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Um dos últimos integrantes do PMDB a ficar no governo, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, entregará carta de demissão à presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta-feira, 27. Em conversa com a reportagem, Castro disse que a decisão foi anunciada ontem ao ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Jaques Wagner.

"Entrego hoje minha carta de demissão à presidente Dilma. Informei ontem ao Jaques Wagner", afirmou Castro que até o momento não havia conversado com o vice-presidente Michel Temer.

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Deputado federal, eleito pelo Piauí, Castro ressaltou que a decisão foi tomada em razão de se sentir isolado após outros integrantes do PMDB deixarem o governo Dilma. O desembarque vem ocorrendo na medida em que o processo de impeachment avança no Congresso.

Na última quarta-feira, 20, Eduardo Braga (PMDB-AM), que comandava o ministério de Minas e Energia, e Hélder Barbalho (PMDB-PA) a Secretaria de Portos, entregaram as respectivas cartas de demissão no Palácio do Planalto. Ambos foram indicações da bancada do PMDB do Senado, onde tramita atualmente o processo de afastamento de Dilma.

"Só ficou eu e a Kátia Abreu (ministra da Agricultura). Todos os outros foram saindo e eu fiquei sozinho. Acabou, então, que fiquei desconfortável em ser o único em descumprir decisão do partido. Parecia que estava confrontando o partido", considerou Castro ao se referir à decisão da executiva nacional do partido, tomada no último mês de março, pelo rompimento com o Palácio do Planalto.

Indicado pela bancada do PMDB da Câmara, o ministro tomou posse em outubro do ano passado. Sua passagem pelo ministério foi marcada por declarações polêmicas e que acabaram por ampliar o desgaste do governo no combate a doenças da dengue e do zika. Em visita à Sala de Situação do Distrito Federal para Controle da Dengue, em Brasília, realizada em janeiro, o ministro disse que o País estava perdendo "feio" a guerra contra o Aedes aegypti.

Apesar do desgaste com as declarações, o peemedebista foi mantido no cargo e chegou a ser exonerado na véspera da votação do processo de impeachment na Câmara, ocasião em que se manteve ao lado do governo e votou contra o afastamento de Dilma. Dois dias depois da votação na Câmara, realizada no último dia 17, ele foi renomeado ministro.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, José Agenor Alvares, assumirá a pasta após a saída do atual ministro, Marcelo Castro.

Sexto ministro do PMDB a deixar o governo, Castro já havia decidido abandonar o cargo, mas a decisão de entregar a carta de demissão ainda hoje à presidente Dilma Rousseff foi antecipada após o líder do partido na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), afirmar à reportagem que o ministro deixaria o cargo antes da votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, prevista para 11 de maio.

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De acordo com o líder, a exoneração já deve ser publicada no Diário Oficial desta quinta-feira, 28. Antes de Castro, já deixaram o governo os ministros peemedebistas Henrique Eduardo Alves (Turismo), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Pansera. Apenas Kátia Abreu (Agricultura) segue no cargo.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, entregará ainda hoje sua carta de demissão para a presidente Dilma Rousseff. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde. Ainda não está definido quem ficará no lugar do ministro.

Mais cedo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), afirmou à reportagem que Castro deixaria o cargo antes da votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, prevista para 11 de maio.

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Marcelo Castro chegou ao comando do Ministério da Saúde em outubro do ano passado por indicação do líder do PMDB. Na época, Picciani também indicou o deputado Celso Pansera (RJ) para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Com sua saída, Castro deve retomar seu mandato de deputado federal.

O ministro é o sexto do PMDB a deixar o governo Dilma após o partido deixar a base aliada. Já tinham deixado os cargos os peemedebistas Henrique Eduardo Alves (Turismo), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Pansera. Apenas Kátia Abreu (Agricultura) segue no cargo.

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), afirmou nesta quarta-feira, 27, que o ministro da Saúde, Marcelo Castro, vai entregar o cargo antes da votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, prevista para 11 de maio.

Procurado pela reportagem, Marcelo Castro se mostrou surpreso com a divulgação da informação por Picciani. O ministro evitou confirmar diretamente quando vai deixar o posto. "Vou conversar com Picciani e com o governo nos próximos dias antes para ver como faço", afirmou.

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Marcelo Castro chegou ao comando do Ministério da Saúde em outubro do ano passado por indicação do líder do PMDB. Na época, Picciani também indicou o deputado Celso Pansera (RJ) para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Com sua saída, Castro deve retomar seu mandato de deputado federal.

Castro será o sexto ministro do PMDB a deixar o governo Dilma após o partido deixar a base aliada. Já tinham deixado os cargos os peemedebistas Henrique Eduardo Alves (Turismo), Helder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Pansera. Apenas Kátia Abreu (Agricultura) segue no cargo.

A presidenta Dilma Rousseff renomeou os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. As nomeações foram publicadas na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União

Na semana passada, Dilma exonerou quatro ministros que têm mandato de deputado federal para que pudessem votar o processo de impeachment na sessão de domingo (17) no plenário da Câmara dos Deputados.

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Três ministros exonerados eram do PMDB: Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Celso Pansera, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Marcelo Castro. Além deles, o petista Patrus Ananias também foi exonerado a pedido.

Apesar de Mauro Lopes ter acertado votar contra o impeachment com os outros ministros peemedebistas, no domingo ele acabou votando a favor do afastamento de Dilma. Dilma também exonerou, a pedido, Gilberto Kassab do cargo de ministro das Cidades e nomeou Inês da Silva Magalhães para substituí-lo interinamente.

Após o PSD declarar voto favorável ao impeachment, Kassab, presidente nacional da legenda, entregou na sexta-feira (15) sua carta de demissão ao Palácio do Planalto.

A presidenta Dilma Rousseff renomeou os ministros da Saúde, Marcelo Castro, e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. As nomeações foram publicadas na edição de hoje (19) do Diário Oficial da União

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Apesar de Mauro Lopes ter acertado votar contra o impeachment com os outros ministros peemedebistas, no domingo ele acabou votando a favor do afastamento de Dilma. Dilma também exonerou, a pedido, Gilberto Kassab do cargo de ministro das Cidades e nomeou Inês da Silva Magalhães para substituí-lo interinamente.

Após o PSD declarar voto favorável ao impeachment, Kassab, presidente nacional da legenda, entregou na sexta-feira (15) sua carta de demissão ao Palácio do Planalto.

Após romper com o PT, a bancada do PMDB na Câmara dos Deputados decidiu oficialmente, nesta quinta-feira (14), que vai apoiar o pedido de autorização para abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O líder da legenda na Casa, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que vai encaminhar a votação a favor do impeachment, mas votará contra o processo. 

“Vou encaminhar a partir da decisão da bancada, mas minha posição pessoal é contra o processo de impeachment”, afirmou. Por isso, Picciani também deixou claro que não haverá punição para quem votar contra a decisão da bancada, ou seja, contra o afastamento de Dilma. 

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Além dele, os ministros do PMDB exonerados hoje Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil, Celso Pansera, da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Marcelo Castro, da Saúde, também devem se posicionar pela permanência da presidente. 

A bancada do PMDB na Câmara tem 67 parlamentares e o líder estima que 90% dela votará a favor do impeachment. 

Em meio à movimentação de lideranças do PMDB no Congresso para a aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB -PI), afirmou que sem "motivo jurídico", o afastamento da presidente teria "outro nome".

Castro defendeu a permanência do partido no governo, apesar da pressão pelo desembarque do governo na convenção da sigla, no próximo dia 29. Segundo o ministro, o partido atua com "previsibilidade" e "não pode dar às costas" ao País em momento de crise.

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Questionado se permaneceria no cargo mesmo com decisão contrária da convenção do partido, Castro afirmou apenas que "se nós não sairmos, o PMDB não saiu". O ministro também disse não ter pensado sobre a possibilidade de se licenciar do cargo para voltar à Câmara de deputados e votar contra o processo de impeachment.

"A presidente tem um mandato dado pelo povo. Esse mandato só pode ser interrompido se houver fato jurídico, um crime de responsabilidade. E não há nenhuma pessoa no Brasil, razoável, sensata, equilibrada, que possa dizer, nem de longe, que a presidente Dilma tenha cometido crime de responsabilidade. Um impeachment sem causa geradora, tem outro nome que não impeachment", afirmou Castro em evento no Rio.

O ministro citou o presidente do Senado, Renan Calheiros, que ontem já havia afirmado que, sem "caracterização" jurídica, o impeachment em análise pelo Congresso "teria outro nome". Calheiros terá papel fundamental na apreciação do processo, após votação na comissão especial criada na Câmara.

Segundo o ministro Marcelo Castro, todos os sete ministros do PMDB trabalham pela permanência no governo. O grupo se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff e expressou a intenção de trabalhar pela manutenção da aliança com o PT.

"O PMDB tem sido, ao longo da história, o partido da estabilidade, governabilidade e previsibilidade. Não é perfil, não está no DNA do PMDB, no momento que o País precisa, o partido virar as costas para o País. O momento agora é que o País mais precisa do partido. Somos sete ministros do PMDB que ajudamos a eleger a presidente Dilma pela segunda vez. Estamos ajudando a governar juntos. Não há nenhum motivo jurídico para o impeachment", afirmou o ministro.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse nesta terça, 8, que o PMDB "participa do governo" e que a maioria dos deputados do partido apoia a presidente Dilma Rousseff. "Nós fomos para eleição juntos e pela segunda vez o PMDB indicou Michel Temer para chapa. Somos governo. Nós participamos do governo e a Câmara dos Deputados, majoritariamente, apoia o governo da presidente Dilma", declarou o ministro após cerimônia do Dia da Mulher, no Palácio do Planalto.

Marcelo Castro reconhece, no entanto, que o PMDB é um partido de várias alas, mas avisou que todos se respeitam e convivem pacificamente. "A gente sabe que tem segmentos do PMDB que soam contrários a este apoio. Temos convivido assim, cada um respeitando seu posicionamento. Isso é uma tradição do PMDB desde que ele foi criado. Com correntes de pensamentos e posições contrárias ao que a maioria decide. Mas a gente respeita e somos respeitados pela posição que assumimos", afirmou o ministro.

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A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacina para os quatro sorotipos da dengue exista em dois anos e a vacina para a zika exista em três. A informação foi passada pelo próprio ministro Marcelo Castro, que acompanhou, nesta quarta-feira (24), a visita da diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, ao Recife.

Marcelo Castro e a presidente Dilma Rousseff foram a São Paulo, na última segunda-feira (22), para assinar um contrato com o Instituto Butantan para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. Estão previstos investimentos iniciais de R$ 100 milhões para o desenvolvimento de estudos nos próximos dois anos. Atualmente, a vacina do Instituto Butantan está no ensaio clínico da fase 3. “Estamos bastante confiantes que será uma vacina muito qualificada, de grande repercussão nacional e internacional”, comenta Castro.

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O Butantan também está desenvolvendo uma vacina em parceria com o Institutos Nacionais da Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em Inglês). Já o Instituto Evandro Chagas, do Pará, também está trabalhando numa vacina contra zika em parceria com a Universidade do Texas Medical Branch. “Todos os cientistas, tanto brasileiros como americanos, são bastante otimistas que poderão desenvolver uma vacina da zika num período inferior a um ano”, explica o ministro. A vacina precisará passar por estudos clínicos, por isso a previsão é que ela só seja utilizada em três anos.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse acreditar que 40% das notificações de microcefalia no País estejam relacionadas ao zika. O restante estaria associado a outras causas - como doenças genéticas ou infecções por citomegalovírus, herpes ou toxoplasmose. Por esse raciocínio, dos 5.280 registros em análise, 2.112 seriam efetivamente ligados à transmissão do zika durante a gestação.

A avaliação foi feita um dia depois da polêmica em torno da mudança no formato do informe epidemiológico, que não traz mais números de exames que já comprovaram laboratorialmente infecção por zika. No boletim anterior, com dados até o dia 6, o Ministério da Saúde havia relatado 41 casos de bebês cujos testes confirmaram a presença do vírus.

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O número era considerado baixo pelo governo e, conforme a reportagem do Estado apurou, por uma determinação do ministro passou a ser omitido. A mudança provocou mal-estar dentro da pasta. Parte dos técnicos, que defendia a divulgação dos números, considerou a omissão como uma estratégia para inflar os números e reforçar os argumentos para aprovação no Congresso da CPMF para financiar a Saúde.

Castro reafirmou nessa quinta (18) estar convicto de que o número de casos de microcefalia relacionados ao zika é superior ao que foi apontado nos exames laboratoriais até agora. E que houve infecção por zika na "maior parte" das mães que tiveram bebês com microcefalia. Minutos depois, no entanto, admitiu que a estimativa usada pelo ministério não chega nem mesmo à metade dos casos. A pasta teria chegado ao porcentual de 40% fazendo uma análise dos exames avaliados até o momento - houve 508 confirmações, o equivalente a 37,7% do total.

Desde essa quinta, a notificação de casos suspeitos por zika é obrigatória no País. Com a medida, profissionais de saúde devem comunicar autoridades sanitárias semanalmente se atenderam pacientes com suspeitas da doença. No caso de gestantes, a comunicação deve ser imediata. "Agora temos testes que nos permitem dar com segurança o diagnóstico do vírus."

As declarações foram dadas durante uma reunião bilateral Brasil-EUA. No encontro, que termina nesta sexta, 19, representantes dos dois países discutem estratégias para prevenção da doença e no combate ao Aedes aegypti. "O mais importante é a vacina", disse Castro. Ao fim do encontro, será divulgado um cronograma de medidas.

Dengue

O ministro afirmou ainda que os testes clínicos da vacina contra dengue Brasil-EUA começam na próxima semana. O estudo deverá ser feito com 17 mil voluntários, com faixas etárias distintas: de 2 a 6 anos, de 7 a 17 e de 18 a 59. Apenas uma parte foi recrutada, mas a quantidade é suficiente para dar início aos trabalhos.

O retorno de Marcelo Castro ao cargo de ministro da Saúde está formalizado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (18). Decreto com data de ontem nomeia novamente Castro como o titular da pasta. Castro se licenciou do cargo por algumas horas nesta quarta-feira (17) para participar, como deputado federal, da eleição do líder do PMDB na Câmara para 2016.

A estratégia de Castro serviu para reforçar os votos em Leonardo Picciani (RJ), que conseguiu se reeleger ao posto. Picciani derrotou Hugo Motta (PB), seu único adversário na disputa, por 37 votos a 30. Houve ainda dois votos em branco.

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Exonerado, a pedido, do comando do Ministério da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), afirmou nesta quarta-feira, 17, que nunca teve dúvida de que retomaria o mandato de deputado federal para apoiar a recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Câmara. Na avaliação dele, sua participação na disputa é importante, pois ela representa uma "encruzilhada" entre o grupo do PMDB que apoia a presidente Dilma Rousseff e outro que é favorável ao impeachment.

"Nunca tive dúvida de que voltaria. Só não achava que deveria publicizar para não criar expectativa antecipada", afirmou Castro. Ele disse que, desde o começo da campanha para liderança do PMDB, ele tinha certeza de que pediria exoneração para participar do pleito. Segundo o peemedebista, como único deputado do PMDB do Piauí e como presidente estadual da sigla, não poderia deixar de participar do pleito na tarde desta quarta-feira.

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Marcelo Castro confirmou que o Planalto deu aval para sua exoneração. Ele disse que comunicou seu desejo de participar da eleição do PMDB na Câmara aos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de governo) e ao assessor especial da Presidência da República, Giles Azevedo. "Comuniquei e todos concordaram com a minha decisão", comentou. Ele ressaltou que não chegou a conversar diretamente com a presidente Dilma Rousseff.

Alvo de protestos na tarde desta quarta-feira na Câmara, Castro minimizou as manifestações e disse que não se sente constrangido. "Um homem público assume posições e isso tem consequências. E estou certo de que tomei a decisão certa", afirmou o ministro exonerado. Neste momento, antes do início da votação, há pessoas no corredor das comissões da Câmara vestidas de mosquito Aedes aegypti e com raquetes elétricas protestando contra o ministro.

Alvo de críticas de parte da bancada do PMDB, ligada ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), ministro da Saúde licenciado, afirmou nesta quarta-feira (17) que tem o direito participar da eleição do novo líder e que não teme manifestações contrárias à sua participação.

O ministro conversou com o jornal O Estado de S. Paulo pouco antes do início da reunião em que integrantes do PMDB da Câmara vão escolher quem irá comandar a bancada neste ano. O encontro está previsto para iniciar às 15 horas. A briga está entre o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), ligado ao Palácio do Planalto, e o deputado Hugo Motta (PB), que integra o grupo de Eduardo Cunha, responsável por dar início ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Indicado por Picciani para o ministério, Marcelo Castro foi exonerado do cargo temporariamente para participar da votação.

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"Tem uma decisão da bancada hoje (17) e acho que tenho que participar. Tenho um lado, nunca estive em cima do muro. Por isso, vou exercer o meu direito de parlamentar", disse Castro.

O deputado preferiu não comentar, contudo, se permanecerá no cargo caso ocorra uma vitória de Hugo Motta, que representar a ala do partido opositora ao Palácio do Planalto. "Não sou eu a pessoa adequada para responder essa pergunta."

Castro ressaltou, porém, que não teme manifestações previstas para serem realizadas hoje durante a reunião da bancada. Integrantes do partido Solidariedade prometem receber o ministro com mosquitos de papel representando o Aedes aegypti. "Não tenho nenhum receio. Toda manifestação que chame a atenção para o mosquito é boa. É isso que estamos fazendo o tempo todo, chamando a atenção para o combate ao mosquito", disse.

Exonerado do cargo, o deputado diz que passou a manhã em sua residência em Brasília realizando ligações para lideranças partidárias e prefeitos do seu Estado. Antes de ir para a Câmara participar da votação da bancada deve almoçar com alguns deputados da legenda. No final do dia, às 18 horas, está previsto um encontro com a presidente Dilma, novamente como ministro.

Embora tenha negado algumas vezes a intenção de deixar o cargo no Executivo temporariamente, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, decidiu mesmo pedir exoneração da função para poder participar da eleição do novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17). A exoneração de Castro está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. O secretário executivo da Saúde, José Agenor Álvares da Silva, assume o posto interinamente.

"Estou fazendo o que acho que deveria ser feito", disse Castro em sua primeira entrevista após decidir se afastar do Ministério para ajudar Leonardo Picciani (RJ) na disputa contra Hugo Motta (PB), candidato que tem apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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A presidente Dilma Rousseff liberou o ministro para retomar seu mandato como deputado federal na votação, mas deixou claro que a decisão era dele e que, por ela, "isso não ocorreria". Castro disse não ter tomado conhecimento dessas considerações da presidente.

Castro deixa a pasta temporariamente em meio a uma crise na saúde por causa do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, da zika e da febre chikungunya. Ele tem sido pressionado pelos aliados de Hugo Motta e pela oposição, que apresentou ontem um requerimento para que ele vá à Câmara prestar esclarecimentos a respeito das ações do governo para enfrentar a epidemia.

Questionado sobre se poderia retornar ao Ministério, apesar de todas as pressões, respondeu: "Assim espero".

Líderes da oposição na Câmara protocolaram nesta terça-feira, 16, requerimento pedindo a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Castro, para prestar depoimento no plenário da Casa. Segundo o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), opositores já combinaram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se comprometeu a pôr o requerimento em votação na sessão plenária desta tarde.

Oficialmente, o requerimento pede a convocação de Marcelo Castro para prestar esclarecimentos sobre as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, zika e febre chikungunya. "Pela gravidade da situação em tela, além dos muitos outros focos divulgados diariamente pela grande imprensa, julgamos de fundamental importância e urgência a convocação do ministro da Saúde, a fim de prestar esclarecimentos perante o Plenário desta Casa", diz o documento.

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Paulinho da Força admitiu, contudo, que a ideia é tentar constranger o ministro e, dessa forma, inibi-lo a deixar o cargo temporariamente para apoiar a recondução de Leonardo Picciani (RJ) à liderança do PMDB na Casa. Picciani é o candidato preferido do Planalto e concorre com Hugo Motta (PB), apoiado pela ala pró-impeachment. "Vamos pedir para ele explicar como, diante dessa crise toda, ele sai para vir votar na liderança do PMDB", afirmou o presidente do Solidariedade.

Como mostrou ontem o jornal O Estado de S.Paulo, a provável licença de Marcelo Castro coloca em risco sua permanência no cargo. A presidente Dilma Rousseff liberou o ministro para retomar o mandato de deputado e apoiar Picciani na eleição prevista para esta quarta-feira, 17, mas deixou claro que a decisão será dele e que, por ela, "isso não ocorreria". Apesar das especulações, o ministro ainda não confirmou se pedirá exoneração temporária pra apoiar Picciani.

A ideia do requerimento foi do líder do DEM, Pauderney Avelino (AM). Além dele e de Paulinho da Força, assinam o pedido os líderes do PSDB, Antônio Imbassahy (BA); do Solidariedade, Arthur Oliveira Maia (BA); do PPS, Rubens Bueno (PR); e da minoria, Miguel Haddad (PSDB-SP). "Já combinamos com Eduardo (Cunha) de votar o requerimento hoje", disse Paulinho da Força.

A provável licença de Marcelo Castro do Ministério da Saúde, em meio ao surto do vírus zika, para participar da eleição da liderança do PMDB na Câmara coloca em risco sua permanência no cargo. A presidente Dilma Rousseff liberou o ministro para retomar seu mandato como deputado federal na votação de quarta-feira (17), mas deixou claro que a decisão é dele e que, por ela, "isso não ocorreria". Castro representa um voto a mais para o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), na disputa contra Hugo Motta (PB), apoiado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

As informações que vêm do Planalto são conflitantes. Segundo um interlocutor direto de Dilma, a presidente não concorda com o fato de, no meio de uma crise, o ministro deixe o cargo por uma questão política. Governistas ligados ao PT também passaram a adotar o discurso da oposição e a defender que, se Castro sair, não volta. Setores do partido gostariam de ver o peemedebista fora da pasta, comandada antes pelo próprio PT. Mas também há relatos de que a presidente disse a peemedebistas no sábado, no Rio, que não se oporia à saída temporária do ministro.

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Aliados de Hugo Motta pressionam o governo para tentar impedir a volta de Castro à Câmara. Ele é deputado pelo Piauí. Apoiadores do deputado paraibano dizem que, caso o parlamentar saia vitorioso na votação de amanhã, dirão ao Palácio do Planalto que Castro não representa a bancada e que será ministro da cota pessoal de Dilma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha sido cautelosa em estabelecer a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse na segunda-feira, 1º, que, para o governo, já há evidências suficientes dessa ligação. "Epidemiologicamente, e fazendo a conexão biologicamente, não há a menor dúvida de que é a zika que está causando a epidemia de microcefalia no Brasil", afirmou ele no programa Roda Viva, da TV Cultura, após citar exames feitos em fetos e bebês do Nordeste que detectaram a presença do vírus.

Castro afirmou ainda que a prioridade do ministério é a busca da vacina contra o zika. "Estamos fazendo várias parcerias. Vou falar amanhã com a secretária de Saúde dos Estados Unidos. E o Pedro Vasconcelos (pesquisador do Instituto Evandro Chagas) está na Universidade do Texas, o maior centro de pesquisas em vacina contra arboviroses", afirmou.

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Dúvidas

Outros participantes do programa ponderaram que, embora as evidências sejam fortes, são necessárias mais pesquisas para a comprovação científica. "Uma associação observada não significa necessariamente causa e efeito. Precisamos de provas formais. Precisamos ver como o zika vírus migra para as células onde se forma o cérebro. Os cientistas precisam estudar a história natural da doença", disse Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantã, que atualmente desenvolve uma vacina contra a dengue.

Conforme o boletim mais recente, são investigados 3.448 relatos suspeitos de microcefalia e o País já confirmou 270 casos da má-formação. "A primeira vez que se informou o ministério foi em 22 de outubro. No dia 26, os técnicos já estavam lá. Depois, declaramos problema de saúde publica", ressaltou o ministro. "No dia 29 de novembro, laboratórios de excelência declararam microcefalia decorrente de zika. Foi identificado o vírus no líquido amniótico e na placenta", ressaltou.

A posição brasileira foi levada na segunda-feira à Organização Mundial de Saúde por Pedro Vasconcelos. "Ele identificou uma proteína no líquido de uma criança com microcefalia, que mostra essa relação. Todo esse conjunto, mais o relato das pessoas que tiveram zika e depois a criança (nos levam à relação)", afirmou Castro.

O ministro ainda afirmou que o País saltou de um registro anual de 150 casos de microcefalia para mais de 3 mil. Isso após um surto de zika no Nordeste, justamente no fim do verão.

Também presente ao debate, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, ressaltou que, como a microcefalia não era de notificação obrigatória antes de novembro, muitos casos registrados agora não necessariamente têm relação com o zika. "No Estado de São Paulo, tivemos 126 registros desde novembro, mas fazendo a investigação com as gestantes temos só 21 casos com suspeita de ligação com o zika vírus. Como estamos buscando mais casos, estamos achando mais", disse.

Prédios públicos

O ministro afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff orientou todos os ministros, em reunião na noite de segunda em Brasília, a focar o trabalho de combate aos criadouros também nos prédios públicos. "Ela não quer ver focos do mosquito nos prédios do governo. Temos de dar o exemplo", disse ele, no intervalo do programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PMDB saiu nesta terça-feira (26) em defesa do ministro da Saúde, Marcelo Castro, cujo desgaste tem se ampliado por causa das declarações polêmicas e do avanço das epidemias de dengue e de zika no País. O presidente da República em exercício, Michel Temer, que assumiu ontem o cargo após viagem da presidente Dilma Rousseff ao Equador, disse em breve entrevista que Castro "merece" continuar no comando da pasta.

Questionado se Castro continuava firme e forte no cargo, ele respondeu: "Eu acho que ele merece (continuar)". O vice, entretanto, evitou comentar as recentes declarações do ministro. Anteontem, Castro disse que o governo estava "perdendo feio" a guerra contra o Aedes aegypti. "Isso é uma questão da Saúde", afirmou Temer.

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Durante todo o dia de ontem, a avaliação dentro do partido foi de que Castro está sendo alvo de setores do PT, que, para eles, não aceitaram a perda do comando da pasta e tentam "fritar" o ministro e jogar a responsabilidade da epidemia de dengue e de zika no colo do PMDB.

Até o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do governo, do próprio Castro e defensor da saída do PMDB da gestão Dilma Rousseff, saiu em apoio ao atual ministro. "Eles sempre querem jogar no colo dos outros seus problemas. Esse mosquito está aí há muito tempo e não fizeram nada contra ele", afirmou.

Deputados antigoverno reforçaram as acusações. "Querem que em 30, 60 dias ele já tenha condições de mostrar resultado. Acredito no trabalho dele mais para frente. Não é simplesmente ligar ou desligar uma tomada. O PT não aceitou até agora perder o ministério e avança neste sentido de exigir a resolução em tão pouco tempo", disse Carlos Marun (PMDB-MS).

"Já tem mais de uma década que o PT comanda a Saúde. O mosquito é petista. E, se Marcelo tiver que sair porque não é um grande frasista, é mais um motivo para a presidente Dilma sofrer impeachment", afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), comparando as polêmicas frases de Marcelo Castro a declarações da presidente Dilma.

Congresso

O desgaste de Castro avançou até mesmo sobre a acirrada disputa pela liderança da sigla na Câmara. Hugo Motta (PB), candidato de Cunha, manifestou-se logo cedo pelo Twitter. "Bom dia amigos, quero registrar o nosso apoio e confiança no trabalho do ministro Marcelo Castro a frente do Ministério da Saúde", afirmou. Já o atual líder e responsável pela indicação de Castro, Leonardo Picciani (RJ), foi pessoalmente ao Ministério da Saúde conversar com seu correligionário. "São setores que trabalham contra a aliança do PMDB e do governo que tentam instalar uma crise que não existe", afirmou Picciani, aliado do governo.

Aliados do ministro afirmam que ele pretende evitar dar declarações polêmicas para se manter na pasta. A avaliação é de que o ministro, chamado por correligionários de "frasista" e "folclórico", precisa se preservar para evitar que Dilma decida trocá-lo em meio à crise provocada pelo aumento do número de casos de dengue e zika no País. Ao deixar o ministério no fim da manhã, Castro disse em tom de brincadeira que havia sido proibido de dar declarações por sua assessoria de imprensa.

'Hibernação'

A situação do ministro se agravou depois que, anteontem, ele repetiu que o governo estava "perdendo feio" a guerra contra o mosquito da dengue. O ministro, segundo aliados, deve entrar numa fase de "hibernação" para impedir que saia da pasta, para a qual foi designado em outubro. Desde a posse ele coleciona declarações polêmicas - na ocasião, defendeu a cobrança da CPMF "no crédito e no débito".

Apesar de reconhecer que as recentes declarações do ministro da Saúde foram "infelizes", a presidente Dilma Rousseff decidiu dar mais prazo para Castro mostrar serviço. O Planalto teme uma nova e mais intensa crise com Temer e o PMDB.

A avaliação inicial é de que a costura política para que ele chegasse ao cargo foi difícil e ainda não houve tempo hábil para que o peemedebista faça seu trabalho no ministério. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Hugo Motta (PB) saiu em defesa, na manhã desta terça-feira (26), do ministro da Saúde, Marcelo Castro, indicação de seu adversário na disputa pela liderança do PMDB, Leonardo Picciani. Castro tem sido alvo de críticas e apreensão do Palácio do Planalto por causa de uma série de declarações polêmicas que vem dando.

"Bom dia, amigos, quero registrar o nosso apoio e confiança no trabalho do ministro Marcelo Castro à frente do Ministério da Saúde", afirmou Motta em sua conta no Twitter nesta manhã. "A luta contra o mosquito é de responsabilidade de todos nós. Não tenho dúvidas que, com o empenho de todos e o suporte do governo federal, vamos conseguir avançar na batalha contra o Aedes Aegypti".

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Ministro desde outubro do ano passado, Castro foi indicação da bancada do PMDB sob liderança de Picciani. Desde que assumiu o posto, o ministro peemedebista tem proferido várias declarações polêmicas. Apenas envolvendo o zika vírus e o Aedes Aegypti foram quatro declarações.

"Sexo é para amadores, gravidez é para profissionais", disse em 18 de novembro do ano passado ao comentar risco de microcefalia. "Eu percebo que os homens se protegem. As mulheres, normalmente, ficam de perna de fora e, quando usam calça, usam sandália. E o mosquito é um tanto tímido, não é tão agressivo quanto pernilongo. Ele chega devagar e encosta nas extremidades", afirmou em 8 de dezembro de 2015.

As polêmicas continuaram neste ano. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Nós vamos dar para as pessoas em período fértil. E vamos torcer para que as pessoas, antes de entrar no período fértil, peguem a zika", afirmou no último dia 13. Ontem, 25, disse que "nós estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a batalha para o mosquito".

O governo avalia que Castro está desgastado e vem perdendo as condições políticas de permanecer no cargo em razão de suas declarações polêmicas e da ineficiência ao tratar do avanço da dengue e do zika. Há quem avalie que o ministro corre sério risco de "morrer pela boca". Segundo um interlocutor do Planalto, o ministro já foi orientado a tomar mais cuidado com suas declarações.

O governo tem dificuldades em tirá-lo do cargo por causa do risco de impeachment da presidente Dilma Rousseff, já que ele foi indicado pelo PMDB. Além disso, Castro é considerado fiel à presidente e interlocutor importante em negociações com o Congresso.

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