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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta quinta-feira os indicados ao troféu de Melhor Atleta do Ano do Prêmio Brasil Olímpico 2021. Os medalhistas na Olimpíada de Tóquio, Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Rayssa Leal (skate) e Rebeca Andrade (ginástica artística), no feminino; e Hebert Conceição (boxe), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade) e Italo Ferreira (surfe), no masculino, concorrem ao prêmio.

O processo de escolha dos indicados a Melhor Atleta do Ano e à premiação dos melhores das modalidades reuniu votos de jornalistas, dirigentes, Comissão de Atletas do COB, patrocinadores, ex-atletas e personalidades do esporte. A cerimônia ocorrerá no dia 7 de dezembro, no Teatro Tobias Barreto, em Aracaju.

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"Pela primeira vez no Nordeste, o Prêmio Brasil Olímpico celebrará a melhor campanha da história do país em Jogos Olímpicos. Tenho certeza de que será uma grande festa em homenagem aos atletas, técnicos e a todos que contribuíram para esse resultado memorável em Tóquio", disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.

O comitê olímpico também anunciou os 51 melhores atletas em cada modalidade esportiva olímpica. Já os que vão concorrer ao prêmio Atleta da Torcida serão revelados no domingo, dia 14, quando será aberta a votação popular pela internet.

O Prêmio Brasil Olímpico 2021 terá também outras premiações, como de Melhor Técnico e o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado a personalidades do esporte que representem os valores que marcaram a vida e a carreira do saltador.

 

Os vencedores de cada modalidade do Prêmio Brasil Olímpico 2021:

Atletismo - Alison dos Santos

Badminton - Ygor Coelho

Basquete 3x3 - Fabrício Veríssimo

Basquete 5 x 5 - Clarissa dos Santos

Beisebol - Thyago Vieira

Boxe - Hebert Conceição

Canoagem Slalom - Ana Sátila

Canoagem Velocidade - Isaquias Queiroz

Ciclismo BMX Freestyle - Eduarda Bordignon

Ciclismo BMX Racing - Renato Rezende

Ciclismo Estrada - Vinícius Rangel

Ciclismo Mountain Bike - Henrique Avancini

Ciclismo Pista - Wellyda Rodrigues

Desportos na Neve - Michel Macedo

Desportos no Gelo - Nicole Silveira

Escalada Esportiva - Felipe Ho Foganholo

Esgrima - Nathalie Moellhausen

Futebol - Richarlison

Ginástica Artística - Rebeca Andrade

Ginástica de Trampolim - Camilla Gomes

Ginástica Rítmica - Duda Arakaki

Golfe - Alexandre Rocha

Handebol - Bruna de Paula

Hipismo Adestramento - João Victor Oliva

Hipismo CCE - Carlos Parro

Hipismo Saltos - Marlon Zanotelli

Hóquei sobre Grama e Indor - Vinicius Vaz

Judô - Mayra Aguiar

Karatê - Vinícius Figueira

Levantamento de Pesos - Jaqueline Ferreira

Maratona Aquática - Ana Marcela Cunha

Nado Artístico - Laura Miccuci e Luisa Borges

Natação - Bruno Fratus

Pentatlo Moderno - Danilo Fagundes

Polo Aquático - Ana Beatriz Mantellato

Remo - Lucas Verthein

Rugby - Isadora Cerullo

Saltos Ornamentais - Kawan Pereira

Skate - Rayssa Leal

Softbol - Mariana Pereira

Surfe - Italo Ferreira

Taekwondo - Milena Titoneli

Tênis - Luisa Stefani e Laura Pigossi

Tênis de Mesa - Hugo Calderano

Tiro com Arco - Marcus D’Almeida

Tiro Esportivo - Felipe Wu

Triathlon - Vittoria Lopes

Vela - Martine Grael e Kahena Kunze

Vôlei - Fernanda Garay

Vôlei de Praia - Duda Lisboa

Wrestling - Laís Nunes

O estado de Pernambuco quebrou o seu próprio recorde de medalhas na participação dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) 2021. Ao todo, foram conquistadas 24 medalhas na competição, sendo 10 de ouro, 4 de prata e 10 de bronze. Os jogos aconteceram no Rio de Janeiro com a participação de jovens de 12 a 14 anos.

Além do recorde total de medalhas, as conquistas de primeiro lugar dobraram em relação à edição passada. Pernambuco ainda conquistou mais 5 medalhas nas séries Prata e Bronze, uma espécie de segunda e terceira divisão da competição. 

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Nas modalidades o destaque vai para o primeiro lugar no karatê masculino, ciclismo feminino; segundo lugar no judô masculino e taekwondo feminino e terceiro lugar geral no badminton masculino e luta olímpica feminina.

Muita gratidão e muita felicidade. Fiz provas muito boas e consegui me destacar, conquistando essas medalhas tão importantes para o meu Estado”, disse a jovem de 13 anos Kawani Sofia que conquistou 3 medalhas de ouro no ciclismo. 

Mas se para Pernambuco o JEBs foi um sucesso, para organizadores do evento restaram críticas. Relatos de atrasos na alimentação dos atletas e até na questão da hospedagem não passou despercebido pelo secretário executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez.

“Apesar das dificuldades encontradas na organização da competição, Pernambuco superou as dificuldades. Esse grande crescimento no número de medalhas de ouro coloca o Estado em ainda mais destaque no esporte escolar do Brasil. Estamos agora na expectativa pela realização da categoria 15-17 anos, para consolidar essa posição entre as melhores do Brasil”, disse.

Com informações da assessoria

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou na noite de segunda-feira (16) que cancelou a edição de 2021 dos Jogos da Juventude, que aconteceria em dezembro deste ano em Aracaju, capital de Sergipe, por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

"Considerando a gravidade da pandemia de Covid-19 e a disseminação de novas cepas do coronavírus, e levando-se em conta também o número elevado de participantes (aproximadamente 5 mil) na faixa etária de 15 a 17 anos, o COB entende que deve zelar pela integridade física e saúde de todos os envolvidos", disse a nota oficial do COB.

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Em novembro de 2021, o tradicional evento estudantil de base do país passou a se chamar Jogos da Juventude, mudança que aconteceu após 15 anos, período no qual o torneio se chamava Jogos Escolares da Juventude. Antes, a competição chegou a ser chamada de Jogos Olímpicos da Juventude.

Grandes nomes do esporte brasileiro passaram pelos antigos Jogos Escolares da Juventude, como a campeã olímpica Sarah Menezes e a campeã mundial Mayra Aguiar, ambas do judô, Hugo Calderano (tênis de mesa), Raulzinho (basquete), Ana Claudia Lemos (atletismo), Etiene Medeiros e Leonardo de Deus (ambos da natação).

"A promoção do respeito e dos cuidados com o próximo são valores olímpicos e que devem ser absorvidos pelos milhares de jovens que participariam do evento. O COB lamenta profundamente a não realização, por motivo de força maior, do evento que ao longo de suas 15 edições ajudou a revelar grandes atletas e formar cidadãos, e agradece toda parceria e empenho do Governo do Estado de Sergipe para a execução desse projeto", finalizou o comunicado oficial.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB), em nota divulgada nesta segunda-feira (16), confirmou o cancelamento dos Jogos da Juventude 2021 que estava  marcado para acontecer em Sergipe, no mês de dezembro. 

O COB justificou o cancelamento devido à pandemia e as novas cepas que têm sido confirmadas em solo brasileiro. Com cerca de cinco mil atletas dos 15 aos 17 anos disputando a competição, a entidade achou prudente cancelar, mas lamentou .

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“O COB lamenta profundamente a não realização, por motivo de força maior, do evento que ao longo de suas 15 edições ajudou a revelar grandes atletas e formar cidadãos, e agradece toda parceria e empenho do Governo do Estado de Sergipe para a execução desse projeto”, disse o órgão em nota.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) comemorou a melhor campanha do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. O País terminou a competição em Tóquio com 21 pódios, um recorde, com sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze. No final ficou com a 12ª colocação, à frente de Nova Zelândia, Cuba, Hungria, Coreia do Sul e Espanha.

"Tivemos a melhor campanha do Brasil em Jogos Olímpicos. Nós entregamos o que tínhamos como meta. Claro que o sarrafo subiu e queremos continuar com esse objetivo", explicou Paulo Wanderley, presidente do COB. "Ficamos em 12º lugar no mundo, entre 206 países. E reforço que 87% dos recursos recebidos foram canalizados para atividade fim, com transparência", continuou.

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Os investimentos no ciclo olímpico, que foi de 2017 até 2021, envolve a participação em diversos eventos internacionais e a Missão Tóquio neste ano custou R$ 46,5 milhões. Já o custo da Missão Europa foi de R$ 14,3 milhões em 2020 e 2021 (das 13 modalidades que subiram ao pódio, nove passaram pela Missão Europa), e R$ 470 milhões foram repassados às confederações nos últimos quatro anos. E ainda teve apoio às confederações na pandemia de R$ 7 milhões, entre outras coisas.

Um outro feito do Time Brasil nos Jogos de Tóquio foi conseguir ter um desempenho superior à edição anterior, quando recebeu a Olimpíada em casa, no Rio, em 2016. Isso é algo bem raro de ocorrer na história. "Conseguimos o maior número de medalhas no total, subimos para o 12º lugar, conseguimos realizar o feito que só a Grã-Bretanha tinha realizado antes, que era superar a marca de quando fomos sede. Estamos satisfeitos com o resultado", disse Paulo Wanderley.

Um dos trunfos do COB no Japão foi a criação de oito bases no país asiático para que os atletas pudessem se adaptar ao fuso horário e fizessem uma aclimatação adequada. Essa iniciativa partiu de análises de desempenho do Brasil em Jogos realizados na Ásia, geralmente com desempenho abaixo do esperado.

"A gente entendeu que era importante montar essas bases para melhor adaptação. Se olhar para o resultado final, todos os medalhistas saíram de alguma dessas bases, elas foram construídas lá. Toda a estrutura foi montada de modo a que tivéssemos a melhor performance possível", comentou Marco La Porta, vice-presidente do COB e chefe de Missão em Tóquio.

Com 317 atletas de 35 modalidades (incluindo os reservas), 54 conquistaram medalha e vão participar de uma divisão de R$ 4,65 milhões que o COB ofereceu aos medalhistas. Quem ganhou o ouro no individual vai receber R$ 250 mil enquanto nos esportes coletivos o título olímpico valeu R$ 750 mil.

Para além do resultado esportivo, o comitê também comemorou o fato de não ter tido qualquer caso positivo de covid-19 entre sua delegação, incluindo atletas, comissão técnica e outros credenciados. "Não tivemos nenhum caso na Missão e isso é muito importante para a gente", comentou Manoela Penna, diretora de comunicação e marketing do COB.

Para prevenir os casos de coronavírus, a entidade adotou protocolos ainda mais rígidos para todos os seus membros, com testagens mais frequentes e restrição ainda maior de circulação. "Fizemos um protocolo extremamente rigoroso, que começou a ser pensado meses antes. Toda a delegação passou por testes diários e fizemos orientações frequentes para usar os equipamentos de proteção", explicou a médica Beatriz Perondi.

O COB levou 68 mil máscaras descartáveis, 2.400 máscaras N95 e divulgou que entre os 317 atletas, 96% tomaram a primeira dose da vacina. "O Brasil não trouxe o vírus para o Japão. Foi nossa medalha invisível", comentou a especialista, reforçando que houve 436 casos positivos no Japão, com 33 atletas, sendo 286 residentes no Japão e 150 estrangeiros, sem nenhum deles brasileiros.

Ao subirem no pódio para receber a medalha de ouro neste sábado (7) com os agasalhos amarrados na cintura e vestindo a camisa de jogo, os atletas da seleção brasileira masculina de futebol descumpriram regras da missão do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio e também um termo que os próprios jogadores assinaram ao fazer parte da delegação olímpica no Japão.

Isso porque o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem contrato com uma empresa de material esportivo, a Peak. Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) possui acordo com a Nike. O acerto era de que todos os atletas que estão nos Jogos de Tóquio, independentemente da modalidade, usem o material da Peak no momento do pódio e cerimônias oficiais. Durante as disputas das provas e jogos em si, não há essa exigência.

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Neste sábado, foi possível observar, no túnel que dá acesso ao gramado do Estádio Internacional de Yokohama, oficiais da organização da Olimpíada pedindo para que os atletas vestissem os seus agasalhos. Além de ignorar a recomendação, teve jogador que chegou a ironizar o pedido. As seleções da Espanha (vice-campeã) e do México (medalha de bronze) subiram ao pódio ao lado do time brasileiro vestindo agasalhos dos seus respectivos comitês nacionais.

O descumprimento das regras da missão e do termo assinado pelo jogadores foi confirmado pelo COB ao Estadão. O Brasil conquistou até este sábado 19 medalhas (7 de ouro, 4 de prata e oito de bronze) em Tóquio. O time de futebol masculino foi o primeiro a não usar o agasalho da patrocinadora do COB.

Além do atrito entre o comitê e a CBF, há temor de que o ato dos atletas do futebol possa acabar na Justiça. Em 2016, quando o Brasil também conquistou o ouro no futebol, as duas entidades tinham o mesmo fornecedor de material esportivo, no caso a Nike, e os jogadores subiram ao pódio vestindo agasalho.

A seleção brasileira feminina de vôlei sofreu uma dura baixa na noite desta quinta-feira (5), pelo horário brasileiro, a poucas horas de entrar em quadra pela semifinal na Olimpíada de Tóquio. Uma das referências da equipe, a oposto Tandara Caixeta foi flagrada em teste antidoping e recebeu suspensão provisória. Ou seja, ela está fora dos Jogos Olímpicos.

A informação foi anunciada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), em comunicado oficial.

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"O Comitê Olímpico do Brasil recebeu nesta madrugada no Japão, através da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), a notificação quanto à suspensão provisória por potencial violação de regra antidopagem pela atleta Tandara Caixeta, da seleção feminina de voleibol."

O COB não revelou detalhes sobre o caso, nem ao menos a substância proibida que teria sido detectada no exame realizado pela brasileira. Segundo a entidade, o teste foi realizado antes da Olimpíada, no dia 7 de julho. Os Jogos começaram no dia 23 do mesmo mês.

Quando fez o exame, Tandara não disputava nenhuma competição. Ela apenas participava dos treinos de preparação da seleção para a Olimpíada, no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em Saquarema. O COB também não informou se já foi analisada a amostra B, geralmente utilizada como contraprova em casos positivos de doping.

Com a suspensão provisória, a jogadora voltará mais cedo para o Brasil, em data não divulgada pelo COB. Tandara se tornou a maior referência da seleção nos últimos anos, assim como também tem brilhado pelo Osasco na Superliga.

Na seleção, estreou em 2011 e soma diversos títulos, com destaque para a conquista da medalha de ouro em Londres-2012 e para os títulos do Grand Prix, atual Liga das Nações, em 2011, 2012, 2013, 2014, 2016 e 2017. Também participou do bronze obtido no Mundial de 2014, na Itália.

Sem Tandara, o técnico José Roberto Guimarães vai ter trabalho para escalar a seleção para o duro duelo contra a Coreia do Sul, pela semifinal na Olimpíada. A partida está marcada para as 9 horas da manhã desta sexta-feira, pelo horário brasileiro.

Quem conquista uma medalha olímpica também é premiado pelo país de origem. Até o momento, nove atletas brasileiros garantiram uma boa remuneração pelos pódios em Tóquio, mas em outros países, as cifras são bem superiores.

Para os vencedores de disputas individuais, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) desembolsa R$ 250 mil pelo ouro, R$ 150 mil pela prata e R$ 100 mil pelo bronze. Nos esportes coletivos com até seis atletas as premiações são divididas. O ouro vale R$ 500 mil, a prata R$ 300 mil e o bronze R$ 200 mil.

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No caso de equipes com mais de seis competidores, o valor do ouro sobe para R$ 750 mil, o da prata vai para R$ 450 mil e do bronze em R$ 300 mil.

Comparada a outras nações, a premiação no Brasil fica aquém do esforço dos atletas. Em Cingapura, o pódio máximo equivale a R$ 3,7 milhões. Nas Filipinas, o valor corresponde a R$ 3,4 milhões. Os esportistas de Hong Kong podem receber até R$ 3,3 milhões, enquanto o Cazaquistão paga R$ 1,2 milhão.

Embora seja uma potência dos jogos, os Estados Unidos pagam menos que o Brasil e repassam R$ 190 mil pelo ouro. Já na Grã-Bretanha, o prêmio vem em formato de bolsa, fixada em R$ 255 mil.

O Brasil terá a sua equipe reduzida ao mínimo na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A decisão ocorre para evitar riscos aos atletas que vão competir no Japão. Assim, dos mais de 300 competidores que vão representar o País, apenas os dois porta-bandeiras e outros dois representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) estarão no estádio Olímpico no desfile desta sexta-feira.

"O Time Brasil participará da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 representado pelo número mínimo exigido de atletas e oficiais. Os porta-bandeiras Bruno Rezende (voleibol) e Ketleyn Quadros (judô) serão acompanhados pelo Chefe de Missão Marco La Porta e por mais um oficial administrativo", explicou a Missão Tóquio-2020 em nota oficial.

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O Desfile das Nações costuma reunir no campo do estádio milhares de atletas dos mais de 200 países que participam dos Jogos. É inevitável a aglomeração e os competidores costumam ficar apertados em um canto, para dar espaço para que todos caibam ali. Até por isso, a ideia foi minimizar riscos para que a saúde de todos seja preservada.

"A decisão foi tomada levando-se em consideração a segurança dos atletas brasileiros em cenário de pandemia, minimizando riscos de contaminação e contato próximo, zelando assim pela saúde de todos os integrantes do Time Brasil", explicou a nota.

"A missão brasileira respeita a importância e simbolismo da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos. Bruno e Ketleyn serão legítimos representantes de toda a delegação e irão honrar os mais elevados valores olímpicos ao entrarem com a bandeira do Brasil no Estádio Olímpico de Tóquio", continuou.

Existe a possibilidade de que outros países também esvaziem o Desfile das Nações em uma cerimônia que será realizada sem a presença de público no estádio. Muitos detalhes do evento, que está marcado para as 20 horas no Japão, 8 horas no horário de Brasília, nesta sexta-feira, estão sendo mantidos em segredo.

O surfista brasileiro Gabriel Medina não desiste da ideia de levar sua esposa para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021. O líder do ranking da WSL já veio a público algumas vezes questionar o Comitê Olímpico Brasileiro, voltou a reclamar nesta quinta-feira (8) por meio das suas redes sociais.

"Eu realmente pedi que a Yasmin fosse comigo como os outros atletas do surfe também estão levando uma pessoa com eles. A gente tem o direito de escolher, e todos estão levando pessoas que não são treinadores, nem coaches, assim como a Yasmin também não é. Eu comecei o ano viajando com ela, e ela faz parte do meu staff, me acompanhando nas viagens. A única coisa que eu quero fazer é continuar viajando com o meu time com quem está me ajudando de verdade", disse Medina em uma série de vídeos publicados no seu instagram.

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O surfista alega que procurou diretamente o presidente do COB, Paulo Wanderley, mas que não teve uma solução para o seu questionamento. Em junho deste ano, quando Medina tornou público a sua reclamação, o COB afirmou em nota que o surfista havia acordado com a entidade que levaria o treinador Andy King e que ele seria credenciado, A entidade também aponta que por conta da pandemia o acesso a 'familiares e amigos' ficou mais restrito. 

"Não quero um tratamento especial, não quero levar uma pessoa a mais, só quero viajar com uma pessoa que tem me ajudado de verdade. É por isso que estou me sentindo prejudicado. Liguei para o presidente, liguei para as pessoas de lá e ninguém conseguiu me ajudar com isso. Assim é o meu staff e assim vai continuar até o fim do ano", finalizou.

O Brasil já tem o primeiro representante do skate nas olimpíadas de Tóquio 2021, modalidade que estreia nos jogos. Luiz Francisco teve sua vaga confirmada depois que a World Skate confirmou o cancelamento do mundial de Park e alterou a pontuação da Dew Tour. 

“A notícia que chegou hoje me deixou muito feliz. Foram três anos na correria, competindo, viajando. Realmente não foi fácil chegar até aqui. Tenho só a agradecer à Confederação, a CBSk, por ter me apoiado desde o início, à minha família, ao Leonardo Romeu, que é meu fisio, ao Leandro, que são pessoas que acreditaram em mim todos os dias. Não só cobrando e sim impulsionando a não desistir. Desde o início era uma coisa que eu queria. Querendo ou não, Olimpíada é o maior evento que temos de esporte no mundo. Então, fazer parte da primeira Seleção Brasileira de Skate, da primeira Olimpíada com skate, é um marco histórico", disse Luiz em entrevista divulgada no site oficial do Comitê Olímpico Brasileiro. 

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Aos 20 anos, Luiz, natural de Lorena, em São Paulo, ocupa a segunda colocação do ranking mundial, além de um vice-campeonato mundial que disputou em casa. O Brasil pode ter até 12 representantes na modalidade que estreia no maior evento esportivo do mundo no dia 25 de julho. 

O endurecimento das regras de controle da Covid-19 imposto pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 com a obrigatoriedade de testes diários para detectar a doença em atletas e integrantes das delegações criou um entrave à equipe brasileira de surfe. Isso porque o COB (Comitê Olímpico do Brasil) solicitou à cidade de Ichinomiya, sede das provas de surfe, cooperação para garantir que integrantes da delegação fossem submetidos aos testes na própria cidade, além de apoio se algum caso fosse confirmado, mas o governo local respondeu que não seria possível atender ao pedido devido à falta de instituições médicas no município.

Agora há um impasse sobre onde serão realizados os testes de Covid-19 da delegação brasileira do surfe. Ichinomiya está na província de Chiba, a aproximadamente duas horas de distância de carro de Tóquio, onde ficará a central médica dos Jogos montada pelo Comitê Organizador. A recusa de Ichinomiya à solicitação do COB foi revelada pela rede japonesa NHK.

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"Estamos em contato com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos para saber como serão realizados os testes no hotel contratado através do TOCOG (sigla em inglês do comitê organizador), após a exigência de testes diários publicada no último Playbook para atletas e oficiais", disse o COB em nota enviada ao Estadão. Antes, a previsão era de que os exames seriam realizados a cada quatro dias.

A intenção do COB permanece em instalar a equipe brasileira de surfe em hotéis de Ichinomiya antes e durante os Jogos, sem a necessidade de ficar na Vila Olímpica de Tóquio e se deslocar diariamente para a cidade. Com apenas 12 mil habitantes, Ichinomiya é uma pequena cidade banhada pelo Oceano Pacífico. As provas olímpicas serão realizadas na praia de Tsurigasaki, conhecida por atrair surfistas de várias partes do mundo.

As disputas de surfe estão programadas para começar em 25 de julho, com as finais no dia 28. Mas, como a competição pode ser atrasada pelas condições do mar, há dias adicionais incluídos no calendário olímpico e o evento pode terminar em 1.º de agosto.

O Brasil tem quatro vagas confirmadas no surfe, duas no masculino e duas no feminino: Gabriel Medina, Ítalo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb. O surfe vai fazer a sua estreia nos Jogos Olímpicos.

A equipe brasileira tem grandes chances de medalhas, o que dá a possibilidade de o País, inclusive, superar a marca de sete ouros, conquistada nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Medina é bicampeão mundial, enquanto que Ítalo é o atual vencedor do Circuito e Silvana Lima tem no currículo dois vice-campeonatos mundiais.

Restando menos de três meses para o início dos Jogos Olímpicos, o Comitê Organizador ainda está estudando como submeterá a testes de covid-19 os competidores que não deverão ficar hospedados na Vila dos Atletas, em Tóquio. Alguns municípios, como Ichinomiya, já adiantaram ser difícil garantir que os testes possam ser realizados todos os dias na cidade.

Diante do imbróglio, o COB acredita que não apenas a equipe brasileira de surfe poderá ser prejudicada. "Essa é uma questão que traz impacto não somente ao Brasil, mas a todos os países com hotéis contratados próximo ao local de competição", alegou o órgão.

Atualmente, Tóquio está em estado de emergência, com várias restrições de circulação. O Japão registrou recorde de internações em UTI devido ao coronavírus. Segundo autoridades locais, 1.050 pessoas apresentavam sintomas graves e estavam hospitalizadas sob cuidados intensivos em todo o Japão no último domingo. O recorde anterior era de 1.043, registrado em 27 de janeiro, durante a terceira onda de infecções no país.

Ygor Coelho lembra com clareza das vezes em que deu "susto" em pessoas nos clubes mais tradicionais de São Paulo. Certa vez estava na fila da lanchonete. Uma senhora olhou para trás e não escondeu o preconceito. "Nossa, pensei que fosse um bandido", disse ela ao perceber a raqueteira nas costas do atleta negro. Ygor é a principal referência brasileira no badminton e estava competindo no clube.

Atos de discriminação se repetiram em outros clubes e bairros elitizados. "Estava andando na calçada em direção ao local de competição. Via pessoas entrando dentro de lojas de repente, um pouco assustadas. Dentro de um clube, vi um casal à frente, que mudou de trajeto quando me viu", recorda o carioca de 24 anos, em entrevista ao Estadão.

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Em todas estas situações, Ygor reagiu da mesma forma: "Fiquei paralisado, sem reação". Para ele, a falta de reação se justifica em parte pela falta de informação sobre discriminação. "Estou aprendendo sobre racismo, acho que eu não sei muita coisa ainda sobre o assunto", diz, apesar de sentir na pele a força do preconceito.

Diante da urgência do assunto, iniciativas ainda tímidas aparecem em diversas modalidades esportivas. Perto da Olimpíada de Tóquio, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) resolveu ir mais fundo. Criou um curso de enfrentamento ao racismo, a ser lançado no dia 6 de abril. Será obrigatório para qualquer brasileiro, seja atleta, membro de comissão técnica ou dirigente, que queira disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano.

"As práticas racistas não se sustentam mais. O racismo é algo que não é mais tolerado na nossa sociedade. Temos que trazer informação para que ele não ocorra mais, mesmo que seja de maneira velada. Sabemos que é desta maneira que ele se apresenta geralmente. E às vezes até de maneira aberta", diz Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.

O curso terá duração de 30 horas e será totalmente online e gratuito. Será possível se inscrever no próprio site da entidade. Trata-se de mais uma iniciativa do COB em combater a discriminação no mundo esportivo. Em março, a entidade lançou o curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte, também em formato online.

"(A discriminação) Nunca dá para levar na boa. Racismo me deixa sem palavras. Acho que um curso pode proporcionar esse conhecimento, vamos entender como funciona. Tem coisas que estão dentro do nosso vocabulário, palavras e expressões, como a ‘a coisa tá preta’... Se a gente se policiar, vamos viver num mundo melhor. Vamos ter voz", comenta Ygor Coelho, que diz nunca ter sido alvo de racismo na Dinamarca, onde mora há quase três anos. Somente no Brasil.

O curso sobre racismo teve como embrião Lives realizadas em agosto sobre o tema, com a participação de atletas da ativa e já aposentados e especialistas, como a professora e filósofa Djamila Ribeiro. Ela é a principal referência do curso, que terá também a participação da ex-ginasta Daiane dos Santos e do coordenador do Programa de Ciências Humanas e Sociais da Unesco, Fabio Eon. "Fiquei bastante feliz com o convite. É a primeira vez que dou um curso assim tão específico, voltado para o esporte", diz a autora do best-seller "Pequeno Manual Antirracista" ao Estadão.

Djamila escreveu a apostila do curso junto do professor Tiago Vinícius. O material, que será recebido pelos alunos, será a base das aulas gravadas em vídeo. "Será tudo muito didático. Trazemos desde os primeiros conceitos, passando pelo que é o racismo estrutural, racismo recreativo. Trazemos também uma lista de atletas que se posicionam na questão racial, com ilustrações. Uma das pessoas homenageadas é a atleta Melânia Luz, a primeira mulher negra brasileira a competir nos Jogos Olímpicos", explica.

Para a especialista, o curso vai trazer esclarecimentos sobre o racismo para negros e brancos, o que deve contribuir para a redução de casos de discriminação no esporte. "A apostila vai levar esse conhecimento para as pessoas que já estão tão acostumadas (com o racismo) que não se informam sobre. É importante denunciar e cobrar para que as pessoas se informem sobre racismo. Um dos capítulos do meu manual é sobre isso: se a gente não se informa, não constrói intelectualmente reflexões críticas sobre isso e acabamos reproduzindo as mesmas práticas."

O COB não revela números, por questões de confidencialidade, mas denúncias de racismo chegam ao seu canal de ouvidoria e são apurados pela área de Compliance e podem chegar ao Conselho de Ética. "O COB faz investigação e julgamento administrativos, o que pode ser crime é encaminhado para o órgão público competente. Já aconteceram casos assim", conta Nelson Valsoni, que alega não poder dar detalhes sobre os casos. Mas revela que, de 2019 para 2020, houve aumento de 25% na procura pelos canais de ouvidoria, tanto para denúncias de desvios éticos ou discriminação quanto para tirar dúvidas.

O Código de Ética da entidade prevê advertência, multa de R$ 10 mil a R$ 100 mil, suspensão por até cinco anos e até banimento do esporte olímpico para atletas e dirigentes que venham a ser condenados por racismo. "Não tenho dúvidas de que muitas vezes os negros foram prejudicados e tiveram dificuldades para se desenvolver no meio esportivo", diz Rogério Sampaio.

Uma reportagem da Agência Sportlight resgatou a ‘dolce vita’ do general Augusto Heleno durante o seu período na direção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), entre os anos de 2011 e 2017. Sem as correções, o salário do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional chegou aos R$ 58.581,00 no contracheque e corrigidos, os valores se aproximaram dos atuais R$ 87 mil (IGP-M), segundo os documentos revelados no texto. A maior parte do dinheiro seria oriunda do dinheiro público.

Parte da informação já havia sido publicada em 2017, pela Folha de São Paulo, mas o relato atual mostra detalhes da rotina de trabalho do chefe, que no cargo de “diretor de comunicação e educação corporativa do COB”, frequentava reuniões quinzenais e, segundo funcionários do COB, não possuía atuação presente nas atividades do comitê. Em 2019, o ministro já havia rebatido críticas sobre o assunto, alegando que o salário líquido atual de R$ 19 mil é uma “vergonha” para um militar da sua patente.

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A reportagem também revela que da remuneração de R$ 58.581,00, R$ 47.024,00 vinham de fonte pública, como mostram os registros públicos contendo os salários dos funcionários do COB. A sigla “LAP” que acompanha a descrição dos vencimentos ao lado dessa quantia quer dizer que ela era vinda dos recursos oriundos da Lei Agnelo Piva, fruto de arrecadação pública.

Heleno atuou no COB por seis anos e deixou o cargo em meio à crise oriunda da prisão de Carlos Arthur Nuzman, presidente antecessor do comitê e também responsável pelo convite do general ao cargo. Nuzman esteve envolvido em esquemas para o desvio de recursos do órgão.

 

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) pretende reforçar o lado educacional do esporte neste ano. Em meio a incertezas sobre a Olimpíada de Tóquio, marcada para o fim de julho, no Japão, a entidade nacional está projetando o futuro a longo prazo ao abrir 6 mil vagas para 12 cursos em 2021.

A maior parte vai ensinar gestão e administração esportiva a atletas, ex-esportistas, profissionais e estudantes. Também haverá cursos sobre a própria carreira esportiva, valores olímpicos e também sobre prevenção e enfrentamento do assédio e abuso para adultos e jovens alunos. Há ainda curso sobre o sistema olímpico para jornalistas.

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As aulas poderão ser presenciais, online e à distância ou mesmo híbridos, de acordo com a situação da pandemia em cada local. Gratuitos, os cursos têm a chance do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e das Confederações Brasileiras Olímpicas.

"O Comitê Olímpico do Brasil entende a importância que as pessoas assumem dentro do processo de desenvolvimento esportivo. Acreditamos que a educação é o caminho certo, a mola propulsora para grandes conquistas. Por isso, investir na qualificação de profissionais do esporte é fundamental!", diz Paulo Wanderley Teixeira, que iniciou seu novo mandado como presidente do COB em janeiro.

De acordo com o Instituto Olímpico Brasileiro, ligado ao COB, as inscrições começam no dia 17, quarta-feira. E, apesar das 6 mil vagas, os inscritos poderão enfrentar um processo de seleção nacional, dependendo da demanda para cada curso. Alguns são mais restritos, permitindo apenas 25 ou 35 vagas. Há outros massivos, com até 2 mil participantes.

Cada curso tem pré-requisito e prazos específicos. Os critérios podem ser encontrados no link: https://www.cob.org.br/pt/cob/home/instituto-olimpico-brasileiro.

Confira abaixo a lista dos cursos:

- Fundamentos da Administração Esportiva (FAE)

- Curso Avançado de Gestão Esportiva (CAGE)

- Encontro Anual de Atualização de Gestores das Confederações

- Curso Básico de Gestão para Treinadores (CBGT)

- Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos (CIEVO) - Atletismo

- Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos (CIEVO) - Ginástica Artística

- Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos (CIEVO) - Judô

- Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos (CIEVO) - Natação

- Programa de Carreira do Atleta (PCA) - Núcleo de Transição de Carreira

- Curso de Introdução ao Sistema Olímpicos (CISO) - para Jornalistas

- Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte (PEAAE) - para adultos

- Curso Abuso e Assédio Fora de Jogo - para jovens

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está prestando consultoria de gerenciamento de risco ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e às autoridades japonesas em relação à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. No entanto, a principal prioridade é vacinar profissionais de saúde em todo o mundo contra o novo coronavírus, informou nesta segunda-feira (25) o OMS.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, está mantendo o compromisso de seu governo de sediar os Jogos este ano, e autoridades rejeitaram na semana passada uma reportagem do jornal britânico Times que dizia que Tóquio havia abandonado a esperança de realizar o evento em 2021.

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O chefe de emergências da OMS, Mike Ryan, questionado se os atletas deveriam ser vacinados como prioridade, disse em uma coletiva de imprensa: “Temos que encarar a realidade do que enfrentamos agora. Não há vacina suficiente no momento para atender aqueles que estão em maior risco". “Enfrentamos agora uma crise em escala global que exige que os profissionais de saúde da linha de frente, os idosos e os mais vulneráveis em nossas sociedades tenham acesso à vacina primeiro”, acrescentou.

O início dos Jogos está previsto para 23 de julho, após adiamento de um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. A OMS trabalhará com o COI, a cidade de Tóquio e o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão como parte de sua força-tarefa para "oferecer conselhos de gestão de risco durante o processo", disse Ryan.

"A decisão final sobre as medidas de gerenciamento de risco para a Olimpíada, e a decisão final sobre a própria Olimpíada, é uma decisão do COI e das autoridades japonesas", afirmou ele.

Os atletas brasileiros vão precisar encarar uma quarentena de 12 dias no Japão para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados de 2020 para este ano. De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), esta é a previsão de tempo para que os brasileiros possam se adequar aos protocolos do governo japonês.

Este isolamento, contudo, não deve ser absoluto, como acontece no momento na polêmica quarentena promovida pelo Aberto da Austrália, em Melbourne. O COB pretende colocar um atleta por quarto em solo japonês, mas admite que alguns esportistas terão que compartilhar o local, embora com "distanciamento".

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"Sempre que possível o atleta terá o quarto individualizado. Quando não for possível, nós teremos uma distância de 1,5 metro entre as duas camas e, no máximo, dois atletas por quarto. É importante dizer que todo o protocolo do governo japonês será cumprido durante todo o processo de aclimatação dos nossos atletas em Tóquio", afirma o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

Pela primeira vez, o dirigente falou sobre o período de isolamento dos atletas ao desembarcarem no Japão. E disse que os brasileiros chegarão aproximadamente 12 dias antes de iniciarem suas participações na Olimpíada. A estimativa do COB é de que o País será representado por entre 270 e 300 atletas.

"Tudo aquilo que for exigido pelo governo japonês, para a entrada no país e para a participação nos Jogos Olímpicos, o Time Brasil irá cumprir. Hoje nós estamos cumprindo todos os protocolos exigidos pelo Comitê Organizador e pelo governo japonês. A chegada 12 dias antes nos Jogos é o suficiente para cumprir todos estes protocolos e ao mesmo tempo fazer a aclimatação dos nossos atletas", comentou.

Entre outros cuidados gerados pela pandemia, Sampaio revelou que os atletas vão receber seus uniformes diretamente nos quartos de hotel, evitando o deslocamento para a retirada em outros pontos da cidade, o que geraria maior risco de contaminação pelo novo coronavírus. "É um enxoval com quase 100 peças."

A alimentação na Olimpíada, marcada para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto, também será especial. "O COB já prepara este período de aclimatação em Tóquio desde 2013. Teremos comida brasileira. Inclusive, todos os cozinheiros já passaram por um treinamento."

Sampaio disse ainda que o Comitê contará com testes especiais para a covid-19, a partir de uma parceria da entidade com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Estamos finalizando um acordo com a Fiocruz, que está desenvolvendo um teste muito rápido para os nossos atletas. E todos serão muito testados neste período de aclimatação, assim como todos os dirigentes, equipes técnicas e também todos aqueles profissionais que trabalharão dentro das nossas instalações na aclimatação", afirmou o diretor-geral, que evitou projetar o número de testes a serem realizados antes e durante a Olimpíada.

Foto: BEHROUZ MEHRI/AFP

A nova Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil (CACOB) iniciou oficialmente os seus trabalhos nesta terça-feira. A primeira reunião do novo colegiado elegeu Yane Marques, bronze nos Jogos de Londres-2012 no pentatlo moderno, como presidente e Fabiano Peçanha, semifinalista nos 800 metros em Pequim-2008 e Londres-2012, como vice. O encontro foi realizado virtualmente por conta da pandemia do novo coronavírus.

Yane Marques e Fabiano Peçanha sucedem, respectivamente, Tiago Camilo, do judô, prata nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008, e a própria Yane.

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"A experiência que tive nos últimos quatro anos somou muito para me encorajar a tomar a decisão de concorrer à presidência da CACOB. Ter sido membro do Conselho de Administração, estar à frente da Secretaria Executiva de Esportes do Recife e ter feito o Curso Avançado de Gestão Esportiva, do COB, me agregaram muito como gestora, carreira na qual estou investindo. Agora, como presidente, sei das minhas atribuições e responsabilidades. Estou preparada para esse desafio", disse Yane, que recebeu 73% dos votos. Diogo Silva, do tae kwon do, e Bárbara Seixas, do vôlei de praia, tiveram 11% cada.

"Fiquei muito honrado em ter sido eleito para essa importante missão. Acredito que o engajamento que tive com a Comissão nos últimos quatro anos contou muito para essa votação. A CACOB do último ciclo foi da construção, que consolidou a responsabilidade. Agora, depois da abertura que tivemos na gestão Paulo Wanderley, os integrantes da atual Comissão vão poder dedicar muito mais energia para os atletas porque o espaço já foi conquistado", afirmou Fabiano Peçanha, que teve 60% dos votos, seguido por Rodrigão, do vôlei, com 24%, e Fernanda Nunes, do remo, com 16%.

A eleição da CACOB para o ciclo 2021-2024, em novembro, foi histórica. Bateu recorde de candidaturas (62) e votantes (374), o que corresponde a 66% do total de atletas-eleitores aptos a votar. O número é mais que o dobro da participação registrada em 2016, quando 170 atletas votaram (pouco mais de 27% do total).

A Comissão de Atletas tem 13 homens e 12 mulheres. Houve um recorte para garantir a equidade de gênero entre os eleitos, já que foram escolhidos os 10 homens e 10 mulheres mais votados, além do campeão de votos (Diogo Silva), entre os atletas que participaram das últimas edições de Jogos, e os dois homens e duas mulheres mais votadas entre os esportistas que participaram de Jogos anteriores a 2012.

Houve também um limite máximo de dois atletas por confederação entre os atletas que tenham participado de Londres-2012, Sochi-2014, Rio-2016 e/ou PyeongChang-2018 e também de dois atletas por confederação entre os quatro que tenham participado exclusivamente de Jogos anteriores a Londres-2012. Assim, 16 confederações estão representadas na CACOB: atletismo, basquete, boxe, canoagem, desportos aquáticos, desportos no gelo, ginástica, handebol, pentatlo moderno, remo, rúgbi, tae kwon do, tênis, tiro esportivo, vela e vôlei.

"Agradeço ao Tiago Camilo pela condução da Comissão de Atletas que encerra um mandato que contribuiu muito para a consolidação da participação dos atletas na gestão do esporte brasileiro, deixando um legado muito bonito para os que assumem. Muitas coisas foram implementadas e tenho certeza que a nova comissão desempenhará melhor ainda suas ações. Fazemos parte de uma corrente, em que todos somos elos, forte e unida para colocar o esporte olímpico no local que ele merece. Dou boas-vindas a todos e parabenizo a Yane e o Fabiano", finalizou Paulo Wanderley, presidente do COB, durante a primeira reunião da CACOB.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) determinou como será o programa de esportes das Olimpíadas de Paris em 2024. Na decisão desta segunda-feira (7), o breakdance foi inserido como modalidade assim como surfe, skate e escalada que farão sua estreia nas olimpíadas de Tóquio em 2021 e já estão garantidos para França. O COI também afirmou que espera atingir número inédito com a igualdade de gênero.

Entretanto a chegada de modalidades novas acontecem para que outras saiam, casos do caratê e do softbol. As olimpíadas de 2024 na França também promete alcançar em números ainda maior do previsto para olimpíada de Tóquio no próximo ano no tocante a igualdade de gênero, com 50% das atletas mulheres e 50% de atletas homens no evento. A edição também será menor e terá cerca de 592 atletas a menos. 

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“Com este programa, estamos tornando os Jogos Olímpicos de Paris 2024 adequados para o mundo pós-corona. Estamos reduzindo ainda mais o custo e a complexidade de hospedar os Jogos. Embora alcancemos a igualdade de gênero já nos próximos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, veremos pela primeira vez na história olímpica a participação exatamente do mesmo número de atletas femininas e atletas masculinos. Também há um grande foco na juventude ”, disse o presidente do COI, Thomas Bach.

Com uma participação recorde na votação, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) definiu na noite de quarta-feira os 25 novos integrantes da Comissão de Atletas (CACOB) para o ciclo Paris/2024. Ao todo 374 atletas que disputaram os Jogos Olímpicos de Londres/2012, Sochi/2014, Rio/2016 e/ou PyeongChang/2018 participaram da eleição, o que corresponde a 66% do total de atletas-eleitores aptos a votar. O número é mais que o dobro do registrado em 2016, quando 170 votaram (pouco mais de 27% do total).

Os atletas escolheram os seguintes representantes: Diogo Silva (tae kwon do, 47 votos), o mais votado; Poliana Okimoto (esportes aquáticos, 46); Yane Marques (pentatlo moderno, 39); Gustavo Guimarães (esportes aquáticos, 39); Rodrigo Santana (vôlei, 27); Eduarda Amorim (handebol, 26); Adriana Aparecida da Silva (atletismo, 26); Fabiano Peçanha (atletismo, 26); Beatriz Futuro (rúgbi, 25); Thiagus Petrus (handebol, 24); Lucas Duque (rúgbi, 22); Fernanda Ferreira (remo, 21); Iziane Marques (basquete, 19); Francisco Barretto Júnior (ginástica, 19); Edson Bindilatti (esportes no gelo, 19); Bárbara Seixas (vôlei, 16); Juan Nogueira (boxe, 16); Isabel Swan (vela, 15); Emerson Duarte (tiro esportivo, 13); Arthur Zanetti (ginástica, 13); e Ana Sátila (canoagem, 11) entre os que disputaram alguma das últimas duas edições de Jogos Olímpicos de Verão ou Inverno. E Hortência Marcari (basquete, 121); Jefferson Sabino (atletismo, 51); Clodoaldo Lopes do Carmo (atletismo, 28); e Joana Cortez (tênis, 25) entre os atletas que competiram em Jogos anteriores a Londres/2012.

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"É um orgulho ter realizado e concluído com sucesso esse processo. É mais um grande passo que mostra o quanto a Comissão de Atletas evoluiu nos últimos anos. Fiquei surpreso com a quantidade de candidatos e com o número recorde de eleitores participando. Isso mostra o engajamento dos atletas e que o trabalho e a importância da Comissão estão cada vez mais visíveis para o Movimento Olímpico do Brasil. Desejo um bom trabalho para os membros que se reelegeram e aos novos integrantes da CACOB. Tenho certeza que o legado dessa Comissão estará em boas mãos", disse Tiago Camilo, presidente da Comissão de Atletas e do Comitê de Eleição.

"Aumentar a participação dos atletas na gestão esportiva e no Comitê Olímpico do Brasil sempre foi um dos nortes da nossa administração. O número recorde de atletas olímpicos escolhendo seus representantes na Comissão, depois de uma participação histórica dela no processo eleitoral do próprio COB, mostra que estamos no caminho certo para valorizar ainda mais os atletas. Parabéns a todo pelo sucesso da eleição da CACOB para o ciclo Paris 2024", afirmou Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB.

Criada em 2009, a CACOB teve participação histórica na eleição do COB em outubro. Com direito a 12 votos - era somente um até 2017 -, os atletas foram decisivos na escolha do presidente, vice e membros do conselho administrativo da entidade. A partir do próximo ciclo, 19 dos 25 integrantes da quarta turma da CACOB terão poder de voto.

A Comissão de Atletas tem como principais objetivos: estabelecer um ambiente de discussão e oferecer sugestões, recomendações ou informações sobre quaisquer assuntos relacionados com o Movimento Olímpico; representar os direitos e interesses dos atletas olímpicos; incentivar a presença feminina no esporte; e apoiar o desenvolvimento da educação dos jovens através do esporte, dentre outros.

A CACOB tem a responsabilidade de examinar questões relativas aos atletas olímpicos; manter contato constante com outras Comissões de Atletas Nacionais e Internacionais; apresentar sugestões nas questões referentes ao controle de dopagem; fazer indicação para eleição da Comissão de Atletas do COI; além de elaborar o relatório anual da Comissão de Atletas e divulgar suas deliberações e ações em andamento para toda a comunidade esportiva.

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