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Prestes a completar 81 anos, o empresário Abilio Diniz diz que não pretende parar de trabalhar, e traça planos. À frente de importantes negócios por meio da Península, empresa de investimentos de sua família, afirma que seguirá influenciando via conselho nos rumos do Carrefour, onde é o terceiro maior acionista, e da BRF. Abilio afirma que não quer se envolver diretamente em política, mas pretende usar as redes sociais para estimular o voto consciente em deputados.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

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O sr. conseguiu impor o nome de José Aurélio Drummond Jr. na BRF. Mas houve votos contra.

Ele foi eleito por maioria. Ponto. Está apoiado por todos de maneira muito forte. Estamos todos com o mesmo propósito, de fazer o melhor para a companhia, com bom clima e muita esperança. (Abilio não quis confirmar se deu voto de Minerva para desempatar o placar e eleger Drummond).

Como está seu relacionamento com os fundos Previ e Petros?

O interesse é comum. Temos de fazer o melhor para a BRF. Quanto a isso ninguém tem dúvida. O resto é o resto.

Qual influência que o sr. terá nos planos de crescimento do Carrefour lá fora e no Brasil?

O Abilio não é mais um operador. Temos capacidade de influir sim. Mas sempre por meio dos conselhos. A administração anterior era fechada. Alexandre Bompard (novo presidente do Carrefour) é completamente diferente. O Noel Prioux (novo presidente Brasil) é diferente. Há interação. Com essa possibilidade de diálogo, posso aproveitar do meu conhecimento de quase 50 anos na distribuição, e não só como gestor. O Carrefour estava muito parado. Agora estamos trazendo gente competente para acelerar a parte digital.

Qual empresa te motiva mais?

Está sendo um ano bom. Não há muitos empresários no mundo que trocam três presidentes de empresas enormes ao mesmo tempo. E nós trocamos ou ajudamos a trocar o global do Carrefour, o do Carrefour no Brasil e da BRF. A Península está num ano muito bom. A Anima, de educação, está se recuperando de maneira extraordinária. A Wine.com, distribuidora de vinho e de cerveja, vai muito bem. A Benjamin (padarias) começou como uma empresinha e já vai avançando. Até 2018, teremos nova fábrica para expandir com muita força. Tem a parte de mercados da Península, com o escritório em Nova York. O gostoso nessa altura da vida é fazer tudo com satisfação.

O sr. bateu suas metas?

Sempre bato as minhas metas.

Quais são as metas para 2018?

Este ano, fiz um evento em Portugal chamado Plenitude, voltado para viver bem e com felicidade. Foi um sucesso. Lançaremos em março no Brasil uma plataforma internacional colocando nossos conhecimentos sobre o assunto para o maior número de pessoas.

A eleição atrapalhará a retomada do crescimento no Brasil?

As eleições estão aí e é o que nós temos. Estava preocupado até o início de 2016. Neste momento, estou muito otimista e muito esperançoso. A conscientização dos brasileiros de que precisamos de reforma é muito grande. Todos nós sabemos que precisamos fazer a reforma da Previdência. Espero que seja feita por Temer agora. Quero usar a minha voz para estimular as pessoas para votarem bem, renovar o Congresso. Somos muito ativos nas redes sociais. Alcancei 1 milhão de seguidores no Facebook, de longe sou o maior empresário em número de seguidores. Somos ativos na mídia Twitter. Quero usar a minha voz, meu poder de convencimento, para estimular as pessoas a votarem bem. As pessoas não dão importância para o Congresso, que é tão importante quanto o Executivo.

O sr. terá nomes ou partidos?

Nem estou pensando em nomes ou partidos. Quero que as pessoas encontrem o seu.

Como vê movimento de ‘outsiders’ entrando na política?

O que nós estamos procurando são jovens que se interessem mais pela carreira política. É um movimento que procuramos fazer, de conscientização política.

Tem ambição política?

Nenhuma. Zero. Empresário não pode ser político. Empresário tem de gerar riquezas e emprego e, paralelamente, pensar no País. Através da mídia, redes sociais, pensar em votar consciente para o Congresso.

Não pretende se posicionar?

Nunca declarei meu voto. A gente acaba criando momentos ruins, dizer votei nesse ou naquele. Tem de estimular a população a votar bem.

Pensa em parar?

Parar de fazer o quê? Minha mulher não vai aguentar, meus filhos não vão aguentar. Nem eu vou me aguentar. O Abilio é um pacote, não é um pedacinho. Esse lado empresário faz parte da minha vida. É preciso dar equilíbrio. Dou atenção ao meu trabalho, minha família, meus esportes... Se eu parar...

O governo Temer é elogiado pela pauta econômica, mas criticado pelo aspecto ético. É o caso de se separar as duas coisas?

O combate à corrupção tem de ser mundial. Isso tem de continuar. Tem de separar as agendas. Isso não pode prejudicar a agenda econômica. Incrível que não prejudicou. Toda a questão da delação dos Batistas. Os investidores lá fora separam bem. Estão preocupados se a gente aprova as reformas. Tem de continuar (o combate à corrupção), mas isso é coisa para Sérgio Moro, Raquel Dodge. Mas (Henrique) Meirelles tem de seguir fazendo o que está fazendo.

Ele é um nome para 2018?

Ele está fazendo um bom trabalho. Espero que continue fazendo. Se vai ser candidato, não é da minha agenda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do grupo J&F, relata na delação premiada a tomada da fábrica de lácteos da BRF em Piraí (RJ) quase com orgulho. Frases como "fomos muito rápidos", "nem nós acreditávamos" ou "ganhar uma fábrica era a melhor coisa" aparecem espalhadas pelo depoimento, no qual ele relata como convenceram o então governador Sérgio Cabral a "enfrentar" a BRF.

A manobra apresentada pela J&F seria possível porque a concorrente havia recebido um terreno e benefícios fiscais para erguer a fábrica. Como demorava para colocá-la em operação, porém, o Estado do Rio de Janeiro poderia tomá-la de volta. E passá-la para a J&F e sua controlada, a Vigor, com os mesmos incentivos fiscais. Em troca, o ex-governador e o PMDB receberiam R$ 27,5 milhões, usados na campanha que elegeu Luiz Fernando Pezão, em 2014.

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Pois os artífices do golpe de mestre podem, na verdade, não ter sido tão espertos. Três pessoas que acompanham de perto as decisões estratégicas da BRF e pedem para não serem identificadas afirmaram que o grupo já havia decidido diminuir sua presença na área de lácteos e desistido da fábrica fluminense, e o governador sabia. Tanto que o valor investido na unidade foi lançado como perda e a BRF não brigou para reavê-la, colocando-a para funcionar ou indo à Justiça.

"O Sérgio Cabral sabia que a fábrica não entraria em operação e capitalizou em cima da J&F", diz uma pessoa da BRF que acompanhava as negociações. Outra dá risada: "O Saud fez um mau negócio: a fábrica poderia ter saído mais barata."

Nesse mesmo depoimento, é possível perceber claramente o comportamento que os economistas criticam no empresariado, de buscar acesso a privilégios, em vez da competição. Saud relata que, quando começaram a prospectar novos negócios com Cabral, "de cara pedimos incentivos para o leite".

O pleito não tinha qualquer ilegalidade. Mas, como o governador tinha interesse em se aproximar da empresa, autorizou que o Estado abrisse mão da receita obtida por meio de impostos. "A burocracia cria esse capitalismo de compadrio politicamente orientado", diz Celso Toledo, da consultoria LCA. "Nele, só dá certo os amigos de quem cria dificuldade para vender facilidades."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A BRF emitiu um comunicado na noite deste sábado (18) a respeito do noticiário sobre a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF). Após apresentar suas explicações, a empresa manifesta, na nota, o seu apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população. Veja a íntegra da nota distribuída pela assessoria de imprensa do frigorífico.

"COMUNICADO À IMPRENSA

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Em virtude do noticiário acerca da chamada Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, a BRF vem a público esclarecer alguns fatos importantes:

1 - INTERDIÇÃO DA FÁBRICA DE MINEIROS (GO)

A fábrica da BRF de Mineiros é uma planta construída em 2006 que produz carne de frango e de peru e responde por menos de 5% da produção total da BRF. Seus produtos são destinados a exportações e mercado interno. A planta está habilitada para exportar para os mais exigentes mercados do mundo, como Canadá, União Europeia, Rússia e Japão. Isso significa que segue as diferentes normas estipuladas por esses países.

A fábrica possui três certificações internacionais que estão entre as mais importantes do mundo: BRC (Global Standard for Food Safety), IFS (International Food Standard) e ALO Free (Agricultural Labeling Ordinance). A última auditoria pela qual a fábrica passou foi realizada pelo MAPA e aconteceu entre os dias 25 e 28 de fevereiro de 2017, tendo sido considerada apta a manter suas operações em todos os critérios.

Apesar de o juiz da operação ter considerado desnecessário o fechamento da unidade, ela foi interditada, de forma preventiva e temporária, pelo Ministério da Agricultura. A medida deve durar até que a BRF possa prestar as informações que atestem a segurança e a qualidade dos produtos produzidos, o que deve acontecer em breve, uma vez que a companhia tem confiança em seus processos e padrões, que estão entre os mais rigorosos do mundo.

2 - PRESENÇA DE SALMONELLA NOS PRODUTOS

Sobre esse tema é preciso esclarecer alguns fatos muito importantes para o melhor entendimento da questão. Existem cerca de 2.600 tipos de Salmonella, bactéria comum em produtos alimentícios de origem animal ou vegetal. Todos os tipos são facilmente eliminados com o cozimento adequado dos alimentos.

Em relação ao caso da Itália divulgado na mídia, é importante esclarecer que a BRF não incorreu em nenhuma irregularidade.

O contexto verdadeiro é o seguinte: em 2011, a União Europeia definiu um novo regulamento (CE 1086/2011) para controle de Salmonella em carne de aves produzidas localmente ou importadas. Segundo este regulamento, produtos in natura não podem conter dois tipos de Salmonella: SE e ST (Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium).

O tipo de Salmonella encontrado em alguns lotes desses quatro contêineres é o Salmonella Saint Paul, que é tolerado pela legislação europeia para carnes in natura e, portanto, não justificaria a proibição de entrada na Itália.

Diante desse fato, a BRF discutiu duas iniciativas:

1. O encaminhamento da mercadoria a outro porto, o de Roterdã, na Holanda. Este porto holandês segue à risca o regulamento europeu. O produto obviamente passaria por todos os testes exigidos, com os mesmos padrões técnicos.

2. A antecipação da discussão do problema junto ao MAPA, em Brasília. O acordo entre Brasil e União Europeia para importação de produtos alimentícios determina que não-conformidades gerem um "rapid alert" (alerta rápido) para todos os países da comunidade, para o produtor e para as autoridades sanitárias do país de origem. Portanto, a intenção da BRF foi, antes mesmo da emissão do "rapid alert", antecipar a comunicação ao MAPA e iniciar sua defesa com argumentos técnicos e científicos.

Diante do exposto, a BRF reitera que todas as medidas tomadas pela empresa e seus técnicos estão plenamente de acordo com os mais elevados níveis de governança e compliance e de forma nenhuma ferem qualquer preceito ético ou legal do Brasil e dos países para os quais a BRF exporta seus produtos.

3 - USO DE PAPELÃO

Não há papelão algum nos produtos da BRF. Houve um grande mal entendido na interpretação do áudio capturado pela Polícia Federal. O funcionário estava se referindo às embalagens do produto e não ao seu conteúdo. Quando ele diz "dentro do CMS", está se referindo à área onde o CMS é armazenado. Isso fica ainda mais claro quando ele diz que vai ver se consegue "colocar EM papelão", ou seja, embalar o produto EM papelão, pois esse produto é normalmente embalado em plástico. Na frase seguinte, ele deixa claro que, caso não obtenha a aprovação para a mudança de embalagem, terá de condenar o produto, ou seja, descartá-lo.

4 - ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO

A BRF não compactua com práticas ilícitas e refuta categoricamente qualquer insinuação em contrário. Ao ser informada da operação da PF, a companhia tomou imediatamente as medidas necessárias para a apuração dos fatos. Essa apuração será realizada de maneira independente e caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação vigente, a BRF tomará as medidas cabíveis e com o rigor necessário. A BRF não tolera qualquer desvio de seu manual da transparência e da legislação brasileira e dos países em que atua.

5 - PRISÃO DE RONEY NOGUEIRA DOS SANTOS

O sr. Roney apresentou-se voluntariamente às autoridades brasileiras na manhã deste sábado, vindo da África do Sul, onde estava a trabalho, para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades. A BRF está acompanhando as investigações e dará todo o suporte às autoridades.

6 - NOTÍCIAS SOBRE "CARNE PODRE"

A BRF nunca comercializou carne podre e nem nunca foi acusada disso. As menções a produtos fora de especificação, no âmbito da operação Carne Fraca, dizem respeito a outras empresas, como pode ser comprovado no material divulgado pela Polícia Federal. A BRF lamenta que parte da imprensa tenha inserido o seu nome de maneira equivocada em reportagens que tratam desse assunto, confundindo os consumidores e a sociedade.

CONCLUSÃO

Em virtude do exposto acima, a BRF vem a público manifestar seu apoio à fiscalização do setor e ao direito de informação da sociedade com base em fatos, sem generalizações que podem prejudicar a reputação de empresas idôneas e gerar alarme desnecessário na população.

São Paulo, 18 de março de 2017 às 17h50"

(Equipe AE)

O diretor de Relações Institucionais da BRF, Roney Nogueira, um dos acusados da operação Carne Fraca da Polícia Federal, foi preso na madrugada deste sábado, 18, ao desembarcar no aeroporto de Guarulhos (SP). Ele estava na Europa, quando teve o mandado de prisão expedido na sexta-feira, 17.

A informação foi confirmada pela BRF que disse, por meio de sua assessoria, que ele se apresentou espontaneamente e está no momento prestando esclarecimento às autoridades em São Paulo.

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Segundo o despacho da Justiça, divulgado na sexta, Nogueira teria negociado a liberação ilegal de carne de frango com salmonela juntamente com fiscais do Ministério da Agricultura. A denúncia traz reproduções de conversas telefônicas do executivo e aponta que ele estaria envolvido no esquema de fraude de documentos e adulteração de carne, como uma ponte entre empresa e governo federal.

Ainda de acordo com a investigação, Nogueira teria usado sua influência junto aos fiscais para habilitar uma das unidades da empresa a exportar carne de peru para Malásia - o Brasil conquistou a habilitação para exportar carne de peru para o país asiático em junho de 2011.

Qualquer que seja o desfecho da Operação Carne Fraca, que investiga irregularidades em frigoríficos brasileiros, o dano às marcas envolvidas no noticiário de ontem está feito, na opinião de especialistas em marcas e marketing consultados pelo Estado. Para evitar problemas maiores, a ordem às empresas - em especial às líderes BRF (dona de Sadia e Perdigão) e JBS (Friboi e Seara) -, é dar explicações convincentes ao consumidor.

"O mercado reagiu muito mal, o que é um sinal de que a notícia divulgada ontem afeta a reputação das empresas", disse Eduardo Tomiya, vice-presidente da Kantar Vermeer. Para Jaime Troiano, presidente da Troiano Branding, as marcas líderes têm a vantagem de ter um "saldo" com o cliente, permitindo que se recuperem de uma crise. "Por outro lado, é surpreendente. São empresas que não deveriam estar envolvidas nesse tipo de problema."

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Tanto BRF quanto JBS buscam agir rapidamente para controlar danos. As empresas divulgaram comunicados, tanto em TV aberta quanto em outras mídias, como jornais, revistas e internet, para dizer aos consumidores que têm confiança em seus processos industriais.

A BRF afirma, em seus anúncios, que "não compactua com nada que coloca em risco sua credibilidade e alta reputação".

Imagem. Como os frigoríficos investem em garotos-propaganda famosos, há também a questão de como a imagem de uma empresa pode afetar a celebridade que a endossa - a lista da JBS já incluiu um contrato milionário com o cantor Roberto Carlos.

Ontem, o ator Tony Ramos, que faz comerciais da Friboi, disse: "Fui surpreendido pela notícia, mas é preciso esperar as investigações. Se concluírem que está tudo em ordem, posso fazer novos filmes (publicitários). Se realmente houver irregularidade, minha posição será outra, claro." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do conselho da BRF, Abilio Diniz, avalia que o Brasil entrou em um novo momento e está de volta aos negócios. A afirmação foi feita ontem a jornalistas, após evento da empresa de alimentos, em Nova York. "Não há melhor lugar no mundo para os investidores no momento que no Brasil", completou. A avaliação contrasta com a declaração que o empresário deu em novembro do ano passado, durante o BRF Day, também em Nova York, quando afirmou que o Brasil estava "em liquidação". Na ocasião, o empresário disse que não havia uma crise econômica no Brasil, mas uma crise política, que afetava a confiança de investidores, empresários e consumidores.

"Ninguém está investindo, porque está faltando confiança", afirmou o empresário no ano passado, destacando que o País estava muito barato para investidores estrangeiros. Na fala de ontem, em evento em que detalhou os planos da BRF para ampliar a presença no mercado internacional, o empresário reforçou que está muito confiante no futuro. "Com a esperança, vem a confiança", afirmou. "O Brasil ainda está barato."

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Teto de gastos

Abilio destacou a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos, e ressaltou que o ajuste fiscal é essencial para a recuperação da economia. De acordo com o empresário, não é uma tarefa fácil melhorar as contas públicas brasileiras apenas com a PEC, sem elevar tributos, mas seria possível. "Foi (a aprovação da PEC na Câmara) uma grande vitória do governo brasileiro e do Brasil."

"Precisamos equilibrar a situação fiscal do Brasil", disse o presidente do conselho da BRF, ao ser perguntado sobre elevação de tributos. "É errado dizer que o Abilio defende a alta de impostos no Brasil", afirmou, ressaltando que defendeu a CPMF no passado por ser um tributo de mais fácil implementação. Abilio afirmou que a recessão brasileira afetou os negócios da BRF, na medida em que o consumo ficou baixo, mas a companhia conseguiu sustentar bons resultados.

"O ciclo difícil e de desafios acabou. Estamos em um novo momento, o consumo está voltando a crescer de novo. A perspectiva é muito positiva", afirmou. "Tudo que é bom para o Brasil é bom para a companhia." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma parceria entre a UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau e a empresa BRF, responsável pelas marcas Sadia, Perdigão e Qualy, promete beneficiar alunos da instituição de ensino. Os estudantes poderão se inscrever no Programa Supervisor Trainee, oferecido pela companhia.

De acordo com a UNINASSAU, podem participar do processo seletivo alunos dos cursos de engenharia química, engenharia de produção, engenharia mecânica e engenharia elétrica que estejam cursando o último ano da graduação. É importante que eles tenham inglês intermediário ou avançado. 

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O objetivo do Programa é fazer com que os selecionados se tornem líderes dentro da BRF. Interessados em participar do processo seletivo devem se inscrever pela internet ou enviar currículos para o e-mail michele.nascimento@brf-br.com. Segundo a UNINASSAU, a previsão de duração do Programa é de seis meses a um ano. 

A BRF Brasil, empresa com participação no mercado alimentício, oferece vagas em seu programa Supervisores Trainee 2016/02. Dentro do processo, que durará entre seis meses e um ano, os jovens profissionais receberão treinamento dentro da BRF para cargos de liderança. 

As inscrições podem ser realizadas através do site da realizadora até o final de julho. A empresa avaliará os perfis de jovens com graduação prevista entre dezembro de 2016 e julho 2017 que tenham conhecimento de inglês nos nível intermediário ou avançado. As vagas são para os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

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O processo seletivo conta com provas online, dinâmica de grupo, teste oral de inglês e entrevistas presenciais com gestores. Previsto para ter início em agosto de 2016, o contrato oferece uma bolsa de estágio de R$ 2 mil, além de outros benefícios como auxílio moradia. 

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Nesta terça-feira (29), a companhia de alimentos BRF, localizada no município de Vitória de Santo Antão, Zona da Mata, de Pernambuco, assinou protocolo, com o Governo do Estado, que externa a intenção de ampliar e modernizar seu complexo produtivo e de distribuição. O investimento, avaliado em R$ 70 milhões, vai ampliar a capacidade produtiva e comercial da companhia, bem como gerar novas vagas de emprego. O ato também contempla a melhoria dos acessos viários ao complexo, garantindo maior segurança aos veículos e pedestres que transitam no local.

A assinatura do documento, realizada no Palácio do Governo, em Recife, contou com a presença do vice-presidente de Relações Corporativas e Legal da BRF, José Roberto Rodrigues, do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, do gerente industrial da BRF, Wallace Greatti, do diretor de Relações Institucionais da BRF, Adriano Zerbini, e autoridades locais. "Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, identificamos uma relevante oportunidade para expandir nossas operações em Pernambuco, dado a crescente demanda de consumo na região Nordeste”, ressalta Rodrigues.

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O aporte que será realizado no Estado integra o montante global de investimentos de 2016. “Assim como em 2015, quando transformamos desafios em oportunidades, vamos trabalhar com afinco este ano, mantendo o pensamento de longo prazo, investindo em inovação e na melhoria do nível de atendimento”, afirma Rodrigues.

A BRF, detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy. A empresa possui mais de 105 mil funcionários, 35 unidades industriais no Brasil, 13 fábricas no exterior (seis na Argentina, uma no Reino Unido, uma na Holanda, quatro na Tailândia e uma nos Emirados Árabes) e 40 centros de distribuição. Atualmente, a companhia exporta para mais de 120 países.

Com informações da assessoria

O empresário e presidente do conselho da BRF, Abílio Diniz, afirmou nesta segunda-feira que não há uma crise econômica no Brasil, mas sim uma crise política, que tem afetado a confiança de investidores, empresários e consumidores. "No momento em que superarmos a questão política, a solução para a situação econômica virá muito rapidamente", disse em entrevista a jornalistas antes de participar do BRF Day em Nova York. A empresa de alimentos comemora 15 anos de listagem de seus papéis na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

"Ninguém está investindo, porque está faltando confiança. Não sei o que vai acontecer no curto prazo, mas tenho certeza que a situação vai ser superada. Tenho total confiança", afirmou o empresário, destacando que por conta da atual situação, o "Brasil está em liquidação". "O País está muito barato para investidores estrangeiros. Para investidores internacionais, é o momento de se aproveitar disso. Estamos em um momento ruim, mas é um momento."

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Abílio afirmou que vê o dólar no Brasil negociado ao redor de R$ 4,00 como "exagerado" e que os fundamentos atuais da economia brasileira não justificam a moeda norte-americana nesse patamar. Para o empresário, o mais justo seria a divisa ser negociada ao redor de R$ 3,50.

"Todo mundo diz que o Brasil está em crise. Eu amo a crise, em toda a minha vida eu cresci em crises. Não há crise econômica no Brasil", ressaltou o empresário. Abílio contou que passou por vários momentos complicados da economia brasileira em sua vida e citou como exemplo a crise da dívida nos anos 90, quando estava no Conselho Monetário Nacional (CMN) e participou das negociações em Nova York. "Agora, o País tem US$ 370 bilhões de reservas em dinheiro. É completamente diferente", disse ele.

A BRF descarta aumentar os preços de produtos como o peru no Brasil no Natal, mas prevê elevação mais à frente, afirmou o presidente global da empresa, Pedro Faria, em uma entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, destacando que o cenário da economia brasileira está muito mais desafiador do que o esperado pela companhia há um ano.

"Continuamos monitorando o mercado", disse Faria. "Em certo momento, os preços vão subir para compensar a pressão de custos e o impacto do câmbio. Mas vamos escolher o momento certo para fazer isso", completou, sem revelar uma data mais específica e mencionando que é importante a companhia manter um certo intervalo de participação no mercado.

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Faria destacou que diante do relançamento de alguns produtos da marca Perdigão, como presunto, tender e linguiça calabresa, em julho, o momento não era o certo para elevar preços. Para o Natal, Faria disse que produtos como peru e chester não devem ter os preços elevados. "Não faz sentido elevar os preços agora." Ele ressaltou ainda que, mesmo neste momento de crise, tem aumentado a procurar por produtos de linhas premium, como presunto tipo parma.

Durante apresentação para analistas e investidores nesta segunda-feira em Nova York, os executivos da BRF também foram questionados por representantes de bancos, como Morgan Stanley e UBS, sobre a estratégia de preços da companhia, que foram mantidos em um momento de elevação de custos, influenciada, por exemplo, pela desvalorização do real e o relançamento de produtos da Perdigão. Faria disse que o objetivo da empresa é a lucratividade e que a BRF só precisa decidir o melhor momento para elevar os preços.

Duas unidades exportadoras de carne de frango tiveram suas licenças de exportação para a China suspensas por suspeita de contágio químico. A China identificou cargas contaminadas por dioxina, substância que pode fazer mal à saúde humana. Os produtos eram provenientes de unidade da BRF em Rio Verde (GO) e da Bello Alimentos Ltda em Itaquiraí (MS).

Documentos e e-mails obtidos pelo Estado mostram que os chineses passarão a exigir um laudo a mais para os exportadores de proteína animal para comprovar que as cargas entregues ao país não estejam contaminadas pela substância. O governo brasileiro chegou a alegar que a medida geraria aumento de custos e burocracia e ponderou, durante encontro com representantes da Defesa Sanitária da China, que o caso é pontual.

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A suspeita de contaminação ocorre quatro meses depois da visita ao Brasil do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, na qual o governo Dilma Rousseff assinou uma série de acordos, entre eles alguns de exportação de proteína animal. Ocorre também na véspera da viagem da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para a Ásia, na qual espera fechar novos acordos. O objetivo do governo é evitar que esse caso possa ser usado como justificativa para futuras barreiras.

E-mails trocados entre a embaixada brasileira na China, o Itamaraty e o Ministério da Agricultura mostram que o primeiro comunicado chinês ocorreu em 29 de julho, quando dois lotes de carne de frango da BRF apresentaram níveis de dioxina classificados como elevados pelo governo chinês.

Os documentos relatam ainda que em um encontro com o Encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Pequim, ministro Marcelo Della Nina, o vice-diretor geral do Import and Export Food Safety Bureau, Bi Kexin, classificou o caso como "delicado e importante".

O executivo chinês disse ao ministro brasileiro que não foi dada publicidade ao caso para buscar resolver o assunto "delicadamente, mas salvaguardando o interesse dos consumidores". Ele e outro executivo chinês fizeram questão de lembrar ao brasileiro que em casos recentes envolvendo Irlanda e Chile o tratamento foi diferente, com suspensão comercial imediata e divulgação do problema.

No primeiro carregamento, além de dioxina, foi encontrada, segundo as autoridades chineses, a bactéria salmonela. Os relatos da embaixada, no entanto, não informam o nível de contaminação no carregamento. No dia 21 de agosto, a aduana detectou novo caso de dioxina.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse ao Estado que esses procedimentos são rotineiros. "Não deixaremos de manter o rigor na defesa agropecuária. Estamos em conversação com a China."

Em nota, a BRF classificou o caso como pontual. "A BRF informa que está tratando de um tema isolado, relacionado a exportação pontual de frango da unidade de Rio Verde para a China. A questão já está sob controle e de acordo com a legislação vigente no País." A reportagem não conseguiu contato com a Bello Alimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Profissionais que desejam ter uma carreiras de sucesso internacional podem participar do programa “Jovens de Impacto”, promovido pela multinacional de indústria alimentícia, BRF. Serão selecionados candidatos para trabalhar no Brasil e no exterior, nas áreas de procurement e sourcing. É necessário que os interessados tenham inglês fluente e saibam dominar o português e espanhol, preferencialmente. 

O programa será contemplado por três fases. Na primeira, os candidatos farão imersão de seis semanas em um escritório da BRF. Em seguida, serão realocados em um escritório brasileiro. Na última etapa, os profissionais aprenderão a rotina de um líder especialista global de compras. 

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O “Jovens de Impacto” terá duração de um ano e tem o objetivo de preparar profissionais para os desafios do mercado de trabalho. Para participar, os interessados podem se inscrever pela internet. No Brasil, a BRF é detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy. 

A BRF vai investir R$ 1,1 bilhão para ampliar as operações nas unidades de frango e suíno em cinco municípios de Mato Grosso. O aporte será realizado ao longo de três anos em Nova Mutum, Várzea Grande, Nova Marilândia, Lucas do Rio Verde e Campo Verde. Os valores investidos no Estado correspondem a mais de 50% dos investimentos da companhia aprovados para o País (R$ 1,8 bilhão).

O Grupo BRF está selecionando profissionais de várias áreas interessados em fazer parte da empresa do ramo alimentício.  As oportunidades estão nas diversas unidades espalhadas pelo Brasil, e contemplam desde cargos operacionais até posições de liderança. Os interessados podem acessar o site da empresa e preencher o formulário de inscrição.

É necessário ter nível de inglês avançado e disponibilidade para viajar e trabalhar em outras cidades. A seleção contará com vários etapas e métodos de avaliação: pela internet serão realizadas provas e análises de perfil; o teste de inglês será feito por telefone. Presencialmente, serão feitas dinamicas de grupo, painéis e entrevistas com executivos da empresa. 

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Segundo a direção do grupo, essa ação é consequência da excelente fase vivida pela companhia, na contramão da economia nacional, que passa por um momento delicado. “Acreditamos na entrega coletiva de resultados, pois ninguém é maior que todos juntos”, explica Rodrigo Pádua, diretor de RH Brasil da BRF.

O Brasil perdeu o momento de ter uma indústria forte, capaz de liderar o seu crescimento econômico, disse nesta quarta-feira, 27, o presidente do Conselho de Administração da BRF, Abilio Diniz, durante sua participação no 17º Fórum de Varejo da América Latina. Diniz afirma acreditar que, hoje, a vocação do País está muito mais centrada em setores como o agronegócio e comércio e serviços.

"Temos de ter uma indústria forte, claro, mas ela não vai ser o carro-chefe da economia brasileira, perdemos o timing para isso", afirmou. Segundo o executivo, nos últimos anos o setor industrial perdeu participação significativa no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Apesar de descartar uma possível liderança do setor na economia, Diniz considerou importante reforçar o papel da indústria.

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O presidente do Conselho de Administração da BRF, Abilio Diniz, afirmou nesta quarta-feira, 27, que está "muito feliz" em liderar o processo de transformação da companhia. Esse processo, segundo ele, inclui "tonar a companhia global e não apenas uma companhia exportadora", disse.

Para alcançar tal objetivo, a nova gestão da BRF tem reformulado a atuação da companhia nos mercados internacionais. O volume de exportações, por exemplo, está menor, com maior foco em produtos de maior rentabilidade, como os processados, no lugar das carnes in natura. A BRF também se prepara para inaugurar sua primeira fábrica fora do Brasil, em Abu Dahbi, nos Emirados Árabes.

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O diretor executivo global de Assuntos Corporativos da BRF, Marcos Jank, disse que o Ministério da Agricultura foi muito ágil em detectar oportunidades de negócios com a Rússia. "Embora a decisão venha em cima de um embargo à importação de produtos agrícolas de países do Ocidente contrários à anexação da região ucraniana de Crimeia por Moscou, o Ministério mandou uma missão essa semana para lá e ajudou na ampliação de vendas de produtos brasileiros ao país. A notícia é importante, tem que ser comemorada", declarou.

Na sua avaliação, o setor de carnes nacional está vivendo um momento de oportunidades. Jank citou como exemplos a gripe aviária na Ásia e diarreia suína nos Estados Unidos.

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Segundo Jank, quando um ministro da Agricultura é ligado ao setor - Neri Geller é produtor em Mato Grosso -, sabe o quanto é importante a abertura de mercados para o agronegócio. "Ele tem feito um belíssimo trabalho e sei que vai enviar novas missões a outros países (México, China) em setembro", elogiou o diretor, esperando que o ministério continue com o objetivo de abrir novos mercados para o agronegócio brasileiro após as eleições.

O executivo disse que ainda é difícil mensurar quanto a empresa e o setor de carnes e lácteos poderão exportar a mais ao mercado russo. "Lácteos é um mercado pequeno. Frango também e não há espaço para aumento de preços. Suínos que seria a maior oportunidade ainda não teve uma ampliação/abertura adequada", comentou. "A gente sabe da volatilidade de mercados como a Rússia, mas temos que aproveitar os momentos", completou.

A BRF confirmou nesta quarta-feira (7), o início da oferta, pela Sadia Overseas, de recompra de todas e quaisquer das 6,875% Senior Notes de emissão da Sadia Overseas com vencimento em 2017. A companhia também informou a oferta da BRF International de recompra de 7,250% Senior Notes, com vencimento em 2020.

Conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado Broadcast a Sadia Overseas lançou oferta para recompra de todos os bônus sêniores (US$ 220,7 milhões), que estão em circulação no mercado, com vencimento em 2017 emitidos pela Sadia Overseas, com preço equivalente a remuneração do Treasury, somado a um spread de 150 pontos-base. Da BRF International, o valor é de US$ 629,3 milhões, com Treasury mais spread de 195 pontos-base.

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De acordo com o comunicado da BRF, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as ofertas de recompra expiram às 8h, horário de Nova York, do dia 15 de maio de 2014.

O bilionário chinês, naturalizado brasileiro, Shan Ban Chun, acionista minoritário da BRF, está pedindo na Justiça uma indenização milionária ao BTG Pactual e aos gestores da Governança e Gestão Investimentos (GG), por prejuízos de cerca de R$ 460 milhões que teve em 2012 na bolsa de valores. O empresário alega que os gestores, com a supervisão do BTG, fizeram uma aposta arriscada em operações de derivativos alavancadas que não eram permitidas pelo regulamento do fundo Bird, da família Shan.

A causa corre desde março de 2013 na primeira instância da Justiça paulista. Todos os envolvidos já se manifestaram e o caso está em fase final de tréplicas para que, então, possa ser apreciado pelo juiz da 42ª Vara Cível do Fórum João Mendes, Marcello do Amaral Perino. O processo, de quase quatro mil páginas, está cheio de trocas de acusações, entre Shan, BTG e GG, três personagens conhecidos do mundo dos negócios.

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O BTG pertence ao banqueiro André Esteves. A GG, gestora do fundo do empresário chinês, foi fundada pelo ex-ministro Antonio Kandir e pelo executivo Rami Goldjfan, ex-Galeazzi e ex-presidente da empresa fundada por Shan Ban Chun - um veterinário chinês que chegou ao Brasil, fugido do comunismo, no fim da década de 1950. Em Porto Alegre, ele criou, do zero, a Eleva, que era dona dos leites Elegê e da Avipal, do ramo de frangos.

Em 2007, o chinês vendeu a companhia para a Perdigão, por R$ 1,5 bilhão. Além de dinheiro, a família Shan recebeu ações da empresa controladora e se tornou o terceiro acionista mais relevante, com quase 8% de participação. Quando a Perdigão e a Sadia se uniram , em 2009, a posição acionária da família foi reduzida (em 2012, era 3,44%). As ações recebidas por Shan foram integralizadas no fundo Bird, que, em 2008, era gerido pela GG. Até 2010, o administrador do fundo era o Santander, mas o banco foi substituído pelo BTG.

No mundo dos fundos de investimentos, o gestor é aquele que compra e vende ativos seguindo um regulamento. O administrador atua como um auditor, defendendo os interesses dos cotistas.

O fundo Bird, hoje administrado pela Solidus corretora da família Shan, é formado majoritariamente por ações da BRF. Seu regulamento permite que sejam realizadas operações de derivativos desde que para proteção.

Toda a discussão gira justamente em torno desta proteção. Os acusados dizem que não é possível sempre fazer uma proteção perfeita no mercado derivativos e, por isso, o fundo poderia até mesmo ter que bancar com patrimônio negativo. Os acusadores dizem que as operações eram alavancadas e não de proteção, como estabelecido no regulamento.

A família Shan afirma que, por 14 dias durante o mês de maio de 2012, a GG escondeu que estava realizando operações de derivativos com opções de compra e venda de índice Bovespa futuro. Segundo a família, isso dilapidou o patrimônio do fundo, já que os gestores apostaram que o índice chegaria a 79 mil pontos - patamar nunca atingido pela Bolsa em sua história.

Prejuízo

Os Shan dizem que, de março a agosto de 2012, o fundo perdeu mais de 30% de seu patrimônio, enquanto o índice Bovespa caiu 8% e a carteira de ações do fundo 11%. O GG alega que, de março a junho, o fundo perdeu 24% do valor e o Ibovespa, 20%.

O BTG também é acusado de ter potencializado as perdas, com cálculos equivocados, fazendo com que as margens solicitadas fossem punitivas e obrigando o encerramento das operações de derivativos no pior momento. O banco se defende dizendo que quem decide margens é a BM&F. O BTG também é acusado de não ter observado o regulamento do fundo ao permitir operações alavancadas.

O banco, por sua vez, acusa o bilionário de estar fazendo litigância de má-fé, pois teria pleno conhecimento do que acontecia no fundo, não só por ser investidor super qualificado, mas porque teria feito fortuna justamente no mercado de derivativos de soja. A GG alega que fazia reuniões mensais com a família, que aprovava pessoalmente as operações a serem realizadas.

Resumidamente, BTG e GG baseiam sua argumentação em três pontos: o retorno entregue aos cotistas, de 171% em três anos; operações de derivativos são corriqueiras e os lucros resultantes não foram contestados; e por fim, os mercados tombaram em função da crise da Grécia. Segundo dados apresentados pela família Shan, os derivativos, historicamente, representavam menos de 2% do patrimônio do fundo e saltaram para 15% entre março e maio de 2012.

O banco BTG, representado pelo escritório Vella Pugliese Buosi Guidoni, não quis se pronunciar. O advogado Gilberto Giusti, do escritório Pinheiro Neto, que defende a GG, e o advogado Bruno Vasconcelos Carrilho Lopes, da banca Dinamarco Rossi Beraldo & Bedaque, que defende a família Shan, não responderam à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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