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O cineasta Martin Scorsese, conhecido por filmes como 'Taxi Driver', 'Ilha do Medo' e o 'O Lobo de Wall Street', muitos em parceria com Leonardo DiCaprio, dará aulas em um curso de cinema que estará disponível na internet a partir do próximo ano. O custo das aulas será de 90 dólares, o que permitirá o acesso a 20 aulas dadas por meio de vídeos online.

A promessa é que o americano irá analisar sua própria filmografia e compartilhar informações sobre suas experiências no mercado cinematográfico. No curso, estarão incluídas aulas sobre narrativa, montagem e trabalho com atores, segundo a revista Variety. Além disso, será possível uma interação entre os alunos e Scorsese. Aqueles que tiverem dúvidas poderão enviá-las através de vídeos, e o produtor responderá aos assuntos de maior interesse.

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O curso é uma parceria com a MasterClass, uma startup que já teve cursos que contaram com artistas como Kevin Spacey, Dustin Hoffman e Steve Martin. "Este projeto me entusiasmou porque me permite compartilhar minhas próprias fontes de inspiração, minhas experiências, minhas práticas e o meu desenvolvimento como cineasta", disse Martin Scorsese em comunicado oficial.

O Ministério Público da Coreia do Sul abriu nesta quinta-feira uma investigação contra o diretor de cinema Kim Ki-Duk, acusado de agredir uma atriz durante uma filmagem.

"Recebemos uma demanda penal contra o diretor Kim Ki-Duk e a Procuradoria abriu uma investigação", disse à AFP o porta-voz de um dos procuradores do distrito central de Seul.

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O porta-voz se negou a fazer qualquer declaração a mais sobre o caso.

Os agentes de Kim denunciaram acusações sem fundamento e informaram que pretendem divulgar um comunicado detalhada nas próximas horas.

De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, uma atriz, que não teve a identidade revelada, apresentou uma denúncia contra o diretor, que acusa de ter dado um tapa nela durante as filmagens de "Moebius", que estreou em 2013.

A atriz também acusa Kim Ki-Duk de ofensas e de obrigá-la a filmar uma cena nua.

Kim Ki-Duk foi premiado em 2012 com o Leão de Ouro do Festival de Veneza pelo filme "Pieta" e com o Urso de Prata de melhor diretor em Berlim por "Samaritana" (2004).

Em um primeiro momento, o filme "Moebius" foi proibido na Coreia do Sul por ser considerado obsceno.

Mas as autoridades terminaram por permitir a estreia após o corte de algumas cenas polêmicas.

A Apple lançou para o Youtube nesta segunda-feira (3) um filme de 11 minutos gravado somente com a câmera do seu iPhone 7. O vídeo foi dirigido pelo cineasta francês Michel Gondry e recebeu o nome de "Detour" ("Desvio", na tradução).

O vídeo traça as aventuras de uma família francesa que sai de férias e é "perseguida" pelo triciclo da filha mais nova. O brinquedo cai do bagageiro do carro da família e, "magicamente", ganha vida e tenta voltar para sua dona. O que surpreende no filme é a qualidade da imagem produzida pelo iPhone 7, além dos efeitos especiais. A Apple também publicou um outro vídeo com o making off do filme, explicando e dando dicas para quem quer se aventurar no cinema usando apenas o celular.

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Michel Gondry ganhou, em 2005, o Oscar de Melhor Roteiro com filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", estrelado por Jim Carrey e Kate Winslet. O francês é popularmente conhecido por seu estilo inovador.

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O diretor alemão Wim Wenders está filmando um documentário sobre o Papa Francisco, com a participação do pontífice e que aborda temas como a ecologia, os migrantes e a justiça social, anunciou a produtora Focus Feature.

"Pope Francis. A Man of his Word" ("Papa Francisco. Um Homem de Palavra") é o primeiro documentário no qual o papa argentino colabora e se dirige diretamente ao público. "É um filme de não ficção significativo, não uma biografia sobre o papa e sim um filme com ele", destacou a produtora em um comunicado.

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No documentário, o líder religioso responde a perguntas enviadas por pessoas de diferentes países, para mostrar "a visão do papa Francisco do mundo contemporâneo", afirmou o monsenhor Dario Edoardo Vigano, prefeito da Secretaria de Comunicação da Santa Sé, citado no texto.

O filme inclui imagens de arquivo do Vaticano, que mostram o papa em suas viagens, apresentando suas ideias em vários países. O cineasta Wim Wenders, Palma de Ouro por "Paris, Texas" (1984) e indicado três vezes ao Oscar, afirmou que o papa é "um exemplo vivo de um homem que defende o que diz".

Há dois anos, o filme "Francisco, o padre Jorge", de Beda Docampo Feijóo, relatava a trajetória de Jorge Bergoglio, desde que decidiu se tornar padre até o conclave que o consagrou papa. O ator argentino Darío Grandinetti interpretou o pontífice.

O presidente do júri da 70ª edição do Festival de Cinema de Cannes, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar, afirmou nesta quarta-feira (17) que "seria um paradoxo se um filme premiado com a Palma de Ouro não pudesse ser visto nos cinemas", fazendo referência a presença de dois filmes do Netflix na competição oficial.

Em entrevista coletiva, Almodóvar aproveitou para ressaltar que as plataformas e serviços de streaming devem "aceitar as regras do jogo". A declaração foi uma resposta à polêmica que afeta o festival de Cannes desde o anúncio dos dois filmes da Netflix para disputar a mostra.

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Os dois longas do Netflix, "Okja", do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho, e "The Meyerowitz Stories", do americano Noah Baumbach, não poderão ser vistos nos cinemas da França por causa da regulamentação nacional.

A questão causou indignação entre as principais salas de cinema da França e foi responsável por fazer os organizadores do evento mudarem as regras para as próximas edições do festival. Desta forma, a partir de 2018 apenas filmes que garantirem a estreia no cinema serão selecionados para a competição. 

"As plataformas digitais são enriquecedoras, mas devem assumir as diferentes etapas e respeitar as janelas de exibição. Enquanto eu for vivo, lutarei pela capacidade de hipnose da tela grande", continuou o cineasta, que estava ao lado de outros membros do júri, incluindo os atores norte-americanos Will Smith e Jessica Chastain, assim como o diretor sul-coreano Park Chan-Wook.

No entanto, Smith adotou uma postura conciliadora com a Netflix, ao assegurar que seus filhos assistiam filmes na plataforma e também no cinema, porém trata-se de duas formas "completamente diferentes de entretenimento", declarou o ator.

O Festival de Cannes acontece até o dia 28 de maio, com 18 filmes em busca da Palma de Ouro. Nesta edição, a atriz italiana Monica Bellucci é a "madrinha" do evento, que foi aberto com a exibição do filme "Les Fantômes d'Ismael".

O célebre diretor de cinema japonês Seijun Suzuki, uma grande influência para cineastas como Quentin Tarantino e Damien Chazelle, morreu no dia 13 de fevereiro, aos 93 anos, anunciou nesta quarta-feira o estúdio Nikkatsu.

Seijun Suzuki faleceu em consequência de uma doença pulmonar, informou a empresa em um comunicado, no qual expressa sua "profunda gratidão" ao cineasta.

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"Sua obra teve uma grande influência nos cinéfilos e diretores em todo o mundo", destacou a Nikkatsu.

Após o início da carreira em 1956, Seijun Suzuki dirigiu durante 12 anos filmes B para o estúdio Nikkatsu, com um estilo único que seus fãs chamavam de "Seijun bigaku" (estética de Seijun).

Mas, de acordo com a editora Kinema-Junposha, que publica livros e revistas de cinema, Suzuki foi demitido em 1968 por seu chefe, que chamou suas obras de "incompreensíveis" após a estreia de "A Marca do Assassino".

A questão acabou na justiça e o diretor parou de trabalhar durante uma década.

Suzuki, especialista em filmes de suspense, marcado por seus cabelos longos e barba branca, manifestava "um gosto imoderado pela provocação", afirmou em 1997 a revista Les Cahiers du Cinéma por ocasião de uma retrospectiva na França sobre o cinema japonês.

"Batalhas, prostitutas e marginalizados contrários às convenções e ao bom gosto" protagonizam seus filmes.

Ele voltou ao cinema em 1977, mas o seu grande retorno aconteceu em 1980 com "Tsigoineruwaizen", premiado no Festival de Berlim com a menção honrosa.

Seu último filme, "Operetta tanuki goten", foi exibido fora de concurso em Cannes em 2005. O longa-metragem, uma fantasia surpreendente, é protagonizada pela famosa atriz chinesa Zhang Ziyi.

Sua maestria foi reconhecida por grandes cineastas, de Quentin Tarantino a Jim Jarmusch, passando por Wong Kar-Wai e Takeshi Kitano.

Damien Chazelle elogiou o diretor há algumas semanas, durante uma visita a Tóquio para promover o musical "La La Land".

"Acredito que peguei algo de 'Tóquio Violenta' e de todo seu tipo de filmes", declarou Chazelle a respeito do filme de Suzuki de 1960.

"É uma espécie de homenagem oculta", disse, antes de citar a amplitude dos planos e as cores de pop-art que, segundo ele, "parecem um musical, mas com armas".

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O segundo suspeito de participar do crime de latrocínio, roubo seguido de morte, contra o cineasta gaúcho Jéfferson Borges Martins, de 51 anos, conhecido como Nego Bando, foi preso na manhã desta segunda-feira (5), em Olinda, no Grande Recife. De acordo com o delegado Salatiel Ferreira, Yuri Cordeiro Coutinho, de 21 anos, será recolhido ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

O primeiro suspeito e autor das facadas que vitimou Nego Bando, um menor de 17 anos, já havia sido apreendido em março deste ano e foi levado para a Unidade de Internamento do Menor Infrator. Segundo a Polícia Civil, a prisão de Yuri foi resultado de uma investigação e em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Olinda.

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O cineasta morava há dois anos em Pernambuco e foi assassinado no dia 26 de fevereiro deste ano, próximo ao Hospital Tricentenário, em Bairro Novo, Olinda. A vítima estava passando por uma praça quando dois adolescentes o abordaram e, mesmo sem reagir, foi atacado com uma faca.

O aclamado diretor de cinema polonês Andrei Wajda, morreu este domingo em Varsóvia aos 90 anos de uma insuficiência pulmonar, anunciaram meios de comunicação poloneses.

A morte de Wajda, que deixa uma longa série de filmes célebres, inspirados na turbulenta história de seu país nos anos 1980, foi noticiada pelo jornal Gazeta Wyborcza daily e pela emissora de notícias privada TVN24. Um amigo da família, que pediu para ter sua identidade preservada, confirmou a morte em declarações à AFP.

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Wajda estava internado há vários dias e em coma induzido devido a problemas pulmonares, acrescentaram as fontes.

O diretor, que ganhou o Oscar no ano 2000 pelo conjunto da obra, voltou-se para o cinema após fracassar no plano de ser militar.

A obra de Wajda inclui clássicos como "O homem de mármore" (1977), uma crítica à Polônia comunista, seguida três anos depois por "O homem de ferro", que conta, quase em tempo real, a história do Solidariedade, o primeiro sindicato independente do bloco comunista.

O cineasta e escritor francês Alexandre Astruc, um dos pais espirituais da Nouvelle Vague, morreu na madrugada desta quinta-feira em Paris, aos 92 anos, anunciaram seus parentes à AFP.

Figura do Saint-Germain-des-Prés pós-guerra e teórico da "caméra-stylo" (câmera caneta), que considera o cinema como o equivalente da literatura, hesitava em definir a si mesmo como "um cineasta que escrevia livros ou um escritor realiza filmes".

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Nascido em 13 de julho de 1923, em Paris, o jovem Astruc, entusiasta da matemática, foi contagiado pela literatura e passou a escrever artigos para periódicos durante os anos sombrios da ocupação alemã.

Após a Libertação, conheceu os escritores Jean-Paul Sartre e Albert Camus, a cantora Juliette Greco, e se encantou com Robert Bresson, Roberto Rossellini, Alfred Hitchcock e Orson Welles, futuros cineastas da Nouvelle Vague.

Astruc alternou filmes, romances e ensaios: "Confluences", "Poésie 44" ou "Les Vacances", publicado em 1945, são o prelúdio para "Le rideau cramoisi", uma adaptação cinematográfica de Barbey d'Aurevilly.

Em 1954, dirigiu "Les mauvaises rencontres", elogiado por François Truffaut, e assibnou duas adaptações, "Une vie" de Maupassant (1961) e "L'éducation sentimentale" de Flaubert (1961).

Ele foi o precursor da "política dos autores" liderada por François Truffaut, Jean-Luc Godard e Claude Chabrol.

Na década de 70, Alexandre Astruc foi para a televisão, apresentando um documentário sobre Sartre, "Sartre par lui-même" (1976) e filmes de TV de Edgar Allan Poe ou Balzac.

Retornando à escrita, publicou recentemente "Le roman de Descartes" (1989), uma antologia de seus textos críticos, e sua memórias em "Le montreur d'ombres" (1996)

O cineasta francês François Dupeyron morreu nesta quinta-feira aos 65 anos em consequência de uma longa enfermidade, anunciou a família.

Diretor atípico, sempre trabalhou mantendo-se à margem das grandes produções. Sua obra é composta por filmes sensíveis e singulares, desde seu primeiro longa-metragem "Um estranho lugar para um encontro" (1988), que reuniu Catherine Deneuve e Gérard Depardieu, até último "Mon âme par toi guérie" (2013).

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Também dirigiu "O quarto dos oficiais" (2001) drama sobre os soldados que voltaram desfigurados da Primeira Guerra Mundial, talvez seu filme mais conhecido, "O senhor Ibrahim e as flores do Corão", com Omar Sharif.

A diretora de cinema belga Chantal Akerman morreu nesta segunda-feira, em Paris, aos 65 anos, anunciou seu produtor, sem revelar a causa da morte.

A cineasta, que sofria de transtornos maníaco-depressivos, iniciou a carreira no fim dos anos 1960.

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Entre seus principais filmes estão "Jeanne Dielman, 23, Quai du Commerce, 1080 Bruxelles" (1975) e "La captive" (2000).

Seu filme mais recente, "No Home Movie", dedicado a sua mãe, uma sobrevivente dos campos de concentração nazistas, foi exibido este ano no Festival de Locarno (Suíça).

"Era uma grande cineasta que, por sua singularidade, renovou algumas facetas do cinema internacional", declarou o produtor Patrick Quinet.

Chantal Akerman, descendente de uma família judaica da Europa central, que se mudou para a Bélgica nos anos 1930, dirigiu quase 50 filmes, de documentários até comédias.

Em sua obra abordou como grandes temas o tempo e a memória.

O roteirista de cinema da "Nouvelle Vague" Jean Gruault, de 90 anos, que trabalhou em particular com François Truffaut, Alain Resnais, Jacques Rivette e Jean-Luc Godard, morreu nesta segunda-feira (9) em Paris, anunciou nesta terça sua filha à AFP.

Seu nome voltou à tona atualmente no recente Festival de Cannes, com a apresentação do filme de Valérie Donzelli, "Marguerite et Julien", uma história de amor incestuoso entre irmãos, inspirada em um roteiro que Gruault escreveu em 1973 para Truffaut, mas que ele nunca filmou.

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Nascido em 3 de agosto de 1924, cinéfilo, muito ligado aos membros da futura "Nouvelle Vague", Jean Gruault se tornou, nos anos 1950, assistente do italiano Roberto Rosselini, antes de escrever com Jacques Rivette o roteiro de "Paris nous appartient" (1958).

Depois, trabalhou no roteiro de "Jules et Jim" (1962), com o qual iniciou sua colaboração com Truffaut, e em "Les Carabiniers" (1963), de Godard. Posteriormente, escreveu o "manual" para vários outros filmes de sucesso.

Também romancista, dramaturgo e escritor de livretos de ópera, Gruault foi produtor de cinema a partir de meados na década de 2000.

O cineasta espanhol Vicente Aranda, diretor de filmes como "Os Amantes" e "La muchacha de las bragas de oro", morreu nesta terça-feira, aos 88 anos.

A informação da morte foi anunciada pela Academia de Cinema da Espanha.

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Nascido em 9 de novembro de 1926 em Barcelona, Aranda inicou a carreira nos anos 1960 e dirigiu mais de 20 filmes, incluindo "Os Amantes" (1991), protagonizado por Maribel Verdú, Jorge Sanz e Victoria Abril, premiado com o Goya de melhor filme e melhor diretor.

Aranda dirigiu adaptações de livros famosos, como "La muchacha de las bragas de oro" (1979), do autor Juan Marsé, e o policial "Asesinato en el Comité Central" (1982), do escritor Manuel Vázquez Montalbán.

O mundo do cinema presta homenagem nesta sexta-feira (3) ao seu decano, o cineasta português Manoel de Oliveira, que faleceu aos 106 anos após uma longa carreira que o levou do cinema mudo à era digital. Como um último aceno póstumo, o diretor legou um longa-metragem autobiográfico inédito rodado em 1982, "Visita ou Memórias e confissões", que será lançado ao grande público ainda em de abril.

Na presença do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho e de muitas personalidades da cultura, a lenda do cinema será enterrada durante a tarde no Porto, sua cidade natal, na região norte de Portugal. A morte do cineasta gerou uma onda de emoção no mundo do cinema. E o governo português decretou dois dias de luto nacional em homenagem ao homem que contribuiu para fazer a cultura portuguesa brilhar no resto do mundo.

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"Sentiremos falta de um grande homem e um grande cineasta que fez muito por Portugal", comentou um de seus netos, o ator Ricardo Trepa, que chegou na noite de quinta-feira ao velório, realizado no convento dos padres dominicanos no Porto.

O artista português trabalhou em diversos filmes de seu avô, entre eles "Je rentre à la maison" (2001), no qual Michel Piccoli encarna um velho ator que se pergunta sobre a solidão, a morte e a velhice após perder a família. "Rodou quase todos os filmes que quis e conseguiu trabalhar até os 106 anos. Há 15 dias ainda estava produzindo sua última obra", disse à imprensa.

Com este último projeto inacabado, seu filme testamento será "O Velho do Restelo" (2014), que se inspirava no poema épico "Os Lusíadas", de Luis de Camões.

Ritmo desenfreado

"É muito difícil imaginar uma vida sem a luz de Manoel de Oliveira", reagiu o ator americano John Malkovich, que trabalhou com o cineasta e é apaixonado por Portugal. "Teve uma vida incrível, é triste vê-lo partir", acrescentou.

"Manoel de Oliveira era muito especial, ao mesmo tempo sedutor e autoritário, com frequência encantador. Sobretudo tinha algo de artesão, trabalhava sem parar em seus filmes", declarou ao jornal Libération a atriz Catherine Deneuve, ao lembrar a filmagem de "O Convento" (1995).

Nascido em 11 de dezembro de 1908 na cidade do Porto, filho de um empresário apaixonado por cinema, Oliveira começou como figurante com 20 anos no cinema mudo, antes de passar para trás das câmeras. O mago do cinema português, que produziu quase 50 filmes e documentários, rodou seu primeiro filme em 1931, mas produziu a maior parte de sua obra depois dos 60 anos.

Criador desenfreado, rodou praticamente um filme por ano a partir de 1985, entre eles "Le Soulier de Satin", de quase sete horas, adaptação da obra de teatro de Paul Claudel. Entre suas outras obras, "Nao ou a Vã Glória de mandar" (1990), "A Divina Comédia" (1991), "Belle toujours" (2006) ou "O Gebo e a Sombra" (2012).

O diretor de cinema Woody Allen criará sua primeira série de televisão para a Amazon, anunciou nesta terça-feira a distribuidora.

"Encomendamos uma temporada de 'Projeto sem título de Woody Allen', uma série de episódios de meia hora escritos e dirigidos por Allen", diz o comunicado publicado no site da Amazon.

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O projeto tem tudo para ser um duro golpe da Amazon em sua rival Netflix, em uma nova batalha pelo domínio do mercado dos vídeos por "streaming".

"Não sei como me meti nisso. Não tive nenhuma ideia e nem sei por onde começar", desabafou no comunicado o diretor de 79 anos, famoso pelos clássicos "Hannah e suas irmãs", "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" e "Manhattan".

A Amazon ganhou no último domingo dois Globos de Ouro -os primeiros desde que assumiu a produção original em seu serviço de streaming Amazon Prime- pela série "Transparent", ganhadora nas categorias de melhor comédia e melhor ator de comédia para Jeffrey Tambor, que encarna um homem transsexual que revela sua condição ao chegar à terceira idade.

bur-lm/mr/cc/mvv

O cineasta português Manoel de Oliveira comemorou nesta quinta-feira seu 106º aniversário, com a estreia em Portugal de seu último curta-metragem, na cidade do Porto, à qual foi acompanhado de sua esposa.

O filme, intitulado "O Velho do Restelo" e rodado no Porto na primavera boreal passada, já foi apresentado na Mostra de Veneza, será projetado no Porto durante um festival de cinema e ficará em cartaz durante as próximas semanas em um cinema de Lisboa.

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Descrito por seu diretor como "uma reflexão sobre a humanidade", o curta de 19 minutos é inspirado no personagem de um poema épico de "Os Lusíadas", escrito no século XVI por Luís de Camões para narrar os grandes descobrimentos dos navegadores portugueses.

Desde o lançamento de seu primeiro filme, em 1931, nos tempos do cinema mudo, Manoel de Oliveira já rodou mais de 50 longa-metragens de ficção e documentário, realizando a maior parte de sua obra após completar 60 anos de idade.

Na terça-feira, Manoel de Oliveira, o mais longevo dos diretores do cinema, foi condecorado com o título de Grande Oficial da Legião de Honra francesa

A distinção lhe foi entregue pelo embaixador da França em Portugal, Jean-François Blarel, em uma cerimônia no museu da Fundação de Serralves, importante instituição cultural da cidade natal do cineasta.

Na manhã desta sexta-feira (31), o diretor de fotografia brasileiro Affonso Beato realizou uma masterclass no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, Derby, dentro da programação do Janela Internacional de Cinema. O diretor de cinema e criador do Janela, Kleber Mendonça Filho, também esteve presente na palestra. 

O fotógrafo estudou na Escola Nacional de Belas Artes e há mais de 30 anos se divide entre o Brasil e os EUA, tendo fotografado mais de 50 longas, 60 curtas e 300 comerciais em sua carreira. Affonso Beato possui mais de 50 anos de carreira , com trabalhos nacionais e internacionais. É professor, cineasta e diretor de fotografia e em sua bagagem estão filmes de grande importância.

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Durante a masterclass, ele contou um pouco da própria história. "Começei na década de 1960 e o meu reconhecimento internacional chegou após fazer a fotografia de O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha", relembrou. Beato tentou derrubar o mito de que algo bom e de qualidade só pode ser feito fora do Brasil. "Não é bem assim, os cineastas não podem pensar dessa maneira, pelo contrário, você será reconhecido se fizer algo bom nacionalmente, é como se o reconhecimento internacional é o melhor nacional", explicou. 

Ainda durante a programação do Janela de Cinema, o fotógrafo realizou um workshop de 27 a 30 com a temática Cinematografia como Design. Luz, cor, visão humana e sistema fotoquímico foram alguns dos assuntos abordados pelo cineasta. 

Durante a carreira, Beato realizou alguns trabalhos com o diretor de cinema Pedro Almodóvar, dentre eles, Todo sobre mi madre, La flor de mi secreto e Carne trémula. Affonso comentou a relação com Pedro: "É uma troca de aprendizado, a forma de desenhar um filme e estudar as cenas anterionemente foi o principal legado". 

A relação das filmagens de um filme com o acaso também foi citada e esclarecida por Beato. "Sou contra o uso do 'acaso' em filmagens. Sou a favor do desenho, claro que às vezes acontece, mas isso não deve ser entendido como um método. É preciso ter disciplina e seguir os passos que foram planejados", explicou. 

O diretor de fotografia já colaborou com diversas produções internacionais, entre elas, A fera do rock (1989), do americano Jim McBride, Ghost World (2001), de Terry Zwigoff e A Rainhade Stephen Frears. Em 2005 fotografou Água negraprimeiro filme internacional de Walter Salles. Seu filme mais recente é Tempo e o vento, de Jayme Monjardim. Foi presidente da Associação Brasileira de Cinematografia entre 2004 e 2005 e foi aceito como membro da American Society of Cinematographers, sendo o primeiro brasileiro a assinar as iniciais ASC. O Janela Internacional de cinema segue até o próximo domingo (2).


O cineasta vanguardista Derek Jarman, falecido há 20 anos, é tema de uma retrospectiva na CAIXA Cultural Recife por três semanas, de 5 e 24 de agosto. A mostra Derek Jarman: cinema é liberdade vai exibir sete curtas dirigidos pelo cineasta, 15 longas-metragens produzidos por ele e ainda dois documentários sobre a sua produção, além de debates e palestras. 

O tema da mostra foi escolhido para destacar uma das grandes buscas de Jarman na vida e na arte, a liberdade das pessoas. A entrada custa R$ 2, com direito a meia-entrada. Também escritor, cenógrafo e provocador, Jarman é um dos precursores do cinema independente britânico, abordando poeticamente questões político-sociais nos anos 1970, 80 e início dos anos 1990. 

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Confira a programação parcial até o domingo (10):

Terça-feira (05/08)

16h – War Réquiem (93’), de 1989 - Classificação: 12 anos

18h – Curtas (70’): Journey to Avebury (10’), de 1971; Art of Mirrors (6’), de 1973 

Ashden’s walk on mon (15’), de 1973; Stolen apples for Karen Blixen (2’), de 1973

TG: Psychic Rally in heaven (8’), de 1980; Pirate Tape (15’), de 1982

The queen is dead (14’), de 1986 – Classificação dos curtas: 18 anos

Quarta-feira (06/08)

16h – The Garden (88’), de 1990 – Classificação: 15 anos

18h – Caravaggio (90’), de 1986 – Classificação: 15 anos

Quinta-feira (07/08)

14h – Edward II (87’), de 1991- Classificação: 15 anos

16h30 – The Angelic conversation (78’), de 1985 – Classificação: 12 anos

18h – The Tempest (95’), de 1979 – Classificação: 15 anos

Sexta-feira (08/08)

14h30 – BLUE (76’), de 1993 – Classificação: 15 anos

16h – Sebastiane (85’), de 1976 – Classificação: 18 anos

18h – Aria (92’), de 1987 – Classificação: 18 anos

Sábado (09/08)

14h – Magnicídio (Jubilee) (100’), de 1978 – Classificação: 15

16h – Glitterbug (53’), de 1994 (classificação: 15 anos) + Derek Jarman: life as art (57’),

Andy Kimpton-Nye, de 2004

18h – Will you Dance With Me? (78’), de 1984

Domingo (10/08)

14h – The last of England (88’), de 1987 - Classificação: 15 anos 

16h – In the shadow of the sun (48’), de 1980 (Livre) + The Gospel according to Derek 

Jarman (40’), Andy Kimpton-Nye, de 2014

18h – Wittgenstein (69’), de 1992 – Classificação: 15 anos

18h – Sebastiane (85’), de 1976 - Classificação: 18 anos

Serviço

Derek Jarman: cinema é liberdade

CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife)

5 a 24 de agosto (não há sessões nas segundas-feiras)

R$ 2 e R$ 1

(81) 3425 1900 / 3425 1915

José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, está internado do Instituto do Coração (INCOR) em São Paulo. O cineasta, que em maio sofreu um infarto, voltou ao hospital por causa de desidratação e uma piora no funcionamento renal.

Liz Marins, a filha de Zé do Caixão, postou em sua página do Facebook uma foto com o pai, explicando toda a situação de saúde dele, desde o primeiro infarto. Segundo ela, a situação de José Mojica é delicada e requer muitos cuidados. No momento ele está no INCOR recuperando o equilíbrio de suas funções metabólicas gerais.

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"O novo filme de Ettore Scola é um gibi!", exclamaram publicações italianas. Chega nesta quinta-feira (12), às livrarias da Itália, uma história em quadrinhos diferente. Un Drago a Forma di Nuvola (Um Dragão em Forma de Nuvem) é um roteiro de filme inédito de Scola, que o veterano cineasta de 83 anos desistiu de levar ao cinema e, em vez disso, procurou um quadrinista, Ivo Milazzo (artista dos clássicos Ken Parker e Nick Raider) para desenhá-lo.

Milazzo fez aquarelas magníficas para uma história original profundamente literária, a história do livreiro Pierre, que vive uma existência tediosamente rotineira e solitária em Paris nas imediações da Île de France, onde mantém a livraria L’Encrier et la Plume (O Tinteiro e a Pena). Mora na parte de cima de sua livraria e se bate com os clientes de sempre.

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Scola (que venceu Berlim com O Baile e Cannes com Feios, Sujos e Malvados), como Fellini, tem sido ao longo da vida um grande fã dos fumetti (quadrinhos, em italiano). Foi, inclusive, caricaturista da revista semanal Marco Aurélio em fins dos anos 1940.

O mais curioso é o seguinte: o álbum chegou a ser oferecido a editoras brasileiras, durante passagem recente de Ivo Milazzo pela Bienal de Quadrinhos de Belo Horizonte. O italiano não obteve resposta de nenhuma editora nativa.

Bibliófilo talentoso, Pierre mantém um segredo na parte de cima de sua livraria, encravada no paraíso dos "bouquinistes": vive ali com sua filha, Albertine, paralítica desde a infância, para quem lê livros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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