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O poder da voz cantada de maneira pura e em coro é o destaque do Festival Nacional de Corais (Fenace). O evento, que vai até o sábado (11), traz 21 corais de todo o Brasil para cantar composições líricas e populares, seja com acompanhamento ou a capella.

O palco desta 14ª edição é o Teatro de Santa Isabel e o grande homenageado é o escritor Ariano Suassuna. Abrindo a programação, o Maestro Forró faz sua homenagem ao mestre armorial cantando Madeira que cupim não rói, acompanhado de Cícero Batom (pandeiro) e Bráulio Ferreira (cavaquinho).

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"Escolhi essa canção para homenageá-lo porque Capiba era um grande amigo de Ariano e ele mesmo gostava bastante dessa canção, que representava uma bandeira de luta", contou o Maestro Forró, em entrevista ao LeiaJá. O músico também comentou a importância da homenagem ao escritor. "Ariano é importante para todas as artes, inclusive a música. Acredito que ele levantou bandeiras incomuns para a época e por isso é uma fonte de inspiração para para todos os artistas brasileiros. Fico feliz pelo convite e pela oportunidade", completou Forró. Germana Suassuna, neta de Ariano, recebeu as homenagens no palco em nome do avô.

O público, em sua maioria fãs de canto coral e membros de coros, aprovou o Fenace. "Eu acho importante um evento nesse nível para que haja mais divulgação de grupos de corais. Além disso, festivais assim dão oportunidade para grupos se conhecerem e trocarem experiências", comentou Josi Andrade, estudante de música e membro do coro da UFPE.

"Este festival é importante por promover essa troca de ideias e energias entre os participantes. Além disso, é uma felicidade fazer nosso evento no Teatro de Santa Isabel", comenta Suely Farias, coordenadora do evento desde o início e que faz parte do coral da Chesf há mais de 15 anos.

Dezenas de corais participam do evento, com diversos tipos de pessoas, apaixonadas por música e de todas as idades. Entre eles está Dimas Soares, de 84 anos, que canta em corais há 17 anos e faz parte do Coral Espírita AFAG há 14. "Cresci ouvindo música. Meu pai era tenor (assim como Dimas) e minha irmã soprano, sempre tive contato com música". Mesmo se locomovendo com a ajuda de um andador, Dimas faz questão de participar das apresentações do grupo e também participa de peças de musicais. "Cantar me rejuvenesce. Me sinto com 18 anos, aliás, com minha idade invertida, com 48", afirma, sorrindo.

O objetivo principal do evento é divulgar o canto coral e também promover uma troca de experiências entre todos os cantores. São corais de empresas, instituições e também independentes. Em 2014 o Fenace também recebe dois italianos: Amerigo Caponi e Giuseppina Tuccito. Mais de 2 mil pessoas são esperadas no três dias do festival. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), mais um quilo de alimento não perecível.

Os alimentos serão doados para o projeto Ação Cidadania Contra a Miséria e a Fome - Pernambuco Solidário. Além das apresentações no Teatro de Santa Isabel, há ainda outras programadas para acontecer no Hospital de Câncer de Pernambuco e na Casa da Cultura. 

Confira a programação dos próximos dias do Fenace:

Sexta (10)

- Solo Lírico - Jadiel Gomes (PE)
- Coral AABB em Canto - Regente: Sirlene Costa (PE)
- Coral CESMAC - Regente: Luiz Martins (AL)
- Coral CHESF - Regente: Jadson Oliveira (PE)
- Coral Clarear - Regente: Tércia de Souza (RN)
- Coral da Desenbahia - Regente: Natanira Gonçalves (BA)
- Coral do Sebrae - Regente: Rosângela Albuquerque (RN)
- Coral Lacen - Regente: Kátia Cucchi (BA)
- Coral Harmonia - Regente: Elias Santos (SE)
- Coral do Sistema Fiea - Regente: Fernando Rolemberg (AL)
- Coral Verdes Vozes - Regente: Ana Cléria (CE)
- Entrega dos Troféus e Certificados aos Participantes

Sábado (11)

- Solo Lírico: Amerigo Caponi e Giuseppina Tuccitto (Itália)
- Coral EID - Regente: Vanessa Santana (PE)
- Coral Canto Livre - Regente: Jadiel Gomes (PE)
- Coral Canto no Ponto - Regente: Jadson Oliveira (PE)
- Coral Canta Vitarella - Regente: Elijane Áurea (PE)
- Coral Hope Esperança - Regente: José Sebastião de Melo Júnior (PE)
- Entrega dos Troféus e Certificados aos Participantes

Serviço

14º Festival Nacional de Corais (Fenace)

sexta (10) e sábado (11) | 19h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 10 (inteira) e R$5 (meia) mais um quilo de alimento não perecível

A Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH), regida pelo irreverente Maestro Forró, irá abrir neste sábado (26) um dos maiores festivais do Rio de Janeiro – o Festival de Inverno do Sesc-RJ. O evento ocorre até o dia 10 de agosto, passa por três cidades do Estado, Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, e é gratuito.

O Festival começa em Nova Friburgo com a apresentação da OPBH, que também fará shows nas outras cidades nos dias 29 e 30 de julho. Maestro Forró e sua orquestra irão apresentar para o público o show do disco #CabeçaNoMundo, vencedor na categoria regional do Prêmio da Música Popular Brasileira em 2013. O repertório é composto por 12 músicas que passeiam pelo frevo, ciranda, forró, cumbia e até um inusitado maracatu funkeado, entre outros ritmos. 

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A Orquestra regida pelo Maestro Forró nasceu há 11 anos, na zona norte do Recife. Hoje é um dos mais expressivos exemplos da união do estudo da música, do profissionalismo e da organização popular. Atualmente é formada por 27 componentes, sendo um grupo consolidado e reconhecido dentro e fora do Brasil.

Fundador da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, o Maestro Forró lança nesta sexta-feira (11) o seu novo projeto musical chamado Maestro Forró Trio. Nesta nova empreitada, o músico faz releituras do frevo com instrumentos pouco usuais na execução do ritmo pernambucano. A apresentação será realizada no Paço do Frevo, Bairro do Recife, às 12h. A entrada é gratuita.

Para a primeira apresentação, serão usados trompete, tuba e pandeiro. “Este projeto reforça, amplia, cria novas formas de execução do frevo. A ideia é tocar o frevo com diferentes formações, ou seja, na próxima apresentação, mudaremos os instrumentos. Isso é arriscar, experimentar, inovar, é laboratório. O mais importante é criar outros caminhos para executar o ritmo”, explica Forró. 

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Paço do Frevo recebe Adelmo Apolônio e Maestro Forró

No repertório da apresentação desta sexta-feira (11) estão músicas autorais, como Suíte América e Frevando em Paris, além de clássicos do frevo, como Cabelo de Fogo, do Maestro Nunes. Maestro Forró fará o show acompanhado dos músicos Batom (pandeiro) e Waltinho de Souza (Tuba).

Serviço

Show Maestro Forró Trio

Sexta (11) | 12h

Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3355 9500

*Com informações da assessoria

O Paço do Frevo, no Bairro do Recife, recebe nesta semana duas importantes atrações para a perpetuação e renovação do frevo em Pernambuco. A Orquestra Adelmo Apolônio se apresenta nesta quinta-feira (10), na edição da Quinta no Paço, e na sexta (11) é a vez do Maestro Forró lançar o seu novo projeto, o Maestro Forró Trio.

De uma reunião com amigos, surgiu a ideia de montar uma orquestra de frevo que revisitasse clássicos do frevo e pudesse divulgar a cultura nordestina pelo mundo. Foi assim que o instrumentista, regente e produtor artístico Adelmo Apolônio criou a Orquestra Tradicional de Olinda, em 1987, que anos depois ganhou o nome de seu regente e fundador. A apresentação terá início às 18h30 e será realizada no 3º andar do Paço. O acesso só será permitido mediante a apresentação do ingresso do centro cultural. 

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Seguindo a proposta da programação, o Maestro Forró Trio traz releituras do frevo em diferentes formações de bandas. Para a primeira apresentação serão usados apenas trompete, tuba e pandeiro. No repertório da apresentação desta sexta-feira (11), às 11h, estão músicas autorais como Suíte América e Frevando em Paris, além de clássicos do frevo, como Cabelo de Fogo (Maestro Nunes). A entrada é gratuita.

Serviço

Quinta no Paço, com Orquestra do Maestro Adelmo Apolônio

Quinta (10) | 18h30

Paço do Frevo (Praça do Arsenal, s/n – Bairro do Recife)

Entrada mediante apresentação do ingresso 

Hora do Frevo, com Maestro Forró Trio

Sexta (11), às 12h

Paço do Frevo (Praça do Arsenal, s/n – Bairro do Recife)

Gratuito

O Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH) lançam nesta quinta-feira (17) o DVD do premiado álbum #CabeçaNoMundo, que conquistou o prêmio da música popular brasileira em 2013. A apresentação será gratuita no Teatro de Santa Isabel às 20h. 

O repertório do DVD, composto por 14 faixas, mescla o erudito e o popular. #CabeçaNoMundo tem músicas autorais e canções de grandes nomes pernambucanos como Fred Zeroquatro e Nelson Ferreira. A apresentação terá algumas novidades que foram inclusas no DVD como uma versão do Hino Nacional com maracatu, ciranda e frevo. 

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O Maestro Forró e a OPBH também farão uma homenagem a Reginaldo Rossi, tocando a música Tô Doidão. O show de lançamento ainda terá presenças de Lirinha, ex Cordel do Fogo Encantado, e de Marco César, consagrado bandolinista e professor. 

Os ingressos serão distribuídos na quinta-feira (17) a partir das 19h na bilheteria do Teatro de Santa Isabel.

Serviço

Show de lançamento do DVD #CabeçaNoMundo

Quinta (17) | 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República- Santo Antônio)

Gratuito- retirada de ingressos a partir das 19h na bilheteria do teatro

(81) 3355 3323

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Neste domingo (29), as ruas do Bairro do Recife estavam tomadas pela música de Reginaldo Rossi, mas a grande homenagem ficou por conta da banda Faringes da Paixão, em show realizado no Marco Zero, dentro do projeto Recife Antigo de Coração. A apresentação teve 90% do repertório com músicas do Rei do Brega, que faleceu há dez dias.

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Com um Marco Zero lotado, Faringes da Paixão iniciou o show cantando o sucesso A Raposa e as uvas, seguindo com Quatro Estações e Leviana, que foi cantada em coro pelo público. Além da música de Rossi, a banda tocou algumas músicas novas do CD lançado no último sábado (28).

Victor Moraes, de 29 anos, foi ao show por causa da homenagem e por ser fã da Faringes da Paixão. “Não existe ninguém hoje, no Recife, que representa Reginaldo Rossi como Faringes da Paixão”, disse Victor ao LeiaJá. Ele ainda destacou a animação e o amadurecimento da banda. “Faringes melhorou muito desde o primeiro show. Eles estão mais profissionais e maduros”, completou. As amigas Sulamita Santos, 42, e Maria do Carmo, 40, também compareceram  para o show em homenagem a Rossi. “Eu nunca vim ao Recife Antigo de Coração, mas como sou fã de Reginaldo Rossi e já conhecia a banda Faringes da Paixão, resolvi comparecer”, contou Sulamita.

A homenagem continuou com as músicas românticas de Reginaldo Rossi. “Pense num cara que sabe falar de amor. Assim era Reginaldo Rossi”, disse Marcelo Araújo, vocalista da banda, durante o show. A lotação não impedia os casais apaixonados de dançarem ao som das músicas. A banda ainda emplacou alguns sucessos de Alceu Valença e o Hino do Elefante, anunciando que o carnaval já está próximo, além de sucessos de Lenine e Chico Science mesclados com a música de Rossi Recife, minha cidade. O encerramento do show veio ao som de Garçom, também cantado em coro pelo público. Certamente, foi uma apresentação histórica na carreira da banda.

O vocalista da banda ressaltou que todo show da Faringes da Paixão é uma homenagem a Reginaldo Rossi. “Essa é uma homenagem especial, já que tem mais músicas do rei e também porque estamos no centro do Recife”, contou Marcelo ao LeiaJá. “O CD novo da banda não possui músicas de Reginaldo, mas o show deste domingo terá uma gravação disponibilizada na web”, completou o vocalista. Já o divulgador Eraldo Gonçalves, de 62 anos, disse que vendeu cerca de 900 CDs de Reginaldo Rossi desde a última sexta (27).

As apresentações continuaram no Marco Zero com o show Frevo, samba, soul e qualquer coisa, do Maestro Forró, e com o som da bateria do Patusco, que realiza ensaios para o carnaval 2014 todo domingo desde o dia 8 de dezembro. Outros polos também continuaram tendo shows. O samba dominou a rua da Moeda e o cantor Adilson Ramos se apresentou na Praça do Arsenal.

Recife Antigo de Coração

O projeto da Prefeitura do Recife, que acontece no último domingo de cada mês, ainda contou com polo infantil, exposição de carros antigos e a tradicional feira na rua do Bom Jesus. Além disso, o Recife Antigo de Coração integra a ciclofaixa e prática de esportes como o basquete e futebol.

O cantor pernambucano Almir Rouche lança seu novo trabalho, o CD Portal da Alegria, nesta sexta (4), às 21h, no Palácio do Galo. O lançamento tem a presença confirmada do Maestro Forró, que fez uma participação especial nas faixas Frevo Celestial (voz) e Sereia Menina (trompete). O CD demorou um ano para ser finalizado e foi realizado pela gravadora do próprio artista.

O disco conta 19 faixas, sendo duas autorais de Almir, intituladas Dunas e Oxum, além  regravações de artistas como Renato Russo, Tim Maia e Reginaldo Rossi, e de parcerias como as músicas É um bicho comendo o outro, Oitava Maravilha, Erva Doce e Portal da Alegria, faixa que dá nome ao trabalho. O hit Carnaval do Brasil, incluído no CD, foi produzido para o carnaval 2014, em homenagem à alegria do povo pernambucano.

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Teatro e música de uma forma única. O Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério lotaram o Teatro Santa Isabel, localizado na zona central do Recife, para a gravação do seu segundo dvd, o #CabeçaNoMundo. Logo no começo, Forró deixou um recado: “A Bomba do Hemetério está no Universo e o Universo está na Bomba do Hemetério”.

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Um espetáculo bastante esperado pelos fãs e que superou todas as expectativas. Com cenário simples, feito basicamente de uma iluminação bem elaborada que deu um toque especial ao espaço, o Maestro Forró e a OPBH abrilhantaram a noite e fizeram a alegria do público.

Entre os convidados estavam o Seu Tenório, primeiro professor de música do maestro, o músico Claudionor Germano e a secretária de cultura do Recife, Lêda Alves, que foi citada pelo maestro e participou de uma brincadeira que ele fez ao término do show. “Eu acho que a apresentação de Forró aqui no Santa Isabel prestigia o teatro. Acrescenta à história do lugar receber um artista como ele. Somos amigos desde jovem e sempre que eu estou exercendo alguma função de poder, dou uma mão e crio espaço para que o povo conheça a alegria dele. Ele não me dá trabalho, ele é ótimo!”, comentou a secretária.

Quem também foi lembrado durante a apresentação foi o Maestro Formiga, que recebeu uma homenagem na primeira participação musical recebida no palco. O bandolinista e professor Marcos César subiu para tocar uma música e fez a alegria de todos ao misturar o som do bandolim com os metais da orquestra.

A segunda participação foi do cantor e ex-integrante da banda Cordel do Fogo Encantado, Lirinha. A música da vez foi “Recife Iluminado” que, segundo Forró, foi feita por ele pensando numa voz que não apenas cantasse. “Recife democrático é isso! Lirinha veio aqui e declarou ao seu jeito. Ele faz teatro com a voz”, falou o maestro.

O único convidado para participar da gravação do DVD que não pode comparecer foi o músico Fred 04, da banda Mundo Livre S/A. Fred está com uma inflamação na lombar e teve que ficar de repouso para poder se recuperar. Mesmo assim, Forró cantou a música "meu esquema", em homenagem ao amigo.

Entre os fãs estava o químico Agrinaldo Júnior, que sentou na primeira fila. “Admiro bastante o trabalho dele. Sou de Maringá, no Paraná, e vim morar no Recife há pouco tempo. Esse é o primeiro show que vejo ao vivo. Sempre assisto na internet. Cheguei cedo aqui e consegui entrar”, pontuou. A entrada para o show foi gratuita e ocupou os 700 lugares do teatro.

Durante toda a apresentação Forró conversou com o público e com os convidados. Sempre brincalhão e bem humorado, o maestro ganhou até um “filho”. Uma fã levou um boneco usando as mesmas roupas que o músico e chamou a atenção de todos. “Eu não lembro de ter feito nenhum menino. Eu lembro dos que eu tenho em casa, mas esse aí não é meu não”, brincou.

Ainda durante o show, o maestro deu um recado sobre a atual situação vivida pelo país. “A nacionalidade não pode apenas aparecer na copa ou só nas passeatas. Passeatas são massa, mas sem violência, sem quebradeira. As coisas não podem se misturar. Temos que nos posicionar da maneira correta. Em casa, no trabalho e em qualquer lugar, temos que ser os mesmos”, afirmou.

Logo depois do conselho, o hino nacional foi entoado e acompanhado de pé pelas 700 pessoas que acompanhavam o show. Tocado bem ao estilo pernambucano, Forró ainda disse “do nosso jeitinho é mais legal”. Ao término da gravação, toda a OPBH saiu do teatro tocando e seguiu para as ruas, contando com a animação do público para encerrar a noite musical.

Em entrevista ao Portal LeiaJá, o Maestro Forró falou da sensação de estar à frente da OPBH e de saber que a Bomba do Hemetério não pertence mais ao Recife e sim ao mundo. “Antes de eu nascer a Bomba já era dessa maneira, já era muito rica. A gente apenas juntou vizinhos e amigos para fazer um trabalho de pesquisa, manutenção, releitura e interação. A Bomba do Hemetério é um país cultural”.

Algo que também gera curiosidade é o nome do cd. “O nome tem a hashtag, que pouca gente sabe que o 'jogo da velha' da rede social é um sustenido em música. Vê como a gente se comunica e não sabe, né? Por isso que eu coloquei esse nome. Estamos no mundo”, afirmou.

Segundo Alessandro Guedes, diretor do DVD, foram usadas oito câmeras HD gravando simultaneamente a apresentação. "Dá muito trabalho. O trabalho começa bem antes. É necessário conhecer o artista antes e ficar o mais próximo possível das músicas, do que ele quer. A partir daí, a gente vai vendo a necessidade. Já trabalho com a Orquestra e tenho intimidade com o trabalho, isso facilita, né? O maestro é muito cênico e isso ajuda muito no audiovisual", pontuou.

 Tumulto

Antes do começo do show, uma pequena confusão se instalou na entrada do teatro. Cerca de 200 pessoas disseram estar na fila para pegar o ingresso desde cedo e não conseguiram entrar, alegando que a produção teria pego mais ingresso e deixado poucos para o povo.

“Foi anunciado que as pessoas deveriam chegar cedo. Cheguei às 18h e logo depois uma pessoa do teatro começou a avisar que só tinham 80 ingressos. Deram prioridade para quem é da produção e deixaram a gente de lado”, relatou Marta Souto Maior, servidora pública.

A técnica de enfermagem Laura Patrícia também deu sua opinião sobre o ocorrido. “É uma falta de respeito com o público. 400 ingressos ficaram para as pessoas da produção e o resto pra gente. Não tinha nem 200 pessoas esperando na fila e não vamos poder entrar. Eu vim do Janga e não vou conseguir assistir ao show”, reclamou.

Em resposta às reclamações, o Maestro Forró afirmou: “Eu fico muito triste. No lançamento do CD, em Novembro, quando a gente ganhou o prêmio da música Brasil, nós fizemos o show no Dona Lindu e aconteceu a mesma coisa. O ruim é que o povo as vezes não entende o seguinte: o teatro só cabe, em média, 700 pessoas. Então, não é uma questão de não ter ingresso, mas sim de superlotação. A distribuição de ingresso foi acompanhada por mim. Nós não podíamos pegar todos os ingressos pra gente. É uma norma da prefeitura e desse teatro. Mais de 60% dos ingressos ficaram para o público e, infelizmente, não deu pra quem chegou depois. Se dependesse de mim e da Orquestra, a gente colocaria até um telão aí fora. Eu poderia, inclusive, fazer um show lá fora, como a gente fez no final, fomos pra rua e ficamos tocando. A gente adora e gosta muito do povo. Peço que entendam que não foi culpa nossa ou da produção”.

Popularizar o erudito e eruditizar o popular é um dos mantras que o pernambucano Maestro Forró não cansa de repetir e faz questão de incorporar em todos os seus projetos à frente da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH). Pensando nisso, o Maestro Forró e a OPBH farão o show neste sábado (21), às 19h30, no Teatro de Santa Isabel, para a gravação do DVD do mais novo CD da OPBH, o #CabeçaNoMundo.

O concerto, que contará com participações de Lirinha, ex-integrante do Cordel do Fogo Encantado, Fred 04, vocalista da Mundo Livre S/A, e do bandolinista e professor Marco César, terá uma junção de dança, música e teatro. 

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O lançamento do DVD está previsto para o início de 2014 e será o segundo da OPBH que, em (2008), gravou o contagiante Jorrando Cultura Ao Vivo nas versões DVD/Blu-ray. 

A Orquestra Popular da Bomba do Hemetério foi idealizada e formada pelo músico, compositor e arranjador Francisco Amâncio da Silva, o Maestro Forró, que comanda uma equipe de 26 integrantes reunidos pelo desejo de fazer música da própria comunidade, na Zona Norte do Recife. 

O show será gratuito e a distribuição dos ingressos começarão às 18h30 na bilheteria do teatro. 

Serviço

Gravação do DVD #CabeçaNoMundo

Sábado (21) l 19h30

Teatro de Santa Isabel (Praça da República)

Gratuito

 

O regente da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, o Maestro Forró, lança a primeira edição do projeto Andante na sexta (24), às 20h, na livraria Cultura do Shopping Riomar. O programa de TV percorreu lugares inusitados em três países do Leste Europeu e conta a troca de experiências vividas por Forró entre Brasil e estes países. O projeto foi idealizado por Alessandro Guedes juntamente com o maestro.

A série completa em estilo diário de viagem, contém dez capítulos com 26 minutos cada. "De fato, é uma coisa fora do padrão. O tema vem do andamento, do andante que anda, do andarilho, pesquisador. O Andante é uma expressão musical. Os pilares que acompanham a trajetória desde o começo do Maetro Forró são a pesquisa, manutenção, releitura e interação", descreve Forró.

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O ponto de partida do Andante é o bairro da Bomba do Hemetério, local em que o maestro reside. Forró revela suas influências e viaja pelas cidades de Istambul (Turquia), Sófia e Gabrovo (Bulgária), Bucareste e Draguseni (Romênia), através de um intercâmbio musical entre a cultura pernambucana e a européia. "A parte mais gostosa é a interação. Interagir nossas culturas com qualquer cultura. Percebemos nossos costumes como costumes universais. Aprendi história de dez, doze anos, em 20 dias", conta ele.

Forró, no ano 2000, viajou para a Europa e já havia conhecido a Turquia. Mas, segundo ele, dessa vez foi diferente. "Eu já tinha visitado alguns países para cumprir agenda com a orquestra e outros músicos. Desta vez eu pude aprofundar e comprovar pra mim mesmo e pra muita gente que é possível a gente se comunicar de verdade através das artes. Foi a experiência mais prazerosa da minha vida", declarou o maestro.

O regente que levou alguns instrumentos para as gravações de Andante, percebeu alguns elementos bem parecidos com a cultura pernambucana, como o zabumba. "Quando Luiz Gonzaga era criança, os turcos eram caixeiros viajantes que invadiram o Nordeste do Brasil cantando e tocando instrumentos e ele viu aquilo", comenta ele. Além dos instrumentos, algumas cidades, segundo ele, podem ser comparadas com regiões de pernambuco: "Na Romênia, na regição de Bucovina, é impressionante. Se você congelar a imagem, a impressão é de que as pessoas são da Zona da Mata. O som parece com o maracatu rural", explica Forró.

Gravado no segundo semestre de 2012, produzido pela Recife Produções e Cabra Quente Filmes com incentivo do Funcultura, o programa Andante será transmitido pela TV Universitária aos sábados, começando pelo próximo (25), ao meio-dia, com reprise aos domingos, às 21h30.

De volta à estrada após o carnaval, o Maestro Forró e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério participam da festa Trindade Folia neste, realizada em Trindade, Agreste de Pernambuco, neste domingo (10). Entre as atrações do evento estão também o cantor Geraldinho Lins e a banda Babado Novo.

No repertório da OPBH, músicas como Suíte América, Luanda D’agora e Fantasia Elefante. Além disso, a Orquestra traz no set list as canções do novo disco Cabeça No Mundo – lançado em novembro de 2012.  

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O carnaval fora de época Trindade Folia começa nesta sexta (8) com shows da Banda Mel e o Trio da Huanna e segue até o domingo (10), com o concerto do Maestro Forró e da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. 

Serviço

Trindade Folia

Maestro Forró e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, Geraldinho Lins e Babado Novo

Domingo (10)

Coco, xaxado, frevo, forró, ciranda, chorinho, cumbia e até um maracatu funkeado fazem parte do caldeirão cultural que traduz o novo trabalho da Orquestra da Bomba do Hemetério (OPBH) intitulado #CabeçaNoMundo. O disco, segundo da carreira da OPHB, chega para celebrar os dez anos da orquestra, comemorados em grande estilo neste sábado (17) com o lançamento do CD no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

#CabeçaNoMundo nasceu do aprofundamento da filosofia de trabalho de Francisco Amâncio da Silva, o irreverente Maestro Forró, líder e fundador da orquestra. Pesquisa, manutenção (da pesquisa), releitura e interação de linguagens integram o mantra do maestro. Tão popular quanto acadêmico é o #CabeçaNoMundo, que se comunica com todo o mundo, à medida que "populariza o erudito e eruditiza o popular", como gosta de frisar o Maestro Forró.

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O caráter universal do disco começa pela hashtag (#),incluída no nome do álbum. "Foi uma escolha que fiz porque além de fazer referência à potencialização da comunicação nas redes sociais, que ligam pessoas de todas as partes do mundo, é o mesmo símbolo do 'sustenido' na música. Ou seja, está tudo conectado", explica o maestro. As andanças da Orquestra, que este ano realizou turnês em Cuba, Europa e Estados Unidos, influenciaram diretamente na essência do novo trabalho, que eliminou qualquer tipo de fronteira entre local e universal. "Quando eu estava em Cuba, eu me sentia em casa, como se estivesse na Bomba (do Hemetério). É esse o sentimento que nós pensamos em transmitir através do disco, tratar todo mundo como cidadãos do mundo. Acredito que antes de ser uma comunidade do Recife, a Bomba é uma comunidade do mundo. O mundo está na Bomba e a Bomba está no mundo", atesta o maestro.

#CabeçaNoMundo é denso de informação, mas de curta duração. São 12 faixas, seis com letras e seis instrumentais. Ousadia não faltou no novo trabalho da OPBH. A começar pela primeira faixa, intitulada Frevo de Bolso, que além de inspirada em elementos circenses (outro símbolo cosmopolita), teve a tuba substituída por um piano de calda no acompanhamento. Ousadia maior foram as participações escolhidas para o disco. O ex-Cordel do Fogo Encantado, José Paes de Lira, o Lira, empresta sua voz para o frevo de bloco Recife Iluminado. "Para essa música, eu quis a forma peculiar do Lirinha cantar, essa voz teatralizada. Nessa faixa, eu vejo mais teatro do que música, ou tudo junto e misturado", reflete o fundador da Orquestra. Outra participação pernambucana é a de Fred04, vocalista do Mundo Livre S/A, que divide os vocais com o Maestro Forró na versão frevada de Meu Esquema, um dos maiores hits do Mundo Livre. O bandolinista e professor Marcos César completa o time de participações especiais do disco na faixa Formiguiando, dedicada ao Maestro Ademir Araújo, o Formiga. "Ele tem a ver com a história das orquestras populares, essa coisa inquieta, que tem tudo a ver com o nosso trabalho", diz Forró.

Outro momento inusitado é na terceira faixa, Tô Doidão, hit de Reginaldo Rossi que foi sucesso nas rádios nos anos 1970, e que, no disco, ganhou uma roupagem de frevo. Também de homenagens é feito o #CabeçaNoMundo. Além do Maestro Formiga e Reginaldo Rossi, Nelson Ferreira é lembrado na releitura de seu clássico Óia a virada. Segundo Maestro Forró, o compositor teve papel importante na caracterização do frevo enquanto ritmo. "Nelson foi o divisor de águas que transformou o frevo em frevo puro. Ele retirou do frevo algumas características que trazia do começo, quando o ritmo começou como marcha". Na última faixa, que leva o nome do álbum, o ouvinte se depara com todo o CD reunido em 1:11. Trata-se de um remix, assinado por Jorginho Manêro, com pequenos trechos e ruídos das músicas que compõem o disco.

Atualmente formada por 27 integrantes, dos quais 21 são músicos e seis são técnicos, a Orquestra da Bomba do Hemetério completa, com o novo disco, um ciclo de aprendizado fruto do contato com o mundo. "Estamos abertos a world music, música eletrônica. A ideia é trazer o que está distante para mais perto de nós", afirma Francisco Amâncio.

Na ocasião do show de lançamento, que conta com incentivo do Funcultura, assim como o disco, a OPBH toca o #CabeçaNoMundo na ordem, misturando teatro, dança e música, com direito à presença das participações especiais. #CabeçaNoMundo tem concepção e direção musical e artísticas assinadas pelo Maestro Forró, produção executiva de Alessando Guedes - que participou dos trabalhos anteriores da OPBH (CD e DVD Jorrando Cultura Ao Vivo) - e assistência de direção musical do instrumentista da Orquestra, Waltinho D'Souza. A arte da capa é de Eduardo Padrão. Segundo Alessandro Guedes, adequar a arte do disco com o som da OPBH foi um dos maiores desafios. "A produção da capa foi uma longa discussão, pois tivemos a preocupação de traduzir o sentimento do disco através de uma boa apresentação do produto".

Recentemente, o Maestro Forró e OPHB receberam das mãos da presidente Dilma Rousseff, em Brasília, a Ordem do Mérito Cultural, uma das maiores honrarias culturais do Brasil.

Serviço

Lançamento do CD #CabeçaNoMundo do Maestro Forró e da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH)

17 de novembro (sábado), às 20h

Teatro Luiz Mendonça - Parque Dona Lindu (Av. Boa Viagem, s\n, acesso pela Rua Setúbal)

Gratuito

O Maestro Forró e sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério irão receber, no próximo dia 5, em Brasília, a mais importante comenda cultural do Brasil. Trata-se da Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida pelo governo federal que premia personalidades, órgãos e entidades, grupos e iniciativas com relevantes contribuições à cultura brasileira.

A Ordem do Mérito Cultural será entregue pela presidente Dilma Roussef a Francisco Amâncio da Silva, criador que incorpora o irreverente Maestro Forró. Forró e sua OPBH participaram da entrega da comenda em 2011, em cerimônia realizada pela primeira vez no Nordeste, no Teatro de Santa isabel, no Recife.

Forró, além de chamar atenção pelas roupas coloridas e performances acrobáticas nas apresentações da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, também é notável pelo trabalho que realiza com seus músicos e com a comunidade do bairro onde mora até hoje, a Bomba do Hemetério. Ele mantém uma escola popular de música no local e mudou a paisagem cultural do bairro com diversas ações culturais.

O Maestro Forró há muito tempo chama atenção e conquista públicos com sua interpretação enérgica, gestos largos e figurino chamativo ao reger sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, além, claro, da qualidade musical de seus trabalhos. Personagem definitivo criado pelo músico Francisco Amâncio da Silva, Forró já rodou o mundo acompanhando diversos grupos e artistas e conheceu diversas culturas e musicalidades, trazendo para seu universo esse conhecimento.

As viagens e a constatação das similaridades culturais entre lugares tão distantes e diferentes como Brasil, Turquia ou Macedônia, transformaram-se em uma ideia: fazer um programa televisivo visitando diferentes países e descobrindo, in loco, as semelhanças entre suas culturas e musicalidades.

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Neste sábado (4), Maestro Forró embarca com sua equipe para a Europa, com o objetivo de gravar dez episódios do programa Andante, que será exibido pela TV Universitária. Ele conversou com o Portal LeiaJá e falou sobre o projeto. Confira:

A ideia de Andante surgiu em viagens que você fez e nas quais encontrou similaridades entre a musicalidade de outros países e a brasileira. Quando e para onde foram essas viagens?
Comecei a viajar em meados da década de 1990, quase todos os anos regularmente, com vários artistas diferentes, como o Maracatu Nação Pernambuco, DJ Dolores, Mundo Livre S/A. Foram ao todo 38 países viajando como músico, arranjador ou diretor musical com outros grupos. Na verdade, o programa Andante é o que o personagem Maestro Forró já faz, em tudo ele fala do princípio da interação das linguagens. É constatar que o mundo todo é muito parecido culturalmente, e as pessoas fazem o “favor” de rotular, separar as coisas.

Eu identifiquei, em várias viagens que fiz com outros grupos, várias características em comum. Por exemplo, na Turquia, a voz do alto falante que convoca os religiosos muçulmanos para seus cultos parece muito com o aboio nordestino. Na Macedônia, no Leste Europeu, a formação das orquestras parece muito com a formação das orquestras pernambucanas. O mundo todo tem muita coisa em comum.

E por quais países o programa vai passar?
Bulgária, Romênia e Turquia. Vamos fazer algumas cidades do interior destes países. Nossa produtora chegou antes para fazer a pré-produção. Vai ter, claro, alguns grupos já combinados, mas também terão as pessoas com quem a gente vai topar, principalmente nos mercados públicos. A gente não vai interagir apenas com a música, com o som, vamos interagir também com a culinária dos lugares. E o mercado público é onde tem soldado, cachorro, advogado, tudo junto, e todo mundo, de certa forma, igualitariamente. A gente vai se jogar de cabeça na cultura desses locais, partindo sempre do princípio de que estamos levando a Bomba do Hemetério para o mundo e o mundo para a Bomba do Hemetério, misturar isso e tirar uma nova informação.

Quantas pessoas fazem parte da equipe do Andante?
São quatro pessoas. Eu, como apresentador e músico que vai interagir com os outros músicos de lá; o diretor Alessandro Guedes, que dirigiu o DVD da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério; o diretor de fotografia e cinegrafista Çarungaua e a produtora executiva Anamaria Lima. É uma verdadeira equipe de guerrilha.

E são ao todo dez episódios...
Isso, dez episódios, valendo salientar que o primeiro já foi gravado na Bomba do Hemetério com algumas personalidades artísticas de lá, como Zé Amâncio do Coco. Estivemos na sede da Gigante do Samba... Só na Bomba a gente poderia gravar uns 20 episódios e ainda era pouco, porque o bairro é muito rico.

E que similaridades você identifica entre culturas e musicalidades tão diferentes?
Estou considerando a cultura uma coisa só. Nós é que criamos um padrão de sistematizar, rotular, separar e selecionar coisas, mas tudo se parece muito com tudo no mundo. A música da Turquia e da Macedônia, por exemplo, tem um ritmo que parece muito com o coco de roda. Tudo de lá tem coisas que lembram coisas de cá e tudo daqui tem o que lembra coisas de lá.

Por exemplo, tudo o que a gente tem hoje no Brasil de cultura, teatro, dança ou música, tem a ver, direta ou indiretamente, com as danças circulares, que chegaram do Oriente para a Europa e da Europa para o Brasil, onde transformaram-se em coco de roda, quadrilha. O mundo todo, de certa forma, é muito parecido culturalmente falando.

E o que você espera que o Andante cause nos espectadores recifenses?
Eu torço para que as pessoas curtam, gostem e identifiquem – ou não – coisas em comum. O principal objetivo do programa é o entretenimento, não só para as pessoas do Recife, pois queremos ampliar a exibição do programa. Não estamos preocupados em necessariamente causar um impacto, não é um programa jornalístico, é um diário de viagem do Maestro Forró, que vai interagir, se doar, se abrir para se comunicar com essas culturas e levar ao espectador essas experiências.

Eu vou levar comigo uma zabumba, um trompete, um pandeiro, meu corpo e minha voz e vou interagir com eles em busca daquelas características em comum. E eu espero que não haja uma unanimidade, que cada segmento de pessoas tenha uma interpretação diferente, mas que achem massa essa coisa de se comunicar através das artes com religiões diferentes, com pessoas de hábitos diferentes.

Espero que as pessoas gostem, que uma criança, um velho, um adulto se vejam ali. O personagem Maestro Forró sempre trabalha misturando várias informações e essas informações criadas através da mistura geram outras informações recheadas de vários aspectos: tradição, inovação, contemporaneidade. Isso é muito consciente, preparado, estudado, mas também bem espontâneo e comunicativo.

Toda quinta-feira as bandas Samba de Luxo e Madeira Delay recebem, no palco do UK Pub, um convidado para animar a noite. O convidado desta quinta-feira (26) é o Maestro Forró, que comanda a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. O setlist do DJ Salvador encerra a festa.

O público pode esperar uma noite ao som do samba de raiz, clássicos do ritmo, como interpretações de Cartola, Martinho da Vila e Adoniran Barbosa e o samba rock da Madeira Delay.

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Serviço:

Samba de Luxo e Madeira Delay convidam Maestro Forró
Quinta-feira (26), às 20h
UK Pub (Rua Francisco da Cunha, 165 Boa Viagem)
Ingressos: R$40 (Homem) e R$ 30 (Mulheres – Desconto de 50% no valor da entrada até às 23h)
Informações: (81) 3465 1088

 



O projeto Fole Assoprado é fruto de uma pesquisa e iniciativa inovadora do Maestro Forró, que buscou, junto à Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, descobrir o "sotaque da sanfona", reproduzindo o som apenas com instrumentos de sopro. O projeto é uma das novidades da 22º edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), que tem início no dia 12 de julho. A apresentação do grupo será no Polo Guadalajara no dia 14.

O show faz uma homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. No repertório, canções do Rei do Baião e de mestres como Azulão, Jackson do Pandeiro e Sivuca. Músicas autorais como Dona Nena tem razão e Vamos cirandar também ganham espaço. A primeira foi originalmente composta em frevo pela Maestro e tocada no espetáculo em ritmo de forró. A ciranda traduz o talento do Maestro na categoria da poesia cantada.

O projeto Fole Assoprado é mais uma vertente musical criativa da OPBH, que se tornou conhecida nacionalmente e internacionalmente por apresentar arranjos fora dos padrões para as orquestras tradicionais. Os músicos unem características eruditas e populares para executar os mais variados ritmos, como coco, valsa, rock, manguebeat, maracatu, xaxado, cavalo-marinho, entre outros.

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Serviço

Fole Assoprado - com Maestro Forró e Orquestra Popular da Bomba do Hemetério

Sábado (14)

Polo Guadalajara - Festival de Inverno de Garanhuns (FIG)

Gratuito

O São João da Capitá, evento que funciona como uma prévia da festa junina em Pernambuco, já está com o segundo lote de ingressos à venda na bilheteria do Chevrolet Hall e nas lojas Esposende dos shoppings Recife, Guararapes, Tacaruna, Boa Vista e Plaza, além da loja de Paulista. Quem quiser pode comprar a "casadinha", ingresso único para os dois dias de festa.

O evento traz entre sua atrações as bandas Magníficos, Cavaleirosdo Forró, Calypso e Calcinha Preta, além da dupla sertaneja Bruno e Marrone e do cantor Geraldinho Lins. Quem também faz parte da programação é o grupo Chiclete com Banana, com um repertório voltado para o período junino. Mais uma vez, o forró pé de serra tem um espaço exclusivo, que é a Sala de Reboco, onde se apresentam Nando Cordel, Maciel Melo, Amazan, IrahCaldeira, Petrúcio Amorim, Tribo Cordel, Nadia Maia, Cezinha, Spok e OrquestraForrobodó, Almir Rouche, Bellas Marias e Maestro Forró.

Serviço
São João daCapitá
8 e 9 de junho, às 19h
Chevrolet Hall
R$ 60 (pista inteira), R$ 30 (pista meia), R$ 120 (camarote inteira), R$ 60 (camarote meia), R$ 48 (casadinha pista) e R$ 105 (casadinha camarote)

Mais informações: 81 3427 7500 ou www.chevrolethall.com

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A sede do maior bloco de carnaval do mundo abriga uma mistura de ritmos muito íntimos aos recifenses. A cantora Gerlane Lops recebe Irah Caldeira e Maestro Forró no palco da sede do Galo da Madrugada, misturando muito samba, forró e frevo em mais uma apresentação do projeto Samba de PE.

Parte do programa Galo - Alegria o Ano Inteiro, o Samba de PE acontece todo sábado e nesta edição presta homenagem ao bloco de samba Bole Bole. A abertura fica por conta do grupo Tribo do Samba. Quem for ao Palácio Enéas Freire poderá saborear a feijoada assinada pelo chef Jason Vieira. A festa começa às 14h.

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Serviço
Samba de PE com Gerlane Lops
Sábado (24), 14h às 21h
Sede do Galo da Madrugada (Rua da Concórdia, 984 São José)
R$ 20 (individual) e R$ 100 (mesa para quatropessoas)
Informações e reservas: 81 3224 2899 | 8731 3770

Ele já é parte integrante da identidade do carnaval pernambucano. Com sua maneira peculiar de reger sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, abusando de trejeitos, brincadeiras e interações com o público e com os músicos, Maestro Forró incorpora a alegria dos festejos de Momo. Mais que isso, traz uma renovação na maneira de executar antigos frevos com inovações na concepção de arranjos e incorpora à figura sisuda do maestro uma irreverência única, que proporciona um espetáculo à parte.

Confira reportagem completa em nosso hotsite especial de carnaval.

 

 

Ele já é parte integrante da identidade do carnaval pernambucano. Com sua maneira peculiar de reger sua Orquestra Popular da Bomba do Hemetério, abusando de trejeitos, brincadeiras e interações com o público e com os músicos, Maestro Forró incorpora a alegria dos festejos de Momo. Mais que isso, traz uma renovação na maneira de executar antigos frevos com inovações na concepção de arranjos e incorpora à figura sisuda do maestro uma irreverência única, que proporciona um espetáculo à parte.

O personagem incorporado por Francisco Amâncio da Silva surgiu ainda na década de 1980, quando ainda novo foi estudar música pela primeira vez com o professor José do Nascimento Tenório, que o apelidou de forró porque, numa festa da escola, ao invés de cantar “as músicas da moda”, entoou forrós antigos, de autores como Azulão. Em relação à irreverência e ao apelo visual de sua performance, o artista afirma ter se inspirado nos brincantes dos folguedos populares e suas “mugangas”.

“O que me influenciou mais pra criar esse personagem foi a necessidade que eu sentia de desmistificar a figura sisuda do maestro”, afirma o maestro, que também cita os anos em que trabalhou fazendo a direção musical de vários espetáculos de teatro. “A gente estuda academicamente para ter técnica e executar bem o instrumento, mas ao mesmo tempo, abre as portas para a música da rua”, resume Forró.

A atuação destacada do Maestro Forró na música e na comunidade da Bomba do Hemetério – onde ainda mora – tem despertado homenagens à sua figura: o artista Silvio Botelho fez um boneco gigante do maestro em 2009, e compositores como Getúlio Cavalcanti e Moraes Moreira já fizeram música sobre ele. Em 2012, a homenagem vem do Clube Carnavalesco Misto Boneco Comelão, que desfila pela categoria principal no carnaval do Recife e vem este ano com o tema: “Uma Estrela Multicultural: Maestro Forró é Bomba do Hemetério”.

Forró, que com cinco anos já tocava pandeiro e zabumba, não resume sua orquestra ao frevo. Todos os ritmos têm espaço no repertório da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério: “A gente coloca tudo no liquidificar e tira um som”, explica o músico, “fazemos um trabalho de pesquisa, releitura e interação com a cultura popular”. Um sopro de renovação na folia, Maestro Forró é a cara da musicalidade popular irreverente e criativa que invade as ruas no carnaval.

 

 

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