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A Boston Dynamics, da Hyundai Motor Group, acaba de lançar a nova demonstração de seu robô humanoide, apelidado de Atlas. O robô já podia correr e pular em terrenos complexos graças aos pés implementados, mas agora o protótipo ganhou mãos mecânicas. As garras rudimentares dão à nova versão do robô um aspecto mais próximo da realidade, além dele ter se tornado mais ágil e capaz de pegar e soltar objetos de forma independente.

As garras consistem em um dedo fixo e um dedo móvel. A Boston Dynamics diz que as garras foram projetadas para tarefas de levantamento pesado e foram demonstradas pela primeira vez em um comercial do Super Bowl, no qual Atlas segurou um barril sobre sua cabeça.

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Os vídeos divulgados mostram as garras pegando uma tábua de madeira de construção e uma bolsa de ferramentas de náilon. Em seguida, Atlas pega um 2×8 e o coloca entre duas caixas para formar uma ponte. O robô então pega uma sacola de ferramentas e corre pela ponte e pelos andaimes de construção. Mas a maleta de ferramentas precisa ir para o segundo nível da estrutura — algo que Atlas percebe e rapidamente arremessa o objeto-alvo a uma distância considerável. 

A Boston Dynamics descreve essa manobra final: “O movimento final do Atlas, um giro invertido de 540 graus e vários eixos, adiciona assimetria ao movimento do robô, tornando-o uma habilidade muito mais difícil do que o parkour realizado anteriormente”.

O Atlas da Boston Dynamic é uma plataforma de pesquisa e não está disponível para compra. Há muito tempo é a estrela de vídeos virais e demonstra efetivamente os recursos robóticos do Boston Dynamic. No pequeno mundo da robótica humanoide, poucos competidores demonstraram capacidades semelhantes ao Atlas. Apenas o Robonauta da NASA oferece garras semelhantes a mãos.

A pesquisa AtlasIntel para este segundo turno das eleições à Presidência da República divulgada nesta quinta-feira (27), aponta o ex-presidente Lula (PT) com 53,2% dos votos válidos, e o presidente Bolsonaro (PL), com 46,8%.

Levando em consideração os votos totais, Lula apresenta 52,4% das intenções, contra 46% de Bolsonaro. Os eleitores que não sabem e os que pretendem votar em branco ou nulo representam 1,6% deste levantamento. 

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A pesquisa entrevistou 7.500 pessoas via recrutamento digital aleatório entre os dias 21 e 25 de outubro. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

A última pesquisa Atlas para a eleição presidencial 2022, divulgada nesta segunda-feira (24), mostra o ex-presidente Lula (PT) com 51% das intenções de votos neste segundo turno, enquanto Bolsonaro (PL), aparece com 46,2%. Este levantamento tem uma margem de erro de um ponto percentual para mais ou para menos. 

Nos votos válidos, que é quando se retira o voto dos indecisos, brancos e nulos, Lula sobe para 53%, ante 47% de Bolsonaro.

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Esta pesquisa ouviu 4.500 pessoas entre os dias 18 e 22 de outubro, em 1.404 municípios brasileiros. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos, com 95% de confiança. 

Avaliação do governo

O desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi questionado na pesquisa, que mostrou uma desaprovação de 53,3% dos eleitores na forma dele governar, enquanto 44,7% aprovam. Já 2% não souberam responder. 

No que tange à avaliação do seu governo 49,4% responderam considerar ruim/péssimo; 33% acham bom/ótimo; 16,8% acreditam ser uma gestão regular; e 0,8% não souberam responder. 

Uma briga generalizada entre torcedores do Querétaro e do Atlas, nesse sábado (5),  deixou dezenas de feridos e pode ter ocasionado mortes. A partida aconteceu no estádio La Corregidora de Querétaro, no México, pela 9ª rodada do Campeonato Mexicano. A Coordenação de Proteção Civil do Estado de Querétaro aponta que 22 pessoas foram levadas aos hospitais com ferimentos, mas não confirma óbitos. Segundo veículos locais, ao menos 15 pessoas teriam morrido.

Foto: STR / AFP

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Pelo Twitter, a Coordenação de Proteção Civil afirmou que dos 22 feridos, apenas duas pessoas estão em estado grave. A Liga Mexicana anunciou a suspensão dos jogos previstos para este domingo (6).

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Segundo relatos da imprensa local, o jogo acontecia normalmente, com o placar de 1 a 0 para o Atlas, quando aos 17 minutos do segundo tempo os torcedores invadiram o gramado e começado a pancadaria. Imagens que circulam nas redes sociais mostram pessoas correndo assustadas e homens sendo espancados. Também é possível ver pessoas tentando proteger crianças e mulheres. 

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O Atlas usou as redes sociais para lamentar o ocorrido e disse que "o futebol deve ser um aliado para promover valores e diversão para a família. Solicitamos às autoridades investigar a fundo e chegar às últimas consequências. Que se aplique toda a força da lei".

O governador de Querétaro, Mauricio Kuri, também condenou os atos de violência. "Dei instruções para aplicar a lei com todas as suas consequências. Em Querétaro não há impunidade", disse. 

Um negro tem 2,6 vezes mais risco de ser assassinado no Brasil do que as outras pessoas. Na maior parte dos casos de homicídio, a vítima também é jovem. Os dados constam do Atlas da Violência 2021, estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), divulgado nesta terça-feira, 31.

A análise foi feita com base em registros reunidos pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Por ter metodologia e abrangência nacional, o banco de dados é historicamente considerado a principal fonte para medir indicadores de violência no País e avaliar o perfil das vítimas. Como a pesquisa retroage dois anos, os resultados trazidos nesta edição do Atlas são referentes aos dados de 2019. A discrepância entre o risco de morte de negros e brancos vem em um patamar elevado ao menos desde 2008, segundo os dados. Em 2018, por exemplo, o indicador estava em 2,7.

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Naquele ano, o SIM apontou 45.503 assassinatos praticados no Brasil, o equivalente a uma taxa geral de 21,7 mortes por 100 mil habitantes. O índice representa um recuo de 21,4% em relação às 57.956 ocorrências do ano anterior. Pesquisadores alertam, no entanto, sobre a queda na qualidade desse banco de dados a partir de 2018, quando começou a haver aumento importante de mortes violentas registradas com "causa indeterminada".

Na prática, isso pode reduzir artificialmente o número de homicídios e prejudicar comparações com a série histórica. Foi a primeira vez, por exemplo, que o índice da Saúde ficou abaixo do total de casos registrados pelas polícias -- a outra forma de medir homicídios. Em 2019, as delegacias notificaram 47.742 mortes violentas.

Ainda assim, os assassinatos continuam como a principal causa de mortalidade entre jovens, sendo responsável por 39 a cada 100 óbitos notificados. Ao todo, 23.327 vítimas da violência tinham entre 15 e 29 anos, ou 51,3% dos registros, o que representa uma média de 64 casos por dia, de acordo com o balanço.

"Nos últimos 11 anos, 333 mil adolescentes e jovens foram assassinados, é uma geração inteira que a gente está jogando fora. Além do custo emocional, da tragédia humana que isso representa, há o impacto econômico para o País", analisa Samira Bueno, uma das coordenadoras do estudo.

O Atlas indica, ainda, que 75,7% das vítimas de homicídio em 2019 eram negras (a soma de pretos e pardos, de acordo com a definição do IBGE). Para medir a exposição do grupo à violência, os pesquisadores calculam a taxa de casos em relação à população específica e comparam os resultados. Dessa forma, o cálculo desfaz possíveis distorções provocadas por diferenças demográficas.

Segundo o levantamento, a taxa de assassinatos entre negros chegou a 29,2 para cada 100 mil habitantes em 2019, índice menor se comparado a anos anteriores, mas acima da média nacional. Já para brancos, indígenas e amarelos, os "não negros", o indicador ficou em 11,2 casos por 100 mil.

A presença do que os pesquisadores chamam de "viés racial entre as mortes violentas" é um fenômeno observado pelo menos desde a década de 1980 no País. Foi nesse período que o Brasil começou a vivenciar aumento das taxas de homicídios. Em geral, a tendência de assassinatos passou a se inverter a partir dos anos 2000, com o envelhecimento da população, a introdução de políticas públicas em alguns Estados e o Estatuto do Desarmamento.

Os impactos do recuo global, entretanto, reflete menos entre negros. Entre 2009 e 2019, as taxas de homicídio caíram 20,3% no Brasil, mas para pretos e pardos a queda na última década foi de 15,5%. Enquanto isso, os assassinatos diminuíram 30,5% entre brancos, amarelos e indígenas. "Embora a violência letal tenha um arrefecimento, fica claro que o benefício se traduz apenas para um parcela da população", afirma Samira.

O comportamento da violência também tem resultados distintos nos Estados. Ao longo da última década, 11 das 27 unidades federativas estiveram na contramão nacional e viram a taxa de homicídios de negros subir - todas das regiões Norte e Nordeste. No Acre (de 18,7 para 40) e no Rio Grande do Norte (de 27,7 para 55,6), os índices mais do que dobraram. Já Distrito Federal (-59,3%), São Paulo (-53,1%) e Espírito Santo (-46,7%) tiveram as maiores quedas.

O estudo usa, ainda, o exemplo de Alagoas para demonstrar os impactos da diferença racial na letalidade violenta. "Apesar de pretos e pardos representarem 73% da população, eles são 99,2% das vítimas de homicídio", descreve a coordenadora do Atlas. "Isso deixa mais evidente a existência de dois Brasil."

Em número absolutos, o País testemunhou aumento de 1,6% dos homicídios entre negros de 2009 a 2019, passando de 33.929 vítimas para 34.446. Por outro lado, para os não negros houve redução de 33%, de 15.249 mortos para 10.217 na década.

Entre os fatores, analistas ligam o mau resultado a fatores socioeconômicos e à ausência de políticas específicas voltadas para essa parcela da população. "É preciso ter clareza de quem são as maiores vítimas para traçar estratégias de prevenção à violência", afirma Samira.

Piora na qualidade dos dados preocupa

Também preocupa os pesquisadores o crescimento de ocorrências notificadas no SIM como "morte violenta por causa indeterminada" (MVCI), observado em 2018 e 2019. Essa nomenclatura é usada para mortes com sinais de violência em que o Estado diz não saber se é um homicídio, suicídio ou acidente. Foram 16.648 registros assim em 2019, ou 69,9% a mais comparado aos 9.799 casos de 2017.

Com o boom, a proporção de registros que não informam a causa da morte em relação aos homicídios saltou de 6,2% para 11,7% no período. Segundo os cientistas, esse comportamento estatístico pode causar distorções sobre a realidade da violência no Brasil, ocultar casos de homicídio e prejudicar a análise de cenários.

Um estudo anterior estima que 73,9% de mortes informadas sem a causa no sistema, na verdade, correspondem a assassinatos no Brasil. "Tomando essa estimativa como referência (...), haveria cerca de 5.338 homicídios a mais registrados em 2019", afirma a pesquisa.

De acordo com o Atlas, o problema é mais acentuado em alguns Estados. "Merecem destaque os casos de São Paulo e do Rio de Janeiro, em que as taxas de MVCI (9,0 e 28,3 respectivamente) superam as de homicídios (7,3 e 20,3)", descreve o Atlas. "No Rio de Janeiro, os dados de homicídios do SIM são 40,6% menores que os registros de mortes violentas intencionais dos órgãos de segurança pública, e em São Paulo, 17,5%."

De acordo com a pesquisa eleitoral do Atlas Político, divulgada pelo jornal El País nesta sexta-feira (30), a rejeição do presidente Jair Bolsonaro subiu cinco pontos percentuais chegando a 62%, contra 36% de aprovação. O levantamento anterior havia sido realizado no mês de maio, quando a CPI da pandemia começou. A Comissão observou a existência de irregularidades em contratos de compra de vacinas, a exemplo do que ocorreu com a indiana Covaxin, e investiga suspeitas de pedidos de propina em outras negociações ligadas ao Ministério da Saúde.

Segundo o Atlas Político, Bolsonaro perderia o segundo turno contra João Dória (PSDB) por 40,6% a 38,1% e para Lula por 49,2% a 38,1%. “A tendência é de fortalecimento de Lula”, afirmou o CEO do Atlas, Andrei Roman, ao El País.

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Se o pleito ocorresse hoje, o presidente também seria derrotado no segundo turno por Ciro Gomes (43,1% a 37,7%), pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (42,9% a 37,5%), e pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (41,9% a 38,4%).

O levantamento confirma a impopularidade de Bolsonaro, que declara guerra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao defender que o voto passe a ser impresso e auditável. Em live realizada na última quinta, o mandatário disse, sem provas, que o sistema de urnas eletrônicas brasileiro já foi fraudado, mencionando uma suposta fraude eleitoral na cidade de Caxias, no Maranhão, em 2008, que foi investigada e teve sua possibilidade descartada pela Polícia Federal.

“Para investigar o boato criado em 2008, a @policiafederal periciou as 10 urnas eletrônicas supostamente violadas e descartou violação física e adulteração dos programas instalados no aparelho, assim como a presença de arquivos contaminados por vírus”, rebateu a conta oficial do TSE no Twitter.

Nas últimas décadas a Amazônia vem se destacando não somente pelo desmatamento, mas também pelo número de conflitos rurais registrados. Tendo como objetivo dar visibilidade aos conflitos rurais da região foi lançado na última sexta-feira (24), no auditório Fabrício Ramos Couto (CEAF), o livro “Atlas de Conflitos na Amazônia”, desenvolvido e produzido pelo Núcleo de Questões Agrárias e Fundiárias (NAF) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).

O Atlas faz um mapeamento dos conflitos em toda a região amazônica, trazendo informações relevantes para que a Promotorias de Justiça Agrária possa atuar. O livro também faz um levantamento de número de famílias que estão envolvidas nos conflitos, identidades das comunidades afetadas e os municípios onde eles estão localizados, entre outras informações. “O Atlas foi desenvolvido para dar evidência aos conflitos que existem na Amazônia. Não apenas aos conflitos que aconteceram durante este ano, mas aos conflitos que estão ativos há muitos anos e não foram solucionados”, explicou o coordenador regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gilson Rego.

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O coordenador disse que o Atlas trabalha com informações e dados baseados nos registros de todas as Comissões Pastorais da Terra que se encontram presentes em toda a Amazônia Legal. “A gente não trabalhou com marco temporal de data para os conflitos. Os únicos dados que são temporais são os assassinatos de 2015, 2016 e 2017”, explicou.

O Atlas é mais um meio de trocar informações com Ministério Público, que apoia o projeto e realiza frequentemente encontros com os movimentos sociais de diversas regiões para conhecimento sobre os conflitos existentes. Durante o evento foi realizada uma apresentação lúdica em homenagem às vitimas de conflitos rurais.

A Comissão Pastoral da Terra tem como objetivo realizar lançamentos em todos os Estados da Amazônia Legal, e em breve vai disponibilizar o Atlas em versão digital.

Por Ariela Motizuki.

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O robô humanoide da Boston Dynamics, empresa que foi vendida neste ano pelo Google à companhia japonesa SoftBank, conseguiu executar um salto mortal perfeito. Atlas, que também pode manter o equilíbrio quando é empurrado e levantar rapidamente se cair, agora pode realizar movimentos de ginástica impressionantes.

A empresa divulgou imagens do último truque aprendido pela máquina e os espectadores estão impressionados (e preocupados). Como um humano, ele dá um salto para trás e gira em 180º. No fim, ainda levanta os braços no ar como para celebrar o feito.

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No entanto, como a parte final do vídeo mostra, nem sempre ele consegue realizar a acrobacia com sucesso. Segundo a Boston Dynamics, o Atlas tem 1,5 metro de altura, pesa 75 kg e está em sua terceira versão. A máquina já chegou a pesar mais de 375 kg, mas o valor foi reduzido com o uso de peças impressas em 3D.

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Apesar de mantida a tendência de redução da vulnerabilidade social no Brasil, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam uma desaceleração nessa queda e um aumento da vulnerabilidade social no país, no último ano analisado.

Os dados são do Atlas da Vulnerabilidade Social, divulgados hoje (23), em Brasília. Segundo o Ipea, de 2011 a 2015, o Brasil manteve a tendência de redução da vulnerabilidade social, mas em velocidade menor à observada no período entre 2000 e 2010.

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Ao analisar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), entre 2011 e 2015, a taxa média anual de redução foi de 1,7%, enquanto que, entre 2000 e 2010, com dados do Censo Demográfico do IBGE, a taxa era de 2,7% ao ano.

Além disso, a partir de 2014, o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) não apresentou redução de valores, mas, sim, um aumento de 2%, saindo de 0,243 em 2014 para 0,248 em 2015. “Este pequeno aumento de 0,005 pode significar um ponto de inflexão na curva da redução da vulnerabilidade social”, diz o estudo.

Segundo o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea e coordenador do atlas, Marco Aurélio Costa, é o primeiro ano em que há um aumento da vulnerabilidade social no país.

Quanto maior o índice, que varia de 0 a 1, mais vulnerável a população está. A vulnerabilidade social à que ele se refere indica a ausência ou insuficiência de recursos ou estruturas (como fluxo de renda, condições adequadas de moradia e acesso a serviços de educação) que deveriam estar à disposição de todo cidadão, por força da ação do Estado. Ele é composto por 16 indicadores organizados em três dimensões: renda e trabalho, capital humano e infraestrutura urbana.

Renda e Trabalho

A dimensão que mais contribuiu para a inflexão na vulnerabilidade social é a de renda e trabalho, composta por diversos indicadores sobre o fluxo de renda familiar insuficiente. Segundo o Ipea, enquanto na década de 2000 a 2010 houve uma redução do IVS renda e trabalho da ordem de 34%, com taxa média anual de 3,4%, no período de 2011 a 2015 ele caiu 3,3%, com taxa anual de apenas 0,8%.

 

 

“A dimensão renda e trabalho está bastante fragilizada. No período do censo, entre 2000 e 2010, o Brasil apresentou uma queda importante na vulnerabilidade social, ancorada principalmente na dimensão renda e trabalho. As pessoas estavam com renda, muita gente tinha saído da faixa de vulnerabilidade social. Nos dados da Pnad, especialmente para 2015, houve uma reversão do quadro”, disse Costa.

De acordo com o técnico, em algumas regiões metropolitanas como São Paulo, houve um aumento em mais de 20% na vulnerabilidade social na dimensão renda e trabalho. “Se você vai ao centro de São Paulo você vê o índice.

A composição da dimensão Renda e Trabalho é levado em conta, por exemplo, trabalho infantil, dependência da renda de idosos, trabalho informal e desemprego. “O dinamismo da economia afeta muito essa dimensão. A chance de ter impactos, principalmente em situação de crise, é muito grande”, afirmou o técnico do Ipea.

Políticas públicas

A divulgação do Índice de Vulnerabilidade Social serve para orientar gestores no desenvolvimento de políticas públicas adequadas à realidade de cada localidade. Há dados por macrorregiões, unidades da federação, regiões metropolitanas, municípios e até unidades menores.

De acordo com Costa, os avanços na dimensão Infraestrutura Urbana na Região Norte, por exemplo, permitiram que a vulnerabilidade social caísse na região, como um todo. Entre 2011 e 2015, foi a região que registrou a maior queda na vulnerabilidade social, com 14%, enquanto a redução foi menos relevante foi no Sul  (2%). “Entendendo o que está por trás dos índices, isso tem um efeito demonstrativo didático para todas as regiões [no desenvolvimento de políticas públicas]”, disse.

Diferença do homem-branco-urbano para a mulher-negra-rural

Além dos dados de 2011 a 2015, com base em informações da Pnad, a plataforma do Atlas da Vulnerabilidade Social traz a desagregação das informações por sexo, cor e situação de domicílio para o período e também para 2000 e 2010, com base no censo demográfico.

“Apesar dos avanços registrados, resiste a diferença entre homens e mulheres, entre negros e brancos e entre a população urbana e rural. E a diferença é mais dramática do homem-branco-urbano para a mulher-negra-rural. É como se fossem duas populações de países completamente diferentes, mas não podemos permitir que a gente tenha um país com níveis de desigualdades sócio-espaciais tão grandes”, disse Marco Aurélio Costa.

No caso das mulheres negras, esse grupo apresentou, em 2015, alta vulnerabilidade social na dimensão capital humano – que envolve condições de saúde e acesso à educação. Nessas mesmas condições, as mulheres brancas estavam na faixa de média vulnerabilidade.

A pesquisadora do Ipea, Bárbara Marguti, explica que a dimensão Capital Humano conta uma história de vida, porque tem indicadores como mortalidade infantil, escolaridade, indicador sobre gravidez na adolescência e mulheres chefes de família sem o ensino fundamental e com filhos pequenos.

“Os resultados não são só sobre 2015, são sobre os próximos anos, porque o índice está falando da mãe que está criando as crianças que estão na escola ou não”, disse. “O passivo da vulnerabilidade nessa dimensão pode indicar um futuro. Como lidamos com as três dimensões do IVS hoje, vai dizer como a população estará nos próximos ano”.

Os principais resultados do Atlas da Vulnerabilidade Social estão disponíveis no site do Ipea.

A Boston Dynamics e a Schaft, empresas de robótica avançada do Google, foram vendidas ontem (8) para a companhia japonesa Softbank. O valor da negociação não foi divulgado.

Adquirida pelo Google em 2013, a Boston Dynamics ganhou notoriedade ao desenvolver robôs como o Spot, máquina quadrúpede capaz de carregar até 23 quilos e com autonomia de bateria de 45 minutos. O robô é capaz de subir escadas e andar em terrenos acidentados. Outra iniciativa da empresa é o robô humanoide Atlas, que tem habilidade de carregar até dez quilos e que se levanta ao ser derrubado.

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A Softbank, fundada em 1981 na cidade de Tóquio, é uma das principais empresas de telecomunicações do país e também investe em outros projetos de tecnologia. Além das empresas de robótica pertencentes ao grupo Google, a companhia japonesa já havia comprado no início do ano (2017) a desenvolvedora de chips ARM em transação que custou US$ 32 bilhões.

Neste ano, a Softbank lançou um fundo de investimento para operar em áreas de inteligência artificial.

A noite da quarta-feira (30) foi movimentada no Arruda.O Santa Cruz anunciou mais duas contratações para a temporada 2016. Um deles, um velho conhecido da torcida coral, o atacante Keno. O outro é o meia Pedrinho Botelho, destaque do Operário-PR, que chega com contrato reduzido, pelo menos por enquanto.

Após se destacar no Santa Cruz, Keno foi procurado pelo Atlas, time mexicano que disputou a Copa Libertadores no primeiro semestre de 2015. Já na segunda metade da temporada, o atacante disputou a Série A do Campeonato Brasileiro, mas ficou no banco da Ponte Preta. Assim como Luizinho, que deixou o Santa para atuar no Bahia, Keno, 26 anos, é um atacante de lado de campo e sua principal característica é a velocidade. Na primeira passagem pelo Arruda, fez certo sucesso com a torcida, mas não era uma unanimidade.

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Confira alguns dos momentos dele pelo Atlas, do México:

A diretoria coral anunciou também a contratação do meio-campista Pedrinho Botelho, de 23 anos. O atleta assinou contrato até o final do Pernambucano 2016, mas há uma cláusula de renovação automática, que pode ser exercida pelo clube, para estender o vínculo até o encerramento da Série A. "É um jogador muito técnico, que tem muita qualidade no passe, boa velocidade. Foi destaque no Operário/PR e campeão do Paranaense neste ano. Vários times tentaram comprá-lo, mas não conseguiram. Estávamos monitorando este atleta. Ele vem com uma boa relação de custo-beneficio. Acreditamos no potencial e achamos que tem todo um perfil que irá funcionar aqui", afirmou o vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, ao site oficial do clube.

Confira alguns lances da aposta coral:

O Atlético Mineiro voltou a ser derrotado na Copa Libertadores e se colocou em situação complicada para buscar a vaga na fase do mata-mata. Na noite desta quarta-feira, o time comandado por Levir Culpi foi superado pelo Atlas, do México, por 1 a 0, no Independência, onde costuma ser fatal, e acumulou o segundo revés seguido na competição. O único gol da partida foi marcado somente aos 41 minutos do segundo tempo.

Ainda sem somar pontos no Grupo 1, o Atlético agora terá que vencer todos os seus quatro jogos restantes na chave e torcer por tropeços dos rivais para seguir sonhando com a vaga nas oitavas de final. O time brasileiro ocupa a quarta e última colocação do grupo, enquanto os outros três rivais somam três pontos cada. Santa Fé, da Colômbia, e Colo Colo, do Chile, se enfrentam nesta quinta e pode despontar na chave.

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O Atlético volta a campo pela Libertadores no dia 18 de março para enfrentar o Santa Fé, fora de casa. O Atlas jogará antes, no dia 4, contra a equipe chilena, responsável pela derrota dos brasileiros na estreia, por 2 a 0, em Santiago.

O JOGO - Com uma série de desfalques, o Atlético entrou em campo nesta quarta com a obrigação de vencer o Atlas, depois da derrota na estreia. Um novo tropeço reduziria muito as chances de a equipe alcançar as oitavas de final. O clima de nervosismo, que atingia até as arquibancadas, só aumentou quando o Atlas criou duas chances perigosas antes de completar os cinco minutos de jogo.

Perdido em campo, o Atlético foi aos poucos ganhando terreno. E empurrou o Atlas para a defesa após duas oportunidades em sequência. Em uma delas, aos 19, Luan desperdiçou o presente do goleiro Vilar, que vacilou na saída de bola, e bateu para fora. Logo, o maior volume atleticano se convertia em pressão.

Aos 24, Leonardo Silva cabeceou com perigo, mas Vilar defendeu com tranquilidade. Na sequência, Luan arriscou de longe e viu a perigosa bola desviar no marcador e ir para fora, aos 28. A melhor chance aconteceu com André, quatro minutos depois. Após levantamento na área, a bola "escorreu" por suas costas dentro da pequena área, passou por sua perna, quase em cima da linha, e passou ao lado da trave.

Antes do intervalo, o Atlético sofreu mais uma baixa. A lista de desfalques aumentou com Leonardo Silva, que sofreu uma pancada em um dos dedos da mão direita. O zagueiro foi substituído por Edcarlos.

Na volta para o segundo tempo, Levir Culpi fez nova alteração, desta vez por opção técnica. E colocou Cárdenas no lugar de Leandro Donizete. A mudança deu maior consistência para o meio-campo, perdido na maior parte do primeiro tempo por causa das fracas atuações de Dátolo e Maicosuel.

E, logo aos 3, o Atlético quase abriu o placar. Lucas Cândido encheu o pé da esquerda e exigiu grande defesa de Vilar. André, aos 8, e Maicosuel, aos 16, também tiveram suas oportunidades.

Sem converter suas chances, o time brasileiro passou a ser ameaçado novamente pelo Atlas. Medina acertou o travessão de Victor, aos 24. No minuto seguinte, Perez invadiu a área e só não marcou porque o goleiro atleticano fez uma defesa com o rosto.

O clima tenso no Independência culminou no gol de Christian Suárez, aos 41 minutos do segundo tempo. O Atlas matou o jogo ao aproveitar vacilo da defesa com um longo lançamento para Suárez, que invadiu a área e finalizou na saída de Victor. Sob vaias, a equipe brasileira ficou perdida em campo e não teve forças para buscar o empate.

 

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 0 x 1 ATLAS-MEX

ATLÉTICO-MG - Victor; Patric, Leonardo Silva (Edcarlos), Jemerson e Lucas Cândido; Rafael Carioca, Leandro Donizete (Cárdenas), Dátolo e Luan; Maicosuel (Dodô) e André. Técnico: Levir Culpi.

ATLAS - Federico Vilar; Luis Venegas, Enrique Pérez Herrera, Walter Kannemann e Edgar Castillo; Juan Carlos Medina, Juan Pablo Rodríguez, Arturo González e Rodrigo Millar (Treviño); Keno (Christian Suárez) e Caballero (Barragán). Técnico: Tomás Boy.

GOL - Christian Suárez, aos 41 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Medina, Vilar, Victor.

ÁRBITRO - Darío Ubriaco (URU).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

Após o acordo realizado entre as diretorias do Palmeiras e do Náutico, o atacante Maikon Leite seguiu para o México onde assinará contrato com o Atlas. O jogador passará por exames médicos antes de firmar acordo com o clube. Em entrevista à agência de notícias mexicana Notimex, o ex-alvirrubro falou sobre a perspectiva no novo clube.

“Tenho a expectativa de fazer as coisas bem e fazer história neste clube. Venho para vencer”, afirmou o jogador, que conhece pouco sobre o Atlas. “No Brasil se fala pouco do México, mas espero, em pouco tempo, conhecer um pouco mais sobre a instituição. Venho com a intuição de triunfar e quero começar com o pé direito”, completou.

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Sobre o Náutico, o atacante desejou uma boa temporada. “Espero que os torcedores continuem apaixonados pelo clube. Tomara que possamos deixar todos felizes”, concluiu Maikon Leite.

O Atlas Nacional de Comércio e Serviços está sendo lançado nesta quarta-feira (13), em Brasília, durante o Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs). Fruto de um trabalho do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e outras importantes instituições brasileiras, a ação vai mapear os segmentos de comércio e serviços, auxiliando os empreendedores na definição de investimento e potencial dos negócios em cada cidade do País.

De acordo com o estudo, os municípios paulistas são os que possuem de quatro ou mais pequenos bares e restaurantes por mil habitantes. No Rio de Janeiro, por exemplo, essa é a realidade restrita à capital e arredores.

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O Atlas também aponta que no litoral norte paulista e sul fluminense, nas cidades Ubatuba (SP) e Paraty (RJ), por exemplo, existe uma maior concentração de pequenos negócios de serviços em geral. Ao todo, são mais de 20 estabelecimentos por mil habitantes.

O estado de São Paulo, dentro do contexto de diversão, tem uma grande concentração de restaurantes e bares. As cidades paulistas são em grande maioria detentoras de quatro ou mais pequenos negócios na área, por mil habitante.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

JOÃO PESSOA (PB) -  De acordo com o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, a Paraíba ocupa a 23º posição no ranking, com indicador de 0,658, considerado de nível médio. Os dados foram divulgados, nesta segunda (29), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

Na última pesquisa, divulgada em 2003, o Estado obteve índice de 0,382, o que revela um aumento de mais de 70% nos últimos anos. “Estamos trabalhando para a construção de uma Paraíba melhor, com programas de renda que garantem o desenvolvimento da população, baseado em políticas públicas. Estas melhorias que estamos implantando agora só serão
sentidas a alguns anos”, frisou a secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos de Meneses.

Para se calcular o IDHM, são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Na Paraíba, vêm sendo desenvolvidos projetos na área de educação com a implantação da escola em tempo integral, entrega de restaurantes populares em João Pessoa e Campina Grande.

Na segurança alimentar, o Estado - junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) -, está ampliando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Esse programa já existe e 14 municípios e está sendo implantado em mais 127 cidades. Existe ainda o programa de cisternas, que visa levar água para o semiárido do Estado, entre outras ações que vem sendo desenvolvidas.

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Confira a declaração da secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Aparecida Ramos de Meneses:

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Nas últimas duas décadas, o Brasil aumentou 47,5% o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, - considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013.

Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM alto e 0,8% apresentava índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.

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O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.

“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.

Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2% entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.

“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante do Pnud no Brasil Jorge Chediek.

Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.

O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento nesse índice.

Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de mais de 20 vezes.

O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.

Os aterros sanitários brasileiros possuem um potencial energético suficiente para gerar eletricidade a 1,5 milhão de pessoas. São 280 megawatts (MW) que podem ser produzidos a partir do aproveitamento do biogás, o metano obtido por meio da decomposição do lixo. A conclusão é do "Atlas Brasileiro de Emissões de GEE (gases de efeito estufa) e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos", um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), lançado nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.

Mas para que esse potencial se transforme efetivamente em energia, ainda é necessário um investimento de quase R$ 1 bilhão, segundo o diretor executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho. A estimativa foi feita com base no custo de US$ 5 milhões (R$ 9,87 milhões) para instalação de uma planta média, com capacidade de geração de 3MW. "Um dos objetivos desse atlas é estimular que os negócios do setor sejam desenvolvidos. A ideia é incentivar tanto o investidor a implantar e operar a geração de energia, como também incentivar os órgãos de governo a estimular essa energia a partir do lixo, como foram estimuladas outras fontes de energia, como a eólica".

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O estudo, realizado com apoio da EPA (Environmental Protection Agency, a agência ambiental dos Estados Unidos) e da Global Methane Initiative, mostra o potencial de aproveitamento do lixo no Brasil, que em 2011 gerou 198 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. São 62 milhões de toneladas ao ano, das quais 11% não chegam sequer a ser coletadas. E outros 41% (75 mil toneladas diárias) ainda têm destinação inadequada, indo parar em lixões ou aterros sem condições seguras de proteção ao meio ambiente.

A Abrelpe mapeou todos os 46 projetos brasileiros de redução de emissões de GEE com registro na ONU e constatou que 22 deles preveem o aproveitamento energético do biogás. Desse total, apenas dois aterros de São Paulo já produzem eletricidade: o São João, na zona leste da capital paulista, e o Bandeirantes, fechado em 2007, que chegou a receber metade de todo o lixo produzido na capital e possui 40 milhões de toneladas de lixo enterradas - o suficiente para fornecer energia elétrica para 300 mil pessoas.

O bioma Mata Atlântica perdeu 13.312 hectares de área em um ano no Brasil, o que corresponde a 133 quilômetros quadrados (km²), segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) e pela Fundação SOS Mata Atlântica, que analisa o período de 2010 para 2011. Minas Gerais liderou o desmatamento, com 6.339 hectares.

A Bahia ficou na segunda posição, com desflorestamento de 4.686 hectares. Na sequência vêm Mato Grosso do Sul (588), Santa Catarina (568), Espírito Santo (364), São Paulo (216), Rio Grande do Sul (111), Rio de Janeiro (92), Paraná (71) e Goiás (33).

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O ritmo de desmatamento é inferior ao registrado no Atlas anterior, que analisou dois anos até 2010, quando o bioma perdeu ao todo 31.195 hectares.

Os Estados de Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo foram avaliados parcialmente no estudo, por causa da cobertura de nuvens que prejudicou a captação de imagens por satélite. O estudo analisou dez dos 17 Estados que possuem o bioma, que representam 93% da área total de Mata Atlântica.

"Embora tenha tido uma leve queda, provavelmente o índice apresentado hoje seria maior se não tivéssemos problemas com nuvens. O (ritmo de) desmatamento continua estável, o que é preocupante", disse a coordenadora do Atlas pelo SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, em referência a Minas Gerais e Bahia, que encabeçam o ranking dos que mais desmataram no período.

Em relação aos municípios, os pesquisadores alertam para a região que chamam de "triângulo do desmatamento", entre Bahia e Minas Gerais. No ranking dos municípios, cidades dos dois Estados ficam no topo.

Nos últimos 25 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.735.479 hectares, ou 17.354 km², ficando reduzida a 7,9% de sua área original, se considerados os remanescentes florestais em fragmentos acima de 100 hectares, representativos para a conservação de biodiversidade.

Com mais de um quarto (26,5%) da população vivendo em municípios da zona costeira, segundo o Censo 2010, o Brasil ganhou hoje o primeiro Atlas Geográfico das Zonas Costeiras e Oceânicas. Recheada de imagens de satélite, a publicação é uma parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a Marinha.

O atlas mostra que as regiões Sul e Sudeste são as que apresentam maior porcentual de espécies exóticas aquáticas identificadas. Essas espécies são, na maioria das vezes, introduzidas no País inadvertidamente, transportadas na água de lastro ou mesmo fixadas no casco de navios. A publicação também apresenta um mapa com a chamada logística do petróleo, envolvendo os principais poços de produção, os terminais de distribuição, as refinarias, etc.

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No capítulo sobre ecossistemas costeiros e marinhos, o estudo ressalta que mais de 90% das áreas consideradas prioritárias de conservação encontram-se fora das áreas abrangidas por Unidades de Conservação. Para o IBGE, isso demonstra a "importância da definição dessas áreas como prioritárias para a preservação da fauna brasileira".

"Na parte de geologia, é possível conhecer como é o Brasil no fundo do mar. Ver a diferença de extensão da plataforma, como é larga no sul e na foz do Amazonas, e como é muito estreita no Nordeste", disse o geógrafo Marco Antonio de Carvalho Oliveira, da equipe que planejou e coordenou a publicação. Ele também destaca o quadro que mostra a evolução urbana do País, com o crescimento da interiorização a partir da década de 1970. "O diferencial é a quantidade de recursos didáticos que o atlas contém."

O atlas também tem um mapa que mostra os municípios afetados pelo ciclone extratropical Catarina, que atingiu a região Sul no fim de março de 2004. Foi o primeiro furacão registrado no Atlântico Sul, resultante de uma combinação rara de condicionantes meteorológicos e oceanográficos. O Catarina foi classificado como um furacão categoria 1 na escala Saffir-Simpson (com ventos entre 120 e 150 km/h). A imagem foi trabalhada com a inclusão dos limites estaduais, sedes de municípios e áreas urbanizadas, mostrando as regiões efetivamente afetadas pelo fenômeno.

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