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O presidente Joe Biden proibiu nesta terça-feira (16) a entrada nos Estados Unidos do líder da Nicarágua, Daniel Ortega, de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, além de diversos ministros e funcionários do país centro-americano.

"A repressão e os abusos do governo Ortega e daqueles que o apoiam exigem uma atitude dos Estados Unidos", afirmou Biden em uma declaração.

No poder desde 2007, Ortega obteve, em 7 de novembro, o quarto mandato consecutivo em um pleito marcado pela ausência de seus principais concorrentes, já que sete candidatos da oposição foram detidos e três de seus partidos foram cassados.

"Tomei a decisão, que é do interesse dos Estados Unidos, de restringir e suspender a entrada" ao país de "membros do governo da Nicarágua, liderado pelo presidente Daniel Ortega, incluída a sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, e todos aqueles vinculados a atos que atentam contra as instituições democráticas do país", acrescentou Biden.

A longa lista de 'personae non gratae' inclui legisladores, prefeitos e membros de seu gabinete, acusados de terem "violado os direitos humanos para reprimir manifestantes pacíficos", assim como uma série de funcionários do alto escalão das forças de segurança, dos órgãos governamentais, do serviço penitenciário, da Justiça e do Ministério do Interior.

Além disso, figuram outras pessoas que contribuíram para os fatos denunciados por Washington.

As esposas e os filhos dos sancionados também estão proibidos de entrar em território americano.

Na segunda-feira (15), os Estados Unidos já haviam estabelecido sanções contra vários nomes do alto escalão do governo nicaraguense em resposta à "farsa eleitoral" e como "mensagem inequívoca" para Ortega e Murillo.

O Departamento do Tesouro anunciou sanções contra o Ministério Público e nove integrantes de altos cargos no governo, entre eles o ministro de Minas e Energia, Salvador Mansell Castrillo, e diversos prefeitos, aos quais acusa de envolvimento na repressão de manifestações pacíficas em 2018.

Biden já tinha ordenado sanções financeiras contra funcionários e proibido a entrada ao país de mais de uma centena de legisladores, procuradores e juízes nicaraguenses e seus familiares.

Em 2019, o governo do ex-presidente Donald Trump já tinha colocado sanções contra membros do primeiro escalão nicaraguense, incluindo Murillo e três dos filhos de Ortega, e da polícia por atos de corrupção e violação dos direitos humanos.

Depois de sufocar metodicamente seus rivais e dissidentes, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, garantiu uma vitória tranquila nas eleições presidenciais deste domingo (7) obtendo um quarto mandato consecutivo, que pode deixá-lo no poder até 2026. A vitória sinaliza ainda que os nicaraguenses subiram alguns degraus na direção de um regime cada vez mais autocrático.

O domingo foi marcado pela apatia. Os centros de votação ficaram praticamente vazios. As poucas filas registradas eram de policiais, militares e funcionários públicos. Com seus rivais presos ou exilados, Ortega mostrou que não permitirá que ninguém lhe tome o poder - ele deve obter entre 60% e 70% dos votos, segundo analistas. As autoridades anunciaram que não divulgarão resultados até a meia-noite (3 horas da madrugada de hoje em Brasília). Os dados sobre participação eleitoral também não serão divulgados.

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Segundo analistas, com todos os opositores presos, para milhões de nicaraguenses a única possibilidade de demonstrar insatisfação é não se aproximar das urnas e ficar em casa em sinal de protesto.

DESCONFIANÇA

Uma pesquisa recente mostrou que 78% dos nicaraguenses veem a reeleição de Ortega como ilegítima e apenas 9% apoiam o partido governista. Muitos, porém, se recusam a questionar o governo em público, com medo de serem presos ou perseguidos. "Isto não é uma eleição, é uma farsa", disse Berta Valle, mulher de um dos líderes da oposição que foi preso. "Ninguém vai eleger ninguém, porque o único candidato é Daniel Ortega."

Para garantir o quarto mandato consecutivo - Ortega cumpriu ainda um quinto mandato, entre 1985 e 1990 -, ele deteve todos os rivais que representassem uma ameaça, colocou partidos de oposição na clandestinidade e proibiu grandes eventos de campanha.

A comissão que monitora a eleição foi coordenada por aliados. Não há observadores eleitorais na Nicarágua, apenas os chamados "companheiros eleitorais", mistura de funcionários importados de países como Espanha, Argentina e Chile, muitos dos quais são membros de partidos comunistas locais.

"Este é um ponto de virada para o autoritarismo na região", disse José Miguel Vivanco, chefe das Américas da Human Rights Watch, que chamou a repressão de Ortega de "um filme de terror em câmera lenta". "Ele nem mesmo está tentando preservar algum tipo de fachada de governo democrático", disse Vivanco, sobre o líder nicaraguense.

PRISÕES

Jesús Tefel, ativista político exilado que fugiu para a Costa Rica em julho, depois que vários aliados foram presos, descreveu a eleição como uma "farsa" e pediu que comunidade internacional faça mais para restabelecer a democracia da Nicarágua. "Este é um precedente terrível para a democracia global. A mensagem que envia é que você pode ser um ditador e não há consequências. Isso vai encorajar outros inimigos da democracia."

Ortega chegou ao poder pela primeira vez depois de ajudar a liderar a revolução que derrubou a ditadura de Anastasio Somoza, em 1979. Mais de uma década depois, ele perdeu a eleição, mas assumiu o cargo de novo em 2007. A partir de então, como presidente, ele passou anos minando as instituições que mantinham a frágil democracia do país - e reforçou suas táticas após uma série de protestos, em 2018.

Tiziano Breda, especialista em América Central do Crisis Group, um centro de estudos americano, disse ao jornal britânico The Guardian que o desmonte das instituições democráticas feito por Ortega foi executado com esmero. "Ele mostrou que a sobrevivência política supera qualquer pressão interna ou externa. Era uma questão de vida ou morte para ele garantir a reeleição ontem", disse.

Para Breda, no entanto, Ortega terá de mudar sua tática para governar. "Ele terá um objetivo diferente depois de 7 de novembro, e acho que ele está ciente de que precisará buscar um acordo de governabilidade com alguns setores que são cruciais para o funcionamento do Estado e para a estabilidade econômica do país, inclusive no exterior."

BIDEN ASSINARÁ LEI PARA IMPOR NOVAS SANÇÕES

O presidente dos EUA, Joe Biden, aguarda apenas a oficialização do resultado da eleição na Nicarágua para impor novas sanções contra o regime de Daniel Ortega. Na semana passada, ele assinou a Lei Renacer (acrônimo em espanhol para "Reforçando a Adesão da Nicarágua às Condições para a Reforma Eleitoral), com a qual a Casa Branca se compromete a punir o governo nicaraguense por realizar eleições consideradas ilegítimas.

A informação foi confirmada na sexta-feira (5) por um funcionário de alto escalão do governo americano, que pediu anonimato. Ele disse que haverá uma "ampla rejeição internacional das eleições fraudulentas na Nicarágua". As sanções seriam coordenadas entre EUA, Canadá e União Europeia.

Questionado sobre por que Biden não anunciou as sanções antes das eleições, o assessor respondeu que é importante que a Casa Branca não faça nada que tire a atenção do que está acontecendo na Nicarágua, segundo ele, "um claro abuso de poder". "A assinatura de uma lei não vai mudar o que (Ortega e seu governo) já fizeram, que é roubar as eleições", disse.

As novas medidas ampliarão o monitoramento de empréstimos ao país, além de punir funcionários do regime. A lei também deve acrescentar a Nicarágua à lista de países da América Central sujeitos a restrições de vistos dos EUA.

Em junho, depois que a polícia da Nicarágua começou a colocar opositores na cadeia, os EUA já haviam imposto sanções. O governo americano anunciou punições contra quatro figuras do alto escalão da burocracia estatal: o presidente do Banco Central, Leonardo Ovidio Reyes Ramírez; o general do Exército Julio Modesto Rodríguez Balladares; o deputado Edwin Ramon Castro Rivera; e Camila Antonia Ortega Murillo, filha de Ortega.

Todos tiveram contas e bens congelados nos EUA e foram proibidos de fazer transações em dólar, o que impede acesso ao sistema financeiro internacional. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusou nesta terça-feira (2) a China de virar as costas ao "gigantesco" problema das mudanças climáticas na COP26, marcada por uma grande promessa global de produzir menos metano que não inclui o maior emissor mundial.

No terceiro dia da conferência do clima da ONU, os líderes de uma centena de países, convidados a participar com a esperança de que sua presença impulsione o diálogo, decidiram reduzir em 30% suas emissões de metano no final desta década.

Mas isso não inclui China, Rússia e Índia, três dos cinco maiores emissores do planeta. E os presidentes dos dois primeiros países, Xi Jinping e Vladimir Putin, que antes haviam evitado a cúpula do G20 em Roma, nem mesmo viajaram para a cidade escocesa de Glasgow.

"Acho que foi um grande erro, francamente, que a China não apareceu", disse Biden em coletiva de imprensa, acusando-o de "virar as costas" ao "gigantesco" problema que o planeta enfrenta.

- Iniciativa sobre o metano -

O metano tem um efeito estufa 80 vezes mais potente do que o CO2. Suas fontes, como as minas de carvão a céu aberto e o gado, receberam relativamente pouca atenção até agora.

“É um dos gases que podemos reduzir mais rapidamente”, sublinhou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, lembrando que é responsável por “cerca de 30%” do aquecimento global acumulado desde a revolução industrial.

O compromisso foi assinado por 100 países, liderados por Estados Unidos e os da União Europeia. Apesar da inclusão de grandes produtores de carne como Brasil e Argentina, representam pouco mais de 40% das emissões mundiais de metano.

"O anúncio de hoje não alcança a redução de 45% que, segundo a ONU, é necessária para manter o aquecimento global abaixo de 1,5 ºC", lamentou Murray Worthy, responsável pela ONG Global Witness.

A Argentina juntou-se à promessa, enfatizando "o princípio de responsabilidades comuns, mas diferenciadas" entre países desenvolvidos - responsáveis pela imensa maioria das emissões do último século - e países em desenvolvimento.

"A contribuição da nossa agrobioindústria para a segurança alimentar mundial não deve ser excluída das negociações climáticas para não gerar novas formas de protecionismo", defendeu o presidente argentino, Alberto Fernández.

Ele pediu que o pagamento de parte de sua enorme dívida externa seja vinculado "aos investimentos imprescindíveis em infraestrutura verde que a Argentina precisa".

- Negociações complicadas -

Cancelada no ano passado por causa da pandemia, a COP26 tem como missão desenvolver o Acordo de Paris de 2015, que tem como principal objetivo limitar o aquecimento global a +1,5 ºC. No entanto, as negociações são anunciadas complicadas.

"Ainda resta um longo caminho a percorrer", alertou o primeiro-ministro britânico e anfitrião da conferência, Boris Johnson, declarando-se "prudentemente otimista" quando os líderes começam a deixar Glasgow e passam o bastão para os negociadores.

Buscando dar impulso, os chefes de Estado e de governo não só prometeram emitir menos gases, mas também absorver mais, freando e revertendo o desmatamento e a degradação do solo em 2030.

O primeiro consistiu na promessa de deter e reverter o desmatamento e a degradação do solo em 2030.

"Nossas florestas são a forma que a natureza captura carbono, retirando CO2 de nossa atmosfera", declarou Biden.

"Temos que enfrentar essa questão (do desmatamento) com a mesma seriedade da descarbonização de nossas economias", acrescentou.

Segundo a ONG Global Forest Watch, somente em 2020 a destruição de florestas primárias aumentou 12% em relação ao ano anterior - apesar da desaceleração econômica devido à pandemia - e o Brasil, berço da maior floresta tropical do planeta, teve 9,5% de aumento nas emissões de gases de efeito estufa.

Os mais de 100 países que assinaram a iniciativa representam 85% das florestas do mundo.

As medidas incluem apoiar atividades em países em desenvolvimento, como a restauração de terras degradadas, o combate a incêndios florestais e a defesa dos direitos das comunidades indígenas.

E serão apoiadas por um fundo de US$ 12 bilhões de dinheiro público financiado por 12 países entre 2021 e 2025, além de US$ 7,2 bilhões de investimento privado de mais de 30 instituições financeiras globais.

"É muito importante ser neutro em carbono, mas também é muito importante ser positivo com a natureza", disse o presidente da Colômbia, Iván Duque, durante o evento, cujo país é 52% ocupado por floresta tropical e 35% por terras amazônicas e que prometeu declarar 30% de seu território como área protegida em 2022.

Duque antecipou a promessa em oito anos com relação ao previsto, "porque temos que agir agora", afirmou.

Grupos ambientalistas denunciaram o fim do desmatamento em 2030 como tarde demais e o Greenpeace chamou de "luz verde para mais uma década de destruição florestal".

Há uma "necessidade urgente" por desenvolvimento em uma infraestrutura que prioriza o combate às mudanças climáticas em todo o mundo, segundo afirmou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em comentários divulgados pela Casa Branca, feitos no âmbito da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-26).

Para suprir essa necessidade, Biden sugeriu cinco princípios para os projetos de infraestrutura da iniciativa 'Build Back Better World', acordada pelos países do Grupo dos Sete (G7).

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O mandatário norte-americano defendeu que todo projeto deve ser "climaticamente resiliente"; deve ser desenhados em parceria com as nações onde eles serão realizados; deve dispor de qualidade e padrões elevados; deve ajudar a construir uma recuperação econômica sustentável; e, por último, deve desenvolver parcerias com o setor privado, de forma a mobilizar os "trilhões de dólares necessários" para avançar com os projetos e atingir a meta de emissão zero até 2050.

Segundo Biden, o sucesso da iniciativa do G7 mostrará que a democracia ainda é o sistema político mais eficaz para trazer resultados.

"A transição energética global pode criar 30 milhões de novos empregos até 2030. Está crise climática é uma oportunidade", completou o presidente.

Ele ofendeu ou esfriou o ânimo de seus aliados, reduziu seus grandes projetos de reforma e não poderá enfrentar Xi ou Putin... Mesmo assim, Joe Biden pretende participar da reunião do G20 e da COP26 como representante de um país que deseja voltar ao primeiro plano.

O presidente dos Estados Unidos embarca na próxima quinta-feira para a Itália, onde acontecerá no fim de semana a reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo. Em seguida, partirá para o Reino Unido, onde participará da conferência internacional sobre o clima COP26.

Biden, que tem buscado assumir o papel de “líder do mundo livre” (abandonado por Donald Trump) e que se apresenta como chefe das forças democráticas ante as potências autoritárias, lideradas pela China, deve liderar esses dois eventos sem problemas. Os presidentes chinês e russo não participarão dos encontros, devido a preocupações sanitárias

- Vaticano -

Antes desses eventos, o presidente americano, um católico fervoroso, irá se reunir com o Papa na sexta-feira, no Vaticano. Nesse mesmo dia, terá um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, para virar a página da crise envolvendo contratos de compra de submarinos, um assunto que, assim como a retirada caótica do Afeganistão, pesam sobre a aura de Biden, que repete que "os Estados Unidos estão de volta".

Antes disso, os aliados americanos haviam aplaudido Biden durante a reunião de junho do G7, celebrando o retorno dos Estados Unidos ao acordo climático de Paris, bem como sua disposição de negociar com o Irã e a Coreia do Norte, e sua determinação a acabar com a pandemia.

Nesta terça-feira, seu assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, afirmou que a relação entre os Estados Unidos e os europeus vai muito bem. Já Heather Conley, do Centro para Estudos Estratégicos Internacionais, disse ontem em entrevista telefônica que os quatro meses e meio transcorridos desde o G7 "esfriaram o ânimo dos europeus".

- 'Desastre climático' -

No G20, os Estados Unidos não hesitarão em afirmar seu papel de motor na implementação de um imposto mínimo para as empresas no mundo e na distribuição internacional de vacinas. Também espera compromissos financeiros de seus parceiros em favor de países pobres e da transição energética.

Biden, cujo índice de confiança segue caindo, pretende abordar dois problemas bastante concretos para os americanos: o aumento dos preços da energia e as perturbações persistentes no comércio mundial. Em Glasgow, ele defenderá, segundo Jake Sullivan, a ideia de que "não existe contradição" entre o combate às mudanças climáticas e a busca por prosperidade econômica.

Washington não quer apresentar a transição energética como uma coerção ou um sacrifício, apesar das mensagens alarmistas da ONU, repetidas nesta terça-feira, sobre o "desastre climático" que está por vir. "Vocês verão o que quer dizer fazer política externa para a classe média americana", disse Sullivan na última quarta-feira, como se fosse necessário esclarecer que, mesmo no cenário internacional, Joe Biden nunca perde de vista os interesses nacionais.

A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reforçou nesta quinta-feira, 21, que o governo dos Estados Unidos apoia a quebra de patentes das vacinas contra a covid-19 no mundo. Há uma discussão sobre o tema no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com a porta-voz, o governo Biden já enviou 200 milhões de imunizantes para o exterior. Ela disse que a pandemia exige uma resposta global e afirmou que outros países também precisam intensificar as doações.

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Ao ser questionada sobre as negociações em torno do pacote social e ambiental de Biden, Jean-Pierre disse que o governo avalia "algumas ideias" sobre a taxação de carbono. Ela garantiu que, como prometido na campanha eleitoral do ano passado, o democrata não vai aumentar impostos para a parcela da população que ganha menos do que U$S 400 mil por ano.

Sobre a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de proibir seus dirigentes de comprar ações individuais no mercado, após acusações de conflito de interesse, a vice-secretária disse que a Casa Branca respeita a independência da autoridade monetária. Ela também afirmou que, na visão de Biden, todas as autoridades de alto escalão deveriam evitar o conflito de interesse em suas atribuições.

O governo do presidente Joe Biden renovou nesta segunda (27) os esforços para proteger da deportação centenas de milhares de imigrantes levados para os EUA ainda criança, chamados de "dreamers", na mais recente manobra de um drama sobre a legalidade dessa política. A Casa Branca propôs reformular o programa elaborado na presidência de Barack Obama, que protege os imigrantes, depois que um juiz o declarou ilegal. Biden defende uma solução legislativa definitiva para o tema.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou que a iniciativa, que será submetida a consultas 60 dias antes da sua adoção, busca preservar e fortalecer o programa batizado de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca, na sigla em inglês), que protege da deportação cerca de 600 mil pessoas, a maioria do México.

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Há dois meses, o juiz federal do Texas Andrew Hanen decidiu que Obama excedeu sua autoridade quando instaurou o Daca, em 2012, informando que só o Congresso tem poder em temas migratórios. Ele também destacou problemas de implementação do programa. A decisão, de 16 de julho, manteve os benefícios para os dreamers, mas bloqueou a inscrição de novos solicitantes.

O governo Biden, que apelou da decisão, informou que a proposta de regulamentação é um passo importante para proteger os "sonhadores" e reconhecer as contribuições que eles dão ao país, mas insistiu na necessidade de uma solução legislativa definitiva. "Só o Congresso pode dar proteção permanente", disse o secretário do DHS, Alejandro Mayorkas, pedindo que os legisladores aprovem rapidamente uma solução.

O Daca foi um decreto emitido por Obama quando a Lei de Fomento para o Progresso, Alívio e Educação para Menores Estrangeiros (Dream Act), não foi aprovado, em 2010, no Congresso, então dominado pelos republicanos. O acrônimo em inglês desta lei deu origem ao termo "dreamers" (sonhadores, em português).

Em 2017, o então presidente republicano, Donald Trump, buscou por fim ao Daca, alegando que ele era inconstitucional, o que provocou uma longa batalha judicial que terminou na Suprema Corte. O Daca sobreviveu às tentativas de desmonte gradual e foi reinstaurado em dezembro passado.

A norma anunciada ontem pelo governo Biden, que era vice-presidente de Obama, introduz mudanças no processo de solicitação do Daca, incluindo novos custos. Mas mantém as condições do programa original, que protege da deportação e dá visto de trabalho por dois anos, passíveis de renovação.

Para estar amparados pelo Daca, os imigrantes em situação irregular levados ainda crianças devem estar residindo nos EUA desde 2007 e ter chegado antes dos 16 anos ao país. Além disso, eles devem estar estudando, ter se formado ou ser veteranos das Forças Armadas e não podem ter sido processados por um crime, entre outros requisitos.

Até 30 de junho, cerca de 600 mil pessoas eram protegidas pelo Daca, a maioria do México (81%), seguidas de El Salvador (4%), Guatemala (3%) e Honduras (2%). No entanto, calcula-se que os "sonhadores" elegíveis ao Daca, que fazem parte da população total de quase 11 milhões de ilegais estimada no país, chegariam a uns 2 milhões.

Selo legal

Na tentativa de reforçar o programa por meio de uma regra formal - que é um processo mais rigoroso do que o memorando original, embora ainda não seja uma legislação - o governo Biden espera obter um selo legal de aprovação dos tribunais. É possível que o caso seja decidido novamente pela Suprema Corte, a menos que o Congresso aja primeiro.

A decisão do governo Biden ocorre no momento em que os congressistas democratas lutam para incluir cláusulas de imigração em seu pacote de dez anos e US$ 3,5 trilhões de iniciativas sociais e ambientais.

A linguagem nesse projeto de lei, ajudando milhões de imigrantes a permanecerem permanentemente nos EUA, tem sido o principal objetivo dos legisladores progressistas e pró-imigração. Os democratas, no entanto, não podem perder muitos votos, já que têm uma maioria apertada na Câmera dos Deputados. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse estar comprometido em trabalhar com outras nações em busca de resoluções pacíficas para conflitos. "Não estamos procurando uma nova Guerra Fria ou uma guerra dividida em blocos", afirmou nesta terça-feira (21) em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

E acrescentou: "É a primeira vez que não estamos em uma guerra em 20 anos, viramos a página".

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Biden pontuou que a ameaça terrorista é real, nos EUA e no exterior, mas que o mundo já não é o mesmo de 2001.

Em um discurso que buscou reforçar a importância da colaboração global, o presidente norte-americano disse que os EUA irão "se opor a tentativas de países grandes de oprimir nações mais fracas".

Em relação ao Irã, Biden afirmou que os EUA estão comprometidos a retomar o acordo nuclear desde que a nação iraniana cumpra as regras.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que suas prioridades agora são a pandemia, a crise climática e a ordem de poder global. "A próxima década deve ser uma década decisiva, que literalmente determinará nossos futuros", disse ele, em seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre em Nova York nesta terça-feira, 21.

Reforçando sua agenda, Biden reafirmou que os líderes devem enfrentar a crise climática ou "sofreremos fortes consequências".

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O líder norte-americano afirmou que a mudança climática é uma "enorme oportunidade" para gerar empregos e crescimento e afirmou que os EUA irão dobrar o financiamento contra as mudanças climáticas.

Biden ainda destacou a importância de que todos os países levem suas maiores ambições para lidar com a crise à COP 26, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em novembro.

"Estamos em um ponto inflexível da história", firmou o presidente, que reforçou a importância de que a comunidade global trabalhe junta "como nunca fizemos antes".

Biden garantiu que enfrentará os desafios globais com parceiros e entidades globais.

O líder norte-americano disse ainda estar "abrindo uma nova era de diplomacia severa", com o fim dos 20 anos de guerra no Afeganistão. "Nosso poder militar deve ser recurso de última instância."

Donald Trump arrepiou líderes que participavam da Assembleia-Geral da ONU, em 2017, quando, no fórum criado para a promoção da paz, ameaçou "destruir completamente" a Coreia do Norte. Por quatro anos, os discursos do então presidente americano, que criticou até mesmo o mármore da sede das Nações Unidas, em Nova York, se tornaram uma espécie de cruzada contra a ordem global.

Sem Trump, a Assembleia-Geral da ONU retoma o diálogo internacional, na terça-feira (21), após a pausa de um ano e meio em razão da pandemia de coronavírus e após o período de embate entre americanos e o sistema multilateral.

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Com 193 membros, o encontro é o primeiro grande fórum a reunir, presencialmente, líderes mundiais desde março de 2020. Ano passado, nos 75 anos da ONU, o encontro foi virtual. Desta vez, uma parte dos presidentes participará virtualmente, enquanto quase 90 devem se encontrar em Nova York.

A abertura da Assembleia-Geral da ONU será mais um teste das apostas pré-eleição americana, que davam conta de que Joe Biden na presidência dos EUA acalmaria os ânimos mundiais. "A ONU será uma grande decepção este ano", analisa Ian Bremmer, fundador da consultoria de risco Eurasia Group. "O encontro mostrará que não temos a liderança de que precisamos para responder com eficácia à crescente crise global e o caminho que estamos trilhando agora não é sustentável."

A Assembleia-Geral ocorre oito meses após a posse de Biden, que prometeu valorizar as decisões multilaterais e recolocar os EUA no centro de uma liderança global. O democrata reverteu uma série de ações do antecessor, com o retorno dos EUA ao Acordo de Paris e a volta do diálogo com aliados. Diferentemente de Trump, que incomodava a maior parte dos presentes na ONU, Biden fala a mesma língua dos defensores do multilateralismo.

A jornalistas, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que Biden falará sobre suas "principais prioridades": "pandemia, combate à crise climática e a defesa da democracia e da ordem internacional baseada em regras". "Os três são desafios que ultrapassam as fronteiras. Eles envolvem todos os países do planeta Terra", afirmou Thomas-Greenfield.

O encontro acontece a seis semanas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021. A COP-26, como é chamada, é considerada o mais importante encontro climático multilateral desde a versão de 2015, que aprovou o Acordo de Paris.

A cada cinco anos, pelo acordo, os países devem demonstrar os progressos feitos para alcançar as metas estabelecidas e revisá-las. A proximidade do encontro e o fato de o governo Biden ter feito da agenda ambiental um pilar da política externa americana - e uma forma de fazer frente à China - fazem com que o assunto entre na ordem do dia das discussões da próxima semana.

A retomada do multilateralismo, no entanto, não estará na agenda apenas dos EUA, mas também do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de parte dos aliados americanos. No entanto, o clima agora é diferente do vivenciado no G-7, em junho, onde Biden posou para fotos sorrindo ao lado de Boris Johnson e europeus.

"O discurso de Biden na ONU deve ser basicamente o mesmo do G-7, mas não será tão bem recebido. Sua credibilidade internacional não é a que era", afirmou o fundador da Eurásia.

A posição de Biden agora é desafiada pelas recentes ações de sua diplomacia, como a estratégia de retirada dos militares americanos do Afeganistão. Na sexta-feira, os EUA admitiram que o ataque que matou dez inocentes no Afeganistão foi um erro e se viram em um imbróglio diplomático com a França, após um pacto entre americanos, ingleses e australianos. Os EUA também têm sido cobrados a abrir mão do excedente de doses de vacina contra covid-19 e destiná-lo a países pobres de maneira mais expressiva.

Para Bremmer, a visão dos americanos sobre política externa faz com que os EUA não ocupem mais o papel de promover padrões globais para comércio ou democracia. "Isso é enormemente impopular nos EUA", afirma o analista. "Por mais divididos que os EUA estejam em política interna, em política externa o país está alinhado em questões-chave."

O fim da presença militar americana no Afeganistão, por exemplo, é um dos raros consensos bipartidários entre democratas e republicanos. Por motivos diferentes, eleitores dos dois partidos são favoráveis ao fim da guerra.

"Sempre disse que via Trump como um sintoma, não como a causa. A causa é muito mais profunda. E eu acho que muitos dos aliados americanos esperavam algo mais estratégico quando Biden disse que a América estava de volta", afirmou Bremmer.

Biden deve permanecer em Nova York só na manhã da abertura da Assembleia-Geral. A previsão é de que ele volte a Washington logo após seu discurso, sem encontros bilaterais. Esta é uma das medidas adotadas pela delegação americana para mostrar preocupação com a propagação do coronavírus. A comitiva dos EUA também será bem mais enxuta do que o normal.

A missão dos EUA na ONU chegou a pedir em carta aos demais governos que considerassem fazer o pronunciamento da Assembleia-Geral virtualmente, mas ao menos 83 líderes dos 193 países-membros planejam comparecer pessoalmente, incluindo o próprio Biden e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. A ONU define o modelo híbrido, de volta gradual dos encontros presenciais, como "um reflexo do atual estado do mundo".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump aproveitou o vigésimo aniversário dos ataques de 11 de Setembro para criticar a "administração inepta" de Joe Biden por sua "incompetência" em se retirar do Afeganistão.

"Este é um dia muito triste", disse o ex-presidente, acrescentando que o 11 de Setembro "representa uma grande dor para o (seu) país".

"É também um momento triste pela forma como a nossa guerra contra aqueles que causaram tantos danos ao nosso país terminou na semana passada", continuou.

Trump se referiu ao fim da guerra no Afeganistão, lançada após os ataques da Al-Qaeda ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono em Washington DC.

A Al-Qaeda se refugiou no Afeganistão, controlado pelos talibãs, e a invasão americana derrubou o regime islâmico na tentativa de encontrar os líderes do grupo.

Mas os talibãs logo lançaram uma insurgência e, após duas décadas de combates em que civis afegãos pagaram um alto preço, voltaram ao poder no mês passado, quando os Estados Unidos retiraram todas as suas tropas.

"O líder do nosso país pareceu um idiota e isso nunca pode ser permitido", acrescentou.

Ele culpou o "mau planejamento, fraqueza incrível e líderes que realmente não entendiam o que estava acontecendo".

Trump também lamentou a morte de 13 soldados americanos em uma explosão em Cabul no mês passado durante a retirada frenética do Afeganistão, e os bilhões de dólares em equipamentos militares dos EUA deixados para trás e recuperados pelo regime talibã "sem ser disparado um único tiro."

"Joe Biden e sua administração inepta se renderam derrotados", continuou Trump. "Vamos lutar para nos recuperar da vergonha que esta incompetência causou."

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitará o estado da Louisiana nesta sexta-feira, "para avaliar os danos provocados pelo furacão Ida", que causou mortes e extensa destruição, informou hoje a Casa Branca.

“O presidente irá viajar para Nova Orleans, Louisiana, a fim de avaliar os danos causados pelo furacão Ida e se reunir com governantes estaduais e líderes das populações afetadas”, aponta o comunicado do Executivo.

O Ida, que atingiu a Louisiana no último domingo, causou severas inundações, destruiu prédios e privou mais de 1 milhão de lares de energia naquele estado.

O presidente Joe Biden prometeu nesta quinta-feira (26) represálias contra os autores dos atentados suicidas que mataram 13 militares americanos em Cabul e disse que os Estados Unidos não serão dissuadidos de sua missão de evacuar milhares de civis do Afeganistão até 31 de agosto.

"Para aqueles que realizaram este ataque, bem como para qualquer pessoa que deseja mal aos Estados Unidos, saibma disso: Não vamos perdoar. Não vamos esquecer. Vamos caçá-los e fazê-los pagar", declarou Biden.

Os Estados Unidos vão responder "com força e precisão", continuou Biden, depois que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelo ataque mortal perto do aeroporto de Cabul.

Em um discurso solene à nação da Casa Branca, Biden chamou os militares americanos abatidos de "heróis" e disse que a missão de evacuação de Cabul continuará até a próxima terça-feira, prazo final para a retirada das tropas militares americanas.

“Não seremos dissuadidos por terroristas. Não permitiremos que interrompam nossa missão. Continuaremos a evacuação”, garantiu o presidente democrata.

Biden também reconfirmou que não mudará o prazo de 31 de agosto para concluir a saída do Afeganistão após duas décadas de guerra.

Ainda há uma "chance nos próximos dias, entre agora e 31, de conseguir retirá-los", declarou sobre os cidadãos americanos e afegãos considerados vulneráveis depois que o Talibã tomou o poder no Afeganistão em 15 de agosto.

“Conhecendo a ameaça, sabendo que é muito possível que tenhamos outro ataque, os militares chegaram à conclusão de que é isso que devemos fazer. Acho que eles estão certos”, completou.

Biden também disse não ter nenhuma indicação de que o Talibã tenha conspirado com militantes do EI para realizar o ataque mortal em Cabul.

"Até o momento, não há evidência dada por nenhum dos comandantes no terreno de que houve conluio entre o Talibã e o EI para o ocorrido hoje", disse.

Duas explosões atingiram a área próxima ao aeroporto de Cabul, de acordo com o Pentágono. Uma explosão ocorreu próximo ao Abbey Gate, um dos portões de acesso ao aeroporto, o outro próximo ao Hotel Baron, a 200 metros de distância.

Entre os militares mortos, de acordo com relatos da mídia americana, estavam 12 fuzileiros navais e um médico da Marinha.

Os militares americanos mortos são os primeiros a perder a vida no Afeganistão desde que Washington assinou um acordo com o Talibã em fevereiro de 2020 para se retirar do país.

Em troca do compromisso de saída, o Talibã concordou em não realizar ataques contra soldados americanos ou da Otan.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que ele e a primeira-dama, Jill Biden, vão receber em breve uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 para fortalecer sua imunidade. "Tomamos a vacina lá atrás, acho que em dezembro. Então, já passou da hora", afirmou, em entrevista à ABC News, transmitida nesta quinta-feira.

Na quarta-feira (18), o governo norte-americano anunciou que doses de reforço de vacinas contra o coronavírus deverão estar disponíveis à população adulta dos Estados Unidos a partir de 20 de setembro.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que os americanos receberão uma dose de reforço das vacinas contra o novo coronavírus. "Já passou da hora", afirmou, em entrevista à ABC News, transmitida nesta quinta-feira (19).

O comentário vem um dia depois da recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) da aplicação de uma nova dose do imunizante a partir de setembro. O plano prevê a terceira injeção oito meses após a segunda dose da vacina da Pfizer ou Moderna.

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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira, 30, sanções à Polícia Nacional Revolucionária (PNR) de Cuba e dois de seus líderes, com o presidente americano Joe Biden afirmando que mais punições serão aplicadas se não houver uma "mudança drástica" na ilha.

Em nota, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções ao PNR, a seu diretor Óscar Callejas Valcarce e a seu vice-diretor, Eddy Sierra Arias, por seu suposto papel na repressão aos protestos antigovernamentais de 11 de julho.

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As sanções bloqueiam quaisquer ativos que Callejas, Sierra ou membros do PNR possam ter sob jurisdição dos Estados Unidos e proíbem aqueles nos Estados Unidos de negociar com eles, com base na lei Magnitsky.

O anúncio veio uma hora antes de Biden dar as boas-vindas na Casa Branca a um grupo de americanos de raízes cubanas, reunião em que planejava anunciar medidas sobre o acesso à Internet na ilha e, possivelmente, o envio de remessas para Cuba, um alto funcionário dos EUA disse a repórteres.

"Vamos anunciar medidas para melhorar a conexão à Internet na ilha, para garantir que apoiamos a capacidade das pessoas de se comunicarem e receberem informações, que é algo que deve ser tratado como um direito humano", disse o oficial, que pediu anonimato, em entrevista coletiva por telefone.

Esta é a segunda rodada de sanções que o governo Biden impôs em relação aos protestos antigovernamentais sem precedentes de 11 de julho em Cuba.

Na quinta-feira passada, o Tesouro sancionou o ministro das Forças Armadas Revolucionárias (FAR) de Cuba, Álvaro López-Miera, e uma unidade militar de elite popularmente conhecida como "vespas negras" ou "boinas negras".

Biden disse então que essas sanções eram "apenas o começo" de sua resposta àqueles que supostamente reprimiram os protestos deste mês, e a citada autoridade norte-americana disse nesta sexta-feira que as novas restrições buscam manter ativa "a conversa sobre os direitos dos cubanos". (Com agências internacionais)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (21) que o país sofre uma pandemia entre aqueles que não se vacinaram contra a Covid-19, lembrando que a enorme maioria dos novos casos e óbitos pela doença vem ocorrendo entre os que não foram imunizados. "Se você for vacinado, não será hospitalizado e nem morrerá", afirmou o democrata, defendendo a aplicação das doses, e lembrando que os imunizantes são eficazes, incluindo para a variante delta do coronavírus.

As declarações foram feitas em evento Town Hall da CNN, tendo em vista os seis meses de mandato de Biden. Em Cincinnati, no Estado de Ohio, o presidente disse que não atacou o Facebook ao dizer que a desinformação sobre vacinas estava matando pessoas, mas sim os indivíduos responsáveis por tirar a credibilidade dos imunizantes nas redes sociais.

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Sobre os questionamentos acerca da velocidade na qual as vacinas foram desenvolvidas, o presidente afirmou que há duas décadas há pesquisas na área, e que o tema não deveria gerar preocupação. Ainda sem autorização para serem vacinadas, as pessoas menores de 12 anos deverão usar máscara no retorno às escolas, segundo Biden. No entanto, o presidente acredita que em breve tais idades poderão ser imunizadas, questão que ainda está pendente em virtude de procedimentos científicos.

Angela Merkel visita nesta quinta-feira (15) a Casa Branca, na reta final de sua longa carreira como chanceler alemã. Esta viagem evidencia a importância que a líder alemã tem tido nas relações transatlânticas, mas também se espera que deixe vários assuntos em aberto, como as relações com Moscou.

Merkel, que lidou com quatro presidentes americanos e que deve deixar o cargo ainda este ano, se encontrará com Joe Biden em uma visita oficial de trabalho.

O dia começará com um café da manhã na residência da vice-presidente, Kamala Harris, e depois seguirá para a Casa Branca, onde terá conversas a sós com Biden. Um jantar tem o objetivo de "transmitir gratidão", segundo um alto funcionário do governo Biden.

A Casa Branca insiste que se trata de uma "visita de trabalho" e não de uma despedida da chanceler, considerada a líder mais forte da Europa após quase 16 anos à frente da maior economia do velho continente.

Merkel e Biden vão falar sobre as mudanças climáticas, a distribuição de vacinas anticovid-19 e o futuro do Afeganistão, com a saída das tropas americanas, alemãs e de outros países.

As ameaças extremistas na região africana do Sahel também estão na agenda, disse o funcionário do governo.

Refletindo o papel central da Alemanha na Otan e na segurança transatlântica, os dois líderes planejam discutir "ataques cibernéticos e agressões territoriais" vindos da Rússia, o conflito da Ucrânia com Moscou e a "luta contra a crescente influência da China".

- Questões pendentes -

Merkel, porém, está ficando sem tempo para resolver alguns dos problemas que a Europa e os Estados Unidos enfrentam.

Entre eles o polêmico gasoduto Nord Stream 2, por meio do qual o gás natural russo será canalizado para a Alemanha.

O gasoduto não apenas contorna a Ucrânia, levantando preocupações de que Moscou esteja deliberadamente minando a economia de seu vizinho, mas também ressalta a dependência energética da Europa de uma Rússia cada vez mais hostil.

Apesar das fortes críticas ao Nord Stream 2, Biden renunciou em maio às principais sanções americanas contra o projeto, após concluir que era tarde demais para interromper seu avanço e que era melhor buscar cooperação com a Alemanha.

Biden vai expor suas "preocupações", disse o funcionário, mas claramente não espera uma grande reação de Merkel.

O presidente dos Estados Unidos convidou o ucraniano Volodimir Zelensky à Casa Branca no final deste verão boreal.

Nord Stream 2 é uma das razões pelas quais Zelensky está nervoso sobre quanto apoio europeu pode esperar em relação à Rússia.

Por outro lado, a pegada do ex-presidente Donald Trump está bem marcada em Berlim. Os futuros líderes da Alemanha não têm certeza de que a substituição de Biden na Casa Branca não retornará à desorganização que caracterizou o governo republicano.

"A furiosa hostilidade de Trump forçou a Alemanha a examinar os aspectos poucos saudáveis de sua dependência dos Estados Unidos", escreveu Constanze Stelzenmuller, do grupo de reflexão Brookings Institution, no Financial Times.

O presidente americano Joe Biden pediu nesta segunda-feira (12) ao governo comunista de Cuba que não recorra à violência contra os protestos de rua e expressou o apoio dos Estados Unidos aos manifestantes.

"Fazemos um apelo ao governo de Cuba para que se abstenha da violência", disse Biden a jornalistas. Em nota divulgada horas antes, o presidente havia pedido às autoridades cubanas "que ouvissem seu povo".

“Estamos ao lado do povo cubano e seu claro apelo à liberdade e ao resgate das trágicas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento econômico a que foi submetido pelo regime autoritário de Cuba”, declarou Biden.

“Os Estados Unidos pedem ao regime cubano que, em vez de se enriquecer, ouça seu povo e atenda suas necessidades neste momento vital.”

O governo cubano acusa Washington de estar por trás dos protestos sem precedentes registrados na ilha no domingo.

O presidente Miguel Díaz-Canel disse nesta segunda-feira que as sanções econômicas dos EUA foram a causa da agitação social, chamando-as de "uma política de asfixia econômica para provocar surtos sociais no país".

A reação do governo Biden foi rápida: o secretário de Estado, Antony Blinken, classificou como um "grave erro" o líder cubano responsabilizar os Estados Unidos pelos protestos históricos.

"Seria um grave erro do regime cubano interpretar o que está acontecendo em dezenas de vilas e cidades em toda a ilha como resultado ou produto de qualquer coisa que os Estados Unidos tenham feito", afirmou Blinken a jornalistas.

Mais focado até então em assuntos internos, como o combate à covid-19 e a aprovação de leis de infraestrutura, e enquanto se retira do Afeganistão após 20 anos de guerra, o governo Biden havia praticamente ignorado a questão cubana até hoje.

Mas a ilha tem um peso cada vez maior na política americana. A forte presença de cubanos e cubano-americanos na Flórida, um dos estados-chave para ganhar a presidência, é bastante importante para as eleições.

No domingo, o assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, alertou Cuba contra a repressão aos manifestantes.

“Os Estados Unidos apoiam a liberdade de expressão e reunião em Cuba e condenariam veementemente qualquer uso de violência contra manifestantes pacíficos que estão exercendo seus direitos universais”, postou no Twitter.

Também respondendo ao comunicado das autoridades cubanas, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que os protestos eram "expressões espontâneas de pessoas esgotadas com o governo cubano".

Os manifestantes reagem “à dura realidade da vida cotidiana em Cuba, não a pessoas de outro país”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a "coragem" de duas personalidades do esporte americano, que tornaram pública sua sexualidade: uma, anunciando sua homossexualidade, e outra, sua identidade trans.

"Para Carl Nassib e Kumi Yokoyama - dois importantes, inspiradores atletas que 'saíram do armário' esta semana: estou orgulhoso de sua coragem", tuitou Biden na terça-feira (21).

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"Graças a vocês, inúmeras crianças de todo mundo se veem de maneira diferente hoje em dia", acrescentou.

O jogador do Las Vegas Raiders Carl Nassib tornou-se, na segunda-feira (21), o primeiro integrante na ativa de uma equipe da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL) a anunciar publicamente que é gay.

Vários jogadores fizeram o mesmo, mas depois de se aposentarem do esporte, o mais popular nos Estados Unidos.

A japonesa Kumi Yokoyama, estrela do futebol feminino e que joga no Washington Spirit, anunciou no fim de semana, também pela primeira vez, que é transgênero.

"Morar nos Estados Unidos torna mais fácil ser aberta sobre sexualidade e gênero", disse Kumi Yokoyama.

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