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A dupla brasileira formada por Evandro e Bruno Schmidt venceu nesta sexta-feira os poloneses Michal Bryl e Grzegorz Fijalek por 2-1 e garantiram o primeiro lugar no Grupo E dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os brasileiros conseguiram a vitória de virada, com parciais de 19-21, 21-14 e 17-15.

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Evandro e Bruno iniciaram a campanha em Tóquio com vitória de 2-1 sobre os chilenos Marcos e Esteban Grimalt. Na segunda rodada, eles derrotaram os marroquinos Mohammed Abicha e Zouheir Elgraoui por 2-0.

Agora, eles aguardam o fim da primeira fase e os resultados da repescagem para conhecer os rivais na fase de oitavas de final.

Um momento inusitado chamou a atenção durante a transmissão do vôlei de praia masculino, nas Olimpíadas de Tóquio, nesta quinta-feira (29). Em uma parada técnica, o narrador da Globo Luis Roberto parou de falar para ouvir a conversa entre a dupla Alison e Álvaro Filho, mas acabou surpreendido pela sequência de palavrões proferidas pelo ‘Mamute’ para motivar seu companheiro.

Alison não se importou com a câmera fechada nele e o microfone aberto acabou pegando o discurso ‘boca suja’. “Respira. Calma buc****, cara***”, esbravejou.

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Rindo de leve, Luís Roberto tentou contornar a situação. “Ah Alison, Álvaro! Vamos lá, vamos ter calma!”, continuou.

Emanuel, ex-atleta medalhista olímpico e hoje comentarista, não comentou os palavrões, mas explicou a situação.

"Essa é a hora de botar energia para fora, botar aí, concentração, parar, tomar água, respirar e vamos conseguir”, disse.

Certos ou errados, os palavrões parecem ter dado certo, tanto que a partida terminou com o placar de 2 a 0 para a dupla brasileira, que se classificou em primeiro lugar do grupo, mesmo após a derrota na rodada anterior diante da dupla do EUA.

A terça-feira do Brasil no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 terminou com uma derrota. Depois de vencerem com facilidade na estreia, Agatha e Duda não conseguiram encaixar bem seu estilo de jogo e foram derrotadas pela dupla chinesa Wang/Xia por 2 sets a 0 - com as parciais de 21/18 e 21/14. A partida contou com grande atuação das asiáticas - principalmente de Wang -, marcadas por poucos erros.

O resultado positivo levou as chinesas à liderança do Grupo C, com duas vitórias e quatro pontos. A situação da chave só será definida na última rodada, mas as brasileiras podem terminar ainda na segunda colocação em caso de vitória sobre a dupla canadense Bansley/Brandie. O jogo está marcado para as 9 horas (de Brasília) desta quinta-feira. No mesmo dia, uma hora antes, Wang e Xia enfrentam as argentinas Gallay e Pereyra.

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O regulamento da competição prevê a seguinte dinâmica: são seis grupos com quatro duplas e as duas primeiras avançam às oitavas de final. Além disso, as duas melhores terceiras colocadas também passam direto. As outras quatro terceiras jogam entre si, em uma espécie de repescagem, para apontar mais duas duplas que totalizarão as 16 participantes da fase eliminatória.

Em quadra, as brasileiras ficaram no bloqueio chinês no começo do jogo, perdendo por 2 a 0, até equilibrar a partida e empatarem em 5 a 5, graças a Duda, que forçou as adversárias ao erro com o saque. O Brasil passou à frente no placar fazendo 9 a 8, mas as chinesas endureceram e não permitem distanciamento no placar, abrindo dois pontos de vantagem em 11 a 9.

No entanto, a dupla chinesa se recuperou e virou a partida para 13 a 12. Sem cometer erros, conseguiram abrir vantagem e fecharam o primeiro set por 21 a 18.

Já a segunda parcial iniciou como o primeiro com Wang e Xia abrindo 3 a 0, seja em bloqueios ou abusando de bolas curtas. Porém a dupla brasileira virou o jogo para 4 a 3 e deixou a partida equilibrada. Após viradas e empates, o duelo estava empatado em 10 a 10. Na volta de um tempo técnico, as chinesas cresceram e com erros das brasileiras abriram ampla vantagem e confirmaram a vitória por 21 a 14.

Os brasileiros Alison e Álvaro Filho foram derrotados pelos americanos Lucena e Dalhausser por 2 a 1 (24/22, 19/21 e 15/13) nesta terça-feira, pela segunda rodada do Grupo D do torneio de vôlei dos Jogos de Tóquio.

A dupla brasileira, que é a 5ª no ranking mundial e que tem o atual campeão olímpico Alison (ouro na Rio 2016), teve um confronto bastante equilibrado com os representantes dos Estados Unidos, número 8 do mundo.

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"A nossa chave é a da morte. A gente sabia, e isso nos faz sair da zona de conforto. No primeiro set, a gente tinha dois pontos na frente e perdemos por dois, ou seja, perdemos o controle. O vôlei de alto nível é decidido no detalhe. Agora é descansar e pensar no próximo jogo", disse Alison em entrevista à TV Globo.

Essa foi a primeira derrota na competição dos brasileiros, que estrearam com vitória sobre os argentinos Julian Amado Azaad e Nicolas Capogrosso por 2 sets a 0. Já os americanos foram derrotados no duelo anterior pelos holandeses Brouwer e Meeuwsen.

O Brasil começou com pé direito sua campanha em Tóquio-2020 em uma das modalidades em que é favorito, o vôlei de praia, com duas vitórias tanto no masculino quanto no feminino, contra a Argentina.

Na fase de grupos das Olimpíadas, Agatha Bednarczuk e Eduarda Santos Lisboa derrotaram por 2-0 (21-19, 21-1) a dupla argentina formada por Ana Gallay e Fernanda Pereyra, mesmo resultado obtido por Alison Cerutti e Alvaro Morais Filho contra Nicolás Capogrosso e Julián Amado Azaad (21-16 e 21-17).

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Confira os resultados e posições da primeira rodada do torneio de vôlei de praia de Tóquio-2020:

. MULHERES

- Grupo A

Verge-Depre, A./Heidrich (SUI) - Sude/Borger (GER) 2 - 1

Pavan/Melissa (CAN) - Stam/Schoon (NED) 2 - 0

Classificação: Pts J G P sf sc

1. Verge-Depre, A./Heidrich (SUI) 2 1 1 0 2 1

2. Pavan/Melissa (CAN) 2 1 1 0 2 0

3. Stam/Schoon (NED) 1 1 0 1 0 2

4. Sude/Borger (GER) 1 1 0 1 1 2

- Grupo C

Bansley/Brandie (CAN) - Wang/X.Y.Xia (CHN) 1 - 2

Agatha/Duda (BRA) - Gallay/Pereyra (ARG) 2 - 0

Classificação: Pts J G P sf sc

1. Agatha/Duda (BRA) 2 1 1 0 2 0

2. Wang/X.Y.Xia (CHN) 2 1 1 0 2 1

3. Bansley/Brandie (CAN) 1 1 0 1 1 2

4. Gallay/Pereyra (ARG) 1 1 0 1 0 2

- Grupo F

Huberli/Betschart (SUI) - Ludwig/Kozuch (GER) 2 - 1

Ishii/Murakami (JPN) - Hermannova/Slukova (CZE) 2 - 0

Classificação: Pts J G P sf sc

1. Huberli/Betschart (SUI) 2 1 1 0 2 1

2. Ishii/Murakami (JPN) 2 1 1 0 2 0

3. Ludwig/Kozuch (GER) 1 1 0 1 1 2

4. Hermannova/Slukova (CZE) 1 1 0 1 0 2

. HOMENS

- Grupo A:

Mol A./Sorum C. (NOR) - McHugh/Schumann (AUS) 2 - 1

Leshukov/Semenov (ROC) - Herrera/Gavira (ESP) 2 - 0

Classificação: Pts J G P sf sc sf/sc

1. Leshukov/Semenov (ROC) 2 1 1 0 2 0 -

2. Mol A./Sorum C. (NOR) 2 1 1 0 2 1 2,000

3. McHugh/Schumann (AUS) 1 1 0 1 1 2 0,500

4. Herrera/Gavira (ESP) 1 1 0 1 0 2 0,000

- Grupo D

Alison/Alvaro Filho (BRA) - Azaad/Capogrosso (ARG) 2 - 0

Brouwer/Meeuwsen (NED) - Lucena/Dalhausser (USA) 2 - 0

Classificação: Pts J G P sf sc

1. Alison/Alvaro Filho (BRA) 2 1 1 0 2

2. Brouwer/Meeuwsen (NED) 2 1 1 0 0 2

3. Lucena/Dalhausser (USA) 1 1 0 1 2 0

4. Azaad/Capogrosso (ARG) 1 1 0 1 0 2

O jogador americano de vôlei de praia Taylor Crabb está fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele testou positivo para Covid-19 quatro vezes e Tri Bourne assumirá seu lugar como parceiro do veterano Jake Gibb quando a competição começar neste fim de semana.

Crabb confirmou que não jogará a Olimpíada nesta quinta-feira (22), observando que ele foi vacinado e o teste deu negativo antes de deixar os Estados Unidos, mas deu positivo quando chegou ao Japão.

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Todos que testam positivo, segundo o protocolo sanitário, têm de cumprir 14 dias de quarentena. Com isso, estão automaticamente fora dos Jogos. Até o momento, a um dia da cerimônia de abertura, a Olimpíada de Tóquio já registrou mais de 90 casos de infecção por Covid-19.

"Estou livre de sintomas, felizmente, mas profundamente desapontado por não ser capaz de me juntar a Jake na areia e competir como um membro da equipe dos Estados Unidos", disse Crabb.

"Quero que Jake jogue sua quarta Olimpíada e que ele leve para casa uma medalha.

Tri Bourne, um atleta incrível, pessoa e amigo próximo, estará competindo ao lado de Jake e preenchendo meu lugar na equipe dos Estados Unidos", acrescentou o jogador.

Crabb tem 29 anos e disputaria sua primeira edição de Jogos Olímpicos. O torneio olímpico de vôlei de praia começa no sábado na Shiokaze Park, em Tóquio, com Gibb e Bourne programados para estrearem na noite de domingo contra a dupla italiana formada por Carambula e Rossi.

Um jogador tcheco de vôlei de praia que está na Vila Olímpica de Tóquio testou positivo para Covid-19, anunciou nesta segunda-feira (19) o Comitê Olímpico Tcheco (COV) em um comunicado.

Ondrej Perusic testou positivo no domingo (18), durante os exames diários organizados na Vila, informou o chefe da delegação olímpica tcheca Martin Doktor.

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"Não tem absolutamente nenhum sintoma. Analisamos tudo de maneira detalhada e, em particular, prestamos atenção nas medidas anti-transmissão na equipe", declarou.

No sábado, o COV informou que um membro da delegação testou positivo ao desembarcar em um dos aeroportos de Tóquio.

De acordo com um balanço divulgado nesta segunda-feira pelo comitê organizador dos Jogos Olímpicos, desde 1º de julho foram detectados 58 casos positivos de covid-19 em quase 20.000 pessoas (atletas, integrantes de comissões técnicas, dirigentes, jornalistas) que chegaram ao país.

No fim de semana, o comitê organizador anunciou os primeiros casos de covid na Vila Olímpica, um integrante da comissão técnica da seleção de futebol da África do Sul no sábado e depois dois jogadores da equipe no domingo.

O comitê informou nesta segunda-feira que 21 pessoas tiveram contato com os três que testaram positivo da África do Sul.

Último torneio do Circuito Mundial de vôlei de praia antes do início da Olimpíada, a etapa de Gstaad, na Suíça, terminou com dobradinha brasileira no pódio feminino. Em final disputada neste domingo, a dupla Ágatha e Duda ficou com o ouro ao vencer, por 23 a 21 e 21 a 18, as também brasileiras Ana Patrícia e Rebecca, que levaram a prata. As duas duplas estão garantidas como representantes do Brasil nos Jogos de Tóquio.

Com a vitória sobre as conterrâneas, Ágatha e Duda celebraram o sétimo título na disputa do Circuito Mundial. As duas somam ainda cinco medalhas de prata e oito de bronze. Em Gstaad, entretanto, elas jamais haviam vencido. "É o primeiro ouro aqui para mim e para Ágatha. E a atmosfera está muito bonita, a cidade de Gstaad é muito bonita. Para nós, é uma emoção estar aqui. O ouro para nós é muito especial, porque é o último torneio antes de Tóquio", comentou Duda.

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Já Ágatha ficou ainda mais emocionada com o triunfo, pois guardava más lembranças de participações anteriores na etapa suíça. Ela jogou o torneio pela primeira vez em 2005, quando ainda atuava ao lado de Sandra Pires, e terminou na 17ª colocação. Desde então, acumulou frustrações, por isso celebrou tanto o fim do jejum.

"A primeira vez que vim aqui foi em 2005, 16 anos atrás. E eu nunca ganhei esse sino (troféu dado aos medalhistas em Gstaad). Nunca desista, nunca. No primeiro dia que joguei com a Duda aqui em 2017, nosso jogo foi tão ruim, foi tão ruim o torneio para a gente, e quando terminou eu chorei muito. E a Duda escreveu para mim: 'Parceira, um dia a gente vai ganhar esse sino. Espera, espera'", disse Agatha.

Do outro lado, as derrotadas Ana Patrícia e Rebecca saíram satisfeitas com a medalha de prata, a décima delas no Circuito Mundial. Jogando juntas, elas têm três ouros, três pratas e quatro bronzes. O segundo lugar deste domingo foi dedicado à avó de Rebecca, que faleceu nesta semana.

"Um jogão essa final. Claro que a gente queria ganhar. Tivemos alguns erros, principalmente no primeiro set, que precisamos rever. Mas eu quero exaltar hoje a nossa evolução. Patrícia foi gigante durante a etapa. Nossa comissão ajudou muito. E está aí o resultado do nosso trabalho. É nosso segundo pódio aqui em três etapas. Vamos levar tudo que vivemos aqui para Tóquio e esperamos continuar nessa crescente. E eu queria dedicar essa medalha à minha avó que faleceu essa semana e sempre foi uma grande torcedora minha", contou Rebecca.

Missão cumprida na Suíça, as quatro atletas sequer voltarão ao Brasil. Ágatha, Duda, Ana Patrícia e Rebecca embarcam direto para o Japão, já que a Olimpíada começa no dia 23 de julho.

Outrora proibida e punida por dizer “Fora Bolsonaro”, a atleta brasileira do vôlei de praia Carol Solberg, voltou a mostrar seu descontentamento com o presidente na pandemia que já matou meio milhões de brasileiros. Nesta quinta-feira (24), depois de conquistar o título do Superpraia, ao lado de Bárbara Seixas, ela disse que tem ‘muita indignação’.

“Já foi o tempo em que dava para ficar aqui, jogando, sem falar sobre o que está acontecendo. Eu não consigo. A gente tem mais de 500 mil mortes. São mais de 500 mil famílias totalmente despedaçadas. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se a gente tivesse comprado as vacinas, então é muita indignação, muita”, disse.

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Diferente do que aconteceu em agosto do ano passado, Carol não citou nominalmente o presidente Bolsonaro, mas deixou bem claro o direcionamento das suas críticas. O “Fora Bolsonaro” de Carol culminou numa punição do STJD. Ela chegou a ser proibida de repetir a frase, mas acabou saindo vencedora do processo na segunda instância. Carol jogou nesta sexta, 25, a final do torneio Super Praia e venceu.

"Alvinho". Esse foi o apelido escolhido para distinguir Álvaro Magliano de Morais Filho de seu pai, que também se chama Álvaro. Além do nome, o filho herdou de seu genitor duas paixões: a vaquejada e o vôlei de praia. A primeira teve que ser abandonada. De tantos tombos que levou, sua mãe, Patrícia, assustada, "proibiu" o garoto de dar continuidade a tradição nordestina de derrubar bois com cavalos.

A segunda, por outro lado, ele pôde dar sequência. A permissão e o estímulo dos pais em um esporte menos violento, fez com que Álvaro se tornasse um dos melhores jogadores de vôlei de praia do Brasil. A vaquejada ficou em seu sangue. Hoje, ela é representada pelo chapéu de couro que ele usa sempre que sobe nos pódios.

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O paraibano forma dupla com o veterano Alison Cerutti - ouro no Rio-2016 e prata em Londres-2012 - há pouco mais de um ano. Nesse período, eles conquistaram a classificação para os Jogos de Tóquio-2020. Ambos encerraram o Circuito Mundial na primeira colocação no ranking nacional e em terceiro no ranking mundial. Mas a trajetória até a vaga olímpica não foi fácil. Quarenta e três posições foram conquistadas pela dupla brasileira, que entrou no circuito em 46.º lugar.

"Foi uma trajetória de superação", avaliou Álvaro, em entrevista ao Estadão. "Acredito que até hoje não tenha surgido em nossa modalidade, no Brasil, uma dupla que tenha se classificado nessas condições", acrescentou. No ditado popular, Álvaro e Alison "deram liga". Segundo Alvinho, ambos possuem muito em comum, dentro e fora das quadras. "Ele é um bloqueador nato. Joga pela esquerda. Eu sou defensor e atuo pela direita. Só isso já é meio caminho andado", ponderou o atleta.

"Vivemos um momento muito parecido fora das quadras também. Além de termos casado no mesmo ano, ele está prestes a ser pai. Eu me tornei há poucos meses. Meu filho, Dom, nasceu em outubro. Hoje o que mais converso com Alison é sobre fraldas", contou o jogador, aos risos.

Como visto, o laço paterno influenciou a vida de Álvaro. É por causa do pai, que o levava para jogar vôlei nas areias de João Pessoa, que ele chegou neste patamar. O atleta revelou que o esporte também fará parte da vida de seu filho, mas sem pressão. "O esporte traz muitas qualidades. Te ensina a ganhar e perder. Quero estimulá-lo a jogar, mas não como uma obrigação. Se ele quiser seguir outra profissão, que assim seja. O importante é fazer com amor e ser feliz", avaliou o jogador.

Classificada, a meta da dupla brasileira agora é outra: o ouro olímpico. "É nosso sonho. Nosso objetivo máximo", revelou Álvaro, que para atingir a nova ambição se inspira na dupla Ricardo e Emanuel, que juntos conquistaram a medalha de ouro nos Jogos de Atenas, em 2004. "Eles são minha referência".

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei absolveu nesta segunda-feira a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg. A atleta havia sido advertida por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo, na cerimônia de premiação da etapa de Saquarema (RJ) do Circuito Brasileiro do Vôlei de Praia, em setembro.

No julgamento na primeira instância, no dia 13 de outubro, Carol havia sido condenada por 3 votos a 2 com base no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva - "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição". Os auditores tinham aplicado multa de R$ 1 mil, convertida para advertência.

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Mas, nesta segunda, em novo julgamento, o Pleno do STJD derrubou a advertência pelo placar de 5 a 4. No início do julgamento, a jogadora de vôlei de praia chegou a estar perdendo por 3 a 0, antes de ser absolvida por maioria de votos.

"Foi uma virada espetacular", comemorou o advogado Leonardo Andreotti, ex-presidente do próprio STJD do Vôlei. Carol também foi defendida por Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "A decisão foi reformada e, portanto, não há nenhuma penalidade à atleta", completou Andreotti, em entrevista ao Estadão.

O julgamento estava marcado para começar às 14h30, mas um problema técnico atrasou o início da sessão para as 15 horas. Como aconteceu no julgamento da primeira instância, realizado pela 1ª Comissão Disciplinar do STJD, a sessão foi realizada online.

Os auditores Eduardo Affonso de Santis Mendes de Farias Mello, Célio Salim Thomaz Junior e Vantuil Gonçalves votaram a favor de manter a advertência. Porém, Gilmar Nascimento Teixeira votou pela absolvição de Carol e foi seguido por Milton Jordão, Raquel Lima, Tamoio Athayde Marcondes e Júlia Costa. O presidente do STJD, Alexandre Beck Monguillott, votou para manter a advertência quando a maioria a favor da atleta já estava formada (5 a 3).

"O julgamento de hoje no STJD do Voleibol, com os votos extremamente técnicos pela absolvição da atleta, escreve um novo capítulo no mundo do Direito Desportivo, e abre importante discussão acerca da compatibilização das normas públicas e privadas de natureza esportiva. O Brasil assume, com essa decisão, posição de verdadeira vanguarda no cenário internacional", disse Andreotti, à reportagem.

Depois de sofrer a advertência, Carol afirmou que se sentiu censurada pela decisão da primeira instância. O caso ganhou repercussão nacional e alimentou a discussão sobre declarações e manifestações de atletas sobre assuntos políticos e polêmicos durante eventos esportivos.

"Eu estava muito feliz de ter ganhado o bronze e, na hora de dar minha entrevista, apesar de toda alegria ali, não consegui não pensar em tudo o que está acontecendo no Brasil, todas as queimadas, a Amazônia, o Pantanal, as mortes por covid-19 e tudo mais, e meio veio um grito totalmente espontâneo de tristeza e indignação por tudo o que está acontecendo", disse Solberg, antes do julgamento, ao comentar suas declarações no evento do Circuito Brasileiro de vôlei de praia.

O julgamento de Carol Solberg foi envolvido em polêmicas desde a denúncia. Na primeira instância, houve até adiamento porque a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) pediram para participar do caso. O relator Robson Luiz Vieira rejeitou o "pedido de intervenção". As entidades recorreram, assim como Carol, mas não obtiveram êxito. Novamente, agora pelo Pleno, as partes não foram reconhecidas como "terceiro interessado".

O caso pode servir para balizar se os atletas podem se manifestar politicamente ou não e, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, existe a possibilidade de quebrar o "muro do silêncio" no esporte brasileiro quanto a protestos políticos e também sobre outros temas em um momento em que vários esportistas ao redor do mundo têm levantado a voz para combater preconceitos e se posicionado com veemência em defesa do direitos humanos. Exemplo disso são os protestos antirracistas no futebol, no basquete e no futebol americano.

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg decidiu recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que advertiu a atleta por gritar "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo na televisão. Os advogados da jogadora entendem que "o fato é atípico" e que por isso merece ser analisado novamente.

Na terça-feira passada, Carol foi advertida por se manifestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. Na visão dos advogados da atleta, Felipe Santa Cruz e Leonardo Andreotti, o Código Brasileiro de Justiça Desportiva e o Regulamento das competições não apresentam restrições em relação a este tipo de manifestação.

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"Os advogados estão confiante que o Pleno do STJD, ao avaliar tecnicamente a questão, certamente não chegará a outra conclusão que não a absolvição da Atleta, mas que o caso é paradigmático e pode colocar o país na vanguarda da discussão sobre o tema", diz trecho da nota enviada pela defesa da atleta.

Caso a atleta aceitasse a pena, o caso seria arquivado, já que a promotoria não recorreu da pena. Entretanto a jogadora e seus advogados entendem que a advertência é uma censura e algo ilegal, já que não há nada na lei que vete um atleta de se manifestar neste sentido.

Na terça passada, Carol foi condenada por três votos a dois. O relator do caso, Robson Vieira, disse que ela descumpriu trecho do regulamento que proíbe dar opinião que prejudique a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e seus parceiros comerciais, mas a pena poderia ser branda e convertida em advertência. A entidade conta com o Banco do Brasil como um de seus patrocinadores.

Um auditor acompanhou o voto e o presidente da comissão, Otacílio Araújo, afirmou que a advertência seria um "puxão de orelha" na atleta, para que ela não repetisse o ato. Outros dois relatores pediram a absolvição, por entender que ela não infringiu o regulamento. Ainda não há data para um novo julgamento.

A 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei decidiu absolver Carol Solberg por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo, na cerimônia de premiação da etapa de Saquarema (RJ) do Circuito Brasileiro do Vôlei de Praia, no mês passado e aplicou apenas uma multa de R$ 1 mil, convertida para advertência, à jogadora. A atleta, assim, escapou de uma punição pesada. O julgamento foi realizado de forma virtual no início da tarde desta terça-feira.

Carol recebeu a pena mais branda. Ela foi condenada por 3 votos a 2 com base no artigo 191. A maioria dos auditores do STJD entendeu que ela violou o artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), mas considerou não ser procedente o artigo 258. Os artigos foram utilizados pelo subprocurador Wagner Vieira Dantas para denunciar a atleta.

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Pelo artigo 191 - "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição" - ela recebeu multa de R$ 1 mil, convertida em advertência. A jogadora escapou de punição com base no artigo 258 - "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva" - a atleta poderia ser vetada de uma a seis partidas, além de levar suspensão de 15 a 180 dias.

A advertência serve como um "puxão de orelha", segundo o presidente da comissão, Otacílio Soares de Araújo, responsável pelo último voto. "Se ela repetir, pode ser punida de uma forma pior", avisou. "Você não está ali para se manifestar de forma politicamente ou religiosamente. A gente, no passado, todo mundo lembra que quando um atleta fazia o gol ele mostrava alô mamãe, alô papai. Isso foi banido. Por que? Por que não é o momento adequado. A atleta pode falar a vontade nas redes sociais dela, que ninguém vai falar nela. Mas se ela for nas redes sociais dela e falar mal do tribunal, ela pode ser denunciada", justificou.

Além de Otacílio, também votaram no julgamento os auditores Robson Luiz Vieira, Gustavo Silveira, Rodrigo da Paz Ferreira Darbilly e Marcos Eduardo Bomfim. Carol foi defendida pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que aceitou o convite da mãe da atleta, a ex-jogadora Isabel Salgado, e pelo advogado Leonardo Andreott, ex-presidente do próprio STJD do vôlei.

Foi debatido na sessão online o local da manifestação e não o direito de se manifestar. Para a maioria dos auditores, o campo de jogo não é um lugar adequado para protestos. Ainda assim, apenas a pena de R$ 1 mil, transformada em advertência, foi aplicada para Carol, com o objetivo de ser uma medida "educativa".

Os auditores julgaram que ela descumpriu o item 3.3 de um termo do regulamento do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Esse artigo, em documento assinado por Carol, afirma que: "O jogador se compromete a não divulgar, através dos meios de comunicações, sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou possa, direta ou indiretamente, prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e/ou os patrocinadores e parceiros comerciais das competições".

Durante o julgamento, realizado remotamente e que durou cerca de duas horas, Carol reiterou que não ofendeu a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e os patrocinadores da entidade, defendeu a liberdade de expressão e que os jogadores possam se manifestar em qualquer lugar e ocasião, incluindo as arenas, lembrou do apoio de Wallace e Maurício Souza ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro, em 2018, assegurou que não se arrepende do que fez e reforçou sua posição contrária ao governo federal.

"Eu tinha acabado de ganhar o bronze e estava muito feliz de retornar ao pódio. E na hora de dar minha entrevista, apesar de toda a minha alegria de estar ali, não consegui não pensar em tudo o que está acontecendo no Brasil, as queimadas na Amazônia, no Pantanal, as morte pela covid-19", justificou a jogadora. "Me veio um grito totalmente espontâneo, de tristeza e indignação por tudo o que está acontecendo", emendou.

"Não me arrependo, de nenhuma maneira. Só manifestei minha opinião, acredito na minha liberdade de expressão, da mesma forma que os jogadores do vôlei de quadra (Wallace e Maurício) se manifestaram com uma opinião diferente da minha em outra ocasião. "Eu não ofendi nem a CBV nem o Banco do Brasil. So manifestei minha opinião contra o governo", completou.

Com a decisão, a atleta está liberada para participar ao lado de sua parceira Talita da próxima etapa do Circuito Brasileiro, marcada para sexta-feira, dentro da "bolha" da CBV, em Saquarema.

O julgamento foi envolto em polêmicas, gerou muita repercussão e sofreu um adiamento porque a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) pediram para participar do caso. O relator Robson Luiz Vieira rejeitou o "pedido de intervenção" e o julgamento aconteceu uma semana depois da data inicialmente estipulada.

O caso pode servir para balizar se os atletas podem se manifestar politicamente ou não e, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, existe a possibilidade de quebrar o "muro do silêncio" no esporte brasileiro quanto a protestos políticos e também sobre outros temas em um momento em que vários esportistas ao redor do mundo têm levantado a voz para combater preconceitos e se posicionado com veemencia em defesa do direitos humanos. Exemplo disso são os protestos antirracistas no futebol, no basquete e no futebol americano.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei remarcou o julgamento de Carol Solberg para dia 13 (terça-feira), às 13 horas, com transmissão pelo YouTube. A jogadora de vôlei de praia será julgada por ter gritado "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo, na cerimônia de premiação do Circuito Brasileiro, no mês passado.

O julgamento estava inicialmente marcado para terça desta semana, mas foi adiado de última hora porque a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) pediram para participar do caso. Nesta sexta, o relator Robson Luiz Vieira rejeitou o "pedido de intervenção".

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O relator seguiu o parecer emitido pelo subprocurador Wagner Vieira Dantas na quinta-feira. "Torna-se claro que inexiste legitimidade das requerentes, por ausência de comprovação de qualquer vínculo de suas atividades com a atividade desportiva, além de inexistência de submissão das requerentes ao Código Brasileiro de Justiça e ainda, e por fim, a ausência de prova e indicação expressa de que direitos privativos serão atingidos no julgamento do caso em apreço justificando assim, um eventual interesse, oportunidade em que deve ser negado o pedido", afirmou o subprocurador.

Horas depois, contudo, a ABI avisou que pretende recorrer da decisão. "A ABI vai recorrer. Estamos diante de dois absurdos: um ataque à liberdade de expressão e o uso de dois pesos e duas medidas diante de declarações políticas de atletas", afirmou Paulo Jeronimo, presidente da entidade. O STJD ainda não se manifestou sobre a intenção da ABI de recorrer.

Carol Solberg causou polêmica há duas semanas ao gritar "Fora, Bolsonaro" durante entrevista ao vivo ao canal SporTV, ao fim da cerimônia de premiação de uma das etapas do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e a Comissão de Atletas de Vôlei repudiaram a manifestação política. Diversos atletas, porém, saíram em defesa de Carol, assim como Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

A atleta acabou sendo denunciada no STJD com base em dois artigos do CBJD: o 191, "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição"; e o 258, por "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva".

Pelo artigo 191, a atleta pode ser receber multa de R$ 100,00 a R$ 100 mil ou apenas uma advertência. Já o artigo 258 prevê veto de uma a seis partidas e suspensão de 15 a 180 dias ou advertência. Carol será defendida pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Wagner Vieira Dantas, subprocurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do voleibol, responsável por denunciar Carol Solberg por ter gritado "fora, Bolsonaro", explicou por que denunciou a jogadora de vôlei de praia. Em entrevista ao Estadão, ele afirmou entender que ela descumpriu uma regra do campeonato ao se manifestar no campo de jogo e também confessou ser alinhado ao posicionamento político e ideológico da atleta. O advogado se declara antifascista e, nas redes sociais, compartilha publicações contra o governo e a favor da democracia.

"A denúncia se deu pelo fato do descumprimento de uma regra do campeonato. Ela (Carol Solberg) assinou o regulamento da competição, que diz que não poderia fazer qualquer tipo de manifestação na arena de jogo. Há uma cláusula escrita, muito clara, que fala sobre isso. O caso foi distribuído na procuradoria e eu fui sorteado para pedir a denúncia ou fazer o arquivamento dos autos. Não questiono o que ela falou, mas o momento, o lugar de fala dela, que atesta contra o regulamento. E como o artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punição nesses casos, não restou outra alternativa que não fazer uma denúncia. A questão está estritamente vinculada à regra da competição", frisou o subprocurador.

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Dantas revelou que tem o mesmo posicionamento político que Carol, isto é, contra a gestão do presidente Jair Bolsonaro, mas ressaltou que, na sua visão, seria errado não denunciar a atleta pelo seu protesto durante entrevista ao vivo para o SporTV, no dia 20 de setembro, após conquistar a medalha de bronze no Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Na ocasião, a jogadora pegou o microfone e disparou: "Fora, Bolsonaro".

"É um fato que eu estou inserido no mesmo espectro político ou no mesmo nível de crítica que uma atleta como a Carol tem. Eu comungo da mesma opinião política dela. Mas nós temos que saber separar as coisas. O outro fato é que eu sou um subprocurador geral de Justiça e eu tenho uma obrigação pera a instituição e a sociedade. Chegou a mim um caso, eu posso estar errado, mas na minha concepção, no meu juízo de valor pessoal, acho que ali tem um ato indisciplinar", salientou Dantas.

"O fato de eu simpatizar pela concepção política e filosófica da Carol não pode tirar a minha obrigação de fazer a denúncia. Se eu estiver fazendo isso eu vou estar repetir o bom e velho compadrio tradicional político de benefícios. Então, eu achei por bem cumprir minha obrigação", completou.

O subprocurador geral do STJD publicou uma foto em seu perfil no Facebook em que aparece usando uma máscara preta com os mesmos dizeres que bradou Carol: "Fora, Bolsonaro". Também assinou o "manifesto dos advogados antifascistas pela democracia", documento que reuniu mais de 100 assinaturas, e faz parte do grupo "Amigos da Democracia". Ativo nas redes sociais, ele compartilha com frequência suas ideias e posições. Foi contra, por exemplo, o processo que culminou com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018. "A democracia está em ataque faz tempo. Sempre que posso eu procuro defendê-la", ressaltou.

DENÚNCIA - A denúncia de Carol é baseada em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 191, "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição", e o 258, por "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva". Pelo artigo 191, ela pode ser multada entre R$ 100,00 e R$ 100 mil ou receber advertência. Já o artigo 258 prevê veto de uma a seis partidas, suspensão de 15 a 180 dias ou advertência. Carol ainda não se manifestou sobre a decisão do STJD.

Ainda não há data definida para o julgamento de Carol Solberg. Certo é que, no caso, ela será defendida perante o STJD pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que aceitou o convite da mãe da jogadora, a ex-atleta Isabel Salgado.

Ao Estadão, Carol disse que "esse papo de que não se deve misturar esporte e política não dá mais". Após o grito durante a entrevista no dia 20, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e a Comissão de Atletas de Vôlei repudiaram a manifestação política da jogadora. Diversos atletas, porém, saíram em defesa de Carol, como a jogadora Fabiana, que ainda lembrou que a nota da entidade continha a palavra de cunho racista "denegrir".

Desde o episódio, Carol passou a sofrer ameaças e foi alvo de fake news. Perfis bolsonaristas iniciaram uma campanha para que o Banco do Brasil deixasse de patrocinar a atleta, mas ela não tem apoio financeiro da instituição e usava um uniforme com logomarca do BB porque a CBV, organizadora do circuito, recebe aporte do banco estatal.

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg foi denunciada nesta segunda-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Voleibol por ter gritado "Fora, Bolsonaro" após conquistar a medalha de bronze em etapa do Circuito Brasileiro, no dia 20 de setembro. A declaração ocorreu durante entrevista ao vivo para o canal SporTV.

A denúncia é baseada em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 191, "deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento de regulamento, geral ou especial, de competição", e o 258, por "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código à atitude antidesportiva".

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Pelo artigo 191, ela pode ser multada entre R$ 100,00 e R$ 100 mil ou receber advertência. Já o artigo 258 prevê veto de uma a seis partidas, suspensão de 15 a 180 dias ou advertência.

Nas redes sociais, Carol explicou por que gritou "Fora, Bolsonaro". "Meu grito foi pelo Pantanal que está em chamas em sua maior queimada já registrada e continua a arder sem nenhum plano do governo. Pela Amazônia, que registra recordes de focos de incêndios. Pela política covarde contra os povos indígenas. Por acreditar que tantas mortes poderiam ter sido evitadas durante a atual pandemia se não houvesse descaso e falta de respeito à ciência. Por ver um governo com desprezo total pela educação e a cultura. Por ver cada dia mais os negros sendo assassinados e sem as mesmas oportunidades. Por termos um presidente que tem coragem de dizer que 'o racismo é algo raro no Brasil'. São muito absurdos e mentiras que nos acostumamos a ouvir, dia após dia. Não posso entrar em quadra como se isso tudo me fosse alheio. Falei porque acredito na voz de cada um de nós", disse.

Carol também afirmou que "esse papo de que não se deve misturar esporte e política não dá mais". Após o grito durante a entrevista no dia 20, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e a Comissão de Atletas de Vôlei repudiaram a manifestação política. Diversos atletas, porém, saíram em defesa de Carol, como a jogadora Fabiana, que ainda lembrou que a nota da CBV continha a palavra de cunho racista "denegrir".

Desde o episódio, Carol passou a sofrer ameaças e foi alvo de fake news. Perfis bolsonaristas iniciaram uma campanha para que o Banco do Brasil deixasse de patrocinar a atleta, mas ela não tem apoio financeiro da instituição. Ela usava um uniforme com logomarca do BB porque a CBV, organizadora do circuito, recebe aporte do banco público.

Após a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) desaprovar a atitude de Carol Solberg – que fez protesto contra o presidente Bolsonaro em transmissão de competição – a Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia também criticou a jogadora e prometeu que lutará para que “manifestações de cunho político” não voltem a ocorrer.

Após conquistar a medalha de bronze no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, em Saquarema, no Rio de Janeiro, a jogadora Carol Solberg, que forma dupla com Talita, fez um protesto político. Durante entrevista ao canal SportTV, neste domingo (20), a brasileira disse: “Só para eu não esquecer, fora Bolsonaro”.

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Presidida pelo ex-jogador e campeão olímpico, Emanuel Schaffer, a comissão emitiu a nota ressaltando que não é favorável a nenhum tipo de manifestação de cunho político e que lamenta o ato de Carol Solberg.

A nota só não esclarece se manifestações antirracistas estariam nessa definição de “manifestação de cunho político”. No mundo inteiro, inclusive no Brasil, já houveram manifestações em outras modalides, com destaque para os jogadores da NBA e para o piloto Lewis Hamilton, da Fórmula 1.

Confira a nota:

Após contrair o novo coronavírus e se recuperar, o jogador de vôlei de praia Álvaro Filho entrou nas campanha de doação de plasma sanguíneo para ajudar pesquisas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A ideia surgiu depois de ver postagens em rede sociais de pessoas pedindo doação. E foi também por meio da internet que o atleta divulgou que está curado da covid-19 e passou a fazer parte da campanha.

O atleta está recuperado há mais de um mês. Ele começou a sentir os sintomas da doença, procurou o médico e realizou o exame, que deu positivo. Não precisou ser internado e teve a recuperação em casa, apenas com remédios para diminuir a febre.

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"Comecei a ter febre, dor de garganta e moleza no corpo. Liguei para o meu médico e ele achou uma boa eu fazer o exame. Fiz e em cerca de 10 dias saiu o resultado positivo. O que mais me chamou a atenção foi a perda do olfato", afirmou o jogador, em entrevista ao Estadão.

Curado, Álvaro Filho decidiu ajudar nos estudos da UFPB. Ao ver postagens em redes sociais de familiares de parentes que pediam a doação de sangue, o atleta foi ao hemocentro de João Pessoa para se voluntariar. "Começaram a fazer campanhas e numa dessas eu vi que um familiar de um amigo estava precisando. Fui doar e foi assim que começou a ideia", disse.

Em João Pessoa, o atleta aproveita a quarentena para curtir a gestação da sua esposa Marcella. O primeiro filho do casal tem previsão para nascer em outubro. Além disso, Álvaro Filho tenta manter o condicionamento físico para estar apto a jogar quando as competições forem retomadas.

Ele concordou com o adiamento da Olimpíada de Tóquio-2020 para 2021. O atleta está garantido nos Jogos ao lado do medalhista de ouro Alison. "Achei que foi uma decisão acertada, pela situação da aglomeração e pela questão de justiça entre os atletas, com a mesma condição de preparação. Os atletas europeus voltaram a treinar há mais de um mês, e nós brasileiros ainda estamos aguardando a reabertura aos poucos", opinou.

Álvaro Filho forma dupla com Alison desde o primeiro semestre de 2019 e destacou o aprendizado que vem tendo ao lado do parceiro. Alison conquistou o ouro olímpico no Rio de Janeiro, em 2016, e ficou com a prata em Londres, em 2012. Já Álvaro buscará a sua primeira medalha olímpica em 2021.

"Me sinto um felizardo de jogar do lado de um campeão olímpico. Quando você conhece a pessoa, vê por que ele conquistou. Ele tem me ensinado muito não só dentro de quadra, como também em gestão de equipe e planejamento. Tenho aprendido muito, além de ele ser um parceiro muito fácil de lidar. Temos uma rotina de torneios muito intensa, então quando você se dá bem com o parceiro é meio caminho andando. E isso está acontecendo com nosso time. Fico feliz que estamos fazendo nossa história. Ele teve a história dele com o Emanuel e com o Bruno, e agora estamos fazendo a história do time Álvaro e Alison", exaltou.

Medalhista de prata na Olimpíada de Pequim em 2008, Márcio Araújo ainda foi campeão mundial em 2005, sendo um dos grandes nomes da história do vôlei de praia brasileiro, também pela sua longevidade. Afinal, competiu profissionalmente até os 46 anos. Todo esse "histórico de atleta" não o impediu de viver o maior drama da sua vida durante a atual pandemia do coronavírus.

"Chegamos a jogar com 50ºC em Acapulco, 48ºC na Olimpíada de Atenas ao meio-dia, com a areia a 60ºC, peguei 2ºC em Moscou. Peguei as maiores e menores temperaturas que o ser humano pode suportar, de camiseta e shorts. Isso não me tornou melhor do que ninguém para combater o vírus", relata Márcio Araújo, em entrevista ao Estadão.

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Vivendo em Fortaleza, o ex-jogador de vôlei de praia não conseguiu ser internado de imediato quando ficou doente. Assim, se isolou em uma casa de praia, onde teve medo de morrer, depois passando quatro dias internado em um hospital, mesmo que já estivesse sendo medicado. Quando recebeu alta, sua esposa Juliana, grávida de oito meses, estava infectada e precisou ficar hospitalizada por quase uma semana.

Ele, então, teve de retornar ao ambiente hospitalar. Assim, mesmo estando fragilizado, com pneumonia, passava o período diurno com Juliana, que era acompanhada, para dormir, por sua irmã. Márcio Araújo relembra que o drama foi triplo, pois a doença na esposa também trouxe complicações para o bebê, que chegou a estar com apenas 1,95kg com 34 semanas de gestação. Agora, porém, o peso está sendo recuperado. "A nenê emagreceu um pouco, porque não havia transporte de alimentos e nutrientes", explicou.

Hoje recuperado, ele garante ter ficado em isolamento desde o início da crise do coronavírus, optando por seguir sua rotina em duas residências. Márcio Araújo e sua família passavam os finais de semana em Fortaleza. Já durante a semana, ficavam em uma casa de praia, em Taíba, nas proximidades da capital cearense.

"Ia para lá durante a semana e ficava no apartamento de Fortaleza no sábado e domingo, para não pirar durante o confinamento. Acredito que me contaminei lá, porque ia no supermercado, posto, depósito, na farmácia, e não tinha álcool gel no carro, embora sempre usasse máscara", relata.

Foi lá, também, onde Márcio Araújo viveu os momentos mais angustiantes com a covid-19. Com dor de cabeça e febre, não fez a viagem rotineira para a casa de praia, indo a um hospital, onde foi detectado que ele estava com coronavírus. Medicado, ficou em isolamento no quarto de uma de suas filhas em Fortaleza.

Mas depois, por estar com a esposa grávida e ainda tendo uma filha com asma e outra com rinite alérgica, optou por se isolar em Taíba. Para ele, um erro grave. "Comecei a só piorar. Sustentei, na sexta, três desmaios. Se eu desmaiasse, teria uma morte lenta, solitária e silenciosa. Com a falta do oxigênio, fechei a casa e fui para o hospital na sexta à noite. Nem sei como cheguei, como não capotei o carro", relata.

Márcio Araújo, porém, teve dificuldades para conseguir ser internado. "No domingo, eu estava sofrendo muito, já estava agonizando e aí consegui um leito. Me internaram direto, tomando corticoide na veia. Fiquei no soro e isolado no quarto", explica o ex-jogador de vôlei de praia, revelando que não esperava passar por sofrimento tão grande. "Eu nunca bebi, nunca fumei, fui atleta a vida toda, ainda jogo, faço musculação, tenho alimentação ótima, até por ser casado com uma nutricionista. Foi uma surpresa muito grande", acrescenta. "Se não fosse internado, ia morrer em casa", continua.

Hoje já recuperado do coronavírus, o ex-atleta compara a sensação vivida para lidar com a doença com momentos extremos. "Sofri muito com a falta de oxigênio. Parecia o final de um treino em que ataquei 20 bolas", afirma Márcio Araújo, apontando que o pavor e o efeito psicológico o fizeram sofrer ainda mais nos períodos mais complicados da doença. "Você está sofrendo com a falta de oxigênio e sabe que é uma pessoa saudável, está puxando o ar e não vem. Isso te deixa mais nervoso, o medo vai crescendo. Você não vê melhora", relata o ex-atleta, fazendo nova comparação sobre a sensação do momento de falta de ar.

"É como você estar no mar e tomar um caldo. Quando sobe, aí vem outra onda e você afunda. Você sobe ofegante e vem a terceira onda. Dá uma sensação de que vai morrer. Eu respirava pelo canto da boca", acrescenta, apontando o isolamento social como a única forma de se vencer o coronavírus.

"Eu contaminei minha esposa e alguém me contaminou. Ela passou três dias no oxigênio, com cateter e tomando injeção na barriga, podia ter morrido. As pessoas não estão levando a sério a pandemia. A falta de consciência e o comportamento das pessoas tornam o vírus mais perigoso", avalia.

Livre do coronavírus, Márcio Araújo agora espera pelo nascimento da sua quarta filha, Mariana - a previsão é de que o parto seja em 22 de junho - enquanto busca dar sequência aos seus projetos pós-aposentadoria - ele havia deixado as quadras em 2016, tendo realizado um breve retorno antes de parar definitivamente, após uma etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia em João Pessoa (PB), em abril de 2019.

Além de dar aulas em uma escola particular de Fortaleza, Márcio Araújo preside hoje o Instituto Cuca, uma rede de proteção social e oportunidades formada por três Centros Urbanos de cultura, arte, ciência e esporte, mantidos pela Prefeitura de Fortaleza, atendendo jovens de 15 a 29 anos, principalmente de áreas de vulnerabilidade, com oferta de cursos, práticas esportivas, difusão cultural e produções na área de comunicação.

Sem se afastar do esporte mesmo após a segunda aposentadoria, sonha em levar uma dupla de vôlei de praia aos Jogos de Paris, em 2024. Lá, espera reviver as emoções de 2008, quando foi ao pódio ao lado de Fábio, para receber a sua medalha de prata. "Passei 14 anos para chegar naquele pódio. Me recuperei da derrota em Atenas, foram muitos obstáculos para chegar lá. Tudo que você viveu sobe com você no pódio, quem trabalhou ao seu lado, os amigos, a família, os patrocinadores e o estafe", recorda.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) decidiu, nesta terça-feira, encerrar a temporada 2019/2020 do circuito brasileiro de vôlei de praia em virtude da pandemia da covid-19.

A decisão foi tomada em conjunto com a comissão de atletas, representada pelo campeão olímpico e presidente Emanuel Rego, pelo vice-presidente Harley Marques, e pelos membros Oscar Brandão e Josi Alves.

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As duas etapas que seriam realizadas pela temporada 19/20 - Rio e Itapema (SC) - farão parte do calendário 2020/2021, que terá nove eventos Open e um SuperPraia. No naipe masculino, André Stein e George já haviam garantido o título por antecipação, na etapa de Aracaju.

No naipe feminino, Ana Patrícia e Rebecca, que lideravam o ranking com grande vantagem, foram declaradas campeãs. A parceria precisava apenas entrar em quadra na etapa que seria realizada no Rio para confirmar a conquista, mesmo com derrota.

"Acredito que tivemos a melhor decisão em virtude do momento atual, principalmente tendo em vista o quadro de indefinição pela pandemia da covid-19. Agora vamos trabalhar na elaboração do calendário 2020/2021, com a ajuda da comissão de atletas, aumentando o número de etapas da próxima temporada, com previsão de início em setembro", disse José Virgílio Pires, superintendente da CBV.

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