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A Espanha resgatou mais de 340 migrantes no Mediterrâneo neste sábado, entre eles um norte-africano que tentava cruzar o mar em um pneu de caminhão, informaram as autoridades.

O Salvamento Marítimo informou que resgatou 240 pessoas em 12 botes, 10 dos quais no estreito de Gibraltar, no mar de Alborão, a parte mais ocidental do Mediterrâneo, e outro homem que flutuava em um pneu de caminhão.

Um porta-voz acrescentou que a Guarda Civil também salvou 100 migrantes no Mediterrâneo.

A Espanha está substituindo a Itália como país de chegada escolhido pelos imigrantes.

Cerca de 16.902 pessoas chegaram a Espanha neste ano, segundo cálculos da Organização Internacional para as Migrações (OIM), e 294 morreram na tentativa.

No total, mais de 1.400 migrantes perderam a vida este ano no Mediterrâneo, acrescentou.

No mês passado, a Espanha aceitou receber 630 migrantes que chegaram em três navios, entre eles o "Aquarius", de uma ONG francesa.

O "Aquarius" resgatou os migrantes perto das costas líbias em 9 de junho, mas o novo governo italiano, assim como o de Malta, rejeitou recebê-los, e a Espanha aceitou ajudar.

Em 4 de julho, um barco pertencente à ONG espanhola Proactiva Open Arms atracou em Barcelona com 60 migrantes resgatados em águas líbias, depois de que a Itália se negou a recebê-los.

O barco humanitário "Lifeline", com 233 migrantes a bordo, entrou nesta quarta-feira (27) no porto de La Valeta, após uma semana de espera no Mediterrâneo, segundo imagens ao vivo da AFP-TV.

O navio, fretado pela ONG alemã de mesmo nome, atracou em um dos cais deste porto da capital maltesa, onde tem autorização para desembarcar os 233 migantes resgatados em frente à costa líbia há uma semana.

Estes serão depois distribuídos entre oito países europeus dispostos a recebê-los: Malta, Itália, França, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Bélgica e Holanda.

No cais há um importante dispositivo de segurança e as autoridades maltesas poderão começar os exames médicos e as formalidades necessárias com os migrantes, que passaram parte da semana a bordo do "Lifeline" em condições sanitárias muito deficientes.

O Mediterrâneo está correndo risco de perder metade das suas espécies se as emissões de CO2 não forem reduzidas pelo mundo, indica uma pesquisa publicada na revista acadêmica "Climatic Change" nesta quarta-feira (14).

Conduzido pelo World Wildlife Fund (WWF), junto com a British University of East Anglia e a Australian James Cook University, o estudo examinou a situação do Mediterrâneo a partir de um aprofundamento sobre o impacto do aquecimento em 80 mil espécies de plantas e animais em 35 áreas do planeta ricas em biodiversidade.

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Aumentando 2ºC na temperatura global, que é o máximo permitido pelo acordo de Paris sobre o clima, é previsto que o Mediterrâneo colocaria em risco quase 30% da maioria dos grupos e espécies analisadas, segundo o estudo. Se a temperatura aumentasse ainda mais, por exemplo para 4,5 graus, metade de uma biodiversidade desapareceria, até 90% dos anfíbios, 86% das aves e 80% dos mamíferos poderiam ser extintos nas savanas arborizadas de Miombo, na África do Sul.

A Amazônia, por outro lado, poderia perder 69% de suas espécies de plantas. No total 80 mil espécies foram examinadas. Sobre o estudo, o WWF ressalta a necessidade da criação de políticas para reduzir as emissões de CO2, porque só assim ocorreriam mudanças climáticas.

A associação ambiental ainda pede instrumentos regulatórios e legislativos para o fechamento das usinas de carvão até 2025, e a definição do plano nacional de energia e clima, e a estratégia de descabornização a longo prazo. Sobre o risco da extinção das espécies, a presidente da WWF Donatella Bianchi, alerta: "Muitos dos lugares mais fascinantes da Terra, como a Amazônia e as Ilhas Galápagos e algumas áreas do Mediterrâneo, podem tornar-se irreconhecíveis aos olhos de nossos filhos".

Da Ansa

Ao menos 1.500 imigrantes foram resgatados nos últimos três dias em cerca de 15 operações em águas internacionais diante da costa líbia, e uma mulher foi encontrada morta em uma embarcação, revelou a associação SOS Méditerranée.

A vítima foi descoberta em um bote inflável que transportava 108 emigrantes, incluindo 16 mulheres e 34 menores, a maioria procedente da Eritreia. O grupo foi socorrido pelo navio Aquarius, da SOS Méditerranée.

Os passageiros do bote explicaram ao pessoal do Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Aquarius que a mulher morreu logo após a partida da costa líbia. Dias antes, ela havia dado à luz um bebê falecido.

O Aquarius realizou outras duas operações nesta quarta-feira, uma com a ajuda de um navio espanhol, que permitiram resgatar 279 pessoas, incluindo cerca de 100 mulheres e crianças.

Na noite de quarta-feira, o centro de coordenação de operações de socorro em Roma informou o resgate de outras 1.100 pessoas na véspera no Mediterrâneo, em onze operações.

Ao menos 114.600 emigrantes foram resgatados na costa italiana desde o início do ano, uma queda de 32% em relação ao mesmo período de 2016, segundo o ministério do Interior.

A crise migratória que tornou o Mar Mediterrâneo um cemitério para milhares de pessoas nos últimos anos começa a dar sinais de arrefecimento.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Ministério do Interior da Itália, o número de migrantes forçados e refugiados que desembarcam nos portos do país caiu 30,13% entre 1º de janeiro e 30 de outubro de 2017, totalizando 111.397 pessoas.

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No mesmo período do ano passado, quando a emergência humanitária no Mediterrâneo atingiu seu ápice, a cifra foi de 159.417. Considerando apenas o mês de outubro, a queda foi ainda maior: 78%, passando de 27.384 para 5.984 indivíduos.

Os números confirmam uma inversão de tendência na crise migratória na Itália, já que, até o fim de junho, o país caminhava para um ano recorde no desembarque de deslocados externos em seus portos.

Um dos motivos para a redução é o projeto patrocinado por Roma para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia, principal ponto de partida para as "viagens da morte" no Mediterrâneo. Contestado por agências humanitárias, o acordo entre Roma e Trípoli prevê a capacitação das autoridades do país africano para a realização de operações de busca e resgate no mar, fazendo com que as pessoas socorridas retornem para o território líbio - quando o salvamento é feito pela Guarda Costeira da Itália, os migrantes forçados precisam necessariamente ser levados para a nação europeia.

O pacto foi alvo de duras críticas de entidades humanitárias, que desconfiam da capacidade da Líbia, um país em constante agitação desde a queda de Muammar Kadafi, de acolher corretamente indivíduos resgatados no Mediterrâneo.

Além disso, o governo da Itália impôs um código de conduta para disciplinar a atividade de ONGs no mar, o que fez com que algumas delas, incluindo Médicos Sem Fronteiras, desistissem de realizar operações de busca e salvamento.

Entre outras coisas, o código impede navios humanitários de entrarem nas águas territoriais líbias e autoriza ações policiais em embarcações de entidades humanitárias. 

Da Ansa

Dezenas de crianças que estavam a bordo de um bote, inclusive bebês, foram resgatadas no Mediterrâneo e levadas à Itália nesta sexta-feira (13), informaram organizações de resgate de imigrantes.

Das 606 pessoas resgatadas nos últimos dias no mar, cerca de 180 eram menores de idade desacompanhados por adultos, de acordo com o comunicado da organização SOS Mediterrâneo, que junto com a ONG Médicos Sem Fronteiras operam o barco "Aquarius" no local.

As imagens mostravam os socorristas carregando as crianças no colo, algumas delas de pijama e um bebê coberto por uma manta rosa.

Das mulheres resgatadas, 11 estavam grávidas, duas delas a ponto de dar à luz.

"As numerosas operações de resgate do 'Aquarius' nos últimos dias em uma área geográfica muito ampla demonstram que a crise humanitária continua e está piorando", explicou a SOS Mediterrâneo.

Os imigrantes, que asseguraram que tinham saído da Líbia, veem de 15 países africanos diferentes.

A morte de um filhote fêmea de golfinho em uma praia de Mojácar, na Espanha, depois que vários banhistas brincaram com ele, causou indignação no país nessa quarta-feira (16).

O golfinho, uma pequena fêmea, ficou encalhado nessa praia bastante frequentada, situada no Mediterrâneo. Enquanto estava no local, ele ficou rodeado por centenas de curiosos, até que a equipe de resgate conseguiu se aproximar, segundo informações da Equinac, ONG especializada em resgates da fauna marinha. "Amontoar-se para fazer fotos e tocar neles lhes causa um choque muito forte que acelera bastante (a ocorrência de) uma parada cardiorrespiratória, que foi o que ocorreu", ressaltou a organização.

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A Equinac publicou no Facebook fotos de banhistas brincando na água com o animal, e alguns deles tapavam involuntariamente o orifício pelo qual a espécie respira.

A organização acrescentou que o jovem mamífero já tinha poucas chances de sobrevivência. A fêmea "foi até a praia por ter perdido a sua mãe" -- razão pela qual não sobreviveria -- "ou por estar doente", informaram.

A notícia causou indignação nas redes sociais: "Se for a praia, deixe a sua estupidez em casa" ou "tiraram selfies quando ele morreu?", comentaram alguns usuários das redes sociais.

O partido espanhol contra o maltrato animal (PACMA) fez uma denúncia em uma postagem compartilhada mais de 4.800 vezes no Facebook a respeito do assédio dos banhistas ao animal.

A Itália ordenou a apreensão de uma embarcação usada por uma ONG para o resgate de pessoas no Mediterrâneo, por suspeita de favorecer a migração clandestina, uma medida para frear a onda de imigrantes em situação ilegal que fogem da fome e das guerras.

O barco, de nome Iuventa e que costuma ser usado pela ONG alemã Jugend Rettet para o resgate de migrantes na costa da Líbia, foi apreendido a pedido da Procuradoria de Trapani.

Em comunicado, a polícia italiana afirmou que a investigação judicial foi aberta em outubro de 2016 sob a acusação de "favorecer a imigração clandestina". A embarcação alemã foi retida no mar na noite de terça-feira pela Guarda Costeira italiana e acompanhado até o porto siciliano de Lampedusa.

A decisão da Procuradoria de apreender o barco foi tomada após quase um ano de investigações realizadas graças a uma "sofisticada tecnologia", afirma a nota divulgada pela polícia.

"O barco se dedica normalmente ao resgate de migrantes perto da costa da Líbia e sua transferência para outras embarcações sempre ocorre em águas internacionais, permanecendo habitualmente no mar da Líbia, próximo das águas territoriais", explica o comunicado.

Segundo o jornal La Reppublica, uma equipe especializada da polícia recolheu indícios técnicos por várias horas dentro do barco e interrogou os membros da tripulação, de cerca de 16 pessoas.

"Durante o interrogatório nos informaram que o barco seria apreendido e, por isso, pedimos um advogado", contou ao jornal Tommaso Gandini, ativista que se encontrava no barco Iuventa. "Nos interrogaram, nos perguntaram sobre a última missão e sobre as outras, e nos informaram que a investigação foi aberta contra desconhecidos", acrescentou.

A ONG alemã, assim como a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), rechaçaram na segunda-feira aderir ao "código de conduta" para resgatar migrantes no Mediterrâneo proposto pelas autoridades italianas.

Nesta sexta-feira (27), a Guarda Costeira líbia recuperou 77 pessoas que navegavam à deriva em um barco com a intenção de chegarem ao litoral europeu. 

Segundo o relato do porta-voz da Marinha líbia, coronel Qasem Ayub, a embarcação foi detectada pouco depois do amanhecer a 12 milhas ao Norte de Trípoli e nela viajavam imigrantes procedentes de Bangladesh, Marrocos e diversos países da África Subsaariana. "Muitos deles tinham graves queimaduras pelo sol e apresentavam sintomas de desidratação. Quando foram encontrados, o barco tinha começado a afundar. Nos disseram que ficaram dois dias perdidos no mar", explicou o coronel.

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Os imigrantes foram levados a uma refinaria em Al Zawiya onde receberam os primeiros socorros. Depois, foram encaminhados a um centro de acolhimento.

Segundo dados da Organização Internacional das Migrações, 1.332 pessoas morreram ou sumiram no Mediterrâneo neste ano ao tentarem chegar à Europa em embarcações precárias organizadas por máfias.

Cerca de três mil migrantes foram salvos ontem (18) após a tentativa de cruzar o Mar Mediterrâneo. Vários navios ajudaram nas operações de resgate.

A maioria dos resgatados seguiu para a Itália e 500 voltaram para a Líbia. A Organização Internacional para Migrações (OIM) confirma, por enquanto, o total de seis mortos, encontrados na costa marítima da Líbia.

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Outra rota utilizada por quem busca refúgio na Europa é a jornada entre a Turquia e a Grécia. A ONU, em parceria com a OIM, afirma que entre janeiro e abril, mais de cinco mil migrantes cruzaram o Mar Egeu, que separa os dois países. Dentre os refugiados que optam por esta rota, sírios e iraquianos compõe a maior parte.

Em Genebra (Suíça), o porta-voz da OIM, Joel Millman, explicou que a Turquia continua sendo o escape dos conflitos sírios e iraquianos, tanto que pessoas de outras nacionalidades tentam ir para lá. “Cidadãos de outros países tentam acessar a Turquia para de lá, seguirem viagem até a Grécia, incluindo haitianos e dominicanos o que tem sido motivo de surpresa”, disse Millman. 

Neste ano (2017), a OIM já registrou as mortes de 1,9 mil migrantes no mar. Dois terços das mortes ocorreram no Mediterrâneo.

A Organização Internacional para Migrações (OIM) revelou nesta terça-feira (9) que mais de 1,3 mil pessoas já morreram tentando atravessar o Mar Mediterrâneo em direção à Europa neste ano. A entidade informou que 190 migrantes podem ter morrido em dois naufrágios ocorridos no fim de semana, entre os dias 5 e 7 de maio.

Além dos dois naufrágios, o final de semana foi marcado pelo resgate de 6.612 migrantes e refugiados em mais de uma dezena de locais. O último naufrágio ocorreu no domingo, na costa da Líbia.

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Até ontem (8), mais de 49,3 mil migrantes e refugiados entraram no continente europeu realizando a travessia marítima. No mesmo período do ano passado foram cerca de 187,5 mil pessoas. A OIM declarou que a maioria dos migrantes e refugiados chegaram à Itália, a partir da Líbia ou da Tunísia, e o restante foi para a Grécia, Chipre e Espanha. Em 2016, 5.098 pessoas morreram tentando fazer o trajeto.

Pelo menos 80 migrantes, incluindo mulheres e crianças, estão desaparecidos após um naufrágio ao largo da Líbia, informaram nesta segunda-feira (8) ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) sobreviventes que chegaram à Itália.

Cerca de 132 pessoas estavam a bordo de um barco inflável que partiu na sexta-feira (5) da Líbia e que começou a esvaziar depois de algumas horas.

Apenas 50 sobreviventes foram resgatados por um navio comercial que desembarcou no domingo (7) na Sicília.

Trinta e cinco operações de resgate foram realizadas neste sábado (15) para socorrer cerca de 3 mil migrantes no litoral da Líbia, informaram à AFP a guarda-costeira italiana e ONGs. Essas 35 operações foram lançadas pela guarda-costeira italiana, que coordenam o dispositivo de resgate na zona central do Mediterrâneo.

Segundo uma ONG que participava nas operações, Jugend Rettet, aproximadamente 3 mil pessoas foram resgatadas ao longo do dia. Na sexta-feira, mais de 2 mil migrantes foram socorridos no Mediterrâneo perto da costa da Líbia. Um adolescente foi encontrado sem vida em uma das muitas embarcações à deriva, todas repletas de migrantes.

Desde o início do ano, 666 pessoas que zarparam da Líbia morreram ou desapareceram no Mediterrâneo, comparado com mais de 5.000 em 2016, segundo a última contagem da Organização Mundial para as Migrações (OIM).

Quase 1,3 mil imigrantes foram resgatados pela guarda costeira italiana no Mar Mediterrâneo no último fim de semana e desembarcaram em três cidades diferentes da região da Sicília, no sul do país.

Na cidade de Messina, desembarcaram 246 imigrantes. Eles foram acolhidos por funcionários da prefeitura, das forças de ordem, da Instituição Pública de Serviços à Pessoa (ASP) e de associações de voluntariado.

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No total, 1264 pessoas chegaram aos portos da Itália: 515 na cidade de Ragusa, a bordo do Navio Acquarius; 505 em Catânia, no navio Siem Pilot; 246 em Messina, na nave Fiorillo.

Em Catânia, um jovem de 16 anos foi encontrado morto em uma das embarcações, segundo as autoridades. Os resgates e buscas continuam sendo realizados pelas em todo o Mediterrâneo.

Um novo naufrágio ao norte da costa líbia teria deixado mais de 100 desaparecidos, segundo relato de quatro resgatados - informou a Guarda Costeira italiana neste sábado (14), acrescentando que oito imigrantes foram encontrados mortos.

"Hoje, podemos informar que os corpos de oito pessoas foram recuperados. Outras quatro pessoas puderam ser resgatadas. Elas disseram que, no total, 107 imigrantes estavam a bordo da embarcação", disse à AFP o serviço de imprensa da Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo.

As operações de resgate continuavam no cair da noite, apesar das más condições meteorológicas e do mar, completou a mesma fonte.

Um navio militar francês, que participa do dispositivo da Frontex, a agência encarregada das fronteiras exteriores da UE, recuperou os sobreviventes. Dois navios mercantes foram desviados para a zona do naufrágio, cerca de 50 km ao norte da costa líbia.

Um avião da Frontex e um helicóptero da Marinha italiana também participavam das operações de resgate.

Na sexta, 550 pessoas foram socorridas em várias operações lançadas no Mediterrâneo. Duas vítimas também foram encontradas, de acordo com os agentes da Guarda Costeira.

A Itália realizou nesta segunda-feira (2) sua primeira operação de resgate no mar Mediterrâneo e salvou 114 deslocados externos que estavam a bordo de um bote superlotado perto da costa da Líbia.

Os imigrantes foram resgatados pelo navio Aquarius, da organização ítalo-franco-alemã SOS Méditerranée, que atua em parceria com a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF). A operação ocorreu por volta de 3h45 da madrugada (horário local).

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A intervenção foi realizada rapidamente, graças às boas condições do Mediterrâneo, calmo e sem vento. Entre os 114 deslocados, havia seis mulheres e 22 menores de idade, 16 dos quais desacompanhados.

A maior parte é proveniente de Senegal, Guiné, Uganda, Mali e Costa do Marfim, na África. Em 2016, mais de 180 mil imigrantes ilegais chegaram à costa da Itália, um crescimento de 17,84% em relação ao ano anterior.

Confira o vídeo do resgate:

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Com informações da ANSA

Aproximadamente 900 imigrantes foram resgatados na madrugada desta quarta-feira (28) no Mar Mediterrâneo, próximo à Líbia, em uma operação que confirma que 2016 foi um ano recorde em relação ao número de imigrantes e de refugiados que tentam entrar na Europa.

A maioria dos imigrantes resgatados viajava a bordo de duas embarcações de madeira que navegavam juntas. Na madrugada, outras 40 pessoas foram socorridas em um outro barco.

O ano que está prestes a acabar registra um dado aterrorizante para a Europa: o mais letal da história para a rota do Mediterrâneo.

Mais de 5.000 pessoas perderam a vida, ou desapareceram, na travessia, como apontam dados divulgados pela ONU.

Um navio militar britânico, que faz parte da operação europeia "Sophia" contra o tráfico de pessoas, e o barco "Aquarius", fretado pela ONG SOS Mediterrâneo e Médicos Sem Fronteiras - ambos coordenados pela guarda costeira italiana -, resgataram a maioria dos imigrantes.

"Todos estão sãos e salvos", informou a ONG.

Boa parte dos imigrantes é oriunda da Eritreia, Bangladesh, Paquistão, Somália e Síria, segundo os socorristas.

De acordo com o último informe do Ministério do Interior italiano, mais de 180.000 imigrantes chegaram à costa da Itália este ano - a maioria procedente da África Ocidental e do Chifre da África.

Trata-se de um aumento de 17% em comparação aos números de 2015, e de 6%, se comparado ao recorde de 170.100 pessoas registrado em 2014.

O Crescente Vermelho da Líbia anunciou a descoberta de 11 corpos de imigrantes nas praias próximas a Trípoli, capital da Líbia.

Quase 7.200 migrantes e refugiados morreram ou desapareceram desde o começo do ano no mundo, a maioria tentando atravessar o Mediterrâneo, o que representa 20% a mais do que em 2015, informou nesta sexta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

De um total de 7.189 mortos ou desaparecidos registados até quinta-feira, 4.812 morreram ao tentar atravessar o Mediterrâneo para chegar a Itália, Grécia, Chipre ou Espanha, segundo a OIM. Isso representa uma média de 20 mortes por dia, e o saldo total poderia aumentar até o final do ano em mais 200 ou 300 mortes, estima a organização em um comunicado.

A travessia do Mediterrâneo, utilizada por cerca de 360.000 migrantes até agora este ano, é o caminho mais perigoso em todo o mundo, com mais de 60% de chance de desaparecer.

De acordo com informações recebidas nesta sexta-feira pela OIM, 88 pessoas morreram na sequência do naufrágio de um barco que transportava 114 passageiros ao largo da costa de Zawiya, na Líbia.

Esta informação ainda não pôde ser confirmada com fontes líbias. O número de migrantes mortos também aumentou na fronteira entre o México e os Estados Unidos, na América Central e na América do Sul e na África.

Cerca 1.400 migrantes procedentes da Líbia a bordo de 13 embarcações improvisadas foram resgatados nesta segunda-feira no Mediterrâneo, anunciaram os guarda-costas italianos, que coordenam os trabalhos de resgate. "Foi um dia jornada muito difícil, mas, graças ao compromisso das unidades que agiram, todos os migrantes puderam ser resgatados", declarou à AFP um porta-voz dos guarda-costas.

Os migrantes resgatados estavam a bordo de 11 lanchas pneumáticas e duas barcas pequenas. Foram socorridos em lachas da guarda-costeira italiana, em navios da marinha italiana e irlandesa, em dois navios comerciais e no buque Aquarius, das ONGs SOS Mediterrâneo e Médicos sem Fronteiras (MSF). O mar estava calmo embora uma tempestade ameace a região, o que pode complicar a chegada dos migrantes à Itália.

As autoridades italianas anunciaram na segunda-feira, antes dos resgates de hoje, que foi registrado um número recorde de chegadas pelo mar neste ano: mais de 171.000 migrantes, ou seja, 19% a mais do que no ano passado e 4,5% a mais do que em 2014, que foi um ano recorde.

Os recém-chegados são principalmente da Nigéria (35.700), Eritreia (20.000), Guiné (12.300), Costa do Marfim (11.400) e Gâmbia (11.000), assim como de outros países da África subsaariana e de Bangladesh (7.500).

Sete migrantes morreram e quase 100 estão desaparecidos, depois de um novo naufrágio de um bote improvisado no litoral da Líbia, anunciou a organização Médicos sem Fronteiras, que resgatou 27 sobreviventes.

Segundo os sobreviventes, havia cerca de 130 pessoas a bordo do bote.

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"São os únicos sobreviventes. Esta tragédia é insuportável", escreveu a MSF no Twitter, acrescentando ter recuperado os corpos de sete vítimas.

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