Tópicos | Maduro

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comunicou a integrantes do Itamaraty que "todos os países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas" devem ser convidados a posse - o que inclui a Venezuela. O convite e a vinda do venezuelano Nicolás Maduro, no entanto, esbarram em uma medida do governo Bolsonaro que impede a entrada dele no País.

A Portaria Interministerial número 7, de 2019, assinada pelos então ministros da Justiça, Sérgio Moro, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, "impede o ingresso no País de altos funcionários do regime venezuelano, que, por seus atos, contrariam princípios e objetivos da Constituição Federal, atentando contra a democracia, a dignidade da pessoa humana e a prevalência dos direitos humanos". Maduro faz parte da lista elaborada pelo Itamaraty com base na portaria.

##RECOMENDA##

O texto usa como fundamento artigos da Constituição Brasileira, resoluções da Organização dos Estados Americanos (OEA), as quais o Brasil aderiu, uma resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) e declarações do Grupo de Lima.

Por isso, integrantes da transição de governo do grupo de Relações Exteriores e da organização da Cerimônia de Posse estudam como viabilizar a vinda do chavista. Eles avaliam que o presidente Jair Bolsonaro não atenderia a um pedido para revogar a portaria e que o caso seria explorado politicamente contra Lula.

O tema vem sendo discutido na transição e com o Itamaraty. Integrantes do grupo entendem que, no momento, Maduro não poderia nem sequer ser convidado, embora o Brasil não tenha rompido formalmente as relações, e apenas retirado diplomatas do país vizinho, desativando a embaixada e a rede consular. A Venezuela ainda tem embaixada em Brasília, mas sem representantes de alto nível.

A proposta de convidar Maduro virou um problema na transição - e também no Itamaraty, onde diplomatas preveem, no mínimo, um desconforto diplomático que precisará ser resolvido nas próximas semanas.

Interlocutores de Lula chegaram a cogitar, por exemplo, a possibilidade de o presidente eleito revogar a portaria como um dos primeiros atos ao assumir o cargo. A medida seria inviável. Primeiro, porque, para isso, Lula precisaria primeiro tomar posse e o convite para Maduro é para estar no País antes disso. Mesmo que o fizesse na manhã de 1º de janeiro, não haveria tempo para o deslocamento desde Caracas.

Outro problema: países enviam comitivas precursoras para inspecionar as condições de segurança no local de visita de um líder internacional, mas os nomes indicados por Maduro para a viagem ao Brasil antes da posse também podem estar suscetíveis a sanções com base na portaria ou em entendimentos da OEA.

Interlocutores de Lula garantem que o presidente eleito irá reorientar as relações com Caracas e restabelecer o contato com o regime de Maduro, como uma de suas primeiras medidas. Lula vai deixar de reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, por exemplo. A equipe de transição já pediu ao Itamaraty informações sobre as instalações diplomáticas do Brasil na Venezuela, com intuito de reabrir a embaixada.

O petista terá a seu favor uma mudança no cenário internacional, desde 2019. Na época, uma política de pressão máxima foi adotada pela comunidade internacional na expectativa de estrangular economicamente e politicamente o regime de Maduro. A sustentação do venezuelano no poder, a despeito disso, colocou a estratégia em xeque. A saída de Donald Trump da Casa Branca e a guerra na Ucrânia também geraram uma mudança de posição de Washington, que retirou parcialmente sanções à Venezuela para promover o diálogo político entre Maduro e a oposição ao chavismo.

No início do ano, a vice-presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Iris Varela, entrou no Brasil para reunião com parlamentares de esquerda no Congresso Nacional. Ela é acusada pela OEA de violação de direitos humanos. Pela resolução adotada pelo órgão multilateral com voto do Brasil, ela foi sancionada e estaria impedida de entrar no País. Mesmo assim, conseguiu chegar a Brasília e fazer reuniões com parlamentares. Daqui, a venezuelana representante do governo Maduro viajaria à Argentina, mas na chegada ao país foi barrada pelas autoridades locais e regressou a Caracas.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou nesta terça-feira (1º) seu "forte apoio" ao presidente russo, Vladimir Putin, durante uma conversa por telefone entre os dois, seis dias após a invasão russa da Ucrânia, informou o Kremlin a repórteres.

"Nicolás Maduro expressou seu forte apoio às ações-chave da Rússia, condenando a atividade desestabilizadora dos Estados Unidos e da Otan e enfatizando a importância de combater a campanha de mentiras e desinformação lançada pelos países ocidentais", indica a declaração do governo russo após a ligação realizada por "iniciativa venezuelana".

Putin, por sua vez, "compartilhou sua visão da situação em relação à Ucrânia, destacando que os objetivos da operação militar especial eram proteger a população civil de Donbass", territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, assim como "a soberania russa sobre a Crimeia, a desmilitarização e desnazificação do Estado ucraniano e a garantia de sua condição neutra e não nuclear".

A relação russo-venezuelana remonta à época do falecido presidente Hugo Chávez, que apoiou a Rússia durante a guerra relâmpago com a Geórgia em agosto de 2008 pelo controle da Ossétia do Sul. Após o conflito, Moscou reconheceu a independência desta província e de Abkhazia, outra região georgiana separatista pró-Rússia.

Chávez (1999-2013) também comprou armas e equipamentos militares russos por centenas de milhões de dólares em meio a um boom do petróleo que terminou em 2014.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou pedir de volta o investimento de US$ 120 milhões feito no mecanismo Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS), caso a entidade não entregue vacinas ao país.

Em virtude da desatualização dos dados macroeconômicos do país em organismos internacionais, hoje, a Venezuela não teria direito às cotas. O país tem tido dificuldades para encontrar imunizantes em virtude das sanções impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste domingo (30) que "espera" receber em junho mais cinco milhões de doses de vacinas anticovid-19 através do mecanismo Covax, em meio a uma virulenta segunda onda da pandemia.

"O sistema Covax nos prometeu mais de 5 milhões de doses de vacinas para o mês de junho. Estamos à espera de que se cumpra o cronograma que tem sido falado com o sistema Covax", disse o presidente em declarações transmitidas pela TV estatal.

Maduro reiterou que "o dinheiro já está depositado" para "pagar as vacinas", referindo-se ao pagamento de 120 milhões de dólares para cinco milhões de pessoas através do mecanismo Covax da Organização Mundial da Saúde (OMS), que busca garantir vacinas contra a covid-19 para países em desenvolvimento.

A Organização Pan-americana da Saúde (Opas), escritório das Américas da OMS, tinha antecipado em 12 de maio que a Venezuela poderia receber em junho vacinas da Johnson & Johnson através do mecanismo Covax, a depender da disponibilidade.

"Nós estamos buscando a (vacina) da Johnson & Johnson, a Janssen. Foi essa que pedimos ao sistema Covax", afirmou o presidente.

A vacina da Johnson & Johnson é aplicada em dose única e não exige refrigeração extrema.

A Venezuela, com 30 milhões de habitantes, enfrenta uma virulenta segunda onda da pandemia que superlotou os centros de saúde do país. Acumula cerca de 230.000 casos confirmados e 2.500 mortes, segundo cifras oficiais, questionadas por organizações como a Human Rights Watch por considerar que omitem uma elevada subnotificação.

No sábado, o país ampliou sua campanha de imunização com vistas a cumprir a meta de 22 milhões de vacinados até dezembro e alcançar a "imunidade de rebanho", disse na sexta-feira o ministro da Saúde, Carlos Alvarado.

Maduro também comemorou a chegada ao pais de 500.000 vacinas Sputnik-V, da Rússia, um de seus principais aliados comerciais, frente ao que chamou de segunda fase da vacinação, que inclui adultos idosos e pessoal de saúde.

A Venezuela recebeu até o momento as vacinas russas Sputnik V e as chinesas do laboratório Sinopharm, e participa de testes de outra candidata russa, a EpiVac Corona.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na quinta-feira, 20, que as eleições são "o único caminho possível" para recuperar a segurança e a justiça no país. "Após três anos da vitória popular de 20 de maio, evocamos o espírito democrático e pacifista do povo venezuelano. Hoje, mais do que nunca, estamos convocados a transitar pelo caminho eleitoral, como o único possível para recuperar a segurança e a justiça social", disse Maduro.

A declaração do presidente, que governa o país desde 2013, foi feita seis meses antes das eleições regionais e locais na Venezuela, nas quais a oposição liderada por Juan Guaidó planeja concorrer. Em dezembro do ano passado, os opositores decidiram não disputar as eleições legislativas por considerá-las fraudulentas.

##RECOMENDA##

Guaidó, que na semana passada apresentou uma proposta de negociação com o governo para resolver a crise, condiciona a participação eleitoral a garantias de transparência e legalidade por parte do governo, além de outros compromissos.

Mas todas as condições propostas por Guaidó estão no ar, uma vez que, embora Maduro tenha se mostrado disposto a negociar "com qualquer um", não se pronunciou sobre as exigências nem disse se cederia às condições, até porque algumas não dependem apenas do líder opositor.

É o caso da "suspensão progressiva das sanções", decisão a ser tomada pelos países que as impuseram, como Estados Unidos e União Europeia, entre outros. Também não está nas mãos de Guaidó ampliar as sanções caso o governo não assuma o compromisso de libertar presos políticos, apresentar um calendário para "eleições livres e justas, condições eleitorais, justiça transitória e resolução de processos judiciais".

Inevitavelmente, para cumprir a sua proposta, tem de haver um compromisso dos EUA, que na semana passada, por meio do chefe de missão diplomática na Venezuela, James Story, garantiu que o país "não está envolvido nas negociações" propostas pelo líder opositor, apesar de ter manifestado seu respaldo.

Nesta semana, a Organização de Estados Americanos (OEA) defende a iniciativa de Guaidó de retomar as negociações com o governo de Maduro. "A situação do país assim exige", disse o órgão, em um comunicado, acusando a "ditadura" de Maduro de "devastar a outrora potência petroleira", e de cometer crimes contra a humanidade.

"A Venezuela atravessa a pior crise humanitária, migratória e de corrupção da história da região", acrescentou o texto, que denuncia "violações sistemáticas" de direitos humanos e cessão de controle territorial a grupos criminosos na fronteira com a Colômbia.

A OEA, integrada pelos 35 países americanos - embora Cuba não seja um membro ativo e a própria Venezuela seja representada por um delegado de Guaidó, após Maduro se retirar da organização, em abril de 2019 -, não reconhece a legitimidade do líder chavista por considerar sua reeleição em 2018 fraudulenta.

Em janeiro de 2019, quando Maduro assumiu um segundo mandato até 2025, a OEA reconheceu a autoridade constitucional da Assembleia Nacional da Venezuela, "democraticamente eleita" em 2015, e chefiada por Guaidó, que atualmente tem um índice de aprovação de menos de 20%, após o amplo apoio que tinha dois anos atrás.

Presos políticos

Líderes opositores venezuelanos denunciaram a transferência de "presos políticos" para prisões comuns na Venezuela, após um decreto de Maduro publicado no dia 12 no Diário Oficial. A opositora Delsa Solórzano disse que a situação "é de extrema gravidade, uma vez que as prisões da Venezuela estão entre as mais perigosas do mundo". "As famílias têm muito medo", afirmou.

Em março, a ONU alertou para novas "prisões arbitrárias de pessoas percebidas como inimigos internos ou opositores". De acordo com a ONG Provea, nos três primeiros meses do ano, houve 472 execuções extrajudiciais na Venezuela. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Facebook bloqueou por 30 dias a página do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após "reiteradas violações" da política sobre desinformação relacionada à Covid-19, anunciou neste sábado a empresa.

A medida foi tomada após a remoção de um vídeo publicado por Maduro sobre o Carvativir, mais recente de uma série de remédios sem estudos médicos publicados, que o presidente promoveu como "gotinhas milagrosas" para tratar a doença.

"Removemos um vídeo publicado na página do presidente Nicolás Maduro por violar nossas políticas sobre desinformação relacionada a Covid-19 e que poderia colocar as pessoas em risco", afirmou um porta-voz do Facebook à AFP.

"Seguimos as orientações da Organização Mundial da Saúde, segundo as quais atualmente não existe nenhum medicamento que previna ou cure o vírus. Por conta de reiteradas violações de nossas política, bloqueamos a página por 30 dias, durante os quais a mesma estará disponível no modo leitura".

Já aconteceram outras violações. "Uma mensagem é enviada a todos os administradores da conta, com um aviso sempre que acontece uma violação. Eles estão cientes", afirmou a fonte.

- 'Quem manda no mundo?' -

Maduro já criticou a rede social por censurar seus vídeos relacionados ao Carvativir. "Eles dizem que até que a OMS diga sim eu não posso falar do Carvativir. Quem manda na Venezuela? O dono do Facebook? Quem manda no mundo? O dono do Facebook? Abusadores, Zuckerberg é o nome? É um tremendo abusador", disse Maduro em 2 de fevereiro. O governo venezuelano também já acusou outras redes sociais, como Twitter e Youtube, de censura.

O Facebook afirma que, desde o começo da pandemia, seus sistemas automatizados já eliminaram mais de 12 milhões de publicações consideradas enganosas sobre a Covid-19 ou as vacinas para combater a doença. No mês passado, a plataforma anunciou medidas enérgicas e ajustou suas políticas, regulamentando "anúncios que contenham afirmações enganosas, falsas ou infundadas sobre temas de saúde, incluindo as que asseguram que um produto ou serviço pode oferecer uma prevenção ou imunidade de 100% ou tem capacidade de curar o vírus". Com a colaboração da OMS, ampliou a lista de afirmações sobre as vacinas que foram desmentidas por cientistas e não são bem-vindas em sua plataforma.

Em reunião virtual neste sábado, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, informou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, sobre "os avanços dos testes clínicos do Carvativir".

Com 30 milhões de habitantes, a Venezuela acumula mais de 154.000 casos confirmados de Covid-19 e 1.532 mortes, de acordo com os números oficiais, que são questionados por organizações como a Human Rights Watch por considerar que ocultam uma realidade muito pior.

O ex-presidente Lula (PT) enviou carta de agradecimento ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (22), por ter enviado oxigênio a Manaus, no Amazonas. No texto, o ex-presidente disse que o gesto do presidente venezuelano, que é constantemente criticado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), “prova que é possível fazer política sem ódio”.

O líder petista lembrou do tempo que Brasil e Venezuela eram parceiros, reforçando: “E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela”.

##RECOMENDA##

Lula ainda afirmou que com o gesto de solidariedade feito por Maduro, deixa a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

Confira a carta na íntegra:

Prezado Presidente Nicolás Maduro,

Quero agradecer o gesto de solidariedade e a grandeza política que vossa excelência teve ao ser solidário com o povo de Manaus, na crise por falta de oxigênio hospitalar, resultado da ausência de responsabilidade do governo no nosso país.

O seu gesto prova que é possível fazer política sem ódio.

Tenha certeza, senhor presidente, que essa ação não será esquecida pelo povo brasileiro. E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela. Seu país sempre foi um grande parceiro do Brasil durante o meu governo, no governo da presidenta Dilma e também durante outras administrações.

Fica, com esse gesto de solidariedade, a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

O povo da Venezuela e somente ele, pode julgar o governo venezuelano. E todos aqueles que reconheceram um impostor como presidente devem agora ter a mesma grandeza que o senhor teve em relação ao Brasil e reconhecer vossa excelência como o único e legítimo presidente da Venezuela.

Um abraço do seu amigo,

Luiz Inácio Lula da Silva





 

 

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (22) que a nova Assembleia Nacional não pode ter medo de debater temas como o casamento gay e o aborto. As eleições legislativas venezuelanas estão marcadas para 6 de dezembro. 

"Não tenhamos medo de debater todos os temas, o aborto, o casamento igualitário", afirmou Maduro durante ato com a presença de candidatos ao Parlamento. 

##RECOMENDA##

Durante seu discurso, Maduro citou declarações do papa Francisco, que em um documentário lançado na quarta-feira (22) disse que era a favor da união civil gay. 

Em transmissão para o canal estatal Venezolana de Televisión, o chefe de Estado pediu para os 554 candidatos chavistas não terem medo de discutir temas polêmicas. 

Nos últimos anos, Maduro se manifestou a favor de leis favoráveis aos direitos das mulheres, mas até o momento não foram aprovadas novas legislações no país em relação ao tema. 

Além disso, o presidente pediu para a população votar em massa no dia das eleições, de forma pacífica e em prol da estabilidade.

Da Sputnik Brasil

Um espião americano foi preso perto de duas refinarias da Venezuela, depois que autoridades desmantelaram um plano para "ocasionar uma explosão" em outro complexo de refino, anunciou nesta sexta-feira (11) o presidente Nicolás Maduro.

"Capturamos ontem um americano espionando no estado Falcón as refinarias de Amuay e Cardón", do centro de refino de Paraguaná (noroeste), anunciou o presidente em pronunciamento na TV.

Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (01) que os indultos concedidos a mais de 100 opositores são "atos simbólicos", que não merecem aplausos, descrevendo-os como uma estratégia do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a três meses das eleições legislativas.

"A restauração de direitos constitucionais que foram ilegalmente eliminados não deve ser aplaudida", disse um porta-voz do Departamento de Estado à AFP.

"Não vamos esquecer que Maduro continua detendo arbitrariamente centenas de presos políticos". Nem os venezuelanos, nem a comunidade internacional, serão enganados por estes " atos simbólicos", publicou no Twitter o chefe da diplomacia americana para a América Latina, Michael Kozak.

A libertação de "alguns presos políticos detidos injustamente " visa a "encobrir uma eleição absurda", acrescentou, sobre as eleições de 6 de dezembro, organizadas pelas autoridades eleitorais próximas a Maduro, boicotadas pela oposição.

Washington não reconhece a autoridade de Maduro, porque considera sua reeleição fraudulenta, e exige que Caracas realize "eleições livres e justas".

"Maduro deve levantar a proibição a partidos e candidatos, respeitar a liberdade de expressão do povo, acabar com a censura, dissolver seus esquadrões da morte, estabelecer uma comissão eleitoral independente e receber observadores eleitorais internacionais imparciais", disse Kozak.

Maduro indultou 110 opositores nesta segunda-feira, incluindo deputados e colaboradores do chefe parlamentar e líder da oposição Juan Guaidó, "para promover a reconciliação nacional". A lista inclui deputados cuja imunidade foi levantada e parlamentares com processos judiciais abertos que se encontram fora do país. Boa parte dos indultos foi para opositores sem sentença ou pena de prisão.

Segundo a Foro Penal, ONG que defende os direitos dos presos na Venezuela, dos 110 "indultos", 50 correspondem a "presos políticos", e ainda há no país 336 detidos por motivos políticos.

Guaidó, que os Estados Unidos e cerca de 60 países reconhecem como presidente interino da Venezuela e não está entre os perdoados, chamou a ação de Maduro de "armadilha".

- Os seis da Citgo permanecem detidos-

Entre os "indultados" não estão os seis ex-executivos da Citgo, subsidiária americana da estatal venezuelana PDVSA, acusados pela Justiça venezuelana de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes, e cuja libertação Washington voltou a exigir.

O ex-presidente da Citgo José Ángel Pereira e os ex-vice-presidentes Tomeu Vadell, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas, Alirio José Zambrano e José Luis Zambrano estão detidos desde 21 de novembro de 2017 na Venezuela. Cinco têm dupla nacionalidade, americana e venezuelana, e o sexto é venezuelano com residência legal nos Estados Unidos.

Bill Richardson, ex-diplomata dos EUA que gerenciou negociações para detidos do alto escalão e, semanas atrás, conseguiu colocar Cárdenas e Toledo em prisão domiciliar, acredita que a libertação dos executivos será concretizada. "A libertação de prisioneiros políticos pelo governo Maduro é um passo positivo", disse o democrata no Twitter.

Na agitada chegada do Sport à capital pernambucana, na última segunda-feira (17), o goleiro Mailson foi um dos atletas que encarou o protesto de torcedores. Eles reclamavam do desempenho do elenco, pressionando os atletas no Aeroporto Internacional do Recife. Passado o episódio, o jogador demonstrou confiança no seu trabalho e afirmou que se sente mais experiente.

Aos 24 anos, o arqueiro rubro-negro sofreu sete derrotas em 63 jogos disputados pelo Leão. Desempenho que, segundo Mailson, transmite confiança e moral. “Fico feliz porque isso tudo é fruto do meu trabalho, do grupo também, porque sem eles eu não ganho. E também do trabalho do dia a dia, que você vem se dedicando, parando para analisar seus jogos e graças a Deus vem dando sorte. Me sinto mais confiante, mais maduro também, aprendendo no dia a dia para que eu venha chegar à excelência”, comentou o jogador, em entrevista à assessoria de imprensa do Sport.

##RECOMENDA##

Nesta quinta-feira (20), às 19h15, o time recifense volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro, em um duelo difícil contra o Santos. Na avaliação de Mailson, mesmo o estádio não recebendo torcedores em virtude da pandemia do novo coronavírus, é necessário aproveitar o fato de jogar em casa. “Expectativa boa para um grande jogo, em que nós temos que fazer prevalecer o fator casa, que é a Ilha do Retiro. Mesmo sem torcida, nós já conhecemos o campo, não tem viagem desgastante”, declarou.

“O Brasileiro é um campeonato que você não pode errar, porque o ataque acaba na cara do gol. Cada ponto que você conquista é bem ganho, bem suado”, acrescentou o goleiro rubro-negro.

Os Estados Unidos aplicaram sanções nesta quinta-feira contra dois irmãos acusados de serem "sócios de confiança" do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e de seu filho, uma nova medida de pressão contra o governo de Caracas, considerado ilegítimo por Washington.

Os dois alvos das sanções são Santiago José Morón Hernández e Ricardo José Morón Hernández, acusados pelos EUA de apoiarem "atividades corruptas" de Maduro e seu filho, Nicolás Maduro Guerra, que sofrem restrições financeiras por parte de Washington.

"Os Estados Unidos estão comprometidos com a punição de indivíduos que facilitarem ou permitirem que o regime corrupto continue ignorando o bem-estar do povo venezuelano", indicou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. O Departamento do Tesouro afirmou que os irmãos são figuras importantes na indústria do ouro da Venezuela.

"O governo Trump não é mais do que uma seita supremacista que pretende governar o mundo a partir de sanções arbitrárias e narrativas fictícias. Ante seu péssimo desempenho geral e sua gestão desastrosa contra a Covid-19, recorre a ações desesperadas para conseguir votos na Flórida", tuitou o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.

O governo Trump lidera uma campanha internacional para propiciar a renúncia de Maduro, cuja reeleição, em 2018, não reconhece, por considerá-la fraudulenta. Os Estados Unidos também acusam o presidente venezuelano de corrupção e abusos dos direitos humanos, bem como pela crise econômica da outrora potência petroleira.

As sanções impedem o acesso ao sistema financeiro americano e determinam o congelamento de ativos neste circuito financeiro, além de proibirem transações com cidadãos americanos.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (22) que está "disposto" a conversar com seu colega americano, Donald Trump, depois que ele se mostrou aberto a se reunir com ele, embora tenha especificado que o faria apenas para discutir sua saída do poder.

"No momento que for necessário, estou pronto para falar respeitosamente com o presidente Donald Trump", disse Maduro à agência de notícias estatal venezuelana AVN.

Trump indicou em uma entrevista publicada domingo pelo portal Axios que está aberto para se encontrar com Maduro: "Eu sempre digo que pouco se perde com as reuniões. Mas até agora, eu as rejeitei".

No entanto, o presidente dos EUA postou nesta segunda-feira no Twitter que só encontraria Maduro para discutir "sua saída pacífica do poder".

Trump acrescentou que sempre se posicionará "contra o socialismo" e a favor da liberdade do povo da Venezuela.

Maduro não fez referência ao esclarecimento de Trump.

"Da mesma maneira que falei com (Joe) Biden, poderia falar com Trump", disse o governante socialista, referindo-se a uma reunião em 2015 com o democrata, atualmente candidato presidencial, que na época era vice-presidente do governo de Barack Obama.

Washington lidera desde janeiro de 2019 uma campanha internacional para destituir Maduro, cuja reeleição em maio de 2018 considera fraudulenta, em apoio ao chefe do parlamento Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por cinquenta países.

Guaidó, presidente da Assembleia Geral da Venezuela, se autoproclamou presidente interino do país em janeiro de 2019 e foi reconhecido como tal por cerca de 60 países liderados por Washington, que consideram ilegítimo o segundo governo de Maduro por irregularidades nas eleições de 2018.

Em fevereiro, Guaidó foi recebido por Trump na Casa Branca e foi ovacionado tanto por republicanos quanto por democratas durante o discurso anual do presidente sobre o estado da união no Capitólio.

Em março, Washington acusou Maduro de "narcoterrorismo" e ofereceu até 15 milhões de dólares por informação que permita sua prisão.

No entanto, na entrevista concedida à Axios, Trump expressou suas reservas com Guaidó e seu desempenho e "indicou que não tem muita confiança" nele.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, reiterou nesta segunda-feira que "nada mudou" e que Trump continua reconhecendo Guaidó como "o líder da Venezuela".

- Eco na Flórida -

Faltando menos de cinco meses para as eleições presidenciais, o candidato democrata, Joe Biden, criticou Trump por sua postura frente à Venezuela e o acusou de admirar "assassinos e ditadores como Maduro".

"Como presidente, vou estar ao lado do povo da Venezuela e da democracia", afirmou Biden no Twitter em comentário sobre a entrevista de Axios.

O tema da Venezuela é importante na campanha presidencial americana, pois pode influenciar na votação na Flórida, um estado-chave apara assegurar a eleição, onde há uma importante população de latinos e venezuelanos sensíveis à questão.

Os Estados Unidos lideram desde janeiro de 2019 uma campanha internacional para tirar do poder Maduro, a quem atribui corrupção generalizada e graves abusos dos direitos humanos, assim como a crise econômica da ex-potência petroleira.

Mas apesar de uma bateria de sanções e um embargo de fato às exportações de petróleo, Maduro se mantém no poder graças ao apoio da hierarquia militar e de Cuba, Rússia e China.

O estrategista político venezuelano Juan José Rendón, assessor do opositor Juan Guaidó, admitiu ontem ter assinado um contrato com o representante da empresa de segurança privada SilverCorp, Jordan Goudreau, a quem pagou US$ 50 mil para realizar uma operação para capturar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Era uma tentativa de capturar e entregar à Justiça membros do regime com acusações e ordens de captura", admitiu Rendón, em entrevista à CNN em Espanhol. O assessor, porém, insistiu que Guaidó não fez parte do acordo e garantiu que Goudreau não recebeu o "sinal verde" para lançar a operação.

##RECOMENDA##

O ataque foi um fracasso. No domingo, Maduro anunciou que 8 mercenários haviam sido mortos e 15 estavam presos, incluindo dois cidadãos americanos - Luke Denman, de 34 anos, e Airan Berry, de 41. "Sabíamos de tudo: o que eles falavam, o que estavam comendo, o que não estavam comendo, o que estavam bebendo e quem os financiava", disse o presidente.

Na noite de quarta-feira, Maduro apresentou um vídeo na TV estatal em que Denman, um ex-soldado das forças especiais dos EUA, confessou que ajudou a treinar o bando que tentou entrar na Venezuela pelo mar - ironicamente, boa parte dos venezuelanos sequer viu a transmissão em razão de um blecaute que atingiu o país.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, voltou a negar que os EUA tenham participado da operação e pediu a Maduro que deixe o poder para que se possa "restaurar a democracia na Venezuela". "Não houve envolvimento direto do governo dos EUA", disse Pompeo. "Se tivéssemos participado, o desfecho teria sido bem diferente."

Na quarta-feira, Pompeo prometeu que usaria "todas as ferramentas" disponíveis para garantir o retorno dos americanos presos. "Queremos trazer todos americanos de volta. Se o regime de Maduro decidir segurá-los, usaremos todas as ferramentas disponíveis para tentar recuperá-los", disse o secretário de Estado.

Ontem, Maduro afirmou que os dois serão julgados na Venezuela. "Eles confessaram sua culpa, violaram o direito internacional, violaram o direito venezuelano, estão nas mãos da Justiça e garantiremos que ela seja feita neste caso com esses dois americanos e com o resto dos mercenários", disse o presidente.

Segundo o Washington Post, Goudreau contratou Denman e Berry para treinar e supervisionar a força de incursão de desertores militares venezuelanos que vivem na Colômbia. Ao jornal, Goudreau disse que estava agindo com base em um contrato assinado por Guaidó e outras figuras da oposição em Miami. Ele garantiu que o governo de Donald Trump estava ciente da operação.

O líder do grupo de oposição de Miami admitiu ter participado de discussões preliminares com Goudreau, mas disse que as negociações tinham sido encerradas. Representantes da oposição disseram que ficaram surpresos quando Goudreau apareceu em vídeo, no domingo, acompanhado por um general venezuelano desertor, para anunciar que uma operação contra Maduro havia sido lançada.

No vídeo apresentado na quarta-feira por Maduro, Denman confessou envolvimento no treinamento de uma força de 50 a 60 homens em Riohacha, uma cidade do nordeste da Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela.

Ele disse que uniformes e armas foram fornecidos por Goudreau e o plano era capturar Maduro e levá-lo para os Estados Unidos, que o indiciaram por narcotráfico e corrupção no início do ano e ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por sua captura. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia de choque da Venezuela usou nesta terça-feira (10) gás lacrimogêneo nas ruas de Caracas para dispersar as manifestações lideradas pelo presidente autodeclarado Juan Guaidó, que exige eleições presidenciais. Os manifestantes caminharam da Praça Juan Pablo II, em Chacao, rumo à Assembleia Nacional, localizada no centro da capital.

Os opositores ao governo do presidente, Nicolás Maduro, tinham como objetivo a retomada do controle da Assembleia Nacional, sob o comando dos parlamentares pró-governo desde janeiro. Guaidó fez um chamado à população para se juntar ao ato como uma forma de reviver os protestos de rua contra Maduro, que surgiram em 2019, mas perderam força este ano. Eles defendem um debate nacional sobre medidas para tirar a Venezuela da crise e, principalmente, articular a convocação de novas eleições presidenciais.

##RECOMENDA##

Os milhares de manifestantes foram contidos pela polícia e, quando Guaidó tentava dialogar com os policiais para fazer a marcha continuar, os disparos de gás lacrimogêneo foram efetuados. A maioria dos milhares de manifestantes deixaram o local, enquanto outros com rostos cobertos respondiam aos disparos com pedras. Um veículo blindado bloqueou o caminho para chegar ao Palácio Legislativo, previsto como ponto final da manifestação.

A manifestação é um teste da capacidade de Guaidó em arregimentar apoiadores, que se mostram cada vez mais exauridos com os impactos da crise econômica e a inabilidade da liderança da oposição para tirar Maduro do poder, apesar do regime de sanções imposto pelos Estados Unidos. "A única opção possível para os venezuelanos é escapar do desastre", afirmou Guaidó, ao convocar a população na Segunda-feira.

Retomada

Antes de dar início aos protestos, Guaidó, de 36 anos, em cima de uma caminhonete e com um megafone, dizia à multidão que "hoje começa uma etapa de luta que será mantida até obter resultados". A mobilização de ontem foi a mais ambiciosa de Guaidó, desde que ele retornou de uma viagem por oito países.

No tour que realizou em busca de apoio diplomático, o líder oposicionista foi recebido por autoridades como Donald Trump, presidente dos EUA, Boris Johnson, premiê britânico, e Emmanuel Macron, presidente francês, além de discursar durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Guaidó também foi recebido por líderes da União Europeia.

Nesta terça, 10, os simpatizantes de Maduro também saíram às ruas. Os apoiadores do presidente venezuelano gritavam seu nome durante a passeata que também foi em direção à Assembleia Nacional. Os governistas consideram Guaidó um "traidor da pátria".

Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez (1999-2013), acusa a oposição de promover uma "guerra econômica" contra seu governo. O país vive uma profunda crise econômica, a inflação ultrapassa os 300% e um grave desabastecimento acirra ainda mais a tensão política.

'Encurralada'

O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, considerado o número 2 do chavismo, disse que a marcha da oposição era uma tentativa de a direita recuperar sua capacidade de mobilização.

"Toda vez que a direita está encurralada, eles procuram eventos que possam aumentar a empolgação de pessoas que deixaram de estar empolgadas há muito tempo. Eles tentam criar liderança onde não há", disse Cabello.

Em janeiro, um grupo de legisladores apoiados pelo PSUV instalou o chavista Luis Parra como líder do Congresso, após tropas terem bloqueado a entrada de Guaidó. Depois, parlamentares da oposição reelegeram Guaidó para um segundo mandato - mas eles têm sido incapazes de se reunir no Palácio Legislativo desde então.

Mais de 50 países, incluindo o Brasil e os EUA, reconheceram Guaidó no ano passado como presidente legítimo da Venezuela, após a reeleição de Maduro, em 2018, ter sido considerada fraudulenta.

A Venezuela tem programada para este ano uma nova eleição parlamentar, mas a oposição, sob o comando de Guaidó, ainda não conseguiu definir se participará da disputa. Para os opositores, Maduro não oferece condições adequadas para que haja uma eleição justa.

Fuga

Contrariando a praxe de todas as eleições venezuelanas anteriores, Maduro tem buscado dificultar que organismos independentes internacionais participem do monitoramento das votações. Um levantamento feito pela ONU, divulgado na terça-feira, indica que, desde 2015, 4,9 milhões de venezuelanos já deixaram o país para escapar do drástico cenário de crise que parece não ter fim. (Agências Internacionais)

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, pediu nesta quarta-feira (22) em discurso no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que a União Europeia aumente a pressão sobre o governo do presidente Nicolás Maduro por meio de mais sanções. Segundo ele, a diplomacia até agora não surtiu efeito contra o chavismo.

"É sádico o que ele (Maduro) está fazendo. Ele está torturando pessoas, está prendendo pessoas". Guaidó afirmou também que pretende voltar à Venezuela, mesmo sabendo que não é seguro. "Sim, corri risco ao sair. Meu retorno será arriscado", afirmou o líder oposicionista, em entrevista coletiva, após conversas com parlamentares europeus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó desafiou a proibição de deixar o país e viajou para a Colômbia, onde nesta segunda-feira (20) se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. Após o encontro, Pompeo pediu que apoio internacional para acabar com a "tirania" do presidente Nicolás Maduro.

"O mundo deve continuar apoiando os esforços do povo venezuelano para voltar à democracia e acabar com a tirania de Maduro, que prejudica milhões de venezuelanos e afeta a Colômbia e toda a região", afirmou Pompeo. "Espero que ações mais permanentes dos EUA continuem apoiando o presidente Guaidó e o povo venezuelano", afirmou o secretário.

##RECOMENDA##

O secretário de Estado prometeu mais sanções, embora não tenha dado detalhes. "Não falamos sobre sanções específicas, mas todos podem esperar que os EUA não encerraram suas ações", afirmou Pompeo, que condenou a "miséria infligida" pelo regime chavista ao povo venezuelano.

Desde que Maduro assumiu o poder, em 2013, a Venezuela vive uma grave crise econômica, apesar de possuir as maiores reservas de petróleo do mundo. A situação levou 4,6 milhões de pessoas a deixar o país nos últimos anos, segundo a ONU. Do total, 1,6 milhão de venezuelanos foram para a Colômbia.

Em janeiro de 2019, Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo EUA e Brasil. Dias depois, uma ordem do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo chavismo, proibiu Guaidó de deixar a Venezuela.

Nesta segunda, o líder da oposição ignorou o risco de ser preso e cruzou novamente clandestinamente a fronteira com a Colômbia, fechada desde 2015. Em fevereiro do ano passado, Guaidó já havia desafiado a proibição do TSJ e apareceu na cidade colombiana de Cúcuta para um show de música organizado para angariar doações e pressionar Maduro a permitir a entrada de ajuda humanitária dos EUA.

Guaidó está em Bogotá desde domingo e já se reuniu com o presidente colombiano, Iván Duque, que também articula apoio regional contra o regime chavista. "Criaremos as condições que nos levarão à liberdade", afirmou Guaidó no Twitter, prometendo uma volta à Venezuela "com boas notícias".

Em Bogotá, Pompeo, Duque e Guaidó são as principais figuras da cúpula contra o terrorismo, da qual também participa o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo. Em seguida, o líder da oposição venezuelana viajará para Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial. Na quarta-feira, 22, ele se reúne com líderes europeus, em Bruxelas.

"Teremos importantes reuniões na Europa, na União Europeia, especificamente em Davos", disse Guaidó. "Existem forças que são incontroláveis, como as que buscam a democracia na Venezuela."

Apesar da crise política e econômica na Venezuela, dos esforços de Guaidó, da pressão diplomática regional e das sanções americanas, Maduro permanece no poder apoiado pelas Forças Armadas e pelos governos e Cuba, Rússia e China. Desde a tentativa de golpe contra o chavismo, em 2019, a popularidade de Guaidó caiu de 63% para 38,9% nos últimos 12 meses, segundo o instituto de pesquisa Datanalisis.

"Para nós, é absolutamente irrelevante que um lacaio tenha se encontrado com seus senhores na Colômbia", afirmou o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, considerado o número 2 do chavismo. "Ele (Guaidó) não tem alcançado nada do que prometeu." (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, em entrevista ao jornal The Washington Post, que é um "sobrevivente" da luta da oposição e seus aliados em Washington para derrubá-lo, permanece confortavelmente no poder e está aberto a negociações diretas com os EUA.

Esta é a primeira entrevista de Maduro a um importante meio de comunicação americano desde fevereiro de 2019, quando expulsou todos os jornalistas da Univision da Venezuela.

##RECOMENDA##

"Se houver respeito entre os governos, não importa o tamanho dos EUA, e se houver um diálogo, uma troca de informações verdadeiras, tenha certeza de que podemos criar um novo tipo de relacionamento", declarou Maduro. O líder socialista afirmou que está pronto para negociar com Washington o fim das sanções impostas pelo presidente Donald Trump com o objetivo de sufocar a indústria petrolífera venezuelana e forçar Maduro a deixar o poder.

O presidente venezuelano disse que, caso Trump suspenda as sanções, as empresas de petróleo dos EUA poderão se beneficiar muito do petróleo da Venezuela. "Uma relação de respeito e diálogo traz uma situação em que todos ganham. Uma relação de confronto traz uma situação em que todos perdem. Essa é a fórmula."

Os EUA e mais de 50 países reconhecem o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Guaidó, que se proclamou presidente interino há um ano, alegando que a reeleição de Maduro, em 2018, tinha sido fraudada.

A Venezuela está passando pela pior crise social e econômica de sua história recente. O FMI estima que a inflação na Venezuela chegue este ano a 500.000%.

Segundo a ONU, 4,5 milhões de venezuelanos deixaram o país desde o final de 2015. Mas, apesar da catástrofe humana e das duras sanções dos EUA, Maduro mantém o poder com o apoio dos militares, além da ajuda de Rússia, China e Cuba.

Na entrevista, o presidente venezuelano também expressou sua disposição de falar com Guaidó, mas pareceu rejeitar a principal reivindicação do opositor: sua renúncia. A Noruega intermediou conversações entre representantes de Maduro e Guaidó, mas as reuniões foram interrompidas em agosto.

No início do mês, os EUA manifestaram apoio às negociações na Venezuela e disseram que as conversas podem estabelecer um governo de transição, levar a novas eleições e acabar com a crise política que afeta o país e seus 30 milhões de habitantes. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Multidões carregando bandeiras e apitos começaram a se reunir neste sábado na capital da Venezuela para manifestações lideradas pelo político da oposição Juan Guaidó, com o objetivo de pressionar o atual presidente, Nicolás Maduro.

Guaidó convocou as manifestações para tentar reaquecer uma campanha contra Maduro, lançada em janeiro e que perdeu força nos últimos meses.

##RECOMENDA##

A dona de um comércio em Caracas, Lisbeth Guerra, diz que está no protesto porque a crise causada pela falha da liderança socialista levou 20 de seus parentes a sair do país.

O escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas solicita às autoridades que permitam protestos pacíficos sem nenhum ato de intimidação e violência. Poucas forças de segurança eram visíveis nas ruas de Caracas. O partido socialista de Maduro também está convocando atos para hoje. Fonte: Associated Press.

A nova ministra das Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, anunciou nesta sexta-feira (15) o rompimento das relações com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, a retirada da União de Nações sul-americanas (Unasul) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) e a saída de médicos cubanos do país, em uma mudança de 180 graus em relação à política exterior empregada por quase 14 anos pelo ex-presidente Evo Morales.

A ministra disse em uma coletiva de imprensa que a Bolívia deixará a Unasul porque, na verdade, o "o bloco não funciona mais, já não existe e não serve".

##RECOMENDA##

"Não somos mais a Alba", disse ela sem maiores explicações, acrescentando que o embaixador venezuelano na Bolívia será declarado persona non grata.

A presidente interina, Jeanine Áñez, já havia antecipado que seu governo de transição reconheceria o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e tinha pedido que ele enviasse um embaixador à Bolívia.

A ministra das Relações Exteriores disse, também, que o novo governo boliviano enviou uma queixa ao México por "pronunciamentos hostis" que o ex-presidente Morales faz desde que se exilou em solo mexicano. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando