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Pesquisadores responsáveis pela missão Juno descobriram que as névoas de poeira de Marte geram luzes no céu e que podem ser vistas da Terra. A informação foi publicada pela revista científica Journal of Geophysical Research: Planets, com a explicação de que o fenômeno pode ser visto pouco antes do nascer do dia, junto com o crepúsculo solar e após o anoitecer.

O fenômeno é um feixe de luz solar e foi descoberto por um instrumento junto à nave da Nasa, que detectou pequenos fragmentos da névoa que se chocou com a sonda espacial Juno, que orbita por Júpiter. Ao entrar em contato com a sonda, os minúsculos grãos da tempestade de poeira estavam a uma velocidade de 16 mil km/h e se refletiram em mínimas partículas luminosas.

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Os cientistas responsáveis pelo estudo perceberam que a sonda Juno pode ser o maior e mais sensível detector de detritos espaciais atualmente. Por isso, a equipe desenvolveu um modelo computacional para prever a luz quando ela for refletida pelas partículas de poeira interplanetária.

Por Thaiza Mikaella

Com cerca de um quilômetro de diâmetro e por volta de 550 metros de largura, o asteroide 2001 FO32 passará, neste domingo (21), muito perto da Terra, segundo padrões astronômicos.

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Formado nos primórdios do Sistema Solar e viajando a aproximadamente 124 mil quilômetros por hora (km/h), o asteroide não ameaça colidir com a Terra, apesar de ter sido classificado como “potencialmente perigoso” pela Nasa.

"Conhecemos a rota orbital do 2001 FO32 ao redor do Sol precisamente, já que ele foi descoberto há 20 anos e tem sido rastreado desde então”, afirmou o diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da agência aeroespacial norte-americana (Nasa), Paul Chodas. "Não há risco de colisão dele com nosso planeta nem agora, nem nos próximos séculos.”

A maior proximidade do asteroide com a Terra será por volta das 13h (horário de Brasília) deste 21 de março. De acordo com a Nasa, ele estará a uma distância de cerca de 2 milhões de km - o equivalente a pouco mais do que cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Segundo a agência, o F032 é o maior entre os asteroides que se aproximarão da Terra em 2021 – o que proporcionará aos astrônomos “uma rara oportunidade de se observar uma relíquia rochosa que se formou no início do nosso sistema solar”.

A próxima visita do asteroide às vizinhanças da Terra está prevista para 2052, quando ele passará a cerca de sete distâncias lunares, ou 2,8 milhões de quilômetros do planeta.

De acordo com a Nasa, mais de 95% dos asteroides próximos à Terra com tamanho similar ou maior ao do F032 já foram descobertos, rastreados e catalogados. Nenhum deles tem qualquer chance de impacto direto com o planeta.

“Ainda assim, os esforços continuam para descobrir todos os asteroides que podem representar um risco de impacto. Quanto mais informações puderem ser reunidas sobre esses objetos, melhor os projetistas de missões podem se preparar para desviá-los se algum ameaçar a Terra no futuro”, destaca a agência.

 

A Nasa concluiu com sucesso nesta quinta-feira um teste estático-chave de motores do foguete Space Launch System (SLS), que havia apresentado problemas, o que representa uma vitória para a agência, no momento em que ela se prepara para retornar à Lua.

No segundo "teste a quente", os quatro motores RS-25 do foguete foram acionados simultaneamente às 19h40 GMT por oito minutos, produzindo um máximo de 1,6 milhão de libras de empuxo (7,1 milhões de newtons).

"Os aplausos dizem muito sobre como a equipe se sente", comentou Bill Wrobel, funcionário responsável pelo teste, durante a transmissão ao vivo, depois que os presentes na sala começaram a bater palmas. O sucesso do teste é um alívio para a Nasa, depois que um teste anterior envolvendo o corpo principal do foguete, de 65 metros de altura, no Centro Espacial Stennis, próximo a Bay St. Louis, Mississippi, foi interrompido em janeiro.

O teste de hoje era necessário para colher dados sobre como o corpo principal se comporta durante operações críticas, como acelerar os motores para cima e para baixo, movendo os mesmos em uma variedade de padrões. Os engenheiros irão analisar os dados para decidir se o estágio central está pronto para ser restaurado e transportado para o Centro Espacial Kennedy, na Flórida, onde será unido às outras partes do foguete SLS e à capsula de tripulantes Orion, que estão sendo preparados para o lançamento da missão sem tripulantes Artemis I no fim do ano.

O programa SLS foi afetado por atrasos e custos adicionais. Inicialmente, estava previsto para se tornar operacional em 2016. O site de informações tecnológicas Ars Technica reportou esta semana que a Nasa fazia uma revisão interna da viabilidade do mesmo.

Apesar de o SLS ser mais potente do que o foguete Falcon Heavy, da SpaceX, usado para colocar satélites em órbita e levar tripulantes à Estação Espacial Internacional, a empresa de Elon Musk também trabalha em um protótipo de foguete, chamado Starship, que será capaz de explorar o espaço profundo.

Astrônomos trouxeram dados do telescópio espacial da Nasa, que mostram evidências da explosão de uma estrela localizada no centro da galáxia que o sistema solar faz parte. De acordo com a observação, foi possível afirmar que o fenômeno foi ocasionado por uma anã branca, um corpo celeste com massa comparável à do Sol, mas de tamanho semelhante a da Terra.

A explosão aconteceu próximo a um buraco negro supermassivo, chamado Sagitário A*, que se encontra no centro da Via Láctea. Os cientistas observaram essa região por 35 dias e encontraram um padrão fora do normal quando o telescópio emitiu imagens em raio-x. As imagens deste evento se assemelham a estudos em computadores que simulam uma reação nuclear de uma anã branca. Assim, a pesquisa pode ser confirmada e publicada na revista científica The Astrophysical Journal.

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Embora o evento seja relativamente comum por conta das dimensões do espaço, esse tipo de supernova ainda não havia sido detectado dentro da Via Láctea. A descoberta pode ser mais uma ferramenta no auxílio do estudo de como os corpos celestes reagem no espaço. Em outras ocasiões, cientistas afirmaram que a reação de uma explosão deste tipo é responsável por emitir diferentes elementos, como ferro, níquel e cromo.

Mesmo sendo considerada uma explosão, ela foi avaliada como um evento de dimensões menores que as usuais, por conta da quantidade de hidrogênio e hélio que a anã branca fundiu. Sendo assim, a reação termonuclear que aconteceu no núcleo dela trouxe um processo mais lento na emissão de elementos que contribuem na construção de outros corpos celestes.

A empresa Orbital Assembly Corporation (OAC), que atua na construção de naves espaciais, divulgou mais informações sobre o projeto do hotel espacial que ficará na órbita da Terra, o Voyager Station. A obra começará em 2025 e tem inauguração programada para 2027. A estação vai acomodar hóspedes privados e cientistas enviados pelo governo estadunidense.

A OAC colocou nos planos da Voyager Station implantar a gravidade orbital semelhante à da Lua, para que os passageiros tenham uma experiência fora do habitual na Terra. De acordo com a equipe técnica, formada por ex-funcionários da Nasa, o modelo da nave é muito semelhante a uma roda gigante e vai comportar os passageiros por meio de naves individuais.

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Dentro do hotel espacial estão sendo projetadas várias atrações. Segundo os técnicos, a Voyager Station terá espaço para academia, bares, biblioteca, cassinos, restaurantes e um spa. Todos os hóspedes poderão fazer o percurso entre as diversas áreas da estação espacial por meio de tubos pressurizados.

Viagens espaciais sempre foram mostradas nas histórias de ficção, seja na literatura ou no cinema. Em "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968), o diretor Stanley Kubrick (1928-1999) mostrou personagens em uma rotina cotidiana no espaço, algo que se faz lembrar o que é proposto na Voyager Station.

O veículo-robô Perseverance executou com sucesso seu primeiro teste exploratório do planeta vermelho, informou nesta sexta-feira (5) a agência espacial americana (Nasa).

O robô de seis rodas percorreu cerca de 6,5 metros em 33 minutos na quinta-feira, detalhou a Nasa.

Ele se deslocou quatro metros à frente, deu uma volta de 150 graus à esquerda, e então voltou 2,5 metros, deixando um rastro de pneus na poeira marciana.

"Foi nossa primeira oportunidade de explorar e levar o Perseverance para dar uma volta", disse Anais Zarifian, engenheira de testes de mobilidade no Laboratório de Propulsão a Jato em Pasadena, Califórnia.

Zarifian disse que a sessão exploratória terminou "incrivelmente bem" e representou um "enorme marco para a missão e a equipe de mobilidade".

"Nós vamos fazer algumas jornadas exploratórias maiores", acrescentou. "Isto é só o começo".

Os engenheiros da Nasa informaram que estão estudando possíveis rotas para viagens mais longas do robô na superfície de Marte.

O vice-diretor da missão Perseverance, Robert Hogg, disse que os engenheiros também estão preparando o primeiro voo de testes de um drone transportado pelo robô.

Hogg afirmou que a equipe responsável pelo 'rover' está calculando áreas de voo e esperava realizar o primeiro voo no fim da primavera ou no começo do verão no hemisfério norte.

Ele disse que até o momento a missão não enfrentou maiores problemas.

"Só coisas menores", afirmou. "Tudo o que testamos funcionou lindamente".

O Perseverance foi lançado em 30 de julho de 2020 e pousou na superfície marciana em 18 de fevereiro deste ano para uma missão em busca de sinais de vida passada no planeta vermelho.

A missão principal do robô durará pouco mais de dois anos, mas é provável que ele permaneça operacional muito além disso.

Seu antecessor, o robô Curiosity, ainda está funcionando oito anos após ter pousado em Marte.

Nos próximos anos, o Perseverance tentará coletar 30 rochas e amostras de solo em tubos selados para serem enviadas de volta à Terra para análise em algum momento na década de 2030.

Do tamanho de um veículo 4x4, o robô pesa uma tonelada, é equipado um braço robótico de pouco mais de dois metros, tem 19 câmeras, dois microfones e um conjunto de equipamentos de última geração.

O robô é apenas o quinto a pôr as rodas em Marte e todos os seus antecessores foram americanos. A primeira vez em que um veículo pousou no planeta vermelho foi em 1997.

Os Estados Unidos estão se preparando para uma eventual missão humana em Marte, embora o planejamento ainda esteja em uma fase muito preliminar.

O asteroide Apophis 99942 passará próximo à Terra nesta sexta-feira (5) e poderá ser observado através de telescópios. Apesar de classificado pela Nasa como “Asteroide potencialmente perigoso", o Apophis não oferece risco de colisão com a Terra.

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A classificação de perigo se dá devido as próximas passagens do corpo previstas pela Terra. Porém o Apophis é um asteroide muito pequeno, possui cerca de 0,3 km de diâmetro, o que o torna maior do que 90% dos asteroides, mas minúsculo em comparação com os grandes. Segundo os cientistas, é provável que o meteoro tenha em sua composição silicato de magnésio e silicato de ferro.

O Apophis passará há 16.852.647km de distância da terra e a observação do meteoro poderá ser feita através de telescópios de no mínimo 12 polegadas ou algumas câmeras. Após a aproximação do meteoro do nosso planeta nesta sexta-feira, o Apophis 99942 só voltará a passar por perto em 13 de abril de 2029.

As primeiras observações desse asteroide datam 15 de março de 2004, nos estudos foi observado que a órbita de Apophis está bastante próxima a da Terra (a 0,00 UA da órbita da Terra). Até o momento o Centro de Planeta Menor da IAU registra 5.022 observações usadas para determinar suas órbitas, há interesse dos cientistas monitorarem o meteoro de perto, mas uma viagem até ele duraria 354 dias.

O asteroide 231937 (2001 FO32), classificado pela Nasa como “asteroide potencialmente perigoso", passará a uma distância de 2.016.351 km do nosso planeta, o que é considerado perto, no dia 21 de março deste ano. O meteoro possui cerca de 1,7 quilômetros de diâmetro e atinge 124 mil km/h.

Mesmo considerado maior que 97% dos asteroides, o 2001 FO32 é pequeno em comparação a grandes asteroides e não oferece riscos à Terra. A classificação de “potencialmente perigosa” se dá devido ao seu tamanho e a proximidade do nosso planeta, mas não há risco de colisão. 

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O asteroide é acompanhado pela NASA há 20 anos, o primeiro registro é datado no dia de 23 de março de 2001 e existem cerca de 176 observações registradas sobre ele no IAU Minor Planet Center. Este meteoro não é considerado um alvo viável para exploração humana pelo estudo NHATS e estima-se que a sua próxima passagem pela terra seja em só em 22 de março de 2052.

O rover Perseverance da NASA, que pousou em Marte na quinta-feira (18), é o quinto a completar a jornada ao planeta vermelho, mas quando os humanos chegarão?

"Entre agora e meados de 2030, talvez comecemos a usar os meios que nos permitem ir à lua para enviar astronautas a Marte", disse Steve Jurczyk, administrador interino da NASA, na quinta-feira.

Os grandes desafios tecnológicos estão mais ou menos resolvidos, mas muitos fatores ainda afastam esse objetivo.

- Desafios técnicos -

Uma viagem a Marte deve durar cerca de sete meses e, a princípio, os astronautas passariam 30 dias lá, prevê a NASA. O planeta tem uma temperatura média de 63 ° C abaixo de zero, a radiação é alta e o ar é composto por 95% de dióxido de carbono. A gravidade mal chega a 38% da da Terra.

Mas, graças à "Estação Espacial Internacional, aprendemos muito sobre microgravidade", disse G. Scott Hubbard, um ex-funcionário da NASA que liderou o primeiro programa sobre Marte da agência espacial dos EUA.

No entanto, vários materiais e técnicas ainda precisam ser testados.

O Perseverance carregou vários instrumentos a bordo com o objetivo de preparar futuras missões humanas. Entre essas ferramentas está o MOXIE, do tamanho de uma bateria de carro, cujo objetivo é tentar produzir oxigênio em Marte, sugando CO2, semelhante a uma planta. Esse oxigênio pode ser usado para respirar e também como combustível.

O famoso programa Artemis de volta à Lua, no qual a NASA concentra seus esforços, é como um ensaio para Marte.

A agência quer testar um novo traje espacial, o xEMU, que permitirá maior mobilidade e protegerá os astronautas das baixas temperaturas.

Também será uma oportunidade de instalar uma espécie de usina nuclear na Lua para produzir eletricidade, mesmo durante tempestades de poeira, que podem cobrir o Sol por meses em Marte, impedindo que os painéis solares funcionem.

Qual é o interesse de testar tudo isso na Lua? A possibilidade de envio de equipes de resgate.

Em Marte, se as coisas derem errado e quebrarem, estaremos a anos de casa ", disse à AFP Jonathan McDowell, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics.

Para Laura Forczyk, analista do setor espacial, "é possível" enviar humanos a Marte, "mas por enquanto é mais seguro enviar robôs", para os quais os padrões de segurança exigidos são menores.

- A SpaceX ultrapassará a NASA? -

A SpaceX, do bilionário Elon Musk, pode ultrapassar a agência espacial americana na corrida.

Para a viagem a Marte, a NASA apostou tudo no foguete SLS (Space Launch System), que será testado até o final de 2021, sem humanos a bordo. Um teste do motor do veículo, com acréscimos de custos e atrasos, falhou em janeiro.

Já a SpaceX desenvolve o foguete Starship, com dois protótipos testados recentemente.

Mas, ao contrário das agências de financiamento público, Musk investe seu próprio dinheiro e pode correr riscos. Por isso, "a SpaceX pode ter uma espaçonave pronta antes da NASA", considera G. Scott Hubbard, que chefia um comitê de segurança da empresa.

"No entanto, para ter humanos a bordo, você também precisa de equipamento avançado" para mantê-los vivos, acrescenta ele, e "é nisso que a NASA investiu por décadas".

Em vez de serem concorrentes, a NASA e a SpaceX poderiam se unir para realizar a façanha de levar astronautas a Marte.

A Nasa (agência espacial americana) informou nesta quinta-feira (18) que o veículo robô Perseverance pousou na superfície de Marte após superar com sucesso uma perigosa fase de aproximação do solo, conhecida como "sete minutos de terror".

"Pouso confirmado", disse a líder das operações Swati Mohan, enquanto a equipe de controle da missão na sede do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa explodia de alegria.

O procedimento autônomo guiado foi completado mais de 11 minutos antes do anúncio, que é o tempo em que um sinal de rádio leva para voltar à Terra.

"UAU!!" tuitou o administrador associado da NASA, Thomas Zurburchen, ao postar a primeira imagem em preto e branco do Perseverance da cratera de Jezero, no hemisfério norte de Marte.

O robô-explorador é apenas o quinto a pousar em Marte. A façanha foi realizada pela primeira vez em 1997 e todos até agora foram americanos.

Do tamanho de um veículo utilitário, o Perseverance pesa uma tonelada, é equipado com um braço robótico de dois metros de comprimento, 19 câmeras, dois microfones e um conjunto de instrumentos de última geração para auxiliar em seus objetivos científicos.

O Perseverance agora inicia uma missão de vários anos para pesquisar as bioassinaturas de micróbios que podem ter existido bilhões de anos atrás no planeta vermelho, quando as condições eram mais quentes e úmidas do que são hoje.

A partir do verão boreal, ele tentará coletar 30 amostras de rochas e solo em tubos selados para serem enviadas de volta à Terra em algum momento da década de 2030 para análises em laboratório.

"O questionamento se há vida fora da Terra é um dos mais fundamentais e essenciais que podemos fazer", disse a geóloga da NASA Katie Stack Morgan.

"Nossa capacidade de fazer essa pergunta e desenvolver pesquisas científicas e tecnologia para respondê-la é uma das coisas que nos torna uma espécie tão única", acrescentou.

A Nasa também quer realizar vários experimentos, incluindo a tentativa do primeiro voo motorizado em outro planeta, com um drone-helicóptero chamado Ingenuity, que terá que se sustentar em uma atmosfera que é tem por cento da densidade da Terra.

Mais de um século depois do primeiro voo motorizado na Terra, a NASA quer provar que é possível fazer um veículo voar em outro planeta.

Transportado a bordo da missão Mars 2020, que chega ao seu destino na quinta-feira (18), o pequeno helicóptero Ingenuity deve realizar um feito histórico: subir no ar com uma densidade equivalente a apenas 1% da atmosfera terrestre.

- Helicóptero ultraleve -

Ingenuity, na verdade, se parece mais com um grande drone. O principal desafio para os engenheiros era torná-lo o mais leve possível, de modo que seja capaz subir em um ar extremamente leve. Pesa apenas 1,8 kg.

É composto por quatro pés, um corpo e duas hélices sobrepostas. Mede 1,2 metros de uma extremidade à outra de uma hélice.

As hélices girarão a uma velocidade de 2.400 rpm (rotações por minuto), aproximadamente cinco vezes mais rápido que um helicóptero padrão.

Ingenuity está equipado com painéis solares para recarregar suas baterias. Grande parte de sua energia servirá para se manter quente (faz -90 °C à noite em Marte). Também pode tirar fotos e vídeos.

O helicóptero viaja preso à parte inferior do corpo do Perseverance, o veículo principal da missão. Uma vez em Marte, se desprenderá para cair no solo e o rover rolará sobre ele para que possa se afastar.

- Voos de 90 segundos -

Ingenuity deve realizar até cinco voos de dificuldade gradual durante um período de um mês imediatamente após a chegada do Perseverance.

Ingenuity pode subir até cinco metros de altura e se deslocar até 300 metros, mas irá muito menos longe no primeiro teste.

Cada voo pode durar o máximo de um minuto e meio, "o que não é pouca coisa em comparação com os 12 segundos" do primeiro voo motorizado na Terra, argumenta a NASA.

Devido ao atraso na transmissão de cerca de vinte minutos entre a Terra e Marte, não tem como controlá-lo à distância. Voará em autonomia: vai programado com alguns comandos, mas depois terá que valer por si mesmo graças a uma série de sensores que o ajudarão a se locomover.

Os resultados dos voos serão recebidos na Terra muito depois de acontecerem.

- Para quê? -

Este experimento é o que a NASA chama de uma missão de demonstração: não tem nenhum objetivo científico, exceto demonstrar que é possível voar em Marte e recolher dados sobre o comportamento de uma nave em outro planeta.

No futuro, essas aeronaves poderiam "marcar o início de uma era completamente nova de exploração de Marte", disse com entusiasmo Bob Balaram, engenheiro chefe do projeto, dando a possibilidade de chegar aonde os rovers não podem ir, como por exemplo acima dos canhões.

Também é possível imaginar que este tipo de nave vá buscar, para depois trazer de volta a uma base, amostras coletadas por missões anteriores. Por exemplo, as amostras que Perseverance deve começar a recolher na próxima fase da missão Marte 2020.

Três aeronaves robóticas enviadas a Marte em julho do ano passado chegam ao destino nas próximas semanas. A primeira delas, a Al-Amal, deve orbitar o planeta vermelho nesta terça-feira (9). A nave, enviada pelos Emirados Árabes, é um marco para a história do país, que completa 50 anos em dezembro.

A expectativa é de que na quarta-feira (10), a nave chinesa Tianwen-1 chegue a Marte. A sonda rondará o planeta até maio, quando deverá pousar no solo. A sonda norte-americana Perseverance será a última a chegar no planeta vermelho, em 18 de fevereiro, com a missão de recolher rochas e iniciar um estudo para estabelecer se em algum momento houve sinais de vida microscópica ancestral.

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Os Estados Unidos é o país com mais missões bem sucedidas em relação à exploração espacial em Marte. Até o momento, a Nasa acertou oito das nove tentativas de pouso no planeta. O envio das três sondas espaciais só foi possível graças a janela de lançamento Terra-Marte, que se abre a cada dois anos.

As aeronaves precisarão operar de forma autônoma para pousar no solo do planeta. Até o momento, a previsão do clima é de que não haja bolsões de ar que possam gerar tempestades e possíveis transtornos no pouso.

Por Rafael Sales

Informações reveladas pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) indicam a possível colisão de um asteroide com a Terra. A estrutura rochosa nomeada 2009 JF1 tem mais de 130 metros e pesa 250 mil toneladas. O possível encontro com o planeta pode ocorrer em 6 de maio de 2022.

De acordo com a Nasa, não existem motivos para pânico, pois mesmo que ocorra o impacto, o peso do corpo celeste não é considerado pelos cientistas como perigoso. A escala Turin, responsável por classificar o potencial destrutivo de asteroides e cometas, avalia o risco como zero.

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Segundo a agência espacial, a probabilidade de colisão é de 0,026%, o equivalente a uma em 3.800. As estatísticas foram traçadas pela equipe de cientistas da Nasa, responsável por analisar e identificar asteroides na órbita da Terra.

O 2009 JF1 foi identificado há 12 anos e classificado como Near Earth Objects (NEO), termo que indica qualquer objeto próximo ao planeta Terra.

O lançamento de um foguete da SpaceX para a Estação Espacial Internacional (ISS) com três astronautas da Nasa e um astronauta japonês foi adiado de sábado para domingo devido aos ventos na região, anunciou a agência espacial americana nesta sexta-feira (13).

A decolagem está agendada para as 19h27 locais (21h27 de Brasília) no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, disse o administrador da NASA, Jim Bridenstine.

A tripulação de astronautas é formada pelos americanos Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker e pelo japonês Soichi Noguchi. O foguete da SpaceX deverá atracar na ISS na próxima terça-feira, aproximadamente à 01h00 de Brasília.

Trata-se da primeira missão "operacional" de seis meses lançada pela SpaceX, que marca a retomada dos voos tripulados dos Estados Unidos em maio passado, após nove anos de interrupção e dependência da Rússia.

A NASA certificou oficialmente na terça-feira a cápsula Crew Dragon desenvolvida pela SpaceX para o transporte de seus astronautas em voos regulares, considerando-a segura.

A SpaceX, empresa fundada pelo empresário Elon Musk, já havia concluído com sucesso uma missão de demonstração entre maio e agosto, na qual dois astronautas foram transportados para a ISS e depois retornaram à Terra sem incidentes.

O grupo finlandês Nokia anunciou nesta segunda-feira (19) que vai fabricar para a Nasa a primeira rede operacional de telefonia móvel na Lua, uma iniciativa conduzida no âmbito do projeto de estabelecer uma base humana permanente da agência espacial americana.

Esta rede 4G, "ultracompacta, com eficiência energética e resistente às condições do espaço", representará "a primeira rede de telefonia móvel na Lua", disse a Nokia em um comunicado.

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O grupo finlandês especificou que a rede será instalada na superfície do astro a partir do final de 2022, por meio de uma sonda lunar em que trabalha a americana Intuitive Machines.

A Nasa confirmou à AFP que será a primeira rede de telefonia móvel na Lua, onde os seres humanos pisaram pela última vez em 1972.

A rede, que se autoconfigurará durante sua implantação na Lua, garantirá uma conexão wireless para "qualquer atividade que os astronautas devam realizar, permitindo a troca de comunicações de voz e vídeo, telemetria e troca de dados biométricos ou mesmo a implantação e o uso de robôs", relatou a empresa finlandesa.

O contrato, no valor total de 14,1 milhões de dólares, foi concedido à subsidiária americana da Nokia, que ganhou uma série de projetos de ponta anunciados na sexta-feira pela NASA.

"O sistema garantirá as comunicações na superfície da Lua por longas distâncias, em uma velocidade maior e mais confiável do que os padrões atuais", explicou a agência espacial em seu comunicado.

Dois astronautas americanos, incluindo uma mulher, partirão para a Lua em 2024 sob a missão Artemis 3, com a qual a Nasa deseja instalar uma base humana permanente no astro, uma operação anterior a outra possível missão à Marte.

A agência espacial americana fez um anúncio sem precedentes nesta quinta-feira (10) sobre licitações para empresas privadas coletarem amostras de rochas lunares e trazê-las para a Terra. "A NASA quer comprar (amostras de) solo lunar de fornecedores comerciais!", escreveu no Twitter o diretor da NASA, Jim Bridenstine.

Em uma política incentivada pelo presidente Donald Trump, os Estados Unidos pretendem liderar a exploração dos recursos, principalmente da mineração, encontrados no solo, ou no subsolo dos asteroides e da Lua. O presidente americano emitiu um decreto sobre esse assunto em abril, apesar da ausência de consenso e de jurisprudência internacional sobre como administrar e compartilhar recursos extraterrestres.

Os tratados espaciais existentes são vagos quando se trata de determinar a exploração de recursos fora da Terra. A NASA convida as empresas a apresentarem suas propostas de extração de "pequenas" amostras de pedras da Lua, ou da poeira que cobre a superfície do satélite.

As amostras depois se tornariam propriedade da NASA, sendo a agência a "única" proprietária do material. Diante da entrega das amostras, será pago 80% do valor estabelecido em contrato.

A convocatória faz parte de um novo modelo econômico que começa a ganhar força na agência espacial americana, que consiste em terceirizar o desenvolvimento e a operação de missões por meio de contratos com empresas espaciais privadas. Nesse sentido, a NASA assinou um acordo com a SpaceX, responsável pelo transporte de cargas e de astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).

Pouco antes das 9h desta quinta-feira (30), a agência espacial norte-americana Nasa enviou sua nova missão para descobrir mais aspectos de Marte. A bordo do foguete Astra 5, está o quinto veículo espacial norte-americano enviado ao planeta vermelho e que, dessa vez, terá como missão descobrir princípios biológicos: ou seja, traços de vida.

"É a primeira vez na história que a Nasa dedica uma missão à astrobiologia", disse o CEO da Nasa, Jim Bridenstine.

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O rover, batizado de Perseverance, terá ainda a função inédita de trazer de volta para a Terra partes do solo e de rochas marcianas. Ele também é equipado pelo instrumento Sherloc (Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals) que tem como objetivo fazer testes em amostras de novos materiais que poderão ser utilizados, no futuro, pelos humanos que forem ao planeta vermelho.

Entre os itens enviados ao espaço, por exemplo, está um material que não quebra em caso de algum dano, e amostras de Vectran e Teflon, que são usados atualmente nas roupas dos astronautas que vão para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Além disso, o equipamento levará um pequeno helicóptero, de apenas dois quilos, que tem capacidade de voo de até 10 metros de altura e uma lista com o nome de quase 11 milhões de entusiastas da viagem, que faz parte do programa "Marte 2020".

O Perseverance deve chegar a Marte em fevereiro de 2021 e, se tudo sair conforme o planejado, em 2026 será lançada uma nova missão - em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) - para recuperar as amostras coletadas e colocá-las em um foguete norte-americano projetado para lançar as amostras no Espaço. Lá, uma sonda da ESA terá a missão de interceptar o foguete e trazer os itens para a Terra em 2031.

A missão da Nasa é a terceira a ser enviada para Marte neste mês de julho. Antes dos norte-americanos, os Emirados Árabes Unidos enviaram a Al-Amal (Esperança) no dia 20 - com foco de estudar a atmosfera local para criar um tipo de "mapa do clima" ao longo de um ano marciano, que equivale a 20 meses na Terra -, e os chineses enviaram a sonda Tianwen-1 ("Busca pela verdade celeste", em tradução livre) com a meta de fazer uma análise profunda da atmosfera, da estrutura e da superfície marciana, com uma atenção particular a possíveis traços de água.

Os voos foram realizados neste mês porque esse é o período em que os dois planetas estão orbitando de maneira mais próxima, fato que ocorre a cada dois anos e dois meses. Além disso, todas têm objetivos de estudar como seria uma colonização do planeta vermelho até 2100.

Da Ansa

Duas adolescentes indianas de 14 anos descobriram um asteroide cuja trajetória está vindo em direção à Terra. Radhika Lakhani e Vaidehi Vekariya são estudantes do Space India, instituto particular de estudos astronômicos. 

Não há motivo para se preocupar com o asteroide pois uma possível colisão com a Terra só acontecerá daqui a cerca de um milhão de anos.

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A análise foi possível através da observação por um telescópio da Universidade do Havaí, nos EUA, que conta com um software especializado para analisar as imagens captadas.

Atualmente intitulado de HLV2514, o asteroide se encontra perto de Marte e só pode ser batizado oficialmente depois que a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA) confirmar sua órbita, como contou o porta voz do Space India.

Asteroides e cometas representam uma ameaça à Terra e os cientistas descobrem milhares deles todos os anos. Em 2013, um asteroide mais pesado do que a Torre Eiffel, localizada na França, explodiu sobre o centro da Rússia e sua onda de choque deixou mais de mil pessoas feridas.

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Imagens inéditas que mostram a superfície do Sol de maneira muito aproximada foram divulgadas nesta quinta-feira (16) pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

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As fotos foram tiradas pela sonda Solar Orbiter, que foi enviada ao espaço no dia 10 de fevereiro deste ano, e é considerado o "mais ambicioso" dos projetos com o objetivo de investigar a maior estrela do Sistema Solar.

As fotografias mostram que a superfície do astro é pontilhada de erupções, como se fossem fogueiras.

"Essas fotos sem precedentes do Sol foram as mais próximas já obtidas. Essas imagens maravilhosas irão ajudar os cientistas a juntar as camadas da atmosfera do Sol, o que é importante para entendermos como ele conduz o clima espacial perto da Terra e em todo o Sistema Solar", destaca o cientista da Nasa, Holly Gilbert, em comunicado.

O responsável científico pela missão, Daniel Müller, destacou que apenas com as imagens recebidas "é possível observar novos fenômenos interessantes".

"Não esperávamos ver resultados assim importantes já no início. Nem bem terminamos a fase de verificação técnica, a sonda já confirmou quanto foram justificadas as grandes expectativas do mundo científico", ressaltou ainda Müller.

Em termos técnicos, a fotos foram tiradas a cerca de 77 milhões de quilômetros de distância, cerca de metade do percurso entre o Sol e a Terra.

No momento, ainda é impossível dizer se as pequenas erupções fotografadas estão ligadas ou não às maiores conhecidas até hoje. Mas, analisando de maneira individual, esses pequenos focos podem influenciar a temperatura da parte mais externas do astro, a sua coroa.

"As fogueiras que estamos falando aqui são como pequenos sobrinhos das erupções solares, pelo menos um milhão, talvez bilhões de vezes menores. Quando olhamos na nova alta resolução das imagens, elas estão literalmente em todos os lugares que olhamos", explicou um dos astrofísicos do projeto, David Berghmans.

Os 10 "olhos" do Solar Orbiter observam simultaneamente o Sol, permitindo a possibilidade de colher dados até então invisíveis. Componho as imagens em um único mosaico, eles fornecem um quadro único do Sol e do ambiente que o circula.

Segundo explicou Müller, dos 10 instrumentos acoplados, seis são telescópios voltados especificamente para a estrela e quatro estão analisando o ambiente que circunda a sonda, que está exposta a temperaturas altíssimas e protegida por um escudo especial que consegue aguentar até 500° Celsius.

Essa proteção foi feita com um revestimento de pó negro a base de fosfato de cálcio, muito similar aos pigmentos usados há dezenas de milhares de anos nas pinturas rupestres.

Da Ansa

Os Estados Unidos vão lançar para Marte, em 30 de julho, seu veículo robótico mais sofisticado, chamado Perseverance, na tentativa de descobrir evidências de que há três bilhões e meio de anos micróbios viviam em seus rios.

A jornada interplanetária durará mais de seis meses e, se o robô aterrissar sem danos, iniciará uma exploração científica de vários anos para coletar e condicionar várias dezenas de amostras de rochas que serão recuperadas por um futuro robô e trazidas de volta para a Terra em 2031.

Perseverance assume a tarefa dos quatro veículos robóticos anteriores, todos americanos. Desde o final dos anos 1990, com a ajuda de satélites e de robôs fixos, essas máquinas transformaram nosso conhecimento de Marte, provando que o Planeta Vermelho nem sempre foi como hoje, seco e frio.

Marte já teve os ingredientes da vida: água, compostos orgânicos e um clima favorável. Nas amostras que o Perseverance coletará, os cientistas esperam encontrar fósseis de bactérias, ou outros micróbios, e confirmar que realmente houve vida em Marte.

A NASA trabalha em regime de home office há meses por causa da pandemia de COVID-19, mas o cronograma não saiu dos trilhos para esta missão de US$ 2,7 bilhões.

"Esta é uma das duas missões que protegemos para garantir seu lançamento em julho", disse o chefe da NASA, Jim Bridenstine.

Terra e Marte estão do mesmo lado do Sol a cada 26 meses, uma janela que não pode ser perdida.

Somente os americanos conseguiram pousar robôs intactos em Marte: quatro aterrissadores (fixos) e quatro veículos (Pathfinder, Spirit, Opportunity e Curiosity, o único ainda vivo).

Somente nos últimos 20 anos foi confirmado que o planeta possuía oceanos, rios e lagos. A presença de moléculas orgânicas complexas foi confirmada apenas pelo Curiosity - mas os dispositivos a bordo não puderam concluir sobre sua possível origem biológica.

Os primeiros aterrissadores americanos Viking 1 e 2 tentaram descobrir a vida em 1976, mas de maneira aleatória.

"Os experimentos de detecção de vida foram um fracasso total", disse à AFP Scott Hubbard, que lançou nos anos 2000 o atual programa de exploração marciana.

A NASA decidiu, portanto, prosseguir em etapas: estudo do solo, análise química e molecular das rochas e várias observações de satélite. Assim, geólogos e astrobiólogos gradualmente entenderam onde a água fluía e quais áreas podem ter sido propícias para a vida.

"Compreender onde Marte pode ter sido habitável no passado e quais pegadas da vida procuramos foram as etapas necessárias para enviar uma missão a este local cuidadosamente escolhido para coletar amostras", diz Scott Hubbard.

- Coleta de amostras -

Perseverance deve pousar em 18 de fevereiro de 2021 na cratera Jezero, onde um rio correu de 3 a 4 bilhões de anos atrás, depositando lama, areia e sedimentos "em um dos deltas mais bem preservados na superfície de Marte", segundo Katie Stack Morgan, da equipe científica.

Na Terra, micróbios de bilhões de anos foram encontrados fossilizados nas rochas de deltas semelhantes.

O veículo espacial tem três metros de comprimento, pesa uma tonelada, tem olhos (19 câmeras), orelhas (dois microfones) e um braço robótico de dois metros.

Os instrumentos mais importantes são dois lasers e um raio-X que, projetado em rochas, ajudará a analisar sua composição química e molecular e a identificar possíveis compostos orgânicos.

A bordo também está um mini-helicóptero experimental de 1,8 kg, o Ingenuity, que tentará o primeiro voo de um helicóptero em outro planeta.

Perseverance provavelmente não poderá dizer que uma rocha contém micróbios antigos. Para chegar ao fundo, será necessário cortar amostras em fatias ultrafinas usando dispositivos enormes, para talvez distinguir as formas microscópicas de organismos antigos.

"Para alcançar um consenso científico real de que a vida existiu em Marte, será necessário o retorno da amostra à Terra, independentemente do que observarmos", disse à AFP o vice-chefe do projeto científico, Ken Williford.

Ele ressalta que não se deve esperar encontrar antigas conchas fossilizadas: os cientistas acreditam que a vida, se existiu em Marte, não teve tempo para evoluir para formas complexas antes que o planeta secasse completamente.

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