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Nesta segunda-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, ativistas dos Direitos Humanos reúnem-se ao redor de diálogos que buscam celebrar a potência desta população. No Brasil, país que lidera o número de homicídios de indivíduos LGBTQIA+ nas Américas, de acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), a data também reacende o debate sobre a garantia de direitos e representação política.

“Em 1969, Marsha P Johnson se levantou contra a violência e brutalidade policial juntamente a outras lideranças negras, periféricas, LGBTQIA+, que existiam na subalternidade que criminalizava os nossos corpos”, explica o vereador de Olinda Vinicius Castello (PT), quando questionado sobre a importância do dia 28 de junho.

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O parlamentar, ativista do Movimento Negro Unificado (MNU) e advogado de 26 anos, faz questão de relembrar a atitude revolucionária que deu origem ao Dia do Orgulho, liderada pela drag queen norte-americana Marsha P Johnson, em um episódio conhecido como a Revolta de Stonewall, que ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, jovens homossexuais como Castello ainda precisam usar suas mentes para articularem respostas contra o preconceito.

“Para mim democracia é olhar para a representação e entender que ela está condizente com a diversidade existente na sociedade. Eu acredito que a gente tá caminhando para o entendimento de que os corpos que precisam estar pautando e atuando politicamente, são corpos que entendem, entre outras coisas, o que é a desigualdade e o que é a violência no Brasil”, ressalta Vinicius, que já no início do mandato ocupa o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Olinda.

Em contraposição às forças conservadoras que tendem a essencializar a gestão do ativista, torna-se inegável a sua disposição em enxergar os processos políticos de maneira interligada. “Eu desejo que a gente consiga atingir o nível de democracia em que todas as pessoas, independente de classe, gênero, orientação sexual e identidade de gênero possam se sentir potentes e respeitadas em um país que também é delas. Resolvi enfrentar estas violências utilizando meu corpo político para dizer que basta todo tipo de opressão e retrocesso”.

A variedade de violências as quais Castello faz referência têm relação, infelizmente, com o número de agressões às pessoas LGBTQIA+ no estado de Pernambuco. Sobre o tema, o parlamentar lamentou: “Na semana que passou, uma criança ateou fogo em uma mulher trans [Roberta Silva, 40 anos] no Centro do Recife, e nesta segunda-feira nós estaremos nas ruas, novamente, para afirmarmos o porquê da nossa luta”.

O ranking da morte a o “a construção de novos horizontes”

Embora dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) apontem para o aumento vertiginoso da violência contra LGBTQIA+ em todo o estado, a ação do conservadorismo na Câmara do Recife ainda encontra fôlego. Na última semana, enquanto a maioria dos parlamentares se reunia para negar um requerimento que solicitava o hasteamento da bandeira LGBT no Dia do Orgulho, mais uma mulher trans era atravessada pelo crime motivado pelo preconceito na capital.

Roberta Silva, de 40 anos, queimada viva na quinta-feira (24), enquanto estava no Cais de Santa Rita, área central da capital, simboliza mais um dos 1.854 ataques brutais à vida das pessoas LGBTQIA+ em Pernambuco só no primeiro trimestre de 2021. Destes, 46% das vítimas, ou cerca de 869 pessoas, foram violadas dentro de casa por parentes ou pessoas de confiança. Em 2019, neste mesmo período, o número havia sido de 333.

O atentado à Roberta Silva, 40 anos, que ganhou notoriedade após a advogada transexual e co-deputada estadual Robeyoncé Lima (PSOL), 30 anos, usar sua conta no Twitter para denunciar a invisibilização da violência, é resultado, segundo a parlamentar, da “banalização da violência contra corpos transexuais”. “Esse extermínio não é de agora, e quando a gente escuta a cisgeneridade branca dizer que está com medo de morrer de Covid, a gente responde: esse medo da morte pode ser novidade para vocês, mas pra gente não, porque há dez anos o Brasil figura o ranking dos países que mais mata transexuais no mundo”, ressalta.

O ranking da morte, citado por Robeyoncé Lima, é baseado em dados fornecidos pela da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), que realiza, anualmente, relatórios sobre a vida de trans e travestis no Brasil. Infelizmente, de acordo com informações da Associação, a expectativa de vida desta população no país é de 35 anos, com destaque para mulheres trans negras, que são as que mais morrem. “São violências concatenadas, por isso não adianta pedir para a gente falar sobre transexualidade sem falar de raça e de classe”, confirma a parlamentar.

Quando pergunto sobre quais são as maiores dificuldades existentes no processo de elaboração de políticas públicas que possam desmobilizar a barbárie em curso também em Pernambuco, Robeyoncé aponta a ausência de informações a respeito destas violências em Pernambuco como um dos principais problemas.

“Nós, das Juntas Co-deputadas, conseguimos aprovar, por exemplo, um projeto de lei que estabelece que nos prontuários de saúde conste os campos de orientação sexual e identidade de gênero, para que a gente possa saber como está o acesso - ou a falta dele - da população LGBT ao Sistema Único de Saúde”, uma forma de gerar estatísticas e provar para o estado a necessidade do incremento de políticas públicas para a população, de acordo com a parlamentar.

Para Jarda Araújo, 25 anos, assistente social, secretária executiva de Juventude na prefeitura do Recife e mulher transexual, a movimentação política de pessoas trans e travestis durante o período de extremo conservadorismo no Brasil, representa “a construção de novos horizontes”.”É muito simbólico que seja exatamente agora que a gente esteja conseguindo construir, de forma massiva, este novo lugar, diferente do que seria há dez anos atrás”, explica, de maneira esperançosa, ao citar as mais de 30 candidaturas travestis ao redor do Brasil.

Sobre a violência brutal que acometeu Roberta Silva, a pesquisadora em saúde pública comenta: “Recife tem operacionalizado, de forma direta ou indireta, a travestifobia. E se nós não fizermos esse movimento de tornar público e nos movimentarmos politicamente, esses casos não vão ser ouvidos”. Jarda destaca também o fato de Roberta ter ficado, até a intervenção política da co-deputada Robeyoncé Lima, na ala masculina do Hospital da Restauração (HR), após ser socorrida.

“Enquanto rede, é preciso nos movimentarmos para fazer com que essas questões venham à tona e a partir disso a gente possa cobrar, tanto dos parlamentares, das mandatas, um posicionamento político em prol da nossa população, porque nós não buscamos por mais direitos que os demais, e sim uma equidade para que a gente possa acessar os nossos direitos como qualquer outra pessoa” diz, lembrando que o “respeito ao nome social é garantido pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde”.

O futuro da política LGBTQIA+ em Pernambuco

Quando pergunto quem são as principais referências dos entrevistados, os nomes se repetem: Vinicius Castello admira Robeyoncé Lima, que também é citada por Jarda Araújo, articuladora social que, inclusive, imagina um futuro onde a possibilidade de ocupar um cargo eletivo já existe. Ademais, é também nos bastidores da política, ocupando cargos de assessoria parlamentar e articulação social, que a pluralidade tem demarcado espaço.

A estudante do curso de Ciência Política da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ativista bissexual Myrella Santana, 19 anos, por exemplo, foi uma das 70 candidaturas declaradamente LGBTQIA+ a se lançar no processo eleitoral de 2020. E, embora não tenha sido eleita, passou a atuar na assessoria parlamentar de Dani Portela (PSOL), vereadora mais votada para a Câmara Municipal do Recife.

Forjada nos movimentos sociais, Myrella explica que a política sempre ocupou um papel central em sua vida. “Eu acho que, inicialmente, veio muito da necessidade de entender que o que eu faço tem impacto direto na vida do outro. E no segundo momento, por me enxergar enquanto mulher negra bissexual e compreender que esse é um corpo político”, diz, enquanto explica que as decisões políticas atingem, sobretudo, aqueles que não costumam estar no centro das decisões políticas do país.

Outra trajetória que inspira é a de João Pedro Simões, ativista homossexual de 27 anos, cientista político e co-fundador do coletivo de estudante negros da UFPE, o Coletivo Afronte. Ele trabalha desde 2017 ao lado do vereador Ivan Moraes (PSOL), com quem começou ainda como estagiário e, posteriormente, foi contratado para desempenhar a função de assessor parlamentar.

João Pedro diz que o incentivo familiar foi essencial nos processos de tomada de decisões, além dos atravessamentos sociais, raciais e de sexualidade, que, segundo ele, são “marcadores sociais que influenciam muito no reconhecimento e autoavaliação sobre o quanto é possível adentrar na política”. “Existe toda uma gama de corpos que fazem parte da sigla LGBTQIA+, mas que ainda estão alheios à política institucional e isso é muito grave. É um projeto, obviamente, do ‘status quo’ que sustenta uma democracia que é, em tese, representativa mas não representa quase ninguém”, critica o assessor parlamentar.

Para o Dia do Orgulho LGBTQIA+, Simões, que é, também, uma promessa de futuro para ocupar um cargo eletivo no estado de Pernambuco, espera mobilizações em torno do atentado à Roberta Silva. “A gente tem orgulho de ser quem é, mas é um momento de luta, denúncia e cobrança. O preconceito está longe de ser uma coisa do passado, então a gente tem que estar mais ciente de que precisa coletivizar nossas ideias, angústias e felicidades, porque sozinho a gente não anda. Eu espero que cada vez mais as pessoas LGBTs e aliados estejam conscientes da força que a gente pode ter para mudar e mover a realidade deste país”, acentua.

 

 

Após lançar o álbum Kisses, na última sexta-feira (5), Anitta resolveu falar abertamente sobre sua orientação sexual. Em entrevista ao site espanhol Shangay, divulgada nesta quinta-feira (11), a estrela brasileira abriu o coração e se pronunciou sobre sua bisexualidade.

"A bissexualidade é uma realidade para mim há muito tempo, há mais de dez anos. Escolhi a maneira correta de compartilhar isso, porque não queria contar diretamente à imprensa. Poderiam ter utilizado isso como quisessem. Os meios de comunicação estão sempre buscando cliques e polêmicas. Talvez tivessem tratado o tema de uma maneira que não fosse respeitosa”, revela.

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A orientação da cantora se tornou pública no final de 2018, quando lançou o clipe ‘Não Perco Meu tempo’, onde aparece beijando 29 pessoas. Na entrevista, Anitta também contou que a família a apoia e que há muito respeito.

"Meus pais e meu irmão sabem desde que tenho 13 ou 14 anos. Todos vivem tranquilo, com normalidade. Tive muita sorte com minha família. Não é como se minha mãe adorasse isso, mas sempre me amou como sou e me respeita. Meu irmão não encarou tão bem na adolescência, porque às vezes eu roubava algumas de suas pretendentes ", brincou ela.

A cantora ainda falou sobre o governo atual do Brasil e a violência contra os LGBTs. “Meus amigos gays no Brasil têm medo do que pode acontecer, mas sabemos que somos muito fortes. As pessoas que votaram em Bolsonaro votaram pensando nas mudanças que poderia fazer na economia, na educação e na luta contra a violência. O problema existe quando vemos que temos um presidente com preconceitos. Também me preocupa muito o meio ambiente – que não se cuide das florestas amazônicas. Temos que cuidar do nosso mundo, seja gay, rico, pobre, religioso ou não", ressaltou.

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 O Grupo editorial Record anunciou nesta terça-feira (12), em seu Instagram, o lançamento de um novo box literário. Intitulado como ‘Kit Gay’ a edição faz uma clara referência a uma 'fake news' usada como recurso pelo Presidente da República Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais no Brasil, em 2018, para conquistar votos.

Com os títulos “Dois garotos se beijando", de David Levithan, “George”, de Alex Gino e “Você tem a vida inteira", de Lucas Rocha, os leitores poderão mergulhar na história de protagonistas LGBTs. O produto já pode ser adquirido na Amazon.

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Nas redes sociais, os internautas comemoram a publicação e citaram o ‘afronte’ da editora. “É disso que o Brasil precisa!!!”; “essa editora é muito ícone”; “Quanta afronte ADORO”; “Olha o kit gay aí, meu povo! Ele existe!’, escreveram.

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 Idealizada e dirigida pelo ator Antônio Rodrigues, da Cênicas Cia. de Repertório, o espetáculo pernambucano ‘Cicatriz’ faz sua estreia neste final de semana no Teatro Barreto Júnior, Zona Sul de Recife.

A peça trata das dores e desabafos dos universos gay, lésbico e transexual, e como algumas dessas pessoas conseguiram superar as adversidades e se autoafirmar. A narrativa perpassa vivências de aceitação, descoberta da sexualidade e de violências como assédio, agressão e preconceito. O texto é uma criação coletiva dos 11 atores que fazem parte do elenco e é uma junção de histórias reais e fictícias.

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'Cicatriz’ será encenado no sábado (9), às 20h e, no domingo (10), às 19h. Os ingressos custam a partir de R$ 20 e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, 2 horas antes do espetáculo.

Serviço

Estreia do espetáculo “Cicatriz”

9 e 10 de fevereiro | às 20h e 19h

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, S/N, Pina – Recife/PE)

R$ 40 (inteira) /R$ 20 (meia)

*Com informações da assessoria

A atriz Maisa Silva veio por meio de sua conta no Twitter, nesta quinta-feira (4), expressar sua indignação e lamentar a morte de um seguidor. O rapaz foi morto em ao sair de uma boate em São José dos Campos, interior de São Paulo.

'Acabei de ver o caso de um menino que morreu após sair de uma boate gay em sjc. ele me seguia no Instagram :( n sei oq dizer, só queria orar pelo respeito e pelo amor no nosso mundo.a homofobia mata', escreveu a atriz.'o ódio e o preconceito caminham juntos, só n vê quem não quer', publicou em outro tweet.

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Maisa também compartilhou um vídeo antigo, onde é perguntado às pessoas nas ruas o que eles acham dos recentes assassinatos de homossexuais na cidade de São Paulo e todos os entrevistados dizem concordar com o crime.

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No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta quinta-feira (14), o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) lamentou o fato de que os LGBTs não possam doar sangue. O psolista falou que a proibição vai muito além da discriminação. “Não se trata apenas de reduzir a discriminação, mas de garantir que mais pessoas possam, de fato, doar sangue e colaborar com a manutenção de estoques vitais à medicina. As milhares de vidas que precisam de estoques de bolsas de sangue agradecem“, opinou. 

“Uma única doação pode ajudar no tratamento de até sete pessoas, e isto depende da boa vontade e da colaboração voluntária de milhares de doadores. Infelizmente, outros milhares são simplesmente rejeitados por questões que não encontram amparo na ciência moderna. Homens gays e pessoas trans, ainda que com parceiros fixos, casados e com boa saúde, são impedidos por uma norma interna do Ministério da Saúde de doar sangue ainda na entrevista”, ressaltou o deputado. 

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Jean Wyllys falou que a entrevista é um critério muito frágil e até perigoso. “É plenamente possível que uma pessoa cisgênero e heterossexual omita situações que a levariam ao impedimento da doação, ou pior: que desconheça que seu parceiro ou parceira possa vivenciar situações de risco de contágio de DSTs - um dos principais fatores que expõem mulheres casadas ao contágio pelo HIV, índice que vem aumentando ano após ano e que preocupa as autoridades da saúde pública”.

O parlamentar é autor do projeto de lei  6297/2016, que visa acabar com as restrições dos doadores LGBTs.

 

 

Quatro em cada 10 paulistanos são contrários à demonstração de afeto, como beijos e abraços, entre homossexuais em locais públicos. Uma pesquisa inédita da Rede Nossa São Paulo, lançada nesta terça-feira, 22, mostra que quando o assunto é convivência íntima com casais do mesmo sexo, os moradores da capital paulista ainda apresentam resistência.

A conclusão do levantamento é que o paulistano é mais favorável às questões ligadas aos LGBTs quando elas acontecem "longe" do entrevistado. Somente 22% dos moradores de São Paulo apoiam que pessoas do mesmo sexo demonstrem afeto, como beijos e abraços, em locais públicos. Já 43% são contrários e 30% não são a favor nem contra.

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O resultado é semelhante à demonstração de afeto na frente de familiares: 38% dos entrevistados rejeitam e 23% se declaram a favor.

O estudo "Viver em São Paulo", com foco em diversidade sexual, revela ainda que são nos espaços e no transporte públicos que os paulistanos mais afirmam ter vivido ou presenciado casos de preconceito de gênero ou orientação sexual. Em espaços públicos, 51% relataram já ter visto ou vivido situações de homofobia - já no transporte público, 46%.

Segundo o coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Jorge Abrahão, não havia dados em relação à temática LGBT especificamente na cidade de São Paulo. Com o estudo, será possível criar ano a ano uma série histórica sobre a relação do paulistano com a população homossexual.

Abrahão diz que a pesquisa aponta para uma "relativa hostilidade" da cidade aos LGBTs. Ele destaca as situações de preconceito no transporte público.

"Se cinco em cada dez paulistanos já tiveram de algum maneira contato com situação de preconceito, isso significa seis milhões de pessoas. Serve de alerta que o transporte público seja um vetor que sempre apareça. Quando pesquisamos situações de assédio sexual com mulheres, o transporte público também surge como um problema do ponto de vista da segurança", afirmou.

"O resultado mostra que precisamos de um transporte mais seguro e, para isso, podem ser feitas mais campanhas e mais fiscalização. Teria um impacto muito grande na cidade", avaliou.

Também quatro em cada dez paulistanos já vivenciaram ou presenciaram situações de preconceito de gênero ou orientação sexual em shoppings, bares, restaurantes, escolas, faculdades e comércios. O contato com todas as situações de homofobia investigadas é mais acentuado na região norte da cidade.

Posição favorável

Mais da metade dos moradores de São Paulo (54%) é favorável à criação de leis de incentivo à inclusão dos LGBTs no mercado de trabalho, a pessoas transexuais e travestis adotarem o nome social, ou seja, o nome pelo qual preferem ser chamados(as) (53% de favorabilidade) e à adoção de crianças por casais homossexuais (51% de favorabilidade).

Com a maior rejeição pelo paulistano, está a criação de banheiros unissex ou sem demarcação de gênero. Enquanto 52% são contrários à ideia, somente 20% apoiam.

Administração municipal

Cerca de 3/4 dos consultados avaliam que a administração municipal tem feito pouco ou nada para combater a violência contra a população LGBT.

Para 46% dos entrevistados, a Prefeitura de São Paulo tem feito muito pouco para combater esse tipo de violência e para 28% a Prefeitura não tem feito nada. Dos entrevistados, 8% afirmam que a gestão municipal tem feito muito para garantir a segurança da população e 18% não souberam ou preferiram não responder.

"A avaliação da Prefeitura é baixa. Há uma sensação de que poderia estar sendo feito mais. Onde mais aparecem os preconceitos é nos espaços públicos. São lugares em que a Prefeitura está presente. É um campo que a Prefeitura poderia estar assumindo mais o papel", afirma o coordenador da Rede Nossa São Paulo.

Índice de LGBTfobia

Nesta edição da pesquisa "Viver em São Paulo", foi criado um índice para classificar a população paulistana em relação à variação da favorabilidade sobre frases ligadas à temática.

O resultado final é uma escala que varia de 0 a 1. Sendo quanto mais próximo de 0, mais favorável é o respondente em relação aos temas LGBTs, e quanto mais próximo de 1 é o índice, mais contrário ele é.

Na média, São Paulo alcançou o índice de 0,46 - o que representa que, de forma geral, que o paulistano é "timidamente mais favorável" às questões LGBT.

"O índice está quase meio a meio, mostrando uma tênue tendência da população a ter maior aceitação. Ainda estamos no meio do processo, tendo que trabalhar essas questões. Existe muito a ser trabalhado para que possamos reduzir esses problemas", disse Abrahão.

O perfil do grupo mais favorável a questões relacionadas à população LGBT é composto por mulheres, mais escolarizadas, da região oeste da cidade, de religiões diversas, com renda familiar de mais de cinco salários mínimos e com idade entre 25 e 43 anos.

Já o perfil do grupo mais contrário a questões relacionadas à população LGBT é composto por homens, menos escolarizados, da região leste da cidade, evangélicos ou protestantes, com renda familiar de menos de dois salários mínimos e com mais de 55 anos.

Foram entrevistadas 800 pessoas. A pesquisa incluiu no perfil amostral a pergunta de autodeclaração sobre a orientação sexual dos entrevistados. O resultado aponta que 90% dos paulistanos se declaram heterossexuais, 3% homossexuais, 2% bissexuais e 5% não sabe ou não respondeu.

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Acompanhado do filho Vagner Lucas, de 23 anos, o cadeirante Isaac Machado, de 47 anos, participou pela 3ª vez da Parada da Diversidade do Recife. Orgulhoso de vencer as dificuldades de locomoção para garantir sua diversão neste domingo (17), Isaac esbanjava felicidade.

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Para ele, ser deficiente físico e homossexual é um desafio diário contra preconceitos e invisibilidade na sociedade. “Eu estou aqui na Parada pra mostrar que cadeirante e gay também pode se divertir. Sou feliz, me aceito e tenho liberdade”, afirmou com orgulho.

No quesito acessibilidade, Isaac elogiou a Avenida de Boa Viagem e organização do evento. “A orla está muito bem preparada para nos receber o que torna a Parada muito mais inclusiva. Pretendo voltar em outros anos porque sinto que também posso participar”, pontuou.

Sobre ser encarado por muitas pessoas como um doente e inválido, ele lamenta. “Estamos aqui, não só eu, mas outros cadeirantes, para dizer que não somos doentes e só queremos amor. Sempre soube que era gay, mas me assumi há cinco anos e nunca fui tão feliz. Uma pena ainda ter muito preconceito, principalmente com os cadeirantes homossexuais”.

Cadeirante há seis anos, Thaís Maria, de 24 anos, também fez questão de participar pela décima vez do evento. Para ela, a diferença de vir no evento como deficiente física é pouca porque a acessibilidade da Avenida de Boa Viagem é boa. “Acho que a Parada era para ser realizada duas vezes ao ano. O mundo é colorido e mesmo eu sendo heterossexual, tenho que respeitar todas as diferenças”, contou.

Muita dança, música e performances artísticas marcaram a passagem da Parada da Diversidade pela capital pernambucana. Dezenas de artistas locais e de outros estados se apresentaram no evento. Atrações mais esperadas da tarde, as cantoras Valesca Popuzuda e Karol Conka cantaram no trio do aplicativo Uber e animaram o público.

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No início da tarde deste domingo (17), a Avenida de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife foi tomada pelas bandeiras do arco-íris, durante a 16ª Parada da Diversidade do Recife. Com o tema ‘Por cidades diversas, nenhum direito a menos', o evento reuniu cerca de 500 mil pessoas na orla da praia, de acordo com a organização do evento. A concentração da festa teve início no Parque Dona Lindu, com apresentações de dança e shows.

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Muita dança, música e performances artísticas marcaram a passagem da Parada da Diversidade pela capital pernambucana. Dezenas de artistas locais e de outros estados se apresentaram no evento. Atrações mais esperadas da tarde, as cantoras Valesca Popuzuda e Karol Conka cantaram no trio do aplicativo Uber e animaram o público.

O evento faz parte da programação do Setembro da Diversidade, que envolve debates com participação do Ministério Público e do Centro de Combate à homofobia. Neste ano, o tema faz uma alusão à busca por espaços públicos mais inclusivos e sem homofobia. De acordo com Thiago Rocha, um dos coordenadores do Fórum LGBT de Pernambuco, o principal desafio da parada é trazer um público em massa para dar mais visibilidade aos LGBTs.

“A gente milita o ano inteiro em várias pautas e na construção de políticas públicas em diversos setores na gestão municipal e estadual. Com a parada, a gente espera resultados positivos e mais aceitação. O uso da cidade é para ser democrático, mas muitas vezes, nós LGBTs, não nos sentimos empoderados para utilizar a cidade da forma que queremos usar. Sermos nós mesmos, trocar afeto e carinho. Muitas vezes fico sem poder demonstrar esse carinho por medo de repressão”, explicou.

Quem também participou da abertura da Parada da Diversidade foi a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves. Para ela, apesar de todo discurso conservador que tem se espalhado pelo Brasil, o panorâma geral é de muita luta e resistência. “Temos a cada minuto uma conscientização e uma condição de reação a essa massa de lama que está invadindo o Brasil. A realização desse ato é um indício que a luta dos LGBTs continua e eles não estão dando tréguas às dificuldades. Estão no caminho certo. Estamos contra todas as desigualdades e preconceito”, disse.

Nesta 16ª Parada da Diversidade do Recife, as drag queens tomaram a atenção principal do evento. Eram muitas. Coloridas e com diferentes estilos. Apesar das todas as dificuldades enfrentadas, envolvendo preconceito e falta de representatividade, as artistas marcaram presença no evento e muitas apontaram para o maior reconhecimento por causa do sucesso da cantora Pabllo Vittar.

Para Bárbara Raquel, de 27 anos, que é drag queen há oito anos, Pabllo Vittar é um ícone. Por isso, ela decidiu preparar um cover especial da cantora para a Parada da Diversidade de 2017. “Esse ano me montei dela porque eu sou muito fã. Pabllo representa todas as transformistas do Brasil. Antes, muitas pessoas nos desprezavam e hoje já nos olham diferente. A população está mais liberta e isso faz com que as drags também se aceitem mais”, comentou.

Sua presença na Parada já é tida como certa há onze anos. Bárbara Evellym, drag queen há quase 30 anos, elogiou a celebração e garantiu participar do evento em 2018. "Acho que hoje em dia as drags se sentem mais livre para se travestir. Fico feliz com esse sucesso, mas também enxergo que temos muito para trilhar ainda. Com a Pabllo Vittar no auge, nossa visibilidade aumentou mas em partes acho ela uma artista vulgar e não me interesso muito pela sua perfomance", avaliou. 

A estagiária Janaína Maria, de 21 anos, escolheu vir pela primeira vez na Parada da Diversidade este ano. Ela conta que é lésbica, mas não tinha coragem de participar do evento em outros anos. “Hoje é um dia muito importante. Eu acho que sobretudo é mostrar que a gente é igual, não é porque a gente é lésbica ou gay que somos diferentes. Como mulher, também sofro assédio por ser homossexual. Os homens não aceitam a gente querer alguém do mesmo sexo e por isso, aproveito esse evento de hoje para ter voz”, explicou.

Também pela primeira vez na Parada, o turista José Nóbrega, de 61 anos, veio com os amigos de Fortaleza para curtir o evento no Recife. Nóbrega disse estar curtindo a festa, mas comentou que alguns participantes não tratam a Parada com tanto respeito. “Acho que muitos que ví hoje vieram sem roupa e sabemos que tem crianças e moradores nos arredores. Também temos que nos dar o respeito para sermos respeitados pelos heterossexuais”, afirmou.

Os dez trios elétricos saíram do Parque Dona Lindu e seguiram até a esquina com a Rua Padre Bernardino Pessoa, no 1º Jardim, no bairro de Boa Viagem.

Com o objetivo de apoiar o público LGBT, o Grupo Diversidade Paraíba lança no próximo mês de setembro a primeira casa de acolhimento no Estado da Paraíba.

A casa vai apoiar os LGBTs em situação de risco, que são expulsos de suas residências por conta de sua orientação sexual e identidade de gênero. O projeto EU+LGBT vai acolher e dar suporte com fim de minimizar os impactos desse momento de vulnerabilidade em que se é colocado.

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O Grupo Diversidade entende que não é só comida que alimenta as necessidades humanas. A casa de acolhimento também vai conter um Ponto de Cultura LGBTs, que vai oferecer um espaço de artes, amostras de artes, cinema, oficina e capacitações no intuito de atuar junto com a sociedade na busca do respeito e de direitos.

A casa vai funcionar na rua Gabriel Malagrina, n° 54, centro histórico de João Pessoa. No momento estão buscando parcerias para estruturação do imóvel, e no próximo mês o Grupo Diversidade estará realizando o lançamento de sua identidade visual e da linha de produtos (visando a sustentabilidade) em uma cafeteria da cidade.

A Paraíba, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), em termo relativo é o estado onde oferece maior risco aos LGBTs de serem violentamente mortos.

Após o ocorrido no último dia 8 de julho, onde uma adolescente travesti foi assassinada por um sargento reformado da Polícia Militar em uma praça, no bairro Funcionários II, em João Pessoa, tem voltado à tona a discussão sobre a violência contra as pessoas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

De acordo com os dados do relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), que há 37 anos faz o trabalho de resgatar dados e informações nas cinco regiões do país para revelar até onde vai a homo-lesbo-transfobia, só no ano passado foram registradas 343 mortes de LGBTs no Brasil, sendo o ano com maior número de pessoas LGBTs assassinadas no país.

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Baseado nesses dados, o GGB constatou que no Brasil, no ano passado, a cada 25h uma pessoa LGBT era morta. Nesse último relatório foi identificado que a maioria das vítimas tinha entre 19 e 35 anos, o que representa 32% das mortes. Ainda segundo o GGB, somente em 17% dos homicídios registrados no ano passado os autores dos crimes foram identificados, e menos de 10% das ocorrências resultaram em abertura de processo e punição dos assassinos.

De acordo com o Grupo Diversidade da Paraíba (GDP), a Paraíba é o estado da Região Nordeste mais violento e o que mais oferece risco aos LGBTs, seguido do Piauí e Sergipe. Já o Ceará e Bahia foram os que registraram menor número de homicídios no Nordeste. Com informações passadas pelo GDP, em relação às capitais, João Pessoa é a cidade mais perigosa, com 15,3 vítimas por milhão de habitantes.

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“É importantíssimo falar sobre esses crimes, pois eles existem e têm que ser mostrados e debatidos”, disse a transexual Anita Di Bourbon, amiga da transexual Anna Sophia, assassinada com seis tiros na cabeça, em uma praça pública, por um sargento reformado da Polícia Militar da Paraíba.

Anita venceu o preconceito, e se tornou miss no ano de 2015, onde representou a Paraíba no concurso realizado no Estado de São Paulo. Segundo Anita, antes mesmo de ser miss, já militava em busca dos direitos e defendendo os interesses dos LGBTs.

“Tenho alguns seguidores nas redes sociais, e sei o poder e a força que essa ferramenta tem, percebi que tenho voz ali. Então, sempre que tem alguma causa, como o assassinato da Anna Sophia, eu ajudei na organização do ato, solicitei a imprensa e sempre estou fazendo trabalhos sociais, tanto para o público LGBTs, quanto para o público em geral, porque acho que a gente abre a mente das pessoas quando mostra que é capaz de fazer as coisas”, disse Anita.

Militante, Anita já discursou na Câmara Municipal de João Pessoa cobrando leis mais rígidas e uma delegacia contra os crimes homofóbicos. Em agosto do ano passado, ela recebeu ameaças de um rapaz pelo aplicativo Whatsapp, levou o fato a público, entrou com processo e, em maio deste ano a justiça determinou que o rapaz, por ser réu primário, pagasse um salário mínimo revertido em latas de leite para a Casa da Criança com Câncer - instituição filantrópica da cidade.

“A gente é mais do que as pessoas acham que a gente é, as pessoas acham que podem fazer o que quiser, e não podem, a gente não pode aceitar ser xingado, menosprezado, humilhado e ofendido pelo fato da nossa orientação sexual ou de gênero. Se a gente aceitar esses tipos de ofensas, insultos e essas mortes que viram estatísticas, a gente não vai evoluir nunca. Sempre oriento, aconselho e incentivo ao todo LGBT que vá em busca de seus direitos e não aceite qualquer tipo de ofensas”, completou Anita.

Anna Sophia

Há dois anos, com todo o apoio da família, o jovem de 16 anos Raniery Rodrigues da Silva tinha começado a transição de gênero, e era chamada agora pelo nome de Anna Sophia. Até que, no último dia 8 de julho, em um sábado de uma noite que parecia ser igual às outras, estava sentada em um banco de tijolo de cor vermelha, na Praça Bela, no bairro dos Funcionários II, em João Pessoa, quando um homem passou de carro e desferiu contra a cabeça da Anna Sophia seis disparos de arma de fogo. Anna, apesar de forte, de ter suportado muitas “feridas” que a vida lhe impôs, não resistiu aos ferimentos daquelas balas e morreu.

O Acusado

Os sonhos, as metas, a vida da Anna Sophia foram tiradas por quem deveria tê-la protegido. O assassino da jovem é Antônio Rêgo Sobrinho, um sargento reformado da Polícia Militar da Paraíba. Ele foi preso três dias depois de puxar seis vezes o gatilho de sua arma contra Anna. Ele havia fugido para a zona rural de Teixeira, Sertão do Estado Paraíba. Antônio Rêgo Sobrinho confessou o crime, e disse que matou porque não gosta de homossexuais.

Segundo informações de militantes LGBTs, esse seria o segundo caso de violência envolvendo o policial Antônio Rêgo Sobrinho e pessoas transexuais. No ano de 2015 ele teria tentado matar uma travesti, no interior do quarto de uma pousada. Segundo informações, o policial passou em um ponto de prostituição na Orla do Cabo Branco, contratou o serviço da travesti e, chegando na pousada, ao descobrir que não era uma mulher, teria atentado contra a vida da travesti desferindo um golpe de garrafa na barriga, e tentado dar outro no pescoço.

A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes realiza, nesta quarta-feira (25), o I Encontro Interestadual das Mães pela Diversidade. A ação, que tem o objetivo de promover a integridade familiar das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (LGBT’s), inicia às 09h, no auditório da Prefeitura do Jaboatão e traz debates e atividade com temas a favor do respeito à diversidade e o fim da discriminação. 

“Este encontro foi pensado para as mães dos Estados de Pernambuco e Paraíba, que têm ou tiveram seus filhos mortos ou que sofreram homofobia, bem como mães que tem seus filhos homossexuais e não conseguem manter uma relação saudável com eles”, explicou o secretário de Direitos Humanos, Marcello Gadelha.

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*Com informações da assessoria 

“A organização dos trabalhadores e da juventude Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) em Sergipe”, foi o tema do I Seminário Estadual LGBT realizado neste sábado (10), em Aracaju. O evento, que contou com a participação de professores e militantes da causa local, teve como proposta debater um programa que defenda os direitos dos trabalhadores e da juventude LGBT e ajude as entidades filiadas a fazer o combate à homofobia em suas bases.

O seminário, realizado pela Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas) pela primeira vez em Sergipe, trouxe a temática, no período da manhã, “A luta contra a opressão e a exploração no capitalismo”. Já, à tarde, foi discutida “A conjuntura da luta LGBT no Brasil”.

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Para o representante da CSP, Wendel Salvador, o seminário é importante porque mostra que trabalhadores e trabalhadores LGBTs estão se organizando no Brasil. “A cada dia, nós vemos que os LGBTs precisam de uma política de respeito e de que seus direitos sejam assegurados, porque hoje, muitas vezes, nós não temos um mínimo de respeito”, comenta.

A professora de redação que trabalha com alunos do ensino médio, Cristiane Santana, crê na importância de que se discutam esses temas, pois há uma carência de debates, como este, em Aracaju. “Geralmente, as pessoas são preconceituosas em discussões como essas. Venho aqui, pois quero trabalhar essas questões com os meus alunos, pois quanto mais se fala, mais se busca uma conscientização de que temos que respeitar as diferenças e as diversidades”.

Já para o mestre em educação e filosofia, Raimundo Senzala, eventos que tem como temática central os LGBTs são vistos ainda como deboche e que, muitas vezes, não dão certo por falta de organização e humildade. “Muitas pessoas tem interesse pela temática, porém não são divulgadas de forma correta, pois a homossexualidade não se resume a poucas pessoas”, comenta.

Parada

Um dos pontos levantados na discussão foi o tom de militância que não é levado a sério nas Paradas Gays, o que chegou a ser colocado como “vitrine de homossexuais”. “Só se escuta falar sobre a crimes contra os homossexuais nos três primeiros minutos da parada, o restante é só festa. Temos que reverter esse quadro e mostrar o porquê que estamos lutando por melhorias, por isso que achamos que devemos juntamente com a classe trabalhadora, estudantes e todas as pessoas se juntem para discutir essa temática”, exclama Wendel Salvador.

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