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Sob pressão interna e externa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, sugeriu nessa sexta-feira (18) uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump. Desde que o republicano assumiu a Casa Branca, membros do regime chavista são alvo de sanções e processos na Justiça americana. O cerco se fechou ainda mais depois que Maduro assumiu seu segundo mandato, no dia 10.

Segundo o líder chavista, seu governo é composto por gente com quem se pode falar e negociar. "Sei que somos pessoas muito diferentes, presidente Trump. Somos países diferentes, mas estamos no mesmo hemisfério e, mais cedo ou mais tarde, seremos obrigados a falar, a nos entender", disse Maduro, em entrevista à rede de TV Univisión. "Tomara que haja a oportunidade de um diálogo franco, direto, cara a cara, para que você veja que (a Venezuela) não é o que dizem a você nos relatórios."

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Não é a primeira vez que o presidente venezuelano se propõe a dialogar com o governo americano. Em ocasiões anteriores, a Casa Branca chegou a enviar emissários a Caracas, ainda durante a presidência de Barack Obama, mas o diálogo foi infrutífero.

"Acho que você herdou erros de governos anteriores, incluindo o de Obama. Erros na política externa para a América Latina. Acho que há uma ideologização da política externa americana contra a Venezuela", afirmou Maduro. "Podemos falar de todos esses temas", continuou, estendendo o convite ao secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para que vá à Venezuela.

Nos últimos dias, em diferentes oportunidades, Washington deu seu "firme apoio" à Assembleia Nacional, considerada pelos EUA como "único órgão democrático legítimo" na Venezuela.

Enquanto Maduro tentava escapar do isolamento diplomático, a oposição venezuelana deu prosseguimento ontem à estratégia de se aproximar de setores das Forças Armadas descontentes com ochavismo. Em reuniões abertas, deputados da Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os principais grupos de oposição, pediram aos militares que rompam com o chavismo. "Não queremos brigar com os militares, queremos que eles cumpram a Constituição", disse o deputado Wiston Flores. "Maduro é um usurpador e é dever dos militares tirá-lo do poder."

Para o opositor, as últimas semanas têm demonstrado que há uma ruptura nas Forças Armadas, principalmente em razão da detenção do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó. Mais de 20 reuniões foram organizadas ontem na Venezuela como preparação para uma grande manifestação contra Maduro convocada para o dia 23. "Haverá na ocasião uma mensagem muito forte para os militares", disse Flores.

Vídeos divulgados em redes sociais nos últimos dias mostraram venezuelanos diante de quartéis pedindo aos soldados que "se unam" à luta. A cúpula castrense, no entanto, beneficiada pelo comando de empresas estatais e altos cargos na burocracia de governo, além de denúncias de contrabando e narcotráfico, segue leal a Maduro. Como parte do pacote de aproximação, a oposição prometeu anistiar civis e militares que ajudem a "restaurar a ordem constitucional".

Mais médicos

Ontem, Maduro anunciou que 2 mil médicos cubanos que abandonaram o Brasil chegarão à Venezuela na semana que vem. "O fascismo brasileiro encerrou o projeto de saúde e os 2 mil médicos estão vindo para a Venezuela", afirmou o líder chavista, em mais uma referência ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. No ano passado, Brasil e Cuba encerraram a parceria e cerca de 8,5 mil médicos retornaram à ilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (com agências internacionais)

Em visita ao Brasil, a primeira após a posse de Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, chamou na quarta-feira (16) de "ditadura" o regime de Nicolás Maduro e afirmou que o líder venezuelano "zomba" da democracia e se perpetua no poder com "eleições fictícias". Bolsonaro evitou declarações mais fortes em relação à Venezuela, mas disse haver convergência de ideias com o presidente argentino.

Maduro assumiu no início do mês um segundo mandato, considerado ilegítimo pelos EUA, União Europeia e vários países latino-americanos. No discurso que fez no Palácio do Planalto, Macri afirmou que a única instituição legítima da Venezuela é a Assembleia Nacional, dominada pela oposição. "Estamos preocupados com a ditadura de Nicolás Maduro. Não aceitamos essa zombaria à democracia e essa tentativa de vitimização, quando na verdade eles são os algozes", discursou. "A comunidade internacional já percebeu que Maduro se perpetua no poder com eleições fictícias. É uma situação desesperadora."

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Ao falar sobre o assunto, Bolsonaro declarou que há convergência de posições e identidade de valores entre os governos brasileiro e argentino. De acordo com o presidente brasileiro, isso promove uma atuação em defesa da liberdade e da democracia na América Latina.

"Nossa cooperação na questão da Venezuela é o exemplo mais claro no momento. As conversas com o presidente Macri só fazem reforçar minha convicção de que o relacionamento entre Brasil e Argentina seguirá avançando no rumo certo: o rumo da democracia, da liberdade e da segurança e também do desenvolvimento", disse o brasileiro.

Macri desembarcou em Brasília na manhã de ontem acompanhado de uma comitiva de ministros de Estado argentinos. Ele não havia comparecido à posse de Bolsonaro, no dia 1º, e foi bastante criticado por ter preferido passar as festas de fim de ano com a família na Patagônia.

Brasil e Argentina são dois protagonistas do Grupo de Lima, que inclui outros 11 países que não reconhecem o novo mandato de Maduro e fazem pressão diplomática pelo fim do regime chavista na Venezuela - na semana passada, o governo paraguaio chegou a romper relações diplomáticas com Caracas.

Entre outras ações, o Grupo de Lima condenou, na segunda-feira, a prisão do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó - que foi liberado no fim de semana, após se declarar presidente interino do país.

Os países da região também articulam um bloco que substitua a Unasul e ajude a isolar ainda mais o regime venezuelano. O México, agora liderado pelo esquerdista Andrés Manuel López Obrador, é o único país da aliança que ainda resiste a intensificar a pressão sobre a Venezuela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a usar uma retórica agressiva nesta segunda-feira (14) contra a oposição. "Castigaremos com mão de ferro a traição de funcionários públicos", disse Maduro ao comentar a ação de membros do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), que no fim de semana prenderam o deputado opositor Juan Guaidó.

Em pronunciamento na Assembleia Constituinte - que desde 2017 assumiu a competência legislativa do Parlamento controlado pela oposição, Maduro afirmou que a prisão de Guaidó, no fim de semana, foi um "conluio" entre agentes do Sebin e dissidentes opositores para prejudicá-lo.

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"Que coincidência", ironizou Maduro. "Uma câmera que grava o exato momento em que o deputado foi detido. Muito estranho!" Ainda de acordo com ele, os agentes envolvidos já foram afastados. "É assim que vou atuar contra qualquer funcionário que traia seu dever."

É a segunda vez em poucos dias que Maduro responsabiliza a oposição por problemas de seu governo. No sábado (12) o Hospital Universitário de Caracas ficou sem luz por várias horas e dois pacientes morreram. O presidente disse que o blecaute foi obra de "um ataque terrorista a mando da oposição". Especialistas do setor, no entanto, dizem que os apagões resultam da falta de investimento em infraestrutura no setor elétrico.

'Hitler'

No discurso desta segunda-feira, Maduro voltou a condenar os líderes regionais que o criticam e chamou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de "Hitler dos tempos modernos". Na semana passada, ele já tinha chamado Bolsonaro de "fascista".

Além da retórica agressiva, Maduro prometeu também resolver a crise que afeta a Venezuela desde o início de seu governo, em 2013. "Vou dar uma sacudida completa nas empresas estatais. Uma sacudida organizacional, política e econômica", prometeu. "Elas têm de estar a serviço do país, não da corrupção."

O líder bolivariano reconheceu que a corrupção é um dos principais problemas da Venezuela. "Há de se fazer uma retificação histórica da revolução bolivariana. Mas não vamos privatizar nada", afirmou. "Não sou ator, nem neoliberal, mas também não sou nenhum burro."

Nesta segunda, embora não tenha anunciado nenhuma medida nova, Maduro decretou mais um aumento do salário mínimo, desta vez de 300%. Assim, o salário passou de 4.500 para 18 mil bolívares (de 4,5 para 18,18 euros), segundo a taxa oficial. Para economistas, a decisão deve apenas pressionar a inflação, que este ano deve fechar em 10.000.000%. Em termos reais, o salário mínimo na Venezuela mal dá para comprar um quilo de leite em pó.

Prisões

O Sindicato de Jornalistas da Venezuela denunciou nesta segunda-feira que duas jornalistas também foram detidas durante a prisão de Guaidó, no fim de semana: Osmary Hernández, da CNN em espanhol, e Beatriz Adrián, da TV Caracol, da Colômbia. Elas permaneceram uma hora detidas e foram libertadas em seguida. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou nesta quinta-feira (10) o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. A decisão foi anunciada logo após a posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A ruptura envolve o fechamento da Embaixada do Paraguai em Caracas e a retirada imediata dos diplomatas. Além disso, foi anunciado o cancelamento de um acordo de vistos com a Venezuela - o que, segundo o governo paraguaio, afetará apenas funcionários do regime.

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Benítez lembrou que, como membro do Grupo de Lima, o Paraguai não reconhece o resultado da última eleição na Venezuela, falando em "um processo eleitoral ilegítimo". Em nota, a chancelaria paraguaia informou que a crise política na Venezuela "é de índole interna e cabe aos próprios venezuelanos resolvê-la".

"Ordenei o fechamento de nossa embaixada e a retirada imediata de pessoal diplomático do Paraguai acreditado na Venezuela", disse Abdo Benítez. O presidente paraguaio ressaltou ainda que a decisão tem como base o fato de Assunção não reconhecer o novo mandato de Maduro, que seria "resultado de um processo eleitoral ilegítimo".

Para Abdo Benítez, os líderes políticos da região deveriam adotar medidas que protejam o povo e a democracia venezuelanos. "A causa da liberdade, da democracia, a causa da Venezuela é uma causa justa", afirmou o paraguaio.

Na semana passada, o Grupo de Lima anunciou que não reconheceria o governo venezuelano se o presidente Maduro assumisse um novo mandato de seis anos. O único país do grupo que não apoiou a decisão foi o México, governado pelo esquerdista Andrés Manuel López Obrador.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano e com o objetivo de pressionar pelo restabelecimento da democracia na Venezuela. O Equador, que integra o grupo, anunciou nesta quinta que também retirou seu embaixador de Caracas. No entanto, o governo do presidente equatoriano, Lenín Moreno, garantiu que não rompeu relações com a Venezuela. (Com agências internacionais).

   Reeleito para comandar a Venezuela com quase 70% dos votos, em disputa que foi boicotada pela oposição, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a senadora Gleisi Hoffmann, prestigiou a posse de Nicólas Maduro, que aconteceu nesta quinta-feira (10). Maduro foi empossado para um mandato de mais seis anos. 

A senadora explicou porque decidiu participar da cerimônia. "Para marcar posição desta grosseira relação do governo Bolsonaro com a Venezuela; fala fino com os Estados Unidos (EUA) e grosso com a Venezuela", expôs durante entrevista ao G1.   

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A deputada eleita também disse que não concorda com a postura do governo Bolsonaro com a Venezuela. Vale destacar que Maduro não foi convidado para a cerimonia de posse de Jair Bolsonaro, que aconteceu no dia 1° de janeiro deste ano.  

Sobre a “ditadura” instalada na Venezuela, a senadora desconversou afirmando que não entra no mérito. “Ele foi eleito dentro do marco constitucional e não nos cabe dar opinião. Ele foi eleito", defendeu. Gleisi ainda falou que “não achamos que é de bom tom o PT ficar comprando briga com vizinhos. Temos que ter solidariedade". 

A presidente petista divulgou uma nota, no site da legenda, no qual disse reconhecer a eleição de Maduro como legítima. “Reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolas Maduro foi eleito, conforme regras constitucionais vigentes, enfrentando candidaturas legítimas da oposição democrática", destacou.   

Ainda ressaltou o PT não concorda com a "política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos, com adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários”. 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prestou juramento para seu segundo mandato à frente do país nesta quinta-feira, 10, em uma sessão no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Diante de 30 juízes e um pequeno grupo de líderes regionais composto pelos presidentes de Bolívia, Cuba, El Salvador e Nicarágua, Maduro jurou a Constituição em um salão nobre do Tribunal.

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É a primeira vez que um presidente toma posse diante do Judiciário e não do Parlamento, que teve as competências cassadas por autoridades chavistas logo após a oposição tomar a maioria da Assembleia Nacional nas eleições parlamentares de 2015.

O alto comando das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas reafirmou nesta quinta-feira (9) seu apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na véspera de sua posse para um segundo mandato, não reconhecido pelo Parlamento e por grande parte da comunidade internacional. O respaldo foi dado pelo Ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que prometeu apoio irrestrito e lealdade ao líder chavista.

O Exército é um dos principais fiadores de Maduro no poder e, ao longo de seu primeiro mandato, ganhou espaço tanto no governo quanto em empresas estatais, chegando até mesmo ao comando da PDVSA. A oposição também acusa os militares de corrupção ao monopolizar a distribuição de alimentos e remédios, cada vez mais escassos no país.

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No comunicado desta quarta, o ministro manifestou ainda sua "profunda indignação e rejeição categórica" à declaração do Grupo de Lima que, com o apoio dos Estados Unidos, pediu que o líder venezuelano entregasse o poder à Assembleia Nacional.

A Assembleia Nacional, eleita em 2015 e de maioria opositora, qualificou Maduro de "usurpador" e começou na terça-feira a debater fórmulas para promover a "transição política" na Venezuela. O Congresso, no entanto, teve seus poderes caçados pelo Judiciário, que permanece leal ao presidente. (Com agências internacionais).

Menos de uma semana depois de ter denunciado um suposto plano para derrubá-lo e assassiná-lo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez novas declarações agressivas contra os Estados Unidos e os vizinhos Brasil e Colômbia. Alegando a defesa do território venezuelano, Maduro disse que a milícia do país agora tem 1,6 milhão de integrantes e vai "armá-los até os dentes".

Maduro ainda afirmou que, no caso de uma invasão do inimigo "imperialista", as tropas agressoras "não sairiam vivas" do território venezuelano. "Vamos defender nossa pátria dos imperialistas, oligarcas e traidores - estejam em Bogotá ou em Brasília", insistiu Maduro, na noite de segunda-feira (17), ao falar para voluntários integrantes de milícias em Caracas.

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O número é três vezes maior do que os "400 mil" membros que o regime havia informado em abril. Um dos mais polêmicos projetos de Chávez na área de segurança foi a criação de milícias encarregadas de proteger o governo. Elas contam com homens e mulheres, civis, que portam armas de uso exclusivo das Forças Armadas.

Uma parcela minoritária dessas milícias está organizada de forma semelhante às brasileiras, alimentadas por "contribuições" de moradores, regulação de serviços e captura de armas obtidas em confrontos com o narcotráfico. Pesam contra esses grupos denúncias de extorsão - a oposição as considera grupos paramilitares. Algumas, conhecidas como "colectivos", têm treinamento militar avançado, recebem apoio do governo e fazem campanha pelo chavismo.

Maduro não deixou claro como teria conseguido quadruplicar o número de integrantes das milícias em oito meses, mas analistas acreditam que se trata de um número inflado. "Maduro está usando o contingente de pessoas dispostas a pegar em armas para defender o chavismo e os tratando como soldados treinados, o que não é o caso", disse Benigno Alarcón, analista de segurança e especialista em Defesa e conflitos na Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas. "Ao menos 60% dessas pessoas não têm treinamento militar."

Segundo o jornal venezuelano "El Nacional", Maduro pediu aos militares venezuelanos para desenvolver planos preventivos ante "qualquer movimento estranho de grupos paramilitares ou infiltrados" e esforços para "defender cada centímetro do território dos inimigos do país".

Com a posse do presidente eleito brasileiro, Jair Bolsonaro, se aproximando, a tensão entre Brasil e Venezuela aumenta. Na semana passada, Maduro disse que o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, passou instruções a Bolsonaro sobre um plano para derrubá-lo quando os dois se encontraram no Rio de Janeiro, em 29 de novembro. "O povo deve aprender, como fez o povo do Vietnã, a defender sua terra com uma faca, com uma pedra, com um porrete, com um bastão, com o próprio corpo, com o que for necessário", afirmou Maduro.

No último fim de semana, foram publicados na internet vídeos de treinamento de civis sem uniformes e de milicianos. Eles são vistos fazendo exercícios físicos e de tiro, incluindo idosos em idade avançada. Nas redes sociais, muitos ridicularizaram e compararam a imagem com a dos soldados dos EUA, a força militar mais poderosa do mundo.

Os milicianos ganham do governo apenas as roupas: um chapéu, botas pretas e um uniforme militar verde com muitos bolsos. Todos os sábados, recebem instrução militar, prática e teórica por cinco ou seis horas. Cada batalhão pode ser composto por até 300 voluntários. Os que trabalham há mais tempo na milícia recebem seguro-saúde e um salário mínimo do governo chavista. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, visitou na segunda-feira (3) seu colega venezuelano, Nicolás Maduro. Em Caracas, Erdogan condenou as sanções impostas pelos EUA à Venezuela e prometeu ajudar a "suprir a maioria das necessidades" do país. "Restrições comerciais e sanções unilaterais são um erro. Não se pode castigar um povo inteiro para resolver desacordos políticos", disse Erdogan durante encontro com empresários locais.

A Turquia é a mais recente tábua de salvação bolivariana contra a crise que dizima a economia da Venezuela, depois que recursos chineses, russos e até uma criptomoeda não foram suficientes para conter a hiperinflação, a escassez de alimentos e o êxodo de 3 milhões de pessoas.

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Dados do Instituto de Estatísticas da Turquia mostram que a importação de produtos venezuelanos disparou 1.357%, nos seis primeiros meses de 2018, quando os turcos compraram US$ 879,6 milhões dos venezuelanos - 93% desse valor equivale à importação de ouro.

"Sabemos que o governo tem apostado muito no ouro para se capitalizar, mas é uma estratégia arriscada, porque obviamente a renda do ouro é muito menor que a do petróleo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo Geoff Ramsey, direto do Washington Office on Latin America (Wola).

Nos primeiros nove meses do ano, os turcos venderam US$ 80 milhões em produtos para os venezuelanos, em especial farinha de trigo, macarrão, óleo de cozinha e produtos de higiene pessoal. Em 2017, as exportações ficaram em US$ 37 milhões. O problema é que, desde setembro de 2017, os EUA impedem bancos que operam em território americano de fazer novos empréstimos à Venezuela.

Com o acesso ao sistema financeiro fechado, a PDVSA não consegue embarcar o petróleo vendido, uma vez que os contratos e seguros são fechados em dólar com pagamentos que passam pelos EUA. "As sanções limitaram a habilidade da Venezuela de se financiar e tiveram um impacto grande na economia local", acrescentou Ramsey.

Petróleo em queda

Com isso, desde que Maduro assumiu o poder, em 2013, a produção diária de petróleo caiu 50% e o preço do barril se reduziu em 42,8%. Como o petróleo respondia por 95% das exportações, o resultado foi uma queda brusca na entrada de recursos.

A aliança entre Venezuela e Turquia chamou a atenção dos EUA. No começo do mês, Trump emitiu novas sanções, desta vez contra a venda de ouro venezuelano. Segundo a consultoria Ecoanalítica, a renda obtida com o ouro responde por 10% das exportações da Venezuela. O petróleo, diante do recuo da produção, caiu para 80%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou um comunicado oficial em que parabeniza o presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).

"O governo aproveita a ocasião para encorajar o novo presidente eleito do Brasil a retomar, como países vizinhos, o caminho das relações diplomáticas de respeito, harmonia, progresso e integração regional, pelo bem-estar de nossos povos", diz o comunicado.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou a Nova York nesta quarta-feira, 26, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde seu governo tem sido duramente criticado. Maduro apareceu na TV estatal venezuelana e disse que está pronto para defender seu país. A confirmação de que iria para os EUA foi feita no voo para a cidade americana. Maduro havia dito que podia não comparecer à Assembleia porque teme por sua segurança.

O presidente americano, Donald Trump, disse no início que está disposto a se encontrar com Maduro, caso isso ajude a aliviar o sofrimento da nação sul-americana e voltou a dizer que todas as opções estão sobre a mesa quando se trata do conflito no país bolivariano. "Todas as opções estão sobre a mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia-Geral da ONU. "Já sabem o que quero dize com forte", disse, em referência a uma possível intervenção militar dos EUA.

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Vários países latino-americanos e o Canadá pediram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue o governo da Venezuela por supostos crimes contra a humanidade.

Governos sul-americanos pretendem fechar o cerco contra a Venezuela a partir de hoje, quando chanceleres de cinco países da região assinarão, em Nova York, uma carta denunciando o regime de Nicolás Maduro por crimes contra a humanidade e pedindo uma ação da procuradoria do Tribunal Penal Internacional.

Enquanto isso, nos gabinetes de embaixadores, a região se apressa para conseguir apoio suficiente para condenar Caracas no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em uma votação ainda nesta semana.

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A questão tem movimentado os bastidores da diplomacia regional. Na esperança de frear a ofensiva, o governo chavista encaminhou a países aliados um projeto pedindo que não se reconheça a resolução do Grupo de Lima como legítima.

O documento confidencial obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo e enviado por Caracas declara que todos os países têm "o direito inalienável de escolher seus sistemas políticos". "Exigimos apoio total à soberania da Venezuela", diz o texto, que ainda defende o "governo venezuelano em sua garantia das instituições democráticas".

O comunicado, feito pela própria diplomacia venezuelana, ainda orienta governos aliados a declarar que "condenam qualquer iniciativa de minar a paz e a estabilidade democrática da Venezuela".

Ainda assim, às margens da Assembleia-Geral da ONU, que começa hoje nos EUA, chanceleres de Peru, Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai se reunirão para denunciar os crimes do governo venezuelano. Desde fevereiro, o TPI já iniciou investigações preliminares sobre a situação de Caracas, principalmente sobre a violência contra manifestantes em 2017.

Na nova carta enviada ao TPI, os países da região ampliam a denúncia para incluir também um informe preparado pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e outro por especialistas da OEA.

As investigações apontam que Maduro usa o terror como política de Estado, medida que a ONU diz ser usada para abafar as manifestações e mantê-lo no poder.

De acordo com a entidade, o terror como política de Estado incluiu violações sistemáticas de direitos, uma política de execuções extrajudiciais, torturas, prisões arbitrárias, desaparecimentos forçados, destruição de casas e milhares de feridos.

Na avaliação da ONU, é a democracia que está sendo golpeada no país. "Ao longo do tempo, temos visto uma erosão da vida democrática na Venezuela e, nos últimos anos, o que resta de democracia está sendo liquidado", disse o então alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid al-Hussein, antes de deixar seu cargo, há um mês.

A documentação será entregue à procuradora do TPI, Fatou Bensouda, de Gâmbia. A denúncia é a primeira ofensiva realizada pela região contra um governo do continente. O Brasil, que faz parte do bloco, não assinou o documento. Após várias tentativas de contato, o Itamaraty não se pronunciou sobre o tema.

A ofensiva inclui uma série de reuniões com governos africanos, europeus e asiáticos para romper a aliança fechada pela Venezuela com China e Rússia para frear uma resolução na ONU que pediria que Caracas abrisse suas fronteiras para a ajuda internacional.

Internamente, membros do governo venezuelano admitiram à reportagem que existe a possibilidade de aprovação da resolução do Grupo de Lima no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra. Para conseguir os votos, os países sul-americanos optaram por alterar o tom dos ataques no texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo de Nicolas Maduro e seus aliados em Moscou e Pequim vem fazendo forte pressão nos bastidores para impedir que a crise na Venezuela seja declarada como "humanitária" e recusando alimentos e remédios para não parecer que o Estado está em colapso. O temor é de que a ajuda externa seja utilizada como um pretexto para justificar uma intervenção externa.

Fontes de alto escalão da ONU confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que enviados de Caracas têm informado às entidades, secretamente, sobre a necessidade de comida e remédio. O problema é que, se aceitarem a ajuda internacional, eles temem a abertura de uma brecha para que o país seja alvo de um golpe.

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Nos últimos dias, o tema reapareceu. O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, admitiu a possibilidade na semana passada, durante visita à Colômbia. Nos EUA, o New York Times revelou que Donald Trump chegou a tratar do assunto. Por isso, nos bastidores, os aliados do chavismo já avisaram que rejeitam a ideia de crise "humanitária".

Uma das missões enviadas por Maduro esteve em Genebra, onde o chanceler Jorge Arreaza se reuniu com os diretores das principais agências da ONU. Publicamente, ele negou a existência de um problema humanitário ou de refugiados.

"Eles precisam de ajuda, mas não podem chamar a crise de humanitária", afirmou uma fonte da ONU, que pediu para não ser identificada. Diplomatas consultados pelo jornal dizem que, após a Guerra Fria, a ideia de intervenções humanitárias ganhou força na ONU. Nos anos 90, o "direito à intervenção humanitária" foi levantado pelo Reino Unido no debate sobre o Iraque. A Otan usou o mesmo argumento em Kosovo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) ameaçou uma intervenção militar na Venezuela para restaurar a democracia e aliviar a crise humanitária do país, unindo-se dessa forma a uma ideia lançada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Luis Almagro, fez um alerta durante uma visita à fronteira da Colômbia com a Venezuela, na qual ele também denunciou a "ditadura" socialista do presidente Nicolas Maduro por estimular uma crise migratória em toda a região.

"Com respeito a uma intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro, não devemos descartar nenhuma opção", disse Almagro em uma conferência de imprensa na cidade colombiana de Cúcuta. "O que esse regime está cometendo são crimes contra a humanidade, a violação dos direitos humanos e o sofrimento das pessoas no êxodo induzido, que está impulsionando ações diplomáticas em primeiro lugar, mas não devemos descartar nenhuma ação."

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Almagro tem sido um dos principais críticos de Maduro na América Latina, mas até agora não tinha se mostrado disposto a ir tão longe quanto o presidente dos EUA, Donald Trump, que no ano passado levantou a possibilidade de uma "opção militar" contra Maduro. Em várias reuniões com assessores e líderes latino-americanos no ano passado, Trump também discutiu o possibilidade de uma invasão norte-americana da nação sul-americana.

No caso de Almagro, a ameaça de uso de força militar é especialmente surpreendente, dada a sua condenação ao apoio ofertado à invasão norte-americana da República Dominicana em 1965 para tirar do poder um presidente democraticamente eleito, mas pró-Cuba. A invasão, realizada em nome da OEA, deixou milhares de mortos e um sentimento da América Latina contra a ideia de voltar a usar força contra uma nação soberana. Em 2015, Almagro pediu desculpas pelo papel da OEA na invasão, dizendo que esse tipo de evento não deveria se repetir.

Fonte: Associated Press

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontrou nesta sexta-feira com o presidente da China, Xi Jinping, durante viagem ao país asiático para fortalecer laços e buscar ampliar o apoio financeiro de um dos maiores credores de Caracas.

Os dois líderes reafirmaram sua ligação, com Maduro dizendo que a sua relação é "um modelo de cooperação internacional", segundo relatou a emissora estatal CCTV.

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O premiê chinês, Li Keqiang, afirmou que a China está disposta a prover "qualquer assistência que estiver ao seu alcance", também de acordo com a televisão local.

Maduro e Xi supervisionaram a assinatura de diversos acordos, mas não ofereceram detalhes. A mídia internacional não teve acesso às reuniões. (Associated Press)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, responsabilizou grupos de direita do país e do exterior e o governo da Colômbia pelo que Caracas tem chamado de tentativa de assassinato contra o mandatário.

No final da tarde deste sábado, 4, drones carregados com explosivos atacaram as redondezas do local em que em Maduro discursava. O evento era um ato oficial com as forças armadas e ocorria no centro da capital venezuelana. Duas pessoas foram presas e sete militares ficaram feridos.

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"Tentaram me matar no dia de hoje (ontem)", disse Maduro na noite de ontem, em discurso no palácio do governo.

O governo da Colômbia rechaçou a acusação de Maduro de que o presidente Juan Manuel Santos seria articulador do atentado. "Já é costume que Maduro culpe a Colômbia de qualquer tipo de situação que ocorra internamente", afirmou a nota da chancelaria de Bogotá.

Além dos vizinhos colombianos, Maduro disse ontem à noite que alguns dos responsáveis pelo atentado estão na Flórida e afirmou que espera que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colabore no combate a "grupos terroristas que pretendem assassinar presidentes".

"É claramente um desespero da direita por causa das medidas econômicas que estamos implantando", disse Maduro.

Na semana passada, o país detalhou o plano de reconversão monetária. A medida prevê a eliminação de cinco zeros do bolívar a partir de 20 de agosto e a retirada de restrições de operações cambiais. O objetivo é atacar a inflação galopante.

Apesar das acusações de Maduro, o grupo autodenominado "Soldados de Flanela" postou no Twitter uma mensagem assumindo a responsabilidade do ato. O plano, segundo a organização, era descarregar explosivos C4 contra o palco em que estava o presidente venezuelano, mas que os drones foram abatidos por soldados.

"Demonstramos que eles são vulneráveis. Não conseguimos hoje, mas é uma questão de tempo", disse o grupo. Fonte: Associated Press.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que a partir desta sexta-feira, 1º, a Comissão da Verdade iniciará um processo para libertar um grupo de opositores acusadas de tentar derrubar o governo e gerar violência política.

A Comissão, criada em agosto 2017 pela Assembleia Constituinte e composta inteiramente de delegados pró-governo será responsável por revisar todos os casos, com vista à libertação de um número ainda indeterminado de opositores do governo, disse na quinta-feira, 31, Jorge Rodríguez Ministro da Comunicação e Informação.

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O processo de "benefícios processuais para este grupo de pessoas" começa nesta sexta, disse Rodríguez, sem dar outros detalhes, após uma reunião entre Maduro e os governadores de oposição dos estados Táchira, Mérida, Anzoátegui e Nueva.

O anúncio foi feito sete dias após Maduro jurar perante a Assembleia Constituinte, que iria iniciar um processo de "reconciliação nacional".

Se nas próximas 24 horas "vermos os resultados positivos" em relação às centenas de presos políticos, "estamos dispostos a nos aprofundar em outras questões de interesse nacional", disse Laidy Gómez, governadora da província de Táchira.

O governo de Maduro já liberou outros presos políticos, mas organizações de direitos humanos denunciam que é uma porta giratória, já que, enquanto algumas pessoas são libertadas, outras são detidas.

Os candidatos de oposição na Venezuela, Henri Falcón e Javier Bertucci, reuniram-se para avaliar uma aliança que permita um único candidato opositor contra o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que buscará a reeleição na votação do dia 20.

A reunião privada em Caracas pode definir uma aliança entre os candidatos para fortalecer a oposição. Na quarta-feira (9) o terceiro candidato opositor, Luis Alejandro Ratti, retirou sua participação nas eleições para apoiar Henri Falcon.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se comprometeu nesta quinta-feira (11) em dar garantias plenas para a realização de eleições presidenciais neste ano, exigência feita pela coalizão oposicionista em reunião com integrantes do governo venezuelano na República Dominicana.

Maduro disse também que seus negociadores têm instruções de avançar na reunião com os opositores em acordos para a defesa, para a economia e para a proteção dos direitos econômicos e sociais dos venezuelanos. Os comentários foram feitos durante evento no palácio do governo, em Caracas.

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O presidente venezuelano indicou que esperava que, na reunião desta quinta-feira na capital dominicana, um "acordo primário" fosse atingido entre os delegados do governo e os da oposição. O terceiro encontro se iniciou em Santo Domingo, com a presença do presidente dominicano, Danilo Medina, do ex-primeiro-ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero, e dos chanceleres de diversos países da região. Fonte: Associated Press.

O caso envolvendo o brasileiro Jonatan Diniz, 31 anos, preso na Venezuela em “um edifício de segurança”, segundo o governo venezuelano, desde o último dia 26 de dezembro, sem detalhar se é uma prisão ou delegacia apenas informando que ele está bem, foi comentado pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL) nesta sexta-feira (5). O parlamentar pediu transparência no caso e criticou o governo Maduro. 

“Por várias vezes me pronunciei contrário à postura de Maduro, autoritária e antidemocrática, ao responder com violência às manifestações populares de grupos de oposição ao seu governo. Situação que vivemos também no Brasil, sobretudo por ação dos governos estaduais, mas também com a resposta do governo federal solicitando a ação das forças armadas contra manifestantes desarmados na Esplanada dos Ministérios, e que criticamos veementemente”, escreveu em seu Facebook. 

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Jean Wyllys falou que Jonatan possui direitos. “Ainda que as acusações contra ele sejam verificadas e provadas, elas precisam ser feitas com plena transparência, no tempo certo e com a plena garantia de direitos que são internacionalmente reconhecidos, e não com cortinas e pronunciamentos imprecisos”. 

O deputado também falou, como membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e também do Parlamento do Mercosul, que vai acompanhar o caso. “A urgência dos fatos não pode ser sequestrada por uma disputa política entre apoiadores e opositores do governo Maduro, seja por iniciativa de quem for, sob risco à própria justiça”, salientou. 

De acordo com a família de Diniz, ele reside nos Estados Unidos e foi à Venezuela com o objetivo de se envolver com ações de caridade. 

 

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