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Estudantes que ocupam a sede administrativa do Centro Paula Souza, na região central de São Paulo, decidiram manter a ocupação e resistir à reintegração de posse marcada para às 10 horas desta quinta-feira, 5. Eles têm até as 9 horas para sair do local.

"Decidimos continuar ocupando e resistir à Polícia Militar. Não vamos sair", explicou a estudante Vanessa Alves, de 16 anos. Aluna da Escola Estadual Gavião Peixoto, em Perus, zona norte de São Paulo, Vanessa foi uma das protagonistas da tomada de seu colégio na onda de ocupações em 2015.

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Os alunos ocupam o Centro e ao menos 11 escolas técnicas estaduais em ação que começou na semana passada para reivindicar melhoria na merenda dos colégios.

Pelo menos cem estudantes e militantes de movimentos sociais participam da ocupação nesta quinta-feira, 4. Eles tocam tambores como forma de "aquecimento" enquanto aguardam a chegada da Polícia Militar. A decisão de reintegração foi deferida nesta quarta-feira, 4 depois de uma audiência de conciliação entre o órgão e os alunos ter terminado sem acordo.

No despacho, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determina que a operação ocorra na presença do secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, e proíbe que os policiais usem armas letais e não letais.

Com cerca de 70 escolas de sua rede ocupadas por alunos, parte delas, há mais de um mês, a Secretaria de Educação do Estado do Rio busca espaços alternativos para abrigar os estudantes que não aderiram ao protesto. Uma igreja na Ilha do Governador, zona norte da capital, e uma associação de moradores de Niterói, cidade na região metropolitana, ofereceram imóveis que já estão recebendo turmas.

O Estado sustenta que as ocupações prejudicam não só os alunos que querem ter aulas regulares, mas também os que se formarão neste ano. "(Os integrantes das ocupações) são minoria, sim, basta comparar o número de participantes e o total de alunos. Isso não é justo com a maioria", disse o chefe de gabinete da Secretaria de Educação, Caio Lima.

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"Se a gente fosse uma minoria, não seriam 70 escolas ocupadas, o secretário (Antônio Neto) não teria vindo pessoalmente aqui para fazer a gente desocupar", disse Sarah Chinchilla, de 17 anos, que ocupa com 30 colegas o Colégio Estadual Central do Brasil, no Meier, zona norte.

Na segunda-feira, 2, Marisa Monte fez uma breve apresentação de meia hora para estudantes no André Maurois, ocupado há 11 dias, e se despediu dizendo: "Continuem na luta". O cantor Leoni também fez uma apresentação.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da Central de Mandados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), considerou ilegal a entrada, sem autorização judicial, da Força Tática da Polícia Militar, na manhã de segunda-feira, 2 na sede do Centro Paula Souza. O prédio está ocupado desde quinta-feira por cerca de 200 estudantes - eles reivindicam distribuição de merenda em todas as escolas técnicas estaduais. Os policiais deixaram o edifício às 19h45.

A operação com 60 PMs começou por volta das 11 horas e foi coordenada pessoalmente pelo secretário da Segurança Pública (SSP), Alexandre de Moraes. Eles quebraram o cadeado de um portão dos fundos e entraram no edifício, no centro da capital. Em nota, a SSP informou que "a PM ingressou para acompanhar e garantir a segurança de funcionários e professores que chegaram para trabalhar no prédio administrativo, que não estava invadido". Os estudantes haviam decidido, em assembleia, barrar a entrada de servidores.

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A ação policial aconteceu um dia após o juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara da Fazenda Pública, determinar a reintegração do prédio, em decisão liminar. A PM, porém, deve esperar que um mandado seja entregue aos ocupantes, o que não aconteceu. Após tomar conhecimento do fato, Pires expediu, às 14h30, uma decisão determinando a saída da PM e cobrando explicações de Moraes sobre de quem partiu a ordem da ação.

"Sem mandado judicial, não há cumprimento de decisão alguma. Sem mandado judicial, qualquer ato de execução forçada caracteriza arbítrio, violência ao estado democrático, rompimento com a Constituição vigente e seus fundamentos", escreveu o juiz. A decisão, porém, não foi cumprida imediatamente.

À noite, ao ser informado de que a polícia permanecia no local, Pires determinou novamente a retirada da PM e criticou o descumprimento da decisão anterior. "Se antes se anunciavam sinais de um estado de exceção sob a coordenação do secretário da Segurança Pública, no presente se constata a afronta direta e intencional do secretário à ordem judicial", escreveu. "Não é admissível que o governo se comporte de modo acintoso com o Poder Judiciário."

Em nota, a SSP informou que "somente tomou conhecimento oficial da decisão no início da noite, pois o juiz determinou a intimação pessoal do secretário", que aconteceu, segundo a pasta, às 19h20. Em seguida, afirmou, a ordem judicial foi cumprida. Nesta terça-feira, 3, será realizada uma audiência de conciliação.

Batalha

Os estudantes comemoraram a retirada da tropa. "Ganhamos mais uma batalha com a saída da PM, mas ainda não vencemos a luta. É importante que tenham reconhecido os abusos do governo, em mandar os policiais até aqui. Sabemos que a resistência nos próximos dias não vai ser fácil, mas estamos preparados e fortes", disse Ícaro Dias, de 17 anos, estudante de uma Etec.

Ao longo do dia, estudantes e PMs ficaram frente a frente no hall do prédio, em clima tenso. A Força Tática fez um cordão de isolamento para os funcionários. "A polícia permanece até o fim do expediente", disse o tenente-coronel Francisco Cangerana. Com a medida, o Centro Paula Souza conseguiu processar a folha de pagamento de 20 mil servidores.

A ocupação recebeu a visita da deputada federal Luiza Erundina (PSOL), do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e do ex-senador Eduardo Suplicy (PT). "A causa é mais do que justa. Os alunos terem de lutar por merenda no Estado mais rico do País é uma vergonha", disse Erundina.

O Centro Paula Souza informou que a partir de ontem 100% das Etecs passaram a oferecer alimentação escolar - algumas unidades recebem merenda seca (bolachas, sucos e barras de cereal). Na segunda-feira, foram ocupadas também a Escola Técnica Estadual de São Paulo (Etesp), no centro, e a Etec Paulistano, na zona norte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Funcionários da empresa Mabe na unidade Hortolândia (SP), que está ocupada desde 18 de dezembro de 2015, receberam na tarde de ontem uma notificação judicial determinando a reintegração de posse da fábrica. O grupo mexicano, que fabrica eletrodomésticos e detém no Brasil as marcas Dako, Continental e GE, entrou em falência judicial e desde dezembro os 1,9 mil funcionários não recebem salários nem seus direitos trabalhistas.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas Jair dos Santos disse que na notificação foram estipulados 15 dias para que os trabalhadores possam contestar a ação antes do cumprimento da ordem.

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Uma assembleia com os mil da unidade de Hortolândia para discutir o assunto foi marcada para segunda-feira. A administradora da massa falida alega que está impedida de entrar na fábrica para dar sequência ao gerenciamento de ativos para o pagamento de credores.

Jair dos Santos diz que não há impedimento para a entrada na unidade. "Os trabalhadores estão ocupando somente o restaurante, os refeitórios e áreas de lazer", afirmou.

Logo após receber a notificação judicial, o sindicalista e o advogado do sindicato foram conversar com o juiz Eduardo Bigolin, da 2ª Vara Cível de Hortolândia. "Fomos explicar a situação dos trabalhadores, que estão sem receber seus direitos desde dezembro. A administração da massa falida diz que a unidade é rentável e quer retomar as atividades. Nós também achamos, mas queremos que sejam readmitidos os antigos funcionários", afirma.

Cerca de 80 trabalhadores fazem um rodízio e ficam na Mabe, inclusive dormindo no local. A comida deles é preparada com doações de trabalhadores de outras empresas e de moradores de Hortolândia e da região, que deixam suas doações em uma barraca armada em frente da fábrica.

Barricadas

Outra unidade da Mabe, em Campinas, que tinha 900 funcionários, também está ocupada e a administradora judicial pediu reintegração de posse com urgência.

Os trabalhadores dessa unidade ainda não receberam a notificação, mas já fizeram barricadas nas entradas para evitar invasões.

O sindicato acusa a multinacional de ter usado a falência judicial como forma de reduzir os custos das suas fábricas no Brasil, que teriam suas atividades retomadas com novo registro e com salários menores.

A juíza Paula Micheletto Cometti, da 8ª Vara de Fazenda Pública do Foro Central, determinou a reintegração de posse em um terreno na zona sul da capital nesta quarta-feira (27), informa a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). A área pública fica na Estrada Pirajussara Valo-Velho, no Jardim Mitsutani.

Requisitada pela Justiça, a Polícia Militar auxilia na desocupação nesta manhã. Segundo a SSP, o terreno está ocupado por cerca de 60 famílias, aproximadamente 190 pessoas, há cerca de 1 ano e meio. Os moradores construíram casas de alvenaria no local, mas há, ainda, alguns barracos de madeira.

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Para que a reintegração seja pacífica, a PM participou de reunião com oficiais de Justiça e representantes dos moradores e de órgãos envolvidos na ação, como Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), Subprefeitura do Campo Limpo, entre outros.

A reintegração foi solicitada pela Prefeitura de São Paulo.

A Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros atuam, na manhã desta sexta-feira (15), em uma reintegração de posse em terreno do Estado localizado na Avenida Presidente Kennedy, no bairro de Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo a PM, a retirada das famílias está ocorrendo de forma pacífica. 

O terreno fica localizado ao lado da escola estadual Professor Estevão Pinto e já foi sede do antigo Clube do Fina Flor. No local, estão previstas obras de ampliação da escola. 

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A Polícia Militar cumpre na manhã desta terça-feira (15) reintegração de posse em terreno na Vila Nova York, na região de Aricanduva, zona leste da capital paulista. Em protesto, alguns moradores atearam fogo em móveis e barracos próximo a linhas de transmissão de energia. O incêndio começou por volta das 7h25, mas não houve registro de confronto entre moradores e policiais militares.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a desocupação da área no cruzamento da Rua Aconchi com as Ruas Pedro Rabello e Covilha foi solicitada pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) - concessionária de serviço público de transmissão de energia elétrica - e foi autorizada pela juíza Karina Ferraro Amarante Innocencio, da 4ª Vara Cível do Foro Regional VIII - Tatuapé, na zona leste.

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Ainda de acordo com a SSP, a área está ocupada por aproximadamente 100 pessoas, de 60 famílias. No local, há duas casas de alvenaria e cerca de 60 barracos de madeira, por onde passa uma linha de transmissão de energia. Equipes de apoio da Prefeitura foram solicitadas para retirar móveis e pertences de moradores.

A Rua Pedro Rabello, na Vila Nova York, está fechada nos dois sentidos, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). No local, há equipes da PM, da CTEEP, da AES Eletropaulo e do Corpo de Bombeiros, informou a SSP.

Moradores de duas comunidades em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), fazem um protesto na manhã desta quarta-feira (25). Os manifestantes fecharam a Avenida Belmino Correira, em frente à Prefeitura da cidade, e prometem protestar em frente ao Palácio do governo ainda nesta manhã.

De acordo com o Movimento de Luta pela Terra (MLT), a justiça expediu ordem de despejo contra as comunidades Carlos Marighella, no bairro de João Paulo II, e Bondade de Deus, no bairro de Santana. “Estamos pedindo que o prefeito intervenha nisso. As famílias já têm suas casas construídas lá”, declarou o coordenador do MLT Sérgio Capoeira.

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Capoeira reforça ainda que o ex-governador João Lyra Neto (PSB) já assinou um decreto concedendo o terreno da comunidade Bondade de Deus aos moradores. Segundo o MLT, a comunidade Carlos Marighella existe há três anos e a Bondade de Deus há seis. 

O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou liminar que permite a reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A unidade foi ocupada por 30 estudantes na terça-feira (10) em protesto contra a reorganização da rede de ensino e fechamento de escolas promovida pela Secretaria de Educação.

O juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara Pública, na decisão, afirmou que "o livre exercício de manifestação é legítimo e constitucionalmente previsto". "Contudo há de se limitar às balizas da própria Lei Maior, como a realização em bens de uso comum do povo, sem a interrupção de atividades administrativas."

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Ele considerou "inaceitável" que os manifestantes tenham impedido a realização de aulas no prédio, considerando que o grupo "extrapolou fronteiras".

Além disso, a decisão autoriza proteção contra invasões a qualquer outro prédio de escolas rede estadual na capital. Nesta quarta-feira, 12, alunos da Escola Estadual Salvador Presidente Allende Gossens, em José Bonifácio, zona leste da capital, invadiram o prédio da unidade.

O governo do Estado entrou, na tarde desta quarta-feira (11) com pedido de reintegração de posse da Escola Estadual Fernão Dias Paes, invadida por alunos em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, na terça-feira. Até as 19h30, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) não havia analisado o pedido.

Cerca de 30 alunos invadiram o prédio em protesto contra a reorganização da rede promovida pela Secretaria da Educação. Houve confronto entre policiais militares que cercam o prédio e estudantes, e um professor, diretor da Apeoesp, principal sindicato da categoria, foi preso por desacato.

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A escola está cercada pela PM desde a tarde de terça-feira. Ninguém está autorizado a entrar no prédio, mas seis alunos que participavam da ocupação deixaram o local após se identificar. O professor de Geografia José Roberto Guido teria tentado evitar que a polícia identificasse os estudantes, foi detido e agredido com cassetete.

Pela manhã, a PM usou spray de pimenta contra duas adolescentes, de 15 e 16 anos, que protestavam na frente do colégio. Uma delas chegou a desmaiar e precisou ser levada para um hospital da região.

Sandy Rodrigues, de 15 anos, foi uma das atingidas pelos policiais. "Nós recebemos a informação de que estavam jogando bombas de gás lacrimogêneo dentro da escola. Quando fomos até o local, os policiais nos cercaram, nos encurralaram e nos agrediram", disse a jovem. Na terça, já havia sido registrada confusão no local, quando a PM tentou deter duas adolescentes que deixaram o prédio.

O ato ganhou a adesão de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Eles passaram a noite na frente do colégio.

Desocupação

Lays, de 16 anos, foi uma das jovens que deixaram o prédio durante a tarde. Ela disse que desistiu de participar da invasão porque estava "muito cansada". "Não concordo com a reorganização nem com a forma como a polícia está lidando com a gente, mas estou muito cansada e não conseguia ficar mais tempo lá." Ela não quis dizer o nome completo.

De acordo com a capitão Cibele Marsolla, da assessoria de imprensa da PM, os policiais assumiram o controle da escola e, por isso, têm feito o controle dos alunos que saem. "Hoje não é um dia de funcionamento normal. Por isso, precisamos saber a identificação de cada um deles e saber se estão bem. Repassamos todas essas informações para o Conselho Tutelar", disse. A dirigente de ensino da região centro-oeste, Rosangela Aparecida Valim, voltou a dizer que a invasão é arbitrária.

Um Agravo de Instrumento à liminar concedida em Ação de Reintegração de Posse cumprida na manhã desta terça-feira (10) pretende mudar o destino de aproximadamente três mil pessoas despejadas da área conhecida como comunidade Delmo Marinho, no quilômetro 7 da rodovia Arthur Bernardes, bairro Pratinha I, distrito de Icoaraci, periferia de Belém. A defensora Anelyse Freitas protocolou o recurso no plantão do Tribunal de Justiça do Estado. A decisão deve sair nas próximas horas. As informações são da Defensoria Pública do Estado do Pará.

A defensora, que coordena o Núcleo de Defesa de Direitos Humanos da Defensoria, argumenta que a liminar foi concedida há um ano e dois meses, em favor de Casa Porte e Apoio Consultoria Empresarial. Justifica ainda no Agravo que o terreno pertence à Superintendência do Patrimônio da União (SPU), tratando-se portanto de terra de marinha e não propriedade privada. A defensora entende que a liminar teria efeito em um prazo de um ano, no máximo. Com um ano e um dia, afirma, já configura "posse velha" e consolida a ocupação. “A partir de um ano e um dia não cabe liminar em ação de reintegração de posse”, observou.

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Anelyse Freitas conversou com o desembargador plantonista, Roberto Moura, que avaliará o recurso, para sensibilizá-lo sobre a situação das famílias e deixou claro que a suspensão da liminar não suspenderia o processo em curso. A defensora não entende por quais razões a liminar, mesmo tendo sido publicada, não foi cumprida. “Se o desembargador não suspender a liminar, vamos continuar fazendo a defesa dessas famílias, pois há perdas e danos e na área já havia muitas casas e até uma igreja”, comentou.

Com informações de Micheline Ferreira, da assessoria da Defensoria Pública.

A Polícia Militar deu início nesta terça-feira (10) ao cumprimento de ação de reintegração de posse do imóvel localizado no quilômetro 7 da rodovia Arthur Bernardes, no bairro da Pratinha, em Icoaraci, periferia de Belém. Os oficiais de justiça atendem a determinação da juíza Lailce Cardoso, titular da 9ª Vara Cível da Capital.

A reintegração de posse ocorre após um ano e oito meses de ocupação do terreno de 80 mil m². Na área particular, ocupada em março de 2014, estima-se que já foram construídas 800 casas de madeira e alvenaria. Cerca de três mil pessoas permanecem de forma irregular no espaço invadido.

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Para o cumprimento do mandado judicial, foram mobilizados 300 integrantes do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar. Além da PM, estarão atuando também a Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Grupamentos Aéreo e Fluvial de Segurança Pública, Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e órgãos como a Fundação Pro Paz e Companhia de Habitação do Pará (Cohab). Marinha e Aeronáutica estarão no apoio da operação. Duas ambulâncias estarão em locais estratégicos para possíveis atendimentos e primeiros-socorros. O objetivo da atuação da força-tarefa policial é de possibilitar segurança no cumprimento da diligência dos oficiais de justiça.

Trânsito – Para evitar transtornos aos moradores do entorno da área que será desocupada e daqueles que utilizam a rodovia Arthur Bernardes, a Semob, entre 5h30 e 7 horas, bloqueou aquela via no perímetro que compreende a rotatória (próxima ao aeroporto Internacional de Belém) até a rodovia do Tapanã (ou até a rua Haroldo Veloso).

Com informações da Agência Pará.

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Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) continuam ocupando a sede da reitoria da instituição neste sábado (3). A manifestação segue desde a sexta-feira (2). Uma estudante, que não quis se identificar, relatou ter sido agredida pelos seguranças.

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Segundo a jovem, ela foi agredida na noite da sexta, no momento em que os demais estudantes estavam trancados por dentro na reitoria e os seguranças impediam que mais pessoas atravessassem o portão do prédio e se juntassem ao grupo. “Eu dei a volta, pulei as grades e cheguei pela lateral. Quando eles me viram, começaram a gritar comigo. Não vieram nem dialogar. Eles vieram me puxando e me jogaram pro meio de uma roda que fizeram. Pagavam no meu corpo de uma forma extremamente agressiva e alguns me deram pequenos socos no estômago”, relatou a estudante, enquanto mostrava alguns hematomas no braço.

A decorrência do tumulto, inclusive, resultou na destruição de uma das portas de vidro da reitoria. Segundo a estudante, após ser agredida, ela conseguiu ser levada para dentro por um dos ocupantes, mas os seguranças foram buscá-la. O vídeo mostra o momento em que um desses profissionais, em um movimento ríspido com o braço, derruba a porta. “Nós não estamos fazendo vandalismo, inclusive temos uma equipe de limpeza. Os seguranças a serviço do reitor é que fizeram o vandalismo”, disse outro manifestante nesta manhã.

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Reivindicação – Os ocupantes estão solicitando a homologação imediata do novo estatuto da UFPE, criado por um congresso estatuinte, para substituir o estatuto anterior, que é da época da ditadura. “Desde março o documento está disponibilizado para consulta. Por questões de estupro, roubos e assaltos que vêm acontecendo, nós defendemos a homologação imediata do estatuto”, explicou outro estudante, que também preferiu não se identificar. “O professor Silvio Romero [vice-reitor] disse que até o dia 7 de outubro o Conselho Universitário homologaria o estatuto. Ontem foi marcada uma reunião do conselho, mas chegando aqui nossa presença foi barrada”, o rapaz complementou.

Em nota, a reitoria se defende dizendo que dois dos três segmentos da comunidade universitária (docentes e servidores técnico-administrativos) que participaram das discussões estavam no conselho, e que os estudantes não aceitaram participar do conselho com uma representação. Um telão foi disponibilizado para o acompanhamento em tempo real, o que não teria sido aceito pelo segmento estudantil.

Os manifestantes queriam estar todos presentes na reunião. Eles alegam que a reitoria teme a perda de poder e pretende alterar o estatuto. “Hoje o peso do voto dos professores é de 70%. Os 30% restantes são divididos entre estudantes e técnico-administrativos. Construímos um estatuto em que há paridade, em que todos têm o mesmo valor nas estâncias deliberativas para a universidade”, disse o estudante.

A energia elétrica da reitoria foi cortada. Nesta manhã, uma oficial de Justiça fez a leitura do mandado de reintegração de posse, expedido pela Justiça Federal. A Polícia Militar ainda não foi ao local cumprir o mandado. Os estudantes reforçam que não vão recuar.

 

A Secretaria Estadual de Habitação (SecHab) de Pernambuco se posicionou na tarde desta terça-feira (18) sobre a ação de reintegração de posse em terreno no município do Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Em nota, foi afirmado que os moradores da comunidade Saramandaia já estavam cientes da desocupação e serão alocados para conjuntos habitacionais. 

No documento, a SecHab garante o conhecimento dos moradores do local, desde o último dia 22 de julho. “As famílias da comunidade Saramandaia, no município do Paulista, assinaram em 22 de julho deste ano, um Termo de Compromisso de Desocupação Voluntária com a Secretaria de Habitação, no qual assumiram o compromisso de desocupar, voluntariamente, o terreno onde se encontrava a comunidade citada”, explicou.

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Segundo a nota “as famílias já se retiraram do local com o objetivo de cumprir a liminar da ação de reintegração de posse em trâmite na Primeira Vara Cível da Comarca de Paulista”. No entanto, a Secretaria Estadual de Habitação alega que outras famílias invadiram o local na manhã de hoje. “Segundo o Movimento Independente Sem Teto (MIST), representantes da comunidade de Saramandaia, as doze famílias que invadiram a área na manhã desta terça-feira (18) não fazem parte da comunidade Saramandaia”, esclarece trecho da nota. 

De acordo com o texto, as 280 famílias da comunidade Saramandaia, que desocuparam a área de reintegração de posse, serão alocadas para conjuntos habitacionais a serem construídos. Por fim, a nota pontua a existência de um Projeto de Lei em andamento. “Um Projeto de Lei está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco com o objetivo de conceder o benefício do auxílio-moradia para as famílias da comunidade Saramandaia que se encontram devidamente cadastradas pela equipe técnica da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), órgão vinculado da SecHab”, finaliza o texto. 

Os moradores de três comunidades do Paulista ameaçados de despejo não precisarão mais sair do terreno. O anúncio foi feito na noite da última quinta-feira (4) pelo prefeito do município, Junior Matuto, que estabeleceu um acordo com os donos do espaço ocupado para que a comunidade permaneça no local. 

As famílias das comunidades Cajueiro, Chega Mais e Vila Beira-Mar que ocupavam um terreno da empresa Boeckmann Comércio e Serviços LTDA tiveram um cadastro social feito pela prefeitura e apresentado aos proprietários do espaço, a partir disso, foi concluído que o caminho mais curto e menos sofrido para os moradores seria desapropriar a área e manter a as pessoas no lugar.  

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Também será criada uma comissão, a pedido do prefeito, formada pelos próprios moradores com a finalidade de acompanhar o desenrolar do caso. A meta é que sejam entregues as escrituras das casas ainda este ano ou no máximo no início de 2016.

Ao todo, 397 famílias residem na área arrematada pela empresa em um leilão no Rio de Janeiro e o terreno abarca oito vias dentro dessas três comunidades. 

 

A área no entorno do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freire, onde foi ocupada pela comunidade Cacique Chicão, receberá reforços em sua segurança. O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco expediu recomendação para que vários órgãos assegurem uma maior vigilância no local. A medida foi tomada para evitar novas situações de perigo resultantes de reocupações.

A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Transnordestina Logística S.A., Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) e a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) têm até cinco dias para informarem as medidas que serão adotadas.

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Também foi solicitado na recomendação do MPF que a União providencie destinação de interesse público ao terreno de aproximadamente 800 m2, que se encontra desocupado e sem condições de proteção contra uso ilícito.

Com informações da assessoria

A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) anunciou, por volta das 17h30 desta quinta-feira (28), que o fluxo de veículos já estava liberado na Avenida Recife. O bloqueio ocorreu nos dois sentidos da via, próximo à entrada do Ibura e na Rua Senador Robert Kennedy, devido a reintegração de posse na comunidade Cacique Chicão.

Por conta da interdição, o tráfego estava sendo desviado – tanto pela entrada do Ibura, quanto pela Rua Senador Robert Kennedy. O bloqueio começou por volta das 7h e só foi liberado dez horas depois.

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>>Justiça determina reintegração na "Cacique Chicão"

A Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) determinou a reintegração de posse do terreno situado no entorno do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes. A área engloba o entorno da pista de pouso das aeronaves. Houve confronto entre as famílias e os Policiais Militares, sendo usados tiros de balas de borracha e gás de pimenta.

A Justiça do Rio concedeu liminarmente (em caráter provisório), na tarde desta quinta-feira (09), mandado de reintegração de posse do edifício Hilton Santos, localizado no Flamengo (zona sul do Rio) e ocupado desde a última terça-feira, 07, por cerca de 85 invasores. O prédio pertence ao Clube de Regatas do Flamengo, mas está arrendado desde 2013 pela empresa Rex Hotel Ltda., do grupo EBX, cujo dono é o empresário Eike Batista.

Dois pedidos de reintegração de posse foram apresentados à Justiça, um pelo Flamengo, perante a 36ª Vara Cível, e outro pelo Rex Hotel Ltda, na 47ª Vara Cível. As duas Varas concederam a reintegração de posse, que ainda não tem data para ocorrer.

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Quando arrendou o prédio, Eike pretendia reformá-lo, transformando o edifício em um hotel de quatro estrelas. Mas, com problemas empresariais, desistiu do projeto, e o prédio de 24 andares em área nobre da zona sul do Rio, com vista para o morro do Pão de Açúcar, estava abandonado. Os invasores haviam sido despejados no último dia 26 de março de um terreno da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e decidiram ocupá-lo.

Segundo as decisões judiciais, além da Polícia Militar e da Guarda Municipal, a reintegração de posse deve ser realizada com o apoio de agentes das secretarias municipais de Direitos Humanos e Assistência Social. Médicos e ambulâncias da prefeitura também serão acionados. Essa mobilização tem o objetivo de evitar qualquer tipo de confusão entre os envolvidos.

"O problema é nitidamente social, mas não se pode preterir o direito de propriedade em função de uma coletividade que deveria estar assistida pelo Estado, exercendo sua cidadania com dignidade, razão pela qual positivado o esbulho, acolho o pedido liminar", escreveu a juíza Martha Elisabeth Falcão Sobreira, da 47ª Vara Cível, na ação proposta pelo Rex Hotel.

O juiz Leonardo Alves Barroso, da 36ª Vara Cível, destacou que "a propriedade que cumpre uma função social deve ser protegida pelo Poder Judiciário e Público em geral para impedir que o desenvolvimento nacional seja atingindo por atitudes com fins, aparentemente, sociais, mas inadequados e irrazoáveis, supostamente, oportunistas".

A Justiça autorizou a reintegração de posse na reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ocupada nessa terça-feira, 17, por alunos da instituição. Segundo a decisão, a retirada do grupo do prédio da administração, no câmpus Perdizes, zona oeste da capital, pode ocorrer imediatamente.

Mesmo depois da liminar, os estudantes decidiram, em assembleia nesta quinta-feira, 19, permanecer no local. O texto da liminar, concedida pela juíza Vanessa Tavares Miranda de Lima, da 30ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, diz que houve "depredação do patrimônio e pichação", o que os estudantes negam. Se os manifestantes desocuparem o prédio, afirma a decisão, a multa diária é de 10 salários mínimos (cerca de R$ 7,9 mil).

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Os alunos isolaram com fitas quadros e outros objetos que pudessem ser danificados. Eles negam que tenha havido qualquer depredação. A reportagem não constatou objetos danificados ou depredados. Toda a reitoria foi preenchida por cartazes nas paredes, com frases como "Não tragam bebidas alcoólicas" , "Não fumem, é melhor para preservar a nossa imagem", "Respeitem o espaço" e "Lutamos por nossos direitos".

Com a chegada da informação de que havia um oficial de Justiça na entrada da universidade, no entanto, parte dos estudantes - principalmente bolsistas - decidiu deixar o espaço. Eles temem perder os benefícios ao serem identificados.

Imagens das câmeras de segurança divulgadas pela PUC na manhã desta quinta-feira mostram o momento em que os estudantes invadiram a reitoria. Alguns deles usaram camisetas para encobrir o rosto. Eles usaram pedaços de ferro para arrombar a porta que dá acesso ao local. Cerca de cem alunos ocuparam a reitoria da PUC na noite dessa terça-feira, 17, em protesto por "mais diálogo e transparência" da instituição, além de reclamações sobre as demissões de 50 professores no ano passado. A PUC afirmou nesta quarta-feira, 18, que a invasão ocorreu por causa de uma decisão interna que proibiu realização de festas no câmpus, o que foi negado pelos alunos.

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, em Goiás, determinou que a Ética Construtora reintegre à empresa um funcionário portador de HIV. Segundo a Justiça, a reintegração deverá ser em atribuição compatível com a função e as condições de saúde atuais do empregado.

"Determina-se, também, que a reclamada (a construtora) reative o plano de saúde para o reclamante, sob pena de arcar com todas as despesas médicas que vierem ser necessárias", diz a decisão da juíza Cleuza Gonçalves Lopes, titular da 9ª Vara do Trabalho de Goiânia.

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Segundo o funcionário, ele precisa trabalhar na sede da empresa em Goiânia ou em local próximo à cidade, pois depende de tratamentos periódicos na capital. Ele afirma que poderia ser alocado para obras nas cidades de Padre Bernardo e Pinenópolis, no Estado.

No processo, a empresa afirma que o funcionário poderia trabalhar nas cidades de Piripiri (PI) e Itacajá (TO). Segundo a construtora, as cidades apresentadas por ele estão com as obras em fase de finalização e o tratamento a que ele se submete pode ser feito em qualquer localidade do território nacional, uma vez que atendido pelo Sistema Único de Saúde.

"E, para finalizar, quando de sua contratação, o consignado tinha conhecimento de que poderia prestar serviço em qualquer localidade do País", argumenta a empresa.

O despacho da juíza é uma antecipação de tutela, um pedido para antecipar os efeitos da decisão, antes do julgamento. A primeira audiência de instrução do processo está marcada para o início de abril.

Para Chyntia Barcellos, que defende o funcionário, é inadmissível que o portador seja demitido por ser considerado uma 'ameaça' aos demais. "Vale lembrar que ninguém pode ser submetido aos testes de Aids compulsoriamente. Estes deverão ser usados exclusivamente para fins de diagnósticos, para controle de transfusões e transplantes, e estudos epidemiológicos, nunca para qualquer tipo de controle de pessoas ou populações", alerta.

A advogada cita ainda a Lei 12.984, em vigor no Brasil desde junho de 2014, que tipifica a discriminação do portador do vírus HIV e o doente de aids, punindo tais práticas com a pena de reclusão de um a quatro anos e multa. Pela legislação, negar emprego ou trabalho, exonerar ou demitir de seu cargo em razão da sua condição de portador ou de doente também serão caracterizados como crime.

"O combate eficaz à discriminação no trabalho exige o envolvimento de diferentes atores sociais, como sindicatos, advogados, médicos do trabalho, profissionais de saúde e outros. São passos iniciais para garantir um ambiente de trabalho com reais condições de liberdade, segurança e dignidade humana", finaliza Chyntia.

ÉTICA CONSTRUTORA

"Não podemos nos pronunciar porque o processo encontra-se em segredo de Justiça."

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