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A Tesla anunciou, nesta segunda-feira (2), ter entregue 1,31 milhão de veículos elétricos em 2022 - um recorde -, 40% a mais do que em 2021, mas este número é inferior às suas previsões e às de Wall Street.

A empresa de Elon Musk fixou como meta aumentar suas vendas em 50% por ano no longo prazo. Este objetivo pode flutuar.

Em nota divulgada nesta segunda, a companhia destacou o impacto da covid em suas operações, após o fechamento por várias semanas de sua fábrica na China, e problemas na cadeia de abastecimento.

Os analistas esperavam mais: suas estimativas chegavam a 427.000 entregas de veículos no quarto trimestre, mas o número ficou em 405.000.

A Tesla ofereceu promoções especiais a quem aceitasse comprar um carro antes do fim do ano.

Alguns especialistas do setor automotivo temem uma diminuição da demanda de veículos da Tesla, com preços acima dos praticados pelas concorrentes, em um contexto de incerteza econômica.

Após subir fortemente em 2020 e 2021, a ação da Tesla caiu 65% em 2022.

O Brasil chegou a 987 mortes por dengue este ano, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira, 26, pelo Ministério da Saúde. O número é o novo recorde anual de óbitos pela doença, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015. Desde a década de 1980, quando a dengue ressurgiu no País, não se registraram tantas mortes em um único ano. Como o levantamento considerou os casos registrados até o último dia 17 e ainda há 100 óbitos em investigação, o País ainda pode fechar o ano de 2022 com mais de mil mortes por dengue.

As mortes este ano já superam em mais de 400% as registradas em todo o ano de 2021, quando houve 244 óbitos. O Estado de São Paulo se mantém à frente em número de mortes, com 278 óbitos registrados, seguido por Goiás, com 154. Em uma evidência de que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, está se adaptando aos climas mais frios, os Estados da Região Sul aparecem na sequência, completando a lista dos cinco com maior número de mortes: Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).

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Mais casos

O número de casos prováveis de dengue chegou a 1.414.797, com taxa de incidência de 663,2 por 100 mil habitantes. Houve aumento de 163,8% em relação aos casos do mesmo período de 2021. A região Centro-Oeste teve a maior incidência até agora, com 2.028,4 por 100 mil habitantes. O município brasileiro com mais registros é Araraquara, no interior de São Paulo, com 8.716,1 casos por 100 mil moradores. Já em número absoluto, Brasília lidera com 68.654.

'Faltou ação em prevenção'

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os números indicam que houve descuido com a prevenção da doença. "Ainda nem acabou a contagem, pois tem dados represados e 100 óbitos em investigação, e já batemos o recorde histórico de mortes por dengue em um ano. Ultrapassamos também 1,4 milhão de casos. Com certeza é o pior ano da dengue em todos os aspectos e isso não aconteceu por acaso. Faltou ação do governo federal em prevenção", disse.

O número baixo de casos no ano passado, segundo ele, pode ter contribuído para que a população relaxasse nos cuidados básicos, como a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor. "Dengue é uma luta contínua, é preciso mostrar que a doença mata e isso se faz com campanhas. Em abril deste ano, nós da Sociedade Brasileira de Infectologia fizemos o primeiro alerta para o grande número de óbitos e a necessidade de retomar as campanhas. Não foi por falta de aviso."

Segundo ele, a condição climática também contribuiu para o aumento de transmissão. "Estamos vivendo um ano mais chuvoso por conta do fenômeno La Nina e o mosquito Aedes aegypti precisa de água e calor para se reproduzir. Outra questão é que, por conta do aquecimento global, o mosquito vai expandindo suas fronteiras, reproduzindo onde antes não aparecia. Não é à toa que temos um grande número de casos e de óbitos nos estados da Região Sul."

Mais chikungunya

O infectologista chamou a atenção para o aumento de casos e mortes por chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito. "Isso indica que o Aedes ficou livre e solto para se reproduzir por falta de uma ação mais efetiva de controle." Até 17 de dezembro, foram confirmados 93 óbitos por chikungunya no Brasil, quase sete vezes mais que as 14 mortes de todo ano de 2021. O País já registrou 172.082 casos prováveis, 78% a mais do que no mesmo período de 2021.

O Ministério da Saúde informou que monitora de forma constante a situação epidemiológica da dengue e das demais arboviroses no Brasil. A pasta destacou que investe em ações de combate ao mosquito de forma permanente, como a promoção de campanhas que ajudam a orientar a população sobre a prevenção da doença, distribuição de inseticidas e larvicidas aos Estados e municípios, bem como a realização periódica de reuniões com gestores para avaliação do cenário nacional e estratégias de combate.

A polícia de fronteira do Canadá anunciou uma apreensão recorde de quase 2,5 toneladas de ópio escondidas em contêineres no porto de Vancouver, no oeste do país.

"Esta é a maior apreensão de ópio já realizada até o momento pela agência", disse a Agência de Serviços Fronteiriços do Canadá (CBSA, na sigla em inglês) em um comunicado datado de sexta-feira (16).

O órgão não especificou a origem da droga nem se houve prisões. Mas a investigação, iniciada em setembro pela polícia federal, continua, indicou.

Os 2.486 quilos de ópio foram descobertos usando tecnologia de raios-X, depois que "um exame físico minucioso" encontrou irregularidades nos paletes de 19 contêineres marítimos, explicou a CBSA, que forneceu fotos.

Vancouver é o maior porto do Canadá e a principal porta de entrada de mercadorias da Ásia.

O Canadá e os Estados Unidos sofrem há anos com um grande fluxo de opioides, como o fentanil, que chegam ilegalmente da Ásia, constituindo um significativo problema de saúde pública em ambos os países.

O número de overdoses por opioides entre adolescentes de 10 a 18 anos mais que dobrou nos Estados Unidos entre 2019 e 2021, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira pelas autoridades de saúde do país.

Após queda nas exportações durante a pandemia, o setor produtor de cachaça já vinha mostrando recuperação em 2021, mas agora tem motivos maiores para comemorar. O setor registra, este ano, um recorde no valor exportado. Foram US$ 18,47 milhões exportados, o maior valor dos últimos 12 anos e 54,74% maior que as exportações de 2021. O levantamento do Comex Stat, o sistema de dados de comércio exterior do governo federal, e compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), traz dados de janeiro a novembro.

Os números se destacam principalmente por serem de um período imediatamente após os piores anos da pandemia da covid-19 e, mesmo assim, trazerem cifras superiores ao período anterior à crise sanitária mundial. Em 2019, por exemplo, foi registrado um valor de exportação de US$ 14,60 milhões. Os números de 2022 superam os de 2019 em aproximadamente US$ 4 milhões. Houve ainda um crescimento no volume exportado. Foram 8,6 milhões de litros exportados, um aumento de 30,38%.

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Para Carlos Lima, diretor executivo do Ibrac, as boas notícias são resultados da soma de alguns fatores, principalmente o retorno das atividades econômicas após a retração provocada pela covid-19. “Acho que isso se deve a um momento de retomada pós-pandemia. Apesar de termos tido um crescimento no ano passado, a volta efetiva dos bares e restaurantes trouxe um otimismo no mercado”, disse à Agência Brasil. Lima também atribuiu a retomada dos eventos como um fator de influência nesses números.

Atualmente, a cachaça é exportada para 72 países. Em termos de valor exportado, os principais são os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, França e Paraguai. Este ano trouxe, inclusive, um aumento significativo na participação de alguns desses países, que até então não estavam entre os principais mercados. Portugal mais que dobrou nos valores de cachaça importada do Brasil e a Itália teve um aumento de 180% nas cifras.

Lima entende que as ações de promoção da cachaça como um produto para exportação também contribuíram. O Ibrac realiza com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) um projeto de promoção de exportação da cachaça. Consiste em ações de promoção da cachaça e com proteção da denominação da cachaça como uma marca.

Micro e pequenas empresas, inclusive, têm sido inseridas no mercado internacional no contexto desse programa. A intenção do Ibrac é aumentar a base exportadora e manter os bons números nos próximos anos. “O Ibrac vem ao longo dos últimos anos investindo em ações de imagem da cachaça e promoção de oportunidade da cachaça. Empresas já investem há alguns anos no mercado internacional, e agora o país está desfrutando disso”, disse Carlos Lima.

O Brasil deve bater o recorde em mortes por dengue este ano e pode ultrapassar, pela primeira vez, o número de mil óbitos anuais. Até o dia 19 de novembro, quando foi divulgado o mais recente boletim do Ministério da Saúde, haviam sido registrados 975 óbitos, muito próximo das 986 mortes ocorridas em 2015, o maior índice desde que a doença ressurgiu no País, na década de 1980. O número já é quase quatro vezes maior que o total de mortes do ano passado, quando houve 246.

A maior incidência de dengue acontece em um momento em que o Brasil enfrenta também uma retomada da pandemia de Covid-19. Em algumas cidades, as prefeituras estão sendo obrigadas a readequar o sistema de saúde para atender as duas doenças. "Estamos tendo a confluência das duas, o que é consequência da má administração da saúde pública. No caso da dengue, é uma situação trágica, pois nunca matou tanto quanto agora", disse o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Segundo os dados do ministério, o número de casos prováveis de dengue cresceu 175,1% este ano, em comparação com o mesmo período de 2021, com 1,39 milhão de casos, incidência de 651,9 por 100 mil habitantes. A Região Centro-Oeste é a mais crítica, com incidência de 1.977 casos por 100 mil moradores, seguida da Região Sul (1.041,2 por 100 mil). A cidade paulista de Araraquara tem a maior incidência por município - 8.754,4 por 100 mil habitantes -, seguida pela também paulista São José do Rio Preto - 4.199,1 por 100 mil.

Com 323,9 mil casos positivos da doença, o Estado de São Paulo detém o maior número de mortes por dengue, com 276 registros, segundo o ministério, seguido por Goiás (151), Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66). No País, outros 99 óbitos estão em investigação. Houve ainda 85 mortes por chikungunya. As duas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera com mais facilidade em condições de calor e umidade, como ocorre atualmente.

ALERTA NACIONAL

O aumento nos casos de dengue levou a Sociedade Brasileira de Infectologia a divulgar um alerta nacional, lembrando que o quadro é preocupante e reforçando a necessidade da adoção de medidas preventivas contra a doença. "É urgente que tenhamos uma política de retomada efetiva para combater o vetor da dengue (o mosquito Aedes aegypti). A situação é crítica, por isso fizemos esse alerta nacional", disse Barbosa. Ele lembrou que, em junho deste ano, quando a letalidade já superava a casa das 500 mortes, a SBI avisou sobre a necessidade de reforçar a prevenção.

Outro aspecto observado, segundo ele, é que a dengue não está restrita a regiões quentes do Brasil, um sinal de que as mudanças climáticas têm afetado o risco de proliferação do mosquito. Os Estados do Sul, por exemplo, apresentam índices expressivos, seja no interior ou no litoral, o que expressa mais uma preocupação dos especialistas.

Além disso, segundo o infectologista, a atenção tem de ser permanente. "Precisamos de recursos para o controle da dengue, que é uma doença que pode ser grave e levar a óbito. Todas as pessoas estão suscetíveis e a conscientização é indispensável", disse.

Para o infectologista, embora sejam doenças distintas e sem um elo entre elas, tanto a Covid-19 quanto a dengue podem ser controladas com medidas preventivas. "No caso da Covid, é ter a população extremamente vacinada com dose de reforço, vacinar crianças de zero a 3 anos, ampliar o acesso à vacina bivalente e à medicação já disponível, e fortalecer as medidas preventivas, como máscaras, para a população mais vulnerável. No caso da dengue, é acabar com os criadouros do mosquito e acelerar a aprovação de vacinas."

APÓS DENGUE, COVID

Em Araraquara, líder nacional em incidência de dengue, os casos de Covid-19 explodiram, saltando de 97 na semana de 4 a 10 de novembro, para 916 na semana de 25 de novembro a 1 de dezembro. O índice de positividade saltou de 8,4% para 26,7%. Na sexta-feira, 14 pacientes estavam internados com a doença, sendo 11 em enfermaria e 3 em UTI. Houve duas novas mortes. Desde o dia 28 de novembro, o uso de máscaras voltou a ser obrigatório no transporte público, nos prédios públicos municipais e em todas as escolas. A partir de ontem a vacinação dos públicos infantil (a partir de 3 anos) e adulto foi levada à Praça Santa Cruz, das 17h30 às 20h30, aproveitando o horário especial do comércio de fim de ano.

Já para a dengue, a prefeitura informou que os números atuais foram influenciados pela epidemia registrada no primeiro semestre deste ano. Em julho, os números começaram a cair. "Mesmo tendo superado o movimento de epidemia, as equipes de controle de vetores não interromperam as ações de combate ao mosquito e de avaliação dos índices de larvas. São mantidas as vistorias de cada em casa todos os dias do ano", disse. Com a queda no número de casos, o "dengário" foi desativado e o atendimento é feito em todas as unidades de saúde, onde também são atendidos casos de Covid. A cidade registrou 21.058 casos e 19 mortes por dengue este ano.

APOIO A MUNICÍPIOS

A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou ter liberado recentemente R$ 93 milhões para os municípios paulistas em apoio às ações de combate ao mosquito da dengue e para ampliar a vacinação contra a Covid-19. De 21 a 26 de novembro, foi realizada a semana estadual de mobilização de combate ao mosquito, envolvendo prefeituras e organizações públicas. A pasta lembrou que o enfrentamento ao mosquito da dengue é uma tarefa contínua e coletiva.

Quanto à Covid-19, a secretaria informou que monitora o cenário epidemiológico em todo o território estadual, reforçando a importância da população procurar os postos para tomar as doses de reforço da vacina, que evitam os casos mais graves da doença. Conforme a pasta, é grande o número de pessoas sem o reforço. "A quantidade de pessoas aptas a tomar a primeira e a segunda dose adicional do imunizante, mas que ainda não o fizeram, totalizam respectivamente, 10 milhões e 6,7 milhões no Estado", disse.

O Ministério da Saúde informou que monitora de forma constante a situação epidemiológica da dengue em todo o País. A pasta destacou que investe em campanhas que orientam sobre a prevenção e distribui inseticidas e larvicidas aos Estados, além de realizar periodicamente a avaliação do cenário nacional.

Ainda segundo a pasta, também em relação à Covid-19 são desenvolvidas estratégias de combate, o que inclui distribuição de vacinas, medicamentos, testes, habilitação de leitos e repasse de recursos para os municípios. Para garantir a continuidade da imunização e a máxima proteção contra a Covid, a estratégia de vacinação para o próximo ano já foi discutida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Também foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) medicamentos para o tratamento da Covid-19.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além de uma goleada incontestável, a vitória de Portugal sobre a Suíça pelas oitavas de finais da Copa do Mundo, por 6x1, nesta terça-feira (6), também teve um fato histórico para o mundo do futebol. O zagueiro Pepe, autor do segundo gol, se tornou o jogador mais velho a marcar em um mata-mata de uma edição do mundial. 

Aos 39 anos e 283 dias, Pepe, nascido em Alagoas e naturalizado português, quebrou o recorde de um jogador histórico, principalmente para os africanos. O camaronês Roger Milla detinha a marca ao fazer um gol nas oitavas da Copa de 90, contra a Colâmbia, aos 38 anos e 34 dias.

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O jogador de Camarões ainda é o mais velho a balançar as redes em qualquer fase da competição. Ele marcou um gol contra a Rússia, no mundial de 1994, aos 42 anos e 39 dias.

Em 2021, 18,7% dos pernambucanos viveram com cerca de R$ 171 por mês, o que se encaixa no parâmetro de extrema pobreza do Banco Mundial. O percentual equivale a aproximadamente 1,8 milhão de pessoas e é o segundo maior de todo o Brasil, estando atrás, apenas, do estado do Maranhão. A informação foi divulgada pelo IBGE nessa sexta-feira (2), através da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2021. 

O rendimento médio domiciliar per capita também foi o maior desde 2012. Apesar do valor ser quase cinco vezes maior que o obtido pelo grupo da extrema pobreza, o pernambucano médio sobreviveu, no ano passado, com cerca de R$ 828. No recorte por gênero, homens ganharam mais, com R$ 871 frente a R$ 807 das mulheres. Já no recorte de raça, a diferença aumentou: R$ 1.184 para brancos e R$ 676 para pretos ou pardos.  

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Além disso, 51% da população do estado, ou 4,9 milhões de pessoas, está abaixo da linha da pobreza, delimitada por rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou seja, R$ 495 por mês. Este percentual está atrás apenas dos estados do Maranhão e Alagoas. A pesquisa estima que, se não houvesse nenhum tipo de benefícios sociais, 25,5% dos pernambucanos viveriam na extrema pobreza e 55% da população viveria na pobreza. 

Entre os 40% de pessoas com menores rendimentos, o rendimento domiciliar médio per capita é de R$ 188, o segundo menor do país, mais uma vez, atrás apenas do Maranhão. Já os 10% da população com maiores rendimentos recebem, em média, R$ 3.943. Isso significa que o percentual de população com maiores rendimentos recebe 21 vezes mais do que o percentual de população com menores rendimentos. 

Concentração de renda 

Em 2021, Pernambuco voltou a ter a terceira maior concentração de renda do Brasil, de 0,579, atrás apenas de Roraima (0,596) e Rio Grande do Norte (0,587). O estado teve o maior indicador desde 2012, quando a pesquisa passou a usar os dados da PNAD Contínua. Já a média nacional foi de 0,544, a mesma do ano anterior. 

O Recife, por sua vez, foi a segunda capital mais desigual do país em 2021, com índice de Gini de 0,606, atrás apenas de Aracaju (0,618). Em 2020, a cidade ocupou a quarta posição e, em 2019, a capital pernambucana havia alcançado o maior índice. A Síntese de Indicadores Sociais estima que, sem benefícios de programas sociais ou governamentais, o Índice de Gini em Pernambuco e no Recife pularia para 0,627 e 0,634, respectivamente. 

Desemprego 

De acordo com a pesquisa, a taxa de desocupação em Pernambuco aumentou em 2021, chegando a 20,2%. É o terceiro maior índice do país, superado apenas pela Bahia (21,3%) e por Sergipe (20,6%). Em números absolutos, 830 mil pessoas procuraram emprego em algum momento do ano passado e não encontraram. Em 2020, o mesmo índice havia sido de 17,1%. 

No recorte por sexo, a desocupação entre as mulheres foi ainda maior, alcançando 25% no período, enquanto, para os homens, o índice era de 16,9%. Por cor ou raça, a taxa de desocupação entre os brancos foi de 18,6%. Entre os pretos e pardos, o percentual aumenta para 21,1%.  

A SIS também mostra o quanto os jovens sofreram com o desemprego no estado em 2021: a taxa de desocupação foi de 32,1% entre a população de 14 a 29 anos, contra 17% para a faixa de 30 a 49 anos e 8,7% para os trabalhadores de 50 anos ou mais. 

O Pix bateu um novo recorde no número de transações diárias na última quarta-feira, 30: foram realizadas 99,4 milhões de transações pelos usuários, segundo dados do Banco Central. A data do recorde coincidiu com o último dia para o pagamento da primeira parcela do 13º salário.

O recorde anterior havia sido de 93,6 milhões de transações feitas em apenas 24 horas, no dia 7 de outubro.

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O Pix é um sistema de pagamentos instantâneos, desenvolvido pelo Banco Central e implementado em 2020.

Em outubro, o número de usuários "pessoa física" cadastrados para utilizar o serviço era de mais de 127,8 milhões. No mesmo mês, o Pix teve mais de 2,5 bilhões de transações, movimentando cerca de R$ 1 trilhão.

O sistema, que completou dois anos de funcionamento em novembro, também tem as modalidades Pix Saque e Pix Troco, lançadas no fim de 2021 e que permitem que os usuários façam saques em estabelecimentos comerciais, não apenas em caixas eletrônicos.

A oferta das duas modalidades é opcional e depende dos estabelecimentos.

Em setembro deste ano, o Brasil atingiu o recorde de pessoas em extrema pobreza desde a criação do Cadastro Único (CadÚnico). Ao longo dos quase quatro anos de governo Bolsonaro houve um aumento de 10 milhões de pessoas na condição de alta vulnerabilidade. 

O Cadúnico foi criado em 2001 como uma ferramenta no processo de concessão de programas sociais do governo federal, como o atual Auxílio Brasil.

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A legislação define que famílias em extrema pobreza sobrevivem com a renda de R$ 105 por pessoa. No último mês, o Brasil atingiu 49 milhões de pessoas na miséria.

O índice é o mais alto já registrado e representa 23% da população que precisa de ajuda do governo para sobreviver.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) é o candidato ao Palácio do Planalto que mais responde a processos propostos por adversários no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Levantamento obtido pelo Estadão mostra que Bolsonaro é alvo de quase 25% das ações em tramitação na Corte - os motivos vão desde a disseminação de fake news até abuso de poder político e econômico.

O TSE tinha até o dia 2 de setembro 110 processos em tramitação. Somente Bolsonaro responde a 25 desses casos, em sua maioria ajuizados pelo PT e pela coligação Brasil de Esperança, que apoia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. Ao todo, foram 16 representações apresentadas pelo PT e aliados.

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O presidente é acusado de ter feito propaganda eleitoral antecipada, propagar ideias negativas contra adversários, disseminar notícias falsas, realizar ataques à honra dos adversários e incitar a violência.

Campanha

O ex-presidente Lula tem o segundo maior número de processos. O petista é alvo de 14 ações apresentados até o último dia 2. Assim como o atual presidente, as principais acusações são de propaganda eleitoral antecipada, veiculação de discurso de ódio, propagação de ideais negativas contra os adversários e disseminação de notícias falsas.

Uma das acusações sob análise do TSE é a participação de Lula em ato de campanha em Campina Grande (PB). Na ocasião, o ex-presidente disse que a campanha em curso não é comum, pois o seu partido luta contra milicianos e fascistas.

Ciro Gomes (PDT) responde a duas ações por propaganda irregular e falsa acusação de crime ao aludir que Bolsonaro teria comportamento "genocida". Essa última ação foi movida pela coligação Pelo Bem do Brasil, que apoia o presidente. A candidata Simone Tebet (MDB), até agora, não responde a processos no TSE.

Procurada, a campanha de Bolsonaro disse que o alto número de processos contra o presidente se deve à falta de critérios dos adversários para acionar a Justiça Eleitoral. A equipe jurídica de Lula declarou que a coligação "tem tido êxito ao demonstrar a regularidade dos atos". Coordenador jurídico da candidatura de Ciro, o advogado Walber Agra disse que o baixo número de representações contra o pedetista tem relação "com a campanha focada em propostas".

A Amazônia teve 33.116 focos de incêndio em agosto de 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é o maior registrado no mês nos últimos 12 anos (45.018) e mais do que o quádruplo do registro para o período em 2011 (8.002), o menor da média histórica, calculada a partir de 1998.

O registro está acima da média histórica para agosto, de 26.299 focos de queimadas. Além disso, é o mais alto registrado em qualquer um dos meses dos últimos cinco anos, desde setembro de 2017, quando foram identificados 36.569 focos.

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Ainda segundo dados do Inpe, o número de focos em agosto é mais do que o triplo do registrado em 2018, que teve 10.421. Em toda a gestão Jair Bolsonaro, a média desse mês esteve acima de 28 mil registros. O volume mais alto em um mês de agosto foi em 2005, com 63.764 focos de queimadas.

A devastação do bioma acumula outros recordes neste ano, como o de desmatamento. Entre agosto do ano passado e julho deste ano, 8.590 km² da Amazônia foram derrubados, segundo o Deter, sistema também do Inpe.

Além disso, um relatório do MapBiomas apontou que o desmatamento no Brasil cresceu 20,1% em 2021, atingindo 16,5 mil km² em todos os biomas. Em três anos, o País perdeu uma área verde próxima à do Estado do Rio de Janeiro. Na Amazônia, a estimativa é de que sejam derrubadas 18 árvores por segundo. E apenas 27% das áreas desmatadas são alvo de alguma fiscalização.

Mesmo sem dinheiro de empresas privadas, as eleições de 2022 devem igualar ou até ultrapassar o gasto de 2014, a disputa mais cara da história do País. Naquele ano, a maior parte das campanhas foi bancada por construtoras investigadas pela Operação Lava Jato. Agora, só haverá recursos públicos e de pessoas físicas. Mas as campanhas voltaram a ter arrecadações milionárias com o embate acirrado de grupos alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Até outubro, os candidatos terão aproximadamente R$ 6 bilhões em recursos públicos para gastar nas campanhas, somando os fundos eleitoral e partidário. O dinheiro foi distribuído pelos partidos entre seus candidatos de acordo com critérios dos próprios dirigentes das siglas. A esse montante somam-se doações de pessoas físicas que, na estimativa de especialistas em campanhas, devem chegar a um valor recorde neste ano.

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Para se ter uma ideia, nos primeiros dez dias de campanha entraram R$ 165 milhões em doações dessa forma. Somente o empresário José Salim Mattar repassou R$ 2,8 milhões - é o maior doador até agora. As campanhas podem receber também recursos de financiamentos coletivos, as chamadas "vaquinhas".

Assim, o custo da eleição deste ano poderá atingir o de 2014, que chegou a R$ 5 bilhões - com a atualização monetária, o valor movimentado na disputa que elegeu Dilma Rousseff presidente foi de R$ 8 bilhões.

Há outra diferença entre as disputas do período da Lava Jato e de agora que preocupam especialistas. Na eleição de 2014, foram 90 dias para os candidatos pedirem voto. Neste ano, a campanha oficial vai durar apenas 45. Ou seja, os candidatos terão menos tempo para gastar bilhões de reais despejados nas campanhas.

"A demanda real por gastos diminuiu, mas o dinheiro aumentou. O risco de corrupção se elevou demais", afirmou o consultor sênior da Transparência Internacional no Brasil, Michael Mohallem.

Para o consultor, a intenção das últimas mudanças na legislação eleitoral - como a que proibiu o financiamento por empresas - foi diminuir o custo das campanhas, o que deve ser revertido nesta eleição em que os dois protagonistas são, pela primeira vez, o presidente e um ex-presidente.

Inelegíveis

Uma parte do dinheiro público e das doações de pessoas físicas está sendo gasto em campanhas de candidatos que estão na mira da Justiça Eleitoral. Na próxima terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide se o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) poderá manter sua candidatura ao Palácio do Planalto. Para evitar desperdício de dinheiro público, o ministro Carlos Horbach, que indicou a inelegibilidade de Jefferson, se adiantou e suspendeu repasses de fundos eleitorais para a campanha.

Outro que corre risco de perder direito de se candidatar é o deputado Neri Geller (Progressistas-MT), que disputa vaga ao Senado. Condenado por abuso do poder econômico na campanha em 2018, o parlamentar teve o mandato na Câmara e a atual candidatura a senador cassados pelo TSE na semana passada, mas uma decisão da juíza Clara da Mota Santos, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, restituiu seus direitos. O caso deve voltar ao TSE. Enquanto isso, Geller já recebeu R$ 2,7 milhões do fundo eleitoral e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal.

Cassado em 2016, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) começou sua campanha na TV para uma vaga de deputado federal por São Paulo. Na quinta-feira passada, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo, derrubou a liminar que o mantinha na disputa. A campanha continua, enquanto ele aguarda o julgamento no TSE. Cunha já recebeu R$ 1 milhão do "fundão" para financiar sua campanha.

História

O aumento do financiamento público foi articulado por partidos políticos, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. A estratégia foi permitir que as campanhas tivessem uma estrutura parecida com eleições anteriores, mesmo sem depender do financiamento de grandes empresas. O valor do fundo eleitoral entrou no Orçamento da União e é bancado com impostos federais e multas pagas à Justiça Eleitoral.

Além de um "fundão" à disposição dos candidatos, as eleições deste ano têm regras diferentes. É a primeira disputa nacional sem coligações proporcionais, grupos que partidos formavam para eleger deputados. Agora, cada legenda terá que ter sozinha o número de votos necessários para eleger um candidato - que varia de acordo com o Estado e o número de vagas disponíveis. Na prática, o político precisará de mais votos - e, consequentemente, mais dinheiro - para obter uma cadeira na Câmara.

O cargo de deputado passou a ser ainda mais cobiçado com o aumento do poder do Congresso e o acesso ao orçamento secreto. Conforme o Estadão publicou, a disputa tem um número recorde de candidatos à reeleição na Câmara.

"O fundo eleitoral ficou maior sem aumentar a transparência e a fiscalização, que claramente não estão na mesma proporção", disse o diretor da Transparência Brasil, Manoel Galdino. A margem para candidaturas "laranjas", gastos fictícios e enriquecimento ilícito aumentou, de acordo com ele. "É mais do que desperdício, é crime mesmo", alertou.

Teto

O gasto também deve aumentar nas campanhas presidenciais. Em 2018, o presidente Jair Bolsonaro declarou ter gasto R$ 2,5 milhões. O PT informou um total de R$ 37,5 milhões para a campanha de Fernando Haddad. Agora, o limite para a campanha de Bolsonaro e de Lula será de R$ 88,9 milhões. Em um eventual segundo turno, haverá um acréscimo de R$ 44,5 milhões. As campanhas dizem que devem chegar perto do teto, mas o valor final só é conhecido depois da disputa.

Até este domingo, os partidos distribuíram R$ 2,3 bilhões dos dois fundos para 6.044 candidatos. A metade do valor, R$ 1,1 bilhão, entrou na conta de apenas 6% dos candidatos. Quem mais recebeu verba pública foi Lula, R$ 66,7 milhões. Dados do TSE mostram que os candidatos já receberam R$ 2,4 bilhões, somando fundos eleitoral e partidário, doações de pessoas físicas e "vaquinhas". Até agora, eles declararam ter contratado R$ 224,1 milhões em despesas, das quais R$ 93 milhões já foram pagas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A campanha eleitoral começou oficialmente nesta terça-feira, 16, e 446 deputados federais são candidatos a mais um mandato na Câmara. A tentativa de reeleição é a maior entre todas as eleições desde 1990, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os números são parciais e podem aumentar, em função do processamento de dados da Justiça Eleitoral, mas as candidaturas registradas até o momento já ultrapassaram os anos anteriores. Até então, a eleição que tinha o maior índice de candidaturas à reeleição era a de 1998, com 443 deputados tentando uma nova vaga. Neste ano, o índice de tentativa de reeleição na Câmara é de 87%.

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"Pode significar um Congresso Nacional 'mais do mesmo' com esse alto índice candidatos à reeleição nestas eleições", diz o analista político do Diap Neuriberg Dias. "Com maiores chances de reeleição por estarem em exercício do mandato, esses candidatos são mais favorecidos em relação aos novatos."

Em 2018, dos 513 deputados federais, 274 foram reeleitos, ou seja, 53% do total da Câmara, de acordo com números do Diap. A expectativa dos próprios parlamentares agora é que a quantidade aumente e afaste o foco de "renovação" observado na última campanha.

O fundo eleitoral, de R$ 5 bilhões, é o maior financiamento público para uma eleição na história e deve privilegiar quem já tem mandato. Os atuais parlamentares também contam com o orçamento secreto, esquema bilionário revelado pelo Estadão para irrigar redutos políticos sem transparência. O governo distribuiu R$ 45 bilhões em emendas secretas nos últimos três anos.

Outra inovação da legislatura atual foi a criação das "emendas PIX", que enviaram recursos a Estados e municípios sem nenhuma destinação específica. Esse dinheiro chega aos redutos políticos dos parlamentares mais rapidamente, em comparação com outras transferências, e dribla o controle dos órgãos de fiscalização. Foram R$ 5,9 bilhões distribuídos nessa modalidade por indicação de deputados e senadores desde 2020.

Além de remanejar mais recursos, o Congresso atual é o que mais concentrou poderes nas mãos dos presidentes da Câmara e do Senado e o que mais alterou a Constituição, algo sem comparação com outros 11 países democráticos, conforme o Estadão publicou. "Vai ser uma campanha completamente diferente. É cada um por si e Deus por todos. Não recebi emendas extras e elas trazem uma desigualdade total, mas eu já tenho a minha base consolidada, de modo que, com o pouquinho que a gente fez, vai dar certo", afirma o deputado Mauro Lopes (PP-MG), que tentará o oitavo mandato na Câmara.

O que pode atrapalhar o plano dos deputados federais na campanha são as novas regras eleitorais. Neste ano, não há coligações para as eleições proporcionais e cada partido terá que fazer sozinho a quantidade de votos necessária para eleger representantes, um número calculado em cada Estado conforme os votos válidos e a quantidade de cadeiras. Isso explica, por exemplo, o quadro de ex-governadores e "puxadores" de votos concorrendo a uma vaga na Câmara. "O fundão eleitoral e as emendas são adicionais para a campanha dos atuais parlamentares. Os puxadores estão para garantir os votos necessários. O Congresso fez toda essa operação para garantir a reeleição", comenta o analista do Diap.

A dramática vitória da Inglaterra sobre a Alemanha por 2 a 1 na final da Eurocopa feminina, no domingo, bateu recordes de audiência no Reino Unido: 17,4 milhões de pessoas assistiram ao jogo pela televisão. A decisão teve a maior audiência de uma partida de futebol feminino na história da TV britânica e foi o evento televisivo mais assistido neste ano.

O então recorde de audiência neste ano havia sido a transmissão das celebrações dos 70 anos de reinado de Elizabeth II, em junho, quando 13,4 milhões de pessoas assistiram aos eventos. "Estamos incrivelmente orgulhosos de ter defendido o futebol feminino e emocionados por podermos trazer um momento esportivo tão especial ao público", disse o diretor-geral da BBC, Tim Davie.

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O público da final da Eurocopa feminina também registrou recorde, quando 87.192 torcedores estiveram no histórico estádio de Wembley para assistir ao duelo. Foi o maior público da história da Euro, levando em conta também o futebol masculino.

Com o título da Euro, a Inglaterra será adversária da seleção brasileira na Finalíssima, que coloca frente a frente a campeã do torneio europeu e a campeã da Copa América. Até então, o recorde de audiência do futebol feminino no Reino Unido havia sido obtido na derrota da Inglaterra para os Estados Unidos na semifinal da Copa do Mundo em 2019, quando 11,7 milhões de pessoas assistiram à partida.

Ella Toone e Chloe Kelly anotaram os gols da Inglaterra na inédita conquista da Eurocopa para o país. É o maior feito do futebol inglês desde a conquista da Copa do Mundo pela seleção masculina em 1966.

Pelo menos 14 ex-governadores querem disputar vagas de deputado federal em outubro, o que cientistas políticos analisam como um fator relevante para melhorar o debate no Congresso Nacional. Em 2018, apenas três ex-governadores foram eleitos para a Câmara, enquanto vários novatos sem conexão com a política desbancaram líderes experientes e com grande desenvoltura no processo parlamentar.

Entre os ex-chefes do Executivo que agora disputam vaga na Câmara estão o tucano José Serra, que foi governador de São Paulo e prefeito da capital paulista, além de candidato três vezes à Presidência da República. Serra se destaca no debate econômico e foi o único voto contra a PEC Kamikaze no Senado. A disputa para deputado federal também está atraindo a ex-candidata à presidência Marina Silva (Rede).

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O Distrito Federal é o caso mais emblemático. Nada menos do que cinco ex-governadores vão tentar uma vaga de deputado federal. Se todos forem eleitos, mais da metade da bancada do DF será formada por políticos com passagem pelo Executivo. Entre os pré-candidatos está José Roberto Arruda, ex-governador e ex-líder do governo Fernando Henrique Cardoso. Após ser convencido pelo PL e visitar o presidente Jair Bolsonaro, Arruda bateu o martelo nesta terça, 19, de que esse seria o caminho mais fácil para voltar à política, após ser condenado por corrupção.

Outros dois pré-candidatos no DF, além de governadores, também acumulam a experiência como ministro: Agnelo Queiroz (PT), dos Esportes, e Cristovam Buarque (Cidadania), da Educação. Estão ainda na disputa Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (Progressistas).

Em alguns casos, políticos optam pela Câmara para serem puxadores de votos. Em outros, protagonistas de escândalos de corrupção visam a sobrevivência política ao tentar um caminho mais fácil de voltar a ter um mandato.

O ex-governadores Germano Rigotto (MDB-RS), Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), Roseana Sarney (MDB-MA), Wilson Martins (PT-PI), Mendonça Filho (União-PE), Beto Richa (PSDB-PR) e Anthony Garotinho (União-RJ) são outros exemplos de políticos que podem disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Hoje, apenas Aécio Neves (PSDB-MG), Benedita da Silva (PT-RJ) e Alcides Rodrigues (Patriota-GO) são ex-governadores que exercem mandato de deputados.

Dinâmica

No diagnóstico do professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) Marcelo Weick, a chegada de ex-governadores na Câmara "pode vir a alterar a dinâmica" da Casa e impactar a sucessão de Arthur Lira (Progressistas-AL) na presidência. "Pode contribuir para uma nova morfologia na disputa da Mesa Diretora e na relação entre os principais expoentes do Congresso", observou Weick.

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) admite que escolheu buscar um mandato de deputado federal porque teria mais chances de ser eleito. Ele foi preso três vezes, o que o tornaria numa eleição majoritária alvo de ataques. "Sair para deputado federal era o mais apropriado no momento. Mano a mano vem muita maldade. Eu até encaro, não tenho receio, mas não queria submeter a minha família a isso, relembrando o sofrimento", afirmou Richa.

Bancadas

Outra razão que explica a escolha de ex-governadores para concorrer a deputado federal é a estratégia dos partidos em formarem grandes bancadas na Câmara. Como a eleição para deputado federal é proporcional, vale a soma dos votos recebidos pelo partido. É o tamanho da bancada eleita que define a parte dos fundos eleitoral e partidário que o partido tem direito, além do tempo de TV no horário eleitoral.

Pensando justamente nisso, o MDB escalou os ex-governadores Garibaldi Alves Filho (RN), Roseana Sarney (MA) e Germano Rigotto (RS) para disputarem vagas de deputados federais em seus Estados. Os três políticos foram malsucedidos nas últimas tentativas de voltar ao Executivo estadual ou ao Senado, mas são conhecidos do eleitor local e são considerados bons cabos eleitorais para a Câmara.

As pesquisas apontam que, em geral, as pessoas escolhem o deputado federal pelo nome, e não pela filiação partidária.

A Amazônia viu 3.988 quilômetros quadrados de sua floresta tombar nos seis primeiros meses de 2022. O desmatamento deste primeiro semestre é o maior já registrado para esse período desde 2016, início da série histórica realizada pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Para se ter uma ideia, o que ocorreu no primeiro semestre de 2022 é praticamente o triplo do volume registrado no mesmo intervalo de 2017, quando o desmatamento chegou a 1.332 km² na região. É o quarto ano consecutivo com recordes de desmatamento no período e supera em 10,6% a área devastada nos primeiros seis meses de 2021. O governo Jair Bolsonaro tem sido alvo de cobranças no Brasil e no exterior por causa do aumento do desmate.

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"Mês após mês, ano após ano estamos assistindo à consolidação da destruição da Amazônia em um novo patamar. Não estamos falando do desmatamento feito por pequenos produtores ou comunidades locais, mas do avanço de grileiros, garimpeiros, madeireiros e outras organizações criminosas sobre áreas públicas, terras indígenas e unidades de conservação, ou seja, sobre nosso patrimônio", diz Raul do Valle, especialista em políticas públicas do WWF-Brasil.

A velocidade e a intensidade do desmatamento, comenta Valle, não seriam possíveis sem um grande aporte financeiro para pagar por máquinas. Nesta semana, a Polícia Federal fez operações em sete Estados contra uma quadrilha que criou até criptomoeda para lavar ouro de garimpo ilegal e devastou área igual a 212 campos de futebol na floresta. A Justiça mandou investigar cerca de R$ 2 bilhões em bens dos investigados pelos crimes.

Valle também atribui a alta do desmate ao "clima de impunidade" criado no governo Jair Bolsonaro, com o enfraquecimento da fiscalização ambiental, e à expectativa de que o Congresso aprove leis que favoreçam a grilagem e o garimpo. Conforme estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgado em 2021, o número de multas pagas por crimes ambientais na Amazônia caiu 98% nos dois primeiros anos do governo (2019 e 2020).

O mês de junho também teve a pior marca da série histórica. Foram devastados 1.120 km² no mês na Amazônia, 5% a mais que em junho de 2021. Os Estados mais desmatados em junho de 2022 foram o Amazonas (401 km²) e o Pará (381 km²).

Desmatamento no Cerrado

No Cerrado, foram desmatados 1.026 km² só no mês de junho, mais que o dobro do registrado em 2021 (485 km²) e 2020 (427 km²), um aumento de 111,5% em comparação a junho do ano passado.

No acumulado do ano, entre o início de janeiro e o fim de junho, foram devastados 3.638 km² no Cerrado, um aumento de 44,5% em comparação aos seis primeiros meses de 2021, quando foram destruídos 2.518 km².

"Esse resultado reforça a tendência de crescimento do desmatamento na Amazônia, percebida desde 2019. O enfraquecimento institucional dos órgãos de fiscalização, a ausência de ações planejadas e integradas de combate aos crimes ambientais e o discurso de autoridades públicas opondo a proteção da floresta ao desenvolvimento da região são as causas dessa tragédia anunciada", diz Beto Mesquita, membro da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e diretor de Relações Institucionais do BVRio. "Como boa parte desse desmatamento ocorre em terras públicas, temos a combinação de dois crimes contra o patrimônio público: o patrimônio fundiário, pela grilagem de terras, e o patrimônio natural, pelo desmatamento e queimadas."

O Greenpeace chama a atenção para o fato de que o primeiro semestre deste ano teve quatro meses com recordes de alertas de desmatamento. Isso significa muita matéria orgânica morta. Com o verão amazônico começando, período mais quente, esse material serve como combustível para as queimadas e incêndios florestais criminosos que assolam a região. "É mais um triste recorde para a floresta e seus povos", diz Rômulo Batista, porta-voz da Campanha Amazônia do Greenpeace Brasil.

Procurada pela reportagem, a Vice-Presidência da República informou, em nota, que "efetivamente se observa um crescimento da taxa de desmatamento no período". "Entretanto, não há impunidade ou omissão aos crimes ambientais apurados. Ao contrário, a legislação é aplicada com o devido rigor que a lei proporciona. E no tocante a fiscalização das ações, esta tem acontecido com a participação dos órgãos ambientais responsáveis e envolvidos na questão".

Já a pasta do Meio Ambiente reforçou, em nota conjunta com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que os números consolidados de desmatamento são divulgados anualmente, sempre no segundo semestre, por meio do Prodes.

"Neste sentido, temos os dados de queda de 3,8% nos alertas de desmatamento registrados pelo DETER-B nos últimos 12 meses. Estes dados tratam-se de alertas para fins de combate a crimes ambientais", disse a pasta, sem responder de forma direta ao questionamento do Estadão sobre a queda na fiscalização apontada por especialistas.

A nota reforçou ainda que o governo "tem sido extremamente contundente" no combate aos crimes ambientais com a Operação Guardiões do Bioma, que visa a coibir crimes ambientais nos Estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre e Rondônia. A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e tem a participação do Ministério do Meio Ambiente e de órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). (COlaborou Ítalo Lo Re)

No primeiro semestre de 2022, o Governo Federal recebeu 704 denúncias de assédio moral e sexual através de suas ouvidorias. O índice representa quatro queixas diárias e é o maior da história, conforme o painel da Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo o levantamento publicado pelo Metrópoles, o total de casos se divide entre 545 manifestações de assédio moral e 85 de assédio sexual. A quantidade equivale a 93% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram feitas 364 denúncias.

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Desde a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao Planalto, 2,7 mil queixas de assédio foram feitas e só duas seguiram para órgãos externos. Cerca de 2,3 foram respondidas, 106 estão em tratamento e 250 foram arquivadas.

O órgão que lidera a lista de denúncias é o Ministério da Economia, com 260 casos registrados desde 2019. A lista segue com a própria CGU (105), o Ministério da Educação (103), a Universidade Federal de Goiás (81), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (65) e o Ministério da Saúde (62).

Um Mercedes de 1955, do qual existem apenas dois exemplares, foi leiloado no começo de maio por € 135 milhões (US$ 143 milhões), quase triplicando o recorde anterior de venda de um carro, anunciou nesta quinta-feira (19) a RM Sotheby's.

O Mercedes Coupé 300 SLR Uhlenhaut 1955 foi vendido em 5 de maio, em leilão confidencial no Museu Mercedes-Benz de Stuttgart (Alemanha), numa cooperação entre a filial da Sotheby's para veículos de luxo e a montadora alemã.

O recorde anterior era de uma Ferrari 250 GTO de 1962 vendida pela casa de leilões por mais de 48 milhões de dólares (45,4 milhões de euros).

Além disso, o Mercedes "300 SLR está entre os 10 objetos mais caros já vendidos em leilão", comemorou a RM Sotheby's.

Oliver Barker, presidente da Sotheby's Europa, afirmou que sente "uma emoção absoluta por vender esta obra prima do design e da engenharia, que agora está à altura das maiores obras de arte já vendidas".

De acordo com a classificação feita pela AFP das obras de arte vendidas em leilão nos últimos anos, o recorde absoluto é ostentado pela pintura "Salvator Mundi", de Leonardo da Vinci, arrematada em novembro de 2017 por 450,3 milhões de dólares em um leilão da Christie's.

Depois aparece "Shot Sage Blue Marilyn", o retrato de Andy Warhol da atriz Marilyn Monroe, vendido este mês por US$ 195 milhões também pela Christie's, que se tornou a obra de arte mais cara do século XX vendida em leilões públicos.

À frente do luxuoso veículo estão ainda "Les Femmes d'Alger" do espanhol Pablo Picasso (179,4 milhões de dólares em maio de 2015) e "Nu Deitado" do italiano Amedeo Modigliani (170,4 milhões de dólares em novembro de 2015).

Descrito pela RM Sotheby's como "o carro mais bonito do mundo", o veículo, que pertencia à Mercedes-Benz, foi vendido a um colecionador particular.

O dinheiro da venda "servirá para lançar um fundo Mercedes-Benz de bolsas de formação e pesquisa para jovens na área de ciências ambientais e descarbonização", informa o comunicado da RM Sotheby's.

O comprador concordou em exibir o veículo ao público em algumas ocasiões. O outro exemplar continuará sendo propriedade da Mercedes-Benz, que o deixará em exibição em seu museu em Stuttgart.

De acordo com a RM Sotheby's e a imprensa especializada, o Mercedes Coupé 300 SRL foi concebido pelo engenheiro Rudolf Uhlenhaut, inspirado no W196 R Grand Prix, com o qual Juan Manuel Fangio venceu os campeonatos de Fórmula 1 em 1954 e 1955.

A história do modelo 300 SRL foi abalada por um terrível acidente em junho de 1955 nas 24 Horas de Le Mans, que matou o piloto Pierre Levegh e 83 espectadores.

burs-nr/roc/dbh/yow/lb/fp

A tempestade subtropical Yakecan trouxe o frio da massa de ar polar para o Brasil e fez despencar as temperaturas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Na cidade de São Paulo, os termômetros marcaram a mínima de 6,6°C segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mais baixa para o mês de maio em 32 anos.

Já os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE) são ainda menores, pois o órgão possui 27 estações meteorológicas espalhadas pela cidade. No bairro de Engenheiro Marsilac, a mínima absoluta registrada foi de 4,8°C na noite de terça-feira, 17. Já na madrugada de quarta, Parelheiros teve 5,4°C.

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O CGE indica que a "média da temperatura mínima foi de 7,0°C, estabelecendo um novo recorde de madrugada mais fria do mês de maio na capital paulista desde que se iniciaram as medições do CGE em 2004". Já a tarde de quarta foi também a mais fria para o mês de maio em 18 anos, atingindo 12,6°C de média da temperatura máxima. Segundo o CGE, a menor máxima até então era de 13,0°C registrada em 30 de maio de 2007.

"Tivemos na quarta-feira a madrugada e a tarde mais frias para o mês de maio desde que o CGE começou a registrar as temperaturas. A tendência é que ainda fique bastante frio essa madrugada e possa estabelecer um novo recorde. Na quinta devemos ter uma máxima em torno de 14°C", explica Thomaz Garcia, meteorologista do CGE da Prefeitura de São Paulo.

O processo de levantamento das temperaturas em diversos pontos da cidade é feito de forma automática. A cada cinco minutos, os dados das 27 estações meteorológicas espalhadas pela cidade são enviados via sinal de celular e todas essas informações são reunidas.

O extremo sul da cidade, em Marsilac e Parelheiros, possui as médias históricas mais baixas. Já os bairros mais quentes, segundo os dados, são aqueles que possuem urbanização mais densa, grandes edificações e menores áreas vegetais (que trazem umidade). E também contam com influência do relevo. Nessa lista estão Itaquera, Mooca e Pirituba.

De acordo com o meteorologista, o fenômeno La Niña está favorecendo temperaturas mais baixas no Oceano Pacífico e isso deve influenciar a entrada de massas de ar frio no outono e inverno. "É uma situação muito parecida com o que observamos em julho do ano passado, quando houve uma frequência maior de frentes frias", diz.

Ou seja, os casacos que foram tirados do armário nos últimos dias serão bastante utilizados nos próximos meses. "A previsão é que nesta quinta-feira tenhamos temperaturas em torno de 7°C e máxima em torno de 14°C. Já na sexta a mínima deve ficar entre 8°C e 9°C e a máxima pode subir um pouco, em torno de 17°C. No fim de semana tem uma melhora, com o ar frio se afastando para o oceano", conclui.

Uma réplica de uma escultura de Edgar Degas e um bronze de Pablo Picasso bateram recordes na quinta-feira em um leilão da Christie's em Nueva York.

A escultura "Cabeça de mulher (Fernande)" de Picasso foi a escultura em bronze mais cara do artista já vendida em um leilão, por 48,48 milhões de dólares.

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A cópia de "Pequena dançarina de 14 anos" foi vendida por 41,6 milhões de dólares, o maior preço em um leilão para uma obra de Degas.

A obra original de Degas (1834-1917) está em exibição na National Gallery of Art de Washington.

A escultura é um bronze com pátina marrom que representa com realismo e detalha uma jovem bailarina em seu vestido de musselina, com uma fita no cabelo.

A cópia leiloada é uma das réplicas feitas 10 anos após a morte do impressionista francês por Adrien-Aurélien Hébrard.

O recorde anterior para uma obra de Degas era 22,5 milhões de euros, registrado em 2015, por outra versão da pequena dançarina.

A escultura integrava a coleção de Anne Bass, empresária americana falecida em 2020 e mecenas de grandes museus dos Estados Unidos e do balé de Nova York. Ela também foi casada com o bilionário e herdeiro de um império de petróleo no Texas, Sid Bass.

Todas as obras foram expostas durante sua vida em seu luxuoso apartamento na 5ª Avenida em Manhattan: entre elas, duas pinturas do expressionista americano Marc Rothko (1903-1970), incluindo "Untitled (Shades of red)" que foi vendida por 66,8 milhões de dólares; e três pinturas de Claude Monet (1840-1926). Seu "Parlamento, Pôr do Sol", um óleo sobre tela escuro mas luminoso, foi vendido por US$ 75,96 milhões.

Na segunda-feira, Pablo Picasso (1881-1973) perdeu i título de obra mais cara do século XX em um leilão: "As Mulheres de Argel (versão 0)", vendido por 179,4 milhões de dólares em 2015, foi superado por um retrato de Marilyn Monroe feito por Andy Warhol, "Shot Sage Blue Marilyn", que foi vendido por US$ 195 milhões.

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