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O papa emérito Bento XVI, de 93 anos, sofre uma doença infecciosa no rosto e está em situação "extremamente frágil", afirma o jornal regional alemão Passauer Neue Presse, que cita o biógrafo do religioso, Peter Seewald.

Bento XVI sofre de erisipela no rosto, uma doença infecciosa que se caracteriza por erupções faciais e episódios de dor intensa, informa o jornal.

De acordo com Seewald, o papa emérito está em condição extremamente frágil. "Sua capacidade intelectual e a memória não foram afetadas, mas sua voz é quase inaudível", afirma o Passauer Neue Presse.

Peter Seewald se encontrou no sábado em Roma com Bento XVI para apresentar sua biografia.

"Durante o encontro, o papa emérito, apesar da doença, se mostrou otimista e afirmou que, se a força retornar, ele poderia pegar sua caneta novamente", completou.

Em junho, Bento XVI visitou o irmão mais velho Georg, que estava doente, na Alemanha, em sua primeira viagem para fora da Itália desde sua inesperada renúncia em 2013. Georg Ratzinger faleceu duas semanas depois.

Os dois irmãos, ordenados padres no mesmo dia, em junho de 1951, eram muito unidos.

Bento XVI foi o primeiro papa a renunciar ao cargo em quase 600 anos. Alegou motivos de saúde e desde então tem uma vida monástica em um pequeno mosteiro do Vaticano.

A partir desta terça-feira (07), os fiéis poderão participar do funeral do irmão do papa emérito Bento XVI, Georg Ratzinger, na igreja de São João em Regensburg, na Alemanha.

O velório público será realizado até às 18h (hora local) e o enterro ocorrerá nesta quarta-feira (08). Georg Ratzinger faleceu no último dia 1º de julho aos 96 anos após anos doente.

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O papa emérito chegou a visitar o irmão 15 dias antes da morte dele e recebeu os pêsames de seu sucessor, Francisco. A viagem entre os dias 18 e 22 de junho foi a primeira que Joseph Ratzinger fez desde que renunciou ao Pontificado.

Da Ansa

O papa emérito Bento XVI, conhecido por suas posições tradicionalistas, afirma que seus opositores desejam calar sua voz e compara o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao "anticristo", em uma biografia autorizada publicada nesta segunda-feira, 4, na Alemanha.

Joseph Ratzinger, 93 anos, alega ser vítima de uma "distorção maligna da realidade" no livro que recebeu o título "Bento XVI - Uma Vida" e que inclui várias entrevistas, de acordo com os trechos publicados pela imprensa alemã e pela agência de notícias DPA.

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"O espetáculo de reações vindas da teologia alemã é tão equivocado e mal-intencionado que eu prefiro não falar sobre isto", afirma.

"Prefiro não analisar as razões reais pelas quais as pessoas desejam silenciar minha voz", completa.

Na Alemanha, onde a Igreja Católica é comandada por clérigos considerados reformistas, Ratzinger é criticado com frequência por suas opiniões sobre o islã ou questões sociais.

Bento XVI, que foi papa entre 2005 e 2013, é acusado de tentar sabotar os esforços de modernização da Igreja de seu sucessor, o papa Francisco.

No livro, ele afirma, no entanto, que tem boas relações com o atual pontífice. "A amizade pessoal com o papa Francisco não apenas persistiu, como cresceu".

Em fevereiro, Bento XVI se envolveu em uma polêmica no Vaticano quando seu secretário particular foi afastado do entorno do papa Francisco.

A decisão foi tomada após a publicação de um livro assinado pelo papa emérito e o cardeal guineano ultraconservador Robert Sarah, no qual defendiam o celibato dos padres, um tema muito polêmico na Igreja.

Alguns consideraram o livro uma tentativa de interferência no pontificado do papa Francisco.

Após 48 horas de polêmica, Bento XVI pediu a retirada de seu nome da capa do livro, da introdução e das conclusões.

Na biografia publicada nesta segunda-feira, Bento XVI reitera a oposição ao casamento gay, afirmando que vê neste a obra do "anticristo", uma força maléfica que busca substituir Jesus Cristo.

"Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade". Ele acrescenta que "acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório".

"A sociedade moderna está formulando um credo ao anticristo que supõe a excomunhão da sociedade quando alguém se opõe", insistiu.

De acordo com o papa emérito, "a verdadeira ameaça para a Igreja é a ditadura mundial de ideologias que se pretendem humanistas".

O papa emérito Bento XVI, conhecido por sus posições tradicionalistas, afirma que seus opositores desejam calar sua voz e volta a criticar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em uma biografia autorizada publicada nesta segunda-feira (4) na Alemanha.

Joseph Ratzinger, 93 anos, alega ser vítima de uma "distorção maligna da realidade" no livro que recebeu o título "Bento XVI - Uma Vida" e que inclui várias entrevistas, de acordo com os trechos publicados pela imprensa alemã e pela agência de notícias DPA.

"O espetáculo de reações vindas da teologia alemã é tão equivocado e mal-intencionado que eu prefiro não falar sobre isto", afirma. "Prefiro não analisar as razões reais pelas quais as pessoas desejam silenciar minha voz", completa.

Na Alemanha, onde a Igreja Católica é comandada por clérigos considerados reformistas, Ratzinger é criticado com frequência por suas opiniões sobre o islã ou questões sociais.

Bento XVI, que foi papa entre 2005 e 2013, é acusado de tentar sabotar os esforços de modernização da Igreja de seu sucessor, o papa Francisco. No livro, Ratzinger afirma, no entanto, que tem boas relações com o atual pontífice. "A amizade pessoal com o papa Francisco não apenas persistiu, como cresceu", destaca.

Em fevereiro, Bento XVI se viu envolvido em uma polêmica no Vaticano quando seu secretário particular foi afastado do entorno do papa Francisco. A decisão foi tomada após a publicação de um livro assinado pelo papa emérito e o cardeal guineano ultraconservador Robert Sarah, no qual defendiam o celibato dos padres, um tema polêmico na Igreja.

Alguns consideraram o livro uma tentativa de interferência no pontificado do papa Francisco e, inclusive, um manifesto da ala tradicionalista da Igreja. Após 48 horas de polêmica, Bento XVI pediu a retirada de seu nome da capa do livro, da introdução e das conclusões.

Na biografia publicada nesta segunda-feira, Bento XVI reitera a oposição ao casamento gay. "Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade", afirma.

"Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório", completa, antes de acrescentar que é "apenas natural" que as pessoas "temam o poder espiritual do anticristo".

O papa emérito Bento XVI, que completará 93 anos nesta quinta-feira (16), não terá festa ou receberá visitas por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), informou seu porta-voz, monsenhor Georg Gaenswein.

"Graças a Deus, estamos todos bem no mosteiro Mater Ecclesiae. Levando em conta a situação atual, não teremos nenhuma visita, nem o irmão dele irá. Mas, certamente, no dia do aniversário do Papa emérito, ele receberá uma veste mais festiva e solene", disse Gaenswein à ANSA nesta quarta-feira (15).

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Durante seus aniversários nos últimos anos, Joseph Ratzinger recebeu diversos religiosos, incluindo o papa Francisco. Seu irmão, Georg, 95 anos, também costuma ir ao Vaticano para celebrar a data. Além disso, por diversas vezes, Bento XVI teve a visita de músicos alemães para os festejos e apareceu bebendo uma caneca de cerveja em fotos.

Por conta da pandemia da Covid-19, o Vaticano também impôs normas de isolamento social para evitar a propagação da doença, com cerimônias religiosas transmitidas de maneira online e o fechamento do comércio local - com exceção do supermercado e da farmácia. No entanto, já há oito casos de contaminação confirmados. 

Da Ansa

O papa Francisco reafirmou, nesta segunda-feira (13), sua defesa do celibato de padres, exceto em casos excepcionais, depois que seu antecessor, Bento XVI, pediu para não ordenar padres homens casados.

"A posição do papa sobre o celibato é bem conhecida", disse o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

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"Em uma conversa com jornalistas ao retornar do Panamá, em janeiro de 2019, disse o Papa Francisco: uma frase de São Paulo VI vem à mente: 'Prefiro entregar minha vida a mudar a lei do celibato'", prosseguiu o porta-voz.

"Então (Francisco) acrescentou: 'pessoalmente, acho que o celibato é um presente para a Igreja. Não concordo que o celibato seja permitido como uma opção. Haveria algumas possibilidades, nos locais mais remotos, penso nas ilhas do Pacífico... quando há uma necessidade pastoral'", acrescentou Bruni, citando o papa.

Essa precisão do porta-voz do Vaticano ocorre um dia depois que Bento XVI, através de um livro, assumiu uma posição a favor do celibato dos padres.

O papa emérito de 92 anos, que deixou o pontificado em 2013, expressou-se sobre o celibato em uma obra coescrita com o cardeal ultraconservador Robert Sarah, cujos trechos foram publicados no domingo pelo jornal francês Le Figaro.

"É urgente, necessário que todos os bispos, sacerdotes e leigos recuperem um olhar de fé na Igreja e no celibato sacerdotal que protege seu mistério", afirmou.

Essa posição ocorre no âmbito de um debate sobre a possibilidade de ordenar padres homens casados de uma certa idade (chamados "viri probati") na Amazônia, um território onde faltam padres.

Francisco tomará uma decisão nesse sentido nas próximas semanas.

Cada história tem um herói e um vilão, e o brasileiro Fernando Meirelles tinha isso em mente quando decidiu fazer um filme sobre os papas Francisco e Bento XVI, pelo menos no início.

Pela primeira vez em sete séculos, a Igreja Católica tem dois pontífices vivos e, em "Dois Papas", Meirelles traz à tela debates imaginários entre o clérigo alemão rigoroso e conservador e seu sucessor argentino mais progressista.

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"No começo do filme, Bento para mim era o 'papa mau' e Francisco o 'papa bom'", disse o diretor de "Cidade de Deus" à AFP, garantindo que, à medida que a produção avançou, aprendeu mais com os dois personagens e sua percepção começou a mudar.

"Li alguns de seus escritos, ouvi alguns de seus sermões e é muito interessante", continuou ele. "Acho que as pessoas criaram essa imagem do nazista, que não é real... na verdade, não é muito diferente do papa Francisco".

Os dois deixaram de lado suas diferenças e, através das conversas na residência papal e na Capela Sistina, começam a se unir em torno de Bento tocando piano e do fanatismo de Francisco pelo futebol.

O filme da Netflix, que começa a soar como um possível candidato ao Oscar, é estrelado pelos astros britânicos Anthony Hopkins e Jonathan Pryce como Bento e Francisco, respectivamente, enquanto Juan Minujín encarna o jovem pontífice argentino.

Hopkins comemorou a boa recepção que o filme recebeu, que acredita que pode ensinar ao mundo algo sobre tolerância. "Vamos conversar, nos sentar, vamos parar de ficar tão tristes com tudo", disse o vencedor do Oscar.

 "Mais interessante que Bergoglio"

A renúncia do papa Bento em 2013 ocorreu em um contexto de escândalos de pedofilia e corrupção financeira, eventos que o filme aborda, embora de forma fugaz.

À certa altura, Francisco ouve a confissão de seu antecessor, na qual admite ter conhecimento de acusações históricas de abuso sexual contra o cardeal mexicano Marcial Maciel.

Mas o áudio desaparece rapidamente, deixando o público preencher os espaços vazios.

"Eu tive que tomar muito cuidado para não ir longe demais", afirmou Meirelles. "Tínhamos mais falas sobre o abuso infantil (no roteiro), mas se eu colocasse mais dois parágrafos sobre isso, ele se tornaria um filme sobre pedofilia".

"Ele sabia que um cardeal mexicano tinha problemas com crianças e não fez nada para evitar um grande escândalo", acrescentou.

No entanto, Bento surge no filme como uma figura surpreendentemente simpática, algo que Meirelles atribui ao charme de Hopkins.

O filme também volta ao passado e cobre um período sombrio na vida do padre Jorge Bergoglio.

Como líder dos jesuítas argentinos, foi acusado de não enfrentar a brutal ditadura militar no país na década de 1970.

"Francisco foi e continua sendo uma pessoa divisória na Argentina. Há rumores sobre isso no filme, não é evitado", disse Pryce à AFP.

O astro de "Game of Thrones" afirmou que, para desenvolver o personagem, estudou os "defeitos e fraquezas" de Francisco, bem como suas características mais admiráveis, como a luta contra a desigualdade e as mudanças climáticas.

"Para todos na Argentina, foi uma surpresa a mudança de Bergoglio uma vez que assumiu o papado", disse Minujín. "Ele adotou uma agenda muito interessante".

"O papa é muito mais interessante que Bergoglio", considerou.

Capela Sistina

"Dois Papas" - que estreará nos cinemas americanos em 27 de novembro e na plataforma de streaming em 20 de dezembro - apresentou desafios únicos, admitiu Meirelles, começando pela copiosa quantidade de diálogo.

"O roteiro é muito bom, mas no final são dois caras conversando", brincou o diretor, que idealizou mecanismos para manter a dupla em movimento.

Em uma parte do filme, os dois comem pizza na Capela Sistina, que teve que ser representada em uma réplica exata, pois a produção não teve acesso à Cidade do Vaticano

"Isso foi incrível, passamos 17 dias filmando dentro desse estúdio", explicou Meirelles. "É uma réplica perfeita, exatamente igual... que reconheço agora como meu lar".

O papa emérito Bento XVI, que fará 91 anos em abril, escreveu uma carta publicada no jornal Corriere della Sera afirmando que se prepara para sua última viagem.

"No lento enfraquecimento de minha força física, interiormente estou em peregrinação para a Casa (do Senhor)", escreveu Joseph Ratzinger ao jornal, que informou a ele sobre a preocupação de inúmeros leitores sobre seu estado de saúde.

O papa emérito se declarou comovido de que "tantos leitores desejem saber como vai este último período de (sua) vida".

"É uma grande graça para mim estar cercado neste último trecho de caminho, às vezes um pouco fatigante, de um amor e uma bondade tais que não teria podido imaginar", escreve o alemão.

Desde sua revolucionária renúncia ao cargo, em fevereiro de 2013, Bento XVI vive sua aposentadoria em um pequeno mosteiro no Vaticano em companhia de quatro religiosas e de seu secretário-pessoal Georg Gänswein.

Este último anunciou há dois anos que o papa emérito estava "apagando como uma vela, lenta e serenamente".

Celebra a missa todos os dias, reza muito, recebe visitas escalonadamente e responde a um volumoso correio. Além disso, vê os telejornais e recebe vários jornais católicos e publicações religiosas.

"Já não tem controle de suas mãos, não pode tocar piano, vê muito mal, mas tem a lucidez perfeita, se recorda de tudo", descreveu, no ano passado, um alto prelado do Vaticano.

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam um homem no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, tentando embarcar para o exterior com cocaína escondida em quadros com fotos de papas e também em uma turbina automotiva. A prisão aconteceu anteontem.

Segundo a PF, o homem é um espanhol de 39 anos que ia embarcar para Cotonou, cidade que fica no Benin, país do oeste da África. Durante um procedimento de rotina, os policiais desconfiaram do homem, que demonstrava nervosismo na fila do check-in. Como ele não respondeu às perguntas dos agentes de maneira convincente, foi levado à delegacia que fica no aeroporto, para prestar mais esclarecimentos e passar por revista.

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As bagagens do homem também foram levadas para averiguação. Os três quadros com fotos dos papas Francisco, João Paulo II e Bento XVI estavam na mala do espanhol. Segundo a PF, ele escondeu a cocaína nas molduras. A outra parte da droga foi encontrada na turbina. No total, foram apreendidos 28 quilos de cocaína.

O homem, que não teve o nome revelado, foi autuado em flagrante por tráfico internacional de drogas. Durante depoimento, ele preferiu ficar em silêncio. O suspeito foi levado para um Centro de Detenção Provisória. A polícia quer descobrir quem passou a droga para o espanhol.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Bento XVI, Papa Emérito e teólogo, disse neste sábado que a música clássica é um "encontro com o divino". Ele participou de uma cerimônia na qual recebeu doutorado honorário da Pontifícia Universidade João Paulo II, Universidade da Cracóvia e a Academia de Música da Cracóvia por promover e respeitar as tradições da música sacra na Igreja.

Desde a renúncia ao papado em 2013, Bento XVI tem dedicado seu tempo no Vaticano a oração, meditação e música clássica. Enquanto Cardeal, Joseph Ratzinger, costumava relaxar tocando seu piano e peças de Mozart eram uma escolha frequente.

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"Continua impresso em minha memória como, assim que as notas da 'Missa da Coroação' de Mozart ressoavam, os céus praticamente se abriam e você, muito profundamente, experimentava a presença do Senhor", disse ele durante seu discurso em seu retiro papal em Castel Gandolfo, cidade próxima de Roma. Fonte: Associated Press.

O papa emérito Bento XVI e o papa Francisco celebrarão juntos a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II na manhã de domingo (27) no Vaticano, anunciou neste sábado (26) o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi. A presença de Bento XVI não havia sido confirmada oficialmente até agora.

O papa emérito, de 87 anos e que renunciou no ano passado, presidirá com Francisco a santificação do pontífice polonês, com quem colaborou por quase 25 anos como prefeito da Doutrina da Fé, ou seja, guardião do dogma.

A ideia de dois papas santos e dois papas vivos provoca muitas expectativas, já que se converterá no "dia dos quatro papas", um momento inédito para a milenar instituição. A cerimônia na praça de São Pedro será concelebrada por 150 cardeais, mil bispos e 6.000 sacerdotes do mundo inteiro.

Também contará com a presença de representantes de todas as religiões, entre eles uma importante delegação judia, para prestar homenagem a dois papas que lutaram contra os preconceitos contra os judeus.

"Será um momento emocionante", comentou na quarta-feira o religioso Liberio Andreatta, presidente da Obra Romana Peregrinações, organizador do evento. "Dois papas vivos e dois papas santos. Imagino que emoção Bento XVI e Francisco sentirão", comentou Andreatta.

A presença do primeiro papa que renuncia em sete séculos à cerimônia não havia sido confirmada "devido a sua idade". O papa emérito compareceu no dia 22 de fevereiro à cerimônia de proclamação na basílica de São Pedro do Vaticano dos primeiros 19 cardeais do pontificado de Francisco.

Foi a primeira vez que o pontífice alemão, que renunciou em fevereiro de 2013 ao trono de Pedro, compareceu a uma cerimônia pública presidida pelo papa argentino.

O papa emérito Bento XVI escreveu quatro páginas de comentários sobre a entrevista que o papa Francisco deu em setembro a jornais jesuítas, na qual ele criticava a obsessão da Igreja por regras "mesquinhas". A análise foi pedida pelo próprio papa para o antecessor, segundo o monsenhor Georg Gaenswein, secretário de Bento e prefeito da Casa Pontifícia.

"Ele (Bento) ofereceu pensamentos e observações sobre comentários ou certas questões sobre as quais ele achou que algo adicional poderia ser dito", explicou Gaenswein. "Claro que não vou dizer o que, mas foi interessante." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Em sua primeira entrevista desde a renúncia em 11 de fevereiro de 2013, o papa emérito Bento XVI classificou a Teologia da Libertação como seu primeiro grande "desafio" depois de ter sido nomeado prefeito das Congregação para a Doutrina da Fé em 1981 pelo então papa João Paulo II. Foi o então cardeal Joseph Ratzinger, futuro Bento XVI, que puniu entre outros o teólogo brasileiro Leonardo Boff um dos formuladores da teoria. A crítica à Teologia da Libertação aparece na entrevista publicada nesta sexta-feira (7), pelo jornal Corriere della Sera, e faz parte do livro que o vaticanista polonês Wlodzimierz Redzioch prepara sobre o papa João Paulo II - em 27 de abril, papa Wojtyla e o papa João XXIII serão canonizados pelo papa Francisco.

Nascido na argentina, Francisco conviveu com os teólogos da libertação em seu País e incentivou a ação dos padres que viviam em favelas de Buenos Aires. "Tanto na Europa quanto na América do Norte era difundida a opinião de que se tratava de um apoio aos pobres e, portanto de uma causa que sem dúvida se devia aprovar. Mas era um erro. A pobreza e os pobres eram sem dúvida colocados em evidência pela Teologia da Libertação mas, no entanto, em uma perspectiva muito específica. Não era questão de ajuda ou de reforma, mas da grande mudança que devia fazer nascer um mundo novo. A fé cristã era usada como motor por esse movimento revolucionário, transformando-se assim em uma força política. Naturalmente, essas ideias se apresentavam com diversas variantes e nem sempre se mostravam com absoluta clareza, mas, no todo, essa era a direção. A uma símile falsificação da fé cristã era necessário se opor até mesmo por amor aos pobres e em prol do serviço que deve ser feito para eles", disse Ratzinger.

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João Paulo II - O papa emérito afirma que o serviço em sua terra natal, a Polônia, fez João Paulo II decidir-se pelo enfrentamento da Teologia da Libertação. Desde 1945, a Polônia era governada pelos comunistas. Wojtyla, segundo Bento XVI, considerava que a libertação não devia ocorrer por meio da política, mas da fé, despertando os homens de forma autêntica. Ratzinger foi um dos mais estreitos colaboradores de Wojtyla a quem sucedeu no papado. "Que João Paulo II fosse um santo, percebi nos anos de colaboração com ele passo a passo de forma sempre mais clara", disse.

A realização da Copa do Mundo de futebol no Brasil em 2014 precipitou, indiretamente, a decisão do Papa emérito, Bento XVI, de anunciar sua renúncia um ano antes, em fevereiro de 2013, revelou seu secretário particular à imprensa alemã.

Questionado pelo jornal bávaro Süddeutsche Zeitung sobre se o anúncio, pouco antes da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, inicialmente prevista para 2014, para não coincidir com a Copa do Mundo de futebol no país, precipitou a saída de Bento XVI, o arcebispo Georg Gänswein respondeu que isso "aconteceu exatamente desta forma".

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O Papa alemão Bento XVI tomou a decisão de renunciar ao posto -um ato histórico- em agosto de 2012 e comunicou ao seu secretário em dezembro do mesmo ano.

Ele queria que seu sucessor participasse da JMJ na cidade do Rio de Janeiro. "Minha reação espontânea foi de dizer 'Não, Santo Padre, você não tem esse direito'. Mas essa seria uma reação afetiva, e muito rapidamente compreendi que ele me dizia isso porque já havia tomado sua decisão", explicou Gänswein.

O Papa revelou sua decisão para apenas quatro pessoas. "Ele me fez prometer manter a notícia sob segredo papal. Você pode imaginar que não foi fácil e que houve situações em que eu estava quase rasgado internamente", contou.

Os cardeais presentes durante o anúncio feito pelo Papa, feito em latim, levaram algum tempo para compreender o que estava acontecendo, acrescentou. "Alguns rostos estavam petrificados, outros incrédulos, confusos, chocados. Eles se entreolharam perguntando 'é isso mesmo o que eu entendi?".

O exemplo de João Paulo II, que concluiu seu ministério na doença e sofrimento, foi fundamental para a sua decisão. "Continuar como o seu antecessor fez, ou mesmo imitá-lo, não era o estilo dele", disse.

O papa emérito Bento XVI negou nesta quarta-feira (26) as especulações de que ele foi pressionado a renunciar, afirmando que sua decisão foi uma escolha livre e somente dele. As declarações do papa emérito foram divulgadas pelo jornal italiano La Stampa em meio a uma nova rodada de especulações sobre as razões que o levaram a deixar o comando da Igreja Católica, a primeira renúncia de um pontífice desde o século XV.

"Não há o mínimo de dúvida sobre a validade de minha renúncia ao ministério de Pedro. A única condição para a validade é a liberdade integral da minha decisão. As especulações sobre invalidez são simplesmente absurdas", escreveu Bento XVI em carta enviada ao correspondente do jornal La Stampa no Vaticano, Andrea Tornielli.

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O pontífice emérito também defendeu sua decisão de continuar vestindo a batina branca de papa, dizendo que não tem outras roupas disponíveis. Fonte: Associated Press.

O papa emérito Bento XVI compareceu neste sábado (22) à cerimônia de proclamação na basílica de São Pedro do Vaticano dos primeiros 19 cardeais do pontificado de Francisco, incluindo o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.

Esta foi a primeira vez que o pontífice alemão, que renunciou em fevereiro do ano passado, assistiu a uma cerimônia pública presidida pelo papa argentino.

Francisco entrou às 11h locais (7H00 de Brasília) na imensa basílica para a "criação" (termo religioso) dos primeiros cardeais de seu pontificado, iniciado em março de 2013. O pontífice emérito, de 86 anos, vestido de branco, chamava a atenção na primeira fila, já que os demais religiosos usavam as tradicionais vestimentas vermelhas.

Os dois pontífices, um fato extraordinário na história recente da Igreja, trocaram um abraço caloroso. Durante a cerimônia, Francisco nomeou os primeiros 16 cardeais eleitores (com menos de 80 anos) de seu pontificado, incluindo dom Orani Tempesta.

No total, o papa nomeou 19 novos cardais, incluindo três sem direito a voto em caso de conclave para a eleição de um novo pontífice, já que têm mais de 80 anos.

Os novos cardeais receberam das mãos do papa um anel, símbolo do novo compromisso universal com a Igreja, e o barrete cardinalício, vermelho como o sangue dos mártires que deram a vida para defender a fé.

O Papa emérito, Bento XVI, diz em uma carta ao teólogo suíço Hans Küng que sua "única tarefa é apoiar com orações o pontificado de Francisco", com quem compartilha "uma grande identidade de pontos de vista". Küng é uma das figuras mais progressistas da Igreja Católica e foi colega do então professor Joseph Ratzinger na Universidade de Tubingen, na Alemanha. Ele foi um dos maiores críticos do pontificado de Bento XVI.

O padre e teólogo suíço mostrou nesta segunda-feira ao jornal "La Repubblica" a carta que recebeu do papa alemão, com data de 24 de janeiro. "O papa emérito escreveu para mim, eterno rebelde, uma mensagem afetuosa em que promete apoiar Francisco, esperançoso de que ele tenha sucesso", afirmou o teólogo ao jornal italiano.

Bento XVI, que surpreendeu o mundo ao renunciar ao Papado no dia 11 de fevereiro de 2013, também informou que mantém "uma amizade de coração" com seu sucessor. "São palavras belas", disse o suíço, que criticou Bento XVI no passado por suas posições conservadoras.

Desde a renúncia de Bento XVI, Küng tem convocado a Igreja a aproveitar a oportunidade história de mudança que tem se apresentado. "É importante que o movimento pela reforma interna da Igreja seja apoiado pela base, mais do que é hoje em dia, e mais do que é apoiado pela Igreja oficial”, explicou. "É excelente registrar uma mudança na direção do Concílio Vaticano II", concluiu.

O hoje papa emérito Bento XVI revogou a ordenação de quase 400 padres nos anos de 2011 e 2012 em resposta a casos de abusos contra crianças, revela um documento do Vaticano obtido pela Associated Press.

O número representa mais do que o dobro das 170 revogações verificadas nos anos de 2008 e 2009, quando o Vaticano divulgou pela primeira vez informações sobre o assunto. Antes disso, o Vaticano divulgava somente estatísticas sobre quantas denúncias de abuso sexual haviam sido recebidas.

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O documento obtido hoje pela Associated Press faz parte dos levantamentos de dados realizados pelo Vaticano para ajudar a Santa Sé a se defender perante uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra.

Ontem, ao testemunhar perante a ONU, o arcebispo Silvano Tomasi, representante do Vaticano em Genebra, referiu-se apenas uma vez a estatísticas sobre o assunto ao longo de oito horas de depoimento. Fonte: Associated Press.

O papa emérito Bento XVI aceitou o convite do papa Francisco para almoçar e os dois se reuniram na sexta-feira (27) para a refeição, informa o jornal L'Osservatore Romano em sua edição de hoje.

Bento XVI e Francisco almoçaram ontem no Hotel Santa Marta, nos jardins do Vaticano. Francisco havia convidado Bento XVI para almoçar durante uma conversa por telefone no início da semana, quando desejou feliz natal a seu antecessor.

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O jornal do Vaticano não divulgou detalhes sobre o encontro, limitando-se a informar que, além de Francisco e Bento XVI, almoçaram com eles seus respectivos secretários pessoas mais duas autoridades eclesiásticas. Fonte: Associated Press.

O papa emérito Bento XVI deve participar, ao lado do papa Francisco, da cerimônia de canonização de João Paulo II e João XXIII, prevista para 27 de abril de 2014. "Não há motivo, seja doutrinário ou institucional, que o impeça de participar de uma cerimônia pública", declarou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano. "Não existe razão para excluir essa possibilidade."

Os papas João Paulo II e João XXIII devem ser declarados santos em 27 de abril de 2014, segundo um anúncio feito pelo papa Francisco nesta segunda-feira durante reunião com cardeais no Palácio Apostólico.

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Em julho, o papa Francisco disse que canonizaria dois dos papas mais influentes do século 20 juntos, ao aprovar um milagre atribuído a João Paulo II e ao entender que, devido às ações e postura de João XXIII, ele não precisaria da aprovação de um ato miraculoso.

Analistas disseram que a decisão de canonizá-los juntos visa a unificar a igreja, pois cada um tem seus próprios críticos e admiradores. Francisco é claramente um simpatizante de ambos: no aniversário da morte de João Paulo neste ano, Francisco rezou junto aos túmulos dos dois, o que foi visto como uma indicação de que ele vê uma grande continuidade pessoal e espiritual neles. Fonte: Associated Press.

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