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A Agência da Organização das Nações Unidas Para Refugiados (Acnur) disse nesta quarta-feira que pelo menos 3,8 mil imigrantes morreram no mar Mediterrâneo este ano na tentativa de chegar à Europa. O dado marca 2016 como o ano mais mortal no Mediterrâneo.

A agência informou que em todo o ano de 2015 foram registradas 3.771 mortes de imigrantes no mar Mediterrâneo. "Estamos recebendo mais relatos de mortes no Mediterrâneo e podemos confirmar agora que este é o ano mais mortal na regiãO", informou.

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Dezenas de imigrantes se afogam toda semana enquanto os frágeis e cheios barcos de viagem viram ou afundam, conforme disse a agência. Ela culpa o tempo ruim, barcos fracos e o fato dos imigrantes fugindo das guerras e da pobreza estarem cada vez mais tomando a perigosa rota do Mediterrâneo central da Líbia à Itália com o objetivo de chegar a Europa.

Aproximadamente 327,8 mil imigrantes que cruzaram o Mediterrâneo esse ano o fizeram usando a rota central, onde cerca de 1 em cada 47 pessoas morrem. Por comparação, o valor total de mortes de todo o Mediterrâneo do ano passado - quando mais de 1 milhão de pessoas chegaram à Europa - era 1 em cada 260 pessoas. Fonte: Associated Press.

Os corpos de 22 imigrantes foram encontrados nesta quarta-feira (20) em um bote no Mediterrâneo por uma equipe de resgate, que também socorreu outras 550 pessoas hoje.

O navio "Aquarius", fretado pelas organizações SOS Mediterrâneo e Médicos sem Fronteiras, prestou socorro a mais de 200 imigrantes que tentavam chegar à Itália, anunciou a MSF no Twitter.

Os passageiros "passaram horas em um bote inflável com 22 corpos", descreveu a ONG. "Não sabemos como eles morreram. Quando a equipe se aproximou do bote, os corpos estavam no fundo do barco em uma poça de combustível e água", acrescentou.

Já a Guarda Costeira italiana anunciou que 354 pessoas foram socorridas pelo "Phoenix", navio fretado pela Fundação MOAS (Migrant Offshore Aid Station). Em 25 operações realizadas na terça-feira (19), mais de 3.200 imigrantes foram salvos no Mediterrâneo.

O número de imigrantes que chegaram à Itália este ano passa de 80.000, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur). A maioria é africana.

Mais de 3.200 migrantes foram resgatados nesta terça-feira (19) no Mediterrâneo, anunciou nesta quarta-feira (20) a guarda costeira italiana, que coordenou 25 operações de socorro.

Em uma das embarcações foi encontrado um corpo, indicou um comunicado da Guarda Costeira da Itália.

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Nas operações de resgate participaram a Força Naval Europeia no Mediterrâneo (Eunavfor Med) e as ONGs Médicos Sem Fronteiras (MF), Sea Watch e MOAS.

Em 2016, mais de 80.000 migrantes, em sua maioria africanos, chegaram à costa italiana, segundo estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Uma mulher deu à luz uma menina a bordo de um navio holandês que resgatou centenas de migrantes no Mediterrâneo, diante do litoral grego, informou o ministério da Defesa da Holanda.

"Gelila nasceu na quinta-feira a bordo da fragata 'Van Amstel'. Sua mãe foi resgatada na noite anterior em uma embarcação em perigo a 150 km do sudoeste da Grécia, com 244 pessoas a bordo", afirmou Karen Loos-Gelijns, porta-voz da marinha real holandesa.

A mãe deu o nome de Gelila, que significa, segundo ela, "do oceano". "A menina está fraca, mas ela e a mãe estão bem", assegurou a fonte. Entre as pessoas socorridas em mais uma operação do plano Triton, da agência europeia de controle de fronteiras Frontex, foram resgatados 244 migrantes, entre eles muitas grávidas.

A caixa preta do avião da EgyptAir que caiu no Mar Mediterrâneo no mês passado, matando todos os 66 passageiros a bordo, foi encontrada e recuperada, afirmou hoje o comitê de investigação egípcio.

Com a notícia, autoridades elevam as esperanças de encontrar os motivos da queda da aeronave, ainda desconhecidos.

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A caixa preta foi encontrada danificada, mas a equipe conseguiu remover com segurança "unidade de memória, a parte mais importante do aparelho", informou o comitê.

O Airbus 320 da EgyptAir que viajava de Paris a Cairo quando caiu em 19 e maio, em uma região entre a ilha grega de Creta e a costa do Egito. Não se sabe o motivo da queda. Nenhum grupo terrorista reivindicou o incidente. Fonte: Associated Press.

Uma das caixas-pretas do avião da EgyptAir que caiu no Mediterrâneo em 19 de maio foi recuperada, anunciou nesta quinta-feira a comissão de investigação egípcia, em um comunicado. 

O "gravador de voz", com as conversas da cabine do avião, foi encontrado destroçado, afirma o comunicado. "Mas os investigadores conseguiram recuperar parte do que diz respeito à memória do aparelho, e que é a parte mais importante do gravador", segundo o texto.

Mais de 2.500 migrantes morreram tentando chegar à União Europeia pelo Mediterrâneo este ano, dos quais 880 na semana passada, lamentou nesta terça-feira a ONU, que estima que outros 204.000 chegaram à Europa.

"O ano de 2016 está sendo particularmente letal. Perdemos cerca de 2.510 vidas" nos primeiros cinco meses do ano, contra 1.855 no mesmo período de 2015, indicou o porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), William Spindler, numa coletiva de imprensa em Genebra.

No total, 880 migrantes e refugiados morreram na semana passada depois do naufrágio de vários barcos na tentativa de chegar à Itália. Desde o início do ano, cerca de 204.000 migrantes e refugiados conseguiram chegar à União Europeia. Três em cada quatro, principalmente sírios e afegãos, entraram na Grécia antes de 31 de março.

Desde então, as chegadas na Grécia diminuíram drasticamente. Bruxelas e Ancara acordaram que qualquer migrante que pisar na Grécia após 20 de março sem a permissão de asilo será encaminhado para a Turquia.

No que diz respeito ao movimento para a Itália, 46.714 migrantes e refugiados foram registrados, aproximadamente o mesmo número que em 2015, de acordo com o ACNUR.

Assim, o fluxo vindo da Líbia permanece mais ou menos constante desde o ano passado. Quase todos os migrantes que chegam na Itália são provenientes da África sub-saariana. A rota entre o Norte da África e a Itália foi a que registrou mais mortes, revelou Spindler. "2.119 mortes registradas até agora em 2016 foram nesta viagem", disse.

O papa Francisco se reuniu neste sábado com crianças migrantes, cujos pais morreram durante a travessia de barco para a Europa no final de uma semana trágica no Mediterrâneo.

"Quero pedir ao Papa para que reze por minha família, que agora está no céu, e por meus amigos, que morreram na água e que também estão no céu", pediu Siander, um adolescente nigeriano.

As crianças migrantes e jovens italianos se apresentaram para Francisco com desenhos mostrando os perigos do mar e deixaram dezenas de balões brancos no Vaticano. O pontífice, de 79 anos, mostrou às crianças um colete salva-vidas que, segundo ele, foi dado a ele por um membro das equipes de resgate e que pertencia a uma garota que havia se afogado no mar.

"Ele me trouxe este colete salva-vidas e me disse chorando: 'Pai, eu falhei. Havia uma menina nas ondas, mas eu não pude salvá-la. Tudo o que resta é seu salva-vidas'". "Eu não quero fazer mal a vocês, mas vocês são valentes e sabem a verdade. Estão em perigo: muitas crianças estão em perigo", disse o papa aos menores, sentadas no chão ao seu redor.

"Pensem nessa menina. Como se chamava? Eu não sei... é uma menina sem nome. Cada um de vocês deve dar a ela o nome que preferirem. Agora ela está no céu e cuidará de nós", acrescentou.

Cerca de 12.000 pessoas foram resgatadas no mar ante a costa da Líbia esta semana, e só na sexta-feira quinze barcos foram socorridos.

Foram registrados três naufrágios de imigrantes em três dias, um deles filmado ao vivo, que deixou pelo menos 70 mortos e dezenas de desaparecidos, de acordo com as autoridades italianas, em meio a uma onda de tentativas de partidas da Líbia.

O fluxo de migrantes para a Europa da Grécia diminuiu após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs, mas cerca de 40.000 imigrantes chegaram à costa italiana este ano e acredita-se que dezenas ou mesmo centenas de milhares de pessoas estejam se preparando para partir da costa da Líbia.

O avião da Egyptair, que caiu no Mediterrâneo na quinta-feira (19), não apresentava qualquer problema técnico quando saiu de Paris para o Cairo, indicam documentos publicados nesta quarta-feira (25) pelo diário estatal egípcio Al Ahram.

O primeiro documento, assinado pelo comandante do avião, Mohamed Shuqeir às 20:30 TMG (17h30 em Brasília), antes de sair do aeroporto Charles de Gaulle, declara que "a situação técnica da aeronave é normal e não há observações". Shuqeir não registou qualquer anomalia no voo anterior, do Cairo para Paris.

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O engenheiro técnico da Egyptair que inspecionou o aparelho no aeroporto francês também não detectou qualquer problema e assinou o documento, conhecido como aircraft technical log, rubricado em seguida por Shuqeir.

O Al Ahram conseguiu ainda uma cópia de um documento original sobre o número total de mensagens emitidas pelo avião, desde que ligou os motores no aeroporto parisiense.

A primeira de oito mensagens foi enviada quando o aparelho se preparava para levantar voo, às 21:13 TMG (18h13 em Brasília) de 18 de maio, indicando que os motores funcionavam sem problemas.

O voo transcorreu normalmente até às 00:26 TMG de 19 de maio (21h26 em Brasília), quando foi emitido um alerta sobre uma alteração de temperatura na janela direita da cabine de comando, do lado do copiloto.

De acordo com os documentos divulgados pelo jornal, o envio de mensagens continuou durante três minutos, parou de repente e o avião desapareceu dos radares.

Fumaça

No sábado (21), os investigadores franceses confirmaram que o avião da companhia egípcia tinha emitido um alerta sobre sinais de presença de fumaça no interior antes de cair no Mediterrâneo. Sessenta e seis pessoas, entre passageiros e tripulantes, morreram.

Nenhum grupo terrorista reivindicou responsabilidade pela queda do Airbus A-320, que desapareceu dos radares quando já tinha percorrido entre dez a 15 milhas no espaço aéreo egípcio, perdendo altitude a grande velocidade.

Mais de 300 imigrantes morreram, provavelmente afogados, em uma tentativa de cruzar o Mar Mediterrâneo a partir do Egito, informou o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, durante uma reunião de ministros da União Europeia em Luxemburgo.

Steinmeier disse que não podia confirmar a nacionalidade dos imigrantes e grupos de ajuda humanitária e autoridades egípcias não forneceram mais detalhes sobre a embarcação que naufragou. Relatos da imprensa afirmam que os imigrantes estavam a caminho da Itália. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Aproximadamente 1.500 migrantes foram resgatados no Mediterrâneo, diante da costa líbia, nos dois últimos dias, indicou nesta segunda-feira a guarda-costeira italiana.

No total, 1.482 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram socorridas no domingo e nesta segunda-feira em uma dúzia de intervenções, segundo a guarda-costeira italiana, que coordena as operações de busca e resgate de migrantes nesta parte do Mediterrâneo. Suas nacionalidades não foram reveladas.

Um total de 14.492 migrantes chegaram à costa italiana desde o início do ano, segundo as estatísticas de 24 de março do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que não levava em conta as últimas chegadas. Isso representa um aumento de 42,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de imigrantes que chegaram à Europa através do Mediterrâneo caiu mais de um terço em novembro, anunciou nesta terça-feira (1°) a ONU, apontando as condições climáticas e a luta contra os traficantes na Turquia.

Em novembro, 140.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo para chegar à Europa, 36,5% a menos que em outubro (220.535), de acordo com dados do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).

"Este é o primeiro (mês) que registramos uma queda este ano", em uma comparação mensal, indicou um porta-voz do Acnur, William Spindler, em entrevista coletiva em Genebra.

"Esta é uma queda acentuada, embora os números ainda sejam muito elevados. A razão para essa desaceleração tem a ver com as mudanças no clima, as condições (de navegação) no Mar Egeu, mas também com a repressão aos traficantes pelas autoridades da Turquia", afirmou.

Estas declarações ocorrem dois dias após o acordo concluído em Bruxelas pelos líderes dos países da União Europeia (UE) e o primeiro-ministro turco Ahmet Davutoglu em uma tentativa de conter o fluxo de migrantes.

O "plano de ação" alcançado no domingo prevê o pagamento pela UE de uma ajuda de 3 bilhões de euros à Turquia, que acolhe 2,2 milhões de refugiados sírios, em troca de seu compromisso com o controle de suas fronteiras e uma cooperação na luta contra os traficantes que operam a partir de sua costa.

Ancara obteve em troca a promessa de uma aceleração das negociações em curso para facilitar a concessão de vistos para a Europa.

No total, mais de 886.000 migrantes, em sua maioria refugiados sírios, cruzaram o Mediterrâneo para chegar à Europa em 2015, e a grande maioria - 738.000 - passou pela Grécia e ilhas do Mar Egeu. Cerca de 3.500 morreram ou estão desaparecidos.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o número de mulheres e crianças entre os refugiados e migrantes tem aumentado nos últimos meses e agora representam mais da metade das chegadas (52%), contra cerca de um terço (27%) no verão.

"No Mediterrâneo oriental, pelo menos 30% das mortes deste ano eram crianças", ou cerca de mil, segundo as duas organizações.

Uma cicatriz, uma tatuagem, uma foto no bolso da roupa: estas são algumas pistas que os especialistas italianos exploram para cumprir a triste missão de identificar milhares de migrantes que morreram na tentativa de atravessar o Mediterrâneo.

A antropóloga forense Cristina Cattaneo e sua equipe, com luvas, jalecos e máscaras de proteção, têm o desafio pela frente.

A Marinha italiana acaba de depositar o contêiner refrigerado com vários corpos recuperados perto de um barco de pesca que afundou em abril em uma das maiores tragédias do ano, que provocou quase 800 mortes.

"Temos que fazer o possível para identificar estas pessoas", disse Cattaneo, diretora do laboratório Labanof da Universidade de Milão, especializada na identificação de restos mortais em decomposição, carbonizados ou mutilados.

Identificar aqueles que fracassaram no sonho de iniciar uma nova vida, homens, mulheres e crianças que fugiam da guerra, perseguições e pobreza, parece um objetivo titânico.

Os contrabandistas não apresentam listas de passageiros e os parentes das vítimas têm medo de denunciar os desaparecimentos por medo de represálias.

Mas os especialistas italianos não perdem a esperança e examinam com cuidado os corpos inchados.

Em barracas refrigeradas instaladas em uma área da base da Otan em Melilli, Sicília, examinam quase 20 corpos por dia.

O número de vítimas fatais ou desaparecidos no Mediterrâneo chega a 3.440 migrantes apenas em 2015, segundo a ONU, e muitos corpos não foram recuperados e permanecem não identificados na Itália, assim como em outros países, como a Grécia.

"Este é um caso de grande desastre que está entre os mais complexos para ciência forense", explica Cattaneo, considerada uma das grandes especialistas do tema na Itália.

A pedido de Vittorio Piscitelli, diretor da Agência de Pessoas Desaparecidas, a instituição estabeleceu como meta a criação de um arquivo europeu com base no DNA.

Graças às análises de DNA é possível encontrar um parente próximo ao comparar resultados com mostras fornecidas ou enviadas pelos interessados.

A colaboração, no entanto, é difícil no caso de pessoas da África ou Paquistão e praticamente impossível com cidadãos da Síria ou Eritreia.

A equipe do Labanof faz fotografias de tudo o que é possível identificar nos corpos destroçados depois de vários meses na água: dentes, orelhas, unhas, cicatrizes, tatuagens, piercings, etc.

"É um gesto de respeito pela dignidade humana. Além disso, está comprovado que as dúvidas sobre a morte viram uma forma de tortura para os familiares", afirma Cattaneo.

"Conseguimos identificar 28 pessoas desta maneira, mostrando o álbum de fotos a pessoas que vieram da Alemanha, Suíça, França," conta Piscitelli.

A agência deseja envolver a Comissão Internacional sobre Pessoas Desaparecidas (ICMP), com sede em Sarajevo, que identificou dois terços dos 40.000 desaparecidos no conflito da década de 1990 na ex-Iugoslávia.

Também trabalhou com as vítimas do tsunami de 2004 na Tailândia e do furacão Katrina nos Estados Unidos em 2005.

Cattaneo propôs às autoridades da Itália a distribuição de álbuns de fotos nos países de origem dos migrantes, o fornecimento de kits para obter mostras de DNA dos familiares e a repatriação dos corpos identificados.

Do outro lado da Sicília, em Palermo, uma equipe de agentes antimáfia também prepara álbuns de fotos, neste caso com objetos retirados dos corpos dos migrantes encontrados mortos dentro de barcos.

As imagens mostram colares, fotos de passaporte, um pequeno exemplar do Alcorão, telefones celulares, cédulas.

Os objetos emanam um odor intenso, pois os corpos estavam em estado de putrefação, mas podem ajudar a elucidar o drama.

"Estas vítimas morrem depois de passar vários dias no mar em condições absolutamente indescritíveis, são irreconhecíveis, têm o rosto desfigurado pelo avançado estado de decomposição", explica Carmine Mosca, chefe do departamento de homicídios.

"Até as pessoas que viajavam com eles, amigos ou parentes, não conseguem reconhecê-las", completa.

"Alguns foram identificados graças aos últimos números registrados no telefone ou porque haviam escrito algo em um papel, na roupa, no cinto", conta.

O projeto de criar um banco de dados europeu com todos os elementos úteis para a identificação dos mortos e desaparecidos é quase uma utopia diante da emergência humanitária, a prioridade absoluta, e quase todos os recursos são destinados aos sobreviventes.

A Marinha espanhola resgatou nesta quinta-feira (5) cerca de 500 migrantes que tentavam chegar à Europa a bordo de um barco pesqueiro pelo litoral líbio, informou o ministério da Defesa.

Os 517 migrantes, entre eles 40 mulheres, 33 crianças e dois bebês, se encontravam em condições precárias em um velho pesqueiro à deriva, explicou a fonte em um comunicado.

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Todos foram resgatados e levados para o porto da ilha italiana de Lampedusa.

O resgate de seis horas ocorreu dentro da Operação Sophia (antigamente Eunavfor Med), lançada em julho de 2015 pela União Europeia com o aval das Nações Unidas para lutar contra o tráfico de seres humanos no Mediterrâneo.

Desde o início do ano, mais de 750.000 migrantes cruzaram o Mediterrâneo para chegar à Europa, segundo cifras da Organização Internacional para as Migrações. Mais de 3.400 morreram durante a travessia, segundo a mesma fonte.

Um número recorde de imigrantes cruzou o Mar Mediterrâneo em outubro, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (UNHCR) citados pela imprensa internacional. No total, 218.394 pessoas buscaram refúgio na Europa apenas no mês passado.

"Esse é o maior total para qualquer mês até agora e soma quase o mesmo número do ano de 2014 inteiro", afirmou o porta-voz da UNHCR, Adrian Edwards, de acordo com informações da rede alemã Deutsche Welle.

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Mais de 900 pessoas a bordo de botes infláveis e de uma barca foram resgatadas, nesta terça-feira (6), no âmbito de oito operações feitas ao longo da costa líbia - anunciou a Guarda Costeira italiana.

Do total de 928 migrantes, 198 que estavam em dois botes infláveis foram salvos pela Guarda Costeira. A Marinha de Guerra italiana socorreu 405 pessoas, enquanto um navio de guerra espanhol, o "Rio Segura", resgatou 325.

Mais de 430.000 imigrantes e refugiados atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro deste ano. No caminho, pelo menos 2.750 morreram, ou estão desaparecidos, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM).

Quase 310.000 chegaram à Grécia, e 121.000, à Itália, de acordo com o último boletim divulgado em 11 de setembro por essa organização, com sede em Genebra. Além disso, 2.166 desembarcaram na Espanha, e 100, em Malta.

Uma nova fase da luta contra a travessia ilegal no Mediterrâneo começa na quarta-feira, o que permitirá que navios de guerra europeus possam intervir em águas internacionais, sem entrar, porém, em águas territoriais líbias.

Mais de meio milhão de migrantes e refugiados chegaram à Europa depois de atravessar o Mediterrâneo desde o início do ano, anunciou nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Do total, quase 383.000 desembarcaram na Grécia e 129.000 na Itália. Ao mesmo tempo, 2.980 migrantes morreram ou desapareceram durante a travessia, segundo o Acnur.

Em 2014, quase 3.500 pessoas morreram ou foram consideradas desaparecidas no Mediterrâneo.

De acordo com o Acnur, 515.000 migrantes e refugiados cruzaram este ano o Mediterrâneo. Do total, 54% são sírios e 13% afegãos, que tentam fugir dos conflitos em seus países.

Na Grécia, 71% dos migrantes que chegaram às ilhas de Kos, Lesbos e Leros são sírios.

Apesar dos esforços da operação europeia de busca e resgate Frontex, que salvou dezenas de milhares de vidas este ano, o Mediterrâneo continua sendo a via mais letal para os refugiados e os migrantes, segundo a ONU.

Na semana passada, os países europeus aprovaram a distribuição de 120.000 migrantes entre os Estados membros da UE e uma ajuda financeira aos países vizinhos da Síria, que recebem milhões de refugiados.

Mas a ONU fez um apelo aos dirigentes europeus para que façam mais para enfrentar o maior fenômeno migratório na Europa desde 1945.

Mais de 4,5 mil migrantes de várias nacionalidades foram resgatados neste sábado (19) no Mediterrâneo, quando tentavam atravessar para a Europa a partir da costa da Líbia. De acordo com a Guarda Costeira da Itália, foram 21 operações de salvamento.

O barco dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) resgatou mais de 800 pessoas que pretendiam chegar a Itália, assim como outros migrantes, recolhidos durante as operações de resgate. "Começamos com os primeiros socorros antes do amanhecer. Resgatamos dois barcos de madeira e dois de borracha", disse Simon Burroughs, coordenador das missões de socorro dos MSF.

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Segundo Burroughs, entre os sobreviventes estão eritreus, nigerianos, somalis, líbios, sírios e cidadãos originários da África Oriental. Durante as operações, que ocorreram a cerca de 30 e 40 milhas náuticas da costa da Líbia, as equipas de resgate recuperaram os passageiros de 21 embarcações.

As operações foram realizadas por um navio da Marinha italiana, o barco “Bourbon Argos” dos MSF, um navio croata, que atua no âmbito da agência europeia Frontex, um navio britânico e um outro alemão no quadro da missão Eunavfor e a guarda costeira italiana.

O navio da guarda costeira “Dattilo” recuperou 1.137 pessoas de duas embarcações, enquanto outro navio, o “Corsi”, socorreu 137 pessoas de um barco inflável que estava esvaziando e no qual estava uma mulher morta. A guarda costeira italiana disse ainda que 231 pessoas foram salvas enquanto os seus dois botes estavam em apuros.

Os MSF baseados em Beirute tinham anteriormente enviado vídeos para a AFP, mostrando centenas de pessoas vestidas com cores brilhantes a bordo do barco da associação, algumas abraçando-se e outras aplaudindo. "Há [pessoas de] muitas nacionalidades (...). Felizmente, todas estão saudáveis", informou, no vídeo, o porta-voz dos MSF, Sami al-Soubaihi, a bordo do barco, acrescentando que outra operação estava então em curso.

Sete corpos, incluindo o de uma criança pertencente ao mesmo grupo, também foram recuperados, de acordo com a guarda costeira da Líbia. O país, com os seus 1.770 quilômetros de costa, tornou-se uma porta para entrada de migração clandestina para a Europa. Os traficantes de pessoas tiram proveito do caos que reina no país, assolado pela violência e dividido entre dois governos rivais, devido à ausência de controlo nas fronteiras.

A ilha italiana de Lampedusa está localizada apenas a cerca de 300 quilómetros da costa da Líbia. Mais de 430 mil migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo desde janeiro. Cerca de 2.750 perderam a vida ou estão desaparecidos, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A primeira-ministra de Ontário, Kathleen Wynne, anunciou neste sábado que receberá 5.000 refugiados sírios até o final do ano e um número igual em 2016, ao solicitar ao governo federal que facilite a execução do plano.

A província de Ontário (centro), a mais populosa do Canadá, "solicitou uma resposta do governo federal para receber 5.000 refugiados (sírios) daqui até o final do ano", declarou Wynne durante coletiva de imprensa.

Diante da crise de migrantes no Mediterrâneo "está claro que devemos fazer mais, a população quer fazer mais e nós queremos fazer mais", expressou.

A primeira-ministra liberal pediu ao governo federal para acelerar os procedimentos para reconhecer milhares de migrantes no estatuto de refugiados, formalidade administrativa que deve ser cumprida antes de serem acolhidos no Canadá.

"De agora até o final de 2016, o objetivo de Ontário é reinstalar 10.000 destes refugiados na província", afirmou Wynne, que desde sua eleição, no ano passado, mantém um conflito com o governo federal sobre a distribuição do orçamento.

Há duas semanas, a crise migratória infiltrou a campanha para as legislativas de outubro. O governo conservador tem sido criticado por privilegiar as ações no terreno, como o bombardeio contra o grupo jihadista Estado Islâmico, mais do que a recepção de refugiados no Canadá.

Mais de 430.000 migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo desde janeiro, e cerca de 2.750 morreram ou estão desaparecidos, anunciou nesta sexta-feira (11) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Cerca de 310.000 chegaram à Grécia, e 121.000 à Itália, segundo a última contagem publicada pela OIM, com sede em Genebra. Outros 2.166 chegaram à Espanha e 100 à Malta. A cifra no correr de 2015 supera em muito o total de 2014, quando se aventuraram nas águas do Mediterrâneo 219.000 migrantes. 

Segundo as cifras do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no ano passado 3.500 pessoas morreram ou foram reportadas desaparecidas no Mediterrâneo.

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