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Depois de divulgar uma nota afirmando não poder ajudar a TV Cultura, o Ministério da Cultura convocou uma reunião para planejar ações que permitam a emissora paulista usar os conteúdos pertencentes a carioca. Os direitos autorais das 4.600 fitas que saíram do acervo da TV Manchete e foram para o canal da Fundação Anchieta, em 2005, é um dos problemas a serem discutidos.

Essa indefinição jurídica sobre os direitos autorais e conexos (pagos aos atores que integram o elenco das novelas, por exemplo) pode causar a perda do acesso às imagens da Manchete até o ano de 2053, quando o material começa a entrar em domínio público.

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Em entrevista ao Globo, Teder Moras - diretor de documentação da TV Cultura - afirmou que Leopoldo Nunes, secretário do Audiovisual do MinC, convidou a emissora a ir à Brasília, ainda nesta semana, para traçar um plano de ação para resolver a questão e disse que o MinC prometeu dar todo o apoio.

Recentemente o jornal O Globo publicou que desde 2010 a TV Cultura participa de editais para captar recursos que ajudem a digitalizar as quase 5 mil fitas da emissora dos Bloch. O material já está inventariado e higienizado e tem um orçamento estimado em R$ 8 milhões.

A Regional Nordeste do Ministério da Cultura terá novo comando em breve. Após um ano e nove meses, Fábio Henrique Lima não é mais o responsável pela representação do MinC, que fica no Recife. O ministério ainda não anunciou quem será o substituto do gestor.

Especula-se que a nova gerente da Regional será Tereza Huang. Ela é produtora, já trabalhou na Prefeitura do Recife, como diretora de Abastecimento e Segurança Alimentar na Secretaria de Ciência e Tecnologia, coordenando o programa Fome Zero recifense. Atualmente, está no Ministério da Cultura.

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A nomeação deve sair até esta sexta-feira (11).

A ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda apresentou na quinta-feira (8) levantamento feito junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) que exclui sua gestão das assinaturas de convênios irregulares do Ministério da Cultura (MinC) com 49 organizações não governamentais, sobre os quais o tribunal cobra explicações.

Os convênios, conforme a documentação, foram todos assinados em 2009 e 2010, na gestão de seu antecessor, Juca Ferreira.

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Em edição de 2 de novembro, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que os convênios irregulares teriam ocorrido também durante a gestão da ex-ministra. Segundo Ana de Hollanda, o orçamento do MinC no 1.º semestre de 2011 estava contingenciado, ao que se seguiram limitações impostas por decreto do governo que tornou mais rigorosas as regras para convênios.

Desvio

Na conclusão dos trabalhos, o Tribunal de Contas da União verificou a possibilidade de desvio de R$ 25 milhões em repasses de recursos federais, feitos por essas ONGs, referentes aos 49 contratos auditados. Os ministros do TCU decidiram cobrar explicações dos gestores diretamente responsáveis pelos contratos, recomendou providências ao ministério e encaminhou os relatórios de auditoria ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Por entender que faltou também eficiência na fiscalização dos convênios, o tribunal intimou o ex-diretor de gestão interna da Secretaria Executiva do MinC, Humberto Miranda Cardoso, e o diretor de Gestão Estratégica, Eduardo Xavier Ballarin, para dar esclarecimentos. Ambos deixaram o ministério em 25 de novembro de 2011 - nove meses depois da posse de Ana de Hollanda.

Foram intimados ainda o atual secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Parente de Menezes, e seu antecessor nessa função, Roberto Nascimento. Ocupando o cargo desde janeiro de 2010, Menezes participou das gestões de Juca Ferreira e de Ana de Hollanda e continua, agora, com Marta Suplicy no ministério. Se as justificativas de todos os intimados forem rejeitadas, eles poderão responder por improbidade administrativa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta quarta (13) a necessidade de que mais recursos sejam destinados à cultura, mas defendeu também que as ações artísticas e culturais executadas com dinheiro público sejam otimizadas a fim beneficiar toda a população.

“Certamente, todos os militantes e gestores da área cultural querem mais [dinheiro]. Não tenho dúvidas de que a cultura merece mais e temos feito muito para atender ao desejo da área cultural, mas tenho consciência que temos que procurar ampliar não só os recursos, mas, fundamentalmente, as atividades que fazem com que a aplicação desses recursos se voltem tanto para os que trabalham na área, quanto para toda a população”, disse Dilma. Segundo ela, essa dinâmica será facilitada com a criação do Sistema Nacional de Cultura, aprovado ontem (12), no Senado.

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De acordo com a presidenta, o acesso da população aos bens e produtos culturais é uma das questões mais importantes para seu governo. “É impressionante que muitos brasileiros e brasileiras jamais tenham chegado a um cinema, a um teatro, jamais tenham usufruído das mais diversas atividades culturais. Julgamos que a democratização do acesso à cultura é uma das coisas mais importantes para agregar à questão civilizatória”, declarou a presidenta durante a cerimônia em que a ministra Ana de Hollanda transmitiu o cargo a Marta Suplicy.

Dilma agradeceu a colaboração de Ana de Hollanda, que estava no cargo desde janeiro de 2011, e disse que a ex-ministra sofreu “pressões injustas e excessivas”. Dilma ainda classificou as “experiências” dos ex-ministros Gilberto Gil, Juca Ferreira e Ana de Hollanda como “importantes”. E disse estar convencida de que Marta fará uma boa gestão.

“Pela sua experiência, mas, sobretudo, pela sua força, pelos seus compromissos e pelo seu olhar não preconceituoso e capaz de acolher diferentes manifestações, a ministra Marta tem condições plenas de levar adiante a tarefa de transformar, cada vez mais, a cultura em uma prioridade central do meu governo”, avaliou Dilma.

Segundo ela, a proposta orçamentária já aprovada pelo Ministério do Planejamento prevê que sejam destinados ao Ministério da Cultura, em 2013, quase R$ 3 bilhões, mais R$ 2 bilhões a serem captados por meio das leis de incentivo fiscal. Se a proposta for aprovada pelo Congresso Nacional, será o maior orçamento da história da pasta.

A Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, está fora do governo, afirma o jornal Folha de São Paulo. Segundo a publicação, o anúncio da saída de Ana será feito nesta terça (11). Quem estaria cotada para assumir a pasta é a senadora Marta Suplicy. Desde que assumiu, a cantora Ana de Hollanda é alvo de reclamações da classe artística, de funcionários do ministério e de integrantes do PT, partido da presidente Dilma Roussef.

Atitudes como retirar a licença Creative Commons da página da internet do MinC, explicitamente concordar com o sistema de arrecadação e distribuição de direitos autorais monopolizado pelo ECAD, diminuir a participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas para a cultura e parar a tramitação da nova lei de direitos autorais - resultado de um processo de anos de debates, conferências, encontros e consultas públicas e tida como das mais modernas do mundo - desagradaram a maior parte do tecido cultural brasileiro e foram vistas como um retrocesso na gestão pública da cultura. A atuação de Ana gerou várias reações, como cartas abertas pedindo sua saída, petições públicas e protestos.

Em vários momentos, o governo precisou vir a público para garantir a permanência da ministra, sempre citada como baixa certa em todas as reformas ministeriais realizadas por essa gestão. No fim de agosto, uma carta de Ana de Hollanda direcionada à Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reclamava dos cortes de recursos para a pasta da cultura, argumentando que eles colocavam em risco a continuidade das políticas públicas do setor, vazou para a imprensa. A carta gerou malestar no governo e pode ter sido motivo para a saida da ministra.

A agenda oficial da ministra e da presidente prevê um encontro entre as duas nesta terça (11), que deve selar sua saída. Não é a primeira vez que a queda de Ana de Hollanda é anunciada ou dada como certa pelos insatisfeitos com sua gestão. Será esta a primeira verdadeira, ou apenas mais um capítulo na tentativa de fritura da ministra que conseguiu desagradar a quase todos?

Na próxima segunda (13), a nova Lei Rouanet (lei que regulamenta o incentivo fiscal para empresas que patrocinam a cultura) é tema do Seminário Cultura em Debate, ministrado pelo Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Henilton Menezes, e pelo deputado federal pernambucano Pedro Eugênio, relator do Procultura. O encontro é a continuidade do processo de debate de mudanças na lei de incentivo cultural federal, que concentra cerca de 80% de seus recursos na região Sudeste do país.

O Procultura tem como objetivo fortalecer o Fundo Nacional de Cultura (FNC), descentralizando a distribuição do incentivo. O projeto de lei encontra-se no Congresso e necessita da aprovação da Câmara e do Senado para que entre em vigor ainda em 2013. O evento é aberto ao público e as inscrições são gratuitas pela internet.

Serviço
Seminário Cultura em Debate
Segunda (13), às 19h
Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609 - Ed. Ulysses Pernambucano, Derby)
Onformações: (81) 3073 6688 ou (81) 3073 6689

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Um show de Lucas e Orquestra dos Prazeres marcou nesta segunda (16) a abertura das atividades do Espaço Cultura no Ponto, instalado na AESGA (Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns). O espaço agrega as atividades dos Pontos de Cultura de Pernambuco na programação do 22º Festival de Inverno de Garanhuns. São oficinas, painéis, apresentações musicais, exibições de filmes no Cine + Cultura e uma exposição fotográfica retratando mestres de coco de Pernambuco.

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O coordenador geral do Espaço Cultura no Ponto, Igor Jatobá, explica que "O foco do espaço é ser uma vitrine do trabalho dos Pontos de Cultura de Pernambuco". Ao todo, 12 pontos estão envolvidos diretamente na realização das atividades do espaço, a exemplo do Homens de Barro, o Pé no Chão, o Forró e Ai e o Negras Raízes, do qual Lucas dos Prazeres participa e veio representar com a apresentação da sua orquestra.

A inauguração do Culturas no ponto contou com a participação de representantes do Funcultura, dos Pontos de Cultura e do Ministério da Cultura, parceiro do Governo do Estado no Programa + Cultura, que viabiliza os pontos de cultura estaduais. Fábio Lima, representante do MinC no Nordeste, ressalta a importância do programa e avisa que o ministéria também está realizando atividades formativas, como a oficina de institucionalização de grupos culturais. "Ensinamos os grupos culturais a contituirem CNPJ e se institucionalizar, o que abre muitas possibilidades para eles", afirma o gestor.

Pernambuco tem, ao todo, 153 Pontos de Cultura espalhados pelo seu território. As apresentações musicais no Palco Ponto das Artes - palco do Cultura no Ponto - acontecem diariamente até a próxima quinta (19), semnpre às 18h, e na sexta (20) às 19h, acontece o encerramento com a participação de Bongar, Kleber Blues Band, Henrique Annes, Maestroi Ademir Araújo com sua orquestra e Trio 363. Nesta terça (17), a atração musical é o Afoxé Alafin Oyó.

O Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério da Educação (MEC) firmaram, no fim do ano passado, um acordo de cooperação técnica com o objetivo de desenvolver uma Política Nacional de Cultura para a Educação Básica. A intenção é promover a arte como campo do conhecimento e os saberes culturais como elemento estratégico para a qualificação do processo cultural e educativo. A parceria entre os ministérios contemplará 15 mil escolas que fazem parte do Programa Mais Educação, do MEC.

Para a formulação de uma política que articule cultura e educação foi firmada uma parceria com a Casa da Arte de Educar para a realização de uma pesquisa-ação, que acontecerá no Recife (PE), em Porto Velho (RO), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). O primeiro seminário será na capital pernambucana, nos dias 14 e 15 de junho, no Centro de Formação Paulo Freire.

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O objetivo é envolver professores, educadores populares, artistas e outros agentes da educação e da cultura na formação de um sistema educacional que integre as experiências de Educação Formal e as de Educação não Formal (realizadas por organizações da sociedade civil, bibliotecas e museus). O material apurado no projeto para o "Plano articulado para Cultura e Educação" dará origem a uma publicação, dois vídeos e uma plataforma digital que promoverá a mobilização dos setores através de Fóruns Virtuais, aproximando as práticas pedagógicas e culturais.

As inscrições para a primeira pesquisa-ação estão abertas até o dia 27 de maio. Os interessados podem se inscrever na página da Arte Educar. Para mais informações acesse a página do Ministério da Cultura.

As entidades do setor cultural brasileiro podem se inscrever para participar da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura - CNIC. A comissão é um órgão colegiado que tem, entre outras funções, subsidiar as decisões do Ministério da Cultura na aprovação dos projetos culturais submetidos para a captação de recursos via renúncia fiscal da Lei Rouanet.

As inscrições para o biênio 2013/2014 acontecem até o dia 10 de agosto. Podem participar entidades que possuam caráter associativo de âmbito nacional e sejam representativas do setor cultural, artístico, ou do empresariado nacional. O processo seletivo tem o objetivo de preencher 21 vagas, sendo 7 titulares e 14 suplentes e terá duas etapas: a fase de habilitação das entidades e a fase de indicação dos representantes das entidades selecionadas.

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A divulgação da lista das entidades habilitadas para o processo de indicação será realizada no dia 14 de setembro, na página do Ministério da Cultura e no Diário Oficial da União.

Informações: 61 2024 2137 / cnic@cultura.gov.br

Em comemoração ao centenário do Rei do Baião, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) criou um prêmio que deve selecionar e beneficiar projetos que o homenageiem. O edital do prêmio foi lançado em 02 de fevereiro e as inscrições terminam em 19 de março. Serão 20 prêmios concedidos às criações de natureza artística que celebram Gonzaga.


Vinte selecionados recebem R$ 970 mil da premiação, divididos da seguinte maneira: 12 prêmios de R$ 35 mil, cinco de R$ 50 mil e três prêmios de R$ 100 mil. Os valores são destinados às propostas que fazem referência a vida e obra do cantor e compositor: composições, arranjos, espetáculos, exposições, obras audiovisuais, cancioneiros, livros, discos, sites, revistas, pesquisas, seminários, ciclos de debates, palestras e oficinas.


A Funarte é vinculada ao Ministério da Cultura, portanto o prêmio é nacional e as propostas devem ser enviadas pelos Correios. As informações necessárias e requisitos podem ser obtidos no edital disponibilizado na página da Funarte.

SERVIÇO

Prêmio Centenário de Luiz Gonzaga
Centro de Música/Funarte
Rua da Imprensa, nº 16, sala 1.308
CEP: 20030-120 – Rio de Janeiro/RJ

Foi assinado ontem (25) um acordo de cooperação entre o Ministério da Cultura e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) para a seleção de projetos culturais que serão patrocinados pelos Correios e avaliados pelo ministério. A assinatura do acordo ocorreu durante a cerimônia de reabertura do Museu Nacional dos Correios.

“Esse acordo que assinamos hoje é uma iniciativa do Ministério da Cultura em reaproximar das empresas estatais, no que diz respeito ao desenho dos editais e incentivos fiscais da Lei Rouanet, isso faz com que o processo todo seja mais transparente e mais seguro”, disse o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Henilton Parente.

O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, falou sobre a importância da reabertura do Museu. “Essa reabertura do Museu pretende voltar a tratar a memória e a história dos correios de forma a mostrar para a população brasileira como foram os serviços de correio no Brasil que já tem 349 anos”.

Após a assinatura do acordo, os convidados visitaram três exposição: A Natureza em Selos, que reúne selos brasileiros que retratam a fauna e flora do Brasil, a exposição Mestre de Gravura, uma coleção da Fundação Biblioteca Nacional que apresenta 171 gravuras de alguns dos maiores artistas de todos os tempo e a exposição Correios: um diálogo com Vilém Flusser, inspirada no texto Cartas do próprio pensador.

Inaugurado em 15 de janeiro de 1980, o Museu Postal e Telegráfico da ECT integrou o Roteiro Cultural e Turístico de Brasília durante vinte anos, até seu fechamento para reformas em 2001.

Com um dos menores orçamentos da Esplanada dos Ministérios, o Ministério da Cultura informou que terá este ano mais recursos do que em 2011. O ministro interino da Cultura, Vítor Ortiz, disse à Agência Brasil que a expectativa é de um total de pouco mais de R$ 2 bilhões. No ano passado, a pasta obteve R$ 1,07 bilhão executado (utilizado). Para ele, o salto orçamentário foi gerado pelo fato de 99% do programado para 2011 terem sido utilizados.

“É, sem dúvida alguma, um dos melhores resultados do governo [no que diz respeito à execução orçamentária]. Também representa um medidor de eficiência de gestão, o que nos capacita a receber cerca de R$ 270 milhões a mais neste ano”, disse Ortiz.

O total bruto de R$ 2,3 bilhões previstos para 2012, segundo o ministro, não inclui os recursos da Lei Rouanet (de incentivo à cultura) – que permite que pessoas físicas ou jurídicas apliquem parte do Imposto de Renda em ações culturais.

A aplicação do orçamento do Ministério da Cultura para 2012 já está definida, com uma série de prioridades. Pelo menos 400 praças de esporte e cultura serão construídas em todo o país, a leitura ganhará incentivos com  programas específicos e serão ampliados os investimentos em artes visuais, dança, teatro, música, além de  melhorias na infraestrutura das casas de espetáculos.

Até o fim do mês, o ministério envia para a Casa Civil o projeto referente ao programa Livro Popular, cuja proposta é adotar medidas que levem ao barateamento do preço do livro, que deve ficar em torno de R$ 10,00. O projeto deve envolver bibliotecas, editoras e as parcerias dos governos federal e estadual. Ao mesmo tempo, serão lançados programas de incentivo à leitura.

Também está em fase de elaboração o programa Economia Criativa. Nele, os investidores terão informações sobre como investir em cultura, gerar lucros e valorizar o potencial da economia brasileira. Paralelamente, em parceria com os estados, serão construídos e reformados teatros em todo o país. Os investimentos iniciais são para a construção do Teatro da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), no Rio Grande do Sul, e das restaurações dos prédios do Teatro de Natal, no Rio Grande do Norte, e do Teatro Brasileiro da Comédia, em São Paulo.

Os projetos organizados pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), a ampliação de pontos culturais inseridos no Plano Nacional de Cultura – que reúne 53 metas a serem executadas até 2020 – e a divulgação de editais para a implementação de trabalhos de artes visuais, teatro, música, fotografia e dança também estão na relação das prioridades do governo até o fim deste ano.

O livro Leite Derramado, do músico e escritor Chico Buarque de Hollanda, será novamente incluído na lista de 28 livros que receberão subsídios do Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, da Fundação Biblioteca Nacional.

O subsídio havia sido suspenso pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, irmã do autor, que consultou a Comissão de Ética da Presidência da República sobre problemas éticos em relação à indicação da obra para constar da lista.

O Ministério da Cultura informou que, após a avaliação divulgada ontem (30), pela comissão, "não identificou conflito de interesses de natureza ética" no processo de seleção promovido pela fundação, o subsídio ao livro de Chico será retomado.

De acordo com informações do ministério, diferentemente do que foi divulgado pela imprensa, não houve obras preteridas no programa. As 28 solicitações que chegaram à Fundação da Biblioteca Nacional foram contempladas.

Além disso, a pasta informou que a suspensão feita pela ministra, enquanto a comissão analisava sua consulta, atingia apenas o livro de Chico Buarque e não as demais obras constantes no edital.

O programa de apoio ficará em vigor até 2020 e prevê a utilização de R$ 2,7 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Cultura. O valor do subsídio para cada obra é US$ 4 mil, cerca de R$ 7 mil. O subsídio servirá para que Leite Derramado seja publicado na França pela Editora Gallimard.

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse neste sábado (26), em Bruxelas, que não passam de especulações as informações sobre sua saída da pasta na reforma ministerial que a presidenta Dilma Rousseff deve fazer no início do próximo ano. Segundo Ana de Hollanda, até agora, não houve sinais de desinteresse da presidenta em seu trabalho. "O que se fala por aí não é o que está se falando comigo", disse a ministra em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Então eu não vou ficar preocupada com tudo está saindo por aí, aliás eu nunca me preocupei com esse tipo de comentário", completou.

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A ministra vem sendo alvo de críticas em relação à indicação do livro Leite Derramado, de autoria do seu irmão, Chico Buarque de Hollanda, para receber subsídio para tradução. Esse episódio fez com que a ministra chegasse a consultar a Comissão de Ética da Presidência da República sobre o tema e decidisse suspender os incentivos temporariamente.

Ana de Hollanda disse que o compromisso que firmou com a presidenta Dilma ao assumir o cargo está mantido e que as informações de que haverá uma reforma ministerial não vem do Palácio do Planalto.

"Ela [Dilma] foi eleita por milhões de pessoas e tem que ter uma equipe de colaboradores em que confia e que acha que estão no lugar certo. Não tenho tido nenhum sinal de que não existe interesse no trabalho que eu estou desenvolvendo", destacou.

"[As informações de reforma ministerial] São conjecturas que estão fazendo, mas que não estão vindo da Presidência, não estão vindo do Palácio do Planalto, isso eu posso te garantir. Eu estou trabalhando tranquilamente", completou a ministra.

Ana de Hollanda disse ainda que espera dos próprios funcionários a indicação de nomes que poderão compor a comissão setorial de ética, que terá a função de analisar casos onde a idoneidade das ações é questionada. "Vamos nomear em breve. Estou esperando as informações que virão dos funcionários", disse a ministra que está na Bélgica participando do Europalia, festival cultural que tem o Brasil como tema nesse ano.

O secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, afirmou hoje que o vazamento de óleo na Bacia de Campos poderia ter sido evitado. Segundo ele, vazaram cerca de 25 mil barris porque houve falha no estudo de geologia marinha e "erros crassos" da Transocean, empresa que fez a perfuração do poço. Minc disse ainda que a Chevron é corresponsável pelos erros cometidos pelas companhias contratadas para a exploração de petróleo no local. "Esse acidente poderia ter sido evitado. Não foi um raio do céu azul ou uma falha humana", afirmou Minc em entrevista à rádio Estadão/ESPN.

O secretário disse que a Chevron cometeu crime ao não informar de forma correta a extensão do problema. "É certo que a Chevron subestimou e informou de forma incorreta os dados do acidente e durante dez dias não deu uma resposta adequada ao vazamento", afirmou. Para ele, os procedimentos utilizados em caso de vazamento deveriam estar claros e prontos para serem colocados em operação antes do acidente. "A limpeza foi outro ponto falho. Observação aérea não avistou navios retirando o óleo, só utilizando jatos d'água do mar para dispersar a mancha."

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Minc disse que pediu aplicação do valor máximo para multa de crime ambiental contra a Chevron, mas admitiu que o valor (R$ 50 milhões) está defasado. "É o mesmo valor de 12 anos atrás", afirmou. "A multa deveria ser de R$ 116 milhões corrigidos." Segundo ele, boa parte do valor da multa será aplicada em parques estaduais e federais localizados no Estado.

O secretário exige reparação ambiental dos danos causados à fauna e à flora da região do Campo de Frade, no norte fluminense. "Fauna e flora marinha foram seriamente afetados por mais de 25 mil barris de óleo que criaram uma mancha de 60 a 70 quilômetros quadrados, afetando toda a rica biodiversidade da região", disse, ao citar que o local faz parte de rota migratória de baleias e golfinhos nesta época do ano.

Minc disse que até amanhã será fechado um quadro completo do acidente com a ajuda de imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que podem detectar óleo abaixo do espelho d'água. Ele afirmou que as praias de Macaé e Cabo Frio só não foram atingidas pelo óleo porque o vento soprou a mancha na direção contrária, mas que correm riscos os municípios de Arraial do Cabo, Búzios e Rio das Ostras. Ele contou ainda que o governo do Rio vai pedir o descredenciamento da Transocean.

Após sobrevoar hoje a Bacia de Campos, no litoral norte do Rio, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, afirmou ter avistado três baleias jubarte no campo operado pela americana Chevron, uma delas a 300 metros da mancha de óleo. "Isso já caracteriza dano à biodiversidade marinha. Estamos na época de migração de espécies de baleias e golfinhos na região."

O delegado da Polícia Federal, Fábio Scliar, que investiga o caso, concorda com Minc: "A empresa já não nega que o vazamento ocorreu pela rachadura na atividade de perfuração. Já se configurou o crime ambiental. Não importa a extensão", disse Scliar.

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"Deve sair hoje um dado definitivo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre o tamanho da mancha, relativo a quarta-feira. Eu sei que é muito mais do que a empresa diz, mas não vou me aventurar a dizer se é quatro, cinco ou dez vezes", declarou Minc.

Segundo ele, "tudo indica" que a Chevron sonegou informação, minimizando o acidente. Para o secretário, foi uma falha" o fato de do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) prévio não ter detectado a hipótese de fissura. "Eu vi borbulhar, continuava saindo óleo não havia navios recolhendo."

Para Minc, o acidente foi um "sinal vermelho". "Não existe risco zero. O pré-sal vem aí", disse Minc, citando possíveis "medidas mais preventivas e rigorosas".

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