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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,2% na passagem de janeiro para fevereiro. É a segunda alta consecutiva do indicador ajustado sazonalmente, isto é, que leva em consideração as variações características de cada mês do ano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Icec chegou a 80,2 pontos.

Apesar da alta na comparação mensal, o indicador continua em queda ao apresentar um recuo de 19,9% em relação a janeiro de 2015. A avaliação de empresários é feita em uma escala de zero a 200 pontos, onde a pontuação abaixo de 100 pontos é considerada de pessimismo.

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A alta mensal foi influenciada principalmente pela opinião dos empresários em relação ao momento atual, que melhorou 16,3%. Eles estão mais confiantes em relação ao desempenho da economia (35,7%), ao comércio (20,3%) e ao próprio negócio (9,5%).

As avaliações sobre investimentos também melhoraram em relação a janeiro (1,4%). Os entrevistados pretendem investir mais nas empresas (8,3%) e consideram mais adequados seus estoques (2,1%). Apesar disso, eles pretendem investir menos na contratação de funcionários (3,8%).

Os empresários estão menos otimistas em relação ao futuro do que estavam em janeiro (-0,7%), devido ao pessimismo em relação ao comércio (-1%) e ao seu próprio negócio (-1,6%). Mas eles melhoraram em 0,9% a expectativa em relação à situação da economia nos próximos meses.

Os empresários varejistas voltaram a ficar mais pessimistas em dezembro. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 79,9 pontos, uma queda de 1,4% em relação a novembro, informou nesta terça-feira, 29, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O resultado foi o mais baixo da série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011. No período de um ano, a confiança do empresário do comércio despencou 26,5%. Segundo a CNC, a deterioração no indicador reflete as piores condições do mercado de trabalho ao longo de 2015, além da retração da atividade econômica no País.

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Na passagem de novembro para dezembro, o Icec foi influenciado por uma forte piora na avaliação das condições atuais, que recuou 12,2%, para 37,7 pontos. O subitem já está 50,8% abaixo do patamar registrado no mesmo período de 2014.

"Todo o cenário atual faz com que o empresário enxergue as condições correntes de forma tão ruim. E, provavelmente, isso vai continuar no primeiro semestre de 2016", alertou a economista Izis Janote Ferreira, da Divisão Econômica da CNC.

Os empresários ficaram mais pessimistas com a situação atual da empresa (-6,6% em relação a novembro) e do setor (-12,6%). Mas a retração maior foi na avaliação da economia, um recuo de 30% na passagem de novembro para dezembro.

Enquanto as avaliações negativas das condições correntes se aprofundaram, houve melhora nas expectativas, com alta de 1% em dezembro ante novembro, e nas intenções de investimentos, um crescimento de 0,7% no período.

"As expectativas melhoraram, mas ainda é preciso aguardar para ver se esse movimento vai continuar e se confirmar nos próximos meses", ponderou Izis.

A expectativa dos lojistas do Recife é de queda nas vendas de Natal e Ano Novo. Para que esses números fiquem um pouco melhor, do dia 15 de novembro até 31 de dezembro, as lojas vão ficar abertas nos domingos e feriados.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) tinha uma expectativa inicial de queda com relação ao ano passado de 4,1%, mas o número já foi corrigido para 4,8%. Esta será a primeira queda das vendas de Natal em 11 anos.

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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) Eduardo Catão lembra que desde janeiro as lojas estão vendendo menos que em 2014. “O poder aquisitivo das pessoas caiu, por conta da inflação. A conta de energia e a gasolina também subiram muito, aumentando as despesas do consumidor”, comenta Catão.

Segundo o levantamento da CDL, o setor de eletroeletrônicos tem sofrido no número de vendas, mas ainda é esperado um resultado satisfatório para o ramo de calçados, vestuários e eletrônicos. 

Eduardo Catão também lembra que o 13º salário, apesar de ser muitas vezes destinado ao pagamento de dívidas, vai contribuir para um melhor resultado de vendas. “É natural que as pessoas quitem os débitos nesse período para sair do cadastro negativo. Mas, ainda assim, esperamos uma boa movimentação nos negócios”, explica.

A queda nas vendas também reflete em contratações. Dados da CNC apontam uma redução de 40% no número de contratações temporárias. Além disso, essas contratações costumavam acontecer já em outubro, mas os lojistas estão esperando o movimento do comércio se estabilizar para ter uma noção da quantidade necessária de funcionários. 

Apesar do clima de crise, Catão reforça que quem estiver mais preparado vai se dar bem. “Aquele lojista que estiver mais preparado, com uma equipe bem treinada, capacitada, com um produto legal, vai levar vantagem e vai vender bem”, conclui. O Natal é a melhor época do ano para o comércio, seguido do Dia das Mães, Dia dos Namorados, São João e Dia dos Pais.

O comércio varejista se prepara para o pior Natal dos últimos 11 anos. A expectativa é de retração de 4,8% no volume vendido em relação ao ano anterior. A percepção de que as vendas serão mais fracas deve fazer o número de empregados temporários encolher até 2,9%, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"A última queda nas vendas do varejo ocorreu em 2003, mas não temos como mensurar as perdas daquela época, porque houve mudança na metodologia da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE. Mas sabemos, seguramente, que esse será o pior Natal desde então", disse o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.

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Bentes já calculava queda de 4,1% no volume vendido pelo varejo nas festas de fim de ano, mas a previsão ficou mais pessimista diante de uma inflação persistente, dos juros altos e da confiança do consumidor ainda longe de uma recuperação.

"Os juros do crédito livre para pessoa física atingiram o recorde de 62,3% ao ano em setembro. A confiança do consumidor continua no piso histórico, enquanto a inflação vem piorando mês a mês", diz Bentes.

Se a estimativa da CNC for confirmada, o varejo deve oferecer 138,6 mil vagas temporárias entre setembro e novembro, o menor saldo desde 2012, quando foram abertos 135,2 mil postos com esse tipo de vínculo.

O estudo prevê ainda que o salário médio de admissão deve ficar em R$ 1.444, um recuo de 0,2% ante o valor pago em 2014, descontada a inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) rebaixou sua expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015, de queda de 2,8% para um recuo de 3,1%. A entidade reforçou que a economia do País deve registrar o pior desempenho desde 1990, quando registrou retração de 4,4%. Para 2016, a expectativa da CNC é de uma queda de 1,8% no PIB.

Segundo a entidade, a piora na percepção sobre o resultado deste ano foi motivada, principalmente, pela expectativa de manutenção da taxa básica de juros em patamar alto e pela desvalorização do real em relação ao dólar.

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A CNC prevê ainda que o PIB industrial encolha 5,3% em 2015 e recue 2,6% em 2016. Já a expectativa para o setor de serviços é de queda de 2,5% em 2015 e retração de 2% no ano que vem.

A confiança do comércio voltou a atingir o mínimo histórico em setembro. O indicador recuou 4,1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, para 81,5 pontos, o menor valor da série iniciada em março de 2011 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com setembro de 2014, sem ajuste, o recuo foi de 26,6%.

"O mês de setembro, que abre normalmente a temporada de ofertas de vagas para trabalhadores temporários no final de ano, mostrou-se pouco favorável para contratações. As perspectivas continuarão baixas nessa área", destacou a instituição. A pesquisa aponta que 61,1% dos empresários pretendem reduzir a contração de funcionários nos próximos meses.

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Com mais esse resultado negativo frente a agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou a 11ª queda seguida neste confronto. Oito dos nove componentes da pesquisa estão em seu menor nível de toda a série. "O resultado de setembro confirma 2015 como o pior ano do varejo desde 2003", diz a CNC.

A instituição revisou suas projeções para o setor neste ano. Segundo a CNC, a queda nas vendas deve chegar a 2,9% no conceito restrito. Já no segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo deve ser de 6,7%, o pior da série, iniciada em 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do Icec em setembro foi puxado principalmente pela queda de 8,3% na percepção dos empresários sobre as condições atuais. O maior grau de insatisfação entre os empresários é com o estado corrente da economia brasileira.

Segundo a CNC, 93,9% dos entrevistados acham que economia está pior que no ano passado - maior porcentual de insatisfação já registrado em mais de 55 meses de pesquisa.

A perspectiva em relação ao futuro tampouco é positiva. As expectativas recuaram 2,4% em setembro ante agosto, embora se mantenham em 121,7 pontos, acima da zona negativa, cujo limite é definido pelos 100 pontos. A CNC aponta que 46,9% dos entrevistados afirmam que a economia vai piorar nos próximos meses.

As vendas de Natal em 2015 devem amargar a primeira queda desde 2004, quando a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) passou a fazer esse tipo de levantamento. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (5), a entidade projeta que a data vai movimentar R$ 32,2 bilhões este ano, retração real de 4,1% em relação ao ano passado.

A confirmação desse quadro deve frear a demanda por trabalhadores temporários, acrescentou a CNC. As estimativas da entidade apontam para redução de 2,3% no número de vagas em relação a 2014, o primeiro resultado negativo desde 2009, quando os economistas passaram a divulgar projeções para emprego temporário.

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O segmento de móveis e eletrodomésticos será um dos mais afetados, diante da significativa desvalorização do real ante o dólar, da inflação elevada e, sobretudo, do encarecimento do crédito. A previsão da CNC é que o setor apresente uma das maiores retrações em relação a 2014, com queda de 16,3% nas vendas.

Dos oito segmentos avaliados, que compõem o chamado varejo restrito (sem veículos e material de construção), só há expectativa de crescimento das vendas no ramo de artigos de uso pessoal e doméstico, com alta de 3,1%. Nem os supermercados, nem os artigos farmacêuticos conseguirão tirar vantagem da data comemorativa.

Menos empregos

A redução nas vendas deve impactar a contratação de trabalhadores temporários em 2015. A demanda sazonal por emprego no comércio varejista deve levar o setor a oferecer 139,6 mil vagas, 2,3% a menos do que o ofertado no ano passado. Ainda assim, haverá admissões, já que o volume de vendas do comércio costuma crescer em média 35% no último mês do ano. O salário médio desses trabalhadores poderá chegar a R$ 1.442,00, estima a CNC.

Assim como nas vendas, a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%). Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deverá responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal de 2015.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 5,9% em agosto na comparação com julho, registrando 81,8 pontos, informou a Confederação nesta quarta-feira, 19. O ICF recuou 32,3% na comparação com agosto do ano passado. Esse foi o sétimo mês seguido de queda do índice, que permanece abaixo dos 100 pontos, indicando uma percepção de insatisfação com a situação atual.

Os indicadores que medem a percepção em relação à situação atual de renda e emprego são os únicos que se mantêm acima de 100 pontos. Apesar disso, para 32,1% dos entrevistados o nível atual de renda é considerado insatisfatório - porcentual recorde na série histórica da pesquisa. Em agosto de 2014 essa taxa era de 15%. O índice registrou quedas de 4,4% na comparação mensal e 26,6% ante o mesmo período do ano passado.

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A pesquisa mostra que o quesito que registra a maior queda na comparação anual é o de intenção de compra de bens duráveis - 49,5% menor que no mesmo período de 2014. Praticamente sete em cada dez entrevistados (69,2%) não acreditam que o momento atual seja favorável ao consumo desses produtos. Grande parte dessa resistência deve-se ao encarecimento do crédito.

O índice com maior variação na comparação mensal é o de perspectiva de consumo - queda de 11,4% em relação a julho. A propensão a consumir nos próximos meses é menor na opinião de 55,7% dos entrevistados, em especial nas regiões Sul e Sudeste.

Segundo a CNC, a combinação entre a queda no ritmo de atividade econômica e o atual nível de inflação contribui para reduzir as chances de reversão desse quadro no médio prazo. Diante da deterioração das condições de consumo, a Confederação reduziu a expectativa sobre o volume de vendas para o varejo restrito em 2015: de queda de 1,9% para recuo de 2,4%. Para o fechamento do ano, o desempenho esperado para o ano aponta uma queda de 6,5%.

Uma recuperação nas vendas do comércio ainda este ano já não passa mais pela cabeça dos empresários, que cada vez mais ajustam suas previsões de investimentos e contratações de acordo com a perspectiva desfavorável para os próximos meses. Em julho, as expectativas dos empresários ficaram 8,5% menores do que em igual mês do ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"Antes, o empresário tinha expectativa de recuperação rápida. Agora, ele não acha mais isso, não vê recuperação no curto e médio prazos", diz o economista Bruno Fernandes, da CNC. "Se a expectativa está ruim, o empresário não contrata", acrescenta. No mês passado, a perspectiva de investimento em funcionários recuou 24,8% na comparação interanual. Em relação a junho, a queda foi de 3,2%.

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Segundo Fernandes, a inflação elevada, o crédito caro e escasso e a baixa confiança das famílias permitiu que o pessimismo se disseminasse no setor varejista. Nos cinco primeiros meses do ano, as vendas no segmento restrito (sem veículos e materiais de construção) recuaram 2,0% em relação a igual período de 2014. Hoje, a entidade anunciou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu um novo mínimo histórico na série, iniciada em março de 2011.

A segunda metade do ano deve ser "um pouco melhor" para o setor, diante de uma inflação menos pressionada pelos preços administrados, avalia a CNC. "Mesmo assim, um pouco melhor que a gente diz significa menos ruim", esclarece Fernandes. A entidade prevê queda de 1,1% nas vendas do varejo restrito este ano, o pior resultado desde 2003.

Cresceu a inadimplência dos consumidores, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou 21,5%, ante 21,3% em junho e 18,9% em julho de 2014.

Segundo nota distribuída pela CNC, "apesar da moderação no crescimento do crédito, a alta das taxas de juros, a persistência inflacionária e a queda na renda real do trabalhador provocaram impactos negativos nos indicadores de inadimplência".

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A Peic mostrou que, em julho, o porcentual de famílias endividadas alcançou 61,9%, queda em relação aos 62,0% observados em junho e em relação aos 63,0% de julho de 2014. É a segunda queda consecutiva este ano, informou a CNC.

O porcentual das famílias que deverão permanecer inadimplentes atingiu 8,1% em julho - uma alta tanto na comparação com junho (7,9%) quanto na comparação com julho do ano passado (6,65). Segundo a CNC, é o maior patamar já registrado desde outubro de 2011. A proporção de famílias muito endividadas também aumentou nas comparações mensal e anual, alcançando 12,9% do total.

Segundo a Peic, o tempo médio de adiamento do pagamento de contas ou dívidas em atraso foi de 59,8 dias em julho - abaixo dos 61,3 registrados no mesmo período do ano passado. O período médio de comprometimento de renda com as dívidas foi de 7,1 meses.

A Peic considera todas as formas de endividamento e não apenas as dívidas financeiras, com bancos. O cartão de crédito, que é contabilizado como dívida mesmo quando pago em dia, é o principal motivo de débito para 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,3%) e, em terceiro, por financiamento de carro (13,5%).

O comércio dá sinais da "asfixia" no orçamento das famílias e as vendas não devem melhorar antes de 2016, afirmou o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Diante do fraco desempenho exibido nos resultados anunciados nesta terça-feira, 14, a entidade revisou sua projeção para o varejo restrito para alta de 0,3%, com viés de baixa. "Definitivamente não descartamos um dado negativo para 2015, e certamente será o pior ano desde 2003", afirmou.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou uma queda de 3,1% nas vendas do varejo restrito (sem veículos e material de construção) em fevereiro ante igual mês do ano passado. Foi o pior resultado para um fevereiro desde 2001. Na avaliação do economista da CNC, o dado é fruto da maior cautela das famílias.

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"Há uma asfixia do orçamento e o consumidor mostrou mudança no comportamento histórico ao puxar o freio de mão de maneira prudente para não se endividar ou ficar inadimplente no futuro", definiu Bentes.

"Além disso, o consumidor tem dúvidas sobre o emprego. O mercado de trabalho demora para piorar, mas, quando piora, demora para melhorar", acrescentou o economista da CNC. Nos dois primeiros meses de 2015, o desemprego aumentou em ritmo maior do que o observado normalmente nesta época, caracterizada pela dispensa de temporários. A taxa ficou em 7,4% no trimestre até fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O consumo está tão fragilizado que não há condições de recuperação ainda neste ano, afirmou Bentes. Dessa forma, a contribuição da atividade para o Produto Interno Bruto (PIB) também deve ser negativa. O economista projeta retração da economia entre 1% e 1,5% neste ano.

O comércio deve registrar um recuo de 0,5% nas vendas na Páscoa deste ano em relação a igual período de 2014, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A previsão é de que o País movimente R$ 2,6 bilhões em negócios, o que representaria a primeira queda em 11 anos no volume vendido para a data. No ano passado, as vendas durante a Páscoa cresceram 3,0% em relação às de 2013, já descontada a inflação. O comércio não registrava queda no volume vendido desde 2004, quando o faturamento real apontado foi 4,8% menor que o do ano anterior.

De acordo com a CNC, a atual tendência de redução no nível de ocupação e na renda da população, decorrente da queda da atividade econômica esperada para 2015, é a principal responsável pelo resultado negativo. "Além disso, a desvalorização do real (em relação ao dólar), superior a 40%, entre a Páscoa deste ano e a de 2014, quando a taxa de câmbio estava abaixo dos R$ 2,25, afetará de forma significativa os preços dos produtos tradicionalmente demandados nessa época do ano, especialmente os importados", acrescentou Fabio Bentes, economista da CNC, em nota.

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De acordo com a última prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os bens e serviços mais demandados durante a Semana Santa acumularam alta de preços de 9,1% nos 12 meses encerrados em março, com destaque para o aumento nos chocolates (+10,9%) e pescados (9,3%).

A CNC ressalta que a Páscoa é a sexta data comemorativa mais importante para o varejo, atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças e Dia dos Namorados.

A insegurança das famílias em relação ao mercado de trabalho é um dos principais entraves ao consumo nos próximos meses, afirmou nesta quinta-feira, 19, a economista Juliana Serapio, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Inflação elevada e a alta de juros também contribuem para a maior cautela dos consumidores. Os bens duráveis são os principais cortes do orçamento: quase metade das famílias acha que é um mau momento para adquirir esse tipo de produto.

Em março, o indicador que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 6,1% ante fevereiro, ao menor nível da série, iniciada em janeiro de 2010. "A inflação de transportes acelerou muito em fevereiro, principalmente gasolina e diesel. A alta do dólar também contribui, pois acaba sendo repassada a alguns produtos como o trigo, um produto bastante básico e provoca aumentos nos pães", comentou Juliana.

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Mas o fator principal, segundo a especialista, é a desaceleração do mercado de trabalho. Na quarta-feira, 18, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) anunciou que 2,4 mil postos formais foram fechados em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o terceiro mês seguido de demissões. Já a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas ficou em 5,3% em janeiro, contra 4,8% em igual mês de 2014.

"As famílias estão ficando mais inseguras em relação à renda futura e o emprego", afirmou Juliana. Segundo a economista, a desaceleração do mercado de trabalho gera essa incerteza e explica a cautela das famílias na hora das compras. "Elas tendem a evitar o consumo de itens desnecessários por conta do orçamento mais apertado e dos juros mais altos."

A ICF de março mostra que os bens duráveis devem ser os mais afetados pela decisão dos consumidores. Ao todo, 49,7% das famílias dizem que é um mau momento para adquirir esse tipo de produto. Segundo a CNC, a taxa média de juros das operações de crédito com recursos livres para pessoas físicas, de 52,62% ao ano em janeiro (o maior patamar da série do Banco Central) é um grande inibidor desse tipo de gasto.

"Até então, com as perspectivas nada animadoras, não vejo reversão desse quadro. Há todo um conjunto de fatores contribuindo (para a baixa intenção de consumo). É difícil um fator isolado proporcionar uma melhora", afirmou Juliana.

Diante das sinalizações das famílias, o quadro não é nada alentador para o comércio. "O setor, que era um propulsor do crescimento, está bastante baqueado", disse a economista da CNC. Recentemente, a entidade revisou a previsão de aumento no volume de vendas do varejo restrito (sem veículos e material de construção) para 1% este ano. Se confirmado, o resultado será o pior desde 2003 (-3,7%).

Os brasileiros estão mais cautelosos em relação a novas compras ou novos empréstimos e financiamentos, o que mostra certo "aprendizado", na visão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Contudo, a contenção de gastos que alivia o orçamento familiar terá como reflexo negativo a continuidade de desaceleração nas vendas do varejo.

"As famílias estão demandando menos crédito não por inadimplência, mas por cautela. Existe um processo de aprendizado", afirmou a economista Marianne Hanson, da CNC. Nesta quinta-feira, 26, a Confederação anunciou que o endividamento das famílias ficou em 57,8% em fevereiro. A fatia é maior do que a verificado em janeiro (57,5%), mas bem menor do que em fevereiro de 2014 (62,7%).

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O aumento do endividamento na comparação mensal já era aguardado, segundo Marianne. "No primeiro trimestre incidem gastos diversos como IPTU, IPCA, matrícula escolar e materiais. Muitas famílias não se preparam e acabam recorrendo ao crédito", explicou a economista.

Na comparação anual, porém, a redução do endividamento demonstra a cautela dos consumidores. O incomum é que veio a despeito de um aumento na fatia dos que têm contas em atraso e devem permanecer inadimplentes - de 5,9% em fevereiro do ano passado para 6,4% neste mês.

"Não é comum, normalmente o endividamento sobe quando aumenta o número de famílias com contas em atraso. É um fator positivo que elas consigam fazer isso. Mas também é graças ao ano passado, já que houve em 2014, principalmente no segundo semestre, uma tendência de redução do endividamento", detalhou Marianne.

Como resultado, a parcela média da renda comprometida com dívidas entrou em queda livre na passagem do ano. De 30,6% em dezembro, esse indicador passou a 29,5% em janeiro e a 28,8% em fevereiro. O que aumentou foi o tempo médio de pagamento, de 6,9 meses em dezembro para 7,1 meses na pesquisa divulgada hoje.

Além do cenário econômico incerto, a economista da CNC apontou a elevação dos juros como o principal desestímulo ao consumo. Quem tem contas em atraso, por sua vez, encontra condições menos favoráveis para renegociar as dívidas. A despeito disso, ela lembrou que a inadimplência ainda está em níveis historicamente baixos.

Se por um lado toda essa cautela traz alívio ao orçamento das famílias, por outro derruba ainda mais a atividade. "O aspecto negativo é uma desaceleração no consumo das famílias", comentou a especialista. Recentemente, a CNC revisou sua projeção para o crescimento das vendas no varejo restrito (sem veículos e materiais de construção) este ano, para alta de apenas 1,7%.

O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso ficou em 17,5% em fevereiro, taxa inferior aos 17,8% do mês anterior e aos 19,7% de fevereiro de 2014. O dado, da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), foi divulgado hoje (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A pesquisa mostra que o tempo médio de demora para o pagamento das dívidas é de 60,5 dias. Já o número de famílias com dívidas (não necessariamente em atraso) ficou em 57,8% em fevereiro, acima dos 57,5% de janeiro mas abaixo dos 62,7% de fevereiro do ano passado. Do total das famílias, 9,7% se disseram muito endividadas, percentual abaixo do observado em fevereiro de 2014 (12,1%).

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Entre as dívidas, a maior parte (70,9%) continua sendo com cartão de crédito. Outras fontes de dívidas são carnês (18%), financiamentos de carro (14,5%), créditos pessoais (9,2%) e financiamentos de casas (8%).

Outro dado mostrado pela pesquisa da CNC é que 6,4% das famílias não terão condições de pagar suas dívidas ou contas, o mesmo percentual de janeiro deste ano, mas acima do patamar de fevereiro de 2014 (5,9%).

A trajetória de redução do endividamento das famílias deve continuar em 2015, mas não por razões virtuosas. O ritmo fraco da economia seguirá alimentando a cautela dos consumidores, diante do crédito mais caro e da renda crescendo menos, avalia o economista Bruno Fernandes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"No começo do ano que vem, o endividamento pode ter leve alta, diante dos compromissos com impostos. Mas a trajetória (de queda) não vai mudar, pois os fatores que impactaram o endividamento este ano tendem a se manter", disse Fernandes. "A economia mais fraca bate no mercado de trabalho e na renda. Com o consumo mais devagar ao longo de 2015, o endividamento tende a cair."

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A CNC anunciou nesta segunda-feira, 22, que 59,3% das famílias tinham dívidas ou contas em dezembro deste ano, índice bem abaixo do registrado em igual período de 2013 (62,2%). Por outro lado, a fatia da renda comprometida com esses pagamentos ficou maior, enquanto o prazo está mais curto.

"Pode acontecer também de a inadimplência ter uma alta marginal. Mas não será uma explosão, pois temos um perfil diferente de dívida, com crédito habitacional e consignado. Em anos anteriores, a inadimplência era alimentada, por exemplo, pelo financiamento de veículos", afirmou o economista.

Para o próximo ano, a entidade aguarda expansão de 3,6% nas vendas do varejo restrito (sem veículos e materiais de construção), após alta de 3,1% estimada para 2014.

Apesar de afirmar que o Brasil não está em recessão, o ex-diretor do Banco Central e chefe da divisão econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, diz que a economia está parada e será preciso mudar o modelo de crescimento, com ênfase maior nos investimentos. "Não estamos em recessão, estamos com uma economia parada, que deve continuar assim por algum tempo, porque não há condições de o PIB voltar a crescer tão rapidamente", afirmou em entrevista ao Broadcast ao Vivo.

Ele aponta que um dos fatores que chamou atenção nos dados do PIB do terceiro trimestre, que cresceu apenas 0,1%, na margem, foi a retração no consumo das famílias (-0,3%), que vinha impulsionando o crescimento nos últimos anos. "Isso mostra que as taxas de juros mais altas já estão funcionando e que as famílias estão preocupadas em não consumir mais, com o endividamento, com medo de perder o emprego ali na frente", apontou. Já entre os destaques positivos, ele citou a retomada dos investimentos (+1,3%) e os primeiros sinais de recuperação da indústria (+1,7%).

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Segundo ele, o consumo das famílias deve continuar patinando nos próximos trimestres. Já a indústria deve perder espaço no consumo interno, mas pode ter alguma recuperação em 2015, beneficiada pela valorização do dólar. "O Brasil não tem mais condições de ter um modelo de crescimento com incentivos ao consumo interno. Temos de incentivar os investimentos. Já estamos mudando o modelo, mas isso vai demorar um pouco mais em função do resultado fiscal, que é péssimo e desestimula a atração de investimentos", afirma. O analista prevê uma expansão de 1% a 1,5% do PIB em 2015, enquanto este ano o crescimento não deve passar de 0,5%.

Em relação à nova equipe econômica, anunciada ontem pelo Palácio do Planalto, Freitas chamou atenção para o compromisso do futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com superávits primários que garantam ao menos a estabilidade da dívida pública. Nesse sentido, no curto prazo a política monetária deve andar junto com a fiscal, em um movimento contracionista. Ele acredita que o BC deve elevar a Selic em 0,25 ponto porcentual na próxima semana.

Sobre o programa de swap cambial do BC, Freitas diz "não ter dúvidas" de que a oferta diária deve ser interrompida a partir do próximo ano. Com isso e em um cenário de aumento gradual dos juros nos EUA, o dólar poderia atingir R$ 2,60, R$ 2,70 no próximo ano. Se houver um aperto abrupto na política monetária norte-americana, o dólar chegaria a R$ 2,90.

As vendas para o Natal deste ano devem crescer 2,6% em relação ao mesmo período de 2013 e movimentar quase R$ 32 bilhões, de acordo com cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgados nesta segunda-feira (27). Também haverá aumento de 0,7% no número de empregos temporários, chegando a 138,4 mil vagas no final do ano.

Apesar de positivos, os índices são menores do que as previsões anteriores da entidade, que apontavam aumentos de 3% sobre as vendas e de 0,8% na expansão do emprego. A CNC ressalta que a temporada de contratação começa nos meses de setembro e outubro, mas 65% dos empregos temporários são concentrados em novembro.

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Quase metade das vagas de trabalho serão geradas pelo comércio, especialmente nos setores de vestuário e calçados, com 66,2 mil vagas, equivalentes a 47,8% do total. O salário médio dos trabalhadores temporários deve ser R$ 993 nos setores têxtil e calçadista e R$ 995 no segmento de supermercados. O maior salário médio será pago aos trabalhadores do ramo de farmácia e perfumaria, em torno de R$ 1.143.

Os maiores aumentos nas vendas devem ser nos segmentos de farmácia e perfumaria (8,6%) e nos segmentos de eletrônicos, brinquedos e material esportivo (7%). As vendas ficarão concentradas em dois segmentos, responsáveis por 63% das vendas de fim de ano. Vestuário responderá por R$ 10,5 bilhões e hipermercados e supermercados por R$ 9,5 bilhões.

O volume de vendas do comércio varejista costuma aumentar 35% em dezembro, em relação à media do ano. Cerca de 22,8 mil trabalhadores temporários, representando 17,3% do total, deverão ser efetivados, conforme avaliação da CNC, que pode ser acessada no endereço eletrônico www.cnc.org.br na internet.

Embora esteja em níveis comparáveis aos da crise de 2009, a confiança dos empresários brasileiros não deve demorar a subir, segundo o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas.

"Vai ser um processo que não é fácil, porque caiu muito, mas os empresários e investidores em geral gostam de ver uma 'moldura'", afirmou Thadeu, ex-diretor de Dívida Pública do Banco Central. "Antes não tínhamos essa moldura porque não sabíamos quem venceria as eleições. Agora sabemos."

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Ele explica que a 'moldura' inclui um conjunto de compromissos firmado pelo governo, como a meta fiscal e a nomeação de uma nova equipe econômica. "Não precisa dizer que vai mudar radicalmente, mas que vai ajustar a política dela aos novos tempos", acrescentou.

Thadeu lembrou que o País está crescendo menos, mas há fatores favoráveis à confiança, como uma fatia importante da população empregada e a manutenção da taxa de retorno no País em nível alto. "A taxa de retorno no Brasil é muito boa, não caiu", afirmou.

Quanto à renovação da equipe econômica, o ex-diretor do BC acredita que Dilma vá optar por alguém que já esteve ou que ainda está ao seu lado no governo. "Aloizio Mercadante, Luciano Coutinho ou Nelson Barbosa, um desses três", arriscou.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a recuar em setembro. A taxa foi negativa em 0,7% ante o mês anterior, divulgou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira, 02, atribuindo a queda, principalmente, à variação negativa do subíndice que mede a percepção das condições correntes (- 4,7%). Em agosto, o Icec havia crescido 2%, interrompendo uma sequência de dez meses de queda.

Na comparação sazonal, também as intenções de investimento caíram, -0,9%. Já as expectativas, que haviam puxado a alta no mês passado, voltaram a subir (+1,8%), evitando uma queda ainda mais expressiva do Icec em setembro.

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"Apesar da ligeira recuperação do otimismo nos últimos meses, tanto os investimentos quanto as expectativas seguem em níveis consideravelmente abaixo daqueles verificados em setembro de 2013", afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.

Na comparação com setembro de 2013, o Icec registrou variação negativa de 9,0%, puxado pela deterioração na avaliação das condições correntes. Para 62,4% dos empresários, as condições atuais do setor estão piores do que há um ano, sendo que na opinião de 28,9% houve piora acentuada nos últimos 12 meses. Com isso, a avaliação das condições correntes do setor atingiu o seu patamar mais baixo desde o início da pesquisa, em 2011.

Comparado a setembro de 2013, as expectativas recuaram 5,5%. Mas, em relação a agosto subiram 1,8%. Segundo a CNC, o principal responsável tanto pelo avanço mensal quanto pela retração no comparativo anual segue a expectativa média em relação ao desempenho da economia brasileira.

A pesquisa captou também que a maioria dos entrevistados (73,2%) projeta um cenário econômico melhor para os próximos meses. Há um ano esse percentual era de 83,0%. As intenções de investimento, no entanto, recuaram 0,9% em relação ao mês anterior e 7,1% contra o mesmo mês de 2013.

"Em ambos os casos, o principal responsável pelas retrações foi a menor propensão a investir capital nas empresas. O crédito mais caro neste ano tem desestimulado não somente a tomada de recursos por parte dos consumidores, mas também inibido os investimentos no setor, especialmente em um ano em que as vendas vêm perdendo fôlego", informou a CNC.

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