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A microcefalia permanece nas preocupações dos pernambucanos. Nesta terça-feira (10), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou mais um boletim sobre os dados dos casos da doença e arboviroses – provocadas pelo Aedes aegypti - em Pernambuco.  

O documento atualizado traz 1.930 notificações de casos de microcefalia, sendo 813 prováveis, 351 confirmados e 997 descartados. Além disso, mais uma morte foi constatada desde o último boletim semanal, subindo para 55 o número de óbitos.

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Entre os dados estão também os números referentes às gestantes: quase 5 mil possuíam exatemas (manchas pelo corpo). Desta quantidade, 25 gestantes já tiveram detecção intraútero de microcefalia, através de exames de imagem. A Secretaria explica que a presença desse sintoma não é um indicativo de que a mulher terá um bebê com a microcefalia. 

Zika, Dengue e Chikungunya

Em Pernambuco foram notificados 9.408 casos de Zika, sendo 23 confirmados em 142 municípios e Fernando de Noronha. Não há relatos de mortes provocadas pela doença. 

Foram notificados 24.521 casos de Chikungunya no estado, sendo 4.869 confirmados em 184 municípios e Fernando de Noronha. Ao todo, o número de óbitos alcançou a casa dos 20, mas permanece a mesma quantidade da última semana. 

Os 184 municípios e Fernando de Noronha já registraram 70.784 notificações de pacientes com Dengue. Desta quantidade, 13.538 foram confirmados e cinco mortes registradas. 

Infestação predial

O número de municípios em situação de alerta chegou a casa dos 77 e 91 em risco de surto. Apenas 15 cidades pernambucanas apresentam situação satisfatória. 

Pernambuco recebe nesta terça (3) e quarta-feira (4) a visita de uma delegação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo dos técnicos da comitiva é acompanhar o atendimento aos casos de microcefalia e as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti no Estado.

Nesta terça, pela manhã, o grupo visita o Imip, centro de referência para atendimento materno-infantil e às crianças com microcefalia. Logo em seguida, a comitiva segue para a sala de situação para enfrentamento ao zika da Secretaria de Saúde do Recife, no prédio da Prefeitura. A sala de situação faz o acompanhamento dos casos de arboviroses na cidade, com base de dados e mapeamento da distribuição de casos de zika, dengue e chikungunya. 

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No turno da tarde, a equipe da OMS visita o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CpqAm/Fiocruz-PE), que coordena um grupo que pesquisa as relações entre o zika vírus e a ocorrência de microcefalia nas crianças. Já na quarta-feira, os profissionais vão acompanhar a ação de campo para o controle do mosquito no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, e visitarão o Hospital Barão de Lucena, referência no atendimento às crianças com microcefalia.

Em fevereiro deste ano, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, visitou a capital pernambucana. No Imip, ela participou de uma apresentação técnica sobre a situação de arboviroses e microcefalia no estado. No mesmo período, a OMS declarou a situação de zika vírus e sua relação com microcefalia situação de emergência em saúde pública de importância internacional. 

Com informações da assessoria

O município de Paulista, localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR), ganhou uma nova arma no combate ao mosquito Aedes aegypti, apelando agora para o orgulho de seus moradores. As residências que não possuem criadouros do inseto estão ganhando um selo de qualidade chamado “Esta Casa Combate o Aedes”.

A ação começou na terça-feira (26), pelo bairro de Maraguape I. Estão previstas de duas a três visitas por semana em diversas localidades do município. A meta é visitar 200 casas por dia de ação. Inicialmente, 50 mil adesivos foram confeccionados. A cidade possui 180 mil imóveis.

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Paulista possui 821 casos de dengue notificados e 11 confirmados, além de 128 casos notificados de chikungunya com 11 confirmações. O município registrou 37 casos suspeitos de microcefalia e 14 confirmações. 

A luta contra o mosquito Aedes aegypti acaba de ganhar mais um aliado tecnológico. Quatro garotas da Escola Técnica Estadual Professor Agamemnon Magalhães (Etepam) criaram o jogo "Focus Game", que conscientiza crianças sobre o combate ao transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika virus. Débora, Maria Luiza, Maria Duda e Paula Sores são as protagonistas do desenvolvimento da ferramenta, que está disponível gratuitamente para aparelhos com o sistema Android. Baixe aqui.

A história do game gira em torno do próprio jogador, em primeira pessoa, que deve cuidar da sua casa e, se completar as tarefas, irá receber gratificações por cada cômodo limpo e livre do perigo que o mosquito representa aos moradores de uma residência. Outro objetivo do jogo é conscientizar o usuário sobre a importância da reciclagem.

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As garotas ainda pretendem expandir o alcance da ferramenta para escolas, onde professores poderiam orientar seus alunos através da uma plataforma lúdica. No próximo sábado (30), elas ainda vão defender o projeto no Pitch Regional Recife e tentar uma vaga na competição nacional Technovation Challenge, o maior campeonato de tecnologia para meninas do mundo.

A equipe vencedora viaja para São Francisco (EUA), para conhecer empresas como Google, Twitter, Yahoo, entre outras.

O bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife, recebe neste sábado (16) e no domingo (17) o mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti. A ação conta com 12 agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) e 24 soldados das Forças Armadas por dia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, profissionais da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) também estarão presentes recolhendo entulhos do bairro.

As equipes farão visitas a domicílios nas vias Rua Dorândia, Av. Hildebrando de Vasconcelos, Rua Teodoro Sativa (subida da minerva), Rua José Menezes de lira filho, Rua Bela vista, Rua Francisco de Paula Santos, Av. chagas ferreira, Rua Nelson Rodrigues, Rua do curió e Rua Tancredo Neves. No último balanço, divulgado pela Secretaria de saúde, desde que a Prefeitura do Recife iniciou os mutirões de final de semana, em 28 de novembro de 2015, mais de 51 mil imóveis foram vistoriados na cidade.

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Os mutirões já aconteceram nos bairros da Cohab, Morro da Conceição, Espinheiro, Ibura, Nova Descoberta, Jordão, Dois Unidos, Linha do Tiro, Bairro do Recife (Comunidade do Pilar), Jardim São Paulo, Várzea, Brasília Teimosa, Boa Viagem, Joana Bezerra, Bongi, Estância, Vasco da Gama, Macaxeira, Alto do Mandu, Monteiro, Areias, Arruda e Bomba do Hemetério, Alto José Bonifácio, Imbiribeira, Cidade Universitária, Santo Antônio, Várzea (Comunidade Cosme e Damião), Jordão, Mangueira, Ipsep e Santo Amaro.

As autoridades de Saúde dos Estados Unidos confirmaram a relação entre o vírus zika e a microcefalia em fetos - revela um estudo publicado nesta quarta-feira, que acaba com meses de debates sobre a questão.

"Cientistas dos Centros para o Controle e a Prevenção de Enfermidades (CDC) concluíram, após revisar cuidadosamente as evidências existentes, que o vírus zika causa microcefalia e outros problemas cerebrais graves no feto", informou a agência federal.

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Essa confirmação se baseia, em parte, em uma série de estudos no Brasil, onde milhares de bebês nasceram com a má-formação no ano passado, ao mesmo tempo em que havia um surto de zika.

"Este estudo é um ponto de inflexão no surto de zika", disse o chefe dos CDC, Tom Frieden, acrescentando que "já está claro que o vírus causa microcefalia".

Não havia uma pista conclusiva, nem qualquer tipo de evidência que pudesse oferecer uma prova definitiva dessa relação, afirma o relatório publicado na revista especializada New England Journal of Medicine.

Em contrapartida, a decisão de estabelecer este vínculo se baseia "na crescente evidência apresentada em vários estudos publicados recentemente e na avaliação cuidadosa por intermédio de critérios científicos estabelecidos", declararam os CDCs.

Foram publicados mais estudos para "determinar se as crianças com microcefalia nascidas de mães infectadas com o vírus zika são a ponta do iceberg dos potenciais efeitos danosos e de outros problemas de desenvolvimento" que este vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti pode causar, acrescentou Frieden.

Má-formação

O vírus zika foi identificado pela primeira vez em Uganda, em 1947, mas a doença não foi analisada a fundo, e seus sintomas se mostravam leves: eczema, dor nas articulações e febre. A maioria dos infectados sequer apresentava sintomas.

O zika foi identificado pela primeira vez no Brasil no início de 2015. Nove meses depois, em setembro, observou-se um aumento incomum de bebês nascidos com microcefalia.

O Brasil confirmou 907 casos de microcefalia e 198 bebês falecidos com essa má-formação genética desde que o vírus se propagou, informaram autoridades no mês passado.

O Ministério brasileiro da Saúde indicou que ainda investiga 4.293 casos suspeitos.

"A microcefalia severa e outras anormalidades que foram observadas em muitas crianças são consistentes com uma infecção que acontece no primeiro, ou segundo, trimestre da gravidez", de acordo com o informe do New England Journal of Medicine.

Até onde se sabia, nenhum vírus transmitido por um mosquito havia causado problemas de má-formação. O último patógeno infeccioso conhecido que causou uma epidemia foi o vírus da rubéola, há mais de 50 anos.

Os especialistas que analisaram a evidência de microcefalia no Brasil observaram um aumento similar de bebês com má-formação na Polinésia Francesa, onde se registrou um surto de zika em 2013 e 2014. O número de recém-nascidos com microcefalia foi menor, porém: oito.

Nos Estados Unidos, seis em cada 10 mil bebês nascem com microcefalia.

A falta de clareza sobre se o zika poderia ser considerado, de forma conclusiva, como a causa dessas más-formações pode ter contribuído para que o público entendesse mal os riscos dessa doença, acrescenta o informe.

Diante do crescente número de casos de arboviroses provocadas pelo Aedes aegypti, a Chikungunya já apresenta mais de 15 mil notificações e, destas, 340 confirmações. As pessoas acometidas pela doença, além de sentirem febre alta, apresentam muitas dores em articulações e músculos.

A depender dos casos, é possível que o paciente ministre medicações para aliviar os incômodos causados. “Na fase aguda só é indicado Dipirona e Paracetamol, no máximo, analgésicos opioides – chamados também de analgésicos narcóticos ou de hipoanalgésicos - para os piores casos de dor. Mas na fase crônica está se fazendo muito uso de corticoide, mas apenas com acompanhamento médico”, explica a médica Fernanda Cazzoli.

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Conviver com as dores na musculatura e articulações torna-se uma tarefa complicada, visto que muitas vezes até mesmo realizar tarefas rotineiras se torna um desafio. “A pior parte é acordar e levantar da cama. Parece até artrite. Não conseguia pisar direito no chão, só andava arrastando os pés e a pior parte é que, três meses depois de ter pegado Chikungunya, as dores surgem novamente”, conta a professora Nelma Fonseca.  

Da crença popular às alternativas pela alimentação 

Para conseguir enfrentar as dores, a população tem se apegado até mesmo à cultura popular e métodos alternativos. “O que tem me ajudado muito é a água de alho”, declara a Nelma. A receita é: em uma garrafa colocar dois litros de água e cinco dentes de alho, deixar descansar de um dia para o outro e beber.

Entre os métodos apresentados por quem enfrenta a doença, a utilização de compressas quentes nas regiões doloridas. Além disso, o aumento do consumo de vitamina C (ajuda a fortalecer o sistema imunológico), que pode ser adquirido na ingestão de frutas cítricas como laranja, limão e acerola. Também a vitamina D (combate o cansaço muscular e agiliza o tempo de recuperação) que pode ser conseguido através de cápsulas de vitamina e banhos de sol.

As tentativas de fazer as dores irem embora chegam até nas dependências médicas. “No consultório já fui perguntada se o suco de maçã, limão e inhame resolve porque o paciente viu na TV”, contou a médica. 

Medicina chinesa

Além da força da cultura popular e dos métodos tradicionais de tratamento, a medicina chinesa pode ser uma alternativa para o alívio das dores. “Dentro da medicina chinesa, há várias técnicas que podem ajudar no combate às dores da Chikungunya, como a fitoterapia, massagem, acupuntura e acupuntura auricular”, destaca a terapeuta e enfermeira, Ilsa Carla. 

De acordo com a profissional, o paciente vai para a consulta e é feita uma anamnese para avaliar também a fase do ciclo viral a qual se encontra, a fim de identificar o melhor tratamento. “A medicina chinesa é muito individualizada, por isso, até mesmo a resposta para o tratamento depende de cada organismo”, isso inclui também o tempo e a quantidade de sessões necessárias no processo. 

“A priori, o paciente que possui a doença terá um tratamento voltado a analgesia para amenizar as dores e, simultaneamente, é realizado um trabalho voltado ao fortalecimento do sistema imunológico“, explica a terapeuta que também acrescenta que, como parte da medicina chinesa, orientações são dadas a fim de melhorar a questão da alimentação e ingestão de líquidos, a fim de melhorar todo o processo metabólico. 

Apesar da existência da acupuntura, Ilsa alega que a procura pela técnica por paciente de Chikungunya ainda é baixa. “Acredito que ainda falta um pouco de conhecimento de que o método pode ser usado para tratar os sintomas envolvidos na doença. O método, em conjunto com medicamentos indicados pelo médico, pode ajudar a sanar as dores, pois uma medicina não anula a outra, trabalhamos de maneira complementar".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que os programas de combate ao mosquito Aedes aeegypti entraram em "colapso" e que a crise do vírus zika mostra que governos terão de garantir esgotos adequados em favelas. Em um discurso nesta sexta-feira, 8, em Genebra, a diretora da OMS, Margaret Chan, insistiu que a atual emergência global está ligada à pobreza e falta de investimentos.

"A emergência do zika está ilustrando um novo pacote de vulnerabilidades ligadas ao desenvolvimento inadequado da saúde", disse. "Ou seja, um acesso ruim à serviços de saúde sexual e reprodutivo, a falta de água encanada e saneamento em favelas urbanas, além do colapso global dos programas de controle de mosquitos."

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No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, declarou em janeiro que o País estava perdendo a guerra contra o mosquito. A presidente Dilma Rousseff o desautorizou no dia 27 de janeiro: "Não estamos perdendo não". Mas, dois dias depois, ela mudaria o tom. "Nós estamos perdendo a luta contra o mosquito. Não vou dizer que estamos ganhando, mas nós vamos ganhar esta guerra", disse a presidente.

Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo revelou com exclusividade que a OMS abandonou sua hesitação em relação ao impacto do zika na má-formação de embriões e declarou que já existe um "forte consenso" sobre a ligação com a microcefalia.

Em novos dados apresentados nesta semana, a entidade aponta que a proliferação continua. No total, casos já foram identificados em 62 países desde 2007. Em seis países, a OMS identificou casos suspeitos de microcefalia em bebês que tiveram suas mães contaminadas pelo vírus. Além do Brasil, os casos suspeitos estão já na Colômbia, Panamá, Cabo Verde, Martinica e Polinésia Francesa.

A OMS admite que ainda não encontrou uma nova forma de lidar com o vetor da doença. Nas últimas semanas, Genebra tem sido palco de uma proliferação de reuniões entre especialistas para tentar identificar novas metodologias, como a de colocar no meio ambiente mosquitos geneticamente modificados.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (5), mais um boletim da microcefalia e arboviroses com os números da última semana. De acordo com os números, o que surpreende negativamente é o aumento da quantidade de óbitos por Chikungunya.

O último boletim emitido pela Secretaria, no último dia 29 de março, informava que a quantidade de mortes pela doença causada pelo mosquito Aedes aegypti teve um aumento de mais seis vítimas. Nesta semana, foram somadas nove óbitos. Além disso, foram notificados 15.332 casos, com 340 confirmações, em 164 municípios. 

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Quanto à microcefalia, houve um acréscimo de 17 casos em relação à semana anterior, com 754 casos prováveis, 303 confirmados e 490 descartados. Dentre esse número, estão 18 casos de detecção intraútero através de exames de imagem. Esses casos foram registrados em 48 municípios do estado. A SES ainda confirma que 129 das confirmações estão relacionadas ao Zika Vírus, de acordo com critério laboratorial – sorologia IgM.

De acordo com o protocolo das gestantes, o registro divulgado no boletim informa que 3.690 grávidas apresentaram exantemas – manchas no corpo -, no entanto, a Secretaria esclarece que a presença dessa característica não é indicativo de que o bebê nascerá com a microcefalia. 

Zika e Dengue

Ao todo já foram notificados 7.900 casos de Zika Vírus em Pernambuco, sendo, dentre esse número, 16 confirmações em 12 regiões de saúde.  Já os casos de Dengue somam 50.030 notificações, 7.232 confirmações e um óbito, mesmo número apresentado no boletim da última semana. 

Índice de infestação predial

De acordo com a SES, há 74 municípios em situação de alerta, 91 em risco de surto, 14 em situação satisfatória e cinco cidades não informaram o seu panorama. 

O número de casos suspeitos de chikungunya notificados na cidade de São Paulo nos três primeiros meses deste ano já supera os registros de todo o ano passado, segundo balanço apresentado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde. De 1º de janeiro a 23 de março, foram 1.158 notificações da doença, ante 728 nos 12 meses de 2015. Do total de casos de 2016, cinco já foram confirmados como autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do próprio Município, especificamente nos bairros de Pirituba (zona norte), Vila Curuçá (zona leste) e Sacomã (zona sul), este último com três casos.

Há outros 75 casos confirmados em que os pacientes ou são moradores de outras cidades ou foram infectados fora da capital. Do restante de registros, 274 foram descartados e 831 estão sob investigação. "O número de confirmações é pequeno porque, com a chikungunya, ainda não conseguimos fazer todo o diagnóstico pela Prefeitura, precisamos de exames confirmatórios do Instituto Adolfo Lutz (laboratório do governo do Estado) e isso demora um pouco mais", explicou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

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Ele afirma que a administração municipal já considera que tanto os vírus da chikungunya quanto da zika estão em circulação na capital. "Temos de trabalhar com a hipótese de que, assim como a dengue, elas serão doenças endêmicas, que vieram para ficar enquanto não houver uma vacina", disse.

O número de casos notificados de vírus zika na capital também cresceu em relação ao ano passado. Já são 190 pacientes com suspeita da doença, ante 49 em 2015. Apenas um caso autóctone foi confirmado, de uma moradora da Freguesia do Ó, na zona norte. A cidade tem ainda seis casos de microcefalia cuja ligação com o vírus zika está confirmada e outros 27 sob investigação.

Dengue

Na contramão do crescimento das outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue teve redução de 47% no número de casos nos dois primeiros meses deste ano na capital. O total de registros confirmados caiu de 6.653, no primeiro bimestre de 2015, para 3.484 no mesmo período deste ano.

Segundo Padilha, o resultado se deve ao esforço das ações de combate a criadouros do mosquito tanto por parte da população quanto dos agentes municipais. O secretário destacou como ação bem-sucedida o, até então inédito, uso de larvicida em mais de 6 mil terrenos e imóveis considerados estratégicos pela Prefeitura, como espaços que acumulam objetos e entulhos ou locais de grande circulação de pessoas.

"Foi uma estratégia acertada que está relacionada à redução de casos de dengue", disse o secretário, que ressaltou que, apesar da queda no número de pessoas infectadas, o período de pico da doença ainda está por vir. "É um dado bastante positivo, mas não podemos baixar a guarda porque, historicamente, o número de casos aumenta ainda mais em março e em abril."

A zona leste da cidade é a região mais afetada pela dengue neste ano. Lajeado, Penha e Cangaíba lideram em número de casos, com 251, 209 e 94 infectados, respectivamente. Até agora, a cidade registrou uma morte por dengue.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em qualquer papo de boleiro, quando tudo está dando errado dentro de campo, é comum se escutar a expressão "Que zica!". O termo central da frase vem do verbo "zicar", fundado por quem entende o que é a paixão pelo futebol. Mas, se trocarmos uma simples consoante na palavra, a brincadeira passa a ser coisa séria: Zika. Agora, o jogo inverteu. Não é mais um vocabulário informal. Trata-se de um vírus que, metaforicamente, se jogasse no setor ofensivo, formaria trio de ataque, ao lado de outras duas mazelas que afligem a saúde pública contemporânea: Chikungunya e Dengue. No comando técnico, o Aedes Aegypti, mosquito responsável por transmitir todas essas patologias que assustam a sociedade.

É por conta desse surto de doenças graves e que geram reflexos ainda mais temidos pelo corpo humano, que o confronto entre Brasil e Uruguai, nesta sexta-feira (25), às 21h45, na Arena Pernambuco, terá um esquema especial de combate ao Aedes Aegypti. A Secretaria Estadual de Saúde promoveu uma série de ações de prevenção, dentre as quais se destaca a distribuição gratuita de repelentes para a torcida que esgotará a capacidade de público do estádio. O produto será disponibilizado em 50 mil sachês, antes do horário do jogo, e, para completar, serão entregues panfletos com orientações em português, inglês e espanhol para evitar os focos do mosquito.

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Momentos antes do jogo, a reportagem do Portal LeiaJá acompanhou a ação e conversou com o torcedor Adilson Araújo, de 27 anos, morador da cidade de Garanhuns, que veio do Agreste especialmente para acompanhar o clássico sul-americano na Arena. “Estou preocupado com esse surto do zika vírus. Antes de sair de casa, usei repelente e, aqui, peguei meu sachê na distribuição, para reforçar a proteção. Fico satisfeito com esse tipo de campanha, pois estamos precisando combater essas doenças”, comentou.

Vale ressaltar que, de acordo com as informações divulgadas pela Secretaria, nos dia que antecederam o jogo, fiscais da Vigilância Sanitária foram acionados para vistoriar o local do confronto e erradicar possíveis focos do Aedes. Além do estádio, a fiscalização também aconteceu nos hotéis em que as delegações brasileira e uruguaia ficarão hospedadas. Todo a ação ocorreu em parceria com a CBF, que temia a reunião dos elencos brasileiro e uruguaio no epicentro do do Zika Vírus - Pernambuco está em estado de emergência devido à proliferação das doenças.

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Cerca de 100 mil sachês de repelentes serão distribuídos no jogo do Brasil, nesta sexta-feira (25), diante do Uruguai, na Arena Pernambuco. A iniciativa é da CBF em parceria com um patrocinador. E até o craque Neymar está preocupado com o risco de picada do mosquito Aedes aegypti.

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Em entrevista à imprensa, na própria Arena Pernambuco, o craque do Barcelona falou do medo. "Preocupa a todos. É uma preocupação que todo povo brasileiro deve ter. É uma bela iniciativa a distribuição de repelentes, para tratar todo mundo bem. E para que ninguém saia picado, não é ?", declarou o atacante.

O técnico dunga também se rendeu ao risco, mas garantiu que muitos cuidados estão sendo tomados. “A organização toda do jogo foi feita com repelentes para evitar que os jogadores fiquem vulneráveis. Nós não passamos menos tempo aqui no Recife por conta disso, mas sim pela logística de viagens. Preferimos passar mais tempo na Granja Comary”, afirmou.

Brasil e Uruguai se enfrentam, às 21h45. O jogo é válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

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O surto de arboviroses provocadas pelo mosquito Aedes aegypti em todo o Brasil tem provocado alerta na população quanto à prevenção dessas doenças. Pensando nisso, a CBF, em conjunto com a nova patrocinadora da Seleção Brasileira, a Cimed, irá realizar uma ação durante a partida que vale pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Arena Pernambuco, na próxima sexta-feira (25). 

Na ocasião, durante Brasil e Uruguai, serão distribuídos aos torcedores, nas áreas internas e externas do local do confronto, 100 mil sachês do repelente "Xô, inseto”. De acordo com o diretor de marketing da Cimed, Hélio Souza, essa é a primeira ativação através de uma ação social entre a empresa e a CBF. Além disso, a Secretaria de Saúde já foi informada sobre a distribuição do produto durante o evento. A CBF informa que material como folheto com informações sobre formas de evitar proliferação do mosquito também será entregue ao público que irá comparecer à quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia de 2018, na Arena Pernambuco, às 21h45 da sexta-feira. 

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A Secretaria de Saúde do Recife confirmou em boletim a segunda morte por chikungunya na cidade. A vítima, uma mulher de 54 anos, identificada pelas iniciais A.R.M.C, morreu no dia 30 de janeiro deste ano e teve a causa do óbito confirmada após teste sorológico realizado em laboratório.

A mulher era moradora do bairro de Água Fria, na Zona Norte da capital, que faz parte do Distrito Sanitário 2. Em 2016, o distrito registra 213 notificações de chikungunya, com 20 confirmações e 12 descartes. O bairro de Água Fria possui três confirmações da doença. 

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O primeiro caso divulgado de morte por chikungunya no Recife ocorreu no dia 21 de fevereiro deste ano. A idosa M.N.M.S., de 88 anos, moradora da Ilha do Retiro, Zona Oeste da cidade, teve a causa da morte confirmada por exames sorológico e virológico.

Microcefalia – O boletim da Secretaria de Saúde também registra a notificação de 1799 casos suspeitos de microcefalia relacionada à infecção pelo zika vírus em Pernambuco, sendo 299 desses em recém nascidos do Recife. Dos 299, 117 são considerados prováveis, 47 foram confirmados por meio de exame de neuroimagem de microcefalia sugestiva de origem infecciosa, 49 foram descartados. O período entre os meses de outubro e dezembro de 2015 concentrou o maior número de notificações de casos suspeitos de microcefalia na capital. 

O mosquito "Aedes aegypti" está se adaptando aos 2.600 metros sobre o nível do Bolívia, embora a esta altitude ainda não transmita doenças como zika, dengue e chicungunya, informou uma autoridade do serviço de saúde, citada nesta sexta-feira por um jornal local.

"Subiu dos 2.200 metros sobre o nível do mar, onde vivia antes, e está se adaptando aos 2.600", afirmou o chefe de Epidemiologia do Serviço Departamental de Saúde (SEDES) de La Paz, Jhonny Ayllón, citado pelo jornal Página Siete.

É por isso que o vetor foi encontrado, por exemplo, em povoados do departamento (estado) de Cochabamba, nos vales subandinos do centro da Bolívia e de clima temperado, justamente a 2.600 metros de altitude, embora ali não tenham sido registrados casos de zika, dengue ou chicungunya.

A Bolívia reportou até agora cinco casos de zika, entre eles o de um menino de cinco anos e de uma mulher grávida, e todos foram submetidos a tratamento médico. Além disso, registrou 240 casos de dengue e outros 400 de chicungunya, segundo dados do estatal Centro Nacional de Doenças Tropicais (Cenetrop).

O diretor de Epidemiologia, Ayllón, explicou que "o mosquito ainda está se acostumando a este ambiente. Provavelmente, consiga se adaptar bem e, então, começará a transmissão. Este é o temor dos epidemiologistas".

Ele contou que na quarta-feira passada houve uma reunião em uma cidade do centro do país entre diretores de epidemiologia dos nove departamentos (estados) da Bolívia, onde foram conhecidas informações sobre o mosquito transmissor, assim como as ações adotadas para evitar maior propagação das três doenças.

O mosquito Aedes foi reportado sobretudo em departamentos de planícies e na Amazônia bolivianas, entre 400 e mil metros acima do nível do mar.

O governo também realiza com prefeituras e governos estaduais campanhas de fumigação de possíveis criadouros.

A Prefeitura do Recife recebeu, nesta quinta-feira (10), uma comissão do Governo Japonês com a finalidade de discutir a saúde do município com ênfase nas questões que tratam do Aedes aegypti. Na equipe estavam presentes o diretor de Doenças Infecciosas do Ministério da Saúde do Japão, Shoji Miyagawa, e o diretor do Centro Nacional para Saúde Global e Medicina, Miyooshi Chiaki. 

Durante a ocasião, os japoneses afirmaram que o país tem interesse em contribuir na área do desenvolvimento de tecnologias para controlar o mosquito Aedes aegypti, contendo dessa forma o avanço das arboviroses. Isso significa a possibilidade de uma cooperação técnica com Pernambuco.

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Além disso, as medidas que estão sendo tomadas pelo governo estadual e municipal foram apresentadas aos representantes do Japão, a fim de expor o panorama da doença e das ações para contenção do mosquito. 

Com isso, a importância de ter acontecido tal encontro, de acordo com a Secretaria de Saúde do Recife, foi o estreitamento dos laços entre a pesquisa e a gestão pública, visando buscar soluções para resolver a guerra contra o mosquito. Ainda foram destacadas as instituições do estado, como o Lika, Ageu Magalhães/Fiocruz e Imip, que são articuladas internacionalmente e que fazem parte desse esforço neste combate.

Com informação da assessoria

Pré-candidato a prefeito do Recife, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) denunciou, nesta terça-feira (8), a falta de manutenção da Prefeitura do Recife no prédio onde funciona o Centro Social Urbano (CSU) Bidu Krause, no bairro do Totó, zona oeste da cidade. Segundo ele, a piscina está “se tornando um imenso foco transmissor do mosquito Aedes aegypti”. A unidade já foi alvo de críticas nas redes sociais relatadas, inclusive, pelo Portal LeiaJá

De acordo com o tucano, moradores vizinhos ao CSU encaminharam fotos do equipamento e as imagens mostram que a piscina está “completamente abandonada” e “com água parada aparentemente há muito tempo”. Diante da epidemia de casos registrados em Pernambuco de zika vírus, chikungunya e dengue, além do aumento constante de notificações de bebês com microcefalia – malformação causada pelo zika vírus, o parlamentar apontou o descuido da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB) diante dos prédios públicos.  

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“É muito descuido por parte da prefeitura. E é muita coragem se gastar dinheiro com publicidade pedindo para que a população tenha cuidado para não deixar água parada em suas residências, e não cuidar de suas próprias instalações. Tudo o que não pode ocorrer é um prédio da própria prefeitura ser responsável por transmitir doenças para a população. É importante que a prefeitura, antes de olhar o cisco dos outros, não esqueça de tirar a trave da frente do seu”, disparou o pré-candidato.

Para relatar a denuncia, o LeiaJá visitou o centro social e conversou com a diretoria do local. De acordo com informações do diretor do Bido Krause, Robson Bezerra, à frente do centro social há oito meses, agentes ambientais já colocam semanalmente químicos apropriados para o mosquito e não há riscos de contaminação.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) divulgou na manhã desta quarta-feira (2) o levantamento realizado em um mês de trabalho de notificação de potenciais focos de Aedes aegypti em Pernambuco. Somente em fevereiro foram encontrados 10 mil locais suspeitos, sendo Camaragibe, São Lourenço da Mata e Recife os lugares de maior incidência. 

De acordo com a Celpe, os endereços foram repassados à Secretaria Estadual de Saúde (SES), para atuação no combate ao inseto. A Companhia ainda assegura que o trabalho vai prosseguir durante todo o mês de março, envolvendo cerca de mil colaboradores para identificar os criadouros e fornecer a localização às autoridades sanitárias.

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A ação consiste nos leituristas – agentes que realizam diariamente coleta do consumo de energia mensal dos mais de 3,5 milhões de clientes residenciais e comerciais – ficarem atentos a possíveis focos do mosquito em todo o território pernambucano. 

Durante a verificação, o município de Camaragibe apresentou o maior número de potenciais criadouros; ao todo, foram mais de 1.600 locais. São Lourenço da Mata ocupou o segundo lugar, com cerca de 1.100 endereços, e Recife com aproximadamente 800 possíveis focos.

Ainda de acordo com a Celpe, as anotações e indicações dos locais sob risco estão sendo feitas nos próprios equipamentos de leitura, configurados para receber os dados referentes à campanha. Quanto às informações coletadas, com elas são elaborados relatórios encaminhados regularmente à Secretaria Estadual de Saúde para que sejam tomadas as medidas necessárias. A ação visa dar mais agilidade ao mapeamento dos focos de reprodução e auxiliar na eliminação do mosquito que transmite doenças como a dengue, zika e chikungunya.

A Companhia afirma que os dados são georreferenciados, ou seja, repassados com as coordenadas geográficas de latitude e longitude para facilitar a localização exata dos endereços. Na ação ainda há o lado informativo com a divulgação das medidas de prevenção contra os mosquitos através da entrega de panfletos. 

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Como forma de estudo e troca de conhecimentos em relação à epidemia de Zika Vírus que tem acometido o Brasil, pesquisadores se reuniram no Recife para discutir medidas e estudos que envolvem o vírus conduzido pelo mosquito Aedes aegypti

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Como Pernambuco tem o maior número de incidência de microcefalia – causados pela Zika - do Brasil, o cenário foi bastante propício para o encontro, visto que profissionais estavam presentes com a intenção de discutirem o tema. Pesquisadores de todo o país, inclusive do exterior marcaram presença no evento que dura até a próxima quarta-feira (2). 

Ainda sem conhecimento de como a epidemia foi iniciada no Brasil, o pesquisador do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch, explicou que doenças dessa dimensão são difíceis de explicar em qual momento se deu o início. O profissional ainda explica que esta epidemia ainda está em processo de evolução e, por isso, não há como definir em qual momento irá parar. 

A pesquisadora Lyda Osorio, da Colômbia, contou que no país o cenário está em sua fase inicial, havendo a incidência da doença, no entanto, ainda não possui a dimensão existente no Brasil, pois não há infecção em crianças, por exemplo. 

A obstetra especialista em medicina fetal, Adriana Melo, é pesquisadora em Campina Grande e trabalha com casos controle para a realização de análise entre os pacientes. Durante o trabalho, são realizadas várias coletas e exames a fim de identificar causas dos problemas enfrentados. A profissional informa que há uma grande troca de informações com outros estados e países, no entanto, a forma mais eficaz de combater o vírus, é erradicando o mosquito, pois se ele não for combatido agora “ele ainda vai acabar com a humanidade”. 

Confira a matéria com os depoimentos dos pesquisadores:

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Ocorre, nesta terça (1°) e quarta-feira (2), o Workshop A,B,C,D,E do Vírus Zika, da Fiocruz Pernambuco, que reúne especialistas brasileiros e estrangeiros com diferentes áreas de formação para discutir os aspectos clínicos, epidemiológicos e biológicos do vírus zika.

São 22 temas distribuídos em cinco sessões temáticas: Arbovírus, Biologia, Clínica, Diagnóstico e Epidemiologia. Entre os temas estão: Epidemiologia da microcefalia no Brasil, Complicações relacionados ao zika vírus e Desafios na pesquisa de arbovírus. 

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O evento está sendo transmitido ao vivo no site da Fiocruz

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