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A seleção masculina de vôlei será dirigida pelo experiente Bernardinho nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) anunciou nesta quarta-feira que o treinador aceitou o desafio de substituir Renan Dal Zotto na missão de subir ao pódio na França.

"Ele voltou! Bernardinho aceitou o convite da CBV e assume o comando da seleção masculina adulta até os Jogos Olímpicos de 2024. Valeu, Bernardinho! Vamos juntos! Paris nos espera!", oficializou o CBV.

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Atualmente coordenador das seleções masculinas, Bernardinho vai acumular funções até Paris-2024. Depois, espera que um novo nome assuma para novo ciclo olímpico enquanto voltará às funções nas equipes de base.

Aos 64 anos, o técnico ainda dirige o Sesc/Flamengo na Superliga e se dedicará exclusivamente à seleção adulta a partir de abril, quando reunirá os futuros convidados para série de treinos em Saquarema, no Rio.

"Olá pessoal, estou aqui para fazer um comunicado, desta vez oficial, do meu retorno ao comando da seleção brasileira masculina de voleibol. Era algo que não estava nos meus planos, mas há três meses, a convite do presidente Radamés Lattari, da Confederação Brasileira de Voleibol, assumi a função de coordenador de seleções. Estou aqui para alinhar o trabalho da base com a seleção principal, e reiniciar o trabalho da seleção de novos, que visa justamente os próximos ciclos olímpicos", anunciou Bernardinho.

Depois de sete anos fora do comando da seleção, Bernardinho fez questão de frisar que atuará somente como um "quebra galho." "Por decisão pessoal do Renan (Dal Zotto) de se afastar momentaneamente do voleibol e da seleção brasileira (problemas de saúde e pessoais), reassumo esse cargo, para continuar com o trabalho feito, contribuir de alguma forma com minha experiência para que a gente possa buscar a tão almejada medalha em Paris", disse.

Dono de sete medalhas olímpicas incluindo a carreira como jogador, Bernardinho é apontado como o nome certo para reerguer a seleção após fracassos recentes. Bicampeão em Atenas-2004 e no Rio-2026, ele promete que trabalho e empenho não vão faltar. Antes, porém, quer ser campeão da Superliga.

"Nesse momento meu foco está totalmente voltado para a Superliga Feminina, com a minha equipe do Sesc/Flamengo. Assim como os jogadores estão focados tanto na Superliga como nos campeonatos internacionais, nas ligas que disputam na Europa", disse, sem esconder que observa a seleção.

"Já acompanhamos à distância o planejamento junto com os treinadores da seleção, algo diário, para que em abril comecemos o trabalho em Saquarema, nosso Centro de Treinamento. Focados que estamos (na Superliga), mas com pensamento obviamente voltado nessa busca de uma medalha e uma boa campanha em Paris", frisou. "Obrigado pela torcida e energia que sempre mandam. Uma coisa podemos prometer, que é muito trabalho e dedicação na busca dessa medalha."

Casa de momentos memoráveis do esporte nacional e internacional, o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), no bairro da Imbiribeira, terá mais dois para colocar no currículo: os Sul-Americanos de Vôlei masculino e o feminino. Os eventos acontecem do dia 19 ao 30 de agosto. As seleções participantes serão conhecidas no decorrer do mês de julho. O evento é realizado pela Confederação Sul-Americana de Voleibol (CSV) e Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Esportes.

Realizado desde 1951, o Sul-Americano Masculino de Vôlei só não teve o Brasil como campeão em uma das 34 edições. Em 1964, a Argentina levou o título. No Feminino, o Brasil também domina o número de troféus, com 22 dos 34 títulos. Em ambas as categorias, os dois primeiros colocados garantem vaga no Mundial subsequente.

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A última participação da Seleção Brasileira de Vôlei no Recife foi em 2002, na Liga Mundial da categoria masculina. O Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão) recebeu partidas da equipe contra a Rússia, Espanha e Países Baixos. Naquela oportunidade, o Brasil perdeu o título, em Belo Horizonte, para a Rússia.

O Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão) já é acostumado a realizar grandes eventos. Só em 2022, diversos passaram pelo equipamento. Houve a AmeriCup, torneio de basquete mais relevante das Américas. Foram cerca 135 mil torcedores, somando todos os 10 confrontos que envolveram 12 seleções. Teve o Legacy Fighting Alliance (LFA), selo que é a principal liga de desenvolvimento de atletas de MMA do planeta, e uma das mais importantes portas de acesso ao Ultimate Fighting Championship (UFC), maior organização de artes marciais do mundo. E, claro, também teve a Supercopa Masculina de Vôlei, que envolveu os últimos campeões da Superliga, o Sada Cruzeiro, e o da Copa do Brasil, o Itambé Minas.

Da assessoria

Um acordo entre Confederação Brasileira de Vôlei e Comitê Olímpico do Brasil diminuíram as punições de todos os envolvidos no Caso Wallace. Com isso, a suspensão à entidade que dirige o vôlei nacional passou a ser uma multa, enquanto o gancho de cinco anos dado ao atleta do Cruzeiro se transformou em 90 dias. A informação é do jornal 'O Globo'.

Paulo Wanderley (presidente do COB), Walter Pitombo (presidente da CBV), Wallace e pelo Conselho de Ética do COB e da Advocacia Geral da União (AGU) assinaram o acordo e afirmaram não questionar mais a decisão em nenhuma instância judicial.

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O COB declarou no acordo que não reconhece a última final da Superliga Masculina, vencida pelo Cruzeiro, que teve Wallace em ação. O jogador vai cumprir a suspensão durante as férias.

TIRO EM LULA

A punição do medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei aconteceu depois que Wallace sugeriu um "tiro na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em publicação nas redes sociais em janeiro deste ano.

Wallace só entrou em quadra em 30 de abril e foi campeão da Superliga pelo Cruzeiro, graças a uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Depois do jogo, ele disse que errou ao perguntar aos seus seguidores quem daria um tiro em Lula e agradeceu as pessoas que o apoiaram. "Cometi um erro fora de quadra, do qual me desculpei, me arrependi. Não desejo que nenhum atleta passe por isso", afirmou.

Em janeiro, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado, ressaltando a necessidade de cautela em manifestações nas redes sociais por causa do momento "delicado" do País. O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022 e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população.

Vera Mossa, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei e mãe de Bruninho, respondeu a uma publicação do filho nas redes sociais após ele sair em defesa de Wallace de Souza, suspenso por cinco anos pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ela pondera que o oposto do Sada Cruzeiro tem responsabilidade direta pela suspensão aplicada pelo COB na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

"Li com bastante atenção e cuidado, preciso fazer uma correção... sei que sua intenção é a melhor possível, está defendendo um amigo e o vôlei, mas vamos lá... você mesmo entende que ele cometeu um erro grave, se desculpou e se disse arrependido e foi punido merecidamente... então por que não cumpriu toda a punição??!!", escreveu a ex-jogadora.

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A mãe de Bruninho se refere ao efeito suspensivo que garantiu a Wallace a sua participação na reta final da Superliga. No dia 3 de abril, o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB) determinou a suspensão do oposto por 90 dias de todas as atividades relacionadas ao COB, assim como às entidades esportivas ligadas ao sistema olímpico brasileiro, o que inclui eventos organizados pela CBV.

A organização que gere o vôlei nacional interpretou a decisão como motivo para bani-lo de suas competições pelo período determinado, mas uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na semana seguinte acatou o pedido da defesa do atleta e determinou que ele fosse liberado para jogar.

"Também não sei se ele foi coagido a descumprir... São várias questões envolvidas e todos foram alertados sobre as sanções no caso do descumprimento... Nada disso estaria acontecendo se o Wallace tivesse cumprido a punição até o final... sem mais... te amo!! @bruninho1", completou Vera Mossa.

Ponteira de muita força, Vera Mossa participou de três Olimpíadas consecutivas: Moscou-1980, Los Angeles-1984 e Seul-1988. Com apenas 17 anos, conquistou o Sul-Americano, em 1981, e ficou com o vice dois anos depois.

Durante a década de 1980, empilhou títulos nacionais e estaduais atuando pelo Supergasbrás. Bruninho nasceu em 1986, fruto do relacionamento com o técnico Bernardinho. Ela encerrou a carreira em 2000, na Itália, após uma série de lesões. Desde então atuou como comentarista esportiva e empresária.

Suspenso por cinco anos de qualquer competição organizada por entidades ligadas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), o oposto Wallace de Souza recebeu o apoio de Bruninho, companheiro de seleção brasileira, nesta segunda-feira. Em texto publicado em seu perfil nas redes sociais, o levantador exaltou a figura do "amigo e companheiro" e o defendeu em meio ao momento conturbado que o jogador vive.

"Esse é um post para falar de um amigo e companheiro que tive durante anos na seleção brasileira", escreveu o jogador em suas redes sociais. "O Wallace é um homem humilde, pai e marido maravilhoso e fruto de uma família extremamente trabalhadora e de corações gigantes. Conheço ele e toda sua família e tenho um grande carinho e admiração por todos."

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Wallace foi suspenso na última semana por cinco anos como punição por postagem em que ele sugeriu um tiro na cara no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Num movimento inédito e que pegou de surpresa dirigentes do COB e da CBV, o despacho do CECOB, assinado pelos conselheiros Ney Bello Filho, Sami Arap, Humberto Aparecido Panzetti e Guilherme Faria da Silva, determina o corte de repasses do comitê destinados à confederação por seis meses.

"Já tivemos nossas discussões e nem sempre concordamos com todas as coisas. Ele cometeu um erro grave e isso não se discute, se arrependeu, pediu desculpas e pra quem o conhece, sabe que é verdade", continuou Bruninho. Juntos, conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Em sua postagem, o levantador a importância de Wallace nesta conquista. "Vivemos num país extremamente politizado e acredito que ele foi mais uma das pessoas que expôs o que pensava, conquistando muitos admiradores e por outro lado, muitos críticos ferrenhos. Vivemos tempos difíceis, onde parte da população vive de maneira extremista, nos dois lados da moeda."

Apoiador de do ex-presidente Jair Bolsonaro, Wallace publicou, em janeiro, mensagem na qual sugeriu que o presidente Lula levasse "um tiro na cara". Ele chegou a ser suspenso das quadras, mas conseguiu liminar do STJD do vôlei para disputar as finais da Superliga pelo Cruzeiro no último mês.

"Jamais teremos o mundo ideal, eu apenas penso que deveríamos viver com mais empatia e equilíbrio no julgamento à pessoa que durante toda sua vida e carreira foi íntegra e correta, representando o Brasil da melhor maneira possível", afirmou Bruninho. Por entrar em quadra, contra a recomendação inicial, a CECOB determinou que a CBV deixe, pelos próximos seis meses, de participar de todo o movimento do ciclo olímpico.

"TIRO NA CARA" DE LULA

A punição do medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei aconteceu depois que o jogador sugeriu um "tiro na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em publicação nas redes sociais em janeiro deste ano.

Em janeiro, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado, ressaltando a necessidade de cautela em manifestações nas redes sociais por causa do momento "delicado" do País. O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022 e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população.

Depois de ganhar a Superliga com o Cruzeiro, ele disse que errou ao perguntar aos seus seguidores quem daria um tiro em Lula e agradeceu as pessoas que o apoiaram. "Cometi um erro fora de quadra, do qual me desculpei, me arrependi. Não desejo que nenhum atleta passe por isso", afirmou.

O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) tomou decisões duras envolvendo a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o oposto Wallace de Souza. Nesta terça-feira, o conselho decidiu suspender por seis meses a CBV, que havia permitido que o atleta jogasse a final da Superliga no domingo passado e, assim, desrespeitasse a suspensão que o órgão tinha aplicado em abril e terminaria apenas nesta quarta-feira.

Na decisão publicada nesta terça e aprovada por unanimidade, o CECOB também suspendeu por um ano o presidente da CBV, Radamés Lattari Filho, de todas as atividades esportivas vinculadas ao COB e recomendou que o Banco do Brasil e o Ministério do Esporte cortem todos os repasses financeiros à CBV por seis meses.

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Radamés é vice-presidente da CBV, mas comandava a entidade interinamente desde que o presidente Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, se afastou do cargo em janeiro deste ano em decorrência de problemas de saúde. Agora, quem assume é Igor Ribeiro Dantas, presidente da Federação do Rio Grande do Norte.

O Conselho de Ética do COB também decidiu aumentar consideravelmente a pena de Wallace, que antes sido punido com 90 dias para clubes e de um ano em relação à seleção brasileira. Agora, o oposto, caso seja mantida a punição, pode encerrar sua carreira aos 35 anos, visto que está suspenso por cinco anos nos dois cenários.

Outra sugestão do CECOB é para o Tribunal de Contas da União (TCU) fazer uma tomada de contas especial sobre os valores públicos federais investidos na CBV.

TIRO EM LULA

A punição do medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei aconteceu depois que o jogador sugeriu um "tiro na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em publicação nas redes sociais em janeiro deste ano.

Wallace só entrou em quadra no domingo e foi campeão da Superliga pelo Cruzeiro, graças a uma liminar concedida pelo STJD. Depois do jogo, ele disse que errou ao perguntar aos seus seguidores quem daria um tiro em Lula e agradeceu as pessoas que o apoiaram. "Cometi um erro fora de quadra, do qual me desculpei, me arrependi. Não desejo que nenhum atleta passe por isso", afirmou.

Em janeiro, o Sada Cruzeiro lamentou a atitude de Wallace e anunciou seu afastamento da equipe por tempo indeterminado, ressaltando a necessidade de cautela em manifestações nas redes sociais por causa do momento "delicado" do País. O atleta é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas pelo petista nas eleições de 2022 e entusiasta da ampliação do acesso a armas pela população.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) decidiu adiar a primeira partida entre Sada Cruzeiro e Farma Conde São José, pelas semifinais da Superliga Masculina de Vôlei, para ter tempo de firmar uma resolução definitiva sobre a suspensão do oposto Wallace, da equipe cruzeirense. Ao longo desta semana, o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Voleibol tomaram decisões conflitantes em relação ao cumprimento da punição aplicada ao jogador por incitação à violência contra o presidente Lula (PT).

O jogo, antes marcado para sábado, 15 de abril, foi realocado para dia 19, próxima quarta-feira. Até lá, a CBV espera ter um posicionamento do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), instância arbitral competente à qual submeteu a questão para avaliação, conforme previsto nos estatutos do COB e da CBV.

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"A CBV lamenta o prejuízo a todos os envolvidos no evento - clubes, jogadores, torcedores, patrocinadores e emissora detentora dos direitos de transmissão", comunicou a confederação em nota. "Porém, acredita que o adiamento da partida é a melhor solução, já que no cenário atual, qualquer decisão sobre a condição de jogo do atleta Wallace acarretaria à CBV uma punição, seja do CECOB ou do STJD, e poderia gerar demandas que interferissem na continuidade da competição", completou.

Wallace, de 35 anos, foi afastado pelo Cruzeiro no final de janeiro, depois de fazer uma série de postagens no Instagram sobre a sua experiência em um stand de tiro. Na ocasião, abriu uma caixa de perguntas aos seguidores, foi questionado se "daria um tiro na cara do Lula" e respondeu com uma enquete. "Alguém faria isso: sim ou não?".

No dia 3 de abril, o CECOB determinou a suspensão do oposto, por 90 dias, de todas as atividades relacionadas ao COB, bem como às entidades esportivas ligadas ao sistema olímpico brasileiro. A CBV interpretou a decisão como motivo para bani-lo de suas competições pelo período determinado, mas uma liminar concedida pelo STJD nesta quarta-feira acatou o pedido da defesa do atleta e determinou que ele fosse liberado para jogar.

O presidente do STJD do Voleibol, Eduardo Affonso de Santis Mendes Farias de Mello, concordou com o argumento apresentado pelo advogado do jogador, Leonardo Andreotti. Na avaliação deles, a forma como a suspensão foi posta impossibilita Wallace apenas de assumir cargos administrativos no COB ou demais confederações ligadas à entidade, sem extensão à esfera esportiva. "Não vejo como afirmar que a participação do atleta por uma equipe, em competição organizada pela CBV, poderia ser entendida como função junto à Confederação, até porque seu vínculo é diretamente com o Clube", escreveu Farias de Mello em mandato de garantia.

Além da suspensão de 90 dias das atividades relacionadas ao COB, com cumprimento a partir do dia de abertura do processo, Wallace está impedido de defender a seleção brasileira de vôlei por um ano. Ele anunciou a aposentadoria após os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, mas aceitou retornar para a disputa do Mundial do ano passado, no que deve ter sido seu último ato com a camisa com a qual foi campeão olímpico em 2016, no Rio, e medalhista de prata em 2012, em Londres.

Em decisão unânime, o Comitê Olímpico Brasieiro (COB), através do seu Conselho de Ética, suspendeu, nesta segunda-feira (3), de todas as competições da Confederação Brasileira de vôlei até maio o oposto Wallace Souza, acusado de incitar violência contra o presidente Lula. Ele também está impedido, por um ano, de representar a seleção brasileira. 

O oposto fez uma postagem no seu instagram em um stand de tiros no dia 30 de janeiro. Ele foi questionado se atiraria no presidente Lula e abriu uma enquete para os seguidores. A atitude foi prontamente repudiada e denunciada. O Cruzeiro, onde Wallace atualmente joga, já havia suspendido o atleta que com a punição do COB vai perder a reta final da Superliga de Vôlei. 

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Na seleção brasileira, onde está suspenso por um ano, Wallace vai perder a Liga das Nações e o Pré Olímpico que será disputado em 2023. Confira na íntegra a decisão do COB.

O Conselho de Ética do COB, decide, por unanimidade, julgar procedente a representação formulada pelo Compliance Officer do Comitê Olímpico do Brasil (COB) contra o atleta WALLACE LEANDRO DE SOUZA, CONDENANDO o Representado pela prática do ato antiético de promover e incitar a violência por meio da internet e das redes sociais, com fundamento no art. 8º e art. 34 do Código de Conduta Ética do COB. Como consequência, fica o Representado SUSPENSO por 90 (noventa) dias, contados da data do afastamento originário – até 3 de maio de 2023 - de todas as atividades relacionadas ao Comitê Olímpico do Brasil, bem como as entidades/organizações esportivas que estão sob a égide do sistema olímpico brasileiro, tal como a Confederação Brasileira de Voleibol e as Federações estaduais e locais de voleibol. Fica também o Representado SUSPENSO por 1 (um) ano - até 3 de fevereiro de 2024 - da representação da Seleção Brasileira de Voleibol, nos termos do art. 57, II, do Código de Conduta Ética do COB.

Depois de toda repercussão negativa e de pressão por parte dos patrocinadores da equipe, o pedido de desculpas tímido feito pelo jogador Maurício Souza, que realizou comentários homofóbicos em uma postagem nas redes sociais, não surtiu efeito. O Minas Tênis Clube anunciou, nesta quarta-feira (27), que o contrato com ele foi rescindido.

Por meio do Twitter, o Minas, que já havia afastado o jogador provisoriamente, confirmou a demissão.

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Multado e obrigado a fazer um pedido de desculpas, Maurício usou uma rede social diferente da que fez a postagem polêmica e acabou pedindo desculpa na sua conta com poucos seguidores. A postagem homofóbica não foi apagada apesar do pedido de desculpas.

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A diretoria do Minas Tênis Clube decidiu afastar Mauricio Souza do elenco, depois dele ter feito comentários homofóbicos em uma rede social. A decisão tomada nesta terça-feira (26), se deu após a repercussão negativa e pressão dos patrocinadores. 

A informação do blog Olhar Olímpico do UOL adianta ainda que apesar da opinião pública e da pressão dos patrocinadores, os jogadores do time, incluindo o líbero Maique que é gay, devem divulgar uma carta defendendo o companheiro Maurício. Segundo a informação, os jogadores afirmam que vão deixar o time caso ele seja demitido. O afastamento é provisório.

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Mas o Minas já se posicionou publicamente e disse que não corrobora com atitudes homofóbicas, que não vai aceitar “qualquer manifestação que fira a lei” e reforçou que o posicionamento do jogador não reflete a opinião da equipe. Os patrocinadores da equipe pediram para o clube tomar medidas concretas o mais rápido possível.

O caso

O caso teve início quando Mauricio postou no seu instagram a imagem do personagem dos quadrinhos, Superman, que assumiu a homosexualidade em uma edição recente. Na foto, John Kent, filho de Clark Kent, beija outro personagem. Mauricio usou a foto e disse: “Ah é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.

A partir daí ele recebeu uma enxurrada de critícas e até uma resposta indireta do colega de seleção, Douglas, que é gay e postou a mesma foto ressaltando que "não virou heterosexual vendo superheróis homem beijando mulheres". 

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) divulgou nesta terça-feira os 24 clubes participantes da Superliga Feminina e Masculina na temporada 2021-2022. A aprovação final aconteceu após a análise de toda a documentação por parte de uma comissão formada por três advogados: um indicado pela Comissão Nacional de Atletas, outro pelo Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e outro pela própria CBV.

A comissão avaliou e aprovou os documentos comprobatórios de regularidade financeira de todos os clubes. Com o fair play financeiro em dia, todos também executaram o pagamento da taxa de inscrição dentro do prazo estabelecido e, sendo assim, estão confirmados na Superliga Feminina: Brasília Vôlei (DF), Curitiba Vôlei (PR), Dentil/Praia Clube (MG), Pinheiros (SP), Fluminense (RJ), Itambé/Minas (MG), Osasco São Cristóvão Saúde (SP), Country Club Valinhos (SP), Unilife-Maringá (PR), Barueri Volleyball Club (SP), Sesc RJ Flamengo (RJ) e Sesi Vôlei Bauru (SP).

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Na edição masculina estarão na disputa: Azulim Gabarito Uberlândia (MG), Funvic (SP), Apan Eleva Educacoin (SC), Brasília Vôlei (DF), Fiat Gerdau Minas (MG), Montes Claros América Vôlei (MG), Goiás Vôlei (GO), Sada Cruzeiro (MG), Sesi-SP, Vedacit Vôlei Guarulhos (SP), Vôlei Renata (SP) e Farma Conde Vôlei (SP).

Embora confirmados, caso algum clube desista da inscrição a CBV seguirá o regulamento, convidando, então, os clubes seguintes na classificação da Superliga B. Qualquer clube tem até o dia 10 de setembro deste ano para desistir sem ônus ou algum tipo de punição.

A Superliga Masculina terá início no dia 23 de outubro, enquanto que a Feminina, no dia 29.

Logo na sua estreia em olimpíadas, a oposta da seleção brasileira de vôlei, Rosamaria, vai ter a chance de trazer o ouro. O Brasil enfrenta os Estados Unidos no domingo (9), 1h, e a jogadora promete colocar o coração em quadra em busca da conquista.

Rosamaria não era titular da equipe, mas nos dois últimos jogos se destacou e ganhou notoriedade. A oposta admite que o Brasil corria por fora na competição, mas também conta que o grupo sempre acreditou na classificação e destaca o trabalho em equipe.

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“Uma marca do Brasil é o trabalho de equipe. Foi assim que esteve em todas as finais olímpicas nos últimos anos, exceto no Rio. Então não é por acaso, não é sorte. Tenho certeza de que se a gente quiser ganhar o ouro, será jogando como grupo. A gente nunca dependeu de uma jogadora só. Isso ficou nítido e por isso estamos na final. Tenho muito orgulho disso”, disse. 

Ela também deixou elogios às adversárias e previu uma verdadeira guerra pelo ouro: “Os Estados Unidos têm um grande time, jogam muito bem taticamente, têm muitas peças de reposição e um trabalho maravilhoso. Vamos deixar o coração dentro de quadra. Vai ser uma grande batalha”. 

Contra a Coreia do Sul, pela primeira vez, ela entrou em quadra no time principal e apesar da surpresa, afirma que estava pronta para o desafio: “Não era esperado, mas eu treinava e buscava isso. Acabou acontecendo meio repentinamente, mas a minha cabeça estava preparada para isso a qualquer momento”, destacou. 

Rosamaria tem 40 pontos nesta olimpíadas, sendo 27 de ataque, 11 de bloqueio e dois de saque. Nesta sexta-feira, contra a Coreia, ela marcou dez vezes.

O ponteiro da seleção brasileira de vôlei masculino, Douglas Souza, tem sido um sucesso antes mesmo de a bola subir nas Olimpíadas. O atleta tem feito diversas interações nas redes sociais e chegou inclusive a chamar atenção de alguns famosos, como a ex-BBB Camila de Lucas que já garantiu torcida por ele.

Um dos vídeos que mais tem circulado pela internet é do ponteiro sambando em cima da cama do quarto onde ele está hospedada na vila olímpica. A cama, segundo ele, é feita de um material que aparenta ser papelão, mas apesar disso é resistente como ele contou, esbanjando bom humor.

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"Gente, vocês viram que quase quebrou a cama? Que fez um 'trec'. Eu tô muito em choque. Eu tinha certeza que só a minha ia fazer isso. Ainda bem que não quebrou. Deu certo. Deu pra sambar, deu pra quicar. Não, mentira. Mas vocês entenderam, cama super aprovada. Aguenta mais de 200kg", disse.

Ele também falou que se emocionou com a postagem da ex-BBB Camila de Lucas em que compartilha um vídeo dele ‘desfilando’ em um dos treinos. Emocionado ele chegou a dizer que chorou. ‘Ela me notou’, disse. 

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Estado (MP-RJ) realizam uma operação conjunta nesta quinta-feira (20) nas sedes da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em Saquarema (RJ) e na capital fluminense, e em endereços ligados ao ex-presidente da entidade Ary Graça, que atualmente comanda a Federação Internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em inglês). Além dele, outras nove pessoas são investigadas e tiveram mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça, incluindo o ex-prefeito de Saquarema Antonio Peres Alves e ex-funcionários da CBV.

Batizada de "Operação Desmico", a ação apura crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Desde as primeiras horas do dia, os agentes da Polícia Civil tentam cumprir 20 mandados de busca e apreensão nos bairros do Leblon, Barra da Tijuca, Copacabana, Ilha do Governador e Vargem Grande, na capital fluminense, além do município de Saquarema.

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Segundo denúncia do MP-RJ, durante o mandato do ex-prefeito Antonio Peres Alves (2000-2008) foram editadas três leis complementares em Saquarema que concediam benefícios fiscais abaixo do piso constitucional, o que fez com que várias empresas fantasmas fossem criadas na cidade. A manobra promoveu um aumento exponencial e irregular da arrecadação em Saquarema, ao mesmo tempo em que provocou uma grande evasão fiscal em outras cidades, já que empresas de outros municípios passaram a declarar - falsamente - sede em Saquarema.

De acordo com o delegado Thales Nogueira, titular da Delegacia de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DCC-LD), descobriu-se que em dois pequenos escritórios em Saquarema funcionavam de forma fictícia mais de mil empresas que recebiam benefícios fiscais concedidos pelo então prefeito. Os valores obtidos com as centenas de contratos de sublocação eram repartidos entre os integrantes da organização criminosa. O rombo seria de pelo menos R$ 52 milhões.

Contra Ary Graça, a denúncia do MP-RJ afirma que o ex-presidente da CBV manejava recursos de patrocínio do Banco do Brasil à entidade em favor de si próprio e do grupo criminoso, celebrando contratos com empresas recém-criadas. Desta forma, apesar de possuir sede na capital, a CBV celebrou contratos que não foram devidamente executados com empresas estabelecidas em Saquarema.

A reportagem do Estadão entrou em contato com os citados na "Operação Desmico" e aguarda um posicionamento oficial deles.

Renan Dal Zotto, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, apresenta ótimos resultados nesta que já é sua reta final de recuperação da internação hospitalar devido à covid-19. Nesta quarta-feira, o treinador saiu do CTI e já está em uma unidade semi-intensiva do Hospital Samaritano, localizado no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

O técnico está seguindo tudo que foi determinado nas partes de fisioterapia respiratória e motora e está apresentando excelente resposta ao tratamento. Há uma expectativa de que Renan Dal Zotto tenha alta no próximo fim de semana.

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Internado desde o dia 16 de abril, Renan Dal Zotto, de 60 anos, foi extubado pela segunda vez no início deste mês, após cessar uma febre. Foram iniciadas as sessões de fisioterapia e o treinador está lúcido, interagindo com os médicos e familiares.

Três dias depois de ser internado, o técnico da seleção de vôlei foi intubado para manter o nível da saturação de oxigênio mais alto. O treinador passou por uma cirurgia vascular nesse mesmo dia por conta de uma trombose arterial aguda.

O técnico já tomou a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, em Santa Catarina, mas ainda aguarda o calendário para tomar a segunda. Com 60 anos, ele se enquadra no grupo prioritário da saúde por ser profissional de Educação Física.

O técnico Renan Dal Zotto, da seleção brasileira masculina de vôlei, precisou ser intubado nesta segunda-feira por complicações da covid-19. Internado desde a última sexta em um hospital no Rio de Janeiro, o treinador teve de passar pelo procedimento para manter o nível de saturação de oxigênio mais alta, de acordo com informações divulgadas pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

"A expectativa é que o treinador permaneça neste estado de 48h a 72h para depois iniciar a retirada do respirador mecânico", informou a entidade em um comunicado oficial.

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O treinador e ex-jogador da seleção brasileira testou positivo para o novo coronavírus na última terça-feira. Em isolamento, ele apresentava sintomas leves. Na sexta, porém, ele apresentou piora do quadro e precisou ser internado, no Rio de Janeiro, com baixa saturação de oxigênio no sangue.

Também na capital fluminense está internado, no Centro de Terapia Intensiva, Radamés Lattari, vice-presidente da CBV. Ele foi extubado nesta segunda-feira. "Ele segue com boa evolução clínica. Nesta segunda-feira, se encontra já sentado fora do leito, com oxigênio suplementar e em tratamento de pneumonia e trombose venosa", completou a entidade.

O Brasil tem cinco indicados, de um total de 25, para o Hall da Fama Internacional do vôlei em 2021, maior honraria da modalidade. O ex-jogador e o treinador Bernardinho, os ex-jogadores de vôlei de quadra Giovane Gávio, Serginho e Fernanda Venturini e o campeão olímpico de vôlei de praia Ricardo podem se juntar a outros 16 brasileiros que já foram homenageados.

A escolha dos premiados é realizada por votação aberta que dura até o dia 28 de fevereiro. Os votantes podem votar quantas vezes quiserem. Numa segunda fase uma nova votação, já com integrantes do Hall da Fama, vai definir os premiados. 

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Caso alguns dos brasileiros indicados receba a premiação vai se juntar a Adriana Behar, Shelda, Renan Dal Zotto, Fofão, Bebeto de Freitas, Maurício, Giba, Zé Marco, Loiola, Ana Moser, Jackie Silva, Fofão, Sandra Pires, Bernard, Emanuel e Carlos Arthur Nuzman.

A jogador de vôlei Carol Solberg, que recebeu chuva de críticas e de apoio após expressar um "fora Bolsonaro" na televisão, foi denunciada pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva nesta segunda-feira (28), por conta da declaração,. As informações são da coluna Olhar Olímpico do UOL.

Carol foi indiciada com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva nos artigos 191, deixar de cumprir o regulamento da competição e o 258, assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras do código. A atleta pode ser suspensa por até seis jogos e receber uma multa que pode chegar a 100 mil reais. 

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De acordo com o Olhar Olímpico, os termos do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia não cita diretamente que seja proibido manifestações de conotação política, mas pede que atletas não divulguem opinião pessoal que possam prejudicar a competição: "não divulgar, através dos meios comunicações, sua opinião pessoal ou informação que reflita críticas ou possa, direta ou indiretamente, prejudicar ou denegrir a imagem da CBV e/ou os patrocinadores e parceiros comerciais das competições", diz o documento.

A jogadora de vôlei de Praia Carol Solberg usou sua conta no Instagram para comentar o episódio em que gritou "Fora, Bolsonaro" em entrevista ao SporTV após partida. A manifestação da atleta gerou uma nota de repúdio da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

No seu texto, Solberg elenca uma série de motivos para o seu grito contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), entre eles, a situação do pantanal e da Amazônia, a política contra os povos indígenas e por acreditar que muitas mortes poderiam ter sido evitadas durante a pandemia se não houve descaso das autoridades e falta de respeito à ciência. Ela também critica o presidente por já ter dito que racismo "é algo raro no Brasil".

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"São muitos absurdos e mentiras que nos acostumamos a ouvir, dia após dia. Não posso entrar em quadra como se isso tudo me fosse alheio", disse Solberg. "Vivemos em uma democracia e temos o direito de nos manifestar e de gritar nossa indignação com esse governo", acrescentou.

Na nota de repúdio, a CBV afirmou que "tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem a ser praticados". A confederação também disse que a etapa do CBVP Open 2020/2021 foi manchada por um ato totalmente impensado.

Após a repercussão, Solberg destacou que a postura da CBV no seu caso foi diferente do episódio com o atleta Wallace. Em 2018, ele e Maurício Souza fizeram com os dedos o número 17, do então candidato Jair Bolsonaro, em uma foto durante disputa do Campeonato Mundial de vôlei de quadra. A foto foi publicada na conta oficial da CBV. Posteriormente, a organização removeu a imagem e escreveu uma nota afirmando que não compactuava com manifestação política, mas acreditava na liberdade de expressão.

Na segunda-feira (21), a Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia também fez uma nota de repúdio contra a jogadora. A mensagem assinada pelo ex-atleta Emanuel Rego ressalta que a comissão "lutará ao máximo para que esse tipo de situação não aconteça novamente".

Bicampeã olímpica pela seleção brasileira, a central Fabiana criticou nesta segunda-feira a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) por ter condenado a atitude de Carol Solberg ao fim da primeira etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, em Saquarema (RJ). Após receber a medalha de bronze, Carol gritou "Fora, Bolsonaro" em entrevista ao vivo para o canal SporTV.

"Vivemos (ainda) em um país DEMOCRÁTICO, onde atletas ou qualquer ser humano pode expressar suas convicções, desde que elas não sejam ofensivas, criminosas ou que faltem com respeito. Temos que ter muito cuidado com a censura ou flerte com a volta dela, precisamos estar atentos aos nossos direitos enquanto cidadãos. Portanto, não foi muito feliz a nota escrita pela CBV", disse Fabiana, pelas redes sociais.

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A nota criticada pela jogadora foi publicada pela entidade poucas horas depois da manifestação de Carol Solberg. "O ato praticado pela atleta Carol Solberg durante a entrevista ocorrida ao fim da disputa de 3º e 4º lugar da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Volei de Praia - Temporada 2020/2021, em nada condiz com a atitude ética que os atletas devem sempre zelar. Aproveitamos ainda para demonstrar toda nossa tristeza e insatisfação, tendo em vista que essa primeira etapa do CBVP OPEN 2020/2021, considerada um marco no retorno das competições dos esportes olímpicos, por tamanha importância, não poderia ser manchada por um ato totalmente impensado praticado pela referida atleta", registrou a CBV.

Fabiana também criticou a expressão "denegrir" utilizada no fim da nota. "Por fim, a CBV gostaria de destacar que tomará todas as medidas cabíveis para que fatos como esses, que denigrem a imagem do esporte, não voltem mais a ser praticados."

"Denegrir é uma palavra de cunho racista e JAMAIS deveria ser usado em qualquer situação. Estamos lutando dia após dia contra atos racistas, fazendo campanhas educativas e protestos, então seria ótimo repensar o uso de certos termos. Com isso já deixo a dica de além de denegrir não usem 'lista negra', 'mulata', 'mercado negro', 'a coisa tá preta', 'serviço de preto', entre outras mais", disse a jogadora.

"Eu como atleta preta, que muito conquistei e representei esse país em todo mundo, não posso me calar diante das coisas que vejo. Sempre vou apoiar a democracia, as liberdades individuais e especialmente todo apoio a causa contra o racismo estrutural e diário que ainda insistimos em conviver achando "normal". #blacklivesmatter #vidaspretasimportam #liberdade."

Nesta segunda, a polêmica foi ampliada por nota emitida pela Comissão Nacional de Atletas do Vôlei de Praia, que também repudiou as declarações de Carol Solberg. "A Comissão Nacional de Atletas vem, através desta, ressaltar que não é favorável a nenhum tipo de manifestação de cunho político em competições esportivas. Por isso, a mesma lamenta o ato realizado pela atleta Carol Solberg neste domingo (20.09) - em jogo válido pela primeira etapa do Circuito Brasileiro Open de Vôlei de praia temporada 2020/21 - e lutaremos ao máximo para que esse tipo de situação não aconteça novamente", disse a comissão liderada por Emanuel Rego, ex-jogador de vôlei de praia e candidato a vice-presidente ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), na chapa liderada por Rafael Westrupp, atual presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

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