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No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado na próxima quarta-feira (2), o Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL) realizará uma série de ações de conscientização sobre o tema. O evento é gratuito e será realizado na sede do Centro, localizada no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife. 

Os encontros serão realizados ao longo do mês de abril e abordarão temas como inclusão escolar, diagnóstico e desenvolvimento infantil, entre outros. As questões serão discutidas por profissionais da equipe do CPPL e por especialistas convidados que lidam com pessoas que receberam o diagnóstico de autismo. 

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Para participar do evento, a reserva de vagas pode ser feita por meio do telefone (81) 3423.5751.

Dados - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMG), a previsão é que 70 milhões de pessoas tenham autismo no mundo. No Brasil, o número fica em torno de 2 milhões. 

Serviço:

Palestras sobre Autismo

Local: auditório do CPPL 

Rua Cardeal Arcoverde, n.º 308, no bairro das Graças. 

Ao finalizar o jogo na tela, Sawyer e Michael, 10, cumprimentam-se. O toque físico entre os dois meninos autistas não era frequente até há pouco tempo: foi um aprendizado adquirido através de um console Xbox equipado com Kinect.

A escola Steuart W. Weller d'Ashburn, de Virgínia, a cerca de 50 quilômetro a noroeste de Washington, tem um dos centros especializados nos Estados Unidos em testar os consoles de videogames com autistas jovens.

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O Kinect, lançado pela Microsoft em 2010, permite jogar sem controles, utilizando seu próprio corpo graças a um detector de movimentos. O aparelho não foi projetado com fins terapêuticos, mas é, segundo especialistas, uma ferramenta interessante para ajudar jovens com transtornos do espectro autista, condição que segundo avaliações da Organização Mundial da Sáude (OMS) afeta 21 em cada 10.000 crianças.

Sawyer Whitely e Michael Mendoza, lado a lado, saltam, se agacham e se abraçam, enquanto na tela seus avatares reproduzem os movimentos a bordo de um bote virtual correndo por um rio revolto.

Quando terminam, os dois heróis batem nas mãos um do outro, fazendo um "hi five", gesto de comemoração tipicamente americano. "Fazer este gesto, se cumprimentarem mutuamente, não é algo que vemos muito", disse à AFP Anne-Marie Skeen, professora especializada. "Sawyer, agora, utiliza (o gesto) regularmente conosco. Diz que é uma forma de dizer 'bom trabalho'".

Os educadores de Ashburn trabalahm há dois anos com o Kinect pesquisando sobre o déficit de comunicação que caracteriza o autismo. Suas aplicações "os levam a falar, dar instruções para um colega, seguir as instruções de outro", diz Lynn Keenan, professor especializado. "Temos obtido resultados impressionantes, porque eles têm realmente vontade de jogar", acrescenta.

Ferramenta e não solução milagrosa

Esta motivação é destacada também por Dan Stachelski, diretor do Centro Lakeside para o Autismo em Issaquah (Estado de Washington, noroeste dos EUA). "As crianças estão tão motivadas pelo jogo que se envolvem mais facilmente, tomam a iniciativa, e isso é o que queremos que façam", afirma.

O jogo "Happy Action Theater", por exemplo, em que o jogador tem que atirar bolas e golpear pedras, as crianças, através de seu avatar, "se comunicam com seu entorno na tela".

"Muitas crianças podem jogar no mesmo espaço ao mesmo tempo; esse é o primeiro passo do que gostaríamos que conseguissem as crianças para quem a interação social é um desafio e que têm dificuldades para dividir um espaço", acrescenta.

"Várias famílias estão comprovando o potencial" do Kinect, acrescenta Andy Shih, vice-presidente científico da associação de famílias Autism Speaks, que aponta também a vantagem do baixo custo (nos Estados Unidos) de 150 dólares.

Os resultados "parecem animadores", mas "nos faltam dados científicos e estamos apenas no começo". "A população (autista) é tão diversa", comenta. "Há crianças que falam, outras não falam, alguns têm problemas motores, outros não. Uma só ferramenta não pode ser a solução milagrosa que funcione para todo mundo", explica Shih.

Não estamos falando de um tratamento, e sim de "uma ferramenta que facilita a aprendizagem", insiste Stachelski. A ferramenta poderia ajudar até a estabelecer um diagnóstico. Asim, os pesquisadores da Universidade de Minnesota instalaram Kinects em uma creche para detectar, sob controle médico, possíveis sinais da patologia, como a hiperatividade.

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“O autista assusta”. O depoimento não é de uma pessoa que desconhece a realidade de pessoas que têm autismo. A frase é de Maria Ângela Dantas, mãe da jovem Vitória Lira, de 15 anos, que é autista. Desde a descoberta do diagnóstico da filha, Ângela busca ensinar a sociedade como conviver com os autistas, principalmente no contexto educacional. A proposta dela é criar adaptações para o atual currículo escolar, inserindo essas diretrizes na realidade educacional. A tarefa é difícil, porém, pouco a pouco as escolas tentam se adaptar.

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Durante mais de cinco anos, Ângela – que atualmente é presidente da Associação de Famílias para o Bem-Estar e Tratamento da Pessoa com Autismo (Afeto) – circulou por escolas privadas em busca de ambientes e ensino que pudessem inserir Vitória no universo escolar. Em meio ao preconceito e a falta de conhecimento de educadores e dos donos desses estabelecimentos escolares, ela conseguiu uma escola que ofereceu boas condições para receber a garota autista. Trata-se da Escola Municipal Dom Hélder Câmara, localizada no bairro do Espinheiro, no Recife, onde Vitória estuda atualmente no quarto ano do ensino fundamental.

Segundo a proposta do currículo escolar de Ângela, a realização de cursos para professores e educadores em geral é um dos pilares do projeto. “É preciso adaptar o currículo ao especial. É importante entender o autista, porque, entendendo ele, os outros casos são ‘fichinha’. Um curso para professores e educadores sobre autismo é essencial. As formações universitárias ainda não trabalham esse tema e é aí que há uma problemática”, explica a presidente da Afeto.

A diretora da Escola Dom Hélder Câmara, Lucila Araújo (foto), que há 11 anos está no cargo, conta que a ideia não é criar disciplinas para autistas. “A criação de novas disciplinas só para crianças com autismo é uma exclusão. Devem sim ser criados conteúdos e atividades específicas para eles em relação às matérias e assuntos já existentes na educação regular”, diz.

Modelo atual

A diretora conta que no modelo atual de ensino os autistas não passam por provas e não são reprovados. A avaliação é feita por observação, e, conforme eles vão desempenhando as atividades de sala de aula, é realizada uma conclusão sobre a situação educacional dos alunos. No processo de integração com os estudantes típicos, chamados popularmente de normais, a aceitação dos amigos autistas é feita com êxito, fato que, segundo Lucila, faz cair uma ideia comum.

“As pessoas dizem que as crianças têm preconceito. Porém, posso dizer que criança não é preconceituosa. Quem tem preconceito é o adulto”, frisa a diretora. Segundo ela, os amigos de classe de Vitória e dos outros cinco estudantes autistas da escola, convivem de forma harmoniosa e muitos fazem questão de ajudá-los.

A professora polivalente Taciana Ferreira, que há um ano começou a atuar com autistas, revela que no início teve dificuldades. “No primeiro momento fiquei assustada. Isso aconteceu justamente pela falta de conhecimento que tenho, como outros professores. Mas, depois fui me adaptando e posso dizer que é prazeroso trabalhar com eles”, conta.

VÍDEO: para entender melhor como funcionam o ensino e a comunicação de alunos autistas nas salas de aula, confira um vídeo com a estudante de psicologia Camila Sousa e a jovem Vitória:

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Números

Na Escola Municipal Dom Hélder Câmara existem 11 alunos especiais, em que desses, seis são autistas. De acordo com Ângela, Pernambuco não tem um levantamento sobre quantas pessoas autistas existem no Estado.

Segundo dados da Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE), existem 91 alunos autistas na rede estadual de ensino. A maioria está matriculada.

Serviço

No dia 21 deste mês, a Afeto realizará um curso que vai trabalhar a proposta dessas adaptações do currículo escolar. O evento será no Auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Informações sobre o curso podem ser conseguidas no site da Associação. O Campus Recife da UFPE fica na Avenida Professor Moraes Rêgo, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade.

 

 

 

A Caixa Cultural Recife recebe neste sábado (1º), às 15h, o lançamento do livro Ermitongo, do escritor e psicanalista André Resende. A obra conta com ilustração da premiada artista gráfica portuguesa Isabel Sousa e conta a história de um peixe beta que vive no aquário da janela da cozinha e se sente rejeitado por ser um peixe especial. O encontro terá também uma contação de história e autógrafos do autor. A entrada é gratuita e o livro será vendido a R$ 30 no local e R$ 40 nas livrarias.

Ermitongo, o segundo infantil de André Resende, integra a coleção Bamboo, da editora Ulisses, em parceria com o Instituto Bamboo. A história faz uma associação ao autismo e pretende apoiar crianças autistas e seus familiares. Metade dos direitos autorais será destinada à fundação e a atividades do Instituto Bamboo, uma clínica de atendimento psicanalítico e interdisciplinar a bebês e crianças com transtornos psíquicos graves ou em via de tê-los, como o autismo. 

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Serviço

Contação de história e lançamento do livro Ermitongo 

Sábado (1º) | 15h

CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife) 

(81) 3425 1900

Gratuito

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No programa dessa semana, você vai conferir uma entrevista com a presidente da Associação de Famílias para o Bem-Estar e Tratamento da Pessoa com Autismo, AFETO, Maria Ângela. Ela fala sobre a dificuldade que muitas famílias encontram para lidar com parentes que tem o autismo, principalmente pela falta de informação. Devido a necessidade de proporcionar um tratamento adequado às pessoas autistas, foi que surgiu a AFETO, que não visa fins lucrativos e é composta por pais e parentes de pessoas com diagnóstico de autismo.

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Você também vai conferir uma reportagem especial sobre pessoas que superaram a deficiência física e praticam esportes radicais.

Toda sexta-feira, você confere um novo programa Vencer, no Portal LeiaJá

 

Nestas quinta (7) e sexta-feira (8), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) recebe um ciclo de palestras acerca do tema “Abordagem multidisciplinar em pacientes com autismo, déficit de atenção e hiperatividade”. O evento é uma realização de vários diretórios acadêmicos de cursos da instituição de ensino.

O intuito é promover a troca de experiências entre estudantes e profissionais, por meio de discussões e informações. Para realizar a inscrição, é necessário depositar o valor de R$ 10 na conta de Anderson de Melo Costa (Banco do Brasil, agência 3613-7, conta 14.661-7). Também deve ser preenchida a ficha de inscrição, além de escanear o comprovante de depósito e enviar para o e-mail edffito@gmail.com, e, no primeiro dia do ciclo, também deve ser entregue um quilo de alimento não perecível.

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Todas as atividades serão realizadas no Centro de Ciências da Saúde (CCS), do Campus Recife da UFPE. A unidade fica na Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da cidade. Veja abaixo a programação do ciclo de palestras.

Amanhã (7)

8h-12h: Credenciamento e abertura

14h-17h: Importância da multidisciplinaridade

Sexta-feira (8)

8h-12h: Autismo – crianças e adolescentes

14h-16h: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

16h-17h: Encerramento: depoimentos

A 2ª Vara Cível do Recife condenou o Sul America Seguro Saúde S/A a ressarcir um total de R$ 63 mil a família de uma criança, de 3 anos, com autismo. O plano é acusado de não oferecer cobertura e reembolso total nos custos do tratamento da paciente, mas pode recorrer da decisão.

"É entendimento pacífico que a cláusula que limita o valor de cobertura de tratamento de saúde é abusiva", citou o juiz Rogério Lins. Por esse motivo, foi determinada na sentença a restituição do valor gasto pelo casal e que não foi reembolsado pela seguradora, sob a alegação de cláusulas contratuais que só permitiam a restituição parcial.

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O juiz também determinou que o plano de saúde autorize a realização de todos os procedimentos necessários ao tratamento da criança e se não houver médicos especialistas conveniados a Sul America deverá arcar com as despesas realizadas por profissionais escolhidos pela família. Em caso de descumprimento da decisão, será cobrada multa diária de R$ 500.

Indenização – Os pais de uma criança, de idade não divulgada, ganharam na justiça uma causa movida contra a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (Camed). A seguradora terá que pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 8 mil por negar cobertura ao paciente.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o plano de saúde havia se recusado a cobrir as despesas de um procedimento cirúrgico. A Camed alegou que a doença era pré-existente, ou seja, já existia antes dos responsáveis pela criança contratarem o plano de saúde, e afirmou que o segurado preencheu uma declaração sobre o seu estado de saúde, omitindo a informação.

O juiz Luiz Mário Moutinho argumentou que os planos de saúde precisam disponibilizar um profissional médico para acompanhar o vulnerável no preenchimento de sua declaração de saúde, devido à complexidade das indagações e também pelas consequências decorrentes da resposta imprecisa ou errônea. 

"No caso, a operadora ré faltou com a obrigação de informar o consumidor sobre a necessidade de preencher o questionário, entrevista qualificada, na presença de um  médico, não podendo, agora, beneficiar-se de sua própria torpeza", esclarece o magistrado. Apesar da decisão, ambas as partes ainda podem recorrer.

Com informações da assessoria

Anticorpos maternos que têm como alvos as proteínas no cérebro do feto podem desempenhar um papel no desenvolvimento de algumas formas de autismo, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira. Realizado em 246 mães de crianças com "transtornos do espectro autista" e 149 mães de crianças saudáveis, o estudo mostrou que quase um quarto das mulheres do primeiro grupo tinham uma combinação diferente destes anticorpos do que aquelas do segundo grupo.

Os "transtornos do espectro autista" (TEA) incluem variedades diferentes de autismo, entre elas a síndrome de Asperger, que afeta crianças muito inteligentes, mas com grande dificuldade em interações sociais. Os anticorpos são proteínas essenciais para o sistema imunológico. Eles detectam e neutralizam substâncias estranhas ao corpo, tais como vírus e bactérias.

As mulheres grávidas passam seus anticorpos para o feto, o que lhe permite defender-se de infecções até os 6 meses de idade, enquanto seu sistema imunológico ainda está imaturo. Mas eles podem também, de acordo com o estudo publicado na revista Translational Psychiatry, transmitir anticorpos que impedem que o cérebro se desenvolva corretamente.

"Descobrimos que 23% das mães de crianças autistas têm auto-anticorpos contra proteínas que são necessárias para um desenvolvimento neurológico saudável", explicou à AFP Judy Van De Water autora do artigo, professora da Universidade da Califórnia, que afirma que esses anticorpos não estavam presentes em mães de crianças não-autistas.

Os sintomas também se mostraram mais graves em crianças nascidas de mães com o anticorpo em questão do que em comparação com crianças autistas nascidas de mães sem esses anticorpos. Os TAE afetam cerca de um em cada 100 nascimentos nos países ocidentais. Os meninos são três vezes mais afetados do que as meninas por esta doença, cujas origens permanecem obscuras.

A equipe da Dra. Van de Water foi capaz de identificar 11 diferentes combinações de sete proteínas alvo de anticorpos associadas aos TEA, cada um dos quais tem um risco diferente do transtorno autista. O objetivo agora é encontrar marcadores capazes de identificar o risco de TEA, o que permitiria "uma intervenção precoce" para ajudar crianças com autismo para "melhorar o seu comportamento e capacidades", observa Van de Water.

Em um estudo separado, os pesquisadores liderados por Melissa Bauman, também da Universidade da Califórnia, expuseram oito fêmeas de macacos-rhesus grávidas aos anticorpos maternos relacionados ao TEA e chegaram a resultados semelhantes: os macacos recém-nascidos dessas mães "mostraram diferenças de comportamento, incluindo reações inadequadas em relação a outros macacos", observa o estudo.

Estudantes da Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães (Etepam), localizada no bairro do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, representarão Pernambuco em uma das maiores feiras de ciência e tecnologia do mundo, a Intel International Science and Engineering (Intel Isef). Os jovens desenvolveram um projeto que ajuda o sistema cognitivo de crianças autistas. Chamado de Can Game, o trabalho é um site, aplicativo para smartphone e também um jogo para notebook e desktop, que deve ser usado por pais, médicos e principalmente por crianças autistas. A Intel Iself será realizada nos dias 11 e 17 de maio, em Phoenix, Arizona, nos Estados Unidos.

De acordo com informações da Secretaria de Educação do Estado (SEE), o projeto é orientado pelo professor de empreendedorismo da Etepam, Eraldo Guerra. A equipe, chamada Life Up, é composta por dois alunos da escola, além de dois universitários. “O objetivo é dar autonomia à criança autista, de modo que ela não dependa de outras pessoas para tudo”, diz um dos integrantes da equipe, Thiago Pedrosa, de 18 anos, conforme informações da SEE.

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Por meio da página virtual, os usuários fazem um cadastro e podem acessar a uma programação com atividades cotidianas para as crianças, tais como comer, tomar banho, estudar, brincar, e dormir. O aplicativo no smartphone recebe a programação, que fica no braço da criança, dando orientações sobre o que ele deve fazer naquele momento. Os pais e os médicos recebem o desempenho da criança no Can Game por e-mail. Assim, é possível analisar se ocorreu evolução e outros aspectos necessários para ajudar no tratamento. “Quisemos promover o empreendedorismo que trouxesse um retorno social”, comenta Eraldo Guerra, segundo a SEE.







A segunda edição do encontro “Conversando sobre autismo” ocorre nesta terça-feira (9), às 20h, no Recife. O evento é gratuito e tem o intuito de oferecer um espaço de discussão sobre o tema. O público alvo da ação é formado por pais, professores, profissionais de saúde, estudantes, entre outros.

Alguns dos assuntos que serão trabalhados no encontro são a questão do diagnóstico, tratamento e possibilidades de intervenção junto às crianças. Atualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 70 milhões de pessoas têm autismo em todo o mundo. Só no Brasil, existem 2 milhões de autistas.

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O encontro será realizado no auditório do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL). O local fica no endereço da Rua Cardeal Arcoverde, 308, no bairro das Graças, no Recife. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (81) 3423-5751.



 

A Câmara dos Vereadores do Recife promoveu nesta terça-feira (2) uma sessão especial em homenagem ao Dia Mundial da Consciência do Autismo. Nesse dia o parlamentar Jayme Asfora (PMDB) apresentou um Projeto de Lei de sua autoria na intenção de que a secretaria de Saúde e Educação qualifique os seus servidores para atender os portadores dessa síndrome.

Neste dia o prédio da Casa José Mariano foi iluminada de azul, cor que representa a luta no combate a essa síndrome. Asfora reforçou que estará se reunindo e discutindo com o prefeito Geraldo Julio (PSB) sobre ações inclusivas que podem ser implementadas pelo município.

“Esse Projeto de Lei obriga que os profissionais se capacitem para detectar o autismo nas crianças e possa cuidar com mais especialidade, além de ser tratado também por setores psicossociais do município. Também pretendemos trabalhar a inclusão social com um trabalho multidisciplinar e terapia ocupacional”, comentou Asfora.

Já a Vereadora Aline Mariano (PSDB), reforçou que os portadores dessa síndrome necessitam de diagnóstico precoce e auxílio no aprendizado, pois os autistas são privados da educação por falta de profissionais qualificados. “É preciso garantir o acesso ao ensino, mas as escolas estão despreparadas para receber essas crianças”, comentou.

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O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta terça-feira (2), foi marcado pelo lançamento de uma cartilha inédita que vai auxiliar no diagnóstico precoce da doença. A Diretriz de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) auxiliará médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) na identificação de sinas do transtorno em crianças de até três anos.

A cartilha trará pela primeira vez uma tabela com indicadores do desenvolvimento infantil e sinais de alerta. “O tratamento precoce do TEA é muito importante no desenvolvimento da criança que possui autismo. Com isso é mais fácil encaminhá-la para os primeiros atendimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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O Ministério da Saúde também vai disponibilizar para os profissionais de saúde instrumentos de uso livre para o rastreamento/triagem de indicadores de desenvolvimento que possam diagnosticar o TEA. Após o diagnóstico, inicia-se a fase do tratamento e da habilitação/reabilitação nos pontos de atenção da Rede de Cuidados à Saúde da Pessoa com Deficiência. 

Sintomas - O autismo implica em alterações de linguagem e de sociabilidade que afetam diretamente – com maior ou menor intensidade – grande parte dos casos. O paciente também pode sofrer limitação de suas capacidades funcionais e nas interações sociais, o que demanda cuidados específicos e singulares de acompanhamento médico, habilitação e reabilitação ao longo das diferentes fases da vida.

Tratamento – O grau de intensidade do transtorno define o tipo de tratamento dos pacientes. Aqueles com menor intensidade deverão ser tratados nos Centros Especializados de Reabilitação (CER) do SUS. Hoje existem no País 22 CER em construção, 23 em habilitação e 11 convênios de qualificação para que entidades que já funcionam, passem a funcionar como CER.

Já os pacientes com uma intensidade maior do transtorno serão encaminhados para centros específicos que serão habilitados pelo Ministério da Saúde em todo País.

Com informações da assessoria

Lembrado nesta terça-feira (2), o Dia Mundial de Conscientização do Autismo terá evento com entrada gratuita com expectativa de esclarecer dúvidas para os pais, professores, estudantes e outros interessados. Promovido pelo CPPL, o evento será realizado às 20h, no bairro das Graças. Além de dúvidas comuns, o diagnóstico, tratamento, possibilidades de intervenção junto às crianças, adolescentes e suas famílias também serão discutidos.

De acordo com dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMG), a previsão é que 70 milhões de pessoas tenham autismo no mundo. No Brasil, o número fica em torno de 2 milhões. O endereço fica na Rua Cardeal Arcoverde, número 308, Graças, na Zona Norte do Recife. Quem quiser participar deve ligar pelo telefone (81) 3423.5751. 

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Mais serviços - Às 17h30, o Grupo de Estudos sobre o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (Ama/Gatid) fará uma ação de cidadania no Parque 13 de maio, no Centro da cidade para conscientizar e informar a população sobre a doença. A campanha segue e no próximo sábado (6), uma caminhada azul será feita Às 15h30 no 2° jardim de Boa Viagem, localizado na Zona Sul do Recife.

No mês de abril, mais especificamente no dia 2, o Dia do Autismo, é lembrado mundialmente. O transtorno compromete hábitos sociais de crianças, adolescentes e adultos, com sintomas aparentes a partir do terceiro mês de vida.  

Através do Projeto Frentes da Psicanálise, a Livraria da Jaqueira, realiza no próximo sábado (9), um debate sobre Psicanálise e Autismo, com especialistas na área, Sílvia Ferreira, Rita Smolianinoff, Pedro Gabriel e André Resende. O encontro vai das 17h às 19h e é aberto ao público. A Livraria da Jaqueira fica na Rua Antenor Navarro, 138.

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Algumas crianças com diagnóstico de autismo, quando pequenas, veem desaparecer completamente seus sintomas quando crescem, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos.

"Embora o autismo geralmente persista durante toda a vida, esta descoberta permite pensar que esta síndrome poderia experimentar evoluções muito diversas", afirmou Thomas Insel, diretor do Instituto Americano de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês), que financiou os trabalhos.

A pesquisa foi realizada pela doutora Deborah Fein, da Universidade de Connecticut (nordeste), com 34 jovens - de 18 a 21 anos -, que tinham sido diagnosticados com autismo em idades muito retomas e que, com o passar do tempo, tinham uma vida completamente normal.

Estes jovens não apresentavam mais problemas de expressão, comunicação, reconhecimento de rostos ou socialização, sintomas característicos do autismo.

A pesquisa, publicada na revista "Child Psychology and Psychiatry", se concentrou em saber se o primeiro diagnóstico de autosmo era suficientemente exato e se os sintomas efetivamente tinham desaparecido.

A resposta foi afirmativa nos dois casos, destacou o doutor Insel. Os resultados deste estudo levam a crer que as dificuldades de socialização destas crianças eram mais brandas, embora tenham sofrido problemas de comunicação e movimentos repetitivos tão severos quanto os demais autistas.

Para a avaliação mental destes 34 indivíduos estudados, os pesquisadores usaram testes cognitivos e de observação comum, bem como questionários enviados aos pais. Para participar do estudo, os jovens tinham que estar em cursos regulares na escola ou na universidade e não se beneficiar de nenhum serviço especial para autistas. No entanto, a pesquisa não conseguiu determinar a proporção de crianças diagnosticadas com autismo que no futuro verão desaparecer os sintomas com o passar o tempo.

"Todas as crianças autistas são capazes de progredir com as terapias intensivas. Mas, no estado atual dos nossos conhecimentos, a maioria não chega a fazer os sintomas desaparecer", disse o doutor Fein, que espera que novas pesquisas ajudem a entender melhor os mecanismos desta doença.

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Dificuldades de comunicação, pouco contato social, hiperatividade e fixação por objetos podem ser causas de uma disfunção silenciosa, o Autismo. Ele aparece de mansinho, quase imperceptível e, por vezes, devido à rotina intensa de alguns pais, passa a ser entendido apenas como mais uma fase que a criança passa na infância. Porém, essa disfunção afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento, e não escolhe classe ou raça para se desenvolver.

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A cada 110 crianças, uma tem Autismo, e ela já pode ser diagnosticada em uma pessoa desde muito cedo, até mesmo em um bebê, por exemplo. “É tudo muito sutil, é preciso ter uma visão muito aguçada para perceber”, conta a pedagoga Milena Moury, mãe de Joaquim Moury, uma criança que apresenta esse transtorno. “É tudo muito subliminar, e você vai notando no dia a dia”, complementa.

Milena é um dos exemplos entre tantas mães que perceberam precocemente o problema e procuraram a ajuda necessária. O Centro de Desenvolvimento Infantil (CID), localizado no bairro da Várzea, desenvolve esse trabalho de interação entre pais e filhos, preparando as crianças para o convívio social. Nesta segunda-feira (2), data em que se comemora o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o centro completa um ano de funcionamento.

Instituída em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem como intuito a mobilização mundial para mostrar um pouco mais da essência das pessoas que apresentam essa disfunção, e o CID realizou uma retrospectiva neste dia, mostrando aos pais que estavam presentes o grande sucesso de desenvolvimento das crianças que fazem parte da instituição. “Cheguei dos Estados Unidos com essa ideia de integração social, há quinze anos, pois aqui não existia este tipo de conscientização”, conta Patrícia Piacentini, uma das fundadoras do centro. “Nós queremos sorrisos e que eles se desenvolvam saudavelmente”, complementa.

Se para alguns médicos esse distúrbio não apresenta uma cura propriamente dita, é fato que alguns dos distúrbios, como a perda da fala e a repetição de palavras, podem ser reversíveis de acordo com o tratamento aplicado. Para o professor de história, Julio César, pai de Estela Lavinia, de 4 anos, o fato está em perceber o filho cotidianamente. “Diria para deixarem de lado o preconceito, e para que os pais participem mais do dia a dia do filho, estejam presentes e percebam qual é a missão de cada um, a partir desta descoberta”, aconselha Julio aos pais que estejam passando por uma situação semelhante.

Julio também conta como é a sua experiência no convívio com sua filha após o descobrimento do distúrbio. “Quando eu descobri que a minha filha era autista, eu vi qual era a minha verdadeira missão aqui na terra, que é cuidar dela e ajudar os outros pais que precisam de ajuda", afirma Jluio, que acrescenta: “Tem muitos médicos e cientistas que falam que não tem cura, eu creio que tem cura sim: o amor”.

 

 

Serviço

Centro de Desenvolvimento Infantil (CID)

Rua Azeredo Coutinho, nº 211, Várzea, Recife - PE

81 3037-5768

cdifloortime@gmail.com

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