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Na última terça-feira (19), em entrevista no Festival de Cinema de Roma que acontece até o próximo fim semana, o cineasta Quentin Tarantino cogitou a possibilidade de  “Kill Bill Vol. 3” ser seu próximo filme. Segundo ele, a trama apresentaria a filha da antagonista Vernita Green (Vivica A. Fox), em busca de vingança pela morte de sua mãe.

Ainda que existam os projetos para o cinema, Tarantino possui grande experiência com escrita e roteiro e, de acordo com o diretor, fora das telonas ele já pensa em outros planos para o futuro, como um livro sobre crítica de cinema, além de uma série para televisão, que vai mesclar os gêneros faroeste e comédia.

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Vale lembrar que o diretor já revelou em outras ocasiões que pretende encerrar sua carreira no cinema após lançar cerca de dez filmes, por isso, é possível que o próximo projeto seja o último de sua carreira. Desta forma, “Kill Bill” seria a única trilogia do diretor, fora outros sete filmes com histórias isoladas, lançados desde a década de 1990.

Sua história no cinema começou de forma independente, quando estava fora do circuito de Hollywood e lançou “Cães de Aluguel” (1992), “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994) e “Jackie Brown” (1997). Já na virada do século, Tarantino continuou a lançar grandes obras, como “Kill Bill - Volume 1” (2003), e “Kill Bill - Volume 2” (2004).

Após ingressar de vez no mainstream, Tarantino continuou adaptando histórias fictícias e reais, como “Bastardos Inglórios” (2009), “Django Livre” (2012) e “Os Oito Odiados” (2015). Seu último projeto, “Era Uma Vez Em... Hollywood” (2019) contou com um trio de peso no elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie.

 

 

As indicações ao Oscar foram divulgadas nesta segunda-feira, com "Coringa" recebendo o maior número delas (11) à frente dos favoritos "Era uma Vez ... em Hollywood", "1917" e "O Irlandês".

A seguir, cinco curiosidades do anúncio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood:

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- Scarlett e Saoirse fazem história -

As diretoras foram excluídas da lista de indicados, mas duas atrizes têm bons motivos para comemorar nesta segunda.

Scarlett Johansson nunca tinha sido indicada para um Oscar, mas conseguiu duas indicações de uma vez.

Ela vai concorrer a melhor atriz, por seu papel no drama "Histórias de um casamento", e melhor atriz coadjuvante, pelo papel de jovem mãe que esconde uma menina judia em seu sótão durante a Segunda Guerra Mundial, em "Jojo Rabbit."

Enquanto isso, Saoirse Ronan conseguiu sua impressionante quarta indicação ao Oscar aos 25 anos. Ela é a segunda mulher mais nova a realizar o feito, atrás de Jennifer Lawrence.

- Recorde sul-coreano -

"Parasita", o sucesso de crítica de Bong Joon-ho, torna-se o primeiro filme sul-coreano a concorrer tanto a melhor filme de língua estrangeira, quanto a melhor filme.

É o sexto filme de língua não-inglesa a conquistar esta indicação dupla, depois de "Roma", no ano passado.

Nenhum dos cinco anteriores, contudo, conseguiu levar o princial troféu da noite para casa.

Será que a crítica social de Bong pode conseguir isso?

No Globo de Ouro, o diretor sugeriu que o público deveria "superar as barreiras das legendas" e ver seu filme.

- Netflix chegou lá -

A temporada de premiações tem sido irregular para a Netflix.

Líder de indicações ao Globo de Ouro com uma enorme margem, a gigante do streaming levou apenas dois prêmios - um para Laura Dern, atriz coadjuvante em "Histórias de um casamento", e outro para Olivia Colman, protagonista da série de TV "The Crown".

Apesar disso, a Netflix - que gastou milhões de dólares para atrair os maiores talentos da indústria cinematográfica e financiar generosas campanhas de de premiação - recebeu impressionantes 24 indicações ao Oscar nesta segunda.

- Williams de olho no recorde de Walt Disney -

"Star Wars: a ascensão Skywalker" não foi bem recebido pela crítica, mas uma nova indicação pela trilha do lendário compositor John William era uma aposta certa.

Nesta segunda, ele recebeu sua 52ª indicação ao Oscar - se aproximando do recorde individual de Walt Disney, com 59.

O filme, que conclui a "Saga Skywalker", levou outras duas indicações, de edição de som e efeitos visuais.

- J-Lo, Sandler e De Niro esnobados -

Duas grandes estrelas que esperavam ser indicadas por suas atuações passaram batidas pela Academia nesta segunda.

Jennifer Lopez nunca foi indicada a um Oscar, mas sua performance como uma stripper astuta em "As golpistas" gerou um "buzz" significativo.

De Niro, que venceu pela última vez em 1980 por "Touro indomável" e não conseguiu levar o prêmio em três indicações desde então, não conseguiu convencer a Academia com seu papel em "O irlandês".

Ele teve que se contentar com a indicação a coprodutor na categoria de melhor filme.

E Adam Sandler, muito elogioado por sua atuação em "Uncut Gems", tinha esperanças de finalmente ser indicado para o grande prêmio, e ficou de fora.

Quentin Tarantino não decepcionou: seu aguardado filme, "Era uma vez em Hollywood", com um elenco estrelado encabeçado por Brad Pitt e Leonardo DiCaprio, foi recebido nesta terça-feira (21) com uma longa ovação e críticas entusiasmadas no Festival de Cannes.

Era o momento mais aguardado da mostra iniciada há uma semana: Tarantino, Pitt e DiCaprio pisaram no tapete vermelho da La Croisette recebidos como heróis, aclamados pelo público que os aguardava desde as primeiras horas da manhã.

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O cineasta e os dois atores, pela primeira vez juntos em um filme, posaram, elegantes em seus smokings, ao lado da colega de elenco, a atriz Margot Robbie, vestindo um conjunto de lantejoulas com calça preta e top branco, arrematado por uma flor rosa.

O filme, que compete pela Palma de Ouro, é "feito de lembranças, um pouco como 'Roma', que foi um filme de memórias para (Alfonso) Cuarón", disse no tapete vermelho Tarantino, ao lado da esposa, a cantora israelense Daniella Pick.

A película de 2h45, rodada em 35 mm, é ambientada na Los Angeles de 1969. Conta a história de Rick Dalton (DiCaprio), astro de westerns da televisão, seu dublê nas cenas de ação (Pitt) e a vizinha dele, a atriz Sharon Tate (Robbie). Al Pacino, Dakota Fanning, Bruce Lee e Steve McQueen também integram o elenco.

Ao final da projeção, o público ficou de pé e aplaudiu Tarantino por vários minutos, 25 anos depois dele ter recebido a Palma de Ouro por "Pulp Fiction - Tempo de Violência". Pitt estava visivelmente emocionado, enquanto a atriz britânica Tilda Swinton, que não atua no filme, tampouco pôde conter as lágrimas.

"Nos vemos na La Croisette!", disse Tarantino ao público, após agradecer o apoio dos espectadores.

- "Brilhante" -

Parte da crítica internacional fez suas primeiras avaliações de que este é um dos melhores filmes de Tarantino em anos.

Um crítico do jornal britânico The Guardian o qualificou como "uma brilhante comédia de humor negro".

O site especializado Deadline avaliou que Tarantino "nasceu para fazer este filme", "glorioso" e "divertidíssimo".

Cannes "mudou a vida" do diretor americano, de 56 anos. "Vim primeiro com 'Cães de Aluguel', como pequeno cineasta independente, e depois dei a volta ao mundo".

Também no tapete vermelho, Pitt se desmanchou em elogios a Tarantino. "É um prazer trabalhar com ele, não pode ser comparado a ninguém (...) Conhece de forma exaustiva o cinema" e o filme para ele é "uma carta de amor a Hollywood, a Los Angeles".

No filme, "interpretamos dois atores que tentam encontrar seu lugar em um mundo que está mudando", afirmou DiCaprio, cuja namorada, a atriz argentina Camila Morrone, também assistiu à projeção.

Tarantino pediu na véspera que os espectadores não revelassem o conteúdo do filme.

"Gosto do cinema. Vocês gostam do cinema. Uma história está a ponto de ser descoberta pela primeira vez (...) Os atores e a equipe trabalharam duro para criar algo original, e só peço que cada um evite revelar qualquer coisa que impeça futuros espectadores de viver a mesma experiência com o filme", escreveu em uma carta publicada em sua conta no Twitter.

- Palma dupla? -

A história de Tarantino em Cannes é repleta de cenas memoráveis, a começar pela Palma de Ouro entregue por Clint Eastwood há 25 anos por "Pulp Fiction". Ao receber o prêmio, entre aplausos e assobios, o cineasta americano levantou o dedo médio para uma mulher que gritou, "Que merda! Não, mas que merda!".

Dez anos depois, o cineasta voltou à La Croisette para apresentar "Kill Bill vol.2" fora da competição.

Com "Bastardos Inglórios", voltou a disputar a Palma de Ouro em 2009, mas desta vez o prêmio ficou com o austríaco Michael Haneke por "A Fita Branca".

No entanto, ele aprontou uma das suas no tapete vermelho, ao dançar com a atriz francesa Mélanie Laurent. Em 2014, também arriscou uns passos com Uma Thurman pelos 20 anos de "Pulp Fiction".

No próximo sábado, o diretor pode passar a fazer parte do seleto grupo de cineastas com duas Palmas de Ouro, somando-se a Bille August, Francis Ford Coppola, Luc e Jean-Pierre Dardenne, Michael Haneke, Shohei Imamura, Emir Kusturica e Ken Loach.

Pedro Almodóvar e Terrence Malick, entre outros cineastas, também disputam o prêmio máximo do festival.

O nono filme do diretor Quentin Tarantino, ‘Once Upon a Time in Hollywood’, entrou para competição do Festival de Cannes, que acontece de 14 a 25 de maio, na França. A produção disputará na categoria ‘Palma de Ouro’, premiação máxima da competição.

O longa, com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, passa no ano de 1969 e conta a história de um ex-astro de série de tv, Rick Dalton (DiCaprio), e seu dublê, Cliff Booth (Pitt). De acordo com a produção do festival, o novo filme de Tarantino não tinha sido anunciado anteriormente pois não era certeza que ficaria pronto a tempo.

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Além de concorrer, o filme também será lançado durante o festival. A exibição será uma forma de homenagem a Tarantino, que lançou em Cannes, há 25 anos, o clássico ‘Pulp Fiction’, com John Travolta e Samuel L. Jackson.

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No festival internacional Séries Mania, em Lille, para apresentar uma série que será lançada em breve na Netflix, a atriz americana Uma Thurman falou de sua trajetória, de suas relações com Quentin Tarantino e sobre a ascensão dos papéis femininos em Hollywood.

"Aos 12 anos, eu disse a minha mãe que eu queria ser atriz, e ela me respondeu: sim, como todo mundo", lembrou a atriz em um evento lotado aberto ao público na terça-feira.

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"Não sei como isso foi possível. É, provavelmente, um dos milagres da minha vida. Aos 15 anos, meus pais me autorizaram a ficar independente. Aos 16, fui contratada para meu primeiro filme e nunca mais parei de trabalhar desde então", contou.

Suas modelos? Doris Day, Meryl Streep, Diane Keaton, ou Audrey Hepburn.

Desde a estreia com Terry Gilliam ("As aventuras do barão de Munchhausen"), sua carreira conta com vários filmes icônicos, como "Ligações perigosas", "Gattaca - experiência genética", "Ninfomaníaca, e algumas séries de televisão. Mas foi principalmente por seu papel no filme de Quentin Tarantino "Pulp Fiction - tempo de violência" e depois em "Kill Bill" que ela se tornou conhecida.

"Tenho muita sorte de ter vivido isso", reconhece a atriz, de 49 anos, que também falou das difíceis condições de filmagem de "Kill Bill".

No início de 2018, seu testemunho se somou ao de uma longa lista de vítimas do produtor Harvey Weinstein, e ela acusou Tarantino de tê-la posto em perigo quando ela foi vítima de um grave acidente de carro na produção de "Kill Bill 2".

Embora não tenha comentado este episódio, a lembrança de uma cena clássica, quando ela tenta escapar de um caixão aos socos, a faz reagir: "vivi 12 momentos de estresse pós-traumático só de olhar para isso".

- Melhores oportunidades -

"Todo mundo ama ouvir os diálogos de Quentin e ver sua criatividade, não tem realmente ninguém que não goste deles", comenta ela, vendo nele "um verdadeiro senso de humor, que não corresponde, com certeza, exatamente ao meu".

"Quando revejo 'Pulp Fiction', penso na minha filha, Maya. Ela tem 20 anos, um bebê...", continua a atriz, celebrando a "correção muito tardia" de Hollywood sobre os papéis femininos, que há alguns meses passou a criar mais heroínas fortes e independentes.

"Estou feliz de ver que há melhores oportunidades para as mulheres e que minha filha terá oportunidades diferentes", acrescenta a atriz, comemorando sua presença no elenco da terceira temporada da série de sucesso no Netflix "Stranger Things".

Uma considera que o movimento #MeToo (sem citá-lo de forma direta) "criou definitivamente um melhor ambiente de trabalho, mais seguro".

"Mas não é preciso que isso restrinja a criatividade das pessoas. É preciso que a gente possa se apaixonar pelo papel principal sem se deixar aprisionar", acrescentou.

Sem revelar sua preferência entre cinema e televisão, ou entre gêneros, Uma Thurman também apresentou a série "Chambers", um "drama familiar, um thriller sobrenatural, onde uma jovem vai viver estranhos efeitos após o transplante de um coração que pertencia a uma garota da idade dela".

"Sou a mãe em luto da jovem falecida. Há muita energia feminina nesta série" criada por Leah Rachel e que tem Uma como coprodutora.

"Sou um pouco a madrinha dela", concluiu a estrela dessa série selecionada para competição na Séries Mania, antes de seu lançamento na Netflix em 26 de abril.

A Sony Pictures divulgou na manhã desta quarta-feira (20) o trailer de ‘Once Upon a Time in Hollywood’, novo longa de Quentin Tarantino.

Disponível apenas em inglês, o vídeo dá uma prévia do que será a nona produção do diretor. No começo da semana, o primeiro pôster do filme também foi divulgado. Com Leonardo DiCaprio e Brad Pitt no elenco, ‘Once Upon a Time in Hollywood’, estreia dia 26 de julho.

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Leonardo DiCaprio divulgou na manhã desta segunda-feira (18) o primeiro pôster de ‘Once Upon a Time in Hollywood’, novo longa do diretor Quentin Tarantino. Na imagem, DiCaprio aparece ao lado de Brad Pitt, com um carro antigo e o letreiro de Hollywood ao fundo.

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A nona produção de Tarantino se passa no ano de 1969 e conta a história de um ex-astro de série de tv, Rick Dalton (DiCaprio), e seu dublê, Cliff Booth (Pitt). O longa também conta com nomes, como Margot Robbie, Al Pacino, Emile Hirsch, Damian Lewis, Bruce Dern e Dakota Fanning. Além de ser a última aparição nos cinemas de Luke Perry, que morreu em decorrência de um derrame, no começo deste mês.

Once Upon a Time in Hollywood’ estreia no dia 26 de julho.

 O ator norte-americano Mike Moh interpretará Bruce Lee na trama de "Once Upon a Time in Hollywood", novo filme de Quentin Tarantino. Moh também pratica artes marciais e fez parte do elenco das séries "Marvel’s Inhumans", "Empire" e da websérie "Street Fighter: Punho Assassino", onde interpretou o personagem Ryu.

 O roteiro do longa se passa na Hollywood do final dos anos 60 e terá os terríveis assassinatos cometidos pela família Manson, a mando de Charles Manson, como pano de fundo.

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 No elenco do nono filme de Tarantino aparecerão também Brad Pitt, Leonardo DiCaprio, Al Pacino, Burt Reynolds, Damian Lewis, Emile Hirsch, Dakota Fanning e Margot Robbie.

"Once Upon a Time in Hollywood" chega aos cinemas no dia 26 de Julho de 2019.

Centenas de pessoas, entre elas o diretor de cinema Quentin Tarantino, voltaram às ruas de Nova York neste sábado contra a violência policial nos Estados Unidos, após uma série de mortes de cidadãos afro-americanos por agentes brancos.

"Não estão-se ocupando com isso de modo algum. É por isso que estamos aqui fora", disse o cineasta ganhador de Oscar, enquanto caminhava com um grupo de ativistas pela Quinta Avenida perto da Washington Square, no sul de Manhattan.

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"Se estivessem se ocupando, esses policiais assassinos estariam na prisão, ou, pelo menos, sendo acusados na Justiça", acrescentou Tarantino, que já havia participado de um ato em protesto pelo mesmo tema, quinta-feira, na Times Square.

Organizados pelo grupo "RiseUpOctober", os eventos em Nova York buscam chamar a atenção da opinião púbica para a violência policial e pedem uma reforma do sistema de Justiça criminal.

Dezenas de pessoas de diferentes estados e que perderam um de seus familiares nas mãos das Polícia americana nos últimos 20 anos compareceram à manifestação.

"Isso é um grande progresso. É assombroso para mim, e espero que organizemos mais marchas em homenagem às vítimas da brutalidade policial", disse à AFP Precious Edwards, irmã de Dakota Bright, de 15 anos, morto pela polícia de Chicago (norte dos EUA), em novembro de 2012.

Depois de passarem pela Washington Square, os manifestantes seguiram para Bryant Park, no centro de Manhattan, destino final da marcha. Nas mãos, cartazes que diziam "Mãos ao alto, não atirem!", entre outros slogans.

As vítimas lembradas no ato vão desde um bebê de 11 meses até uma senhora negra de 92 anos, morta quando a polícia entrou por erro em sua casa, em uma operação antidrogas.

Entre os nomes lidos, estão o de Michael Brown, de 18, assassinado em Ferguson (Missouri, sul) em agosto de 2014. A morte de Brown ajudou a inspirar uma nova geração de ativistas de direitos civis, que exigem o fim da brutalidade policial.

Os manifestantes criticam a militarização e a discriminação da polícia, pedindo justiça para as vítimas - membros, sobretudo, das comunidades afro-americanas e latinas - e investigações independentes dos homicídios cometidos por oficiais.

O cineasta americano Quentin Tarantino recebeu o Prêmio Lumière 2013, nesta sexta-feira à noite (18) na cidade francesa de Lyon, das mãos de sua musa, a atriz Uma Thurman. O diretor de "Cães de aluguel", "Bastardos inglórios" e "Django livre", entre outros sucessos, deu um show à parte, dançando como o ator John Travolta no cultuado "Pulp fiction - tempo de violência".

Segundo Tarantino, o cinema é sua religião e a França, "seu Vaticano". Tarantino manifestou sua alegria em receber o prêmio na cidade onde se criou o cinema e onde os pais dos irmãos Lumière se conheceram. Desse modo, brincou, "o cinema foi inventado, e eu tive uma coisa para fazer".

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O diretor-geral do Festival Lumière, Thierry Frémaux, e o presidente do Institut Lumière, Bertrand Tavernier, destacaram a ampla cultura cinematográfica de Tarantino. Além de Uma Thurman, os atores Harvey Keitel e Tim Roth também homenagearam o diretor. Já o influente produtor e distribuidor americano Harvey Weinstein apontou a generosidade de Tarantino, que contribuiu, por exemplo, para a descoberta do também cineasta Won Kar Way.

Depois da cerimônia, a ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, entregou-lhe a medalha de comendador de Artes e Letras.

 Se discute muito nos meios culturais o significado do trabalho autoral no cinema, e até que ponto a marca do diretor deve se curvar em relação à história contada - devido às necessidades dramáticas e a capacidade de uma obra de ser vendável dentro de um sistema de estúdios. Quentin Tarantino aparentemente conseguiu a proeza de unir todas estas características em Django Livre (Django Unchained). É um filme onde reconhecemos o mesmo realizador que nos deu a violência quase cartunesca de Kill Bill, os diálogos cheios de espírito de Jackie Brown, aliados a potência narrativa e dramática de Bastardos Inglórios. Novamente temos as multiplas referências de um diretor que construiu uma carreira em cima de homenagens aos gêneros que amou enquanto crescia: os filmes de ação dos anos 80, os filmes B de artes marciais vindos da china com péssimas dublagens e o drama de guerra.

Desta vez, o que temos é um roteiro original que reconstrói os trabalhos do chamado Faroeste Italiano, que imortalizou diretores como Sérgio Leone. O Western é o gênero de cinema americano por definição, que ajudou a levar a indústria de Hollywood para o patamar estelar que possui, hoje, e que ajudou a legitimar a visão higiência do herói e do uso liberal da violência como resolução de problemas. É muito curioso assistir a este filme depois de ver, na semana anterior, o tétrico Jack Reacher. Ambos possuem soluções similares para seus personagens, mas Django é um filme humano e relacionável. Aceitamos melhor a necessidade de resolver as coisas na base do chumbo voador.

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    Tarantino liga esse faroeste consagrado com outro que têm defensores ferrenhos, porém muito contestadores socialmente:a Blaxsploitation americana. A união de black (negro) e exploitation (exploração), é um gênero de cinema originamente marginal que procurava enfrentar o olhar cinematográfico eminentemente branco da indústria. Além disso, dramas sobre a relação entre raças e a visão do negro americano sobre sí mesmo e sobre os outros, são abordados no filme. Foi uma aposta perigosa de Tarantino, trazendo temas delicados como a escravidão e o papel do negro na formação dos EUA, algo que foi relegado ao segundo plano nas produções clássicas dos gêneros americanos, e em particular no faroeste.

Embora possua o mesmo nome de um Western que teve o ator Franco Nero como seu protagonista branco de olhos azuis, Django Livre (no qual o próprio Franco faz uma aparição) é uma história original numa safra de cinema que tem os roteiros adaptados e os remakes como matéria prima. Django (Jamie Foxx, muito à vontade no papel) é um negro escravo, que é libertado pelo 'dentista' e caçador de recompensas King Schultz (Christoph Waltz). Waltz repete sua interpretação que lhe valeu um Oscar pelo coronel Landa em Bastardos Inglórios, e continua igualmente interessante nesta segunda vez. A dupla se une num acordo: Se Django ajudar o Schultz a capturar os irmãos Brittle, três criminosos procurados pela lei e que realmente não prestam, o Doutor ajudará o escravo liberto a encontrar sua esposa. Brunhilda (Kerry Washington), a força motriz de Django, e um personagem bem pobre, se encontra presa na maior e mais opressiva fazenda do mississipi. Candyland é governada por Monsieur Candy (Leonardo DiCaprio, brilhante como vilão) e pelo maquiavélico e idoso Stephen.

Visualmente, Django Livre é uma produção sólida. Embora puxe do faroeste sua temática, a construção visual não é a mesma: Temos poucos dos grandes ângulos abertos que colocam o homem no cavalo como o senhor de tudo que enxerga. Não que o filme seja feio: O trabalho de fotografia de Robert Richardson (Ilha do Medo, a Invenção de Hugo Cabret) é primoroso em sua precisão, mesmo a inspiração dos faroestes B feitos na itália, com movimentos de câmera bruscos e chicotes, muitas vezes colocados como um tipo de piada interna do diretor.

Os diálogos e a montagem são rápidos, mas não sofremos com cortes rápidos-feito-video-clipe-da-MTV que tem aparecido tanto nos cinemas recentemente, como se o editor tivesse um ataque epilético. É uma montagem que serve a bruteza explicita, mas quase surreal em sua escala. Me foi comentado que o diretor tem uma alegria quase infantil em sua violência, e é verdade. Seria possível colocar Tarantino david Cronenberg (Cosmópolis, Método Perigoso) quase em lados opostos na mesma moeda. O sangue explode, e as pessoas voam, e claramente, sentimos que o diretor está se divertindo bastante com o resultado, particularmente com a pontinha que ele mesmo interpreta.

Django Livre é razoavelmente longo, com dois clímaxes bem distintos, mas que graças a um uso sólido de edição e uma trilha sonora que mistura o que existe de bom no som icônico faroeste clássico e da produção de música negra nos EUA, não pesa nem nos olhos ou nos ouvidos. Django Livre é partes iguais de Ennio Moricone, Tupac e James Brown e Johny Cash. É um prato saboroso, mas todos os sabores são bem fortes.

Se existe algum problema sobre a obra é que ele possui tantas referência que está sempre pecando pelos excessos: de referências, de mudanças rápidas do clima, sempre no limite, chamando muita atenção para sí enquanto metafilme e dimunuindo nossa atenção na história.  A primeira metade é um excelente faroeste e um trabalho mais sério sobre a exploração do negro naquela época, dramático e envolvente. A segunda, bem, é Tarantino, com sangue explodindo de forma gloriosa, e mulheres voando em ângulos impossíveis quando são atingidas por tiros de revolver. A habilidade cinematográfica do diretor é inegável, mas as vezes, nos perguntamos se ele não deveria tentar crescer só um pouco e deixar de ser 'o garoto talentoso' que era na época de cãos de aluguel. Já está na hora.

O cineasta Quentin Tarantido, um dos mais cultuados da sua geração está preparando seu novo filme, após o longa Bastardos Inglórios, que levou um Oscar de Ator Coadjuvante pela interpretação de Christoph Waltz. Django Unchained conta a história de um escravo negro que busca reencontrar a esposa, vendida a outro senhor.

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Django (Jamie Foxx) encontra o caçador de recompensas alemão King Schultz (Christoph Waltz), que está em busca dos Irmãos Brittle e sabe que apenas o escravo pode conduzi-lo ao seu objetivo. Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando encontrar suas vítimas.

A busca da dupla pela esposa de Django os leva a fazenda Candyland, onde mora Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), que mantém escravos preparados por Ace Wood (Kurt Russell) para lutar uns com os outros por esporte. Abusando dos tiros, da violência e do sangue, como de costume, Tarantino rende homenagem ao gênero Western Spaghetti em sua nova produção, que tem data de estreia marcada para 18 de janeiro de 2013.

Os fãs de Quentin Tarantino estão vivendo uma mistura de ansiedade e euforia. Na última quinta-feira (7) foi divulgado o primeiro trailer de Django Livre (Django Unchained, no título original, em inglês), próximo longa metragem do diretor norte-americano. A nova produção é no melhor estilo western, que transita pelos filmes de cowboy e faroestes, gêneros dos quais Tarantino gosta e faz bastante uso.

Django Livre chega aos cinemas americanos em dezembro e deve chegar ao Brasil em 18 de janeiro de 2013, mas os cinéfilos de plantão podem esperar por sarcasmo e tiros, além da tradicional trilha sonora incrível. O enredo é guiado por Django (Jamie Foxx), um escravo recentemente libertado, King Schultz (Christoph Waltz), um caçador de recompensas e uma grande surpresa: Leonardo DiCaprio no papel de Calvin Candie, um escravocrata descontraído e irônico. O elenco conta também com a participação de Samuel L. Jackson, John Jarratt, Kerry Washington, James Remar, Don Johnson, Laura Cayouette, M. C. Gainey, Walton Goggins, e do rapper RZA.

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