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O economista João Pedro Stedile, fundador e dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criticou o agronegócio brasileiro depois que deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, saiu em defesa do modelo de produção, nesta terça-feira (15).

Antes mesmo de ser ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL), Salles advogou a exploração da Amazônia seguindo princípios "capitalistas". Ele sustenta a regularização de áreas previamente invadidas, inclusive na região amazônica, visando favorecer o agronegócio, a mineração ilegal, garimpo e a invasão de territórios indígenas.

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Em maio de 2020, Ricardo Salles proferiu uma das suas declarações mais notáveis em relação ao meio ambiente: que o governo "passasse a boiada" em normas que desmontassem o sistema de proteção ambiental brasileiro.

"Eu gostaria de ouvir a sua opinião sobre o agro. Se o agro presta do ponto de vista de receitas ao país, desenvolvido, tecnologia, emprego, todos esses indicadores ao país. Se o senhor entende que esses país são suficientemente relevantes para reconhecer que o agronegócio cumpre um papel relevante no país", disse Salles na CPI.

Em resposta, Stedile reconheceu que o agronegócio produz muita riqueza, mas que não distribui equitativamente entre a população.

"No Mato Grosso, que é o paraíso do agronegócio, se a riqueza fosse distribuída para toda a população, haveria uma renda de R$ 54 mil por pessoa. O Mato Grosso seria o país mais desenvolvimento do mundo. Mas para onde vai a riqueza? Vai para multinacional e banco", afirmou Stedile.

"São grandes propriedades, usam as técnicas mais avançadas e agrotóxico, e produzem muita riqueza, mas produzem commodities para exportação, portanto repete o modelo agroexportador colonial, que não necessariamente representa distribuição de riqueza para a nossa sociedade."

Stedile ainda afirmou que tais "grandes propriedades" não são as mesmas que sofrem com a ausência de infraestrutura e apoio estatal. Ele citou uma pesquisa feita pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que aponta para falta de estrutura em 61% das fazendas para armazenar a produção de grãos do país.

"Perguntaram a eles [fazendeiros] quais são os principais problemas. Primeiro, preço dos insumos que as multinacionais vendem para nós, porque nós não temos controle nenhum. Segundo, nós não encontramos mais mão de obra para explorar. E terceiro, as mudanças climáticas estão afetando a produtividade da nossa agricultura. São fazendeiros espertos. Estão se dando conta do problema", afirmou Stedile.

"O latifúndio não se interessa em produzir. Ele quer apropriar os bens da natureza para acumular a riqueza. Então ele se apropria de terra pública, madeira, minérios, água, biodiversidade e acumula riqueza. Mas qual é o benefício para a sociedade desse modelo? Nenhum. Qual é a contradição deles? Não têm futuro. A sociedade não aceita mais o latifúndio como forma de explorar a natureza."

Por Caroline Oliveira, para o Brasil de Fato

A CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ouve, nesta quinta-feira (10), o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O auxiliar do presidente Lula foi chamado para discutir, entre outros assuntos, as ações promovidas pelo governo federal no combate às ocupações de terras.

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O autor do requerimento de convocação do ministro foi o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA). Ele argumentou que houve um crescimento "desordenado" dessas invasões ao longo deste ano e a CPI quer apurar "o real propósito" e os "financiadores" do movimento. 

"Entendemos que a identificação dos responsáveis é importante, na medida em que eles costumam se eximir da culpa por invasões, argumentando que o movimento age de maneira descentralizada e sem ordem direta", registrou o deputado em seu requerimento.

*Com a Agência Câmara de Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anulou a convocação para que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, prestasse esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. O depoimento de Costa estava marcado para esta quarta-feira (9). 

Lira atendeu uma solicitação do deputado Nilto Tatto (PT-SP). O petista alegou não  ter um "fato determinado" para obrigar Rui Costa a depor ao colegiado.

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Na decisão, Lira observa também que "somente podem ser convocados Ministros de Estados para prestarem informações perante Comissões - art. 50 da CF - quando há correlação entre o campo temático do Ministério e o conteúdo substancial das atribuições do órgão convocador".

"No caso em tela, não se demonstrou no requerimento a conexão entre as atribuições do Ministro da Casa Civil da Presidência da República e os fatos investigados pela CPI sobre o MST", diz o texto.

O requerimento que convocou o ministro foi apresentado pelo relator da CPI do MST, o deputado federal Ricardo Salles. Ao justificar o pedido para a oitiva do ministro, Salles argumentou que enquanto era governador da Bahia, Rui Costa "não empreendeu esforços para impedir atos de invasões de terra nem para garantir a propriedade privada". 

Ricardo Salles reagiu à decisão de Lira e disse que o Governo teve medo dos questionamentos. “Hoje ouviríamos o Min. Rui Costa, porém o medo dos questionamentos fez com que o Governo se mobilizasse para impedir a sua vinda. Conseguiram. Mas o ditado já diz que quem não deve, não teme, e se teme é porque deve”, escreveu em uma rede social.

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, vai prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) nesta quarta-feira (9), a partir das 14h. O ministro será questionado pelo colegiado sobre ações do MST na Bahia quando era governador do Estado, entre 2015 e 2022. A sessão poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube da Câmara dos Deputados.

O requerimento para convocar o ministro foi protocolado pelo relator da comissão, o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP). No documento, Salles argumenta que Rui Costa não empreendeu esforços para "impedir atos de invasões de terra nem para garantir a propriedade privada". O relator afirmou que o governo federal é "conivente com as invasões provocadas pelo MST" e deve questionar a interação do Planalto com o grupo durante a sessão desta quarta.

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O depoimento de Rui Costa é esperado pela oposição ao governo Lula desde maio, quando a CPI foi instaurada. A justificativa para convocar Costa foi a mesma para convocar o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Edson Gonçalves Dias, que foi ouvido na terça-feira da semana passada. Salles argumentou, no dia 1º de agosto, quando a convocação do ministro da Casa Civil foi aprovada, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a atividade de grupos sem terra e, durante o governo Lula, esteve subordinado tanto ao GSI quanto à Casa Civil.

O ministro também deve ser questionado por acusações que foram feitas por três ex-integrantes do MST no extremo sul da Bahia, que foram ouvidos pela CPI nessa terça-feira (8). Os depoentes afirmaram que o governo da Bahia, comandado por Rui Costa, foi omisso em protegê-los durante conflitos internos que ameaçaram as suas integridades físicas.

Atritos

A convocação de Rui Costa é vistA como uma derrota ao governo Lula. Em julho, a Coluna do Estadão mostrou que o Planalto teme o depoimento do ministro por conta de histórico conflituoso entre Rui e o movimento, que pode acabar municiando a oposição. A Bahia é palco de diversas invasões do MST e Rui Costa não esconde, nem de correligionários do PT nem de aliados do Planalto, sua falta de simpatia pelo movimento.

O atrito mais recente aconteceu em maio, quando o MST e o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), uma das lideranças do grupo na Bahia, acusaram Rui Costa de vetar representantes do movimento sem-terra no palanque do presidente Lula durante um evento do Plano Plurianual (PPA), realizado no Estado. O ministro-chefe da Casa Civil negou o veto. Em 2016, quando Costa ainda era governador, o MST chegou a ocupar o Palácio de Ondina, sede do governo estadual. Eles acusavam o petista de descumprir promessas feitas ao movimento.

Em uma sessão tensa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a oposição ameaçou pela primeira vez efetuar uma prisão no colegiado. O líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, tentou negar apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018 e voltou atrás após ser confrontado com um vídeo exposto.

No material em questão, ele agradece os votos na parlamentar. "Eu vou refazer a perguntar para não fazer falso testemunho. Pode ficar calado, mas mentir não pode. Ou fica quieto ou fala a verdade. Você sabe quais são as consequências", afirmou o relator, Ricardo Salles (PL-SP). Antes, Rainha disse ter uma "relação fraterna" com a parlamentar, depois, afirmou que pediu votos para ela.

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O oposição seguiu com a pressão. "Não pode mentir. Se mentir, eu peço para ir para a cadeia", disse Coronel Chrisóstomo (PL-RO). A tática do grupo envolveu associar Rainha à esquerda e a políticos do grupo. Rainha se recusou a contar quais divergências o levaram a romper com o MST. "Vou levar para o cemitério" disse ele, que afirmou ter boa relação com Dilma Rousseff e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não tenha contato recente com eles.

Questionado se teria se encontrado com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Rainha confirmou, e disse que foi ao gabinete de Teixeira no começo do ano para tratar de "questões pontuais", sobre assuntos ministeriais e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo ele. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou um requerimento direcionado à pasta para que informe mais especificamente em que dia Rainha esteve no gabinete do ministro e qual foi a pauta.

O líder do FNL prestou depoimento à CPI na condição de testemunha nesta quinta-feira, 3, sobre a promoção de ocupações de terra no Brasil durante o chamado "Carnaval Vermelho". Os advogados Sérgio Pantaleão e Rodrigo Chiziolini - ambos, aliás, tiveram repetidos entreveros com Salles - o acompanharam na Câmara.

Na sessão da quarta-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que a FNL montou "um exército" no período. foram 19 invasões na região do Pontal do Paranapanema em fevereiro, todas desarmadas em operações policiais.

A presença de Rainha atraiu a atenção de parlamentares no que foi o primeiro controverso depoimento da CPI. Mais uma vez, deputados do governo e da oposição trocaram provocações e insultos ao longo do encontro.

Três deputados apresentarem requerimentos para que José Rainha fosse ouvido na CPI: Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES). Os parlamentares argumentaram que Rainha, que já foi um dos líderes do MST e atua nos movimentos dos sem-terra, pode trazer esclarecimentos importantes para o inquérito que analisa a promoção de ocupações de terras no País.

Nesta terça-feira, 1º, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux negou um pedido da defesa de Rainha para não comparecer à CPI. O ministro garantiu, porém, que o líder sem-terra poderá ficar em silêncio quando for indagado por questões que podem incriminá-lo.

"Concedo parcialmente a ordem para que seja garantido o direito contra a autoincriminação, podendo, consectariamente, permanecer em silêncio tão somente sobre fatos que possam implicar em sua incriminação", disse Luiz Fux.

Na segunda, 31, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, também não concedeu a liminar, já que como chefe do STF, só poderia conceder a liminar se verificasse uma situação de urgência, o que não foi identificada na análise.

Quem é José Rainha?

Uma das principais personalidades do MST durante a década de 90, José Rainha tem 63 anos e é militante pela reforma agrária desde que tinha 17. Desde o início do governo do presidente Lula, Rainha é apontado como um dos principais pivôs das invasões de terra que ocorreram no Brasil.

No início de março deste ano, ele foi preso em uma operação da Polícia Civil de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado, ao ser acusado de extorquir proprietários rurais. Ele foi solto em junho.

Quem a CPI já ouviu?

A criação da CPI do MST foi requisitada pela oposição ao governo do presidente Lula para investigar a organização e o financiamento de invasões de terras promovidas pelo movimento no início deste ano de 2023.

Desde 23 de maio, a CPI já colheu o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Francisco Grazian, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO). Também foram ouvidos pela comissão professores universitários, integrantes do MST e servidores públicos.

Em agosto, a comissão pretende aumentar a pressão contra o governo. O presidente do colegiado, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), pretende pautar as idas dos ministros Rui Costa e Paulo Teixeira na próxima semana. Haverá, ainda a ser pautada, a ida do líder do MST, João Pedro Stédile, que teve requerimento de convocação aprovado.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) provocou a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e a perguntou se ela queria "um remédio ou um hambúrguer" para se acalmar. Parlamentares viram machismo na fala.

"A senhora pode ficar mais calma. A senhora respeite... A senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio? Ou quer um hambúrguer?", perguntou o presidente do colegiado para a parlamentar, após ele fazer um pedido para que assessores não se manifestassem durante a sessão.

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"O senhor se dirigiu à deputada Sâmia Bomfim e pediu para ela procurar um hambúrguer. O senhor se dirigiu a nós duas e falou para procurarmos um remédio. O senhor não tem vergonha, de envergonhar o parlamento brasileiro e atacar mulheres?", questionou Talíria Petrone (PSOL-RJ), que ainda o chamou de misógino e machista. "Ih, já vitimizou", ironizou o relator, Ricardo Salles (PL-SP).

Em um raro momento da comissão, Zucco se retratou e pediu para as falas dele fossem retiradas das notas taquigráficas. Ele disse que é atacado por Sâmia em todas as sessões da CPI e resgatou um episódio em que o irmão dele, o militar Marcelo Lorenzini Zucco, teria sido demitido por ele ser presidente da CPI, quando estava fazendo um tratamento quimioterápico contra um câncer.

"Não é verdade que você não foi indecoroso com as deputadas desta comissão", respondeu Sâmia, que classificou o episódio como uma "piadinha covarde". A sessão desta quinta-feira é tensa por ter um dos depoimentos mais relevantes até então.

O líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, presta depoimento à CPI sob condição de testemunha, com ameaças feitas por deputados de prendê-lo caso ele minta.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vai ouvir, na manhã desta quinta-feira (3), o depoimento de José Rainha, um dos líderes da Frente Nacional de Lutas no Campo e Cidade (FNL).

Três deputados apresentarem requerimentos para que José Rainha fosse ouvido na CPI: Kim Kataguiri (União-SP), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Evair Vieira de Melo (PP-ES). Os deputados argumentaram que Rainha, que já foi um dos líderes do MST e atua nos movimentos dos sem-terra, pode trazer esclarecimentos importantes para o inquérito que analisa a promoção de ocupações de terras no País.

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Na terça-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux negou um pedido da defesa de Rainha de não precisar comparecer à CPI. O ministro garantiu, porém, que o líder sem-terra poderá ficar em silêncio quando for indagado por questões que podem incriminá-lo. Na segunda (31), a presidente do Tribunal, a ministra Rosa Weber, também não concedeu a liminar, já que como chefe da Corte, só poderia conceder a liminar se verificasse uma situação de urgência, o que não foi identificada em sua análise.

"Concedo parcialmente a ordem para que seja garantido o direito contra a autoincriminação, podendo, consectariamente, permanecer em silêncio tão somente sobre fatos que possam implicar em sua incriminação", ordenou Luiz Fux.

Quem é José Rainha?

Uma das principais personalidades do MST durante a década de 90, José Rainha tem 63 anos e é militante pela reforma agrária desde que tinha 17. Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rainha é apontado como um dos principais pivôs das invasões de terra que aconteceram no Brasil.

No início de março deste ano, ele foi preso em uma operação da Polícia Civil de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado, ao ser acusado de extorquir proprietários rurais. Rainha ainda está detido preventivamente.

Quem a CPI já ouviu?

A criação da CPI do MST foi requisitada pela oposição ao governo do presidente Lula para investigar a organização e o financiamento de invasões de terras promovidas pelo movimento no início deste ano de 2023.

Inaugurada em 23 de maio, a CPI já colheu o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias, do ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Francisco Grazian, do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO). Também foram ouvidos pela comissão professores universitários, integrantes do MST e servidores públicos.

O presidente da CPI do MST, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), classificou a nova invasão do grupo a um centro de pesquisas da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), como "inadmissível". Segundo ele, a ação é um "deboche com a sociedade". Para Zucco, o governo Lula é "conivente" com as ações do movimento.

A nova invasão, que ocorreu no domingo, 30, acontece às vésperas da abertura do Semiárido Show, um dos eventos mais importantes da região e voltado aos pequenos agricultores do semiárido. A abertura está prevista para esta terça-feira, 1º, mas a área de exposições foi totalmente ocupada pelos sem-terra. Cerca de 1.500 membros do MST participaram da ação.

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De acordo com o movimento, a decisão foi tomada porque o governo Lula não cumpriu a promessa de destinar áreas para assentar as famílias acampadas na região. "É inadmissível o MST alegar que o governo não está cumprindo os acordos. O MST está dentro do governo", afirmou Zucco, que garante que essas invasões serão investigadas. "Isso é um deboche com a sociedade e uma conivência do governo que não se posiciona contrária a esses crimes que estão sendo cometidos. Vamos na CPI investigar essas invasões criminosas."

A CPI do MST deverá ter uma guinada mais intensa na retomada das atividades do Congresso. O líder do MST, João Pedro Stedile, e o líder da Frente Nacional de Luta, José Rainha Júnior, participarão de audiências e integrantes do atual governo Lula deverão ser ouvidos pelos membros da comissão.

Nesta terça-feira, 1º, quando a CPI retoma as atividades com depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general G. Dias. Ele será questionado se Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tinha de conhecimento sobre as invasões de terra no Brasil, retomadas no mês de abril, com parte do "Abril Vermelho", uma série de manifestações do movimento.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, é o principal alvo do grupo, que tenta negociar com o governo a convocação dele. Desde março, a Abin é um braço da pasta de Rui, o que justificaria o seu chamamento.

A invasão a Petrolina neste domingo, 30, aconteceu, segundo o MST, porque o governo Lula não cumpriu a promessa de destinar áreas para assentar as famílias acampadas na região. A reocupação da área da Embrapa em Pernambuco foi decidida em assembleia.

"Nós elegemos o governo Lula e precisamos que o ministério cumpra seu papel em atender as demandas da reforma agrária e possam cumprir as políticas voltadas para os movimentos sociais e não somente servir os interesses do agronegócio", disse Jaime Amorim, da direção estadual do MST no Estado. Segundo o movimento, havia sido prometido que parte dos dois mil hectares da fazenda da Embrapa seria destinada para assentar famílias.

"Essas invasões deixam claro que o MST desrespeita o governo, o agro e a sociedade. Desde quando um movimento que comete crime tem que dar condições ao governo federal para não invadir?", questionou Zucco, presidente da CPI do MST.

A invasão deve fortalecer a pressão da oposição no retorno de atividades do Congresso. "Esse movimento criminoso invadiu a estrutura de um evento realizado pela Embrapa, em parceria com o MAPA. Mais um absurdo do MST. A CPI não deixará isso passar batido", disse Rodolfo Nogueira (PL-MS), integrante da comissão.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) informou que já tomou conhecimento do ocorrido e prepara manifestação oficial a respeito.

Dominada por deputados bolsonaristas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra (MST) mantém pressão sobre o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ao focar os trabalhos do colegiado nas invasões dos sem-terra na Bahia. Costa foi governador do Estado entre 2015 e 2022.

Nessa quarta (12), a comissão deu aval a 21 requerimentos. Embora a convocação do ministro da Casa Civil tenha sido transformada em convite - a ser apreciado na volta do recesso parlamentar, a partir de 1.º de agosto -, foram aprovados pedidos para ouvir o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, e o comandante da Polícia Militar do Estado, Paulo José Reis de Azevedo Coutinho. Os dois serão convidados a comparecer à CPI. O autor dos requerimentos é o deputado Capitão Alden (PL-BA).

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Da ala governista, o deputado Alencar Santana (PT-SP) conseguiu negociar um acordo que deixou a análise do convite a Costa para depois do recesso, mas não conseguiu evitar que a oposição aprovasse a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias.

Abin

De acordo com o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), a presença de Costa e de G. Dias se justifica pelo fato de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) faz o monitoramento das atividades de grupos de sem-terra. Salles tem repetido durante as sessões da comissão que a Abin controla "as ações das invasões de propriedade no Brasil". "A Abin esteve subordinada ao GSI de janeiro até março, e, daí em diante, à Casa Civil", afirmou o relator. "O que queremos com Gonçalves Dias? Que ele nos explique que informações ele coletou, que medidas adotou no GSI. Dali por diante, quem vai prestar (esclarecimentos) é Rui Costa", declarou Salles no mês passado.

Durante a gestão de G. Dias no GSI, a Abin esteve subordinada ao gabinete. Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu a agência para a Casa Civil, pasta diretamente ligada à Presidência da República e comandada por um dos ministros mais próximos do chefe do Executivo. Desde o início dos trabalhos, em maio, a CPI do MST busca associar o governo Lula ao MST.

Atritos

A relação entre Costa e o MST, no entanto, tem um histórico de atritos, o que tem potencial para desgastar o governo na CPI. Em 2016, integrantes do movimento protestaram em Salvador contra o então governador e invadiram a sede de onde Costa despachava. Segundo o grupo, promessas feitas a trabalhadores rurais do Estado não estavam sendo cumpridas. Em maio deste ano, o MST disse que Costa, já na Casa Civil, vetou a participação do movimento em evento com Lula, também na capital baiana.

Invasões

As primeiras ações significativas do MST neste terceiro mandato de Lula começaram na Bahia e provocaram imediata reação do agronegócio, acentuando o clima de desconfiança do setor sobre a garantia de segurança jurídica no campo. No fim de fevereiro, cerca de 1,7 mil integrantes do movimento invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da Suzano, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul do Estado. As invasões, com dois meses de governo, contrariaram o discurso de Lula na campanha. Na ocasião, o petista declarou que o MST não ocupava propriedades produtivas.

'Banco da esquerda'

Além dos requerimentos de convocação e convites, a CPI do MST também aprovou antes do início do recesso parlamentar um pedido de informações e documentos ao Banco Central sobre o LeftBank. Trata-se de uma instituição financeira que se autointitula como "banco da esquerda" e "banco sem banqueiros".

O banco digital foi fundado pelo advogado Daniel Gonçalves e pelo contador e administrador de empresas Volnei de Borba Gomes. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia (PT-RS) é o diretor-geral da empresa.

Relação

A CPI do MST na Câmara foi instalada em maio, após o chamado "Abril Vermelho", quando o movimento intensificou invasões e ampliou a lista de exigências ao governo Lula enquanto mantinha áreas produtivas e de pesquisa sob o controle de militantes. O governo nomeou 19 superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e anunciou um "plano emergencial de reforma agrária". Em contrapartida, áreas deveriam ser desocupadas, o que não ocorreu.

A atuação do MST provocou, ainda, uma crise interna no governo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comparou as invasões do movimento aos atos golpistas de janeiro. O titular do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, por sua vez, poupou o grupo. "Não vejo nenhuma relação das ocupações do MST com o 8 de Janeiro", afirmou ele em abril.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados resistiu e adiou o convite ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), principal ativo da oposição composta pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A negociação avançou mediante acordo com o líder do governo na CPI, Alencar Santana (PT-SP), que retirou a obstrução da pauta para deixar o chamamento apenas após o recesso parlamentar. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Marco Edson Gonçalves Dias não escapou e foi convocado.

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O presidente da Suzano, Walter Schalka, também teve o requerimento derrubado. A Suzano, empresa produtora de papel e celulose, por sua vez, foi um dos alvos do chamado "abril vermelho", mês em que integrantes do MST intensificaram invasões a terras pelo Brasil.

No Espírito Santo, os sem terra ocuparam duas fazendas da empresa e permaneceram lá por dez dias, após liminar dada pela Justiça para que eles saíssem.

Na proposta inicial, Rui, G. Dias e Schalka seriam convocados - o que os obrigariam a participar - mas após mais de 50 minutos de diálogo o consenso se estabeleceu, ainda que sob críticas de bolsonaristas mais ferrenhos.

O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) criticou a falta de combatividade da oposição já que, para ele, o governo controla a CPMI. "Aqui a gente começou a virar cordeirinho", afirmou.

Segundo o relator, Ricardo Salles (PL-SP), a convocação de Rui e de G. Dias são justificadas pelo entendimento de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a atividade de grupos sem terra. Durante o governo Lula, o órgão esteve subordinado tanto ao GSI, quando ainda sob comando de G. Dias, e da Casa Civil.

Como mostrou a Coluna, na última sessão, que aconteceu há três semanas, a recusa da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) em seguir um acordo estabelecido anteriormente levou a decisão do presidente, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), de resgatar as convocações da pauta.

Rui é alvo de críticas tanto do centrão como dos próprios governistas pela desarticulação entre o Executivo e o Legislativo, por não prestigiar ou atender deputados.

O ápice da crise chegou na véspera da votação da medida provisória dos ministérios, que quase foi derrubada tamanha a insatisfação de líderes partidários com a falta de distribuição de cargos. Como mostrou o Estadão, o ministro deu preferência a atender políticos baianos, onde governou por oito anos, em sua agenda.

A sessão da CPI retomará na quarta-feira, 19, quando serão apreciados mais de 20 requerimentos.

Sessão volta a ter brigas

Como de costumeiro, o hiato de duas semanas sem sessão não foi suficiente para acalmar os ânimos. Sâmia Bomfim trocou acusações com o relator da comissão, Ricardo Salles, ao longo desta terça-feira. A parlamentar queixou-se de ser interrompida por Salles enquanto falava.

O encontro então virou uma série de trocas de insultos, provocações e interrupções. "Estava tudo indo bem", queixou-se o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-SP), quando a primeira confusão aconteceu.

As discussões voltaram a se repetir entre diferentes parlamentares lulistas e bolsonaristas.

A deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) definiu como "absurda" a possibilidade da criação de uma nova turma de medicina na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), destinada aos moradores de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).   

A parlamentar bolsonarista, que é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, disse que a possível decisão "priorizaria a filtragem ideológica". Além disso, Clarissa usou o assunto para fazer críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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"A cara do desgoverno do PT e um verdadeiro absurdo, querer criar uma turma específica do curso de Medicina para assentados", escreveu a deputada através do Twitter. 

Curiosamente, a bolsonarista ainda disse que o governo Lula "quer formar médicos sem qualificação". Porém, vale ressaltar que, um estudante universitário de medicina no Brasil consegue se qualificar durante a sua graduação e quando finaliza o curso, ele já pode iniciar sua carreira profissional, tanto na rede pública quanto na rede privada, em clínicas ou até à frente de seu próprio negócio.

  Segundo Adelar Pretto, membro da direção do MST no Rio Grande do Sul, a UFPel), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o movimento já estão discutindo o tema. “Já queremos iniciar no ano que vem com a primeira turma”, adiantou. 

“Oxalá a gente consiga formar muitos médicos para trabalhar nos municípios mais distantes, espalhados pelos rincões do nosso Brasil para atender nas comunidades pelo SUS”, diz Pretto. “É uma necessidade muito grande. É com esse foco que vamos pelear.” A primeira turma, segundo ele projeta, terá 60 alunos já que “a demanda é grande”. 

Graduação para assentados e filhos de assentados da reforma agrária não é novidade na universidade gaúcha. Através de convênio, a instituição já formou 139 profissionais de medicina veterinária e tem mais duas turmas em andamento. Uma dessas turmas, está com formatura agendada para 2023. 

Todos os estudantes ingressaram na universidade através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que atua na promoção da educação para os trabalhadores e trabalhadoras do campo. 

Mesmo com alguns grupos conservadores e políticos bolsonaristas sendo contrários a formação destes estudantes, acusando a decisão de priorizar "a filtragem ideológica", a nova turma de medicina não prejudicará na quantidade de vagas destinadas a outros estudantes que desejam ingressar na instituição.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou, nesta terça-feira, 20, requerimentos de convocação para o presidente do MST, João Pedro Stédile, e o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Junior.

A decisão foi inicialmente negociada mediante um longo acordo com o governo para não chamar o ministro da Casa Civil, Rui Costa e para derrubar uma auditoria do plano nacional de reforma agrária pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Anteriormente, mediante acordo entre membros do governo, o colegiado transformou todos os outros chamamentos em convite. No caso de convocação, os depoentes são obrigados a comparecer sob a pena de poderem estar cometendo um crime.

Durante a sessão, porém houve desacordo. Deputados da base governista alegam que itens de solicitação de informação deveriam ser votados individualmente e não em bloco. A ação provocou obstrução do PSOL.

O presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), entendeu que houve quebra de acordo e votará, extrapauta, as matérias derrubadas anteriormente - entre elas a convocação de Rui Costa - nesta quarta-feira. Internamente, a base governista espera não haver quórum suficiente para haver sessão na CPI.

As negociações pelo acordo já começaram desde a manhã desta terça-feira. Por volta das 11h, o deputado Alencar Santana (PT-SP) visitou o gabinete do relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP).

Uma reunião entre petistas, Salles, Zucco e o vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri (União-SP), atrasou o início da sessão desta terça-feira, em mais de 45 minutos. Fizeram coro na reunião que derrubou a convocação de Rui Costa, parlamentares baianos, como Valmir Assunção (PT-BA) e Lídice da Mata (PSB-BA).

A CPI ainda guarda como próximo movimento um requerimento para participação do ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias. O texto é de autoria do relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP).

Ele disse que o chamamento não tem ligação com as derrotas da direita na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, que foi derrotado e não conseguiu aprovar a convocação de G. Dias por lá. Para ele, tanto no caso do general como no de Rui - derrubado mediante acordo - a decisão passa por onde está subordinada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

"A Abin historicamente faz o monitoramento das ações das invasões de propriedade no Brasil. A Abin esteve subordinada ao GSI de janeiro até março, e, daí em diante à Casa Civil", diz Salles. "O que queremos com Gonçalves Dias? Que ele nos explique que informações ele coletou, que medidas adotou no GSI no 1º de janeiro até a data que foi transferido e depois essas mesmas informações, dali por diante, quem vai prestar é Rui Costa."

Como mostrou o Estadão, a CPI do MST inicia um movimento para associar o governo Lula ao MST. Na quarta-feira, a comissão aprovou requerimento de informação que solicita saber quem estava na tripulação que acompanhou o presidente na viagem à China. Stédile apareceu em imagens ao lado de integrantes do governo brasileiro com o presidente do país asiático, Xi Jinping.

Rainha, líder do FNL, estava detido desde março, acusado de extorquir produtores do Pontal. Ele teve a prisão revogada por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo na semana passada.

Um grupo de deputados participou de uma diligência na região em 29 de maio; visitaram fazendas e se reuniram com delegados do 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), que acompanharam a prisão de Rainha e a série de invasões promovidas pela FNL durante o carnaval.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra debate nesta terça-feira, 13, o balanço da visita à região do Pontal do Paranapanema, área de conflitos rurais em São Paulo, e ouve o depoimento do ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Francisco Graziano. A ideia dos parlamentares é que o também ex-deputado federal e ex-secretário do Meio Ambiente e Agricultura do governo paulista possa dar detalhes dos principais problemas no Estado e avaliar o andamento da reforma agrária na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Xico Graziano, como é mais conhecido, atuou nos governos do PSDB e acompanha de perto a atuação tanto do MST quanto da Frente Nacional de Luta, Campo e Cidade, que realizou as últimas invasões registradas no Pontal. A FNL é liderada por José Rainha Júnior, que teve a prisão revogada por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira, 12. Rainha estava detido desde março, acusado de extorquir produtores do Pontal.

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Um grupo de deputados participou de uma diligência na região em 29 de maio; visitaram fazendas e se reuniram com delegados do 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), que acompanharam a prisão de Rainha e a série de invasões promovidas pela FNL durante o carnaval.

A Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) da Câmara dos Deputados está longe de ter dias de calmaria. As diferentes defesas em relação ao assunto têm acirrado os ânimos dos deputados da direita e da esquerda. Mas um deputado bolsonarista, em especial, tem tentado dificultar o andamento dos trabalhos da Comissão durante as sessões. Trata-se de Abilio Jacques Brunini Moumer (PL-MT).

O parlamentar na sessão desta quarta-feira (31) protagonizou novo embate com as parlamentares da esquerda, integrantes da CPI. Desta vez, Abílio fez provocações as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Daiana Santos (PCdoB/RS). No meio da sessão, ele ficou na frente das deputadas agindo com deboche e em uma tentativa de intimidar as parlamentares. 

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No vídeo publicado por Sâmia, pode-se ouvir ela e Talíria pedindo insistentemente que ele saia da frente delas. No entanto, só após o presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) pedir para que voltasse para seu lugar é que o bolsonarista parou a provocação e foi sentar. Na publicação no Instagram, Sâmia se queixou de ter tido seu microfone cortado pelo relator, o deputado e ex-ministro, Ricardo Salles (PL-SP), quando ela denunciava que os barracos onde integrantes do MST moram foram invadidos e que houve abuso de autoridade por parte dos policiais que integraram a ação.

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"Não satisfeitos em cortar microfones e impedir questões de ordem, os bolsonaristas agora querem apelar para a intimidação física. A truculência, a misoginia e o autoritarismo não vão nos impedir de denunciar a farsa que é essa CPI, tampouco os crimes cometidos pelos ruralistas no nosso país!", escreveu a deputada do PSOL.

Abílio e sua atuação polêmica

Na sessão da Comissão do dia dia 24, o parlamentar bolsonarista também causou tumulto, numa tentativa de atrapalhar os trabalhos do colegiado. Em sua fala na mesma sessão da CPI, ele chegou a pediu para que os deputados que afirmaram integrar o MST sejam investigados como "financiadores" do Movimento.

Nesta quarta-feira (31), pela manhã, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o bolsonarista fez um discurso com ataques às escolas do Rio de Janeiro e em ataque ao deputado do PSOL, Tarcísio Motta. “Vejo deputados de esquerda (Tarcísio) atacando escolas militares, mas no seu estado o crime organizado invade a sala de aula, ataca o professor. Usa as escolas para fazer cadastramento, selecionar alunos para participar do crime organizado”, disse sem apresentar qualquer elemento que confirmasse sua declaração.

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estiveram na manhã desta segunda-feira (29), em Presidente Pudente, interior paulista, quando se reuniram com o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter).

Os parlamentares realizam diligências na zona rural do Pontal do Paranapanema, local de assentamentos e acampamentos, segundo informações da secretaria executiva da CPI, que não especificou os locais a serem visitados.

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Segundo o integrante do MST, Zelitro Luz, que atua pelo movimento naquela região, a comitiva estava visitando hoje dois acampamentos - Olga Benário e Miriam Farias - no município de Sandovalina, e a Fazenda Santa Mônica, no município de Rosana. Todos acampamentos são da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL).

“A CPI não tem noção dessas várias organizações sociais do campo. Para eles [parlamentares], tudo é MST, é por isso. Embora o foco seja MST, eles queriam atingir todos os movimentos de luta pela terra independente do MST”, disse.

Acrescentou que teria chamado a atenção da CPI o fato de a FNL ter feito uma ação recente no Pontal do Paranapanema, em fevereiro, chamado de Carnaval Vermelho, quando houve a prisão de alguns líderes da frente.   

Nota do MST

Os parlamentares inicialmente confirmados na comitiva eram o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco, o relator Ricardo Salles, Capitão Alden, Caroline de Toni, Magda Mofatto, Messias Donato, Nilto Tatto e Rodolfo Nogueira.

Em nota, o MTS afirmou que a CPI é uma tentativa de perseguição e criminalização da luta popular e que o movimento realiza sua luta há quase 40 anos para que a Constituição Federal seja cumprida e a função social da terra seja respeitada.   

“Querer criminalizar nossa luta por meio de uma CPI é uma estratégia para omitir os reais problemas e contradições do modelo de produção do agronegócio no campo brasileiro, como o crescente desmatamento, grilagem de terra, queimadas, violência no campo, uso de mão de obra análoga à escravidão e destruição e contaminação dos bens naturais pelo uso de agrotóxicos”, diz o comunicado do MST.

No segundo dia de atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deputados discutem se a palavra "porra" é um palavrão. Tudo começou com um protesto de um outro parlamentar após Delegado Éder Mauro (PL-PA) falar o xingamento.

"Querer pensar em colocar na cabeça do povo brasileiro que está nos assistindo que MST planta alguma coisa, que MST é produtor. Porra nenhuma. Não plantam nada", afirmou Éder Mauro. Então o deputado Paulão (PT-AL) pediu para que as palavras fossem tiradas dos anais. "Não é prudente para a imagem da Câmara", disse.

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A tréplica do delegado seguiu com um deboche. "Quero dizer ao colega que procure no dicionário a palavra porra e me diga se é alguma coisa depreciativa. Que eu saiba é uma interjeição que causa espanto e simplesmente isso" disse. "Se ele me provar o contrário, aí o senhor pode tirar dos anais de quem quiser, mas por enquanto não."

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra "porra" tem, entre os possíveis significados, "pênis" e "esperma". Em outro contexto, diz o verbete no glossário, pode também exprimir espanto ou aborrecimento, como aconteceu no caso.

Nesta quarta-feira, 24, deputados apreciaram 15 requerimentos e aprovaram 11 - destes, sete são convites. Entre os chamados, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann, o secretário de Segurança Pública de do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, dois ex-integrantes do MST e a ex-secretária especial do ministério da Agricultura Luana Ruiz.

Em outro episódio de embate, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) propôs um minuto de silêncio a dez trabalhadores rurais mortos por policiais em Pau d’arco (PA), proposta rejeitada por Éder Mauro. A situação gerou mais uma confusão generalizada, com gritos de protestos do deputado paraense, que chamou os trabalhadores assassinados de "bandidos".

O pedido de minuto de silêncio foi negado.

Um relatório feito por uma comissão externa da Câmara dos Deputados para acompanhar a investigações classificou o incidente em Pau d’arco como uma "chacina". A equipe foi coordenada pela deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA). Éder Mauro participou da comissão.

No dia anterior, a sessão foi marcada por ataques, discussões e insultos trocados entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), chegou a beber um suco de uva tinto integral feito pelo MST, oferecido pela deputada Camila Jara (PT-MS). Marcon (PT-RS) usou o espaço para divulgar o arroz produzido pelo movimento para bolsonaristas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a dar continuidade às investigações contra o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, por suspeita de ter incentivado atos golpistas em Brasília e no Rio Grande do Sul.

A notícia-crime contra Zucco foi enviada pelo Ministério Público Federal ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Como o deputado, eleito em 2023, passou a ter prerrogativa de foro, o caso foi enviado ao STF. A decisão de Moraes é da última quarta-feira, 17.

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Na tarde de nesta terça-feira, 23, no primeiro dia da CPI, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) começou a ler uma notícia sobre a investigação. Zucco cortou seu microfone e interrompeu sua fala.

Três dias depois de comparecer à Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo Movimento dos Sem Terra, em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin almoçou com deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e condenou invasões de terra. Antes mesmo de ser questionado sobre o assunto, nesta terça-feira, 16, Alckmin se antecipou e disse que, se há invasão de uma propriedade pública, não é necessário nem mesmo pedir reintegração de posse.

"Invadiu, desinvadiu. É simples assim. Cumpra-se a lei", afirmou o vice-presidente, que também é ministro da Indústria e do Comércio. "Invasão não pode ser tolerada por ninguém. Está na Constituição."

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Ao retomar o discurso de tolerância zero a ocupações de terra, Alckmin destacou que suas posições eram as mesmas das do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi secretário de Segurança Pública quando ele era governador de São Paulo.

"Se alguém invade uma propriedade, peço a reintegração de posse e cabe ao Estado imediatamente executar. (...) Então, total respeito à propriedade privada. Vou mais longe, hein? Se for propriedade pública, não precisa nem reintegração de posse", argumentou o vice, que se filiou ao PSB no ano passado, após três décadas no PSDB.

"O ministro Alexandre de Moraes, que era meu secretário de Segurança Pública, disse: 'Geraldo não há necessidade de pedir reintegração de posse'. Invadiu um prédio público, reintegra direto", disse ele.

Desconvite

O convite para Alckmin expor suas ideias à bancada do agronegócio - da reforma agrária à tributária, passando pelo arcabouço fiscal e Marco Legal do Saneamento - foi feito bem antes de sua visita à feira do MST, no sábado. Na ocasião, o vice-presidente se deixou fotografar ao lado de João Pedro Stédile, líder do movimento que promoveu o "Abril Vermelho", com invasões de pelo menos 13 fazendas, entre as quais as da Suzano, além de área de pesquisa da Embrapa Semiárido.

Deputados da FPA cogitaram, então, a possibilidade de "desconvidar" Alckmin para o almoço, mas a ideia foi rejeitada. Durante a feira do MST, o vice foi saudado como "guerreiro do povo brasileiro". Outros ministros, como Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Luiz Marinho (Trabalho), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Gabriel Galípolo - indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Banco Central - também compareceram ao evento do MST. Uma foto gigante de Fernando Haddad, titular da Fazenda, estampava a propaganda de fubá comercializado por pequenos produtores.

A presença de ministros naquela feira irritou o agronegócio. Nos últimos dias, a bancada ruralista foi a que mais se empenhou para conseguir assinaturas favoráveis à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST. O colegiado pode ser instalado nesta quarta-feira, 17.

Durante a conversa com os integrantes da FPA, Alckmin foi bastante questionado sobre invasões e não poupou críticas a esses atos. Disse, no entanto, que a feira do MST era "familiar" e vendia "produtos orgânicos e artesanais", tão importantes como os da agricultura comercial. O deputado Ricardo Salles (PL-SP), cotado para relator da CPI, disse ali que, quando Alckmin era governador, essa feira nunca foi realizada.

Dirigentes da FPA pediram ao vice-presidente que atuasse como "ponte" para o diálogo do agronegócio com o governo Lula. Ao final do encontro, Alckmin conseguiu descontrair o ambiente e até contou seus famosos "causos".

"Questionado sobre sua ida à tal da feira do MST, ele deixou claro que não aceita a invasão de terras privadas e produtivas, assim como disseram o ministro Fávaro (Carlos Fávaro, da Agricultura) e outros integrantes do governo", afirmou o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da FPA. "Fica um pouco ainda a dúvida em relação a membros desses movimentos que invadem propriedades no governo, quando há um posicionamento contrário às invasões por parte do governo. Eu sempre digo: cada um controla os seus aliados".

A relação entre o Palácio do Planalto e a bancada do agro está bastante desgastada. Na quinta-feira, 11, Lula classificou os organizadores da Agrishow, em Ribeirão Preto, como "fascistas", "negacionistas" e "maus caráteres" e disse que Fávaro foi "desconvidado" para a feira, maior evento do setor na América Latina. Ruralistas, por sua vez, não gostaram da presença de Stédile na comitiva de Lula à China, no mês passado, nem de ver o MST integrando o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável.

"Você gosta de se aproximar de quem te xinga?", indagou Lupion, ao ser perguntado por jornalistas, após almoço com Alckmin, sobre o fato de Lula ter se referido a organizadores da Agrishow como "fascistas". "Ultimamente, cada vez que o presidente Lula abre a boca, tem afastado ainda mais vários aliados", emendou o deputado.

A presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e de ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na feira nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) incomodou integrantes da bancada ruralista no Congresso. O Planalto tenta melhorar o diálogo com o grupo. Na próxima terça-feira, 16, Alckmin estará em um almoço promovido pela bancada em Brasília - mas, ao prestigiar o evento do MST, no momento em que invasões de terras voltam a ocorrer no País, alargou ainda mais esse distanciamento.

O segundo vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) na Câmara, deputado Evair de Melo (PP-ES), já fala em rompimento. "O governo arrancou a ponte com o agro e não tem mais diálogo", afirmou. "É a fotografia que nós precisávamos para poder provar o envolvimento do governo com o MST nessas invasões de terra", complementou, sobre a foto de Alckmin ao lado do coordenador do MST, João Pedro Stédile, durante o evento. Somente durante o chamado 'Abril Vermelho', o movimento invadiu ao menos 13 fazendas.

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Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e outros membros do primeiro escalão do governo viraram estrelas do evento, no Parque da Água Branca, região oeste de São Paulo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se tornou garoto propaganda de um pacote de fubá, um dia após o secretário executivo da pasta e indicado de Lula para o Banco Central, Gabriel Galípolo, visitar o local. Também já passaram pela feira os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

O aceno do governo ocorre no momento em que o Congresso está prestes a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as invasões do MST. Integrantes da oposição, incluindo parlamentares que fazem parte da cúpula da bancada ruralista, prometem apontar responsabilidade do governo nos atos ilegais.

"O governo dá sinais absolutamente contraditórios e tem vivido uma certa esquizofrenia com o agro. Dá uma no cravo e outra na ferradura, mas vai ter que se definir", disse o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da frente da agropecuária na Câmara.

A bancada do agronegócio acumula uma série de desentendimentos com o governo, após invasões promovidas pelo MST no campo, críticas à Agrishow, a maior feira do setor no País, e discursos do próprio presidente. Na última quinta-feira, 11, Lula fez menção à Agrishow e disse que "alguns fascistas de São Paulo" não quiseram a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no evento.

Ruralistas também não gostaram da presença de Stédile na comitiva de Lula na China e de o movimento integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.

Numa tentativa de atenuar a crise, Carlos Fávaro, que disse ter sido "desconvidado" da Agrishow, se reuniu com os parlamentares da bancada ruralista na semana passada e prometeu um aporte de R$ 200 milhões do Orçamento da União para reforçar o Plano Safra, principal linha de financiamento do setor, ainda neste ano e diminuir o impacto da taxa de juros no programa.

Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Feira Nacional da Reforma Agrária expõe a relação de proximidade entre governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o movimento. Ministros e o vice-presidente Geraldo Alckmin viraram estrelas do evento, que começou nesta sexta-feira, 12, Parque da Água Branca, região oeste de São Paulo. Desde o início deste ano, o grupo intensificou as invasões de terra para pressionar o governo federal e levou a uma série de constrangimentos à gestão petista.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou garoto-propaganda de uma marca de fubá. "Tenho orgulho de ter participado da campanha publicitária destes produtos", afirmou ele, que não compareceu ao evento, mas, em rede social, elogiou os produtos feitos pelos sem terra.

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Geraldo Alckmin chegou por volta do meio-dia na feira. Bem-recebido pelo publico, o vice-presidente tirou fotos com simpatizantes e andou no meio do público. Um dois apoiadores entoou um grito muito usado nas campanhas petistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Alckmin, guerreiro do povo brasileiro." O canto, contudo, não foi acompanhado pelos demais apoiadores, e o vice-presidente continuou a visita.

Também presente no evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, disse que a pasta está com um plano emergencial para retornar com assentamentos a partir do mês de maio. "Serão novos assentamentos em áreas que o Incra (Instituto Nacional de Reforma Agrária) já possui", afirmou durante a Feira da Reforma Agrária, em São Paulo.

O ministro disse que será fornecido crédito para a instalação destes assentamentos, além de assistência técnica para o início da produção nos locais. Ele afirmou ainda que as ações do Abril Vermelho, em que MST organizou ocupações, foi totalmente superado pelo governo. "Pedimos que os grupos se retirassem das terras da Embrapa e da Suzano e eles se retiraram", disse. O governo ainda abriu uma mesa de negociação entre o movimento e a Suzano, de acordo com Teixeira.

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