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O Sindicato Nacional dos Aeronautas anunciou nesta sexta-feira (23) que irá suspender a greve de pilotos e comissários de bordo durante o fim de semana de Natal. De acordo com a entidade, a interrupção será para que a categoria vote de forma virtual a nova proposta apresentada pelas empresas até às 12h30 do domingo, e os integrantes do sindicato possam ter tempo para se informar e fazer uma escolha consciente.

A proposta mantém os valores de reajuste apresentado anteriormente pelas empresas, de reposição integral da inflação medida pelo INPC e mais 1% de ganho real, e acrescenta duas cláusulas sociais: a possibilidade de alteração dos horários de folga dos tripulantes mediante uma indenização e também a possibilidade do início das férias contar a partir de um dia de final de semana. Também serão renovados os termos da convenção coletiva da categoria.

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Parte dos tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde segunda-feira, sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso. Por conta da greve, a orientação dos aeroportos é que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para confirmar o status dos voos.

Demandas

A nova proposta recusada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 1%, além de outras demandas relacionadas a folgas e tempo de descanso. Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas. O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.

O SNA aponta que decidiu pela greve "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas". A categoria também reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo".

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) alega que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (23), o SNEA destaca que a mais recente proposta do TST é a terceira proposta negada pelos tripulantes, sendo que a primeira foi apresentada pelo SNEA ainda no âmbito da negociação sindical.

O sindicato patronal das companhias aéreas ainda enfatiza que realiza negociações com o SNA desde outubro, "para preservar os direitos dos tripulantes, estendendo a validade da CCT vigente até o fim das negociações, e garantir as viagens aéreas dos passageiros", e que acatou a primeira proposta de mediação elaborada pelo TST, apresentada no último fim de semana, que também foi rejeitada pelo SNA.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recusou a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e anunciou, na madrugada desta sexta-feira (23), que parte dos pilotos e comissários seguirão de braços cruzados. Da categoria, 59,25% votaram contra a proposta e 40,02% foram favoráveis.

A proposta apresentada pelo TST contemplava, entre outras coisas, a renovação da convenção coletiva na sua íntegra, reajuste de 100% do índice inflacionário dos últimos doze meses - ou seja, 5,97% nos salários fixos e variáveis, mais o acréscimo de 1% de aumento real.

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A greve dos aeronautas (pilotos e comissários) seguirá para o seu quinta dia, portanto. O serviço fica paralisado, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas (São Paulo, capital), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro, capital), Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas, SP), Porto Alegre (RS), Confins (Belo Horizonte, MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).

Em nota à imprensa, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) "considera que o movimento foi positivo nesses quatro dias de greve, dentro dos limites determinados pela Justiça, e que é preciso deixar claro que os aeronautas estão desde o final de setembro negociando e que todas as propostas enviadas pelo sindicato patronal não eram condizentes com a pauta de reivindicações da categoria, por isso foram rejeitadas".

O presidente do SNA, Henrique Hacklaender, destacou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso. "Óbvio que se falava em recomposição salarial e ganho real, mas era mais do que isso. As empresas se negaram nesses mais de dois meses e meio a atender qualquer tipo de solicitação que visasse ao descanso, a folga e o repouso dos tripulantes. O respeito que, sim, é muito necessário para qualquer trabalhador do País. É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação. Por isso, vamos, sim, fazer uma paralisação", disse.

A categoria reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo". O sindicato ressaltou que nenhum voo será cancelado, mas que haverá atrasos. Os voos terão de ser reagendados pelas companhias aéreas.

A greve dos pilotos e comissários chega ao quarto dia com paralisações que impactam voos em seis aeroportos do País na manhã desta quinta-feira (22). Os tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde segunda-feira (19), sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso.

Por volta das 8h, os painéis de voos disponíveis nos sites dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Brasília (1 voo), Fortaleza (2 voos), Confins (Belo Horizonte; 1 voo), Guarulhos (São Paulo; 1 voo), Viracopos (Campinas-SP; 2 voos) e Porto Alegre (1 voo), além de voos cancelados em Viracopos (1 voo) e Porto Alegre (1 voo).

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O Rio-Galeão, onde também estava prevista paralisação dos tripulantes, não registrava atrasos ou cancelamentos. O painel de voos do site da Infraero, que administra os Aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, estava fora do ar.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a greve continua enquanto os tripulantes esperam uma proposta das companhias aéreas que atenda suas demandas. No último fim de semana, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) aceitou a proposta, mas o SNA, que pede aumento real de 5%, a rejeitou, optando pela greve.

Os tripulantes apontam que o movimento ocorre "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas". Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas. O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.

Em nota divulgada na última terça-feira (20) o SNEA afirma que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.

"O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada", conclui a nota.

Quando um voo atrasa ou é cancelado, gera dor de cabeça e aborrecimentos para os passageiros, que muitas vezes ficam sem saber o que fazer nesses casos. Nesta semana, véspera das festas de Natal e ano-novo, quando o volume de voos e de passageiros nos aeroportos é maior, uma greve dos aeronautas complica ainda mais o períodos de viagens, com impacto no horário de decolagem ou de chegada dos aviões.  

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) orienta os passageiros quanto aos direitos e deveres no caso de atrasos e cancelamentos por motivos diversos, seja greve ou adversidade climática, entre outros. Sergundo a Anac, para minimizar o desconforto dos passageiros que aguardam voo, as empresas aéreas devem:

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manter o passageiro informado a cada 30 minutos quanto à previsão de partida dos aviões atrasados;

informar imediatamente a ocorrência do atraso, do cancelamento e da interrupção do serviço;

oferecer gratuitamente, de acordo com o tempo de espera, assistência material;

oferecer reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte, cabendo a escolha ao passageiro, quando houver atraso de voo superior a quatro horas ou cancelamento. 

Preterição de embarque

De acordo com a Anac, a preterição ocorre quando a empresa aérea precisa negar embarque a passageiros que compareceram para viajar, cumprindo todos os seus requisitos de embarque. Isso pode acontecer em algumas situações, como a necessidade da empresa de trocar a aeronave prevista por outra com menor número de assentos; pela necessidade de a aeronave precisar voar mais leve por motivo de segurança operacional; ou quando houve venda de passagens acima da capacidade da aeronave, o chamado overbooking. .

Nesses casos, a empresa deverá procurar por passageiros voluntários que aceitem embarcar em outro voo, mediante a oferta de vantagens como, por exemplo, dinheiro, passagens extras, milhas, diárias em hotéis, negociadas livremente. Caso o passageiro aceite a vantagem, a empresa poderá solicitar a assinatura de recibo, comprovando que a proposta foi aceita.

Caso não consiga voluntários em número suficiente e algum passageiro tenha seu embarque negado, a empresa deverá pagar, imediatamente, compensação financeira no valor de 250 DES, no caso de voos domésticos, ou de 500 DES, para voos internacionais. 

DES significa Direito Especial de Saque e é uma cesta de moedas do Fundo Monetário Internacional. O valor atualizado pode ser consultado no site do Banco Central ou então no site do FMI.

Além dessa compensação financeira, a empresa tem que oferecer ao passageiro impedido de embarcar as alternativas de reacomodação, reembolso integral ou execução do serviço por outra modalidade de transporte. A assistência material também é devida, se for o caso.

Assistência material

A assistência material deve ser oferecida gratuitamente nos casos de atraso, cancelamento, interrupção de voo e preterição (negativa) de embarque. Ou seja, quando o passageiro se encontra no aeroporto, explica a Anac.

De acordo com o tempo de espera, contado a partir do momento em que houve o atraso, cancelamento ou preterição de embarque, devem ser fornecidas as seguintes assistências:

a partir de uma hora: comunicação (internet, telefone etc.);

a partir de duas horas: alimentação (voucher, refeição, lanche etc.);

a partir de quatro horas: hospedagem (somente em caso de pernoite no aeroporto) e transporte de ida e volta. Se o passageiro estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para sua residência e de sua casa para o aeroporto.

O Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE) e seus acompanhantes sempre terão direito à hospedagem, independentemente da exigência de pernoite no aeroporto.

Segundo a Anac, em qualquer situação, independentemente do motivo do atraso, cancelamento ou preterição, a assistência deve ser oferecida e se aplica tanto para os passageiros aguardando no terminal quanto aos que estejam a bordo da aeronave, com portas abertas. A empresa poderá suspender a prestação da assistência material para proceder o embarque imediato.

Caso o consumidor tenha problema com a empresa aérea, pode abrir reclamação na agência. 

As dúvidas podem ser sanadas no número 163. A ligação é gratuita de qualquer estado do país e funciona todos os dias, das 8h às 20h.

*Com informações da Anac

A greve dos pilotos e comissários que teve início nesta semana entra no seu terceiro dia nesta quarta-feira (21). As paralisações ocorrem todos os dias, das 6h às 8h, em nove dos principais aeroportos do País.

Por volta das 7h30, os painéis dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Congonhas (São Paulo; 3 voos), Rio-Galeão (Rio; 4 voos), Fortaleza (2 voos), Viracopos (Campinas-SP; 2 voos), Porto Alegre (1 voo) e Brasília (1 voo). Ainda havia atraso meteorológico em Congonhas (1 voo) e em Santos Dumont (Rio; 13 voos).

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Também havia voos cancelados em Congonhas (10 voos), Santos Dumont (10 voos), Porto Alegre (2 voos) e Viracopos (1 voo). O Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, não registrava atrasos ou cancelamentos e o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, estava com o painel fora do ar.

O movimento dos tripulantes reivindica recomposição das perdas inflacionárias e ganho real dos salários, "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas", segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Outra reivindicação da categoria é que os horários de descanso de pilotos e comissários sejam respeitados pelas companhias aéreas. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas.

O SNA afirma que não houve avanço nas negociações com as companhias aéreas. Em transmissão ao vivo pelo Youtube na terça-feira (20), Henrique Hacklaender, diretor presidente do SNA, afirmou que o movimento irá continuar até que as demandas sejam solucionadas.

"Tivemos um primeiro dia muito bom, um segundo dia que vem crescendo, vem melhorando cada vez mais. E vamos para um terceiro, para um quarto, para um quinto. Quantos forem necessários. As empresas não se posicionaram, não apresentaram nada até o momento e nós precisamos chegar em uma resolução", afirmou. Hacklaender ainda destacou que as reivindicações dos tripulantes são justas e plausíveis.

Em nota divulgada também na terça-feira, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destacou que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as empresas, que, segundo o sindicato, acumulam prejuízo.

Também ressaltou que no último fim de semana, as companhias aéreas acataram uma proposta de mediação elaborada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas a proposta foi rejeitada pelo SNA. "O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada", conclui a nota.

A greve dos pilotos e comissários entra em seu segundo dia com paralisações em nove dos principais aeroportos do País durante a manhã desta terça-feira (20). O movimento teve início na segunda-feira (19) e continua afetando voos em ao menos seis aeroportos.

Por volta das 7h, os painéis dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Congonhas (São Paulo; 7 voos), Santos Dumont (Rio; 2 voos), Guarulhos (São Paulo; 1 voo) e Porto Alegre (1 voo), além de voos cancelados em Congonhas (6 voos), Santos Dumont (2 voos), Confins (Belo Horizonte; 1 voo), Porto Alegre (3 voos) e Viracopos (Campinas-SP; 5 voos).

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Os tripulantes reivindicam melhores salários e também pedem que as empresas aéreas respeitem os horários de descanso de pilotos e comissários. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas aéreas.

Em transmissão ao vivo no Youtube na segunda-feira, Henrique Hacklaender, diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), afirmou que o primeiro dia de paralisações foi "um sucesso" e que a greve deverá continuar. "Esse é só o primeiro (dia) de muitos até que a gente encontre uma solução. A hora é agora, o momento é esse, e isso precisa ser feito. Tem que ter um basta. As empresas precisam alterar a sua forma de tratar os seus tripulantes. Não adianta só voarmos cada vez mais, se não houver segurança do que está sendo feito", disse.

Ele também destacou que o movimento ocorreu "dentro da legalidade". "Tudo aquilo que foi previsto ser feito, aconteceu. Nós tivemos voos operando, nós tivemos os tripulantes em serviço e a operação se deu. A nossa categoria sempre foi conhecida por ser uma categoria legalista", afirmou.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) informou que acompanhou o movimento na manhã de segunda-feira e que as companhias aéreas trabalharam e continuarão a trabalhar para minimizar quaisquer impactos aos passageiros. Também destacou que foi apresentada uma proposta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), aceita pelas empresas aéreas, mas rejeitada pelos tripulantes, que mantiveram a decisão pela greve.

A Gol informou em nota que, durante o período de paralisação dos aeronautas nesta segunda-feira (19), entre o horário das 6 horas e 8 horas, todos os voos previstos foram operados. De acordo com a companhia, apenas alguns voos sofreram atrasos.

"Todos os esforços estão sendo empregados para tratar as contingências com nossos clientes, minimizando muito os impactos. A companhia coloca todos os seus canais de atendimento à disposição e recomenda que os clientes acompanhem o status dos seus voos", disse a Gol.

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A greve aprovada por pilotos e comissários na última quinta-feira (15) teve início nesta segunda-feira (19), com ao menos 19 voos atrasados pelo Brasil por volta das 8h. Por determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) dada na sexta-feira (16), a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas aéreas.

No Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, tripulantes uniformizados se reuniram no saguão desde pouco antes das 6h da manhã, em reivindicação por melhores salários. Outra demanda da categoria é que as empresas aéreas respeitem os horários de descanso de pilotos e comissários.

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As paralisações devem ocorrer diariamente e por prazo indeterminado, das 6h às 8h da manhã, tanto em Congonhas (oito voos atrasados por volta das 8h) como em outros oito aeroportos: Guarulhos (em São Paulo, onde foi registrado um voo fora do horário), Galeão, no Rio (um voo atrasado), Santos Dumont, no Rio (quatro voos atrasados), Viracopos (Campinas-SP , dois voos atrasados), Brasília (dois voos), Belo Horizonte (um voo), Porto Alegre (nenhum atraso) e Fortaleza (nenhum atraso).

"Nossas reivindicações são bem básicas. Há um caráter financeiro, pois a categoria já não tem uma recomposição inflacionária nem qualquer tipo de ganho real há pelo menos três anos. E um caráter social, pois tentamos garantir minimamente que as empresas respeitem as folgas e os repousos dos tripulantes", afirma Henrique Hacklaender, diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Segundo Hacklaender, é possível que haja atrasos de voos. "Quanto a cancelamentos, não podemos prever. É uma prerrogativa das empresas, elas é que vão decidir se vão cancelar ou não os voos", disse.

No sábado, 17, o TST apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que foi aceita pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), mas rejeitada pelos empregados, que decidiram manter a greve.

Pilotos e comissários de voo que atuam nas principais companhias aéreas do país aprovaram a deflagração de uma greve nacional, com início na próxima segunda-feira (19). A decisão de cruzar os braços foi tomada em assembleia geral da categoria nesta quinta-feira (15), segundo informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). 

A paralisação, que será por tempo indeterminado, ocorrerá sempre das 6h às 8h, nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, os maiores do país. A medida deve gerar um efeito cascata de atrasos e possíveis cancelamentos de voos. 

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O motivo para a greve, segundo a categoria, é a "frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho". O acordo ainda está em discussão entre os sindicatos dos trabalhadores do setor e das empresas aéreas. A greve não atingirá voos com órgãos para transplante, vacinas ou pacientes em atendimento médico, assegurou o SNA. 

Os aeronautas reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de um ganho real nos salários e benefícios. O sindicato da categoria argumenta que os altos preços das passagens aéreas têm gerado crescentes lucros para as empresas. De janeiro a outubro deste ano, por exemplo, o preço médio das passagens subiu 35%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os profissionais do setor aéreo reivindicam ainda melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.

"É importante destacar que as próprias empresas apontam em seus informes ao mercado, assim como também demonstram notícias publicadas na imprensa, que o setor aéreo vem se recuperando aceleradamente, com lucros maiores do que os do período pré-pandemia. Além disso, a procura por passagens aéreas aumentou e os preços impostos aos passageiros subiram drasticamente. No entanto, as empresas continuam intransigentes, se recusando a conceder uma remuneração mais digna aos tripulantes, além de propor que pilotos e comissários trabalhem mais horas. Os pilotos e comissários de voo do Brasil contam com a compreensão da sociedade e com o bom senso das companhias aéreas para evitar transtornos", informou o sindicato, em nota.

A Agência Brasil procurou o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), que enviou uma nota oficial na noite desta quinta, em nome das aéreas. No texto, a entidade afirma que ofereceu reajuste de 100% do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) para o piso salarial, mesma correção para as diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além da garantia da data base de 1º de dezembro e todas as cláusulas financeiras e sociais da Convenção Coletiva enquanto as negociações estivessem em curso. Até o momento, no entanto, o sindicato patronal informou não ter recebido contraproposta dos trabalhadores. 

Sobre o aumento das passagens aéreas, a entidade argumentou o preço "foi fortemente afetado nos últimos anos por conta de pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo". Além disso, o SNEA enfatizou que o querosene de aviação (QAV) aumentou 118% na comparação com o ano de 2019 e hoje representa mais de 50% dos custos.

Pilotos e comissários aprovaram nesta quinta-feira, 15, em assembleia, por unanimidade, greve a partir da próxima segunda-feira, 19, informa o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Em nota, o sindicato afirma que a categoria tem como pleito recomposição das perdas inflacionárias e um ganho real nos salários, de forma a compensar as perdas nos dois anos de pandemia, "que foi de quase 10%".

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A categoria também reivindica, entre outros pontos, que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de 3 horas em solo entre duas etapas de voo".

O sindicato alega que "esses pleitos estão baseados nos altos preços das passagens aéreas, que têm gerado crescentes lucros para as empresas", e no fato de que as companhias aéreas "reduziram o custo de folha de pagamento em mais de 30% se comparado com os demais custos".

Segundo o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, "as empresas estão com os preços das passagens no mais alto patamar dos últimos 20 anos e estão financeiramente melhores do que antes da pandemia". Conforme Hacklaender, é "justo e razoável que os tripulantes tenham a garantia de que os horários de suas folgas serão respeitados", e que eles tenham ganho real de salário.

O sindicato informa que a paralisação ocorrerá a partir de 19 de dezembro, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Rio Galeão, Santos Dumont, Viracopos, Porto Alegre, Brasília, Confins e Fortaleza. As decolagens com órgãos para transplante, enfermos a bordo e vacinas prosseguirão normalmente.

Dois comissários de um navio de pesquisa polar se tornaram o primeiro casal homoafetivo a se casar em uma base britânica na Antártica, disse o instituto de ciências para o qual trabalham nesta segunda-feira (25).

Eric Bourne e Stephen Carpenter se casaram no domingo na estação de pesquisa Rothera, da British Antarctic Survey (BAS).

A cerimônia - segundo casamento entre os funcionários da BAS desde que uma mudança na lei em 2016 permitiu celebrar casamentos nos setores antárticos cuja soberania é reivindicada pelo Reino Unido - foi oficializada pelo capitão do navio polar "RRS Sir David Attenborough".

O primeiro casal a se casar nesse território foram os guias de campo Julie Baum e Tom Sylvester em julho de 2017.

Baum costurou seu próprio vestido de noiva usando parte de uma velha barraca de acampamento laranja e Sylvester fez as alianças na oficina de metal da estação de pesquisa.

No domingo, Carpenter enfrentou as temperaturas frias em um kilt escocês - e botas de neve - enquanto a tripulação do navio, em uniforme completo, recebia oficialmente os recém-casados sob um arco formado por seus machados de gelo.

Para o casal, a Antártica, com seu pano de fundo de icebergs e montanhas cobertas de neve, é "o local perfeito" para se casar, afirmou.

Os noivos gravaram as coordenadas do lugar -67 34' S 68 08' O- em suas alianças e seu bolo de casamento foi coroado com figuras de pinguins.

"Estamos muito orgulhosos de ser o primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo celebrado no território antártico" reivindicado pelo Reino Unido, afirmou Bourne.

No final deste ano, planejam organizar outra festa para seus familiares e amigos na Espanha, onde Bourne tem residência.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou as empresas aéreas Azul e Gol a voarem com menos comissários de bordo nas aeronaves, reduzindo de quatro para três funcionários. A iniciativa, se adotada, impõe que as companhias diminuam também a capacidade de passageiros em cada avião, para até 150 assentos no caso de aviões com 186 vagas disponíveis, por exemplo. A solução, portanto, pode provocar a reacomodação de passageiros em outros voos.

Além das duas companhias aéreas, a Latam também fez pedido à Anac para reduzir o número de comissários. A medida é tomada no contexto de avanço da variante Ômicron da covid-19, que provocou o cancelamento de centenas de voos nos últimos dias. A contaminação tem afetado a disponibilidade da equipe de tripulantes, o que motivou a agência reguladora a permitir as reduções de comissários de bordo.

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A primeira autorização foi dada à Azul em portaria do dia 12 de janeiro, com validade até 13 de março. Na decisão, a Anac estabelece que a companhia deverá informar, a cada 15 dias, a relação de voos nos quais houve redução no número de comissários. A mesma determinação foi feita à Gol, que recebeu o aval do órgão em portaria do último dia 14, com validade até 14 de março. No caso da Gol, a autorização especifica que a diminuição pode ser usada nas aeronaves Boeing 737-800 e 737-MAX.

O regulamento da Anac define que, em aviões com capacidade de assentos de mais de 100 passageiros, são necessários dois comissários e um adicional para cada unidade, ou parte dela, de 50 assentos que exceda as 100 vagas. O mesmo texto estabelece que, nas aeronaves em que três ou mais comissários são exigidos, se um funcionário adoecer, o voo pode prosseguir desde que o número restante seja proporcional a um comissário para cada grupo - ou fração - de 50 passageiros, mais os comissários adicionais utilizados durante a demonstração de evacuação de emergência. "O que pode implicar na redução da quantidade de passageiros a bordo", afirma o regulamento.

Em nota, a Azul afirmou que somente fará uso da redução em casos de "extrema necessidade" para garantir o cumprimento de suas operações. "Com o aumento no número de dispensas médicas de Tripulantes por covid-19 e outros sintomas gripais, a medida da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) se torna mais um instrumento de auxílio às operações aéreas. No entanto, a Azul destaca que somente fará uso desta autorização em casos de extrema necessidade para garantir o cumprimento de suas operações, sem prejuízo à segurança de voo, que é o principal e inegociável valor da companhia", disse a companhia.

A Gol afirmou que a iniciativa, considerada uma "medida preventiva", tem objetivo principal de evitar cancelamentos e não afetar clientes com voos programados nos próximos dias caso haja aumento de baixas médicas devido à covid-19. Segundo a companhia, a redução para três comissários também será feita apenas em casos de extrema necessidade para os voos que tiverem no máximo 150 passageiros. Com isso, afirmou que "nenhum cliente será afetado". "Até o momento, a Gol operou apenas um voo com três comissários em aeronave que viajou com 130 Clientes a bordo", afirmou.

"A Gol reforça que seguirá programando seus voos a serem realizados por aeronaves Boeing 737-800 e 737 MAX 8, com capacidade para 186 passageiros, para quatro comissários. A redução para três comissários será feita apenas em casos de extrema necessidade para os voos que tiverem no máximo 150 passageiros", disse em nota.

Já a Latam confirmou que protocolou o pedido junto à Anac e que aguarda a manifestação da agência.

Pilotos e comissários de voo decidiram, em assembleia, não aderir à greve geral desta sexta-feira, 28, e encerrar movimentações para qualquer tipo de paralisação próxima, informou o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

"Graças à mobilização da categoria, que havia decretado Estado de Greve na última segunda-feira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e representantes dos tripulantes, após intensa negociação, conseguiram avanços junto aos parlamentares na reforma trabalhista - o que irá evitar uma precarização sem precedentes para a profissão e, principalmente, preservará o nível de segurança de voo para todos", afirma o sindicato, em nota.

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Segundo a entidade, os dois principais pleitos de emendas dos aeronautas no projeto de lei da reforma trabalhista foram atendidos. A categoria foi excluída do artigo que permite a contratação por meio de contrato de trabalho intermitente. "Desta forma, não haverá a possibilidade de pilotos e comissários serem convocados para trabalhar de forma esporádica, recebendo apenas por trabalho realizado. Isso afetaria diretamente a segurança de voo, já que estes profissionais necessitam do exercício regular da profissão para manter a proficiência."

O SNA afirma que também foi acatada emenda que exclui a possibilidade de demissão por justa causa dos aeronautas que eventualmente perderem licenças, habilitações ou certificados para o exercício da profissão.

"A discussão sobre outros pontos da reforma continuará com a tramitação do projeto no Senado, e o SNA irá buscar toda proteção possível aos trabalhadores até a aprovação do texto final", diz o sindicato, ressaltando que o instrumento da greve é legítimo e que poderá ser usado em oportunidades futuras.

A assessoria do Maior Show do Mundo divulgou nesta segunda (29) o cancelamento do show do cantor Thiaguinho. O músico, que passou três dias internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, foi diagnosticado com tuberculose pleural (forma não transmissível da doença).

O público que adquiriu os ingressos visando, exclusivamente, acompanhar o show do cantor, poderá reaver o dinheiro nesta terça (30) e quarta (31) conforme sua compra (lojas, sites ou comissários). 

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O Maior Show do Mundo, que acontece neste sábado (3), inaugura a agenda de shows da Arena Pernambuco trazendo a gravação do DVD AxeMusic de Claudia Leitte, que terá participações de Wanessa, Naldo, Luiz Caldas e Weslley Safadão e ainda shows Anitta, Saulo, de Garota Safada, Alexandre Peixe, DJ Thiago Mansur, MC Koringa, Banda Eva, DJ Zé Pinteiro, Só na Marosidade e Citrus Clube. 

O criticado teste da Pirelli e Mercedes poderá terminar no Tribunal Internacional da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Neste domingo (26), os comissários do GP de Mônaco informaram que vão fazer um relatório sobre o teste em que a equipe utilizou o chassi do seu carro 2013 e os atuais pneus da Pirelli no circuito de Barcelona, uma semana após a realização do GP da Espanha.

Os testes durante a temporada são proibidos na Fórmula 1, mas a Pirelli se defendeu ao alegar que o seu contrato com a FIA. como fornecedora de pneus, lhe permite chamar equipes para ajudar nas suas atividades. A Mercedes, por sua vez, afirmou que recebeu a permissão da FIA para participar do treino.

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O relatório será produzido horas depois de um protesto formal apresentado em conjunto por Red Bull e Ferrari. As equipe criticaram o teste "feito de forma não transparente" entre os dias 15 e 17 de maio. Ao todo, os pilotos da Mercedes completaram 1.000 quilômetros com o carro atual da equipe.

As críticas aumentaram depois que a Mercedes venceu o GP de Mônaco, com o carro de Nico Rosberg, neste domingo. A equipe é uma das que mais vem sofrendo com a alta degradação dos pneus fornecidos pela Pirelli neste ano. O teste, considerado irregular pelos demais times, poderia beneficiar a Mercedes ao facilitar sua adaptação aos compostos desta temporada

A FIA confirmou ter recebido o pedido da Pirelli para testar os pneus, mas criticou a forma como os testes foram realizados. Segundo a entidade, a fornecedora da Fórmula 1 só teria a permissão para testar seus compostos desde que concedesse a mesma oportunidade para todas as equipes.

A Federação argumentou ainda que o teste deveria ser realizado pela Pirelli e não pela Mercedes, que acabou providenciando o carro e os pilotos. Por fim, a FIA disse não ter recebido qualquer confirmação dos testes tanto por parte da Pirelli quanto por iniciativa da Mercedes.

A transgressão do regulamento da Fórmula 1 poderá acarretar punições pesadas à Mercedes. A equipe pode ser julgada pelo Tribunal Internacional da própria FIA. "O Tribunal pode decidir infligir penas que se sobreponham a qualquer penalidade que os comissários de prova possam ter dado. Tal procedimento seria seguido de acordo com as Regras Judiciais e Disciplinares da FIA", registrou a entidade, em nota oficial.

Se houver um julgamento formal no Tribunal, o caso deve envolver somente a Mercedes, já que a Pirelli não está sujeita a punições diretas, por não estar envolvida na competição. A empresa italiana, contudo, poderá ter como consequência a não renovação do seu contrato com a Fórmula 1. O vínculo se encerra no fim deste ano e as discussões sobre um novo acerto ainda não foram iniciadas.

Quem pretende se tornar piloto de avião pode optar por dois caminhos: se capacitar através de um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).  Porém, uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.

A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, que implantou, desde o início de março deste ano, a graduação de ciências aeronáuticas é, segundo o coordenador do curso, Dino Lincoln, a única faculdade do Estado que oferece essa formação. Até então, o curso conta com uma turma de 30 alunos motivados pelo prazer de voar.

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O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de aeroportos ou de empresas aéreas. “O corpo de professores conta com especialistas, como controladores de voo, agentes de segurança de voo, médicos e engenheiros aeroespaciais. Todos em conformidade com as exigências da Anac e também do MEC”, ressalta Lincoln.

Segundo o coordenador, o grande diferencial do curso é que a graduação inclui, não só a formação teórica de nível universitário para os estudantes que desejam operar aviões, mas também para os que almejam pilotar helicópteros. “Enquanto o comum é vermos cursos à parte para quem quer pilotar helicópteros, o nosso já disponibiliza conhecimentos sobre os dois transportes aéreos, permitindo, assim, que o aluno decida melhor em qual carreira irá se aprofundar diante da vasta amplitude de opções que o mercado aeronáutico fornece”, diz.

Para os estudantes que optarem seguir carreira de aviador, ele aconselha: “A partir do segundo ano, eu já sugiro que o aluno se matricule em alguma escola de aviação homologada, pois é uma maneira dele pôr em prática todo o conteúdo teórico dado em sala de aula. É uma forma também de se motivar na carreira, voando”. “É essencial também que o aluno faça, paralelamente à graduação, um curso de língua estrangeira, com foco principalmente no inglês, visto que boa parte dos cursos profissionalizantes são feitos nos Estados Unidos. Ter domínio numa segunda língua também facilita futuros trabalhos em companhias internacionais”, explica.

Sobre a procura e o sonho, cada vez mais frequente, de muitos brasileiros pela carreira de piloto, o coordenador ressalta que, ainda assim, há um déficit considerável no setor. “Apesar do Brasil ter a maior frota de avião do mundo, ficando apenas atrás dos EUA, dados do Icac registraram uma falta de cerca de 25 mil pilotos para suprir a demanda global nos próximos dez anos”, conta. “Na verdade, o mercado desse segmento é instável. Às vezes, falta cargo para piloto, como também, há momentos em que as vagas encontram-se todas preenchidas. Porém, eu sempre enfatizo junto aos alunos que, o profissional que estiver se capacitando e se qualificando na área, sempre será locado em uma das empresas. Nunca vai faltar oportunidade”, completa. O salário varia de acordo com a área de aviação, podendo chegar a uma remuneração de até R$ 25 mil.

Para ter a licença de piloto ou copiloto de aeronaves civis registradas no Brasil, é preciso ter carteira de habilitação, que são conseguidas através das escolas de aviação. Ao menos que a pessoa seja titular e esteja portando uma licença de piloto com suas habilitações, expedida em conformidade com regulamento da Anac, e Certificado de Capacidade Física (CCF). 

Estudantes que sonham em voar alto

O estudante Fernando Alves (dir.), 26 anos, cursa o primeiro período da graduação de ciências aeronáuticas e conta que trancou o curso técnico em eletrônica para realizar o sonho que tem desde criança. “Eu sempre quis seguir a carreira de aviador. É um desejo que tenho desde os tempos de infância, e que, só agora, estou podendo realizar, pois, finalmente, surgiu um curso superior nessa área”, comemora Alves.

Até o momento, o jovem mostra-se estimulado com o curso: “Estou apenas no primeiro período, mas estou curtindo e aproveitando tudo. Realmente, é um curso estimulante e muito rico em conteúdo. Aí, junta o meu sonho com a boa vontade em aprender, o que resulta no meu encantamento e motivação”.

O aposentado, pela companhia aérea Varig Nordeste, Eliseu Batista, 60 anos, não está começando a carreira no segmento, mas quis se aperfeiçoar e ingressou no curso.  Em seu currículo, ele carrega o cargo de comandante e, atualmente, trabalha como checador de sistema, o que resulta um tempo de 40 anos na área de aviação e o acúmulo de mais de 18 mil horas de voo. E foi na graduação de ciências aeronáuticas que Eliseu encontrou uma maneira de reciclar os conhecimentos já adquiridos durante sua longa carreira profissional. “Você não pode parar. A aviação é uma ciência que vive em constante evolução. Em cinco anos você anda 50, e a faculdade é uma forma de me atualizar, sem dúvidas, pois, quem não vai atrás de novos conhecimentos, fica atrás dos demais”, frisa.

Sobre os jovens que pretendem ingressar na carreira de aviador, Eliseu deixa claro: “É preciso ter, antes de qualquer coisa, vocação. Você tem que gostar do que faz. Além disso, é importante se dedicar e estudar. É uma carreira muito boa e se eu tivesse 20 anos, faria tudo novamente”.

Cursos profissionalizantes para quem almeja ser um comissário de voo ou aeromoça

Para ser aeromoça ou comissário, é imprescindível, primeiramente, gostar de pessoas e ter prazer em se relacionar e atender. Já em termos de formação, é necessário apenas possuir ensino médio completo e os salários variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil. A altura também é posta em questão: a depender das exigências de cada companhia aérea, mulheres devem ter no mínimo 1,58m e homens, 1,65m.

Ao contrário do que muitos pensam, o comissário de voo ou aeromoça, não são garçons. Eles são profissionais responsáveis pelos passageiros e pela segurança de voo. “Durante o curso, os alunos fazem um treinamento prático de sobrevivência na selva, onde fazemos uma breve simulação em que eles ficam dois dias sem comida, sem água e tem de aprender a fazer fogueira, caçar e montar acampamentos para auxiliar os passageiros. Assim, eles já ficam preparados para situações de emergência, em que se tenha que fazer um pouso rápido numa selva, ou qualquer outro lugar”, conta o diretor e sócio Marcelo Magalhães, da escola de aviação NAV Treinamentos, que atua há 30 anos no mercado.

“Além disso, eles aprendem como sobreviver na água, como combater incêndios e técnicas de pré-atendimento, caso o passageiro tenha algum ataque cardíaco, princípio de enfarte ou entre em trabalho de parto. O papel dele é manter tudo sob controle até um profissional de saúde assumir os procedimentos necessários. Sendo aprovado, o futuro comissário presta o exame da Anac e, passando, já está apto para exercer a profissão”, afirma Magalhães.

O curso é, geralmente, realizado durante três meses e meio e, assim como a formação de piloto, o comissário também aprende noções de física como aerodinâmica, meteorologia, navegação aérea, além de aula em simuladores de voo (cabines instaladas nas dependências da escola). “Complementando as disciplinas teóricas, a escola procura realizar uma série de visitas práticas que objetivam aperfeiçoar e ratificar os conteúdos apreendidos em sala de aula. Para isso, os alunos visitam o Aeroporto, empresas aéreas, aeronaves, o Cindacta III (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo  III) e uma empresa de Catering”, enfatiza o diretor.

“Diferentemente da maioria das outras profissões, na aviação não é necessário experiência, o que acaba se tornando um facilitador para jovens que estão em busca de uma atividade”, concluiu Magalhães.

A NAV Treinamentos fica na Rua Dona Benvinda, 266, Paissandú, no Recife. Os interessados em saber outras informações podem entrar no site ou ligar para o número (81) 3222.3394.

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