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A Turquia está violando o cessar-fogo no norte da Síria e continua tomando civis como alvo de seus bombardeios e disparos, denunciou nesta sexta-feira (18) Mustafah Ali, porta-voz militar curdo.

"Apesar do acordo de cessar-fogo, os bombardeios e os disparos continuam e tomam como alvos milicianos, a população civil e o hospital de Ras al Ain", localidade do norte da Síria que foi cenário de violentos combates nos últimos dias, afirmou Ali.

Na quinta-feira (17) à noite, a Turquia aceitou um cessar-fogo de cinco dias e os curdos se declararam disposto a respeitar a medida.

O Conselho de Segurança da ONU adotou por unanimidade nesta quinta-feira (12) uma resolução para renovar por mais um ano a missão na Líbia e se comprometeu a apoiar os esforços para construir um cessar-fogo nesse país castigado pela guerra.

A Líbia está mergulhada no caos desde que uma insurgência depôs e matou, em 2011, o ditador Muamar Kadhafi, após o que a Missão de Apoio da ONU na Líbia (UNSMIL) foi estabelecida.

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O Conselho de Segurança informou ter pedido ao secretário-geral da ONU que avalie os "passos necessários para alcançar um último cessar-fogo (e) o possível papel da UNSMIL para proporcionar um apoio escalável ao cessar-fogo".

O compromisso de apoio foi solicitado pelo enviado da ONU à Líbia, Ghassan Salamé, pressionado para reiniciar o processo político desde que o autodenominado Exército Nacional Líbio de Khalifa Haftar lançou, em abril, uma ofensiva para conquistar a capital, Trípoli.

As forças de Haftar estão lutando contra as do Governo de União Nacional (GNA), que é liderado por Fayez al Sarraj e reconhecido pela ONU.

Enquanto Sarraj é respaldado por Turquia e Catar, Haftar conta com o apoio de Egito, Emirados Árabes, Estados Unidos, Rússia e França.

Na semana passada, Salamé advertiu que sem uma ação do Conselho de Segurança, o conflito na Líbia pode escalar se os patrocinadores externos aumentarem o apoio aos lados em conflito.

Entretanto, o general Ahmed al Mesmari, porta-voz das forças de Haftar, descartou neste sábado qualquer negociação política.

"O tempo de retomar o diálogo acabou", disse al Mesmari. "A militar é a melhor solução para aumentar a segurança e restituir a lei".

Segundo a Organização Mundial de Saúde, desde abril, os combates entre os favoráveis às forças do GNA e apoiadores de Haftar levaram à morte pelo menos 1.093 pessoas, com 5.752 feridos. Cerca de 120.000 foram deslocadas.

O líder talibã Hibatullah Ajundzada reduziu ainda mais as esperanças de um cessar-fogo no Afeganistão, apesar de ter destacado, em um comunicado, que "a porta para o diálogo" com o governo dos Estados Unidos permanece aberta.

A mensagem do sucessor do fundador do movimento insurgente, o mulá Omar, falecido em 2013, e do mulá Ajtar Mansur, morto em maio de 2016 em um ataque de drone americano no Paquistão, foi divulgada após a última rodada dos diálogos de paz entre talibãs e Estados Unidos, que terminou em maio no Catar sem avanços concretos.

"A porta do diálogo e da negociação continua aberta", afirmou Ajundzada em um comunicado divulgado por ocasião do Aid El Fitr, a festa que marcará o fim do mês do Ramadã, no início da próxima semana.

Ao mesmo tempo, acrescentou que "ninguém deveria esperar que despejássemos água fria nas frentes em chamas da luta pela jihad ou que nos esqueçamos de nossos 40 anos de sacrifícios antes de alcançarmos nossos objetivos".

A mensagem representa um golpe à esperança da população afegã a respeito de um cessar-fogo durante a festa do Aid.

No ano passado, os talibãs interromperam os combates durante três dias neste período, o que provocou cenas de confraternização entre insurgentes, civis e membros das forças de segurança.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, propôs um cessar-fogo no início do mês do Ramadã, mas os talibãs rejeitaram a ideia.

O grupo Hamas informou neste sábado que concordou com um cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza, um dia depois que um soldado israelense e três integrantes do Hamas foram mortos em confrontos violentos na fronteira.

A trégua vem depois que Israel realizou um ataque em larga escala contra alvos militantes dentro da Faixa de Gaza, na sexta-feira, e alivia as preocupações imediatas de uma escalada do conflito.

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Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas, disse que o Egito e a Organização das Nações Unidas (ONNU) haviam negociado um acordo "para restaurar a atmosfera calma anterior".

Os militares de Israel se recusaram a comentar, mas já disseram que só responderão com força militar se forem atacados. Este é o segundo tipo de cessar fogo nos últimos dias após o mais intenso combate desde a guerra de 2014.

Israel disse que quer que o Hamas, o grupo militante que governa a Faixa de Gaza, pare de lançar pipas e balões flamejantes do território palestino, bem como que cesse foguetes e morteiros e protestos violentos semanais na fronteira.

Desde março, os palestinos protestam regularmente contra a cerca que separa Gaza de Israel - pedindo o fim do bloqueio de Israel e permissão para retornar à terra de onde fugiram durante a guerra de 1948 contra Israel.

Mais de 140 palestinos foram mortos. Israel afirma que muitos dos mortos são militantes do Hamas e diz que suas preocupações de segurança exigem o bloqueio de Gaza. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma resolução da Rússia descartou uma proposta de cessar-fogo imediato de 30 dias na Síria, apresentado pela Suécia e pelo Kuwait. A ideia era também apoiada pela maioria do Conselho de Segurança da ONU e tinha o objetivo de permitir a entrada de ajuda humanitária na região de Ghouta, reduto rebelde que tem sido fortemente combatido pelo exército de Bashar Assad. Centenas de pessoas já morreram com os ataques, conforme ONGs e observatórios de defesa dos direitos humanos.

Apesar do pedido, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, apresentou alterações na resolução, dizendo que ela era "simplesmente não realista". As alterações da Rússia excluem o cessar-fogo imediato e, em vez disso, exigem que todas as partes "parem as hostilidades o mais rápido possível" e "trabalhem para uma destruição imediata e incondicional da violência". Vários diplomatas analisaram o rascunho russo. Sob condição de anonimato, disseram que ele era inaceitável.

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Nebenzia acusou os meios de comunicação globais de fazerem uma campanha de desinformação. Os veículos teriam ignorado todos os milhares de combatentes, incluindo alguns ligados à Al-Qaeda, que estavam bombardeando Damasco a partir da área leste de Ghouta e se refugiando em hospitais e escolas.

Beirute, 27/08/2017 - O exército do Líbano anunciou um cessar-fogo de uma semana com o Estado Islâmico na fronteira com a Síria, com o objetivo de conseguir negociar com os militantes sobre o destino de soldados sequestrados há três anos.

Logo após o anúncio, oficiais libaneses informaram que corpos foram encontrados queimados próximo da fronteira com a Síria e podem ser dos soldados sequestrados.

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Abbas Ibrahim, chefe da Segurança Geral Libanesa, disse que localizar os corpos fazia parte do acordo com o grupo terrorista, firmado durante uma ofensiva militar na área na semana passada. Em troca, os militares serão evacuados para o leste da Síria.

Testes de DNA serão realizados para determinar a identidade dos oito corpos localizados. A busca por um nono soldado continua. Fonte: Associated Press.

O exército sírio anunciou neste sábado (17) que suspendeu por 48 horas todas as operações de combate na cidade de Dara, no sul da Síria, em apoio à reconciliação nacional. O anúncio foi feito dias após a cidade ter sido palco de alguns dos piores combates em meses, em meio a temores de ativistas da oposição de que o governo tentará capturar Dara, onde a guerra civil do país começou em 2011.

De acordo com ativistas, um acordo negociado em maio por Irã, Rússia e Turquia não trouxe nenhum alívio para a cidade. O acordo abrange quatro zonas na Síria onde os rebeldes estão lutando contra as forças pró-governo.

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Ainda neste sábado, a Rússia propôs as datas de 4 e 5 de julho para uma rodada de negociações de paz na capital do Cazaquistão, Astana. "Nós sugerimos essas datas e parece que todos estão de acordo", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, em declarações veiculadas pela agência de notícias TASS.

Rússia, Turquia e Irã, que apoiam lados opostos na guerra civil da Síria, realizaram várias rodadas de conversações de paz em Astana neste ano, reunindo o governo sírio e as forças rebeldes. A rodada de julho deverá finalizar os detalhes sobre as chamadas "zonas seguras" a serem estabelecidas na Síria. Bogdanov disse que a Rússia também espera progressos durante uma cúpula do G-20 da Alemanha, em 7 de julho.

Já o enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, disse que planeja uma nova rodada de negociações de paz em Genebra no próximo mês. O objetivo é que os delegados cheguem à cidade suíça no dia 9 de julho e que as negociações - a sétima rodada até o momento - comecem no dia seguinte. O escritório do enviado especial não especificou quanto tempo a rodada deverá durar, mas disse que de Mistura pretende convocar novas rodadas de negociações para agosto e setembro. Fonte: Associated Press.

A oposição síria abandonou nesta quarta-feira (3) sua participação na cúpula de Astana, no Cazaquistão, que tenta negociar um acordo de trégua para a guerra civil local.

De acordo com a agência de notícias "Tass", os delegados da oposição anunciaram sua retirada da mesa de negociações devido aos ataques aéreos realizados pelo governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes. "Os membros da oposição transmitiram um comunicado aos participantes da reunião para declarar a suspensão de seu envolvimento nas negociações", disse uma fonte local à agência "Interfax".

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Eles colocaram como condição para voltar à negociação o fim dos ataques de Assad a várias regiões na Síria. O encontro de hoje seria a quarta rodada de negociações, realizadas desde o início do ano, para um cessar-fogo na Síria.

Nesta quarta-feira, deveriam ocorrer debates de especialistas, em sequências entre Síria-Irã, Rússia-Turquia e Irã-Turquia. Pela primeira vez, os Estados Unidos seriam representados em alto nível pelo secretário-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Médio, Stuart Jones.

O cessar-fogo na Síria negociado pela Rússia e Turquia que entrou em vigor a meia-noite desta sexta-feira está mantido, apesar de pequenas violações, marcando um avanço potencial num conflito que tem sido destruído iniciativas de paz de alto nível durante mais de cinco anos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, relatou hoje conflitos entre tropas e rebeldes na província central de Hama e perto da capital, Damasco, mas disse que não houve relatos de vítimas civis desde que a trégua começou.

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O ativista da oposição Mazen al-Shami, que está residindo em Douma, subúrbio de Damasco, disse que pequenos confrontos próximos deixaram um rebelde ferido. O ativista Ahmad Al-Masalmeh, no sul da província de Daraa, disse que as forças do governo abriram fogo em áreas mantidas pelos rebeldes.

Várias tentativas anteriores de travar a luta fracassaram. Tal como em acordos anteriores, o atual cessar-fogo exclui tanto o grupo afiliado à Al-Qaeda, Al-Sham Front, que luta ao lado de outras facções rebeldes, quanto o Estado Islâmico.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira que o cessar-fogo será garantido tanto por Moscou como pela Turquia, e que o Irã também faz parte do acordo. Moscou e Teerã fornecem apoio militar crucial ao presidente sírio Bashar Al-Assad, enquanto a Turquia tem servido há muito tempo como uma base traseira e fonte de suprimentos para os rebeldes.

A Rússia disse que o acordo foi assinado por sete das principais facções rebeldes da Síria,

embora nenhuma delas tenha confirmado imediatamente e uma negou assiná-lo.

A trégua veio na esteira de um acordo russo-turco no início deste mês para que os rebeldes deixassem a cidade de Aleppo. A retomada de todas as regiões de Aleppo marcou a maior vitória de Assad desde o início da revolta de 2011 em quatro décadas da família no poder.

"A derrota dos terroristas em Aleppo é um passo importante no sentido na guerra", disse Assad em entrevista à TG5, uma emissora de TV italiana, acrescentando que a captura da cidade não significa que a guerra tenha terminado porque "terroristas" ainda estão na Síria.

Os Estados Unidos ficaram de fora de ambos os acordos, refletindo a deterioração das relações entre Moscou e Washington após o fracasso de esforços diplomáticos anteriores sobre a Síria. Fonte: Associated Press

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (29) que os acordos foram firmados para um cessar-fogo na Síria e negociações de paz entre o governo do presidente Bashar al-Assad e a oposição.

A trégua está programada para começar na manhã de sexta-feira (30), disse o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu.

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Em um comunicado divulgado pela Agência de notícias oficial da Síria, os militares da Síria confirmaram que um "cessar-fogo abrangente" entraria em vigor na meia-noite.

Putin disse que os acordos foram alcançados nesta quinta-feira entre o regime sírio e a "oposição militante" para um cessar-fogo e para os arranjos para monitorá-lo. Ele também disse que o acordo foi alcançado sobre a "prontidão das conversações de paz para resolver [a situação] na Síria.

O líder russo, no entanto, não identificou os grupos militantes que ele disse terem concordado com a trégua, mas Shoigu disse que incluíram as "forças principais" da oposição armada. O Estado Islâmico e a Frente da Conquista Síria, um grupo armado ligado à Al Qaeda, foram excluídos das tréguas anteriores. Em suas observações, Putin reconheceu que os acordos eram "muito frágeis".

Fonte: Dow Jones Newswires.

A Turquia e a Rússia fecharam um acordo de cessar-fogo em todo o território sírio, informou a agência oficial de notícias de Ancara, Anadolu, nesta quarta-feira (28). Agora, esse documento será submetido à aprovação do governo sírio e dos grupos de oposição do país que está há mais de cinco anos em guerra.

Entre os principais termos da negociação, Ancara e Moscou querem colocar a trégua em vigor já na madrugada desta quinta-feira (29) "em todas as zonas de combate entre as forças do governo e os rebeldes". A única exceção será a continuidade de ataque contra "grupos terroristas".

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Desde a última semana, representantes do governo turco, russo e do Irã estão debatendo alternativas para por fim aos conflitos na Síria. O acordo fechado agora não inclui os ataques dos Estados Unidos e da coalizão internacional - incluindo os países europeus.

Até o acordo, o governo de Ancara não apoiava o presidente sírio, Bashar al-Assad, e realizava ataques especialmente nas fronteiras entre as duas nações - onde, além dos terroristas do Estado Islâmico (EI) e da Frente al-Nusra, combatia grupos curdos que querem criar uma região autônoma no território turco.

O que não ficou claro, segundo a Agência Ansa, é se Ancara continuará atacando os curdos. Isso porque, apesar de não contar com reconhecimento internacional, o governo de Recep Tayyip Erdogan considera "terroristas" diversos desses grupos que lutam contra seu governo.

Os rebeldes sírios em Aleppo pediram um cessar-fogo de cinco dias ao governo da Síria para conseguirem evacuar civis e feridos dos bairros da cidade que eles ainda controlam.

A proposta ainda requer a aprovação do presidente sírio Bashar al-Assad e de seu principal aliado militar, a Rússia. Caso um acordo seja alcançado, o governo e os rebeldes negociariam o futuro de Aleppo, podendo preparar o terreno para uma retirada completa dos rebeldes da cidade, como deseja Assad.

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O secretário de estado dos EUA, John Kerry, irá se reunir com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na próxima quinta-feira em Hamburgo para discutir os esforços para conter a violência em Aleppo. Kerry irá levantar a proposta dos rebeldes durante a conversa, de acordo com um conselheiro ocidental da oposição síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita que combate rebeldes xiitas no Iêmen afirmou que não haverá extensão do cessar-fogo de 48 horas no país, de acordo com um porta-voz. A trégua tem sido desrespeitada pelos lados em conflito.

O general Ahmed al-Assiri afirmou à rede Al-Arabiya, sediada em Dubai, que o cessar-fogo não será ampliado. A coalizão havia declarado a trégua no sábado, porém não pararam os confrontos desde então.

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A violência mostrou-se particularmente intensa na cidade de Taiz, no oeste iemenita, onde os rebeldes conhecidos como houthis e seus aliados têm cercado as forças ligadas ao governo reconhecido internacionalmente do presidente Abed-Rbbo Mansour Hadi, que é apoiado pela coalizão, há cerca de um ano.

A coalizão retomou nesta segunda-feira ataques na capital do país, Sanaa, e também nas cidades de Marib e Jouf, no leste, e em Madi, na fronteira norte do Iêmen. Fonte: Associated Press.

A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita declarou neste sábado (19) um cessar-fogo de 48 horas no Iêmen, sob a condição de que rebeldes xiitas o respeitem e permitam a entrada de ajuda humanitária em cidades sitiadas, principalmente Taiz. No entanto, minutos após o cessar-fogo entrar em vigor, ativistas em Taiz disseram que rebeldes continuavam bombardeando a cidade. Um porta-voz militar ligado aos rebeldes, coronel Sharaf Loqman, disse que não houve interrupção nos combates.

A agência saudita de notícias SPA divulgou um comunicado da coalizão dizendo que o cessar-fogo poderia ser prorrogado e alertando os rebeldes, conhecidos como Houthis, contra qualquer tipo de movimentação militar.

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O cessar-fogo foi declarado num momento em que as forças leais ao governo reconhecido internacionalmente conseguiram avançar em Taiz, que estava cercada pelos rebeldes havia um ano. A coalizão exige que os Houthis enviem um representante para se reunir com uma comissão baseada no sul da Arábia Saudita. O encontro teria como objetivo discutir os preparativos militares para encerrar o controle rebelde de várias cidades no norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa.

Embora a coalizão tenha destacado que o cessar-fogo tem como objetivo abrir caminho para a paz, não explicou se aceitaria o plano de paz da ONU, que exclui o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi e dá aos rebeldes parte do poder.

O conflito dividiu o país em regiões rivais: o norte, de população predominantemente xiita, está sob controle dos rebeldes, enquanto o sul, de maioria sunita, é controlado pela coalizão.

A coalizão interveio no Iêmen em março de 2015, a pedido de Hadi, que foi obrigado a fugir do país quando os Houthis se juntaram às forças leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tomando a capital. Fonte: Associated Press.

O enviado especial da Organização das Nações Unidas para o Iêmen está pedindo para que as partes em guerra no país árabe estendam um cessar-fogo temporário por pelo menos mais 72 horas. Ismail Ould Cheikh Ahmed disse que a trégua em curso, que acaba às 23h59 deste sábado (22), "foi implementada, apesar de supostas violações de ambas as partes em várias áreas".

Ele afirmou que o cessar-fogo possibilitou à ONU enviar alimentos e ajuda humanitária para vários lugares que estavam inacessíveis. Fonte: Associated Press.

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As partes em guerra no Iêmen entraram em um acordo para um cessar-fogo de 72 horas que entrará em vigor a partir da meia-noite de quarta-feira, de acordo com um enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o país, Ismail Ould Cheikh Ahmed.

Ahmed disse que espera que a trégua temporária leve a um "permanente e duradouro fim do conflito". Em um comunicado emitido na noite de ontem, o enviado afirmou que recebeu garantias de todas as partes de que as hostilidade cessarão às 23h59 de quarta-feira (horário local). A trégua está sujeita a renovação.

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Ele afirmou também que as facções concordaram em seguir as condições de um acordo temporário de cessar-fogo realizado em abril. O acordo exige que as partes "permitam acesso livre de ajuda humanitária e pessoal" para todas as partes do Iêmen.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu para que as partes envolvidas na guerra tomem as medidas necessárias para implementar o cessar-fogo, "sustentá-lo, e encorajar firmemente sua renovação incondicional". Fonte: Associated Press.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar frustrado com a decisão de Washington de não divulgar o acordo de cessar-fogo que o país intermediou junto com os Estados Unidos na Síria. Putin afirmou, no entanto, que a Rússia não vai publicar o documento de forma unilateral. A trégua entrou em vigor no começo da semana.

"Não entendo por que temos de manter o acordo secreto", disse Putin durante viagem ao Quirguistão. O presidente russo insinuou que Washington tem esperança de manter o potencial de combate das forças contrárias ao governo sírio, e por isso estaria se recusando a divulgar o acordo.

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"Isso tem a ver com os problemas que os EUA estão enfrentando na Síria. Eles ainda não conseguem separar a chamada parte saudável da oposição dos elementos quase criminosos e terroristas", disse Putin. "Na minha opinião, isso resulta de um desejo de manter o potencial de combate na luta contra o governo legítimo de Bashar Assad. Mas esse é um caminho muito perigoso."

Putin afirmou também que o destaque dado à Rússia e a ele na campanha presidencial dos EUA mostram a importância cada vez maior do país. O candidato republicano, Donald Trump, disse recentemente que Putin é um líder melhor do que o presidente dos EUA, Barack Obama. A candidata democrata, Hillary Clinton, classificou a atitude de Trump em relação ao presidente russo como antipatriótica e assustadora.

"Quanto ao uso da Rússia e do presidente da Rússia na campanha presidencial dos EUA, quero acreditar que isso esteja relacionado à crescente influência e importância da Rússia", disse. Ele acrescentou, no entanto, que "podemos ver uma tentativa de trazer de volta a imagem do chamado Império do Mal para assustar a sociedade". Fonte: Associated Press.

Ataques aéreos intensos em torno do norte cidade de Alepo mataram pelo menos 45 pessoas neste sábado, segundo ativistas de oposição. O Aleppo Media Center, um coletivo militante, disse que 45 pessoas foram mortas neste sábado, poucas horas depois que EUA e Rússia chegaram a um novo acordo de cessar-fogo, na tentativa de acabar com a violência na Síria. Já o Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, disse que 30 pessoas foram mortas na província de Alepo e outra 39 morreram em decorrência dos ataques aéreos na província vizinha de Idlib. Números contrastantes de vítimas são comuns após grandes ataques na Síria.

Os Estados Unidos e a Rússia anunciaram neste sábado um acordo que iria estabelecer um cessar-fogo nacional a partir de segunda-feira, seguido de uma nova parceria militar visando combater militantes do Estado Islâmico e da Al-Qaeda, bem como o estabelecimento de novos limites sobre as forças do presidente sírio, Bashar Assad.

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Outros períodos de trégua acordados na Síria também foram precedidos por picos de violência, já que tanto as forças governamentais quanto os rebeldes tentam consolidar posições ou ganhar novos caminhos nas horas finais remanescentes de guerra.

A agência de notícias estatal SANA disse que o governo sírio aceitou o acordo e acrescentou que as hostilidades vão parar no norte da cidade de Alepo, a maior do país, por "razões humanitárias", mas não indicou a partir de quando. De acordo com a agência, o acordo entre EUA e Rússia "foi alcançado com o conhecimento e a aprovação do governo sírio".

A violência deste sábado mostra que pode ser difícil implementar o acordo EUA-Rússia, tendo em vista que ambos os países têm influência limitada sobre o governo e os grupos rebeldes para cessar os bombardeios. A Rússia é o principal apoiador do governo de Assad, enquanto os EUA têm dado suporte a grupos rebeldes que tentam tirá-lo do poder.

Um cessar-fogo já havia sido negociado no início deste ano pelas duas potências mundiais, com efeito previsto para o final de fevereiro. Mas a trégua falhou pouco depois e foi seguida por meses de violência que deixou milhares de mortos.

O conflito da Síria, agora em seu sexto ano, continua, apesar de várias rodadas de negociações de paz e tentativas internacionais de acabar com a violência. Pelo menos 25 mil pessoas foram mortas e metade da população de antes da guerra se deslocou.

Os ataques aéreos deste sábado foram realizados, em sua maioria, nas províncias do norte de Idlib e Alepo. Alepo tem sido o centro da violência na Síria nos últimos meses, quando cerca de 2.200 pessoas, incluindo cerca de 700 civis, foram mortos, de acordo com o Observatório, que monitora a violência na Síria através de um rede de ativistas.

O Observatório e os Comitês de Coordenação Local também relataram um ataque aéreo em Douma, nos arredores de Damasco, onde quatro crianças estavam entre os mortos. O Observatório disse que o ataque aéreo mais mortal ocorreu em Idlib, perto do principal mercado local.

Fonte: Associated Press

Após chegar a um acordo de cessar-fogo na Síria, Estados Unidos e Rússia estão trabalhando em cooperação para combater o grupo Estado Islâmico e movimentos ligados a al-Qaida na Síria, de acordo com novas informações obtidas neste sábado depois de mais uma maratona de reuniões entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler russo, Sergey Lavrov, realizadas para definir o papel dos dois países para acabar com o complexo conflito na Síria.

O cessar-fogo, previsto para começar na próxima segunda-feira (12), dependerá do cumprimento do trato tanto por forças russas que têm apoiado o presidente sírio Bashar al-Assad, como por grupos rebeldes que vinham recebendo suporte dos EUA, além do apoio de potencias regionais como Turquia, Irã e Arábia Saudita, ligadas direta ou indiretamente aos conflitos no país nos últimos cinco anos e meio.

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"Acreditamos que o acordo tal qual está concebido - se implementado e cumprido - tem potencial para trazer um momento de mudanças, um divisor de águas", declarou Kerry após ele e Lavrov terem definido os detalhes das ações. "É apenas o começo de nossas novas relações, afirmou Lavrov em relação aos EUA.

Com o acordo, EUA e Rússia pretendem interromper os conflitos em território sírio de modo que o processo de paz mediado pela Organização das Nações Unidas (ONU), há muito tempo suspenso, seja retomado. Para tanto, Washington precisa persuadir rebeldes sírios a romper com o Fath al-Sham, grupo associado à al-Qaida até então conhecido como Frente Nusra e que tem sido confundido com forças apoiadas pelos EUA. Já Moscou deverá pressionar o governo de Assad a suspender todas as ofensivas contra a oposição armada em áreas específicas, que não foram detalhadas.

Se o cessar-fogo for cumprido durante uma semana e a entrega de ajuda humanitária, sem restrições, for feita em locais em conflito, o próximo passo será EUA e Rússia compartilharem informações e coordenarem novas ações com o objetivo de combater tanto o Estado Islâmico como a Frente Nusra. Além disso, forças aéreas e terrestres de Assad também ficariam proibidas de combater alvos do Fath al-Sham, restringindo-se apenas a ações contra o Estado Islâmico.

"Após sete dias, vamos criar um centro onde ambos os países terão seus militares separando opositores moderados e terroristas. Ataques conjuntos serão realizados em seguida aos acordos contra esses terroristas", disse Lavrov.

Kerry detalhou outros passos que governo e rebeldes deverão adotar dentro do acordo, como a retirada de zonas desmilitarizadas e a permissão do trânsito de civis e ajudas humanitárias, especialmente em Aleppo.

Para alguns observadores, o acordo carece de mecanismos de implementação. Em teoria, a Rússia pode ameaçar agir contra grupos rebeldes que venham a romper com o acordo. Mas se forças de Assad bombardearem alvos da oposição, é pouco provável que os EUA adotem qualquer medida, dado a posição contrária de Obama a alimentar uma guerra civil.

O acordo entre EUA e Rússia se dá apenas um ano após o presidente dos EUA, Barack Obama, ter criticado Putin pela intervenção militar da Rússia na Síria, designada, na avaliação de oficiais dos EUA, a manter Assad no poder e atingir forças oposicionistas moderadas. Já a Rússia se irritou com a ajuda financeira e militar concedida pelos EUA a grupos que se misturaram com a Frente Nusra (agora Fath al-Sham) durante os conflitos. Kerry declarou que seria "sábio" de parte das forças de oposição se separar completamente da Nusra, pelo que foi elogiado por Lavrov.

O nível das negociações entre os EUA e a Rússia desagradou diversos líderes de segurança nacional em Washington, incluindo o secretário de Defesa Ash Carter o diretor de Inteligência Nacional James Clapper. Após o anúncio feito em Geneva, o secretário do Pentágono Peter Cook declarou endossar a iniciativa e advertiu que "estará observando de perto a implementação do acordo nos próximos dias". Fonte: Associated Press.

Comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo de Juan Manuel Santos anunciaram na noite de quarta-feira um acordo sobre um cessar-fogo definitivo que encerraria as hostilidades em um dos conflitos mais antigos do planeta.

Ambas as partes, que vinham negociando desde novembro de 2012 em Cuba, disseram em comunicado que também entraram em um acordo sobre o desarmamento de 7 mil guerrilheiros e em um plano de segurança para proteger rebeldes desmobilizados.

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Fontes ligadas às negociações dizem que o acordo, que ainda não é um tratado final de paz, significa que as partes concordaram em encerrar um conflito iniciado em 1964 quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram fundadas como um movimento camponês da Província de Tolima.

"Guerras tem custos, e elas custam muito", disse Santos em um evento na terça-feira, referindo-se ao fim do conflito. "Guerras são sempre mais dispendiosas que a paz".

Um alto negociador rebelde, Luis Antonio Losada, disse que o "último dia de guerra significa o fim de uma noite terrível de violência com a qual convivemos por muitas décadas".

Os detalhes do acordo devem ser anunciados na quinta-feira, em um evento em Havana, com a presença do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e líderes de vários países latino-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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