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O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta quinta-feira (24) que os Brics decidiram na reunião de cúpula de Johannesburgo convidar seis países para aderir ao bloco de economias emergentes.

Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos passarão a integrar, a partir de 1º de janeiro de 2024, o grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, informou Ramaphosa.

A ampliação dos Brics foi um dos temas da reunião de cúpula de três dias na África do Sul e provocou divisões entre os atuais membros sobre o ritmo e os critérios para a entrada de novas nações.

Mas o bloco - que toma decisões por consenso - estabeleceu "princípios, diretrizes, critérios e procedimentos para o processo de expansão dos Brics", afirmou Ramaphosa.

Quase 40 países solicitaram a adesão ou demonstraram interesse em entrar para o bloco, criado em 2009 e que representa quase 25% do PIB e 42% da população mundial.

As potências emergentes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), reunidas em uma cúpula em Johannesburgo, abordam nesta quarta-feira (23) a questão da expansão do bloco, determinadas a fortalecer a sua influência global.

A China, o peso pesado econômico do grupo, reiterou claramente a sua posição a favor da expansão na abertura do encontro na terça-feira. Pequim quer "impulsionar a questão da abertura a novos membros", afirmou o ministro do Comércio, Wang Wentao, em discurso proferido em nome do presidente Xi Jinping, presente na cúpula.

A África do Sul e o Brasil seguem a mesma linha, enquanto a Rússia, sob sanções pela invasão da Ucrânia, precisa de aliados diplomáticos.

A Índia, a outra potência econômica do grupo, continua cautelosa em relação ao seu adversário regional chinês. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, não abordou a questão da expansão no primeiro dia da reunião.

Em um discurso com números e exemplos, Modi limitou-se a descrever o rápido crescimento do seu país. Os BRICS produzem um quarto da riqueza mundial e os seus cinco membros representam 42% da população mundial.

Quase 20 países solicitaram formalmente a adesão e outros manifestaram o desejo de aderir ao bloco. Cuba, Nigéria e Irã são candidatos.

"O mundo está mudando", disse o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, durante a abertura da sessão nesta quarta-feira, e fez um apelo a "uma reforma fundamental da governança global para que seja mais representativa".

- "Igualdade" -

Os BRICS reafirmaram por unanimidade sua posição de "não alinhamento" e a a reivindicação por um mundo multipolar, em um momento de divisão acentuada sobre a invasão russa da Ucrânia.

Os membros desta aliança, constituída por países geograficamente distantes e com economias de crescimento desigual, compartilham um desejo comum de afirmar o seu lugar no mundo, particularmente face à influência dos Estados Unidos e da União Europeia.

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou à margem da cúpula que deseja estar em pé de igualdade com a União Europeia e os Estados Unidos.

Vladimir Putin aproveitou para denunciar mais uma vez as "sanções ilegítimas e o congelamento ilegal de bens" por parte dos Estados Unidos.

O chefe de Estado russo, que tem um mandado de prisão internacional por crimes de guerra na Ucrânia, discursou na cúpula por meio de uma mensagem de vídeo gravada. A Rússia está representada na reunião pelo seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Os Estados Unidos afirmaram na terça-feira que não veem os BRICS como futuros "rivais geopolíticos" e esperam manter "relações sólidas" com Brasil, Índia e África do Sul.

Outro tema de discussão para os líderes do BRICS será como o bloco, que responde por 18% do comércio mundial, poderá se distanciar do dólar. Os países membros promovem o uso das suas moedas nacionais no comércio.

Quase 350 manifestantes anti-China agitaram faixas com a frase "O povo antes do lucro" do lado de fora do centro de conferências onde acontece a cúpula. Eles pediram a suspensão dos projetos de construção financiados por Pequim na África.

O índice da bolsa de valores de São Paulo, o Ibovespa (IBOV) voltou a operar em baixa, sendo a queda de 0,94% aos 114.325 pontos, nesta segunda-feira (21). O movimento ocorreu em paralelo à resposta semanal do Boletim Focus (relatório do Banco Central). Além disso, com as novas projeções do mercado de inflação para o Brasil e com investidores interessados na China, por causa da que passa por um momento de crescente desaceleração econômica.  

Os investidores também estão interessados na ida do presidente Lula à cúpula de líderes dos países do Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na última sexta-feira (18), a estimativa de alta do Ibovespa fechou em alta de 0,37% aos 115.409 pontos, após presenciar uma série de 13 semanas apontando queda – considerada a maior sequência de baixas da história.

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Agora, as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passaram de 4,84% para 4,90% e se distanciando da meta do BC, de 3,25% e podendo variar entre 1,75% e 4,75%. Já para o ano que vem, as projeções se mantiveram em 3,86%, enquanto a meta é de 3,00%, podendo oscilar entre 1,50% e 4,50%. Na última segunda-feira (14), a empresa UBS rebaixou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático de 4,8% para 4,2%. Além disso, o banco visualiza a recessão imobiliária mais prolongada. 

De acordo com a agência de notícias chinesa Caixin, o Banco Popular da China resolveu cortar uma das principais taxas de juros do país em 0,10% na última segunda, com o objetivo de estimular o consumo dentro do país. Agora, a taxa de empréstimo de um ano está em 3,45% ao ano. O corte veio abaixo das expectativas do mercado, que esperavam uma redução de 0,15%, com a taxa chegando a 3,40% ao ano. No entanto, a agência também explicou que Pequim possui outras estratégias para tentar estimular mais a atividade na segunda maior economia do mundo.

Joe Biden recebeu, nesta sexta-feira (18), os líderes do Japão e da Coreia do Sul em Camp David para uma cúpula que ele descreveu como "histórica" e na qual enviou uma mensagem de unidade em relação à China.

Na bucólica residência presidencial, Biden elogiou a "coragem política" do presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, e do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, por deixarem para trás animosidades históricas.

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"Sua liderança, com total apoio dos Estados Unidos, nos trouxe aqui porque cada um de vocês compreende que nosso mundo está em uma encruzilhada", declarou o presidente americano em uma coletiva de imprensa conjunta em Camp David, nos arredores de Washington.

Biden enfatizou que a cúpula não era direcionada contra a China, que sob a presidência de Xi Jinping tem dado sinais de agressão, inclusive com manobras próximas a Taiwan, uma ilha com governo próprio que Pequim deseja controlar, se necessário, pela força.

No entanto, em uma declaração conjunta, os três líderes expressaram oposição ao "comportamento perigoso e agressivo" da China em disputas marítimas no Mar da China Oriental e Meridional.

"Nos opomos firmemente a qualquer tentativa unilateral de alterar o status quo nas águas do Indo-Pacífico", afirmaram.

Os dois aliados dos Estados Unidos concordam em muitos temas internacionais - e juntos abrigam cerca de 84.500 tropas americanas -, mas uma cúpula desse tipo teria sido impensável até recentemente, devido ao legado da ocupação japonesa da península coreana entre 1910 e 1945.

- Uma "visão de futuro" -

No entanto, Yoon, assumindo riscos políticos em seu país, virou a página ao resolver uma disputa sobre trabalho forçado durante a guerra, e agora chama o Japão de parceiro em um momento de tensões significativas tanto com a China quanto com a Coreia do Norte.

Yoon aposta em uma "visão de futuro" e classificou a cúpula como um "dia histórico" por fornecer uma "base institucional sólida" para a relação entre as três nações.

Os três líderes concordaram com um plano plurianual de exercícios militares regulares em todas as áreas, além dos simulacros pontuais em resposta à Coreia do Norte, e formalmente se comprometeram a consultar uns aos outros em caso de crise.

Eles também concordaram em compartilhar dados em tempo real sobre a Coreia do Norte e em realizar cúpulas anuais.

É a primeira vez que os líderes dos três países se encontram em uma cúpula independente e o primeiro ato diplomático desde 2015 em Camp David, um local que é sinônimo de paz no Oriente Médio.

Como era de se esperar, Pequim se opõe a esse novo diálogo. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, deixou isso claro recentemente.

"Não importa o quanto você pinte seu cabelo de loiro ou afine o nariz, você nunca pode se tornar europeu ou americano, nunca pode se tornar ocidental", declarou ele em referência a Seul e Tóquio em um vídeo compartilhado nos meios oficiais. "Devemos saber onde estão nossas raízes", acrescentou.

O chanceler chinês também instou a China, a Coreia do Sul e o Japão a "trabalharem juntos".

- Cooperação trilateral -

Também houve um aumento nas tensões com a Coreia do Norte, que lançou uma série de mísseis nos últimos meses, e há o temor de que possa responder à cúpula com novas ações desse tipo.

A declaração conjunta dos líderes renovou o apelo à Coreia do Norte para que abandone suas armas nucleares e instou todas as nações a fazer cumprir as sanções.

Os assuntos debatidos na cúpula não ficaram restritos à Ásia.

Tóquio e Seul ofereceram um forte apoio à Ucrânia como principais potências não ocidentais contra a invasão russa.

A cúpula busca institucionalizar a cooperação trilateral para tornar mais difícil reverter no futuro, por exemplo, se um presidente sul-coreano hostil ao Japão for eleito.

Para surpresa de muitos observadores, a aproximação de Yoon ao Japão provocou algumas manifestações de protesto no país.

Yoon, um conservador, rapidamente se tornou um aliado próximo dos Estados Unidos, e Biden o recebeu em uma visita de Estado na qual o líder sul-coreano encantou a plateia cantando "American Pie". No entanto, Yoon só pode cumprir um mandato que termina em 2027.

A China anunciou nesta sexta-feira (11) que descobriu recentemente um caso de espionagem envolvendo um cidadão do seu país que fornecia informações sigilosas em troca de dinheiro para a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos.

O Ministério de Segurança do Estado identificou o homem, 52, com seu sobrenome, Zeng.

"Após uma investigação meticulosa, a autoridade de segurança estatal obteve provas das atividades de espionagem de Zeng e, de acordo com a lei, tomou medidas coercitivas contra o mesmo para eliminar os danos de forma oportuna", destacou o ministério em comunicado.

O texto explica que o suposto espião foi enviado para estudar na Itália, onde fez amizade com um agente da CIA, que o convenceu a fornecer "informações sensíveis sobre o Exército" da China em troca de "um grande montante em compensação" e assistência para que ele se mudasse para os Estados Unidos com a família.

O governo dos Estados Unidos determinou que suas empresas não poderão investir livremente no exterior em tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial (IA) e computação quântica, se envolverem "países problemáticos", e citou a China, anunciou o Departamento do Tesouro na quarta-feira (9).

A decisão, decorrente de uma ordem executiva do presidente Joe Biden, busca "defender a segurança nacional americana protegendo tecnologias críticas para a próxima geração de inovações militares", disse o Tesouro em comunicado.

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As novas regras exigem que empresas e indivíduos americanos notifiquem o governo sobre certos tipos de transações e proíbem outras caso envolvam "entidades relacionadas às tecnologias avançadas identificadas na ordem executiva".

"A China está empenhada em adquirir e produzir tecnologias-chave que podem ajudar a modernizar seu exército, e esta ordem executiva é projetada especificamente para limitar o investimento dos EUA em empresas envolvidas neste esforço", explicou um funcionário do governo Biden em conferência por telefone.

Washington teme que a China se beneficie dos investimentos dos EUA, não apenas na transferência de tecnologia, mas também por meio de benefícios intangíveis, como o apoio na criação de linhas de produção, compartilhamento de conhecimento e acesso a mercados.

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que apresentou um protesto "solene" aos Estados Unidos sobre essa medida.

"A China está extremamente descontente e se opõe fortemente à insistência dos Estados Unidos em introduzir restrições aos investimentos na China", disse um porta-voz em comunicado.

A ordem executiva de Biden "desvia-se seriamente dos princípios de uma economia de mercado e concorrência justa, prejudica a ordem do comércio internacional e perturba seriamente a segurança da indústria e das cadeias de abastecimento globais", acrescentou um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

- Um passo adiante -

A decisão do governo Biden não abrangeria determinados tipos de transações, sejam elas empresas da bolsa ou filiais de empresas americanas.

"É um grande passo adiante", disse à AFP Nicholas Lardy, pesquisador do Instituto Peterson. "Não se trata mais apenas de restringir as exportações, mas agora também de capitais, algo que nunca havia acontecido antes", acrescentou.

Mas se os Estados Unidos tentarem "cortar o financiamento dos fundos de capital de risco ou de capital privado" por conta própria, o efeito pode ser limitado, disse Lardy.

"É possível que, mesmo não sendo diretamente afetadas pelas proibições, algumas empresas pensem duas vezes sobre o tipo de investimentos que poderiam fazer, o que poderia reduzir as transações bilaterais no longo prazo", explicou Emily Benson, diretora de Projetos Comerciais e Tecnológicos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

Esta nova decisão é mais um passo nas tentativas dos Estados Unidos de impedir que a China reduza a brecha tecnológica existente entre as duas superpotências.

Em outubro, Washington anunciou que iria apertar os controles sobre as exportações para a China de semicondutores de ponta "usados em aplicações militares".

Temendo novas restrições à exportação, gigantes da tecnologia chinesa, incluindo Baidu, ByteDance, Tencent e Alibaba, correram para comprar os chips necessários para novos sistemas de IA generativos da empresa americana Nvidia, de acordo com o Financial Times.

Os semicondutores ultrassofisticados da Nvidia estão em alta demanda desde que o lançamento do ChatGPT deu início a uma corrida feroz pela IA generativa de conteúdo.

No início da manhã deste domingo (6) um terremoto atingiu o leste da China, causando danos significativos que deixaram pelo menos 21 pessoas feridas, conforme a mídia estatal. O tremor ocorreu por volta das 2h33, perto da cidade de Dezhou, localizada a aproximadamente 300 quilômetros ao sul da capital chinesa, Pequim.

O Centro de Redes Sismológicas da China relatou a magnitude do terremoto como sendo de 5,5, enquanto o Serviço Geológico dos Estados Unidos colocou a magnitude em 5,4. O impacto do terremoto foi sentido em toda a região, com 126 casas destruídas e 21 pessoas feridas.

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Relatos das principais redes de televisão do país, incluindo a China Central Television, destacaram a cena caótica em Dezhou, com moradores assustados correndo para as ruas após o abalo. Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram tijolos caídos de paredes rachadas. As linhas de trem foram submetidas a inspeções em busca de sinais de danos, e relatado que o serviço de gás foi interrompido em algumas áreas devido a danos nas tubulações.

Apesar da proximidade do epicentro do terremoto com Pequim, autoridades da capital informaram que não foram encontrados danos significativos na cidade. No entanto, os tremores foram sentidos em algumas áreas, causando apreensão e levando muitos moradores a saírem de suas casas em busca de segurança.

O geofísico Abreu Paris, do Centro Nacional de Informações sobre Terremotos do Serviço Geológico dos Estados Unidos, explicou que a profundidade do terremoto, cerca de 10 quilômetros abaixo da superfície, influenciou na força percebida. "Quanto mais perto da superfície estiver o terremoto, mais forte você o sentirá", enfatizou.

Uma força naval conjunta entre a Rússia e a China realizou uma patrulha perto da costa do Alasca no início desta semana, o que especialistas dos Estados Unidos (EUA) disseram parecer a maior flotilha desse tipo a se aproximar da costa americana.

Onze navios russos e chineses navegaram perto das Ilhas Aleutas, de acordo com autoridades dos EUA. Os navios, que não entraram em águas territoriais dos Estados Unidos, foram perseguidos por quatro destroyers americanos e aeronaves P-8 Poseidon.

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"É uma estreia histórica", disse Brent Sadler, pesquisador sênior da Heritage Foundation e capitão aposentado da Marinha. "Dado o contexto da guerra na Ucrânia e as tensões em torno de Taiwan, este movimento é altamente provocativo."

Um porta-voz do Comando Norte dos EUA confirmou que a Rússia e a China realizaram a patrulha naval combinada perto do Alasca, mas não especificou o número de navios ou sua localização precisa.

"Ativos aéreos e marítimos sob nossos comandos conduziram operações para garantir a defesa dos Estados Unidos e do Canadá. A patrulha permaneceu em águas internacionais e não foi considerada uma ameaça", afirmou o comando em comunicado.

Até então, a Embaixada da Rússia nos Estados Unidos não havia respondido a um pedido de comentário. Já um porta-voz da embaixada chinesa no país disse que a patrulha não tinha Washington como alvo.

"De acordo com o plano anual de cooperação entre os militares chineses e russos, as embarcações navais dos dois países conduziram recentemente patrulhas marítimas conjuntas em águas relevantes no oeste e norte do Oceano Pacífico. Esta ação não é direcionada a terceiros e não tem nada a ver com a atual situação internacional e regional", disse o porta-voz da Embaixada da China, Liu Pengyu.

As patrulhas navais conjuntas da Rússia e da China fazem parte de uma competição mais ampla de grandes potências no Ártico, que está se tornando cada vez mais um território contestado. As autoridades dos EUA também veem o aumento da cooperação entre as duas marinhas como uma tentativa de limitar as alianças dos Estados Unidos com o Japão, a Coreia do Sul e outros parceiros regionais.

(Fonte: Dow Jones Newswires)

Ao menos 10 pessoas morreram em inundações na província de Hebei, perto de Pequim, provocadas pelas chuvas torrenciais que afetam o norte da China, anunciaram as autoridades neste sábado (5).

O balanço de Baoding, uma das cidades mais afetadas da província, a 150 quilômetros da capital chinesa, é provisório.

Até meio-dia de sábado, mais de 600.000 pessoas foram retiradas de áreas consideradas de risco, de acordo com a prefeitura.

A China registrou nos últimos meses vários fenômenos meteorológicos extremos, de ondas de calor até chuvas torrenciais, que provocaram muitas vítimas fatais.

Os desastres naturais deixaram 147 mortos ou desaparecidos no mês passado, após as chuvas mais intensas já registradas na capital do país.

O ministério chinês da Gestão de Emergências afirmou que 142 mortes ou desaparecimentos registrados em julho foram provocados por inundações ou desastres geológicos.

Após viralizar em uma plataforma de conteúdo chinesa, um vídeo mostrando um urso enjaulado e bebendo uma garrafa de Coca-Cola entregue a ele por um visitante do zoológico tem gerado revolta entre internautas. O caso aconteceu no zoológico distrital de Dalian, na província de Liaoning, no nordeste da China. As imagens mostram que o animal, além de saber abrir a garrafa, tinha várias outras embalagens vazias ao seu redor. 

O urso ingere completamente a bebida, que é prejudicial à sua saúde. De acordo com testemunhas, o episódio é recorrente e já virou hábito na rotina do mamífero. O vídeo chocante foi compartilhado no Douyin - a versão chinesa do TikTok - e amplamente criticado por usuários preocupados com a saúde do animal. 

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"Por que os zoológicos permitem que os visitantes passem Coca-Cola ou outras guloseimas para os ursos, sendo que isso poderia matá-los?", escreveu um internauta. Outro disse: "Será que vocês podem acabar com esse tipo de comportamento? Estou implorando." 

O problema foi relatado no mesmo zoológico em 2017. Um visitante não identificado foi citado na mídia local, após dizer que “dezenas de turistas fizeram fila para alimentar os animais e dois pobres ursos continuaram bebendo Coca-Cola no meio." 

Os funcionários do zoológico já se manifestaram e insistem que é estritamente proibido dar bebida aos animais. Em vez disso, eles culparam os guias turísticos, acusando-os de encorajar os visitantes a se envolverem nesse comportamento. 

O zoológico disse: "Em resposta aos problemas relatados pelos internautas, o parque emitiu outro aviso no grupo WeChat do guia turístico para não induzir os turistas a oferecer Coca-Cola. No futuro, vamos considerar a adoção de medidas rígidas de isolamento, como colocar uma rede na jaula e cercas para evitar que os turistas alimentem os ursos com Coca-Cola”. Eles também prometeram fortalecer a supervisão do aparelho ambiental, após exigência estadual. 

 

Pelo menos 20 pessoas morreram e 19 estão desaparecidas devido às fortes chuvas que afetam Pequim e arredores, onde há bairros inteiros inundados e ruas bloqueadas, informou a imprensa estatal nesta terça-feira (1º).

As fortes chuvas já deixaram 11 mortos em Pequim e nove na província vizinha de Hebei, anunciou o canal estatal CCTV.

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Entre as pessoas desaparecidas, 13 são de Pequim e seis de Hebei. Anteriormente foram reportados 27 desaparecidos na capital chinesa, mas 14 foram encontradas a salvo, disse a CCTV.

O tufão Doksuri, rebaixado para a categoria de tempestade, afeta o território chinês do sudeste para o norte desde sexta-feira, quando tocou o solo na província de Fujian, depois de passar pelas Filipinas.

As chuvas torrenciais chegaram no sábado a Pequim e arredores e, em apenas 40 horas, caiu o equivalente a média para todo o mês de julho.

Alguns distritos semirrurais de Pequim foram afetados mais gravemente pelas tempestades, de intensidade inédita na capital chinesa nos últimos anos.

Mais de 100.000 pessoas, dos 22 milhões de habitantes de Pequim, foram retiradas de zonas de risco, segundo o jornal estatal Global Times.

- "Muito mais grave" -

Às margens do rio Mentougou, que atravessa o distrito de mesmo nome, um dos mais afetados pelas enchentes em Pequim, segundo jornalistas da AFP, as ruas estavam cobertas por escombros e lama.

Um idoso disse à AFP que estas inundações são "muito mais graves" que as de julho de 2012, quando 79 pessoas morreram em Pequim, e dezenas de milhares abandonaram suas residências.

"É um desastre natural, não se pode fazer nada. Temos que trabalhar muito para reconstruir tudo", disse à AFP Qi, um homem de cerca de 20 anos que esperava um táxi com sua avó.

Correspondentes da AFP observaram uma dezena de veículos com destino a Mentougou, entre eles, caminhões-pipa e escavadeiras para limpar trechos de estrada bloqueados.

O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta quarta-feira "todos os esforços possíveis" para evitar mais mortos e resgatar as pessoas "desaparecidas ou bloqueadas", informaram os meios estatais.

As autoridades locais "devem fazer um bom trabalho para atender aos feridos" e "realojar os afetados, reparar rapidamente as infraestruturas de transporte, comunicações e eletricidade danificadas", acrescentou Xi.

A CCTV divulgou imagens de ônibus submersos pela cheia no distrito rural da Fangshan, também no oeste de Pequim.

- Salvo por pouco -

Em Mentougou, quase 15.000 casas ficaram sem água corrente e as autoridades enviaram 45 caminhões-pipa para garantir o fornecimento emergencial, informou nesta terça o Beijing Daily, um jornal do Partido Comunista.

Wang Yongkun, um florista de 62 anos, empilhou sacos de areia na porta de sua loja, mas não conseguiu impedir a entrada da lama. "Começamos a limpar ontem à tarde (...) e hoje nos levantamos às sete para continuar", relatou.

O governou enviou helicópteros militares com 26 soldados à zona de Mentougou para fornecer comida, água, cobertores e capas de chuva aos passageiros de alguns trens que ficaram bloquearam, segundo a CCTV.

Pequim e a província de Hebei estavam em alerta vermelho devido ao risco de perigosas enchentes e deslizamentos de terra.

No domingo, na cidade de Handan, 400 km ao sul da capital, equipes de resgate conseguiram, com ajuda de um guindaste, resgatar um homem de seu carro cercado por água antes que o carro fosse arrastado pela corrente.

A China enfrenta um ano de condições meteorológicas extremas e temperaturas recordes, dois eventos que, segundo os cientistas, são agravados pela mudança climática.

Os serviços meteorológicos indicam que as chuvas podem enfraquecer, mas o país se prepara para a chegada de um novo furacão, o Khanun, que se aproxima da costa leste.

A cidade de Pequim, na China, e a região no entorno enfrentaram chuvas torrenciais neste domingo, causadas pelo tufão Doksuri. Diante do fenômeno, as autoridades locais reforçaram medidas contra inundações e pediram aos moradores que não saíssem de casa "se não for necessário".

Para evitar qualquer incidente, muitos lugares emblemáticos da capital chinesa anunciaram fechamento temporário, incluindo a "Cidade Proibida" e o popular parque de diversões Universal Studios, além de bibliotecas e museus.

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O Centro Nacional de Artes Cênicas, localizado perto da Praça da Paz Celestial, também fechou e cancelou a programação de shows e óperas aos domingos.

Até pelo menos a tarde de segunda-feira, a China estará em alerta vermelho para forte chuva em grande parte do norte do país, onde vivem centenas de milhões de pessoas.

Dentre elas, está Pequim, com 22 milhões de habitantes. A metrópole vizinha de Tianjin, a província fronteiriça de Hebei, Shanxi, Shandong (leste) e Henan (centro) também foram incluídas na lista.

O Ministério dos Recursos Hídricos elevou o alerta para o nível 2 neste domingo, devido ao risco de inundações, e mobilizou mais agentes para controlar as correntes de água e barragens.

Em Pequim, mais de 27 mil pessoas que vivem em áreas de risco e cerca de 20 mil em Shijiazhuang, uma grande cidade localizada a 250 km a sudoeste da capital, foram retiradas, segundo a mídia oficial.

Alguns rios podem ultrapassar os limites de alerta e deslizamentos de terra podem ocorrer em áreas montanhosas. Diante desse cenário, o pedido do governo para que a população fique em casa foi amplamente aceito, já que muito menos pedestres e carros saíram às ruas neste domingo.

Empresas também foram estimuladas a "não obrigarem os trabalhadores a se deslocarem ao local de trabalho se não for necessário".

O Doksuri varreu o sudeste da China desde a última sexta-feira e migrou para o norte, onde sua influência está sendo sentida com chuvas torrenciais, segundo o serviço meteorológico chinês.

As autoridades estão muito cautelosas com as fortes chuvas desde 2021, quando fortes inundações no centro do país mataram mais de 300 pessoas, principalmente na grande cidade de Zhengzhou.

Na ocasião, muitos motoristas ficaram presos pela rápida subida das águas nos túneis da rodovia, o que gerou uma grande polêmica. O município foi acusado de ter demorado a enviar alertas meteorológicos.

A sexta-feira contou com duas vitórias simples na Copa do Mundo feminina, disputada na Austrália e na Nova Zelândia. A Inglaterra bateu a Dinamarca e a China, mesmo tendo uma jogadora expulsa ainda no primeiro tempo, venceu o Haiti. Ambos os jogos terminaram com placar de 1 a 0.

INGLATERRA PERDE JOGADORA MAIS CARA DO MUNDO

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Eficiência. Essa é a melhor forma de descrever a seleção inglesa que, mais uma vez, ganhou uma partida na Copa pelo placar mínimo. No jogo contra a Dinamarca, um golaço logo aos 5 minutos do primeiro tempo definiu o jogo.

De fora da área, Lauren James acertou um belo chute e não deu chance para a goleira Christensen, que só viu a bola morrer no fundo da rede. Com a vantagem conquistada, as inglesas administraram o jogo, diminuíram o ritmo e sequer sofreram com as rivais.

Se comemora a classificação praticamente garantida, a equipe inglesa lamenta a lesão da meio-campista Keira Walsh, a jogadora mais cara do mundo. No final da primeira etapa, a atleta do Barcelona acabou sofrendo uma lesão no joelho e teve de sair de campo de maca. Ainda não se sabe a gravidade do problema, mas é possível que ela não dispute mais o torneio.

Veja os gols aqui.

CHINA VENCE COM UMA A MENOS EM CAMPO

A China sofreu, mas, mesmo com apenas 10 jogadoras desde o primeiro tempo, conseguiu vencer o Haiti por 1 a 0 e conquistar os três pontos necessários para voltar a sonhar com a classificação às oitavas de final.

O futebol apresentado foi de baixo nível técnico, com muitos erros. Aos 28 minutos da primeira etapa, Rui Zhang foi expulsa após uma violenta entrada com a sola da chuteira na haitiana Jeudy. O Haiti até chegou ao gol, mas teve seu tento anulado aos 41 minutos do primeiro tempo.

As chinesas saíram na frente somente no segundo tempo, após um pênalti muito bem cobrado pela atacante Shuang Wang. As haitianas sentiram o baque e não conseguiram reagir, garantindo assim a primeira vitória da China neste Mundial.

Com o resultado, a China iguala os pontos da Dinamarca e pode sonhar com a classificação para as oitavas. Já o Haiti ainda tem chances matemáticas de avançar, mas a combinação de resultados é improvável.

Veja os melhores lances aqui.

Confira os próximos jogos da Copa do Mundo:

29/07

4h30 - Suécia x Itália

7h - França x Brasil

9h30 - Panamá x Jamaica

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, até recentemente o principal enviado de Pequim a Washington, não é visto em público há mais de três semanas, omitindo compromissos diplomáticos importantes e alimentando especulações dentro e fora da China sobre o que aconteceu com ele. A incerteza ocorre em um momento frágil em que a China e os Estados Unidos tentam reiniciar as conversas de alto nível entre as duas potências mundiais.

A ausência de Qin foi particularmente notável em uma reunião internacional de ministros das Relações Exteriores na semana passada na Indonésia, onde ele deveria se encontrar com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. O lugar de Qin foi ocupado por Wang Yi, um membro da elite do Politburo do Partido Comunista e o principal funcionário de relações exteriores da China.

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Wang disse a Blinken que a ausência de Qin, de 57 anos, foi por "razões de saúde", repetindo uma explicação pública dada pelo Ministério das Relações Exteriores da China, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Wang disse a seu homólogo norte-americano que Pequim manterá canais abertos de comunicação com Washington.

Questionado sobre a ausência de Qin, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse na segunda-feira que Blinken "expressou seus melhores desejos de vê-lo em breve" durante sua reunião com Wang. Já o Ministério das Relações Exteriores da China enviou uma declaração de uma linha em resposta a um pedido de comentário: "As atividades diplomáticas da China estão avançando constantemente".

O ministro das Relações Exteriores foi visto pela última vez em 25 de junho, quando Qin se encontrou com pares do Vietnã e do Sri Lanka, além do vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Rudenko Andrey Yurevich, logo após uma rebelião armada fracassada na Rússia. Qin deveria se encontrar com o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borell, em Pequim em 10 de julho, mas o governo chinês cancelou a visita cinco dias antes sem explicação.

Atletas do Recife vão representar o Brasil nos Jogos Mundiais Universitários de Verão, a Universíade, na China, e no University International Sports Festival, na Rússia. As competições acontecem entre 28 de julho e 8 de agosto, e entre 19 e 31 de agosto, respectivamente.

Alunos da UNINASSAU, os atletas vão competir na China no Atletismo, nas modalidades 200m e 400m e no decatlo. Já para a Rússia, toda equipe de futsal da Instituição foi convocada para integrar a delegação da seleção brasileira.

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“Estamos muito felizes com essas convocações. Nossos atletas têm se esforçado muito durante todo o ano e não tem reconhecimento melhor do que ser chamado para representar seu país numa competição internacional”, celebrou Hermógenes Brasil, coordenador de Esportes da UNINASSAU Recife.

A comemoração tem uma explicação a mais. A Universíade é considerada a maior competição do esporte universitário mundial, sendo organizada pela Fisu World University Games. O evento ocorre a cada dois anos - não houve em 2021 por conta da pandemia - e reúne mais de 10 mil atletas de diversas modalidades, de 17 a 28 anos.

“É uma oportunidade única. Creio que todos os universitários do Brasil que atuam no futsal gostariam de ter a oportunidade de representar o país em uma competição internacional e viajar para a Europa. Estamos muito motivados e esperamos trazer o título para o Brasil e para Pernambuco”, afirmou Lazzaro Henrique, atleta do futsal da UNINASSAU.

É o mesmo sentimento de João Henrique Falcão e de sua noiva Letícia Lima, que vão competir no atletismo, na China. “As nossas expectativas para o mundial são as melhores. Estamos na nossa melhor fase de preparação física e mental. Vamos em busca de chegar à final e, se der tudo certo, trazer medalha para nosso país. Fiquei muito alegre com a convocação, serão novas experiências para melhorar nosso currículo e espero que seja um mundial de grandes conquistas”, destacou João. As duas competições somam pontos para classificação para as Olimpíadas de Paris, em 2024.

Da assessoria

Várias regiões do mundo devem registrar temperaturas recordes neste sábado (15), nos Estados Unidos, Europa e China, o que obriga as autoridades a adotar medidas drásticas contra as temperaturas extremas, que representam o exemplo mais recente da ameaça da mudança climática.

O centro meteorológico italiano CNI emitiu um alerta para "a onda de calor mais intensa do verão (hemisfério norte) e uma das mais intensas de todos os tempos".

O sul da Itália pode registrar a partir deste sábado temperaturas levemente superiores a 38°C na Sardenha, Sicília, Calábria e Apúlia, com "máximas de 40 graus ou mais, em particular no domingo".

Em Roma, a temperatura pode subir a 40°C na segunda-feira e alcançar entre 42 e 43 graus na terça-feira, superando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.

A ilha da Sardenha também pode superar os 48,8°C de 11 de agosto de 2021, a temperatura mais elevada que já foi registrada na Europa.

"A Bacia do Mediterrâneo e o centro e o sul da Itália estão cobertos por uma camada de ar muito quente. Infelizmente, isto não é algo novo: a mudança climática está tornando este tipo de fenômeno muito mais frequentes e muito mais intensos do que no passado", explicou Claudio Cassardo , meteorologista e professor da Universidade de Turim, em uma entrevista ao jornal Il Messaggero.

Espanha, o leste da França, Alemanha e Polônia também enfrentaram uma onda de calor intensa.

Na Grécia, as autoridades fecharam na sexta-feira a Acrópole de Atenas durante o período mais quente do dia. A medida segue em vigor neste sábado.

O fechamento do monumento mais visitado da Grécia, que está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, foi determinado "para proteger os trabalhadores e os visitantes", afirmou a ministra da Cultura e dos Esportes, Lina Mendoni.

A meteorologia prevê temperaturas de entre 40°C e 41°C em Atenas, "mas a sensação térmica (...) que o corpo sente é consideravelmente maior no topo da Acrópole, onde fica o Partenon", advertiu a ministra.

- Onda de calor nos Estados Unidos -

Nos Estados Unidos, a intensa onda de calor se estende da Califórnia ao Texas e o pico da temperatura está previsto para o fim de semana.

Durante toda a semana, milhões de pessoas dos estados do sudoeste sofreram os efeitos do calor extremo, que representa um risco para os idosos, trabalhadores do setor de construção, carteiros, entregadores e pessoas sem-teto.

Phoenix, a capital do Arizona, registrou na sexta-feira o 15º dia consecutivo de temperatura acima dos 43°C, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês)

O Vale da Morte, na Califórnia, foi cenário de um grande incêndio na sexta-feira. A região, um dos lugares mais quentes da Terra, também podem alcançar novos picos no domingo, com 54°C.

Algumas regiões da China, incluindo a capital Pequim, sofrem há várias semanas com períodos de calor intenso combinados com fortes chuvas.

No Japão, a agência meteorológica recomendou medidas de precaução à população durante o fim de semana, quando as temperaturas podem alcançar de 38 a 39 graus.

- Riscos de incêndios -

A nível mundial, o mês passado foi o mês de junho mais quente já registrado, de acordo com a agência europeia Copernicus, a Nasa e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.

A primeira semana de julho foi a mais quente já registrada, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais, recordou a OMM. No verão do ano passado, apenas na Europa, as fortes temperaturas provocaram mais de 60.000 mortes, com 18.000 vítimas fatais na Itália, o país mais afetado, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature Medicine.

Além disso, a onda de calor aumenta o risco de incêndios.

Na Grécia, que registrou grandes incêndios florestais em 2021, as autoridades alertaram para o risco elevado de novos incidentes, em particular nas regiões com previsões de fortes ventos.

Na América do Norte, o verão é marcado por uma série de catástrofes meteorológicas. A fumaça de mais de 500 focos de incêndios fora de controle no Canadá provocou vários episódios de poluição atmosférica que afetaram diversas áreas do nordeste dos Estados Unidos em junho.

A seleção brasileira feminina de futebol mostrou força em jogo-treino diante da China, realizado nesta quinta-feira (13). No campo do Royal Pines, local de concentração da delegação na Austrália, em Gold Coast, o Brasil venceu por 3 a 0, com gols de Luana, Kathellen e Rafaelle. A atividade fez parte da preparação da seleção para a Copa do Mundo, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia a partir do dia 20.

A partida ocorreu com portões fechados e foi disputada em três tempos de 30 minutos. A técnica Pia Sundhage aproveitou o trabalho para testar o time, alternando opções em campo.

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As atacantes Marta, Geyse e Bia Zaneratto foram poupadas do jogo-treino para evitar sobrecarga. Tainara também foi preservada da atividade. A atacante Nycole ficou fora porque se recupera de uma leve torção no tornozelo direito, que ocorreu no amistoso entre Brasil e Chile, em Brasília, no dia 2.

A zagueiro Lauren elogiou o trabalho realizado nesta quinta-feira. Ela vive uma expectativa enorme de participar de sua primeira edição de Copa do Mundo. A seleção brasileira estreia no dia 24 de julho, às 8h, diante do Panamá, em Adelaide.

"É muito importante estar jogando, estar num ambiente muito competitivo. O jogo foi bom, tem muita coisa pra ver e melhorar. Acredito que depois que a gente assistir o jogo e analisar tudo, a gente vai ver os pontos que precisam melhorar. Acredito que tem muita margem de evolução", afirmou Lauren, em entrevista ao site da CBF.

O Brasil está no Grupo F da Copa do Mundo e, além do Panamá, rival da estreia, enfrenta a França, no dia 29, em Brisbane, e fecha sua participação na fase de grupos contra a Jamaica, no dia 2 de agosto, em Melbourne.

Um ataque com faca em um jardim de infância deixou seis mortos e um ferido nesta segunda-feira (10) em Lianjiang, sul da China, anunciaram as autoridades locais.

Entre as sete vítimas estão "um professor, dois pais e três estudantes", afirmou uma porta-voz do governo municipal, que confirmou a detenção de um suspeito.

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As autoridades não divulgaram as identidades e as idades das vítimas.

O suspeito detido tem 25 anos, informou a polícia local em um comunicado, que identifica o agressor como apenas como Wu.

"O incidente foi um esfaqueamento, um ataque intencional", declarou uma fonte da polícia de Lianjiang.

O ataque aconteceu às 7h40 locais na cidade de Lianjiang, na província de Guangdong, de acordo com a emissora estatal China News Network.

Um vídeo publicado pelo Sanxiang Metropolis Daily, jornal governamental da província vizinha de Hunan, mostra um homem alto e magro, com as mãos algemadas nas costas, empurrado por policiais para uma viatura.

Outros vídeos gravados por cidadãos comuns e que afirmavam mostrar a cena do crime foram rapidamente apagados das redes sociais chinesas, Douyin (nome local do Tiktok) e Weibo (equivalente ao Twitter).

A China proíbe a posse de armas de fogo, mas os ataques com faca aumentaram nos últimos anos em todo país.

De modo geral, os índices de violência estão em alta na China, a segunda maior economia do mundo, onde a diferença entre pobres e ricos é cada vez maior.

Os ataques recentes contra escolas levaram as autoridades a a reforçar a segurança nas proximidades dos centros de ensino.

Em agosto de 2022, um ataque com faca em um jardim de infância na província de Jiangxi (sudoeste) deixou três mortos e seis feridos.

Em abril de 2021, um homem com uma faca atacou um jardim de infância em Beiliu, sul do país e matou duas pessoas. Dezesseis pessoas ficaram feridas.

Em abril de 2018, um homem de 28 anos matou nove estudantes do Ensino Médio em um colégio na província de Shaanxi (norte). O agressor, condenado à morte e executado poucos meses depois, afirmou que agiu por vingança depois de ter sido alvo de bullying quando era aluno no mesmo local.

Em janeiro de 2017, um homem armado com uma faca de cozinha feriu 11 crianças em um jardim de infância na região autônoma de Guangxi, no sul do país.

Em maio de 2010, também com uma grande faca de cozinha, um homem de 48 anos matou sete crianças e dois adultos em uma escola do norte da China.

O ataque aconteceu após quatro agressões similares, com o uso de facas ou martelos, executadas por pessoas que afirmaram que estavam frustradas com a vida profissional ou sentimental.

O Vietnã proibiu a exibição nos cinemas do filme "Barbie" porque a produção exibe um mapa que atribui uma zona marítima disputada à China, informou a imprensa estatal nesta segunda-feira (3).

O filme sobre a boneca da Mattel, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, estava programado para estrear em 21 de julho no Vietnã.

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Mas a produção foi proibida porque há cenas que mostram em um mapa a chamada "linha de nove pontos", que representa as reivindicações marítimas da China em um mapa, rejeitadas pelo Vietnã.

"O Conselho Nacional para Avaliação e Classificação Cinematográfica assistiu o filme e tomou a decisão de proibir sua exibição no Vietnã devido à violação da 'linha de nove pontos'", disse Vi Kien Thanh, diretor do Departamento de Cinema do Vietnã, ao portal de notícias Dan Tri.

Não é a primeira vez que essa disputa leva à proibição de filmes no Vietnã, um país comunista que usa a censura.

Em 2022, o filme "Uncharted: Fora do Mapa", estrelado pelo ator Tom Holland, foi banido dos cinemas pelo mesmo motivo.

Na comédia romântica de 2018 "Podres de Ricos", uma cena que mostra uma bolsa de grife com um mapa atribuindo a Pequim as ilhas disputadas no mar da China Meridional foi removida no Vietnã.

O mar da China Meridional, território rico em reservas de petróleo e gás, é alvo de disputas territoriais entre diversos países da região.

Pelo menos 31 pessoas morreram após uma explosão provocada por um vazamento de gás em um restaurante na cidade chinesa de Yinchuan, no noroeste do país, informou nesta quinta-feira (22) a imprensa estatal.

"Um vazamento de gás liquefeito de petróleo causou uma explosão durante o horário de funcionamento de uma churrascaria", afirmou a agência de notícias estatal Xinhua sobre a explosão ocorrida na quarta-feira (21).

O acidente aconteceu na véspera do feriado de três dias do Festival do Barco do Dragão, um período de grande atividade na China.

A Xinhua informou que sete pessoas recebem tratamento médico, incluindo uma em estado "crítico".

Duas pessoas sofreram queimaduras graves, duas tiveram ferimentos leves e duas apresentaram arranhões provocados por estilhaços de vidro, de acordo com a agência.

Nove pessoas, incluindo os proprietários do restaurante, foram detidas pela polícia após a explosão, informou o canal estatal CCTV.

"De acordo com a lei, os órgãos de segurança pública detiveram nove pessoas, incluindo o proprietário do restaurante, acionistas e funcionários (...) e congelaram seus bens", indicou a CCTV, que citou como fonte o comitê regional do Partido Comunista.

Imagens exibidas pela CCTV mostraram vários bombeiros trabalhando no local, enquanto fumaça saía de um grande buraco na fachada do restaurante.

Fragmentos de vidro e outros destroços estavam espalhados pela rua, que também abriga diversos outros restaurantes e locais de entretenimento.

A explosão ocorreu por volta das 20h40 (horário local) de quarta-feira no 'Fuyang Barbecue Restaurant', em uma área residencial no centro de Yinchuan, capital da região autônoma de Ningxia

O presidente chinês, Xi Jinping, exigiu" esforços totais no tratamento dos feridos e o fortalecimento da supervisão e gestão da segurança em setores e campos-chave para proteger efetivamente a vida e a propriedade das pessoas", informou a CCTV nesta quinta-feira.

O Ministério de Gestão de Emergências afirmou que os serviços locais de combate a incêndios e resgate enviaram mais de 100 pessoas e 20 veículos para o local após a explosão.

As autoridades locais "solicitaram imediatamente a organização de todos os esforços de busca e resgate, que os feridos recebessem tratamento adequado e que as mortes fossem reduzidas o máximo possível", afirmou o ministério.

Os esforços de resgate foram concluídos às 4h00 (horário local) desta quinta-feira, segundo o comunicado.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois homens sem camisa, com as calças rasgadas e repletos de poeira, caminhando sem direção em uma rua tomada por cacos de vidro.

Outras imagens mostram dezenas de pessoas reunidas atrás de um cordão de isolamento do outro lado da rua do restaurante.

Explosões e outros incidentes fatais são relativamente frequentes na China, onde as regras de segurança no setor de construção são ignoradas algumas vezes, o que provoca condições que dificultam a saída em caso de incêndio.

Três pessoas morreram este mês após explosões provocadas por fogos de artifício que atingiram prédios residenciais na cidade de Tinajin, norte do país.

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