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Um homem de 26 anos sofreu golpes de faca após pedir um cigarro a uma pessoa nas proximidades do Terminal Integrado (TI) de Joana Bezerra, na Zona Sul do Recife, na manhã desta segunda-feira (30). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado ao local para socorrer a vítima, que foi encaminhada para o Hospital da Restauração, na área central da cidade, sem apresentar quadro grave. 

O Grande Recife Consórcio de Transporte, por meio da gerência de operações de terminais, afirmou que o homem foi esfaqueado fora do TI, em uma rua entre a entrada da estação e o Centro Comunitário da Paz (Compaz) Dom Helder Câmara. A vítima ferida teria então corrido para dentro da estação, onde foi socorrida por testemunhas e posteriormente pelo Samu. 

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A Polícia Militar informou que não foi possível identificar o agressor. 

 

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, propôs na quarta-feira, 4, aumentar, anualmente, em um ano a idade legal para que as pessoas na Inglaterra possam comprar cigarros. A proposta visa mudar gradualmente a norma no país, até que eventualmente se torne ilegal para toda a população e o tabagismo seja eliminado entre os jovens.

Ao expor o seu plano na conferência anual do Partido Conservador, Sunak disse que queria "em primeiro lugar, impedir que os adolescentes começassem a fumar". Atualmente é ilegal vender cigarros ou produtos de tabaco a menores de 18 anos em todo o Reino Unido.

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A mudança tornaria crime a venda de produtos de tabaco a qualquer pessoa nascida em ou após 1º de janeiro de 2009 - aumentando efetivamente a idade para fumar em um ano, todos os anos, até que se aplique a toda a população. "Isto tem o potencial de eliminar gradualmente o tabagismo entre os jovens quase completamente já em 2040", diz um comunicado do gabinete do primeiro-ministro.

Se o Parlamento aprovar a proposta, a alteração jurídica só se aplicará em Inglaterra - e não na Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. Uma medida semelhante aprovada na Nova Zelândia no ano passado proíbe a venda de tabaco aos nascidos depois de 2008.

"As pessoas começam a fumar quando são jovens. Quatro em cada cinco fumantes começaram a fumar aos 20 anos", disse ele. "Mais tarde, a grande maioria tenta desistir... se conseguíssemos quebrar esse ciclo, se conseguíssemos parar o início, estaríamos no caminho certo para acabar com a maior causa de mortes e doenças evitáveis no nosso país."

O governo britânico aumentou a idade legal para a venda de tabaco de 16 para 18 anos em 2007. Isso conseguiu reduzir a prevalência do tabagismo entre os jovens de 16 e 17 anos em 30%, disse o gabinete de Sunak.

Sunak também disse que seu governo irá introduzir medidas para restringir a disponibilidade de vapes, ou cigarros eletrônicos, a crianças. É atualmente ilegal vender vapes para menores de 18 anos no Reino Unido, mas autoridades dizem que o consumo do cigarro eletrônico triplicou nos últimos três anos e mais crianças agora fumam vape do que cigarro.

Luísa Sonza e seu namorado, Chico Veiga, mais conhecido como Chico Moedas, andam fazendo muito sucesso nas redes, principalmente após o lançamento da música e do clipe de Chico, obra da cantora. Entretanto, não é só nas músicas e apresentações que o casal deixa sua marca e chama a atenção. Durante um live, Casimiro, um dos amigos de Chico, fez uma confissão polêmica para os espectadores.

Por ter diversos amigos que fumam, o famoso foi questionado se algum deles tinha parado de fumar, e ele não pensou duas vezes em contar a verdade. Segundo Casimiro, Luísa Sonza teria pedido para que o amado parasse de fumar e deu um ultimato.

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"Chico Moedas parou, oficial. A Luísa Moedas deu um ultimato. Ele ficou de otário. Tomou uma prensa. Não pode fazer mais fumaça não", disse.

Como o influenciador sabe que a cantora é alvo de polêmicas, ele decidiu esclarecer a conversa que rolou entre o casal. Apesar de dar um ultimato no amado, ele aceitou parar de fumar sem problemas.

"Ela não falou que não pode, né? Mas deve ter falado para ele dar uma segurada, e ele segurou", contou.

Por fim, Casimiro apoiou o pensamento da artista, já que também concorda que parar de fumar faz bem para Chico: "Mas que bom, né? O ritmo que ele estava, esquece, fez bem pra ele. Pior que não foi uma cobrança não, ele parou numa boa, está ligado?"

Vale lembrar que o casal já falou sobre o hábito de Chico de fumar muito. Durante o PodDelas, o amigo de Casimiro revelou que este foi um dos pontos de tensão entre ele e Luísa no começo do relacionamento.

Nesta terça-feira, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que representa um dos principais problemas de saúde do país, além de estar entre os hábitos causadores de cânceres e tumores. Este ano, a campanha mira o uso de cigarros eletrônicos, narguilés e aditivos utilizados em produtos provenientes do tabaco, como os aromatizantes que dão sabor ao cigarro. Popular entre os jovens, o chamado "vape" tem sido uma preocupação para as autoridades médicas locais. 

Com o tema "Sabores e Aromas em Produtos Derivados de Tabaco: Uma Estratégia para Tornar a População Dependente de Nicotina", a campanha é uma iniciativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde que coordena o Programa Nacional de Controle do Tabagismo. 

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Segundo o Inca, em 85% dos casos, o câncer de pulmão — terceiro mais comum entre homens e quarto entre mulheres no Brasil — tem ligação com o consumo de produtos derivados do tabaco, e o cigarro é o maior fator de risco para o desenvolvimento da doença. 

Além do câncer de pulmão 

No Brasil, são estimados mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão a cada ano e quase 30 mil mortes; o alerta para a letalidade da doença é, também, uma informação do Inca em parceria com a Fundação do Câncer, assim como os seguintes indicadores: 

- Acredita-se que nove de cada 10 casos de câncer de pulmão sejam decorrentes do tabaco; 

- Fumantes têm 20 vezes mais chances de ter esse tipo de câncer que não fumantes; 

- O câncer de pulmão é potencialmente evitável em 30 a 40% dos casos.  

No entanto, esse tipo de câncer é apenas um dos extremos em consequência do tabagismo. Usar o tabaco de forma frequente, ou mesmo ser um fumante passivo, pode impactar na saúde dos órgãos de forma múltipla, diminuir a qualidade de vida e envelhecer o usuário mais rapidamente. 

Outras doenças 

1. Doenças oculares (catarata, glaucoma, degeneração ocular)

Como os efeitos do tabagismo são cumulativos, eles se tornam um fator de risco para o desenvolvimento de patologias oculares, como o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Um estudo realizado pelo Örebro University Hospital, na Suécia, revelou que fumantes têm 42% mais chances de desenvolver catarata na terceira idade. Isso porque as substâncias presentes na fumaça do cigarro podem modificar o metabolismo do cristalino e acelerar o processo natural de opacificação. 

Outra região do olho que pode ser afetada pelo tabagismo é a retina. O cigarro tem toxicas que prejudicam a vascularização e aumentam a oxidação, o que pode provocar uma degeneração da mácula, causando a perda ou alterações visuais.  

Os sintomas de doenças preexistentes, como a Síndrome de Olho Seco, também podem ser agravados pelo tabagismo. Os olhos de quem fuma são propensos a lacrimejar mais, sofrer irritações, prurido e a sensação de corpo estranho. Já quem usa lentes de contato deve evitar o cigarro porque a fumaça tende a ressecar os olhos e causar alergias oculares, vermelhidão e outros incômodos. 

2. DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

A DPOC é uma doença pulmonar obstrutiva que dificulta a respiração, causa incapacidade grave a longo prazo e morte precoce. Ela começa dificultando atividades simples, como subir um lance de escadas ou varrer um cômodo. No Brasil, é considerada uma doença muito comum, com mais de dois milhões de casos por ano. Geralmente, a DPOC é composta por doenças como enfisema e bronquite crônica. Não possui cura. 

3. Doença cardíaca

Fumar prejudica quase todos os órgãos do corpo, incluindo o coração. O hábito pode causar bloqueios e estreitamento das artérias, o que significa menos fluxo de sangue e oxigênio para o coração.  

4. Asma

A asma é uma doença pulmonar crônica que torna mais difícil a entrada e saída de ar dos pulmões. Como a fumaça do cigarro irrita as vias aéreas, ela pode desencadear ataques repentinos e graves de asma. No Brasil, a asma atinge mais de 20 milhões de pessoas. Em 2021, o Sistema Único de Saúde (SUS) teve um pico de atendimentos de asma na Atenção Primária, com mais de 1,3 milhões de casos. 

5. Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O AVC ocorre quando o suprimento de sangue ao cérebro é temporariamente bloqueado, o que pode acontecer ao fumar, já que as artérias são afetadas pelas substâncias químicas. Por consequência da nicotina, as células cerebrais são privadas de oxigênio e começam a morrer. Um acidente vascular cerebral pode causar paralisia, fala arrastada, alteração da função cerebral e morte.  

6. Problemas reprodutivos

Fumar pode causar gravidez ectópica, que ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta em outro lugar que não o útero. O óvulo não sobrevive e, se não for tratado, pode ser fatal para a gestante. Fumar também causa redução da fertilidade, o que torna mais difícil engravidar. 

Como parar de fumar

O tabagismo é uma das principais causas evitáveis de doenças e mortes em todo o mundo. Parar de fumar traz uma série de benefícios para a saúde, incluindo redução do risco de doenças cardíacas, derrames, doenças pulmonares, câncer e outros problemas de saúde relacionados ao hábito ou vício.   

O cirurgião torácico do IMIP, Guilherme Mendonça, diz que o mês de conscientização é um incentivo para as pessoas que desejam parar com o vício. “Isso pode ser feito com o auxílio de tratamento e desenvolvimento de práticas saudáveis, como hábitos alimentares e exercícios físicos. Lembrando que parar de fumar é um processo desafiador. Portanto, o apoio contínuo, a educação e a conscientização são fundamentais para ajudar as pessoas a alcançarem e manterem um estilo de vida livre do tabaco", afirma. 

A Fundação do Câncer possui, em vigor, uma cartilha de combate ao fumo utilizada nas campanhas anuais. De acordo com o órgão, o primeiro passo é reconhecer os próprios motivos para parar de fumar e utilizá-los como motivação. "Como fumar tem afetado a minha saúde?" ou "O que vai acontecer comigo e com minha família se eu continuar fumando?" são algumas das perguntas iniciais que podem ajudar o tabagista a reconhecer o próprio vício. 

Planejamento e comunicação com a família também são essenciais. É preciso que o núcleo de apoio esteja ciente da iniciativa em parar de fumar e que ajude o futuro ex-fumante a não passar por recaídas. É possível baixar a cartilha "Cartilha Prática Para Parar de Fumar" completa e de forma gratuita (aqui), respondendo o formulário com nome e e-mail válido.

Nesta quarta-feira (31) celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, uma data de conscientização sobre os perigos provocados pelo cigarro à saúde das pessoas. Sendo assim, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) que é o principal responsável pela divulgação e elaboração de campanhas sobre o assunto, vem orientando a população brasileiras sobre as dependências comportamentais, físicas e psicológicas que o tabagismo pode ocasionar.  

As dependências que são originadas pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco, fazem com que os fumantes inalem centenas de substâncias tóxicas, como: amônia, cetonas, acroleína, monóxido de carbono, formaldeído e acetaldeído. Além dessas, 43 substâncias cancerígenas são inseridas, sendo as principais: níquel, arsênio, chumbo, cádmio, benzopireno, elementos radioativos e resíduos de agrotóxicos.

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Em entrevista ao LeiaJá, o médico cardiologista Giordano Parente alertou sobre as doenças causadas pelo uso dos cigarros. Ele disse que a nicotina e as mais de 1200 substâncias tóxicas presentes no cigarro, são responsáveis na atualidade pela maioria das doenças pulmonares e do trato respiratório.

Créditos: Arquivo pessoal

''Enfisema, bronquite, perda da função pulmonar, perda da capacidade de eliminar secreção pulmonar são só alguns exemplos. Além disso o cigarro está implicado na maior parte dos casos de câncer sendo conhecido hoje como o fator evitável mais comum da doença. O cigarro também, em conjunto com a hipertensão, colesterol e diabetes é o responsável pelo surgimento de doenças cardiovasculares como o infarto, angina, acidente vascular cerebral (conhecido popularmente como derrame) e morte súbita'', afirmou.

Tratamento

Para o paciente se livrar do vício de fumar, o especialista recomenda que o fumante fique atento as primeiras recomendações sugeridas pela equipe médica responsável pelo tratamento.

''O tratamento inicia com a informação, favorecendo que o paciente tenha a consciência dos males provocados pelo vício e tendo, portanto, a vontade de se tratar'', pontuou o doutor, ao também informar que ''não adianta medicar quem não tem a intenção de abandonar o cigarro''.

Inicialmente, a intervenção identifica e trata qualquer transtorno psicológico que possa estar presente na vida de quem procura o apoio médico. ''Existem hoje 2 medicações orais disponíveis para reduzir os sintomas da dependência e que podem ser combinadas com adesivos ou goma de mascar contendo nicotina nas primeiras semanas. O índice de sucesso ainda é considerado baixo, em torno de 40%, principalmente pela dependência psicológica que muitos possuem.''

O cardiologista Giordano Parente ainda acredita que o dia de hoje é muito importante para alertar as pessoas a buscarem o tratamento adequado.

''A conscientização dos males, mas principalmente a informação da disponibilidade de tratamento seja por médicos especialistas ou não, é a principal arma no combate a esse flagelo tão comum. Além disso, agir em grupos populacionais específicos como jovens com alta incidência de cigarros eletrônicos é fundamental pelo menos para evitar que as próximas gerações não se vinculem a um mal tão grande'', disse.

Inca e SUS oferecem tratamento gratuito

O Inca reforça que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento gratuito para quem deseja abandonar o vício de fumar. O instituto é responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e pela articulação da rede de tratamento no SUS, em parceria com municípios, estados e o Distrito Federal. É possível conhecer mais sobre o programa e encontrar as unidades de atendimento no site do Inca.

 

Os brasileiros que fumam destinam cerca de 8% da renda familiar per capita (por indivíduo), mensalmente, para a compra de cigarros industrializados. O gasto mensal chega a quase 10% da renda entre os fumantes na faixa etária de 15 a 24 anos, atingindo 11% entre aqueles com ensino fundamental incompleto. Os dados constam de pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que será apresentada nesta quarta-feira (31), na sede da instituição, no Rio de Janeiro, durante o lançamento da campanha "Precisamos de comida, não tabaco”, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A campanha marca o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio. A sondagem teve por base dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

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“De maneira geral, a variação maior ocorre no rendimento e não tanto no gasto. Para pessoas que têm escolaridade mais baixa, que moram em estados ou regiões em que a renda média é menor, o gasto com cigarro acaba tendo uma contribuição relativa maior”, destacou, em entrevista à Agência Brasil, o médico André Szklo, um dos autores do estudo, realizado pela Divisão de Pesquisa Populacional do Inca. Por isso, entre os fumantes de baixa escolaridade, o comprometimento do gasto com cigarro, em função da renda domiciliar per capita do domicílio onde reside, é maior do que entre fumantes que tenham escolaridade mais elevada.

A mesma coisa ocorre em regiões do país. No Norte e Nordeste, onde a renda média é menor, comparada com o Sudeste e Sul, o comprometimento do gasto com o cigarro acaba sendo maior também, indicou Szklo. Por sexo, o percentual alcança 8% para os homens e 7% para as mulheres.

Por regiões

As regiões Norte e Nordeste concentram os maiores gastos com o tabagismo, sendo o Acre o estado com o maior comprometimento de renda (14%), seguido por Alagoas (12%), Ceará, Pará e Tocantins (11% cada). Na Região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul registram 8% de gastos com cigarros e Santa Catarina, 7%. No Sudeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentam gastos em torno também de 8%, enquanto São Paulo e Espírito Santo atingem 7%. Os menores índices de comprometimento de renda, em contrapartida, aparecem na Região Centro-Oeste, com Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal mostrando gastos de 6% cada. Mato Grosso e Goiás alcançam 9% cada.

André Szklo informou que essa contribuição é derivada de duas variáveis: quanto a pessoa está gastando em média, naquele mês, com cigarro, e o rendimento médio dos domicílios daqueles estados onde há um morador fumante. “Não necessariamente vai ser o mesmo (gasto) para todos os estados. Porque tem a relação de quanto você gasta e o rendimento médio do domicílio daquele estado, per capita’. Por exemplo, quando se nota que Mato Grosso do Sul tem contribuição menor, isso pode ser em função tanto de um rendimento maior domiciliar entre as famílias que têm pelo menos um fumante, como também um gasto proporcional menor desse fumante de Mato Grosso do Sul, não necessariamente porque ele está comprando menos cigarro, mas também pelo preço que está pagando pelo produto.

Preço mais barato

O pesquisador do Inca lembrou que Mato Grosso do Sul faz fronteira com o Paraguai, porta de entrada importante para cigarros que não pagam imposto, os chamados ilegais, cujo preço é menor do que o do produto legal. Depois do Paraguai, o Brasil é o país que tem o cigarro mais barato das Américas. “Desde 2017 que a gente tem uma queda real, isto é, já descontada a inflação, do preço do cigarro legal brasileiro. É um cigarro muito barato”. No gasto analisado pelo Inca, está incluído o gasto com cigarro legal e ilegal.

Como se consome um cigarro muito barato no Brasil, André Szklo disse que isso leva a pessoa a não parar de fumar e, também, que adolescentes e jovens, principalmente, acabem sendo motivados e conduzidos a começar a fumar, estimulados pelo preço muito baixo. O pesquisador alertou que o gasto com cigarro que está comprometendo a renda domiciliar poderia ser aproveitado de outra forma, como no consumo de alimentos saudáveis ou investindo em atividades de lazer, físicas, esportivas, de prevenção de uma série de doenças. Mas, ao contrário, ele está sendo direcionado para o consumo de cigarros.

A recomendação é que é preciso voltar a criar barreira, defendeu Szklo. “E essa barreira para o gasto com cigarro é voltar a aumentar o preço”. Na avaliação do pesquisador do Inca, aumentar as alíquotas que incidem sobre os produtos finais do tabaco e, consequentemente, sobre o preço final do cigarro, é a medida mais efetiva de saúde pública e controle do tabaco, para reduzir a iniciação e estimular a suspensão desse hábito. “Se a gente voltar a aumentar o preço do cigarro, os fumantes vão acabar gastando menos, porque vão parar de fumar”.

SUS

O estudo do Inca destaca a importância de ser criado de fato um imposto específico para produtos derivados do tabaco, de forma que se possa voltar a ter aumento de preço. Os recursos desse imposto devem ser canalizados para o Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, para tratamento de doenças relacionadas ao uso do tabaco. “O custo do tabagismo para o país representa muito mais do que é arrecadado em termos de impostos pela indústria do tabaco”. Segundo Szklo, a arrecadação chega a 10% do custo estimado de R$ 125 milhões por ano.

O médico do Inca insistiu que o estudo é um alerta para que se volte a aumentar o preço do cigarro, a fim de que os gastos dos brasileiros com a compra do produto deixem de ser feitos. “Para que os fumantes parem de fumar ou nem comecem a fumar e, com isso, a gente possa reduzir a iniquidade na distribuição de fumantes na população e, também, em termos de desfechos de saúde. Porque é exatamente nas populações de menor renda, nos estados mais pobres, entre as famílias de menor escolaridade, que o cigarro acaba comprometendo mais o rendimento domiciliar per capita".

Szklo reforçou que se os integrantes desses domicílios pararem de fumar ou nem começarem a fumar, esse dinheiro que hoje é gasto com cigarro poderá ser canalizado para outras ações de promoção da saúde das pessoas, além da compra de alimentos, que é o tema deste ano do Dia Mundial sem Tabaco.

A pesquisa mostra que se a pessoa não estiver gastando com tabaco, ela pode usar o dinheiro para comprar comida, sem cair, porém, na interferência da indústria de alimentos ultraprocessados, mas dando preferência a alimentos saudáveis. “Obviamente, se tiver menor consumo de tabaco, vai ter mais comida no prato do brasileiro, porque a pessoa pode destinar também uma parte da área empregada atualmente no cultivo de folhas de tabaco para alimentos como arroz e feijão, entre outros. O estudo alerta para que o país continue avançando no combate ao tabagismo”.

Ações

A campanha da OMS é liderada no Brasil pelo Inca. Ela destaca a importância de ações que incentivem a produção de alimentos sustentáveis em substituição ao cultivo do tabaco, além da diversificação da produção, da proteção do meio ambiente e da melhoria da saúde dos trabalhadores envolvidos com essa cultura.

Durante evento alusivo ao Dia Mundial sem Tabaco, o Inca exibirá estratégias que visam à redução do consumo. O órgão do Ministério da Saúde receberá, na ocasião, prêmio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em reconhecimento às ações que contribuem para a diminuição do consumo de produtos de tabaco no país. Em parceria com as secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o Inca promove ainda ação na Praça da Cruz Vermelha, região central da capital fluminense, destinada à sensibilização de tabagistas para que parem de fumar. Serão distribuídos materiais informativos à população. 

No início da tarde desta quinta-feira (11), no Instagram, Selton Mello comemorou com os seguidores o primeiro ano sem fumar. O astro da dramaturgia brasileira fez uma breve reflexão sobre o uso do cigarro. "Foram 25 anos fumando. Fumando muito. Não troquei pro vape, não usei adesivo. Eu decidi que aquela relação tóxica havia chegado ao fim", iniciou o ator.

"Se você tem vontade, eu afirmo: é possível. O início foi bem difícil, mas não é impossível. Sabe o que me ajudou muito? A percepção que aquilo fede muito", completou.

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Selton finalizou o relato dizendo que foi importante decidir abandonar o fumo: "Não digo que sou ex-fumante. Estou sem fumar há um ano. E me sinto bem melhor. Tomara que eu influencie alguém com esse depoimento. Acredite: é possível". Reunindo mensagens dos fãs, ele também recebeu o carinho de famosos como Marcos Mion, Wanessa Camargo, Marjorie Estiano e Alexandre Nero.

Confira o desabafo:

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Chegamos no outono e com ele é importante reforçar os cuidados com a saúde. Conhecida como a estação de transição entre o verão e o inverno, as oscilações de temperatura e a baixa umidade do ar associadas à poluição favorecem a transmissão de diversas doenças nesse período. 

As doenças de outono geralmente acometem mais pessoas com baixa imunidade, idosos e crianças. Quem sofre com crises de asma precisa ter a atenção redobrada.

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Os casos mais recorrentes estão relacionados aos vírus respiratórios, como a influenza e resfriado, comumente transmitidos por gotículas de uma pessoa contaminada. Mas também ocorrem casos ligados à atuação das bactérias, que se aproveitam da imunidade fragilizada da pessoa com quadro viral, como a bronquite, sinusite, otite e a pneumonia. 

Casos mais graves

Outro fator que propicia a dispersão desses microrganismos no outono é a poluição. As impurezas que respiramos podem piorar ainda mais a condição do paciente que já enfrenta uma das doenças desse período.  

"O aumento da exposição à poluição comum no período mais seco que ocorre no outono, possibilita a ocorrência de alterações no processo de coagulação sanguínea, além de ocasionar distúrbios na homeostase corporal, desencadeando quadros de inflamação sistêmica que podem ocasionar em casos mais graves a ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral", alertou o biomédico Jailton Lobo. 

A maneira mais eficaz de se proteger é manter hábitos que ajudem a fazer com que o organismo não sinta os efeitos das oscilações de temperatura e do ar seco. Nesse sentido, o microbiologista indicou aumentar a ingestão de água, hidratar a pele, higienizar as mãos, ficar em ambientes arejados - inclusive na própria casa -, evitar aglomerações, manter as vacinas em dia, realizar atividade física regular, adotar uma boa alimentação e evitar o consumo de cigarro. 

Nesta segunda-feira (20), a Operação Libertatis da Polícia Federal, identificou dezenove paraguaios em situação análoga à escravidão em uma fábrica de cigarros na cidade de Duque de Caxias, na região da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.

Os agentes encontraram os estrangeiros alojados na própria fábrica, em um local sem higiene. A investigação apontou que eles não tinham direito a remuneração, além disso, trabalhavam 12 horas por dia, nos sete dias da semana.

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Ainda de acordo com a PF, os paraguaios conviviam com animais, esgoto a céu aberto e com os próprios resíduos da produção dos cigarros. Os estrangeiros eram mantidos presos e tinham contato com apenas uma pessoa, que entregava os mantimentos. Essa sempre entrava no local portando arma de fogo, e usava máscara para não ser identificada.

Aos policiais, os estrangeiros disseram ter sido tirados do Paraguai com os olhos vendados, e com a promessa de que iriam trabalhar na indústria têxtil.

A Operação também teve como objetivo, reprimir outros crimes, entre eles, organização criminosa, sonegação, fraude no comércio e delito contra as relações de consumo. Com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Receita Federal, foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão.

 

Nove em cada dez adolescentes, entre 13 e 17 anos de idade, conseguem comprar cigarros em locais comerciais autorizados, como padaria, cafeteria, mercados e bancas de jornal, conforme estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgado nesta sexta-feira (3). A venda é proibida para essa faixa etária.

O estudo, que usa dados de pesquisas escolares, mostra ainda que sete em cada dez jovens teve acesso a cigarro pela compra direta nos estabelecimentos autorizados. Entre 2015 e 2019, a venda proibida cresceu de 81,1% para 89,6%. Outro dado é que 70% dos menores de idade adquirem cigarro unitário, o que significa que os postos de venda abrem o maço de cigarros e comercializam unidades avulsas, em desacordo com a lei.

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Para o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, os dados mostram que os adolescentes têm tido facilidade em comprar cigarros em locais onde a venda não deveria ocorrer.

“Quando se viola um maço ou embalagem de cigarro qualquer, que é produto para consumo, você está colocando em risco a integridade do produto. Não se sabe se o que havia ali dentro foi alterado”, alerta o médico. “São duas transgressões importantes. Primeiro, não cumprindo a lei em relação a vender para menores de idade e, segundo, vender o cigarro avulso, que é outra transgressão que a lei não permite”.

De acordo com Maltoni, pais, sociedade e instituições de controle devem manter vigilância no combate ao tabagismo no Brasil, mesmo com a queda em mais de 50% do número de fumantes no país. “A gente percebe que não tem conseguido avançar muito mais nessa redução. É preciso manter constantemente a atenção sobre todos esses pontos, para atuar na faixa etária em que existe oportunidade maior de fazer com que o hábito de fumar não se inicie e, portanto, o vício entre as crianças, os jovens e adolescentes”.

Desde 2019, Brasil e a Turquia são citados como dois países que adotaram todas as medidas de combate ao tabaco, estabelecidas em 2005 pelo Relatório MPOWER, da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo do diretor. “Não podemos deixar que a falta de fiscalização ou que as novas formas de fumar, como os cigarros eletrônicos, reaqueçam esse mercado com a formação de novos públicos”.

O fumo, ativo ou passivo, pode levar a diversos problemas de saúde, como doenças cardíacas, respiratórias e câncer.

 A Polícia Civil prendeu, nessa quinta-feira (2), a mãe da criança que morreu na UPA de Jardim Paulista, em Paulista, no Grande Recife, com marcas de queimadura de cigarro no rosto e indícios de violência sexual. O menino de um ano e dez meses faleceu no último domingo (26), dentro da unidade. 

Policiais da 7ª Delegacia de Homicídios de Paulista cumpriram o mandado de prisão por homicídio qualificado pelo emprego de tortura contra a mulher de 23 anos.

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A ordem judicial foi expedida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Paulista após o laudo necroscópico apontar que a óbito foi causado por "síndrome da criança espancada". 

Um menino de um ano e seis meses deu entrada na UPA de Jardim Paulista, em Paulista, com sinais de maus-tratos e morreu nesse domingo (26). A criança apresentava marcas de queimadura de cigarro no rosto e no corpo e indícios de violência sexual. A mãe, de 23 anos, foi detida no local. 

Os policiais do 17º Batalhão foram enviados à UPA para verificar a denúncia de tentativa de homicídio. A Polícia Civil informou que a criança foi encontrada em uma residência no bairro Vila Torres Galvão e socorrida ainda com vida. Os médicos teriam tentado reanimar o menino, mas ele não resistiu e teve a morte confirmada na unidade. 

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A mãe de 23 anos teria tentado fugir, mas foi detida e encaminhada à delegacia. Um inquérito foi instaurado para apurar o caso. A ocorrência foi registrada como “Morte a Esclarecer e Maus Tratos” e houve instauração de inquérito. Não há informações sobre o pai da criança.

 Além de prejudicar pulmão e coração através das toxinas que se espalham pela corrente sanguínea, o cigarro também afeta a visão e pode levar à cegueira. Esta segunda-feira (29) marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo e alerta para as doenças decorrentes do tabagismo.  

De forma geral, o cigarro envelhece todas as células do organismo e estimula seu processo de oxidação. Esse efeito tende a aumentar a inflamação nos olhos e acaba interferindo nas estruturas oculares. 

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A oftalmologista Adriana Morgon do Instituto de Olhos do Recife (IOR) apontou que os fumantes têm mais chances de desenvolver catarata precoce e outros quadros como síndrome do olho seco e doença macular relacionada à idade. 

"Já se sabe que ele faz uma alteração no metabolismo do cristalino, causando uma catarata. Outra forma que ele atua é na retina. A gente tem a doença macular relacionada à idade, que é uma das principais causas de cegueira acima dos 50 anos, e já se sabe que quem fuma tem até três vezes mais chances de desenvolver a doença", informou a médica. 

As 4.700 substâncias tóxicas do cigarro também interferem no nervo ótico e aumentam a pressão intraocular já no uso imediato, sendo um risco aos pacientes com glaucoma, indicou a oftalmologista. "Foi feito um estudo em que se mediu a pressão do paciente antes dele fumar e, logo após ele fumar, essa pressão teve um aumento de 5 mm. Não tem como isso a longo prezo não ser danoso", comentou.  

Dra. Adriana Morgan também alertou para os efeitos aos ex-fumantes - Foto: Divulgação

Além das toxinas, a fumaça faz com que fumantes passivos fiquem expostos às mesmas alterações oculares. Ela causa um olho mais ressecado e pode desenvolver intolerância para quem usa lente de contato. 

Quem parou de fumar ainda não está livre dos riscos do cigarro aos olhos, pois os efeitos da experiência com o tabaco geralmente não são revertidos. Adriana recomenda que esses pacientes façam o exame completo e sejam acompanhados em consultas a cada seis meses para um eventual tratamento precoce. 

"Os efeitos do cigarro são cumulativos e quantitativos. Então, embora uma pessoa seja ex-fumante, as células já foram expostas àquela substância e tiveram um processo de envelhecimento. Isso não muda", frisou. 

Como recomendação, além de parar de fumar, é importante lubrificar o globo ocular com colírio e manter hábitos saudáveis de alimentação. Para quem convive com fumantes, é importante se manter afastado enquanto o cigarro estiver acesso e pedir para que o consumo ocorra em locais abertos e arejados. 

 Na moda entre os jovens, o cigarro eletrônico pode ser um vilão ainda maior do que se imagina. Comercializado em uma variedade de sabores e associado a teores baixos de nicotina, o vaporizador carrega substâncias que fogem do controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Sua produção e venda foi proibida no Brasil em 2009, após usuários desenvolverem quadros graves em pouco tempo de uso nos Estados Unidos. 

Esta terça-feira (31) marca o Dia Mundial Sem Tabaco e reforça os riscos à saúde do hábito de fumar. Considerado um transtorno mental e comportamental, o tabagismo deixa fumantes regulares suscetíveis a cerca de 50 doenças com alto potencial de mortalidade.  

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No Brasil, a diferença do que é arrecadado pela indústria do cigarro e os gastos com serviços de saúde para tratar o público deixa um prejuízo anual na casa dos R$ 40 milhões. 

"O cigarro eletrônico é muito mais perigoso porque toda sua composição não é claramente estabelecida. Hoje, a gente sabe que o cigarro tradicional tem, pelo menos, 4.700 substâncias, [mas] quais são as substâncias que existem no cigarro eletrônico? Isso pode ser altamente variável", apontou o pneumologista Guilherme Costa. 

O médico é um dos autores de um estudo recente em uma universidade particular no Recife e identificou que, pelo menos, 38% dos alunos de graduação já experimentaram o cigarro eletrônico. Ele alertou aos consumidores e relacionou o uso do aparelho a quadros de insuficiência respiratória, que podem levar à internação em UTI e até à morte.  

"Minha recomendação para as pessoas é que, se elas pudessem, não provem e não experimentem, porque hoje já se sabe que o cigarro eletrônico tem a chance de até quatro vezes maior, comparado a quem não fuma, que essa pessoa venha se tornar um fumante. Então, sem dúvida nenhuma, o cigarro eletrônico vai funcionar como uma porta para você realmente chegar no cigarro tradicional", reforçou. 

O pneumologista acrescentou que o cigarro eletrônico não é um método seguro para quem queria parar de fumar. A recomendação é iniciar a terapia cognitiva e comportamental com a mudança de hábitos e com a reposição controlada de nicotina através da goma de mascar ou adesivos especiais. Dessa forma, o que costume de fumar deixa de ser automático e começa a ser percebido pelo paciente, que passa a controlar o uso.

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A Associação Médica Brasileira (AMB) publicou um documento, na segunda-feira (9), que alerta a população sobre o uso de cigarros eletrônicos. A nota pública, assinada por mais 45 entidades médicas e embasado por mais de 20 estudos e pesquisas, critica a possível descriminalização do uso e venda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs).

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Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em sua resolução 46/2009, proíbe a comercialização dos dispositivos eletrônicos conhecidos como Vapes, E-cigarros ou Pen Drives, no Brasil. Apesar da proibição, os dispositivos são vendidos e utilizados no país. Mais de 650 mil brasileiros utilizam os DEFs, sobretudo jovens.

“Os usuários são, na maioria das vezes, jovens que nunca haviam fumado. São atraídos pelos aromas agradáveis dos cigarros eletrônicos, pelos sabores variados. Cigarro eletrônico faz e mal e muito”, aponta a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), de Belém.

A declaração assinada pelas sociedades médicas afirma que os cigarros eletrônicos, assim como os convencionais, trazem riscos à saúde, como o câncer de esôfago, pulmão, estômago e bexiga. Alguns causam ainda mais dependência, pois possuem uma quantidade maior de nicotina. Além desta, os DEFs possuem outras substâncias tóxicas capazes de provocar AVC e infarto.

“Essa consulta pública que a Anvisa está fazendo é reflexo do lobby poderoso da indústria do tabaco”, afirma Paula Sampaio.

A médica pneumologista Fátima Amine, coordenadora do Centro de Referências em Abordagem e Tratamento do Fumante (CRATF), do Governo do Pará, explica que o cigarro eletrônico tem uma toxicidade maior que o cigarro convencional, com substâncias químicas e cancerígenas, e a nicotina – responsável por causar a dependência do consumo.

Fátima Amine também aponta que o uso dos DEFs pode causar doenças respiratórias, gastrointestinais, orais, entre outras. “Está diretamente ligado à lesão pulmonar denominada Evali (descrita em 2019 nos Estados Unidos), causada por alguns solventes e aditivos, provocando um tipo de reação inflamatória no órgão, podendo causar fibrose pulmonar, pneumonia e chegar à insuficiência respiratória”, acrescenta.

Algumas pessoas acreditam que, em comparação com os cigarros eletrônicos, o cigarro convencional causa mais danos à saúde. Para a médica, isso acontece porque os dispositivos eletrônicos apresentam aromas agradáveis, sabores variados, inovação tecnológica e o estigma de liberdade, principalmente entre os jovens. “Também porque a indústria argumenta que tem risco reduzido e é destinado a adultos fumantes que não querem ou não conseguem parar de fumar”, diz.

Segundo a médica, é possível desmistificar esse conceito dando continuidade às políticas de controle do tabaco desenvolvidas pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em conjunto com outros setores do Poder Público. “E também com as campanhas educativas voltadas, principalmente, para crianças e adolescentes e implantação de novos Centros de Tratamento do Fumante pelos municípios”, destaca.

A Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) realiza duas grandes campanhas de educação durante o ano, sendo a primeira em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado no dia 31 de maio, e a segunda alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, no dia 29 de agosto.

“Nessas datas, são realizadas diversas atividades educativas, com distribuição de materiais, rodas de conversa, para mostrar os malefícios do tabaco e também para divulgar os serviços disponíveis no SUS para quem deseja parar de fumar”, informa Fátima Amine.

Serviço

Para quem deseja buscar tratamento, o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante oferece atendimento gratuito com equipe multidisciplinar.

Endereço:

URE Presidente Vargas (Av. Presidente Vargas, Nº 513), em Belém.

Horário: segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.

Telefone: (91) 3242-5645.

Por Isabella Cordeiro e Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Segundo a diretora da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Cristiane Joudan, os cigarros eletrônicos não têm garantia de segurança comprovada. A diretora supervisiona uma repartição especializada em tabaco no órgão. Os resultados foram apresentados em um relatório divulgado pela agência neste mês.

Apesar do resultado divulgado, a diretora não garantiu que a Anvisa manterá a proibição aos cigarros eletrônicos. Para completar o relatório elaborado pelos técnicos da agência, o órgão receberá uma nova leva de informações técnicas e científicas sobre o tema.

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“Você só aprova uma vacina se existem dados suficientes de eficácia e segurança. Isso também funciona para o DEF (dispositivos eletrônicos para fumar). No momento inicial, ele foi proibido porque não haviam dados suficientes de segurança e eficácia. Hoje, eu entendo que ainda não existem esses dados suficientes”, afirmou a diretora em entrevista.

As fabricantes Japan Tobacco International (JTI) e a Phillip Morris Brasil (PMB) defendem os cigarros eletrônicos. Segundo a Phillip Morris, há certificação emitida por órgãos de fiscalização em saúde em 71 países em que comercializa seus produtos. A fabricante afirma também que o cigarro eletrônico é uma opção para quase 16 milhões de adultos que decidiram abandonar o cigarro, optando por opções alternativas.

Entidades médicas apontam para os riscos do cigarro eletrônico. Segundo eles, o instrumento pode causar infarto e síndrome coronariana. O cigarro eletrônico gera partículas finíssimas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos pulmonares, entrando na corrente sanguínea. Desta forma, o corpo reage com uma inflamação que, quando ocorre nas artérias, pode provocar lesões e problemas cardíacos graves.

Por Matheus de Maio

Um suspeito de 47 anos foi preso acusado de matar um homem de 51 anos após uma discussão por causa de um cigarro. O crime aconteceu no mês de abril deste ano, na praça pública da cidade de Colombo, no Paraná. A prisão aconteceu na última terça-feira (30)

Segundo a polícia, no mês de abril deste ano, o suspeito teria pedido um cigarro e, após ter o pedido negado, começou uma briga com a vítima, que foi empurrada. O homem caiu e bateu com a cabeça no chão. Ele chegou a ser socorrido e ficou um mês hospitalizado. No entanto, a vítima não resistiu aos ferimentos.

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 Na madrugada deste sábado (18), um homem dormiu com um cigarro aceso e causou um incêndio no próprio apartamento, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Apesar dos riscos para todo o prédio, localizado na Rua dos Inconfidentes, na região Savassi, o incidente não deixou vítimas.

O proprietário relatou que deitou-se com o cigarro aceso e acabou dormindo. Quando acordou, seu quarto já estava em chamas. Às 5h30, os bombeiros receberam o chamado de um vizinho.

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Foi necessário o trabalho de quatro equipes para debelar as chamas, concentradas em dois cômodos. Cerca de mil litros de água foram utilizados pelos bombeiros.

O homem era acumulador, o que facilitou a propagação do fogo e pôs os apartamentos vizinhos em risco. Em razão das suspeitas de danos estruturais para o edifício, a Defesa Civil também foi acionada.

Desde o início da pandemia de Covid-19, no primeiro semestre de 2020, a Prefeitura de São Paulo registrou a abertura de aproximadamente 1600 tabacarias na Região Metropolitana. A principal atração dos locais costumam ser os narguilés, uma espécie de cachimbo que pode ser usado individualmente ou compartilhado, para consumo de tabaco aromatizado. E assim como o cigarro, também traz prejuízos para a saúde.

De acordo com Fátima El Hajj, especialista na área da saúde, o principal componente inserido no narguilé que traz malefícios para a vida, é o tabaco, que possui seu sabor mascarado por aromas e essência de frutas e flores.

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“É a principal substância que leva ao vício”, diz ela. “Uma coifa de narguilé equivale ao fumo de aproximadamente 100 cigarros”, completa a especialista.

Mesmo com as semelhanças em aspectos de vício e a composição de substâncias, como o tabaco, existem diferenças entre os objetos de fumo.

“Os narguilés tem mais sabores. A fumaça inalada é sentida pelo fumante de maneira mais branda, por ela passar antes pela água, diminuindo sua temperatura”, explica El Hajj.

Segundo a especialista, o uso contínuo do narguilé pode estar associado ao desenvolvimento ou piora de doenças como asma e tosses constantes. Já a longo prazo, é possível que o fumante tenha enfisema pulmonar, doença respiratória que leva à perda de elasticidade dos pulmões, causada pela exposição contínua de tabaco ou poluentes.

Fátima El Hajj afirma que as gerações expostas ao consumo verão as repercussões no futuro, assim como a geração que vivia nas décadas de 40 a 80, período onde havia a glamourização do uso de cigarro, e trouxe doenças pulmonares severas, além do câncer.

Para que o cenário seja diferente, a especialista recomenda “interromper o uso por completo, procurar fisioterapia pulmonar. Exercícios físicos e alimentação saudável sempre é indicada”.

Uma jovem de 19 anos, de Cuiabá, Lívia Monteiro, teve que realizar uma cirurgia de lobocetomia nessa segunda-feira (14) após descobrir fungos que foram contraídos durante uso de narguilé.

Lívia passou dois dias internada na UTI após a cirurgia e agora já está se recuperando na enfermaria, mas sem previsão de alta. Em suas redes sociais, ela publicou um alerta para os amigos.

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“O pós-operatório não é fácil. É preciso ficar com um dreno o tempo inteiro durante uns cinco dias. Os fungos são silenciosos e se proliferam pelos órgãos, podendo causar morte ou até mesmo paralisação do órgão. A dor é tanta que estou à base de morfina e mesmo assim ainda sinto dor”, contou.

Em entrevista ao G1, Lívia contou que faz uso do narguilé desde os 16 anos, mas sem muita frequência. Ela veio passar mal a primeira vez em abril, sentindo falta de ar e febre.

"Fui ao hospital com falta de ar e febre achando que fosse Covid, mas fiz três testes e todos deram negativo. Depois, fiz tomografia e os médicos de plantão disseram que não era nada”, explicou.

Depois de continuidade nos sintomas, a mãe de Lívia desconfiou e levou o resultado de exames feitos a um pneumologista que diagnosticou aspergilose, uma infecção causada por fungos. Após passar por tratamento rápido ela foi encaminhada direto para a cirurgia, que demorou cerca de 6 horas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fumaça do narguilé inalada por 20 a 60 minutos equivale a fumar cerca de 100 cigarros. Como o produto tem sabor adocicado, os usuários costumam passar mais tempo consumindo, o que pode acarretar problemas variados de saúde.

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