As técnicas de interrogatório usadas com presos para localizar Osama bin Laden não incluíram atos de tortura, e não se pareceram, em nada, com as cenas do filme sobre a perseguição ao líder da Al-Qaeda, afirmou neste domingo, o ex-diretor do programa da CIA.

"Ninguém ficou ferido ou foi agredido em consequência da aplicação das técnicas reforçadas de interrogatório que supervisionei de 2002 a 2007", afirma Jose Rodriguez em uma coluna publicada no "The Washington Post" sob o título "Sinto muito, Hollywood, não torturamos".

O ex-diretor da CIA interveio, assim, na polêmica que agita os serviços de inteligência americanos, gerada pelo filme "A Hora Mais Escura", que estreará no país no próximo dia 11.

O longa, bem colocado na corrida pelo Oscar, começa com uma cena de tortura de presos, que acabam dando informações cruciais para a localização de Bin Laden, no Paquistão.

"Ninguém foi acorrentado ao teto, quem fez o filme tirou cenas das coleiras para cães usadas nos abusos cometidos por militares na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Nada disso aconteceu nas chamadas 'prisões secretas' da CIA", afirmou Rodriguez.

"Para dar uma simples bofetada no rosto de um preso, os oficiais da CIA tinham que obter uma autorização por escrito de Washington", afirmou. "Os presos tinham a possibilidade de cooperar. Se fossem reticentes - e havia razões para acreditar que eles escondiam informações importantes -, eram submetidos, com o aval de Washington, a técnicas reforçadas, como prisão pelo pescoço, privação do sono ou, em raras ocasiões, simulação de afogamento."

Rodriguez reconheceu que três dos "piores terroristas do planeta" foram submetidos a simulações de afogamento, com o uso de "pequenas garrafas d'água, e não de um balde", como se vê no filme. Foram eles: Abu Zubayda, Khaled Cheikh Mohammed e Abd al-Rahim al-Nachiri, presos atualmente em Guantánamo.

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