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Alguns municípios de Pernambuco cancelaram as aulas presenciais neste início do ano letivo de 2022. A decisão é reflexo do aumento de casos de Covid-19, com a variante Ômicron, e de Influenza no Estado. Até o fechamento da matéria, as cidades de Carpina, Paulista e Ipojuca anunciaram que as aulas nas escolas municipais serão no fomato remoto, ou seja, online.

“Não adianta forçarmos uma situação agora e daqui a algumas semanas ver o agravamento dos casos e as unidades de saúde entrando em colapso e termos que parar tudo. A Educação já perdeu muito nos últimos anos, temos que agir com responsabilidade neste momento”, explicou o secretário de Educação de Ipojuca, por meio da assessoria, Francisco Amorim.

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Já a prefeitura do Paulista anunciou a medida através das redes sociais. "A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação e juntamente com o Conselho Municipal de Educação e com o Sindicato dos Professores, levou em consideração o aumento no número de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron, além da epidemia de Influenza. Diante da situação sanitária, o governo municipal decidiu adiar o retorno presencial", diz parte do texto da publicação.

A gestão municipal de Carpina também se manifestou pelas redes sociais e ressaltou a assinatura de um decreto, na última terça-feira (25), para falar sobre a decisão de cancelar as aulas presenciais. "Conforme o Decreto 05/2022, assinado nesta terça-feira (25), devido ao aumento de casos de COVID-19 em todo Estado de Pernambuco, as aulas presenciais das escolas no âmbito do Município do Carpina devem ser suspensas até o dia 14 de março de 2022, mantendo-se a modalidade de aulas on-line até o fim do período". 

No entanto, de acordo com a nota enviada ao LeiaJá pela Secretaria de Educação do Recife, as atividades presenciais na capital pernambucana estão mantidas e terão início no dia 4 de fevereiro. "A Secretaria de Educação informa que as aulas para os estudantes da rede municipal de ensino do Recife começam no dia 4 de fevereiro e, neste momento, será no formato presencial, respeitando o protocolo sanitário. A gestão municipal informa também que está observando o cenário pandêmico e, caso seja necessário, novas diretrizes para este início de ano letivo podem ser anunciadas".

A reportagem também entrou em contato com as prefeituras de Jaboatão do Guararapes e Olinda. Entretanto, recebemos apenas o retorno da primeira. De acordo com a assessoria a gestão de Jaboatão, uma reunião com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) será realizada nesta quinta-feira (27) e, após o encontro, será divulgado um direcionamento para o ano letivo no município.

A ocupação de leitos públicos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos com covid-19 está piorando com a rápida disseminação da variante Ômicron, avaliaram pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no boletim do Observatório Covid-19 divulgado nesta quarta-feira (26).

"Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos", diz o boletim, que pondera que pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a essas internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis.

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Os pesquisadores explicam que, mesmo com uma proporção menor de casos gerando internações em UTI, os números se tornam expressivos por causa da grande transmissibilidade da variante Ômicron, que é mais contagiosa.

O aumento no número de internações já levou 12 estados à zona de alerta intermediário, em que entre 60% e 80% dos leitos de UTI estão ocupados. Além disso, as internações chegaram à zona crítica, com ao menos 80% de leitos ocupados, em Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

O boletim informa que, entre as 25 capitais com taxas divulgadas, nove estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%).

"É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar", destaca o boletim.

O avanço da variante Ômicron já causa uma explosão de casos e internações no Brasil. Números do Observatório Covid Fiocruz atestam que em sete unidades da Federação a ocupação dos leitos de UTI Covid-19 ultrapassa 80%; o Distrito Federal chegou ontem à ocupação máxima. Além disso, o País registrou nesta terça-feira (25) o maior número de mortes desde novembro e a maior taxa de transmissão do vírus desde julho de 2020. Para especialistas, o momento é de preocupação e de reavaliar as medidas de prevenção e de restrição de aglomeração.

Sobre ocupação dos leitos de UTI destinados à Covid-19, os números da Fiocruz mostram que o porcentual está acima de 80% em Distrito Federal, Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Mato Grosso do Sul (80%), Pernambuco (81%), Piauí (82%) e Rio Grande do Norte (83%). Em São Paulo, é de 65% no Estado e de 71% na capital (dados de ontem). No Rio, a situação é um pouco mais preocupante: 62% no Estado, mas 96% na capital.

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"Não é a mesma situação que tivemos há um ano. Hoje, o número total de leitos é muito menor que em agosto. Além disso, tenho muita fé na vacina, não acredito que vamos reviver o que já vivemos, com pessoas chegando aos hospitais sem respirar, praticamente mortas", afirmou a pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Covid-19/Fiocruz. "Mas não dá para menosprezar que existe um crescimento e que seguimos vivendo como se não houvesse uma pandemia; as pessoas estão tratando isso como se fosse uma 'gripezinha' e não é. Precisamos de novas medidas."

SRAG

Além disso, o novo Boletim Infogripe Fiocruz mostra que 25 das 27 unidades da Federação apresentam tendência de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas seis semanas. Nas capitais, 23 das 27 apresentam igualmente sinal de crescimento. "Certamente estamos vivendo uma explosão de casos da Ômicron, e isso já era mais ou menos esperado pelo que acompanhamos no restante do mundo; a variante é dos vírus mais infecciosos de que se tem notícia", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Guimarães, pesquisador da UFMG. "Acho que o momento é de repensarmos algumas estratégias; não acho que seja necessário um lockdown, mas não é possível seguir com o processo de abertura."

Transmissão

O Imperial College de Londres, referência em análise da crise sanitária, apontou nesta terça-feira que a taxa de transmissão (Rt) no Brasil está se expandindo e já é a maior desde julho de 2020: 1,78. Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas infectam outras 178. Na semana passada, esse indicador estava em 1,35 - após os números ficarem quase um mês sem ser calculados, pelo apagão de informações no Ministério da Saúde. Somente quando esse índice fica abaixo de 1 pode-se dizer que a doença está arrefecendo; agora, está acelerando.

"É descontrole total", diz a integrante do Comitê de Combate ao Coronavírus da UFRJ e especialista em gestão em saúde Chrystina Barros. "Nosso modelo matemático baseado exclusivamente na taxa de transmissão indica lockdown, mas isso, por si só, não é suficiente. De qualquer forma, há outras medidas a serem implementadas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos, restrição do número de pessoas em locais fechados e também no transporte público. Não dá para cancelar o carnaval e manter o Maracanã com 50 mil pessoas."

Mortes e casos

O novo avanço da pandemia também é notado nos balanços dados diários do consórcio de veículos de imprensa, que inclui o Estadão. O Brasil registrou 489 novas mortes pela Covid-19 nesta terça-feira, maior número desde 12 de novembro. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 332, mantendo tendência de crescimento pelo 14.° dia consecutivo. O número de novas infecções foi de 199.126, o terceiro maior número da pandemia. A média móvel de testes positivos atingiu um novo pico e está em 159.789.

Risco futuro

Segundo especialistas, a situação atual só não é mais grave por dois motivos. Um é que a Ômicron é aparentemente menos virulenta que suas antecessoras. Outro - sobretudo - é porque o vírus agora se espalha em uma população já amplamente vacinada. Por isso, o número de casos graves e mortes não cresceu na mesma proporção que o número de novas infecções. O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a Covid-19 no Brasil chegou nesta terça-feira, a 163.389.955, o equivalente a 76,06% da população total, segundo o consórcio de veículos de imprensa - e 148,5 milhões receberam a segunda dose ou um imunizante de aplicação única, o que corresponde a 69,15%.

Mas, se a disseminação do vírus se mantiver nessa velocidade, pode haver sobrecarga nos sistemas de saúde. Há também o risco do surgimento de uma nova variante.

"A Ômicron prevalece nas vias aéreas superiores, não desce muito para os pulmões. Além disso, a variante é mais suscetível ao interferon, que é uma molécula produzida pelo organismo que ajuda no combate ao vírus. Por isso, ela não causa tantos casos graves e mortes", explica Flávio Guimarães. "Mas, se não limitarmos a circulação do vírus, os casos graves e as mortes vão aparecer: é uma questão matemática. E se o vírus continuar se multiplicando de forma descontrolada, novas variantes podem surgir."

DF: 90% de internados não completaram vacinação

A taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de Covid-19 chegou a 100% no Distrito Federal. Segundo a Secretaria de Saúde local, 90% dos internados são pessoas que não se vacinaram ou que estão com o ciclo vacinal incompleto.

Às 9h40, não havia leitos disponíveis para adultos na rede pública, segundo o painel oficial. Anteontem, a taxa de ocupação durante todo o dia permaneceu acima dos 90%.

No momento, o DF tem 83 leitos de UTI para o tratamento de pacientes com Covid, mas 25 estão bloqueados por falta de equipe médica disponível para atendimento. As duas unidades que estavam vagas foram ocupadas. Ao todo, dez pacientes aguardavam na lista de espera para tratamento. Na rede privada, dos 123 leitos exclusivos para pacientes com Covid, 72 estavam ocupados na manhã desta terça (60%).

O governo do DF montou um plano de ação para expandir a rede de leitos, que prevê a expansão dos 83 leitos atuais na rede pública para até 217, conforme a necessidade de atendimento, contratando leitos. "Estamos ingressando, todos os dias, com algo em torno de dez leitos, vamos dar conta de segurar toda a saúde", disse o governador Ibaneis Rocha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pfizer e BioNTech iniciaram o recrutamento para os testes clínicos sobre a segurança e a resposta imune de sua vacina anticovid específica para a variante Ômicron em adultos de até 55 anos, informa um comunicado divulgado nesta terça-feira.

Albert Bourla, CEO de Pfizer, já havia declarado que o grupo farmacêutico poderia estar preparado para solicitar a aprovação regulatória da vacina em março.

A diretora de pesquisa de vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, afirmou que embora os dados atuais mostrem que os reforços da vacina original protegem contra formas graves de ômicron, o laboratório prefere atuar com cautela.

"Reconhecemos a necessidade de estar preparados caso a proteção diminua com o tempo ajudar potencialmente a abordar a ômicron e novas variantes no futuro", disse.

Ugur Sahin, diretor executivo do laboratório alemão BioNTech, afirmou que a proteção da vacina original contra a covid leve e moderada pareceu diminuir de maneira mais rápida no caso da ômicron.

"O estudo é parte de nossa abordagem científica para desenvolver uma vacina baseada em variantes que alcance um nível similar de proteção contra a ômicron como o registrado contra as variantes anteriores, mas com uma duração maior da proteção".

O teste terá a participação 1.420 pessoas com idades entre 18 e 55 anos.

Os voluntários são divididos em três grupos.

O primeiro envolve pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech entre 90 e 180 dias antes da inscrição e que receberão uma ou duas doses da vacina contra a ômicron.

O segundo inclui pessoas que receberam três doses da vacina atual entre 90 e 180 dias antes do estudo e receberão outra dose da vacina original ou uma vacina específica contra a ômicron.

O último grupo inclui pessoas que nunca foram vacinadas contra a covid e que receberão três doses da vacina específica contra a ômicron.

A vacina anticovid da Pfizer-BioNTech foi a primeira autorizada nos países ocidentais, em dezembro de 2020.

Pos ser baseada na tecnologia de RNA mensageiro é relativamente fácil de atualizar para refletir o código genético das novas variantes.

Vários países começaram a sair da última onda de contágio provocada pela ômicron, a cepa mais transmissível registrada até o momento, embora os casos globais continuem em alta.

O coronavírus provocou 5,6 milhões de mortes no mundo desde que a detecção da covid-19 em dezembro de 2019 na China.

O número de pacientes com Covid-19 internados em leitos de terapia intensiva (UTI) da rede municipal de saúde aumentou quase 600% em um mês em São Paulo. Segundo o boletim epidemiológico da capital, havia 363 pacientes em UTI nesta segunda-feira (24). Na mesma data do mês passado, o quantitativo era de 52.

Na semana passada, o número de internações em UTI Covid foi de 325. Isso significa que houve um aumento de pouco mais de 11% nos últimos sete dias.

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Desde o dia 17 de janeiro, o número de pacientes em leitos de terapia intensiva não fica abaixo de 320. Entre 24 de dezembro e 11 de janeiro, o número estava na casa das dezenas.

Atualmente, a taxa de ocupação das UTIs está em 72%. Esse porcentual, no entanto, também é influenciado pela quantidade de leitos abertos na cidade, que variou ao longo desses trinta dias.

Na segunda, 458 pacientes diagnosticados com Covid ocupavam leitos de enfermaria. Há um mês, esse número era de 126. Ou seja, um aumento de 263%.

O médico Gonzalo Vecina atribui o aumento das internações à transmissibilidade da variante Ômicron - que fez o número de casos de Covid explodir ao longo das últimas semanas. Além disso, a uma maior "permissividade" da população, principalmente dos mais jovens, que tem deixado cuidados não farmacológicos, como o uso de máscara e o exercício do distanciamento social, de lado.

"Mas isso não vai durar como foi com a (variante) Gama", avalia. Ele fala isso ao lembrar da expansão da Ômicron na África do Sul e na Europa.

Para ele, a "situação seria muito pior" sem o avanço da vacinação contra a Covid no País. O sanitarista avalia que boa parte das internações em terapia intensiva são de pessoas não vacinadas ou daquelas que não buscaram pela dose de reforço.

A variante Ômicron do novo coronavírus deu lugar a uma nova fase da pandemia de covid-19 na Europa e poderá acelerar o seu fim, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa. Segundo ele, a variante ainda poderá infectar 60% dos europeus antes de março.

"É plausível que a região esteja se aproximando do fim da pandemia", disse Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa, à AFP, embora ele tenha pedido cautela dada a versatilidade do vírus.

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"Assim que a onda Ômicron diminuir, haverá uma imunidade global por algumas semanas e meses, seja por causa da vacina ou porque as pessoas terão sido imunizadas pela infecção, e também uma queda por causa da sazonalidade", disse ele. A OMS espera "um período de calma antes do possível retorno da covid-19 no final do ano, mas não necessariamente o retorno da pandemia".

Na África do Sul, onde a variante Ômicron foi detectada pela primeira vez, novos casos vêm diminuindo nas últimas quatro semanas.

Em uma linha semelhante, o conselheiro da Casa Branca para pandemias nos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse neste domingo, 23, que poderia haver uma reviravolta na situação dos Estados Unidos. Fauci afirmou que a atual onda de Ômicron estava atingindo o pico nacional nos Estados Unidos e que os casos de coronavírus poderiam cair para níveis gerenciáveis ??nos próximos meses.

"O que esperamos é que, à medida que chegarmos nas próximas semanas ou meses, veremos em todo o país o nível de infecção aumentar abaixo do que chamo de área de controle", disse Fauci durante uma entrevista à rede americana ABC.

Isso não significa erradicar o vírus, segundo ele, já que as infecções continuarão. "Elas estão lá, mas não perturbarão a sociedade. Esse é o melhor cenário."

Sem era endêmica

Entretanto, a Europa não está em uma "era endêmica", o que permitiria que o vírus fosse equiparado à gripe sazonal, ressaltou o chefe da OMS. "Endêmico significa que podemos prever o que vai acontecer. Este vírus tem sido uma surpresa mais de uma vez. Portanto, temos que ser cautelosos", insistiu Kluge.

Não apenas a variante Delta ainda está circulando, mas novas variantes poderiam surgir. "Seremos muito mais resistentes, mesmo a novas variantes", disse Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno, à emissora francesa LCI, no domingo.

"Estaremos prontos para adaptar vacinas se necessário, em particular aquelas que utilizam RNA mensageiro, para adaptá-las para lidar com uma variante virulenta", disse ele.

Na região europeia da OMS, que inclui 53 países, alguns dos quais na Ásia Central, a organização estima que 60% das pessoas poderiam ser infectadas pela Ômicron até 1 de março.

Nos 27 estados membros da União Europeia, assim como na Islândia, Liechtenstein e Noruega, esta variante é agora dominante, de acordo com a agência de saúde europeia. A Ômicron apareceu no final de novembro e é mais contagiosa que a Delta, mas menos virulenta, especialmente entre os vacinados,

Com um aumento exponencial das infecções, o diretor do escritório europeu da OMS insistiu na necessidade de mudar as políticas públicas para "minimizar as perturbações e proteger as pessoas vulneráveis". O objetivo agora, de acordo com Kluge, é estabilizar a situação sanitária.

"Estabilizar significa que o sistema de saúde não está mais sobrecarregado pela covid-19 e pode continuar a fornecer serviços de saúde essenciais, que infelizmente foram gravemente perturbados, tais como câncer, doenças cardiovasculares e imunização", enfatizou ele. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A cidade de Pequim anunciou, neste domingo (23), que testará hoje todos os habitantes de um bairro, após a descoberta de um foco de covid-19, menos de duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno na capital chinesa.

A cidade relatou o primeiro caso da variante altamente contagiosa ômicron no último fim de semana em uma pessoa que recebeu uma carta do Canadá, que as autoridades disseram ter vestígios do vírus.

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No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera baixo o risco de infecção por superfícies contaminadas.

Um segundo surto está ligado à cepa delta do coronavírus. O bairro afetado é o de Fengtai, localizado ao sul de Pequim.

Como medida preventiva, os cerca de dois milhões de habitantes do distrito vão ser testados neste domingo, indicou a prefeitura, que proíbe a saída de pessoas em risco de Pequim.

"Devemos fazer todos os esforços para conter a propagação (do vírus) o mais rapidamente possível, tomando medidas firmes, rigorosas e decisivas", justificou perante a imprensa um responsável, Xu Hejian.

Desde o último fim de semana, cerca de quarenta casos de covid foram identificados em Pequim, a maioria da cepa delta.

- Desconfinamento em Xi'an -

As autoridades aplicam desde o início da pandemia uma estratégia de "covid zero", com restrições aos deslocamentos e confinamentos direcionados, de forma a limitar ao máximo o aparecimento de novos casos.

No entanto, rebotes esporádicos têm ocorrido regularmente nos últimos meses e o país está dobrando sua vigilância com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim (4 a 20 de fevereiro).

O distrito de Fengtai está localizado a cerca de 20 km do local que sediará os eventos olímpicos de esqui freestyle e snowboard.

Fengtai é o bairro onde está localizado o mercado de Xinfadi, que em 2020 havia sido o epicentro de um foco epidêmico anterior.

Traços de vírus em uma tábua de corte de salmão importado foram descobertos neste mercado.

Desde então, a China tem sido particularmente meticulosa com a cadeia de frio, temendo a contaminação com covid-19 por meio de produtos vindos do exterior.

A hipótese de alimentos congelados por trás do surgimento da epidemia no país foi, porém, derrubada pela OMS.

Por sua vez, a cerca de mil quilômetros de Pequim, a cidade de Xi'an (norte) deve suspender seu confinamento na terça-feira, segundo anunciaram no sábado as autoridades locais.

A metrópole foi, no final de dezembro, epicentro da epidemia na China.

Por esta razão, Pequim havia imposto a seus 13 milhões de habitantes as medidas de quarentena mais rígidas desde Wuhan (centro), a primeira cidade do mundo a ser confinada há exatamente dois anos no início da pandemia.

 Um relatório desenvolvido pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz-PE) confirma a prevalência da variante Ômicron em Pernambuco. De acordo com os dados, divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) nesta sexta (21), dos 158 genomas analisados, 145 (91,8%) foram identificados como linhagem Ômicron, enquanto outras 13 amostras (8,2%) foram associadas à linhagem Delta.

Os casos de Delta foram registrados em munícipes das cidades de Araripina (1), Cabrobó (4), Recife (6), Petrolina (1) e Serra Talhada (1). Já os resultados de Ômicron foram oriundos de coletas em pacientes de Recife (94), Fernando de Noronha (45), Paulista (2), Carnaubeira da Penha (1), Sertânia (1), Garanhuns (1) e Jaboatão dos Guararapes (1).

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As amostras analisadas foram coletadas entre os dias 28/12/2021 e 13/01/2022. O último levantamento, divulgado no dia 14 de janeiro, indicava que 68% dos genomas observados eram de linhagem Ômicron.

"Por meio de nossa parceria com a Fiocruz-PE temos ampliado constantemente e agilizado o sequenciamento genético no Estado. Ontem anunciamos que, segundo análise da Opas/OMS, Pernambuco é o segundo Estado do país que mais realizou sequenciamentos genéticos, detectando a presença da variante Ômicron. Isso não significa que o Estado tenha mais casos, mas que conseguiu detectar mais, a partir de parceria firmada com o Instituto Aggeu Magalhães, responsável por esse trabalho", comenta o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Longo destaca ainda que o cenário de prevalência da Ômicron reforça a importância da vacinação. "A variante Ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior às outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo as pessoas que já estão vacinadas. No entanto, não podemos esquecer que mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior. O fato de não estar vacinado, ou só parcialmente vacinado, pode significar hospitalização e morte. Portanto, uma nova onda da Covid-19 terá seu tamanho e gravidade diretamente proporcional à cobertura vacinal completa que tivermos. Por isso, precisamos vacinar o maior quantitativo possível de pessoas, e rápido. Além disso, também é fundamental o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados para minimizar a aceleração viral e evitar ainda mais pressão sobre a rede de saúde", afirma Longo.

Ao que parece, não vai ser desta vez que o Carnaval alegrará o mês de fevereiro! De acordo com fontes ouvidas pelo Leo Dias, o espetáculo no Anhembi, em São Paulo, será adiado para abril por conta do avanço dos casos de Covid-19 e a preocupação com a variante Ômicron.

Ainda segundo o colunista, a data não foi definida, mas há certa pressão para que os desfiles sejam remarcados e o anúncio oficial será feito nos próximos dias. Tem mais: Os gestores das escolas estariam super preocupados com o adiamento com medo de que as fantasias já confeccionadas não resistam ao período de armazenamento.

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Isso porque, por conta do acabamento com cola e itens frágeis, as peças podem ficar danificadas se ficam guardadas por muito tempo, não resistindo a um prazo superior a três meses. Sendo assim, se o evento for realmente confirmado em abril, todo o material ficaria acondicionado nos barracões por apenas mais 40 dias.

Em mais uma declaração negacionista na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira, 19, que a melhor vacina que pode haver contra a covid-19 é a própria contaminação. "Para que eu vou tomar vacina se já peguei covid?", respondeu o presidente, ao ser questionado se mantém a decisão de não se imunizar contra o coronavírus.

"A liberdade acima de tudo. Ela é mais valiosa que a nossa própria vida. Isso que nós sempre defendemos: liberdade. Quem quer tomar vacina, toma; quem não quiser, não toma", afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan.

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O presidente voltou a dizer que não é contra as vacinas porque o governo federal comprou os imunizantes. O Executivo, contudo, demorou para fechar o contrato com a farmacêutica Pfizer, e o próprio Bolsonaro colocou em dúvida a eficácia do primeiro imunizante contra o coronavírus usado no País, a Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, do governo de São Paulo.

Depois de sugerir que a variante Ômicron é "bem-vinda", Bolsonaro voltou ao assunto hoje e disse que os efeitos da cepa são "bastante atenuados" e que ela poderia sinalizar o fim da pandemia.

Dados apontam que a nova cepa do coronavírus tem causado menos mortes do que em outras ondas da crise sanitária, diante do cenário de vacinação mais alta, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que ainda é cedo para tratar a covid como uma doença endêmica. No Brasil, a Ômicron tem gerado uma explosão de casos de covid-19 e um aumento da busca por testes.

A Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19), que a variante ômicron, que já é predominante no Estado, em breve deverá ser responsável por toda a circulação viral da Covid-19 e já está impactando no aumento das positividade dos casos leves em Pernambuco. 

A SES-PE detalha que, na última terça-feira (18), de cada 100 testes realizados no Estado, 35 positivaram para a Covid-19. Já a positividade geral no Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), que era de 2,8% na penúltima semana do ano de 2021, está agora em 19%.

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O secretário estadual de Saúde, André Longo, reforça que a Ômicron tem uma capacidade de transmissão muito superior a das outras variantes, conseguindo contaminar de forma recorrente até mesmo os mais vacinados. 

"Mas mesmo que a vacina não nos deixe livre da infecção, a doença nos não vacinados tem um impacto muito pior. De acordo com dados do CDC [Center for Disease Control and Prevention], o não vacinado tem o risco 17 vezes maior de ser hospitalizado e 20 vezes maior de morrer. Em vacinados os sintomas são leves, muito parecidos com os de uma gripe, com muita coriza e dor na garganta", detalha Longo. 

O fato de não estar vacinado ou parcialmente vacinado pode resultar em hospitalização e morte. A SES-PE reforça que uma nova onda da Covid-19 terá seu tamanho e gravidade diretamente proporcional à cobertura vacinal que o país estiver.

A ômicron ainda pode trazer um risco adicional às atividades econômicas e sociais. No mundo todo, essa variante tem impactado na aviação comercial, no sistema bancário, na construção civil, nos serviços públicos e em especial nas escalas do serviço de saúde. 

O Governo de Pernambuco confirma que, para auxiliar no tratamento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), abriu 667 leitos nos últimos 27 dias.

“A fila de espera por leitos já teve 200 pacientes no começo do mês. Hoje, praticamente não tem nenhum doente [na espera]”, assegura André Longo. Ele reforça que atualmente existe mais oferta de vagas de leitos do que solicitações. 

Mesmo assim, o governo se comprometeu em abrir novos 440 leitos para tratar os casos de SRAG no Estado, o que pode preparar a rede estadual de saúde para enfrentar a variante ômicron. 

Vacina

“A vacina e o cuidado são os principais aliados para a proteção da vida. Não estar em dia com todas as doses é o mesmo que estar desprotegido. Por isso, precisamos vacinar o maior quantitativo possível de pessoas na vacinação completa e rápida”, assevera o secretário de Saúde.

Longo aproveitou para pedir que os pais não deixem de vacinar os seus filhos, principalmente aquelas crianças de 5 a 11 anos que já podem ser imunizadas. “Não exitem. Além de ser fundamental para reduzir a transmissão da Covid-19, a imunização das crianças é crucial para protegê-las frente a chegada da ômicron. Como é bem mas transmissível, a variante faz das crianças ainda não vacinadas um grupo com maior risco de infecção”, pontua.

Os Estados Unidos parecem começar a sair da onda de coronavírus causada pela variante Ômicron, revelaram os dados desta quarta-feira (19).

No entanto, o número de casos continua sendo muito mais alto do que durante qualquer onda de casos anterior e as hospitalizações por covid estão em seu ponto máximo.

O gráfico de picos pronunciados (aumento e queda rápidos) poderia seguir o mesmo padrão observado em outros países afetados por esta cepa, como África do Sul, Reino Unido e França.

Uma média de sete dias de novos casos diários alcançou um recorde de cerca de 795.000 em 13 de janeiro, de acordo com o monitoramento realizado pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC).

Apesar de os números durante o fim de semana e dos feriados, como na segunda-feira 17 de janeiro, mostrarem uma menor taxa de registros de casos e precisarem ser interpretados com cautela, os números já vinham caindo na sexta-feira.

As quedas foram mais pronunciadas nos estados atingidos primeiro pela onda da ômicron, particularmente no nordeste, como Nova York, Nova Jersey e Maryland. Por outro lado, os casos continuavam aumentando aceleradamente nas áreas do oeste, incluindo Novo México, Arizona e Utah.

Embora na maioria dos casos a Ômicron se mostre mais leve que a delta - variante anteriormente dominante -, as hospitalizações se mantêm em um máximo de pouco menos de 160 mil pacientes, em parte devido à grande quantidade de pessoas afetadas e também devido a infecções coincidentes.

Quanto ao rumo que a pandemia vai tomar, muitos especialistas, entre eles a máxima autoridade de doenças infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, têm a esperança de que o vírus possa continuar evoluindo para um patógeno mais comum, mas menos grave.

A nova pílula da Pfizer, Paxlovid, foi eficaz contra a variante Ômicron em testes de laboratório, de acordo com um comunicado da farmacêutica divulgado nessa quinta-feira (18). O laboratório disse que o principal componente do medicamento, o nirmatrelvir, funcionou em três estudos in vitro (fora do organismo vivo) e deu detalhes do processo. Os pacientes tomaram dois comprimidos de nirmatrelvir com um comprimido de outro antiviral chamado ritonavir duas vezes ao dia durante cinco dias. 

“Esses dados sugerem que nossa terapia oral Covid-19 pode ser uma ferramenta importante e eficaz em nossa batalha contínua contra esse vírus devastador e as variantes atuais de preocupação, incluindo o Omicron altamente transmissível”, disse Mikael Dolsten, diretor científico da Pfizer. 

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Segundo a Pfizer, os estudos mostraram que o Paxlovid reduziu o risco de hospitalização ou morte em quase 90% em comparação com placebo para pacientes de alto risco quando tratados dentro de cinco dias do início dos sintomas. 

No primeiro desses estudos in vitro conduzidos pela biofarmacêutica, o nirmatrelvir foi testado contra a Mpro – uma enzima que o coronavírus precisa replicar – de várias variantes preocupantes do SARS-CoV-2 (VoCs), incluindo a Ômicron, em um ensaio bioquímico. Os resultados mostraram em todos os casos que o nirmatrelvir foi um potente inibidor do seu alvo. 

No segundo estudo in vitro, o nirmatrelvir foi testado contra vários VoCs SARS-CoV-2, incluindo Omicron, em um ensaio antiviral baseado em células. A redução da carga viral foi medida através da análise da reação em cadeia da polimerase (PCR), teste projetado para detectar o vírus. 

Um estudo adicional, conduzido pela Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai (Icahn Mount Sinai) em colaboração com a Pfizer, usou um ensaio baseado em imunofluorescência específico para SARS-CoV-2 para detectar o vírus de forma semelhante e medir a potência in vitro do nirmatrelvir, bem como algumas outras terapêuticas COVID-19 autorizadas. 

Neste ensaio, os tratamentos foram testados contra as variantes Alfa, Beta, Delta e Ômicron em duas linhagens celulares. Os resultados deste estudo foram submetidos ao servidor de pré-impressão online bioRxiv e serão submetidos a um periódico revisado por pares. 

A Food and Drug Administration no mês passado autorizou o uso de Paxlovid em pessoas com alto risco de Covid-19 grave. Autoridades de saúde, médicos e pacientes dizem que a pílula é uma adição valiosa no combate à Covid-19 porque, ao contrário de outras terapias disponíveis, às pessoas recém-infectadas podem facilmente tomá-la em casa para evitar serem hospitalizadas. 

O governo japonês aprovou, nesta quarta-feira (19), novas restrições sanitárias para grande parte do país, incluindo Tóquio, para conter um surto de coronavírus causado pela variante ômicron.

As restrições em 13 regiões, dirigidas, principalmente, para estabelecimentos noturnos, são bem menos rígidas do que um confinamento e ficarão em vigor desta sexta-feira (21) até meados de fevereiro.

A resolução do governo central permite que cada região decida quais medidas específicas adotar. A maioria das regiões pediu a bares e restaurantes que reduzam seu horário de funcionamento, ou suspendam a venda de bebidas alcoólicas.

O primeiro-ministro Fumio Kishida explicou que o governo procura estar "totalmente preparado" para a luta contra a mais recente onda de covid-19.

"Trabalharemos em estreita coordenação com os governos regionais", disse Kishida, ao anunciar as medidas em uma reunião do grupo de trabalho encarregado de combater o vírus.

"Com avaliações científicas de especialistas, a cooperação de profissionais médicos e, sobretudo, a cooperação da população japonesa, vamos superar essa situação", acrescentou.

A variante ômicron provocou um ressurgimento do coronavírus no Japão, com mais de 30.000 casos diários registrados pela primeira vez desde o início da pandemia.

O Japão foi menos atingido pelo coronavírus do que outros países, mas autoridades e especialistas temem que um aumento nas infecções pressione o sistema de saúde do país.

Três regiões japonesas já enfrentam restrições pelo vírus, após o aumento de casos associados a bases militares americanas. Mais de 78% da população japonesa está totalmente vacinada, mas apenas 1,2% recebeu uma dose de reforço.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou as empresas aéreas Azul e Gol a voarem com menos comissários de bordo nas aeronaves, reduzindo de quatro para três funcionários. A iniciativa, se adotada, impõe que as companhias diminuam também a capacidade de passageiros em cada avião, para até 150 assentos no caso de aviões com 186 vagas disponíveis, por exemplo. A solução, portanto, pode provocar a reacomodação de passageiros em outros voos.

Além das duas companhias aéreas, a Latam também fez pedido à Anac para reduzir o número de comissários. A medida é tomada no contexto de avanço da variante Ômicron da covid-19, que provocou o cancelamento de centenas de voos nos últimos dias. A contaminação tem afetado a disponibilidade da equipe de tripulantes, o que motivou a agência reguladora a permitir as reduções de comissários de bordo.

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A primeira autorização foi dada à Azul em portaria do dia 12 de janeiro, com validade até 13 de março. Na decisão, a Anac estabelece que a companhia deverá informar, a cada 15 dias, a relação de voos nos quais houve redução no número de comissários. A mesma determinação foi feita à Gol, que recebeu o aval do órgão em portaria do último dia 14, com validade até 14 de março. No caso da Gol, a autorização especifica que a diminuição pode ser usada nas aeronaves Boeing 737-800 e 737-MAX.

O regulamento da Anac define que, em aviões com capacidade de assentos de mais de 100 passageiros, são necessários dois comissários e um adicional para cada unidade, ou parte dela, de 50 assentos que exceda as 100 vagas. O mesmo texto estabelece que, nas aeronaves em que três ou mais comissários são exigidos, se um funcionário adoecer, o voo pode prosseguir desde que o número restante seja proporcional a um comissário para cada grupo - ou fração - de 50 passageiros, mais os comissários adicionais utilizados durante a demonstração de evacuação de emergência. "O que pode implicar na redução da quantidade de passageiros a bordo", afirma o regulamento.

Em nota, a Azul afirmou que somente fará uso da redução em casos de "extrema necessidade" para garantir o cumprimento de suas operações. "Com o aumento no número de dispensas médicas de Tripulantes por covid-19 e outros sintomas gripais, a medida da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se torna mais um instrumento de auxílio às operações aéreas. No entanto, a Azul destaca que somente fará uso desta autorização em casos de extrema necessidade para garantir o cumprimento de suas operações, sem prejuízo à segurança de voo, que é o principal e inegociável valor da companhia", disse a companhia.

A Gol afirmou que a iniciativa, considerada uma "medida preventiva", tem objetivo principal de evitar cancelamentos e não afetar clientes com voos programados nos próximos dias caso haja aumento de baixas médicas devido à covid-19. Segundo a companhia, a redução para três comissários também será feita apenas em casos de extrema necessidade para os voos que tiverem no máximo 150 passageiros. Com isso, afirmou que "nenhum cliente será afetado". "Até o momento, a Gol operou apenas um voo com três comissários em aeronave que viajou com 130 Clientes a bordo", afirmou.

"A Gol reforça que seguirá programando seus voos a serem realizados por aeronaves Boeing 737-800 e 737 MAX 8, com capacidade para 186 passageiros, para quatro comissários. A redução para três comissários será feita apenas em casos de extrema necessidade para os voos que tiverem no máximo 150 passageiros", disse em nota.

Já a Latam confirmou que protocolou o pedido junto à Anac e que aguarda a manifestação da agência.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou nessa segunda-feira (17) que os trabalhos da Casa ocorrerão de forma remota até o Carnaval. A medida foi adotada em razão do avanço da variante Ômicron do coronavírus no País.

Lira apontou ainda que a volta do trabalho remoto deve conferir eficiência à aplicação de recursos pela Câmara, dado que, segundo ele, "as tarifas aéreas estão altíssimas, e a flexibilidade nas remarcações só acontece quando é do interesse das companhias". As justificativas foram apresentadas pelo parlamentar em publicação nas redes sociais.

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Em fevereiro do ano passado, Lira gerou controvérsia ao promover uma festa com cerca de 300 pessoas em uma casa no Lago Sul, área nobre de Brasília. Poucos convidados usavam máscaras, como mostram fotos daquela ocasião. Entre os presentes, estavam ministros do governo de Jair Bolsonaro, como Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Fábio Faria, das Comunicações. Também esteve no local o então senador Ciro Nogueira, que mais à frente chefiaria a Casa Civil. O evento foi para comemorar a vitória de Lira nas eleições para presidente da Casa.

A Câmara já havia adotado modelo de trabalho virtual devido à pandemia de Covid-19. As sessões presenciais ficaram suspensas na Casa entre março de 2020 e outubro de 2021. No ano passado, foi empregado um sistema híbrido, isto é, o comparecimento ao Plenário ficou a critério de cada parlamentar. Desta vez, ainda não foram detalhadas as restrições que serão implementadas até março. Um novo ato da Mesa Diretora deverá regulamentar a medida. O Senado, por sua vez, ainda não anunciou medidas motivadas pela variante.

A pouco mais de três semanas do início das olimpíadas de inverno em Pequim, na China, o primeiro caso local da variante Ômicron foi confirmado neste sábado (15). Isso pode afetar a ideia de “Covid zero” do governo chines no período pré-jogos.

O caso foi confirmado no município de Haidian. A prefeitura local agora vai testar todas as pessoas do condomínio da pessoa infectada e também no local de trabalho. Segundo a agência Ansa, 17 locais ligados ao caso foram isolados. 

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A China tem pedido aos seus cidadãos que não façam viagem sem motivos, principalmente no período do ano novo chinês, celebrado em fevereiro. As olimpíadas de inverno começam no dia 4 de fevereiro. Torcedores estrangeiros estão proibidos de assistir aos jogos.

As autoridades de Zhuhai, cidade do sul da China na fronteira com Macau, suspenderam as linhas de ônibus e pediram aos moradores que não deixem a localidade, após a detecção de sete casos da contagiosa variante ômicron.

As autoridades desta cidade costeira anunciaram, na sexta-feira à noite (14), que detectaram uma pessoa com sintomas leves de covid-19, e outras seis assintomáticas, durante uma triagem em massa na população. A medida foi adotada depois do surgimento de um caso de coronavírus em um município vizinho.

A poucas semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, a China se encontra em alerta, devido a uma série de focos de coronavírus - alguns deles ligados à ômicron.

Milhões de moradores de várias cidades foram confinados em suas casas, vários voos domésticos foram cancelados, e algumas fábricas fecharam.

As autoridades de Zhuhai pediram aos seus 2,4 milhões de habitantes que não deixem a cidade, "a menos que seja necessário". Aqueles que precisarem se deslocar, deverão apresentar um teste negativo para covid-19 feito nas últimas 24 horas.

Também foi decretada a suspensão das linhas de ônibus em alguns pontos da cidade. E, desde quinta-feira (13), salões de beleza, academias e cinemas estão fechados.

A taxa de infecção na China é muito baixa, em comparação com a maioria dos países do mundo, mas suas autoridades seguem uma estratégia para erradicar o vírus, com medidas estritas e precoces diante do menor surto de coronavírus.

Nas últimas 24 horas, foram detectados 104 novos casos locais de contágio na China.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou, nesta sexta-feira (14), um relatório de circulação de linhagens de SARS-CoV-2 elaborado pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM/FIOCRUZ-PE), que aponta prevalência da  variante Ômicron em Pernambuco. Em amostras analisadas entre os dias 26/11/2021 e 04/01/2022 foi comprovado que, dos 183 genomas, 124 (68%) foram identificados como linhagem Ômicron e 59 amostras (32%) foram identificados como linhagem Delta. 

Os casos de Ômicron foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes de cinco cidades: Recife (59), Ipojuca (1), Caruaru (1), Salgueiro (2), além da Ilha de Fernando de Noronha (61). Já as amostras analisadas identificadas com a variante Delta são de pacientes provenientes das cidades do Recife (31), Belém do São Francisco (3), Olinda (1), Salgueiro (3), Mirandiba (1), Jaboatão dos Guararapes (1), Serra Talhada (4), Caruaru (3), Goiana (1), Cabo de Santo Agostinho (4), João Alfredo (1), Serrita (1), Timbaúba (1), Feira Nova (1), Araripina (1), Frei Miguelinho (1), Santa Cruz do Capibaribe (1).

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“A predominância da variante Ômicron nos traz uma preocupação adicional já que sua velocidade de transmissão é muito superior às outras variantes. Isso só reforça a importância da vacinação. A doença nos não vacinadas tem um impacto muito maior, podendo significar hospitalização e morte. Além disso, a ômicron ainda traz um risco adicional para as atividades econômicas e sociais”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo. “Contra a ômicron, não estar em dia com todas as doses é o mesmo de estar desprotegido. Também é fundamental o respeito aos protocolos e o reforço nos cuidados para minimizar a aceleração viral e evitar ainda mais pressão sobre a rede de saúde”, completou.

Com informações da assessoria.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a afirmar que o governo não vê a necessidade de estabelecer novas medidas restritivas ao setores de comércio e de serviços no Estado. Mesmo com o aumento no número de casos de Covid-19, alavancados pela variante Ômicron, Doria disse que "até o presente momento estamos numa situação sob controle".

Durante entrevista no Hospital das Clínicas, Doria pontuou que todas as decisões relativas ao combate à pandemia no Estado são amparadas no comitê científico.

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Ele reforçou que o governo recomenda apenas que comércios aumentem a fiscalização dos protocolos de segurança, além de reforçar a obrigatoriedade do uso de máscaras.

Contudo, o tucano ressaltou que qualquer nova decisão sobre o tema será informada na próxima quarta-feira, "ou extraordinariamente se houver necessidade".

Na quarta-feira (12), o governo de São Paulo recomendou que municípios do Estado reduzam em 30% a capacidade de público para grandes eventos, como shows, festas e atividades esportivas.

A sugestão ocorre após a alta de 58% no número de pessoas internadas em UTI por síndromes respiratórias nas duas últimas semanas.

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