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No próximo domingo (31), das 8h às 12h, o Conexão Vestibulares irá realizar, no bairro do Derby, área central do Recife, o aulão beneficente "Suzano: caso isolado?". O objetivo do encontro é promover uma reflexão sobre a importância da orientação acerca da pluralidade da formação humana. 

Para participar do evento, é preciso levar um quilo de alimento não-perecível e R$ 15, referente à taxa de material. "Quando pensamos no massacre de Suzano, não pensamos em uma ação aleatória, mas com todo um contexto social e cultural. Então o aulão se encaixa dentro do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], porque mostra a importânica de movimentos como o feminismo, movimento negro, e afirma a identidade plural humana", ressalta.

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Durante o encontro, assuntos como bulliyng e manifestações sociais serão contemplados na orientação. Mais informações sobre o aulão podem ser obtidas pelo telefone (81) 3034-2098.

Serviço

Aulão "Suzano: caso isolado?"

31 de março

8h às 12h

1kg de alimento não-perecível + R$ 15

Conexão Vestibulares (Rua Feliciano Gomes, 292, Derby - Recife)

(81) 3034-2098

A partir das 7h desta terça-feira (26), a Escola Estadual Raul Brasil estará aberta para os estudantes em horário regular, até as 18h, com atividades pedagógicas de acolhimento. Eles serão recebidos com apresentação da Orquestra Locomotiva, dinâmicas, leitura de cartas de apoio, exibição e debate de filmes. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, ainda não há data para o retorno das aulas. A medida será definida pela direção da escola a partir do trabalho com os alunos e professores nesta semana.

As aulas foram suspensas no dia 13 deste mês, quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola, encapuzados e armados, e promoveram um ataque que resultou, ao todo, na morte de dez pessoas – cinco estudantes e duas professoras. Os atiradores, que antes de invadir a escola mataram um empresário, também morreram na ação.

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As atividades de retorno estavam sendo planejadas por cerca de 50 professores e funcionários da escola desde a semana passada e foram finalizadas nessa segunda-feira (25). Eles contaram com o apoio da secretaria de Educação e da equipe do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem), que reúne pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Representantes de sala e do grêmio estudantil da escola – totalizando 19 alunos – participaram de um encontro nessa segunda para alinhar com a Diretoria de Ensino de Suzano e a Escola de Formação de Professores da Secretaria Estadual de Educação as próximas ações na escola.

Alunos e professores de outras escolas da cidade também estiveram na Raul Brasil pra prestar solidariedade. A Escola Estadual Inah Jacy de Castro Aguiar, por exemplo, enviou cartas de estudantes com mensagens de apoio. Já os alunos e professores do Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração entregaram flores e cartazes para os professores atingidos pelo atentado.

Acompanhamento

Terão continuidade nos próximos dias, os atendimentos individuais e coletivos feitos por técnicos do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi), da Secretaria Estadual de Justiça. Os acolhimentos de saúde mental serão oferecidos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em quatro Centros de Apoio Psicossocial da prefeitura de Suzano. A secretaria de Educação informou que está em tramitação um convênio entre o governo estadual e a prefeitura para reforçar esse atendimento.

De acordo com a secretaria, diversas instituições se colocaram à disposição para contribuir tanto no âmbito pedagógico quanto no suporte psicológico de alunos e funcionários. Além da prefeitura, do Caps, do Cravi, da Unicamp e da Unesp, estavam a Universidade Braz Cubas, a Universidade Cruzeiro do Sul; o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Suzano; a Neuroconecte; o Conselho Regional de Psicologia; a Defensoria Pública; e a Universidade Federal Mato Grosso do Sul (UFSM).

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, ordenou nesta segunda-feira (25) uma investigação judicial independente para saber se o massacre de 15 de março em duas mesquitas da cidade de Christchurch, que deixou 50 mortos, poderia ter sido evitado.

A chefe de Governo destacou que uma comissão real - o mais poderoso mecanismo judicial na legislação do país - é necessária para saber como um homem armado conseguiu matar tantas pessoas em um ataque que comoveu o planeta.

"É importante que não fique pedra sobre pedra para entender como este ato terrorista aconteceu e como poderíamos ter evitado", disse Ardern, antes de informar que a investigação poderá incluir a polícia e os serviços de inteligência.

As agências de inteligência neozelandesas foram muito criticadas após o massacre, já que pareceram concentradas apenas no extremismo islamita, sem perceber os riscos representados pelos supremacistas de extrema-direita.

"Uma pergunta que deve ser respondida é se poderíamos ou não saber mais sobre o risco que os grupos supremacistas representam", afirmou Ardern.

"A Nova Zelândia não é um Estado de vigilância permanente. Mas há perguntas que devem ser respondidas", declarou.

Ardern descartou a possibilidade de que o país restabeleça a pena de morte para o caso de extremista australiano Brenton Tarrant, 28 anos, que foi preso poucos minutos depois dos massacres nas mesquitas de Christchurch.

A premier indicou que os detalhes sobre a comissão ainda estão sendo definido, mas que será ampla e informará rapidamente suas conclusões.

A ideia inicial é que a investigação se concentre nas atividades dos serviços de inteligência, da polícia, guarda de fronteira, imigração e qualquer outra agência oficial relevante.

Ardern voltou a insistir que o vídeo registrado durante o ataque, graças a uma câmera usada por Tarrant para transmitir ao vivo o massacre, não deve ser compartilhado. O governo da Nova Zelândia declarou o vídeo ilegal.

"Este vídeo não deve ser compartilhado. Seu conteúdo é prejudicial", afirmou Ardern em referência ao gesto do presidente de Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que exibiu trechos do polêmico vídeo durante eventos de campanha eleitoral.

O ministro neozelandês das Relações Exteriores, Winston Peters, viajou a Istambul para reunir-se com Erdogan e participar em uma reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica.

De acordo com Peters, os integrantes da organização elogiaram o apoio que o governo da Nova Zelândia ofereceu à pequena mas ativa comunidade muçulmana do país depois dos ataques.

As aulas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior paulista, serão retomadas na próxima terça-feira (26). Na segunda-feira (25), a escola receberá novamente apenas os professores, que vão planejar as atividades e definir o material que será usado na continuidade do ano letivo.

As aulas foram suspensas no dia 13 deste mês, quando dois ex-alunos, de 17 e 25 anos, entraram na escola, encapuzados e armados, e promoveram um ataque que resultou na morte de sete pessoas – cinco estudantes e duas professoras. Os atiradores, que antes de invadir a escola mataram um empresário, também morreram na ação.

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Nesta sexta-feira (22), professores, gestores e a equipe pedagógica da Secretaria Estadual de Educação, além de instituições parceiras, reuniram-se para elaborar as diretrizes pedagógicas da retomada das atividades regulares na escola.

De acordo com a secretaria, diversas instituições se colocaram à disposição para dar continuidade aos trabalhos na escola, tanto no âmbito pedagógico quanto no suporte psicológico de alunos e funcionários.

Entre os parceiros estão o Centro de Apoio Psicossocial (Caps); o Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi); a Universidade Braz Cubas;  a Universidade Cruzeiro do Sul; o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Suzano; a Neuroconecte; o, Conselho Regional de Psicologia; a Defensoria Pública; a Secretaria Municipal de Educação de Suzano; a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal Mato Grosso do Sul (UFSM).

Os muçulmanos voltaram neste sábado à mesquita de Al Noor, em Christchurch, pela primeira vez desde o massacre de 50 fiéis por um extremista australiano, no dia 15 de março.

Após o ataque perpetrado por Brenton Tarrant, um supremacista branco de 28 anos, contra duas mesquitas desta cidade do sul da Nova Zelândia, a polícia havia fechado Al Noor por motivos de segurança e para facilitar as investigações.

Pequenos grupos de fiéis da comunidade muçulmana local foram autorizados a entrar em Al Noor neste sábado. "Recebemos as pessoas em grupos de 15, para ir recuperando uma certa normalidade", explicou Saiyad Hassen, voluntário na mesquita.

"No momento não é possível dizer quando tudo voltará o normal", disse Hassen.

Os responsáveis da mesquita evitaram fazer comentários.

Na fachada do prédio já não se viam buracos de bala e as paredes pareciam pintadas.

Na sexta-feira, uma semana após o massacre, uma oração foi transmitida para todo o país, que observou dois minutos de silêncio em memória às vítimas do massacre.

O tiroteio na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), que chocou o país e ainda desperta perguntas sem respostas, completa nesta quarta-feira (20) uma semana. Em homenagem aos dez mortos e 11 feridos, haverá às 10h culto ecumênico no pátio do colégio. Lentamente, há um esforço para retornar à normalidade, as salas de aula estão abertas para os alunos que desejarem participar das sessões de acolhimento.

Estudantes e profissionais de outras escolas estaduais preparam cartazes com desenhos e cartas com mensagens e paz, amor, esperança, união, como forma de acolhimento aos que voltarão a frequentar a Raul Brasil.

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No último dia 13, durante o intervalo das aulas, por volta das 9h30 a tragédia começou. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, entrou no colégio e deu início aos disparos. Em seguida, Luiz Henrique Castro, de 25 anos, entrou na escola e atacou os estudantes e funcionários com uma "besta" (arma do tipo medieval que parece arco e flecha) e uma machadinha.

A polícia calcula que o ataque durou alguns minutos e só parou porque os policiais entraram na escola e cercaram os atiradores. Pelas investigações, Guilherme atirou contra Luiz Henrique, matando-o, e depois suicidou-se. A cena que ficou é de tragédia: pelo chão as vítimas, sangue e objetos deixados no caminho.

Vítimas

Os dez mortos – uma coordenadora pedagógica, uma funcionária, seis estudantes e os dois atiradores – foram velados coletivamente. Os feridos foram levados para diferentes hospitais. Até ontem (19), havia ainda pacientes internados em São Paulo para onde foram levados os que precisavam de cuidados especiais.

Sobreviventes relataram ter vivido momentos de terror enquanto os atiradores estavam no colégio. Ainda sob trauma, muitos afirmam não conseguir esquecer o que passaram. Para apoiar os estudantes, professores e funcionários, foi organizado um esquema de atendimento psicossocial especializado com equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da prefeitura de Suzano, psicólogos e assistentes sociais.

A direção da Escola Estadual Professor Raul Brasil avalia em conjunto com a Secretaria de Educação de São Paulo sobre o melhor momento de retomar as aulas regulares. Paredes, portas e alguns detalhes da fachada do colégio estão sendo modificados. Muitas portas foram destruídas pelos tiros e golpes de machado.

Um terceiro suspeito foi apreendido ontem. A polícia investiga o envolvimento dele no planejamento do crime.

Indenizações

Um comitê executivo, criado pelo governo de São Paulo, vai coordenar o pagamento de indenizações para as famílias das vítimas. Na semana passada, o governador do estado, João Doria, disse que o valor da indenização será definido pela Procuradoria-Geral de São Paulo e deve ser de aproximadamente R$ 100 mil para cada família.

Segundo Doria, a indenização deve ser paga em até 30 dias. De acordo com ele, até 15 de abril, as famílias dos estudantes e das duas funcionárias da escola vão receber as indenizações.

Um refugiado sírio e seu filho foram enterrados nesta quarta-feira (20) na Nova Zelândia, nos primeiros funerais de vítimas do atentado contra duas mesquitas em Christchurch.

Centenas de pessoas, principalmente muçulmanas, se reuniram na manhã desta quarta-feira em um cemitério próximo à mesquita de Linwood, o segundo alvo do ataque da sexta-feira (15), quando um supremacista branco australiano armado com um fuzil de assalto matou 50 fiéis.

A multidão se despediu de Khalid Mustafa, 44 anos, e de seu filho Hamza, 15. A família Mustafa chegou à Nova Zelândia no ano passado como refugiada da guerra civil na Síria.

Zaid, 13 anos, outro filho de Mustafa, foi ferido no ataque mas sobreviveu e hoje assistiu ao enterro em uma cadeira de rodas. O refugiado afegão Abdul Aziz, que enfrentou o atirador na mesquita de Linwood, também compareceu ao enterro.

A dor pela perda dos entes queridos foi ampliada pelo fato de que as autoridades não entregaram os corpos no prazo de 24 horas para o enterro, como determina a tradição muçulmana.

Até o momento, apenas seis corpos das 50 vítimas foram liberados pelas autoridadesAs autoridades afirmam fazer o possível para acelerar as autopsias e a identificação das vítimas.

O comissário Mike Bush explicou que o processo é lento diante da necessidade de identificar os corpos e a causa da morte sem qualquer dúvida, para não prejudicar o processo judicial. "Seria imperdoável entregar a uma família o corpo incorreto". Até o momento foram identificadas 21 vítimas, assinalou Bush.

A primeira-ministra Jacinda Ardern visitou nesta quarta-feira o colégio Cashmere, onde estudavam Hamza, Zaid e outra vítima, Sayyad Milne, de 14 anos. Ao ser perguntada por um aluno sobre como se sentia, Ardern respondeu: "Estou triste".

O supremacista branco australiano Brenton Tarrant matou os 50 fiéis nas duas mesquitas alegando lutar contra o que considera "invasores" muçulmanos e contra o islamismo radical.

O primeiro-ministro australiano Scott Morrison anunciou nesta quarta-feira que convocará o embaixador turco em Canberra pelas declarações "muito ofensivas" do presidente Recep Tayyip Erdogan sobre os ataques.

Erdogan apresentou os ataques perpetrados pelo australiano como um atentado à Turquia e ao Islã e advertiu os antimuçulmanos daquele país que eles sofrerão o mesmo destino que os soldados de Gallipoli - uma sangrenta batalha da Primeira Guerra Mundial.

Gallipoli foi uma batalha da Primeira Guerra Mundial em que os otomanos deram uma sangrenta derrota a uma força aliada composta basicamente de australianos e neozelandeses.

"O presidente turco Erdogan fez declarações que considero muito ofensivas para os australianos e muito insensatas nesta delicada situação", declarou Morrison.

"Espero e pedi que esclareçam estes comentários, que se retratem", disse Morrison, avaliando que as declarações sobre a Austrália e sobre a resposta da Nova Zelândia ao ataque às mesquitas foram "infames".

Após o massacre que deixou 10 mortos na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na última quarta-feira (13), o uso de jogos violentos por crianças e adolescentes despertou a atenção dos pais pela possível influência negativa.

Os atiradores Guilherme Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25 anos, eram ex-alunos da escola e entraram na unidade armados com revólver, armas medievais e machados. Monteiro estava fantasiado de um personagem do jogo "Free Fire", e dentro do veículo usado pela dupla para chegar até a escola foram encontrados um caderno com anotações de táticas de combate em jogos, além de desenhos de armas e máscaras.

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De acordo com a psicóloga especialista em psicologia escolar e professora da Univeritas/UNG, Maria Lucia Marques, os pais devem acompanhar de perto não somente os jogos virtuais, mas tudo o que os filhos fazem na internet, visto que a relação de crianças e adolescentes com o universo online pode resultar em mudanças de comportamento.

"Hoje em dia, é muito comum observar os jovens entretidos com seus celulares, tabletes e computadores, que são ferramentas tecnológicas que emitem mensagens subjetivas na construção do universo psicológico, de modo que transcende os espaços virtuais para a percepção do que é real e do que deve ser mantido apenas na esfera da imaginação", afirma.

Maria Lucia explica que ao notar diferenças no comportamento dos filhos, os pais devem ser os primeiros a ajudá-los a se conscientizar sobre o uso dos games. Segundo a especialista, se os pais tiverem dificuldades nesse assunto é importante buscar ajuda profissional de psicólogos ou orientadores pedagógicos das escolas e não apenas se limitar a restringir o acesso à internet. "Essa é mais uma ação coercitiva de controle do que a real conscientização do próprio usuário. Dependendo da idade, essa é uma conduta que pode trazer alguns resultados, mas para adolescentes não representa uma alternativa com grande probabilidade de sucesso, pois existem meios de 'burlar' esses controles", orienta.

Para a psicóloga, outro ponto importante quando se trata da discussão sobre a política de jogos virtuais é o fato de as novas gerações terem cada mais dificuldade para distinguir realidade e ficção.

"As crianças e adolescentes se interessam por jogos perigosos exatamente pela dificuldade de compreender o que é o mundo real e o que é o universo tecnológico. Essa distinção é fundamental na concepção e preparação do jovem para a vida adulta", pondera a especialista, que acrescenta que os jovens sempre foram vulneráveis às influências de seus colegas.

"Existem muitas variáveis que devem ser consideradas antes de falar que eles estão tomando decisões negativas. Acredito que são decisões imaturas e típicas de quem ainda não consegue diferenciar aquilo que chamamos, anteriormente, de mundo real e mundo virtual, pois ainda estão em processo de formação de identidade", conclui.

Muitos donos de armas na Nova Zelândia estão entregando seus armamentos após o ataque a tiros de sexta-feira (15) em Christchurch.

Cinquenta pessoas foram mortas quando Brenton Tarrant, nascido na Austrália, abriu fogo indiscriminadamente contra duas mesquitas na cidade neozelandesa.

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Tarrant foi preso e acusado de homicídio. Durante o ataque, ele portava cinco armas legalmente registradas.

O governo da Nova Zelândia iniciou um processo para alterar a lei de controle de armas do país em meio aos crescentes pedidos da população por um controle mais rigoroso.

Muitos neozelandeses, chocados com o massacre, estão entregando voluntariamente suas armas à polícia.

Desde ontem, a polícia tem pedido que a população entre em contato com a delegacia mais próxima e se informe sobre como transportar suas armas com segurança.

Estima-se que existam 1,1 milhão de armas de fogo no país, uma proporção de uma arma para cada quatro habitantes, incluindo armamentos para caça.

*Com informações da NHK (emissora pública de televisão do Japão)

A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) recebeu um telefonema na segunda-feira (18) de um homem relatando que haveria um ataque, nesta terça-feira (19), na Rua do Lazer, que fica localizada entre dois blocos da Unicap, semelhante ao ocorrido em escola de Suzano, em São Paulo. A notícia se espalhou entre estudantes, que relatam estarem assustados. Há informação de ausência de chamada devido à baixa quantidade de alunos; e viaturas da Polícia Militar (PM) circulam nos arredores da universidade.

Através de nota, a Unicap informou ter acionado, preventivamente, autoridades competentes do Estado e reforçou sua segurança interna. “Após o ataque à escola em Suzano, algumas instituições de ensino do país estão recebendo ligações com supostas ameaças”, salientou a instituição por meio de nota.

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Uma quantidade incomum de viaturas da PM circula no entorno da Unicap, segundo estudantes. A assessoria da PM informou, entretanto, que a segurança nos arredores é a ordinária. A Polícia Civil disse não ter registro do caso.

Devido à apreensão causada nos estudantes, um professor concordou em adiar uma aula. “Foi cancelada. Os alunos ficaram com medo de ir dizendo que até a universidade se posicionar os próprios pais não estavam deixando ir. Aí o professor falou que entendia o lado da turma e que se a maioria não fosse ele remarcaria os trabalhos do dia”, comentou uma estudante do 1º período do curso de Direito. De acordo com a Unicap, não houve, de fato, cancelamento de aulas e os professores estão presentes.

Segundo as mensagens que circulam nas redes sociais, a pessoa que fez um telefonema se identificou como estudante do curso de arquitetura. Nas redes sociais, o assunto também tem repercutido. “É muito difícil um negócio desse ser verdade, mas como um ser humano brinca com uma coisa dessa?”, questiona um usuário do Twitter. “Espero que seja um boato e nada aconteça, mas é assustador”, escreve uma internauta. “Estou tentando condicionar minha mente desde já para não ter uma crise no meio da Unicap achando que alguma coisa vai acontecer”, publicou outra.

Suzano

Dois assassinos, de 25 e 17 anos, mataram sete pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano-SP, na quarta-feira (13). Um deles matou o próprio tio em uma loja de automóveis antes de seguir para a escola. Segundo a Polícia Civil, um dos atiradores matou o comparsa e se matou em seguida. Um menor de 17 anos suspeito de ajudar no planejamento foi apreendido na manhã desta terça-feira (19).

A polícia apreendeu um menor suspeito de ter participado da organização do atentado que levou ao massacre de seis estudantes e dois funcionários da Escola Estadual Raul Brasil, na última quarta-feira (13), na cidade de Suzano, em São Paulo.

Os dois autores do crime também morreram. Como se trata de um menor de idade, portanto inimputável, ele ficará à disposição da Justiça.

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O pedido de apreensão foi formulado pela polícia. Num primeiro momento, o Ministério Público foi contra, mas a polícia insistiu e agora obteve com a Justiça a tutela do Estado.

Um aluno do Colégio Diocesano de Caruaru declarou, nas redes sociais, apoio ao massacre de Suzano. Em resposta, a instituição de ensino publicou nota esclarecendo os fatos, sem identificar a identidade do estudante, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente. No posicionamento oficial, a escola chamou as postagens de “inconvenientes e perigosas” e garantiu que comunicará o fato à Promotoria de Educação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de ter encaminhado os acontecimentos ao Conselho Tutelar competente, para serem tomadas as medidas cabíveis.

A diretoria da escola escreveu ainda que promoveu uma reunião no último sábado (16) para nomear uma Comissão Disciplinar para acompanhar os trâmites do caso, ao lado do Conselho Tutelar, sob fiscalização do Ministério Público, “garantindo o respeito aos direitos fundamentais do adolescente envolvido, mas no intuito de, se for a hipótese, aplicar as medidas administrativas e sócio educativas competentes”. O Diocesano também reforçou a orientação aos profissionais de vigilância, controle de ingresso dos alunos e educadores, para que se mantenham “atentos fatos, especialmente vinculados a comportamentos suspeitos no âmbito do espaço do educandário, mas respeitando os princípios educacionais e pedagógicos de eventuais abordagens”, conclui a nota.

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Massacre de Suzano

No última quarta (13), os ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique Castro, de 25 anos, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil, na cidade de Suzano, interior de São Paulo, e mataram 10 pessoas, antes de tirarem a própria vida. Desde então, o caso está sendo repercutido pela imprensa como “Massacre de Suzano”. Segundo o último balanço divulgado pela assessoria de imprensa do Governo de São Paulo, quatro vítimas ainda estão hospitalizadas.

Donald Trump foi alvo neste domingo de críticas dos democratas, que, liderados por uma deputada árabe-americana, questionaram o silêncio do presidente americano sobre o auge da supremacia branca, após um massacre em mesquitas da Nova Zelândia.

Diante da polêmica gerada pela resposta morna de Trump ao ataque, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, quis negar qualquer tipo de afinidade entre a retórica anti-imigração do presidente e a visão extremista do atirador de Christchurch.

"O presidente não é um supremacista branco", afirmou Mulvaney neste domingo, em entrevista ao canal Fox News.

A democrata de Detroit Rahida Tlabi, que se tornou em 2018 uma das duas primeiras mulheres muçulmanas a chegar ao Congresso americano, considerou hoje, em um talk-show, que o fato de o presidente não se manifestar abertamente contra a supremacia branca torna o país menos seguro.

"Trump é, atualmente, o homem mais poderoso do mundo", assinalou, durante o programa "State of the Union", da CNN. "Desde esta posição de poder, ele está em condições de enviar um sinal muito forte e claro."

"Fizemos isso no passado, contra o terrorismo estrangeiro. Precisamos fazê-lo com o terrorismo local, contra a supremacia branca, que cresce a cada dia que nos mantemos em silêncio", afirmou.

Após o ataque de sexta-feira em Christchurch, Trump expressou pesar e solidariedade às vítimas e à população da Nova Zelândia. Pouco depois, em entrevista coletiva no Salão Oval, disse não considerar que o nacionalismo branco represente um perigo cada vez maior no mundo: "Acho que se trata de um pequeno grupo de pessoas que têm problemas muito, muito graves."

O atirador de Christchurch, identificado como um nacionalista branco australiano, publicou um manifesto repleto de teorias da conspiração racistas, e se referiu a Trump como "um símbolo de identidade branca e objetivo comum".

Os ataques na Nova Zelândia geraram uma onda de solidariedade de parte das comunidades judaicas e cristãs nos Estados Unidos, onde centenas de pessoas participaram de vigílias, de Cincinnati à Filadelfia, e de Pasadena a Nova York. Mas também repercutiram no âmbito político, já tenso devido à polêmica causada pelas declarações sobre Israel de Ilhan Omar, a outra muçulmana no Congresso, que foram percebidas por muitos, incluindo democratas, como antissemitas.

O debate sobre a intolerância se transferiu rapidamente para Trump após o massacre na Nova Zelândia. "Vez ou outra, este presidente abraçou e incentivou os supremacistas brancos, e, em vez de condenar os terroristas racistas, protege-os. Isto não é normal, nem aceitável", tuitou a senadora Kirsten Gillibrand, que oficializou hoje que deseja ser candidata democrata nas eleições presidenciais de 2020.

Mulvaney ironizou a ideia de que a retória e as políticas anti-imigrantes de Trump tenham relação com o ataque na Nova Zelândia: "Tomemos o que aconteceu ontem na Nova Zelândia como o que foi, um ato terrível, nocivo e trágico, e pensemos por que essas coisas acontecem com tanta frequência no mundo. É por causa de Donald Trump? Certamente, não."

Os neozelandeses prestavam homenagem, neste domingo (17), aos 50 fiéis mortos no ataque a duas mesquitas em Christchurch, enquanto surgiam mais informações sobre o massacre.

Paralelamente, a polícia neozelandesa fechou o aeroporto de Dunedin em razão de um pacote suspeito, segundo as autoridades. "O aeroporto de Dunedin está atualmente fechado", declarou em um comunicado, apontado que "agentes estão no local e uma equipe especializada foi enviada para determinar a natureza do pacote".

Neste domingo, vários corpos começaram a ser devolvidos às famílias. Uma lista, ainda provisória, menciona detalhes das vítimas, mostrando que tinham entre 3 e 77 anos e que pelo menos quatro eram mulheres.

O governo paquistanês confirmou a morte de nove paquistaneses no massacre, e anunciou que vai homenagear uma de suas vítimas. Um vídeo do ataque mostra um homem sendo morto ao se aproximar do atirador, enquanto que outros fogem a sua volta. O homem seria Naeem Rashid e seu filho também morreu no ataque.

"O Paquistão está orgulhoso de Mian Naeem Rashid que foi morto quando tentou se lançar sobre o terrorista supremacista branco e a sua coragem será honrada com uma condecoração nacional", tuitou o primeiro-ministro Imran Khan.

O autor do massacre é um extremista australiano, Brenton Tarrant, que, ante o tribunal que o indiciou no sábado (16), fez com a mão direita um gesto típico de grupos supremacistas brancos.

Esse ex-preparador físico, "fascista" autoproclamado, documentou sua radicalização em um longo manifesto de cerca de 70 páginas, cheio de teorias da conspiração e ideias racistas.

Neste domingo, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, revelou que seu escritório recebeu esse manifesto apenas nove minutos antes do início do ataque.

"Eu fui uma das 30 pessoas a quem o manifesto foi enviado nove minutos antes do ataque", declarou Ardern a repórteres, acrescentando que o documento não especificava o local ou detalhes específicos.

"O fato de haver um manifesto ideológico com visões extremistas relacionado a esse ataque é profundamente perturbador", comentou.

Os corpos de várias das vítimas do tiroteio ainda permanecem dentro das mesquitas para serem identificados, enquanto as famílias esperam para iniciar os rituais funerários muçulmanos.

Em um cemitério local, as sepulturas de tantas vítimas já começaram a ser abertas.

"Posso confirmar que os corpos dos falecidos começarão a ser restituídos esta noite", disse a primeira-ministra. Segundo ela, todos os corpos deverão ser entregues a suas famílias até quarta-feira.

- Drama e heroísmo -

Segundo as autoridades locais, 34 pessoas permanecem hospitalizadas.

O médico Greg Robertson disse que esses pacientes apresentam de lesões relativamente superficiais a "ferimentos graves e complexos".

Entre os feridos há uma menina de apenas 4 anos, Alin Alsati, que estava em uma das mesquitas com seu pai e que recebeu três tiros.

O pai da menina também foi ferido no tiroteio. A família emigrou recentemente da Jordânia e o pai abriu uma barbearia.

"Por favor, orem por mim e minha filha", disse ele em um vídeo postado no Facebook do hospital.

Em meio à comoção, histórias de estranhos que agiram heroicamente durante a tragédia começaram a aparecer.

O site de notícias Stuff.co.nz publicou a proeza de Abdul Aziz, um afegão, descrito como um "herói" por ter arriscado sua vida para afugentar o assassino.

Este homem, de 48 anos, explicou que, depois de ouvir os tiros, saiu da mesquita de Linwood deixando seus filhos dentro.

Uma testemunha confirmou que ele perseguiu o atacante, que estava a caminho de seu carro para pegar uma nova arma.

Abdul Aziz conseguiu passar entre vários carros estacionados e pegar uma arma descarregada que o agressor havia jogado no chão.

De acordo com este homem, ele correu "como uma flecha" para o veículo do assassino e quebrou uma das janelas. "É por isso que teve medo", disse Abdul Aziz, indicando que o indivíduo decidiu então fugir de carro.

Uma ação que talvez tenha impedido mais mortes, já que dois policiais prenderam o agressor pouco depois.

- "Cidade da tristeza -

Daud Nabi, um afegão de 71 anos, teria se colocado na frente do assassino para proteger outros fiéis na mesquita de Al Noor. "Ele pulou na linha de fogo para salvar outras pessoas e morreu assim", disse seu filho Omar à AFP.

Neste domingo, em toda a cidade de Christchurch, era possível ver vigílias, memoriais e grupos de oração em homenagem às vítimas.

"Estamos com nossos irmãos e irmãs muçulmanos", dizia um enorme cartaz instalado em meio a um mar de flores em frente a uma das mesquitas.

Em outro cartaz, uma mão anônima descreveu Christchurch como "a cidade da tristeza".

Na catedral da localidade, o padre Lawrence Kimberley celebrou uma missa em "solidariedade com a comunidade muçulmana".

"Aprendemos durante o terremoto (de 2011) que em tempos difíceis é bom estender a mão aos outros. É hora de fazer isso de novo", disse Kimberley à sua congregação.

Em Auckland, uma multidão das mais diversas origens organizou uma vigília silenciosa em frente à mesquita de Umar.

As vítimas são originárias de vários países do mundo muçulmano, disse Jacinda Ardern. Quatro egípcios, um saudita, um indonésio, quatro jordanianos e nove paquistaneses, estão entre elas.

Na tarde desse sábado (16), no SBT, foi ao ar a estreia do "Programa da Maisa". Recebendo Fernanda Souza e Matheus Ceará, Maisa tocou a atração com diversão, além de debater assuntos que fazem parte do dia a dia, como bullying.

Ao final, a jovem dedicou o seu programa às vítimas de Suzano, em São Paulo, que na manhã de quarta-feira (13) foram mortos dentro da Escola Estadual Raul Brasil por dois rapazes. "Eu acho muito importante falar de paz para vocês. Que a educação, a paz e o amor reinem entre os jovens. Que a gente sempre olhe para o próximo", declarou a apresentadora.

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Aproveitando o momento, Maisa explicou que o seu programa foi gravado muito antes do massacre acontecer no município paulista, lamentando o ocorrido ao se despedir dos telespectadores.

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Subiu para 50 o número de mortos nos massacres em duas mesquitas da Nova Zelândia, depois que a polícia encontrou mais uma vítima enquanto removia corpos das cenas de crime. O comissário de polícia Mike Bush também afirmou que 36 pessoas ainda estão hospitalizadas e que duas delas estão em estado crítico.

Neste sábado (16), o australiano Brenton Harrison Tarrant, preso após os tiroteios, compareceu ao tribunal e foi formalmente acusado de assassinato. Ele não demonstrou nenhuma expressão quando o juiz do Tribunal Distrital Paul Kellar leu a acusação de assassinato. Depois que o atirador saiu do local, o juiz disse que, embora "uma acusação de assassinato tenha sido trazida no momento, é razoável supor que haverá outras".

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Tarrant publicou um manifesto de 74 páginas no Facebook no qual disse que era um supremacista branco que queria vingar ataques na Europa perpetrados por muçulmanos. Aparentemente, ele usou uma câmera em seu capacete para transmitir ao vivo sua ação.

O massacre, realizado durante as orações de sexta-feira dos muçulmanos, provocou uma resposta firme da primeira-ministra Jacinda Ardern, que declarou que aquele era "um dos dias mais sombrios da Nova Zelândia". Ela afirmou que o atirador tinha escolhido atacar na Nova Zelândia "porque representamos diversidade, bondade, compaixão".

Seus compatriotas pareciam querer provar neste sábado que ela estava certa, volutariando-se para em diferentes iniciativas de ajuda aos muçulmanos. Alguns ofereciam carona ao supermercado, outros se colocaram a disposição para fazer companhia se eles se sentissem inseguros. Em fóruns online, pessoas discutiam restrições alimentares islâmicas enquanto preparavam refeições para os afetados. "O amor sempre vence o ódio. Muito amor para nossos irmãos muçulmanos", dizia um cartão escrito à mão colocado em um muro de flores criado em uma parte histórica da cidade de Christchurch, onde ocorreu o massacre.

Ainda assim, os muçulmanos foram aconselhados a ficar longe das mesquitas, enquanto o alerta de segurança do país permanecia em seu segundo nível mais elevado, após o tiroteio mais letal da história moderna da Nova Zelândia. Antes do ataque de sexta-feira, o mais grave tiroteio registrado no país ocorreu em 1990, na pequena cidade de Aramoa, onde um atirador matou 13 pessoas após uma disputa com um vizinho.

Fonte: Associated Press

"Padre Anchieta, né? Massacre escolar agendado", dizia a mensagem, acompanhada da foto de uma arma, que circulava entre alunos e pais de três escolas de cidades diferentes. A suposta ameaça causou pânico nas unidades, familiares buscavam diretorias para obter mais informações e queriam buscar os filhos antes do término das aulas. Após o atentado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), diversos colégios passaram a receber trotes com ameaça de possíveis ataques.

A mesma mensagem foi encaminhada a alunos e professores da Escola Estadual Padre Anchieta, em Diadema; Escola Miguel Vicente Cury, no bairro Padre Anchieta, em Campinas; e para a Escola Bady Bassit, na Vila Anchieta, em São José do Rio Preto. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, as três unidades tiveram aula normalmente e sem incidentes ontem.

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"Pais ligavam ou vinham até a escola bastante nervosos, querendo saber se estava tudo bem, se havia acontecido algo. Alguns quiseram levar os filhos para casa. Uma situação que nunca vivemos antes", contou uma professora da unidade de Campinas, que pediu anonimato.

A comerciante Susi dos Santos, de 39 anos, foi uma das mães que foram ao colégio, quando recebeu a mensagem nas redes sociais. "Depois do que aconteceu, ficamos em choque. Não arrisco deixar meu filho na escola, se tiver dúvidas sobre a segurança dele."

Além do boato sobre a suposta ameaça, na unidade de Diadema também circulou nas redes sociais um falso comunicado da direção, orientando os pais a não enviarem os filhos à escola. "Não sabemos ainda se é apenas uma brincadeira de muito mau gosto ou uma ameaça real, mas, depois do lamentável episódio de Suzano, não podemos ficar imóveis", dizia a mensagem que circulava entre os parentes. A secretaria informou que a direção não fez essa recomendação e disse que as aulas ocorreram normalmente.

"As mensagens parecem ser trote ou brincadeira mesmo, mas todo mundo está muito impactado com o que aconteceu. A gente prefere pecar pelo excesso de cuidado. Os alunos estão muito assustados e no dia do massacre só perguntavam e conversavam sobre como fugiriam e onde se esconderiam se entrasse uma atirador na escola", disse uma professora da unidade de Diadema, que também não quis se identificar.

A comerciante Silvia Hirakawa, de 37 anos, ainda não sabe quando vai deixar o filho de 12 anos voltar às aulas na Estadual Luiza Hidaka, em Suzano. Ela recebeu mensagens e ouviu boatos de que havia planos para um ataque na unidade no mesmo dia em que houve o massacre. "Não sei se é verdade, mas não consigo arriscar. Ainda não sei se ele volta para a escola na próxima semana. Se tivesse dinheiro, matriculava em um colégio particular porque acho mais seguro". A cidade decretou luto de três dias e toda a rede pública suspendeu as aulas.

Pais e professores pedem reforço na segurança das escolas. Os pedidos vão desde muros e portões até câmeras e fechaduras eletrônicas. A secretaria estadual diz fazer levantamento para identificar unidades mais "vulneráveis" e reavalia procedimentos de segurança.

Também informou que as aulas ocorrem normalmente nas escolas citadas pelo Estado, apesar de alguns pais terem "optado por não levar seus filhos". A pasta não informou a taxa de faltosos nos últimos dois dias.

Já a pasta da Segurança Pública disse que não há registro de ocorrências nas delegacias da área. Acrescentou que equipes da PM estão atentas à movimentação nas unidades citadas.

Orientação

 

A pasta da Educação destacou a parceria com a Ronda Escolar da PM no entorno de todas as unidades da rede e disse que os colégios receberam orientações de como trabalhar o tema com pais e alunos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sobreviventes do ataque a duas mesquitas em Christchurch contam como pessoas e crianças foram impiedosamente executadas nesta sexta-feira pelo homem fortemente armado, autor da pior chacina da Nova Zelândia.

Ao menos 49 pessoas morreram e 48 outras ficaram feridas no ataque, qualificado pela primeira-ministra Jacinda Ardern de "um dos dias mais sombrios da Nova Zelândia".

"Vamos matar todos vocês"

Anwar Alsaleh se preparava para a oração da sexta-feira na mesquita al Nur, no centro de Christchurch, quando o atirador entrou. Ele se escondeu no banheiro e tentou telefonar para os serviços de emergência enquanto ouvia os tiros, relatou ao site stuff.co.nz ter ouvido o atacante gritar: "Vamos matar todos vocês hoje!".

Ele afirma que ouviu pessoas suplicando por suas vidas: "foram crivados de balas até morrerem".

"No rosto"

Pelo menos outras sete pessoas morreram na mesquita de Linwood, a 5 km de distância, onde Sayed Mazharuddin explica ter visto um homem usando boné atirar.

"Logo na entrada, estavam pessoas idosas sentadas para orar e ele começou a atirar nelas", afirmou ao New Zealand Herald.

"Uma mulher estava gritando e ele atirou no rosto dela".

O atirador transmitiu ao vivo o ataque no Facebook Live.

"Muito calmo"

Testemunhas descreveram o atirador: um homem branco com carregadores de munição presos às pernas. Estava "muito calmo", testemunhou um deles na Rádio New Zealand.

Uma bala raspou a cabeça de Mirwaiz, um refugiado afegão que preferiu não dar o sobrenome: o atirador "começou a atirar do nosso lado e eu me deitei no chão, uma bala raspou minha cabeça. Alguns centímetros abaixo e eu estaria morto". Ele então fugiu da mesquita quando o assaltante desviou sua atenção.

"Surreal"

Outros rastejaram pelas janelas quebradas ou fingiam estar mortos para sobreviver.

Carl Pomare passava pela mesquita Al Nur quando viu pessoas correndo do lado de fora da mesquita e caindo no chão. Ele parou para ajudar os feridos, incluindo uma menina de 5 anos de idade, "nós conseguimos colocá-la no carro de uma pessoa que parou e que a levou para o hospital, seu estado era grave", disse na Rádio New Zealand.

"O cara que meu empregado cuidava morreu em seus braços, infelizmente. Foi surreal".

"O herói"

Atos de heroísmo foram relatados na mesquita de Linwood, onde segundo Sayed Mazharouddine um homem conseguiu roubar uma arma do atacante, que interrompeu o tiroteio e correu para um carro que o esperava.

"Um jovem que geralmente cuida da mesquita (...) aproveitou uma oportunidade e pulou sobre ele e pegou sua arma", afirmou.

"Este homem, o herói, tentou persegui-lo (...) ele correu atrás dele, mas havia pessoas esperando por ele em um carro e ele fugiu".

O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a apreensão de um adolescente identificado pela Polícia Civil como o suposto terceiro envolvido na participação do planejamento das mortes na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo, no dia 13. A apreensão foi requisitada à Justiça para posterior apresentação à Vara da Infância e Juventude. Também foram autorizadas buscas no endereço do jovem.

O ataque deixou dez mortos, dos quais duas funcionárias da escola, seis alunos e os criminosos, que se mataram depois do ataque. Outros 11 feridos foram encaminhados a hospitais. Oito ainda continuam internados. 

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“Os dois autores mortos durante o ataque participaram efetivamente da execução. O terceiro suspeito identificado não estava naquela localidade. Ele participou, em tese, de todo o planejamento. Eles projetaram o ocorrido pelo menos desde novembro”, explicou o delegado geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes.

De acordo com o delegado Alexandre Henrique Augusto Dias, responsável pelo inquérito policial, o terceiro suspeito era colega de classe do atirador. O jovem teria auxiliado na compra de equipamentos utilizados durante o crime, adquiridos por meio do comércio virtual.

“Eles se inspiraram no ataque Columbine, nos Estados Unidos, ocorrido no ano de 1999. Os envolvidos tinham conhecimento absoluto da unidade de ensino”, disse Dias.

Os materiais e o veículo utilizados foram apreendidos e encaminhados para análise. A perícia técnica comprovará a dinâmica dos fatos.

Dois dias depois do crime que chocou o país, os investigadores buscam descobrir o que motivou e os detalhes do planejamento do tiroteio em Suzano, na Grande São Paulo, que matou dez pessoas, inclusive os dois atiradores, e deixou 11 feridos. Testemunhas devem prestar depoimentos, enquanto são feitas análises dos computadores, cadernos e objetos que pertenciam aos dois jovens que provocaram a tragédia.

O Instituto de Criminalística faz exame toxicológico do material orgânico dos dois atiradores. No Instituto Médico Legal (IML), os médicos legistas concluíram que Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, matou Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, com um tiro na testa. Depois, ele se matou com um tiro na cabeça.

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Equipes policiais fizeram diligências nas casas dos atiradores e em uma lan house frequentada por eles. Foram apreendidos computadores, tablets e anotações. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 16 testemunhas foram ouvidas. De acordo com os investigadores, eles poderão prestar novo depoimento.

As armas utilizadas pelos atiradores – um revólver calibre 38, uma besta (arma medieval semelhante ao arco e flecha) e uma machadinha - foram apreendidas e encaminhadas para a perícia. O revólver estava com o número de série apagado.

Terceiro jovem

A Polícia Civil investiga a participação de um adolescente, de 17 anos, no planejamento do atentado na Escola Estadual Professor Raul Brasil. O suspeito foi colega de classe de Guilherme Monteiro e teria ajudado a dupla de atiradores.

Segundo a polícia, ele estava na cidade de Suzano no momento do ataque, mas não foi até a escola. O adolescente foi ouvido pela Polícia Civil, que pediu à Vara da Infância e da Juventude a sua apreensão e espera a autorização.

Há um vídeo em que uma terceira pessoa aparece junto com os dois assassinos dias após eles terem alugado o carro usado no atentado. O aluguel do carro foi pago com cartão de crédito.

Motivação

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Pontes, disse que os jovens queriam reconhecimento dentro da própria comunidade e publicidade na mídia. De acordo com Pontes, eles pretendiam mostrar que eram tão cruéis quanto os atiradores de Columbine.

O delegado minimizou a hipótese de que um suposto bullying sofrido pelos jovens tenha motivado o massacre. No entanto, depoimentos de pessoas próximas a Guilherme Monteiro afirmaram que ele era alvo de comentários jocosos por causa de acne no rosto. Segundo relatos, o jovem fez tratamento de pele.

Nesta sexta-feira (15) deve ser publicado decreto, no Diário Oficial, que determina que, no prazo máximo de 30 dias, as indenizações serão pagas aos parentes das vítimas. Na quinta-feira (14), o governador de São Paulo, João Doria, estimou que os valores podem chegar a R$ 100 mil por família.

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