Tópicos | paralimpíada

Os organizadores dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 devem decidir nesta segunda-feira (23) sobre a presença de torcedores mirins nas disputas que começam nesta terça e se estendem até o dia 5 de setembro na capital japonesa. Embora tenha sido anunciado que a Paralimpíada não contaria com a presença de público, a exemplo do que ocorreu nos Jogos Olímpicos, os lugares das arenas esportivas podem ser preenchidos por crianças das escolas públicas da cidade.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, busca autorização para que os estudantes participem do evento, desde que os pais e as escolas apoiem a decisão. Cerca de 140 mil crianças em idade escolar teriam permissão para assistir as provas. O Japão se esforçou para usar a Paralimpíada como instrumento para discutir a aceitação de inclusão na sociedade, ainda um assunto difícil para os japoneses.

##RECOMENDA##

A proposta não é tão simples de ser aceita. O Japão intensifica a sua batalha contra a covid-19. O país registra números altos de pessoas contaminadas. Não à toa, vive um momento de emergência em Tóquio e em outras regiões do país. Em Tóquio, foram relatados 4.392 novos casos somente ontem, após dias consecutivos com mais de 5 mil casos diários. Apesar disso, o Comitê Organizador apoia o plano de inclusão dos alunos como público da competição.

"Esta geração é aquela que sustentará nossa sociedade no futuro. Por isso, estamos absolutamente entusiasmados em oferecer esta oportunidade", disse Masa Takaya, um dos representantes do comitê.

O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, faz algumas ressalvas em relação ao projeto. "Apoiamos porque acreditamos que é um elemento importante do legado ao trazer crianças da escola para os Jogos. Mas é imperativo que essas crianças venham de maneira segura", disse. Os hospitais estão perto de lotação máxima para pacientes da covid-19.

O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 confirmou nesta quinta-feira (19) o primeiro caso de Covid-19 dentro da Vila dos Paratletas. Apesar de não divulgar a identidade da pessoa que testou positivo para o novo coronavírus, a organização informou que ela não é atleta e não reside no Japão. O registro no alojamento se soma a mais de 70 relacionados a competição, com organizadores e funcionários infectados.

Atletas brasileiros da esgrima em cadeira de rodas, natação, goalball e tênis de mesa entraram na quarta-feira pela primeira vez na Vila dos Paratletas. Ao todo, 66 atletas, além de parte da comissão técnica, médica e administrativa, já se acomodaram na nova casa brasileira no Japão.

##RECOMENDA##

Dentre esse grupo, 62 atletas de três modalidades (natação, goalball e tênis de mesa) estão no Japão desde o último dia 6 e realizaram um período de aclimatação em Hamamatsu, cidade a 250 km de Tóquio. Já os da esgrima em cadeira de rodas saíram do Brasil.

Devido ao tamanho da delegação, que conta com 435 pessoas, o Brasil ocupará 120 apartamentos, sendo no total 336 quartos, entre quartos duplos e unitários.

Nesta quinta-feira, no Japão, foi a vez dos halterofilistas e cavaleiros se juntarem aos residentes da Vila dos Atletas. A equipe de hipismo realizou treinamentos e quarentena dos cavalos na Alemanha.

O Japão está em estado de emergência por causa da pandemia e decidiu na última segunda-feira que a Paralimpíada de Tóquio-2020 será realizada sem a presença de público, tal qual a Olimpíada, que teve seu encerramento no último dia 8. O evento será ainda mais rigoroso com relação a exceções e a organização pede que o público não compareça a eventos de rua.

A medida foi motivada pelo aumento de infecções pela covid-19 nas últimas semanas no Japão. O número disparou no país durante os Jogos Olímpicos e a organização tenta proteger os paratletas, que fazem parte do grupo de risco para a doença.

O início da Paralimpíada de Tóquio-2020 está marcado para a próxima terça-feira. Cerca de 4.400 atletas de aproximadamente 160 equipes vão participar da competição.

O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 tomaram uma decisão definitiva e anunciaram nesta segunda-feira que o evento será realizado sem a presença de público, tal qual a Olimpíada, que terminou no último dia 8. A Paralimpíada será ainda mais restrita em relação a exceções e a organização pede que a população japonesa não compareça às competições de rua.

A medida tomada nesta segunda-feira tem como base o aumento de infecções pela covid-19 nas últimas semanas. O número disparou no Japão durante os Jogos Olímpicos e a organização tenta proteger os atletas paralímpicos, que fazem parte do grupo de risco da doença.

##RECOMENDA##

No último domingo, o Japão registrou 17.902 novos casos de covid-19, com 10 mortes. O país tem até agora 49,6% da população vacinada pelo menos com a primeira dose contra o novo coronavírus.

A decisão foi oficializada após uma reunião entre o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, a presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e o ministro olímpico Tamayo Marukawa.

A Paralimpíada começa no próximo dia 24 e terá a presença de 4.400 atletas, menos da metade dos cerca de 11 mil presentes na Olimpíada. O evento vai até 5 de setembro. "Com o número de casos em Tóquio e no Japão, todos que vão aos Jogos precisam permanecer em alerta", disse Parsons logo após a decisão de não permitir a entrada de público na competição.

Os Jogos Olímpicos também não tiveram público na grande maioria dos eventos, exceto em alguns fora de Tóquio. A decisão sobre o público nos Jogos Paralímpicos foi empurrada para os últimos minutos para monitorar a evolução da pandemia do novo coronavírus, assim como aconteceu com a Olimpíada, cuja proibição do público só foi definida a poucos dias antes da cerimônia de abertura.

Faltando nove dias para a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou que pagará R$ 160 mil para cada medalhista de ouro em modalidades individuais. As demais medalhas e esportes por equipe têm valores diferentes a serem repartidos entre aqueles que alcançarem posição no pódio.

Quem conquistar medalha de ouro em esporte individual garantirá a maior quantia. A prata renderá R$ 64 mil, e o medalhista de bronze terá direito a R$ 32 mil.

##RECOMENDA##

Em modalidades disputadas de forma coletiva, por equipes, revezamentos e em duplas, a premiação individual terá valor inferior. O ouro valerá R$ 80 mil para cada integrante, a prata, R$ 32 mil. A conquista do bronze vai gerar uma gratificação de R$ 16 mil.

De acordo com o presidente do CPB, Mizael Conrado, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiros que forem ao pódio também serão gratificados. Eles receberão 20% do valor da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% para cada uma das demais posições alcançadas no pódio.

"O esporte tem uma capacidade de resiliência que é inigualável. Esperamos ter muitas razões para celebrar logo depois do final dos Jogos Paralímpicos. Desejamos que os atletas possam buscar a realização de tudo aquilo que se prepararam ao longo desses cinco anos e que consigam a melhor participação da nossa história", declarou Mizael Conrado.

Os Jogos Paralímpicos têm início na capital japonesa programado para o dia 24 de agosto. O encerramento será em 5 de setembro.

Nesta semana, o jornal japonês Mainichi divulgou a pesquisa que aponta quais regiões do Japão estão de acordo com a realização da Olimpíada e Paralímpiada Tóquio 2020 em meio a pandemia de Covid-19. Das 47 províncias, nove desejam o cancelamento ou adiamento dos eventos esportivos.

Em 20 de abril, o estudo enviou aos 47 governantes do Japão um questionário, cuja primeira pergunta era acerca da realização dos jogos. As alternativas disponíveis eram "Os jogos devem ser realizados independente das circunstâncias da pandemia", "Deve ser cancelado ou adiado dependendo das circunstâncias", "Agora é a hora de decidir cancelar ou adiar" e "Não sei".

##RECOMENDA##

As províncias que escolheram a segunda alternativa do questionário e, portanto, se opuseram à realização dos jogos olímpicos foram Norihisa Satake (Akita), Kazuhiko Õigawa (Ibaraki), Kiyoshi Ueda (Saitama), Hitoshi Goto (Yamanashi), Shuichi Abe (Nagano), Heita Kawakatsu (Shizuoka), Shinji Hirai (Tottori), Katsusada Hirose (Oita), Denny Tamaki (Okinawa). Saitama, Shizuoka e Yamanashi são regiões programadas para receber atletas do basquete, ciclismo, futebol, golfe e tiro.

Já a segunda pergunta, questionava se a realização dos jogos seriam um fator positivo para as prefeituras. Ao total, 41 governadores assinalaram a opção "Sim" ou "Um pouco sim". Por conta do momento de incertezas, parte dos representantes informaram que a decisão também cabe aos organizadores do evento e ao governo japonês.

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, não terão sua programação e seu calendário alterados para a competição no ano que vem, agora previstos para acontecer entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro do próximo ano. A informação foi dada nesta segunda-feira (3) pelo Comitê Organizador através do diretor Hidemasa Nakamura.

De acordo com o dirigente, em entrevista coletiva por videoconferência, algumas medidas adicionais contra a Covid-19 podem ser necessárias durante o evento na capital do Japão devido ao tempo extra necessário para o deslocamento dos atletas entre os locais de competição.

##RECOMENDA##

"Algumas medidas específicas poderão ser necessárias, dependendo de que tipo de esporte ou competição. Estamos discutindo com as IFs (Federações Internacionais) e o IPC (Comitê Paralímpico Internacional, na sigla em inglês) e outros para fornecer um ambiente seguro e protegido", afirmou Nakamura sobre o evento que deverá ter a participação de 4,4 mil atletas em 22 modalidades.

Outro ponto abordado pelo Comte Organizador é sobre a estrutura dos Jogos Paralímpicos. Foi mantida toda a programação esportiva com as 43 instalações para competições e também se afirmou que o centro de mídia e a vila dos atletas, previamente previstas, serão utilizadas.

Apesar do posicionamento de que vai realizar os Jogos Paralímpicos, ainda há incertezas sobre a viabilidade deles por causa da alta disseminação da Covid-19. Nas últimas semanas, Tóquio tem visto uma curva ascendente no número de casos do novo coronavírus, o que fez as autoridades japonesas admitirem a possibilidade de decretar um novo estado de emergência.

"Não há mudanças significativas no calendário dos Jogos Paralímpicos. Mas ter uma programação fixa é um grande passo para os atletas", completou Nakamura.

Faltam 200 dias para o início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O Brasil está na contagem regressiva para a disputa, na qual terá delegação recorde. A estimativa da comissão técnica é embarcar para o Japão com cerca de 400 integrantes, sendo 250 atletas. Os números serão definidos no mês de maio, quando o Comitê Paralímpico do Brasil (CPB) enviará a pré-lista de inscritos.

Segundo levantamento feito pelo Estado, o País tem 90 vagas confirmadas. O número está longe do previsto porque ainda não estão definidos, por exemplo, os índices e o número de provas no atletismo e na natação. Nessas duas modalidades foram considerados somente os brasileiros que garantiram a vaga pelo título de Mundiais.

##RECOMENDA##

Destaques para Petrúcio Ferreira, que em Dubai se tornou o paralímpico mais rápido do mundo entre todas as classes, e Daniel Dias, que buscará o 15.º ouro paralímpico na natação.

No esporte adaptado há a particularidade de avaliação de quantas classes de cada modalidade serão disputadas. É comum ocorrer a união entre duas classes próximas quando poucos atletas obtêm índice para uma prova. O Brasil aguarda também a disputa do pré-olímpico de rúgbi, em março. "Se classificarmos, participaremos de todas as modalidades menos o basquete, que não temos mais chances", disse Alberto Martins, diretor técnico do CPB.

Alberto chefiará a delegação brasileira pela quarta Paralimpíada consecutiva. Na opinião dele, a logística será semelhante à dos Jogos de Pequim. No momento, a comissão técnica está definindo qual será o trajeto da viagem. "Não é só questão de preço, mas de logística. Em alguns países é mais difícil fazer escala, porque tem de despachar a bagagem novamente, precisa de visto...", contou Alberto.

O Brasil deve enviar 80 cadeiras de rodas para o Japão. A delegação chegará em 4 de agosto em Hamamatsu, a 260 quilômetros de Tóquio, para início da aclimatação. Dia 18, vai para a Vila dos Atletas. Os Jogos Paralímpicos ocorrem entre 25 de agosto e 6 de setembro. A meta do Brasil é ficar entre o Top 10 no quadro de medalhas em Tóquio.

Para isso, terá de conquistar entre 60 e 75 pódios.

MULTIMEDALHISTAS - Alberto alertou que a Paralimpíada no Japão deve marcar o fim dos atletas que faturam quatro, cinco medalhas. Isso também significa que mais competidores subirão ao pódio. Essa mudança envolve uma série de fatores, entre eles a modificação na maneira como é feita a classificação e o aumento da competitividade no esporte paralímpico.

"Minha hipótese é que cada vez mais haverá especialização em uma prova. Até agora a gente viu na natação, por exemplo, o mesmo atleta disputar os 100m, 200m, e 400m, ganhando em todas elas. Acho que isso está mudando. Não vai dar mais para fazer prova de velocidade e meio fundo, por exemplo. A era dos multimedalhistas está fadada a diminuir ou acabar mesmo", comentou.

As reclassificações de classe geraram muita polêmica no ano passado, pois aconteceu no meio de um ciclo olímpico. Para diminuir a polêmica, o IPC já informou a comissão técnica brasileira que no início de 2021 fará nova análise das classes. "Aí tudo bem, porque será no começo do ciclo para os Jogos de Paris de 2024", disse Alberto.

O Diário Oficial desta quarta-feira divulgou a nova lista de contemplados pela Bolsa Pódio. Com a inclusão de duas novas modalidades, o tae kwon do e o badminton adaptados, pela primeira vez na relação, o número de atletas beneficiados pelo recurso chegou a 143.

Badminton e tae kwon do adaptados foram incluídos porque estão no programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020. Assim, serão 18 modalidades contempladas no total, com investimento anual de R$ 19,9 milhões.

##RECOMENDA##

"O programa paralímpico teve essas alterações e já temos atletas bem ranqueados, que foram indicados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, avaliados pelo grupo de trabalho e aprovados. É mais um suporte com que eles contam para a preparação até 2020, visando contribuir com a meta do esporte paralímpico para Tóquio", explicou Mosiah Rodrigues, coordenador geral do programa Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.

A inclusão das novas modalidade foi celebrada por seus praticantes, como Debora Menezes, do tae kwon do, que está na lista de contemplados pela primeira vez. "Essa é a melhor notícia de todos os tempos. Estou muito feliz", declarou. "É o que todo atleta espera, poder dormir bem, se alimentar bem e, consequentemente, treinar. São três pilares."

Reação semelhante teve Vitor Tavares, do badminton, também uma das novidades entre os contemplados. "O recurso vai ser bem útil. Ano que vem, temos Mundial na Suíça, Jogos Parapan-Americanos, campeonatos importantes em que é essencial a participação. Isso demanda uma grande verba, e sem o apoio não seria possível", comentou.

As modalidades paralímpicas beneficiadas com a Bolsa Pódio serão: atletismo (56 atletas), badminton (6), bocha (7), canoagem (4), ciclismo (3), halterofilismo (6), hipismo (1), judô (11), natação (28), remo (1), snowboard cross (1), ski cross country (1), tae kwon do (1), tênis de mesa (9), tênis em cadeira de rodas (2), tiro com arco (2), tiro esportivo (1) e triatlo (3).

O brasileiro Cristian Ribera, de apenas 15 anos, conseguiu neste domingo um feito inédito para País nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pyeongchang. Em sua estreia, na disputa da prova de 15km do esqui cross-country sitting, o atleta mais novo de todo o evento terminou o percurso na sexta colocação, com 46min35s02.

O resultado é o melhor já conquistado por qualquer atleta sul-americano na história da competição. A medalha de ouro da modalidade ficou com o ucraniano Maksym Yarovyi, com 41min37s0. Completaram o pódio o norte-americano Daniel Cnossen (42min20s7) e o sul-coreano Eui Hyun Sin (42min28s9).

##RECOMENDA##

"É inexplicável a sensação. A prova foi muito boa. Me senti bem, escolhemos a estratégia certa, mantendo o ritmo constante e atacando nos momentos corretos. Apesar de não ter sido top 5, fiquei entre os 10 primeiros, que era a minha meta principal. Agora vou ligar para minha mãe e agradecer cada centavo que ela gastou comigo", disse Ribera.

No total, 29 atletas participaram da disputa, que reuniu competidores com deficiência nos membros inferiores e que usam o sit-ski. Ribera foi o 16º a largar - nessa disputas mais longas, os atletas saem a cada 30 segundos.

Durante boa parte da prova, o brasileiro conseguiu se manter entre os cinco primeiros colocados. Após 10km de disputa, no entanto, sofreu uma queda em umas das curvas na descida e perdeu duas posições. "Estava muito rápido e não consegui cravar o bastão. Acabei escorregando e ficando de lado, meio deitado. Mas me levantei rápido e recuperei para chegar em 6º", contou o garoto 15 anos.

O melhor resultado até então entre atletas do País em Jogos Olímpicos e Paralímpicos havia sido em 2006, com Isabel Clark, do snowboard, nos Jogos de Turim, na Itália. Neste domingo, a brasileira Aline Rocha também competiu em Pyeongchang e terminou em 15º na disputa dos 12km entre as mulheres na mesma modalidade.

PRÓXIMAS DISPUTAS - O garoto ainda disputará duas provas individuais, de 1,1km (na próxima terça-feira) e de 7,5km (no dia 17), além de um revezamento ao lado de Aline Rocha, também no dia 17.

Ribera nasceu com artrogripose, doença congênita que afeta articulações das extremidades e precisou passar por 21 cirurgias. As operações ocorreram para correções nas pernas, sendo a última delas há pouco mais de quatro anos.

Com uma expressiva votação de estudantes das escolas do Japão, foram escolhidas nesta quarta-feira as mascotes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, em 2020. A dupla que representava a opção A desbancou as outras duas que estavam na disputa. Segundo os designers, as duas mascotes possuem personalidades opostas e têm um grande espírito de hospitalidade.

A mascote da Olimpíada é uma personagem que remete à tradição antiga ao mesmo tempo que fala de inovação. Segundo os criadores, tem um forte senso de justiça e é muito atlético. Com superpoder, pode se mover para qualquer lugar instantaneamente. A ideia também foi de transmitir uma visão futurística do mundo.

##RECOMENDA##

Já a mascote da Paralimpíada é uma personagem divertida e com poderes supernaturais. É normalmente calma, mas consegue ser muito forte quando é necessário. A mascote é uma amante da natureza e pode conversar com rochas e com o vento. Possui o poder de mover as coisas apenas com a força da mente. A inspiração veio das flores de cerejeiras.

Inaugurado em maio do ano passado, o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro é considerado o principal legado da Paralimpíada do Rio para os atletas de esportes adaptados no País. Mas agora enfrenta o grande desafio de tornar financeiramente sustentável uma estrutura gigante de 95 mil m².

O grande temor de que as sedes construídas para os Jogos Olímpicos de 2016 se tornassem "elefantes brancos" se confirmou com vários equipamentos definhando na capital carioca, mas o CT localizado no km 11,5 da Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, segue novo em folha e é tido como um marco para a formação e a continuidade da carreira dos competidores de alto rendimento que são portadores de deficiências físicas. Gerido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o CT tem um custo anual que gira em torno de R$ 30 milhões, segundo confirmou a entidade à reportagem do Estado, que visitou as instalações do local na terça-feira. Com obras inicialmente orçadas em R$ 264,7 milhões, o empreendimento teve um custo final de R$ 305 milhões, sendo R$ 187 milhões deste montante oriundos de recursos federais e o restante do governo estadual. Deste total, R$ 24 milhões foram gastos com equipamentos de 16 modalidades paralímpicas.

##RECOMENDA##

A principal fonte de renda do CT hoje vem da Lei Agnelo/Piva e agora o CPB traça uma estratégia para gerar recursos por meio da utilização dos espaços do local que servirão para ajudar na sua cara manutenção, mas a execução desta iniciativa ainda depende da assinatura definitiva do contrato de gestão, o que deve ocorrer em breve. Após ser aprovado no chamamento público do governo estadual, a entidade paralímpica ganhou o direito de administrar o CT por cinco anos, sendo que o contrato prevê a renovação do acordo por igual período.

"Uma estrutura deste porte tem o potencial para ser o alicerce da preparação não só para os Jogos de Tóquio, em 2020, como também para os seguintes. Também nos cria uma série de possibilidades para o desenvolvimento do paradesporto no Brasil", destaca o CPB.

Utilizado também para competições de estudantes com deficiência, o local abriga no momento os Jogos Escolares, que servem como seletiva para as Paralimpíadas Escolares, evento visto como grande revelador de atletas que possivelmente também poderão estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Entrevistado pela reportagem do Estado após fazer aquele que seria o último treino da seleção brasileira antes de viajar para o Mundial Paralímpico de Natação - o evento foi adiado por causa do terremoto que atingiu a Cidade do México na terça-feira -, o astro Daniel Dias exaltou a grande importância que o novo CT tem para o Brasil. "A gente agora tem esse CT e eu fui um cara que teve de viajar muito para fazer minha preparação para os Jogos do Rio. Esse foi um ano em que viajei menos para fazer minha preparação. Só viajei para competir. Para mim, essa é a grande evolução. Esse ambiente é o que precisávamos para fazer um ciclo bem feito. E não tenho dúvidas: vamos colher frutos em Tóquio e depois também", disse o maior atleta paralímpico do País, com 24 ouros em Mundiais e outros 14 em Olimpíadas.

Dois judocas paraenses foram convocados para a última fase de treinamentos da Seleção Brasileira Paralímpica principal, que em agosto disputa o Parapan-Americano. Thiego Marques, de Parauapebas, e Larissa Silva, que faz parte do projeto Dorinha, da Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam), estão perto de confirmarem vaga para defender o Brasil pela primeira vez em uma competição adulta. Além da dupla, o treinador da Asfam, Reinaldo Ribeiro, integra a comissão técnica brasileira. Os treinos serão no período de 21 a 28 de junho, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

"Esse será o terceiro período de treinamento. Depois, a seleção é definida e nossos medalhistas de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 - Alana Maldonado, Antônio Tenório, Lúcia Teixeira e Wilians Araújo - vão para Tóquio fazer um intercâmbio. Ter nossos atletas no meio dos grandes nomes do judô é algo incrível, disse Reinaldo Ribeiro, que também é treinador da seleção brasileira de base.

##RECOMENDA##

Thiego Marques, que atua na categoria ligeiro (até 60kg), recentemente conquistou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens, em março, tendo no currículo também o pentacampeonato nacional, de 2011 a 2015, e a prata no Mundial de Jovens de Judô 2013, nos Estados Unidos. Já Larissa Oliveira, que também atua na categoria ligeiro (até 52kg), foi bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. "Devemos ir para o Parapan, em São Paulo, com cerca de 22 atletas. O Thiego e a Larissa são duas apostas do Brasil, que está começando uma renovação para o ciclo paralímpico", explica Reinaldo.

O Parapan-Americano de Judô da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos , sigla em inglês) será realizado de 23 a 27 de agosto, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Inscrições - O Projeto Dorinha, que tem o apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e dá a oportunidade de praticar judô, atende crianças em situação de risco social, deficientes visuais, autistas, com Síndrome de Down, paralisia cerebral e deficientes físicos. Atualmente, cerca de 150 jovens são atendidos, aumentando o espaço para reinserção social e revelação de talentos esportivos.

Em julho, o projeto receberá 70 novas inscrições, sendo 40 vagas para jovens sem deficiência e 30 para pessoas com deficiência. A preferência é para atletas de 4 a 12 anos, com a obrigação de estar estudando. A Associação Souza Filho de Artes Marciais (Asfam) fica localizada na avenida Alcindo Cacela, entre Bernal do Couto e Oliveira Belo, no bairro do Umarizal, em Belém.

Com informações da assessoria da Seel.

 

 

https://ci6.googleusercontent.com/proxy/RnNZfQn2o2xpggJQqefCOervMbPIci5mujDPJnvl43kv6Rtxjyh5gHN_JKVzeU-aaGz3pePFgxfoAAtZJZNx8mveVTc-11j98EfuAJVcumUenA=s0-d-e1-ft#https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou, em seu site, o regulamento das Paralimpiadas Escolares deste ano. O evento teve 900 participantes em 2016 e espera neste ano, 1,2 mil atletas participem das provas.

Esta será a 11ª edição das paralimpíadas e será realizada em São Paulo, no Centro Paralímpico Brasileiro.

##RECOMENDA##

Neste ano, o CPB vai oferecer 11 modalidades, como atletismo, bocha, futebol de cinco, futebol de sete, goalball, judô, natação, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, voleibol sentado, basquete em cadeira de rodas.

As Paralimpíadas Escolares serão disputadas de 21 a 24 de novembro, mas as inscrições precisam ser feitas no período de 7 a 21 de agosto pela internet, no site: http://cadastro.cpb.org.br/.

Para mais informações sobre o evento, acesse: http://www.cpb.org.br/documents/20181/53765/Regulamento+Paralimpiadas+Escolares+2017+-+OFICIAL.pdf/e8e14c6a-0b15-41b6-8bae-c93a457cd3be

Os aeroportos brasileiros bateram um novo recorde de aprovação e pontualidade durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016. A Secretária de Aviação Civil registrou 91% de aprovação do passageiro no período dos Jogos e 95,3% de pontualidade nos voos. 

Segundo os dados, o índice de aprovação foi o mais alto já registrado pela série histórica que mede a opinião dos viajantes. Em uma escala de 1 a 5, a nota média da avaliação alcançou 4,30, resultado melhor que o obtido durante a Olimpíada (4,27). Isso significa que 9 em cada 10 entrevistados consideram os aeroportos bons ou muito bons. Os números referem-se ao período de 1 a 19 de setembro, que compreende desde as chegadas até as partidas. A pesquisa é realizada pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. 

##RECOMENDA##

"Este foi o nosso grande trunfo, em especial no Galeão, Santos Dumont e Guarulhos: oferecer, nos aeroportos, que são entes públicos, a acessibilidade adequada. Preocupar-se com o cuidado, a prontidão, a ajuda profissional e irrestrita em cada etapa do embarque ou desembarque faz parte da nossa missão, que é, em suma, a de demonstrar respeito e realizar um atendimento digno a essas pessoas. E tenho a honra de dizer que entregamos isso a cada passageiro que chega ao aeroporto, seja para embarcar ou desembarcar", afirma o diretor de Gestão Aeroportuária do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Paulo Henrique Possas. 

Para efeito de comparação, aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), embarcou cerca de 1 mil cadeirantes em um só dia, número 14 vezes maior que a média de dias comuns, com 70 passageiros em cadeiras de rodas. Ao todo, cerca de 3,3 mil passageiros em cadeiras de rodas passaram pelo terminal no período de 1° e 19 de setembro. 

Durante esse período, os nove principais aeroportos do evento (Galeão, Santos Dumont, Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Cofins, Brasília, Salvador e Manaus) movimentaram 6,56 milhões de pessoas, sendo 440 mil provenientes de voos não regulares. Foram registradas ainda 28,2 mil partidas de aeronaves, o que representa uma média diária de 2,5 mil decolagens. Os números referem-se aos primeiros 20 dias de setembro. 

Por Antonio Henrique 

Assim como acontecera na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, a festa de encerramento também teve protesto contra o presidente da República, Michel Temer. Mas, em vez das vaias, a manifestação foi "silenciosa": guitarrista da banda Nação Zumbi, Lucio Maia exibiu para as câmeras de TV a inscrição "Fora, Temer" atrás do instrumento musical.

O protesto aconteceu cerca de 35 minutos após o início da festa de encerramento. Como o palco fica longe das arquibancadas, a inscrição só pôde ser vista pela TV, na transmissão ao vivo. O músico aproveitou o momento em que o câmera do palco lhe filmava de perto para virar a guitarra e mostrar a inscrição.

##RECOMENDA##

Nas redes sociais, o público se dividiu com a atitude do guitarrista. Enquanto muitos aprovaram o protesto, outros criticaram a atitude. Na cerimônia de abertura, Michel Temer esteve no Maracanã e foi vaiado quatro vezes. Ele não compareceu à festa de encerramento.

Entre as autoridades estavam presentes Eduardo Paes, prefeito do Rio; Luiz Fernando Pezão, governador licenciado; Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados; Raul Jungmann, ministro da Defesa; Leonardo Picciani, ministro do Esporte, entre outros.

Os diretores da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 mudaram o perfil da festa em comparação à cerimônia de abertura. O Maracanã recebe uma festa mais musical e menos cênica. O número de músicos participantes é extenso. Vanessa da Mata, Gaby Amarantos, Andreas Kisser, Nação Zumbi, Ivete Sangalo, Armandinho, entre outros. A festa teve início com um número de percussão com músicos com deficiência auditiva.

Nas cerimônias anteriores dos Jogos Rio 2016 o centro do campo era ocupado por uma superfície branca, onde eram projetadas várias imagens que compunham o espetáculo cênico. Desta vez, o campo está todo ocupado por cadeiras para os atletas das delegações e espaços para que os cadeirantes possam assistir à cerimônia, concentrada em um enorme palco, no canto do campo.

##RECOMENDA##

A cerimônia – com ares de festival de música – recebeu o guitarrista Andreas Kisser, Armandinho e Johnatha Bastos. Os três fizeram uma série de performances misturando heavy metal e frevo. Johnatha chama atenção por ser um exímio guitarrista, tocando sua guitarra com os pés, uma vez que nasceu sem os braços. Foi um dos atos de abertura da festa.

Números musicais estarão presentes durante a maior parte da festa. A música cederá espaço aos discursos de Philip Craven, presidente do Comitê Internacional Paralímpico (IPC), e de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016. Haverá também pausas para homenagens, como os atletas que receberão o prêmio Whang Youn Dai, dado àqueles que melhor representam o espírito paralímpico. Está programada também uma homenagem ao ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad, que morreu durante a disputa da prova de ciclismo de estrada, ontem (17).

O encerramento da festa ficará a cargo de alguns dos mais populares artistas do país. Ivete Sangalo, Nego do Borel e Gaby Amarantos cantarão uma série de sucessos, como Esperando na Janela e Só Love. Os atletas, que não desfilaram, puderam assistir toda a festa desde o começo.

Um dos maiores nomes da natação paralímpica brasileira, Clodoaldo Silva anunciou oficialmente sua aposentadoria das piscinas na tarde deste domingo. No Rio-2016, ele conquistou uma prata e encerrou a carreira com 14 medalhas em Jogos Paralímpicos. Mas o nadador afirmou que isso não foi o mais importante na sua trajetória. "Nossa maior missão não é estar no lugar mais alto do pódio. Nossa maior missão é incentivar pessoas, seja no esporte, seja na vida", disse.

No anúncio da aposentadoria, Clodoaldo, de 37 anos, fez uma brincadeira. "Não vou pendurar mais a minha sunga, porque meus colegas me convenceram que é obsceno. Vou pendurar os óculos e a touca", declarou. "São cinco Paralimpíadas. Estou velho pra caramba!"

##RECOMENDA##

Ele disse que a despedida das piscinas nesta edição dos Jogos Paralímpicos foi especial. "Por mais que eu achasse que iria me despedir no Rio de Janeiro, não esperava que seria tão bom. Poder conquistar uma prata junto com o Daniel, com a Joaninha e com a Susana, foi algo demais", destacou, em referência à prata conquistada no revezamento 4x50 metros livre 20 pontos.

A história de Clodoaldo Silva em Jogos Paralímpicos começou em Sydney-2000, quando ele conquistou quatro medalhas. Desde então, subiu ao pódio em todas as edições. No Rio, Clodoaldo participou de três provas, ficando com a prata no revezamento e chegando a 14ª medalha paralímpica.

Há quatro anos, Clodoaldo chegou a afirmar que se aposentaria após os Jogos de Londres-2012, mas acabou mudando de ideia por causa do nascimento da filha, Anita, no ano anterior. "Em Londres estava tudo programado para eu parar, mas uma das principais coisas que fizeram eu continuar foi o nascimento da minha filha. Eu queria que ela me visse não em imagens, com alguém contando pra ela. Queria ver ela na arquibancada torcendo, 'vai papai, vai papai'. Ela já sabe nadar e me incentiva pra caramba. Ela tinha que assistir tudo aquilo", contou Clodoaldo.

HOMENAGEM - Maior medalhista da história da natação masculina paralímpica, Daniel Dias foi só elogios a Clodoaldo Silva. "Falar do Clodô é fácil e difícil ao mesmo tempo. É um cara sensacional, sempre me apoiou. Passamos por grandes momentos juntos, rimos e choramos muito, disse Daniel.

"Fazer parte desse momento com ele foi algo incrível. Tenho que agradecer por tudo o que ele fez não só para o esporte adaptado, mas para o esporte brasileiro. Ele somou muito, e fico feliz de seguir essa história", completou Daniel Dias.

Daniel Dias foi o grande nome dos Jogos Paralímpicos do Rio. Com nove medalhas no pescoço, ele sai como o atleta que mais subiu ao pódio, à frente de três ucranianos, todos da natação, que conquistaram oito medalhas: Maksym Krypak, Ievgenii Bogodaiko e Denyz Dubrov. O brasileiro só não foi o melhor em número de ouros. Ele conquistou quatro medalhas douradas, enquanto o bielorrusso Ihar Boki garantiu seis ouros.

"Nem nos melhores sonhos imaginava isso. Tinha objetivo de nadar seis provas individuais e conquistar medalhas em todas elas, e no revezamento dar o melhor e ajudar meus companheiros a conquistar medalhas. Ganhar nove medalhas é sensacional, a ficha ainda não caiu", afirmou o atleta.

##RECOMENDA##

Foram quatro medalhas de ouro para o brasileiro nas provas de 50m, 100m e 200m livre, e 50m costas, todas na classe S5. Ele ganhou três de prata, nos 100m peito (SB4), no revezamento 4x100m livre 34 pontos e no revezamento 4x50 m misto 20 pontos. E sua coleção se completou com duas medalhas de bronze, nos 50m borboleta (S5) e no revezamento 4x100m medley 34 pontos.

"Esse ano foi bem diferente para mim. Tive uma lesão, a primeira em dez anos de carreira, fiquei um mês parado. Em Londres, foram seis medalhas, tinha 24 anos. Sabia que seria difícil, ainda mais porque meus adversários se especializam em algumas provas e eu nado muitas", comentou o atleta.

No Rio, Daniel chegou a 24 pódios em sua trajetória na história dos Jogos Paralímpicos, ultrapassando o australiano Matthew Cowdrey. Com isso, ele se tornou o maior nadador paralímpico em número de medalhas. Acima dele só estão mulheres da natação, como Claudia Hengst, da Alemanha, com 25, Béatrice Hess, da França, com o mesmo número, e a inalcançável Trischa Zorn, dos Estados Unidos, que subiu 55 vezes ao pódio paralímpico em sua carreira.

"Realmente não estava fazendo essa conta. Procurei viver a cada dia, acabou dando nove medalhas, me tornei o maior medalhista masculino da natação, mas tem uma mulher que está muito longe, acho que não chego lá", disse, rindo. "Eu tento sempre mostrar o esporte paralímpico, isso é muito importante."

Em tom ufanista, o Comitê Rio-2016 fez um balanço dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos neste domingo (18), considerando que os eventos "entrarão para história" e que "nenhuma cidade mudou tanto como o Rio nos 120 anos" de Jogos Olímpicos da era moderna. O comitê manteve o discurso de que tudo isso foi possível "com os Jogos mais econômicos da história". A organização dos dois eventos consumiu R$ 9,14 bilhões de reais e necessitou de um aporte emergencial de recursos públicos que poderá ultrapassar os R$ 200 milhões.

Às vésperas da Paralimpíada, o comitê foi à Prefeitura do Rio e ao Palácio do Planalto buscar R$ 250 milhões. O governo municipal liberou até R$ 150 milhões em convênios, enquanto que o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou que empresas estatais poderiam investir até R$ 100 milhões em patrocínios.

##RECOMENDA##

Os valores repassados até o momento ficaram abaixo disso. O Rio-2016 informou que gastou R$ 30 milhões da Prefeitura para custear viagens de atletas da Paralimpíada - a entidade ainda poderá utilizar mais desses recursos -, enquanto que os patrocínios das empresas estatais estão na casa dos R$ 70 milhões.

Mesmo assim, o comitê não contabiliza os patrocínios estatais como dinheiro público. "Quem entrou no Parque Olímpico viu um cartaz enorme da Petrobras. Ela fez um estande onde estava vendendo seus produtos, sua marca. Nós vendemos esse espaço para a Petrobras, como milhares de empresas privadas fizeram, e algumas empresas estatais fizeram. Nós não achamos que isso é um aporte (de dinheiro público), que isso sai de outras coisas e vai para o comitê", afirmou o CEO do Rio-2016, Sidney Levy.

"É uma peça de publicidade que as empresas têm. Elas estão lucrando com isso. Nós colocamos na cerimônia de encerramento, para todo o universo de TV, a expressão 'Be Brasil', que é o slogan que a Apex está lançando. Qual o valor disso? É um valor enorme. A Apex comprou esse direito e pagou um valor baratíssimo ainda por cima", continuou o executivo.

Para Levy, os Jogos custaram o que fora prometido. "Em 2009, o Nuzman (Carlos Arthur Nuzman, presidente do Rio-2016) foi a Copenhagen levar a proposta de candidatura do Rio de US$ 2,8 bilhões. A gente fica extremamente feliz de vir aqui dizer que o gasto total será de US$ 2,8 bilhões", declarou. Nos últimos anos, o comitê vinha tomando por base a cifra de R$ 7,4 bilhões. Convertidos, os US$ 2,8 bilhões chegam ao montante de R$ 9,14 bilhões.

A justificativa da entidade está na variação do câmbio da moeda americana. "Nós nos comprometemos a fazer os Jogos sem nenhum recurso público. Durante essa jornada, nós flutuamos essa realidade orçamentária", disse Levy. "Não passará de 1% do total do aporte de recursos públicos dentro do comitê", prometeu.

UFANISMO - Presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman abriu a entrevista coletiva fazendo um discurso enaltecendo os Jogos do Rio-2016. "Podemos dizer de cabeça erguida que temos uma missão cumprida", declarou. "Há um conjunto de fatores que trouxemos todos esse anos que nos levam a dizer que a missão foi cumprida. Vai deixar um legado ao movimento olímpico e paralímpico imensurável. Nós abrimos as portas para novas regiões do mundo."

Nuzman afirmou que "certamente são os Jogos mais econômicos de toda a história", e foi além. "Nos 120 anos (de Jogos Olímpicos da era moderna) tivemos marcos importantes, de cidades que puderam mudar a direção do que poderia ser feito. O Rio aproveitou essa oportunidade e isso nos orgulha muito", disse.

"O mundo foi contagiado pela paixão dos cariocas e brasileiros", prosseguiu Nuzman. "Foi a maior transformação de uma cidade nos Jogos Olímpicos. Nesses 120 anos, nenhuma mudou tanto", insistiu. "Ninguém apaga a história. São imagens, documentos, livros. Essa história, dos Jogos do Rio-2016, nos orgulha muito, a mim pessoalmente."

O Brasil perdeu a chance de conquistar uma nova medalha no último dia da Paralimpíada do Rio. Neste domingo (18), a equipe de vôlei sentado do País caiu na disputa do bronze em uma partida emocionante com o Egito, que venceu por 3 sets a 2, com parciais de 28/26, 29/31, 19/25, 25/22 e 15/13, no Pavilhão 6 do Riocentro.

O time brasileiro já havia sido derrotado por este mesmo adversário na primeira fase da competição, também por 3 a 2. Ainda assim, avançou às semifinais, na qual caiu por 3 a 0 para o Irã. Os iranianos, aliás, decidem a medalha de ouro ainda neste domingo, diante da Bósnia-Herzegovina.

##RECOMENDA##

Com a derrota, o Brasil só pode ganhar novas medalhas neste último dia de competições nas disputas das maratonas. O País tenta melhorar o desempenho, já que caiu de rendimento nos últimos dias e ocupa, agora, somente a oitava colocação no quadro de medalhas, com 14 de ouro, 29 de prata e 28 de bronze.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando