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O lutador Rogério Minotouro sofreu uma lesão nas costas e está fora da luta contra o meio-pesado Alexander Gustafsson, anunciada há cinco dias pelo presidente Dana White. Segundo o site MMA Fighting, o chefe do Ultimate ainda não tem um substituto para o confronto. Por enquanto, Minotouro só deverá voltar ao octógono em maio de 2014.

Ele não luta desde fevereiro deste ano, quando venceu o americano Rashad Evans, no UFC 156, por decisão unânime dos juízes. O irmão de Minotauro possui 21 vitórias e cinco derrotas na carreira. Há 4 anos, ele vem sofrendo com uma série de lesões, tanto que não enfrentou ninguém no ano passado e entrou no octógono apenas uma vez em 2013. 

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A cada dia que passa fica mais evidente que o governador Eduardo Campos (PSB) firmou um pacto com o dono do tempo. Enquanto os presidentes das mais diversas siglas partidárias correm contra o incansável tic-tac para tentar permanecer nos cargos que ocupam, o dirigente-mor dos socialistas segue com sua aparente calma e voz mansa, apesar da agenda apertada.

O comportamento do governador estranha, tanto que, no seu partido, é praticamente único. Da presidência para baixo, os integrantes das comitivas municipal, estadual e nacional do PSB parecem desconhecer qualquer acordo firmado entre seu dirigente e o relógio e lutam para viabilizar acordos, projetos e promessas para atender aos interesses da legenda. Ou de parte dela. Ou dos seus próprios.

Eduardo Campos decidiu retirar o apoio da sigla que comanda da base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Enquanto muitos aguardavam um discurso repleto de alfinetadas e agressões silenciosas, uma carta simples, curta e direta. Um “obrigado, quem sabe a gente não retoma o namoro quando você tiver mais maturidade?”.

Aliados de outrora vociferam palavras contundentes contra a figura do presidente nacional, “canalhice”, disse o ex-ministro Ciro Gomes sobre atitudes de Eduardo. O senador Armando Monteiro (PTB), um dos grandes escudeiros do até então “grande gestor”, como disse incontáveis vezes, do dia para a noite, teceu uma lista de defeitos para tentar passar a imagem que está disposto a descer do muro que tanto ama.

O pernambucano, confiante no seu acordo com o tempo, deixou passar.

Executivo e Legislativo usam a imprensa para tentar arrancar do governador seu “sou candidato”. Ninguém quer acreditar que as investidas do Partido dos Trabalhadores foram em vão e baseadas no achismo.

E, confiante no seu acordo, o governador insiste: “2014 só em 2014”. E se esse pacto de cavalheiros for quebrado? Quem perde mais? Eduardo ou o relógio?

É tudo culpa da mídia – Líder do PT na Câmara Federal, o deputado cearense José Guimarães (aquele, dos dólares na cueca) voltou a atacar a imprensa e acusou a de distorcer as reais intenções do Partido dos Trabalhadores ao tentar impedir a criação de novas siglas. Segundo ele, o que seu partido queria, de verdade, não era restringir o acesso das novas legendas ao fundo partidário ou evitar perda do tempo de propaganda eleitoral na tevê; a vontade dos petistas, de coração, era evitar o desgaste causado pelo troca-troca partidário.

Candidato próprio – Candidato à presidência estadual do Partido dos Trabalhadores, Wladimir Quirino, minimizou a possibilidade de a sigla vir a apoiar o senador Armando Monteiro Neto (PTB) em sua investida ao Governo de Pernambuco. “A sociedade espera mais de nós”, disse o petista à Rádio JC News.

Investigação - A Corregedoria-Geral de Justiça de Pernambuco aceitou diversas denúncias contra a juíza Andréa Calado, da Vara da Infância de Olinda. A magistrada é suspeita, entre outras coisas, de envolvimento num caso de adoção irregular e cometer assédio moral contra servidores da vara que atua, além de quebra de sigilo profissional e falsidade ideológica.

Mais segurança - A Prefeitura do Recife regularizou a medida que cria novas regras para boates, clubes noturnos e demais estabelecimentos do segmento. A partir de agora, os responsáveis pelos locais terão que emitir em todo e qualquer material de publicidade dos eventos o número de funcionamento e de proteção contra incêndios, com as datas de validade, além da capacidade máxima de público.

CURTAS

Soltou o verbo – O vice-prefeito de Orobó, Dui do Bujão (PP), externou, ontem (26), sua insatisfação com o seu até então aliado, o prefeito Cleber Chaparral (PSD). “São quase dez meses de administração e o prefeito, em momento algum, veio pedir minha ajuda ou minha opinião pelo bem da administração de Orobó”, disse o vice, que há meses não esconde seu descontentamento com a falta de tato político do prefeito.

Verdinho, verdinho – O deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, sem partido há seis meses, deve mesmo ingressar no Partido Verde (PV). Cadoca deixou o Partido Social Cristão, abandonado recentemente pelo ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, após ter pedido o controle da sigla para o ex-gestor.

Perguntar não ofende: O PTB rompe com o PSB caso o governador Eduardo Campos não apoie a candidatura do senador Armando Monteiro ao Palácio do Campo das Princesas?

 

(Carlos Cavalcanti – Interino)

A relação do brasileiro com a política é algo único. Não somente com a política relacionada aos corredores do Palácio do Planalto, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais. O brasileiro lida de forma peculiar com regras de boa conduta no local de trabalho, na escola, no lazer e até dentro da própria casa. Tem a mania de reclamar e de pouco fazer para mudar o que lhe incomoda. E quando resolve sair do sofá para protestar, basta uma nova polêmica, um novo bate-boca, para perder o foco do que até então o incomodava.

O Governo Federal, esperto como ele só, decidiu abafar o levante popular e lançou mão do Programa Mais Médicos. Criticado por uns e aclamado por outros, o projeto, criado por uma medida provisória, foi, inclusive, um dos assuntos mais presentes ao longo das últimas manifestações. Tão presente que tirou as próprias manifestações do foco.

E não só isso. Esqueceram-se do pastor Marco Feliciano (PSC) e dos absurdos por ele vociferados enquanto presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. Esqueceram-se do deputado Jair Bolsonaro (PSC), de suas arbitrariedades e dos ataques grosseiros aos homossexuais e às mulheres que não se submetem às vontades dos seus maridos.

Apesar dos olhares atentos da imprensa nacional, o processo do mensalão, que no início do ano alcançou status de “trending topics” no Twitter, ou seja, um dos assuntos mais comentados entre os usuários da rede social, voltou a ser debatido por trás dos panos e, ainda assim, apenas entre os mais antenados no universo da política.

Até as manifestações populares que levaram milhares de pessoas às ruas e avenidas de diversas cidades brasileiras no último mês de junho, um protesto que motivou dos pequenos municípios à maior metrópole do país, caiu no poço do esquecimento. O “gigante” que outrora havia acordado, voltou a dormir, vítima do descrédito de uma população que, aos poucos, vai se rendendo à manipulação dos grandões do poder.

Estaria o brasileiro fadado a acolher as falcatruas dos seus gestores? Estaria a população destinada a consentir com uma roubalheira desenfreada e com um desgoverno impiedoso? Até quando essa maquiagem, fruto de um marketing político eticamente vergonhoso, vai continuar a enganar toda uma noção?

De olho no prazo - O Ministério da Integração Nacional concluiu a última etapa de licitação das obras complementares do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. A documentação foi assinada ontem, em Monteiro (PB), e, com isso, a expectativa é de que os trabalhos da chamada Meta 3L sejam intensificados.

Mais descaso em Olinda - O deputado federal Augusto Coutinho (DEM) denunciou mais um descaso da Prefeitura de Olinda: o abandono das obras de construção do Estádio de Rio Doce. Orçado em R$ 7,1 milhões (84% desse montante proveniente do Governo Federal), o equipamento, que teve ordem de serviço assinada em 2008 e que serviria como local de treinamento para as equipes que participarão da Copa do Mundo de 2014, serve hoje como depósito de lixo.

Como diria Jack... – O vice-governador João Lyra Neto afirmou ao blog que sua migração do PDT para o PSB do governador Eduardo Campos está mais do que certa. O então pedetista não quis dizer, por enquanto, quando acontecerá o ato de filiação e saiu pela tangente quando questionado sobre uma possível candidatura ao Governo de Pernambuco.

Escândalo atrás de escândalo - A Prefeitura do Paulista foi surpreendida, na semana passada, com o protesto de uma servidora que prometeu fechar as portas de um posto de saúde alegando falta de condições – e materiais - para trabalhar. Ontem, o sindicato dos professores da cidade denunciou um rombo milionário no fundo de previdência do município. Quais serão as cenas dos próximos capítulos?

CURTAS

Homenagem - A PE-329, que liga Carnaíba até a divisa com a Paraíba, passando por Quixaba, no Sertão do Pajeú, será batizada de Rodovia Tenente João Gomes de Lira. A proposta é de autoria do deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD). Autor de vários livros sobre Lampião, João Lira foi das Forças Volantes, grupo que combateu o Rei do Cangaço e seus homens.

Alerta vermelho – Vitimada pela maior seca dos últimos cinquenta anos, a Barragem de Brotas, prestes a entrar em colapso, só vai conseguir abastecer o município de Tabira, no Sertão do Pajeú, pelos próximos vinte dias. Depois desse período, os moradores terão que contar com o auxílio de carros pipas para conseguir água potável.

Perguntar não ofende: E se o Mais Médicos cumprir o que promete, como fica a oposição?

 

Nunca se viu na história do Recife cenas de depredação ao patrimônio público tão fortes quanto as da manifestação de quarta-feira passada. Ônibus queimado, letreiros do Cinema São Luiz destruídos, bicicletário danificado nas proximidades da Câmara de Vereadores, coquetel molotov jogado nas dependências do poder Legislativo, lixeiras incendiadas e destruídas, enfim, um rastro de horror.

Recife amanheceu, ontem, com uma espécie de ressaca, mas uma ressaca que não é moral, mas de lamento e tristeza. Lamento porque não se tratou de um protesto, mas de um ato de violência, de puro vandalismo. A sociedade brasileira amadureceu e sabe distinguir atos reivindicatórios de baderna.

Em junho, Recife deu um exemplo de civilidade ao País. Mais de 100 mil pessoas foram às ruas numa manifestação ordeira e belíssima, sem que fosse preciso incendiar um só ônibus para se chamar atenção da mídia.

Já a baderna de quarta-feira, comandada por uns gatos pingados mascarados, provavelmente por não terem coragem de mostrar a cara, chocou a sociedade, que repudia a violência como arma de protesto.

Se o recurso à baderna não combina em qualquer protesto democrático igualmente inaceitável foi o comportamento da Polícia, que não agiu, permitiu provocações, se rendeu à forma mais primitiva do vandalismo num ato de covardia quando deveria ter sido dura, impondo respeito e pondo fim a quebradeira.

Estranho que com um saldo tão danoso ao patrimônio público nenhum mascarado tenha sido preso. Afinal, a Polícia estava ali para reagir ou fazer graça? Pelo que se viu, fico com a segunda alternativa.

ANTES TARDE DO QUE NUNCA– Só ontem, o secretário de Defesa, Wilson Damázio, reagiu aos atos de vandalismo na cidade. Disse que não iria mais permitir baderna. Ora, só não explicou porque a Polícia não reprimiu os manifestantes, que pintaram e bordaram. Damázio fez recordar aquele velho ditado que o brasileiro só costuma fechar a porta depois de assaltado. É bom que fique de olho, desde já, na grande manifestação convocada pelas redes sociais para 7 de Setembro.

O escândalo da vassoura – Cenário do turismo religioso, por causa da estátua do Padre Cícero, Juazeiro do Norte (CE) virou manchete nacional, ontem, mais uma vez, após o prefeito se refugiar num agência bancária para não ser linchado. Desta feita, o escândalo é na Câmara de Vereadores: 4,2 mil vassouras, 1,2 mil quilos de açúcar, 2,5 mil quilos de sabão e 312 mil unidades de óleo de peroba. Que sujeira mais cara?

A versão de Asfora– O vereador Jaime Asfora, da bancada do PMDB na Câmara do Recife, diz que, em nenhum momento, agrediu verbalmente a colega Michele Collins. “Isso é um absurdo. Sempre trabalhei em defesa dos direitos da mulher. O que não posso concordar é com a forma antidemocrática como ela se comporta presidindo a Comissão de Direitos Humanos”, desabafou.

Irmãos Metralha– Associados ao Sindicato dos Cegonheiros se mobilizam para tirar o controle da entidade das mãos dos irmãos Silva, de Vertentes. Ex-vereador, o presidente Joseberto Silva e o irmão Emanoel Silva nunca transportaram um único passageiro, mas usam o sindicato em proveito, praticando desmandos condenados por todos os que pagam sua contribuição em dia.

Batendo cabeça – A ex-senadora Marina Silva se depara com uma luta inglória: o registro da sua Rede, partido pelo qual pretende concorrer ao Planalto. Os cartórios eleitorais certificaram apenas 250 mil assinaturas das 540 mil necessárias para formalizar a legenda. Ela comprou a briga e vai entregar 650 mil assinaturas diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral.

CURTAS

VOZ CONTRA – O líder do PDT na Assembleia do Rio, Luiz Lima, trabalha contra o apoio do partido à candidatura de Eduardo ao Planalto. “O governador de Pernambuco ficou contra o Rio na Lei dos Royalties”, alega. Lima é um dos braços direitos do governador Sérgio Cabral (RJ) e combate também à candidatura de Miro Teixeira (PDT) a governador.

O JUDAS– O prefeito de Orobó, Cléber Chaparral (PSBD), traiu o deputado estadual José Maurício (PT) e assumiu compromisso com a reeleição de Isaltino Nascimento (PT), que nunca fez nada pelo município, sendo considerado um verdadeiro ET. A traição é prática recorrente na política!

Perguntar não ofende: Até quando vai se estender as enfadonhas sessões do STF para colocar na cadeia os 40 mensaleiros?

 

 

 

O mundo corporativo está sempre em mudanças. Mudanças comportamentais, adoção de novas tecnologias, novas formas de interagir com o mercado e alterações constantes na cultura empresarial. Tais mudanças acabaram por mudar também o perfil dos profissionais que fazem parte do mercado.

Passado o tempo em que as pessoas que trabalham nas empresas são denominadas de funcionários, agora a maioria das corporações possuem colaboradores que interagem em todos os setores das instituições e tem um papel mais ativo do que há décadas atrás, onde permaneciam restritos e unicamente responsáveis por suas funções.

Junto a esse novo conceito empresarial, surge outro: o líder. Ser líder é completamente diferente de ser chefe. E é preciso compreender a diferença entre os dois. Chefe é um conceito bastante antigo e, por vezes, arcaico. É a tendência de comandar pessoas, impondo ordens e sendo autoritário. É planejar o trabalho de pessoas, organizar e controlar os recursos. Chefiar é buscar apenas os resultados, sem pensar nas pessoas.

Evidente que este conceito não se encaixa mais nos padrões empresariais da atualidade. O papel de chefe foi substituído pelo líder. Sendo este profissional focado não apenas nos resultados, mas também na melhor forma de se atingir tais objetivos. O líder é aquele que motiva, que incentiva, que entende que a responsabilidade que deve ser dividida e que se torna um espelho e inspiração para a equipe.

Na história da humanidade temos vários nomes de líderes natos – Jesus, Nelson Mandela, Osama Bin Laden, Hitler, Madre Tereza de Calcutá - alguns nomes podem soar controversos, mas todos eles conseguiram envolver seus seguidores com propósitos positivos ou negativos. Todos esses nomes compartilharam seus conhecimentos, guiaram e ainda guiam centenas e milhares de pessoas.

Algumas pessoas já nascem com o perfil de líderes, mas não significa que outras não podem se tornar líderes ao longo da carreira. Não podemos esquecer que o mundo é mutável e as pessoas são capazes de aprender e desenvolver características, inclusive de liderança. Assim, pessoas bem qualificadas, trabalhadas e estimuladas são mais propicias ao sucesso e a posição de líderes.

 É cada vez menor o espaço para os gestores que não entendem ou não valorizam as pessoas. Colaboradores motivados acabam resultando em um ambiente de trabalho mais saudável e os resultados são vistos também na produção das empresas. Assim, um passo para o almejado sucesso esperado por todos é ter, além da qualificação e conhecimento, habilidade com pessoas. Profissionais inteligentes não almejam ser chefes, almejam ser líderes.

 

Jorge R. B. Tapia e Eduardo R. Gomes em brilhante texto – Ideias, interesses e mudanças institucionais (Revista Tempo Social, 2008) –  mostram o papel das ideias e dos interesses na trajetória política da sociedade. Os autores revelam que ideias são ofertadas para a sociedade através dos atores e estes são provocados por ela. Neste caso, existe uma intercambialidade de interesses de ambos os atores – opinião pública e protagonistas políticos – que possibilitam a produção de ideias. Influenciado pelos referidos autores, considero que as ideias representam e integram a agenda dos eleitores e dos atores políticos.

Na era FHC, a agenda governamental, a qual foi influenciada, em parte, pelos eleitores, era: controle da inflação, responsabilidade com os gastos públicos e privatização. A primeira agenda, inflação, foi uma demanda consciente dos eleitores. O longo período histórico em que a população brasileira teve a sua renda corroída pelo processo inflacionário possibilitou condições propícias para que a decisão política de FHC em criar o plano Real pudesse lhe dar as condições para ser eleito presidente da República.

Lula manteve a agenda de FHC. Entretanto, em razão do controle inflacionário, os eleitores, após a era FHC, estavam inquietos, à procura de novas soluções para novas demandas. A mobilidade social, a qual era representada pela possibilidade do aumento da renda e do poder do consumo, era a nova demanda. Lula, através do aumento do salário mínimo, da oferta de crédito e de um discurso incentivador que influenciou as mentes dos eleitores, em particular, os que tinham raras oportunidades de consumir, possibilitou que novos consumidores surgissem no Brasil.

A presidenta Dilma foi eleita presidenta como a principal representante das conquistas da era Lula. Entretanto, ao contrário do ex-presidente, Dilma optou por desprezar a agenda de FHC. Por consequência, permitiu a alta da inflação e o aumento dos gastos públicos. Ao descobrir que foi a agenda de FHC que permitiu a ampliação do consumo dos brasileiros, Dilma recuou e incorporou a agenda de FHC ao seu governo. Neste instante, Dilma tentar recuperar o tempo perdido na economia.

As manifestações realizadas em junho deste ano mostraram que os eleitores brasileiros têm novas demandas. Mas as manifestações foram vetores explicitamente fortes que fizeram com que os competidores de 2014 acordassem para as novas demandas dos eleitores. Antes das manifestações, pesquisas já revelavam os novos anseios dos eleitores. Deste modo, considero que os pilares das agendas de FHC e Lula não mais encantam os eleitores. Mas isto não significa que eles precisam ser abandonados.

Se as agendas antigas não mais encantam, quais são as novas agendas dos eleitores brasileiros? Partindo da premissa lógica de que as conquistas das eras FHC e Lula não podem ser perdidas, observo que as novas agendas são oferta de serviços públicos com qualidade (Incluso mobilidade), eficiência na gestão e transparência. As três agendas estão interligadas. A oferta de serviços públicos com qualidade demanda gestão eficiente e transparência.

Para as três agendas saírem do campo das ideias e se transformarem em realidade, os protagonistas políticos precisam ter coragem de propor e agir. Neste caso, a demagogia e o simplismo não devem nortear os discursos dos presidenciáveis. Eles precisam mostrar como irão fazer. Em virtude das campanhas não terem começado, os competidores que enfrentarão Dilma em 2014 ainda não tiveram oportunidade de mostrar como irão atender às novas solicitações. Mas lembro: tanto Dilma como os candidatos oposicionistas tenderão a apresentar agenda sugerida. Então, o que os candidatos devem fazer para despertar os eleitores, se as agendas serão semelhantes?  

 

 

Vivendo o ciclo incessante da maior seca dos últimos 50 anos, o Sertão pernambucano está verde. Um verde que não se traduz, entretanto, em fartura. Resulta das poucas chuvas que caíram na região e transformaram a paisagem árida da sua vegetação de caatinga. As dificuldades naturais da longa estiagem perduram.

Em Salgueiro, 24 mil reses foram dizimadas pela falta de pasto de um rebanho total de 40 mil. “Foi a maior perda dos últimos 60 anos”, atesta o prefeito Marcones Libório Sá (PSB). Cobrado constantemente pelos criadores da região, o socialista revela que a sobrevivência do rebanho que escapou depende de uma política global e ampla dos poderes e não apenas do município.

Libório diz que as chuvas não foram suficientes para encher os reservatórios e garantir pasto suficiente para alimentar o rebanho. Com débitos pendurados nos agentes financeiros, os criadores sertanejos não têm como estocar alimentos para o novo período de seca.

Dependerão, mais uma vez, da mão estendida do Governo, que no ápice da estiagem socorreu com palha de cana da Zona da Mata e importou milho de outras regiões numa operação coordenada pela Conab. No pico da seca, o Estado permitiu que 400 mil cabeças de gado fosse transferidas para outras regiões e Estado, evitando, assim, uma mortandade bem maior.

Do jeito que as coisas caminham, provavelmente o Governo não terá como evitar que essa transferência emergencial ocorra, porque se trata de sobrevivência do animal e, consequentemente, menor prejuízo para o criador.

LANÇAMENTO– Aliados do governador Eduardo Campos estão interpretando o encontro estadual do PTB em Caruaru, no próximo dia 30, como um ato de lançamento da candidatura do senador Armando Monteiro Neto a governador. “O que é que o PTB tem a discutir neste momento a não ser a candidatura de Armando?”, pergunta um socialista de carteirinha. O evento está sendo organizado pelo empresário Douglas Cintra, suplente de Armando.

Vai ou fica de fora? -A grande expectativa em Caruaru em relação ao encontro do PTB se dá pela presença do prefeito José Queiroz (PDT). Afinal, a ideia e a coordenação do evento, que pode se transformar no start da candidatura de Armando, é de Douglas Cintra, suplente de Armando e integrante do núcleo duro de Queiroz na Prefeitura.

Com vergonha– Responsável pela desastrosa intervenção na Avenida Conde da Boa Vista, o engenheiro Roberto Gusmão agrediu, ontem, o repórter Tauan Saturnino, da minha equipe, quando provocado a falar sobre a decisão do prefeito Geraldo Júlio em reformular aquela via. Para quem já ocupou função pública, um gesto de despreparo. Deve estar envergonhado pelo crime que cometeu contra o Recife.

Revolução digital– Fechei, ontem, a programação de quase todo o ciclo do seminário “Revolução digital, como os pernambucanos se informam hoje”. Dia 29 será em Afogados da Ingazeira, como sede do Pajeú; dia 5 de setembro em Araripina (polo do Araripe); dia 19 de setembro em Petrolina (polo São Francisco) e dia 26 em Arcoverde (polo do Moxotó). Faltam ainda Salgueiro, Carpina e Palmares.

Jornalismo online – Numa iniciativa de Assembleia Legislativa, o ancora Sidney Rezende, da Globo News, faz palestra, hoje, às 14 horas, no plenário daquela Casa, sobre mídia digital. A coordenação é do jornalista Ivan Mauricio, que, recentemente, também dirigiu um encontro de blogueiros pernambucanos no Recife com a participação do senador Armando Monteiro Neto.

CURTAS

SOBRINHO DESCARTADO – O ex-deputado Geraldo Coelho está fechado com a candidatura do senador Armando Neto (PTB) e não admite em mudar de lado, apoiando o sobrinho Fernando Bezerra para governador. “Como ministro, Fernando nada fez pela irrigação”, desabafa Geraldão.

NOVO PROTESTO– Embora o governador tenha assinado a ordem de serviço, as obras de restauração da PE-507, ligando Salgueiro a Serrita, ainda não saíram do papel. Por isso, está sendo organizado um novo protesto, com fechamento da estrada ao trânsito, no próximo dia 1. O bicho vai pegar!

Perguntar não ofende: Quando Geraldo Júlio começa a tapar os buracos no Recife?

O bico de papagaio geralmente é um problema associado a pessoas mais maduras e esta ideia não está totalmente errada. A lesão atinge, na maioria dos casos, a população acima de 50 anos. Porém, pode afetar também o jovem mais exposto a fatores que desencadeiam a deformação.

A osteofitose, mais conhecida como bico de papagaio, é uma enfermidade degenerativa que atinge a coluna vertebral. Quando as articulações do disco intervertebral sofrem um desgaste, a doença surge como uma forma de defesa do organismo em querer estabilizar a coluna. "O problema é que este processo pode provocar dores na região, redução dos movimentos e perda da força muscular. Em alguns casos, formigamento também pode indicar a presença da patologia", explica Julia Miyajima, da clínica de quiropraxia QuiroVida.

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Osteofitose possui tratamento, mas não tem cura. Portanto, buscar formas de evitá-lo é essencial. A quiropraxista Julia Miyajima dá dicas para prevenir o temido bico de papagaio:

- Evite o sobrepeso: este fator pode levar ao desgaste articular e provocar a calcificação das vértebras, o que causa bico de papagaio; 

- Exercite-se: "Praticar atividades físicas é fundamental para fortalecer a musculatura. Recomendo principalmente aqueles de baixo impacto, como alongamentos e os exercícios feitos na água", aconselha Julia.

- Corrija sua postura: é importante ter cuidado com a saúde da coluna vertebral. Sentar-se corretamente e ter mais atenção para se movimentar de modo adequado, evita pequenas fraturas;

- Acompanhamento quiroprático: a quiropraxia previne problemas na coluna por beneficiar a mobilidade das articulações. Ajustes quiropráticos ainda ajudam a reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida de quem já possui bico de papagaio.

 

Aliados do governador, os senadores Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT) apareceram juntos em público, num restaurante do Recife, para mandar um recado ao governador Eduardo Campos (PSB): o start da sucessão estadual pode não ser o mesmo.

De olho exclusivamente no Planalto, Eduardo não preparou um candidato a governador nem tampouco sinaliza que apoiaria Armando, João Lyra, Fernando Bezerra ou qualquer nome nos arredores da base governista.

Ele governa e administra o seu próprio timing. Fala que só trata de sucessão estadual em 2014, tempo que só interessa a ele. A Armando e Fernando, por exemplo, o tempo é mais breve: setembro. É no final deste mês que se encerra um prazo importante – o da filiação partidária.

Até 30 de setembro, o ministro da Integração precisa saber que caminhos o governador tomará, se será candidato a presidente ou não, se lançará um nome do seu partido a governador ou dará espaço a um nome de outro partido da aliança.

Do contrário, ficará fora da disputa majoritária pela segunda vez,  já que nas eleições de 2010 não foi convocado para disputar o Senado. Armando, igualmente, precisa saber se terá ou não o apoio do governador até 30 de setembro, porque precisa ampliar seu horizonte eleitoral de 2014, que passa provavelmente por uma composição com o PT.

Há mais chances de o PT apoiar Armando para governador do que mesmo de lançar um candidato próprio, no caso João Paulo, que não apresenta nenhum entusiasmo pela aventura. Os planos do ex-prefeito são outros: tentar voltar à Prefeitura do Recife em 2016.

O BICHO VAI PEGAR– A semana começa com duas grandes expectativas em Brasília: o comportamento da base de Dilma na Câmara, onde pode sofrer novas derrotas em projetos importantes, e o embate no Supremo entre o presidente daquela corte, Joaquim Barbosa, e o ministro Lewandowski.  Depois da agressão de Joaquim a Lewandowski, na quinta-feira passada, praticamente todos os ministros ficaram solidários ao colega agredido.

As fragilidades de Marina– Marina Silva avançou e colou nas pesquisas em Dilma, mas o Governo está pouco se lixando para a candidatura da ex-ministra. Avalia que ela não tem estrutura partidária, não tem palanques nos Estados, não tem apoios políticos e nem tampouco quadros para governador o País.

Evento prejudicado– Reportagem da Folha de São Paulo prejudicou um dos maiores eventos do País: a Feira Literária Internacional Fliporto, que se realiza em outubro há muito tempo, com pleno de sucesso, atraindo intelectuais do mundo inteiro e um público para este ano estimado em 90 mil pessoas. Sem o apoio do Estado, os organizadores farão um evento bem menor.

Na liderança– O deputado Augusto Coutinho (DEM) não gostou de aparecer liderando os gastos da verba de gabinete entre os parlamentares da bancada federal, objeto de destaque na mídia impressa do final de semana. Segundo ele, que gastou R$ 217.134,85 em sete meses, ao final do ano aparecerão colegas que terão aberto a carteira muito mais.

Pão duro - Já Inocêncio Oliveira (PR), que aparece em último lugar, gastou apenas R$ 36.931,01 em sete meses. Ninguém da bancada, entretanto, se surpreendeu: Inocêncio tem, literalmente, uma “cobra” no bolso. Famoso pão duro, só vai a restaurantes chiques quando convidado e nunca locou um automóvel em Brasília em 11 mandatos consecutivos.

CURTAS

JOGO PESADO – Trinta mil panfletos com nomes e fotos dos vereadores de Caruaru que se manifestaram favoráveis à transferência da feira da sulanca ganham as ruas, hoje, da capital do forró com o título “Inimigo dos feirantes”. Diz o texto: “Vamos reagir contra os Judas de Caruaru. Traidores do povo, eles querem privatizar a feira da sulanca”.

PALESTRA– O companheiro Sidney Rezende, âncora da Globo News e que tem uma parceria com este blog,  faz palestra no 1º Alepe Digital, na próxima quarta-feira, no plenário daquela Casa. Aborda o tema “A linguagem do jornalismo multimídia”. O evento está sendo organizado e coordenado pelo jornalista Ivan Maurício.

Perguntar não ofende: O que Lula dirá e Eduardo em conversa reservada esta semana em São Paulo?

 

A corrente do senador Humberto Costa está fazendo figa para que o candidato do grupo do ex-prefeito João da Costa a presidente estadual do PT seja ele próprio. E a razões para essa torcida são muitas. Costa, candidato, atrairia de imediato à adesão dos principais líderes nacionais do PT, que ainda atribuem ao ex-prefeito à derrocada do partido no Estado, com a perda da Prefeitura do Recife na eleição passada.  

Os líderes nacionais da legenda se engajariam com afinco na campanha para derrotar o ex-prefeito. Humberto e João Paulo, esmagados numa chapa pelo prefeito Geraldo Júlio, ainda estão engasgados com o ex-prefeito. Humberto, particularmente, atribui sua derrocada à má-gestão de João da Costa.

Mais do que isso, a ala humbertista entende que o ex-prefeito só tem aderência no Recife, devendo levar uma desvantagem muito grande no resto do Estado. Por isso mesmo, o ex-prefeito e aliados ensaiam o discurso ainda da luta pela unidade, certamente porque falta um candidato competitivo para enfrentar nas urnas o militante Bruno Ribeiro, ligado a Humberto e João Paulo.  

Além de João da Costa, a corrente adversária conta com os nomes de Fernando Ferro e Oscar Barreto, mas estes, como João, também estão fragilizados, sem liderança, para convencer os petistas do interior a se envolver num projeto que passa pelo esmagamento da corrente majoritária do partido, liderada por Humberto e João Paulo.                                                    

APOSTA NA POESIA– Enquanto a tendência do ex-prefeito do Recife, João da Costa, não escolheu sequer o candidato que disputará a presidência estadual, o grupo do senador Humberto Costa já avançou pelo Interior. Em Caruaru, por exemplo, o candidato à presidência do diretório municipal será o poeta-repentista Rogério Menezes, ex-vereador, que nas eleições passadas transferiu seu domicílio para sua terra natal na Paraíba, mas não foi eleito prefeito.

CORREU DA RAIA– Ex-prefeito de Serra Talhada, o médico Carlos Evandro está se filiando ao PSB para disputar um mandato eletivo em 2014. Mas, diferentemente do que esbravejou – derrotar Inocêncio Oliveira em sua terra – desistiu da Câmara Federal. Sai candidato a deputado estadual.

Cabeça a prêmio– Na retomada do Congresso, ontem, ficou clara a postura do PMDB em tentar derrubar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Se líderes do partido já não gostavam dele depois da descoberta de uma suposta trama contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, a situação piorou. Mas Dilma também não engole o protegido de Lula.

Fazendo faxina– Na condição de presidente nacional do PSB, Eduardo está promovendo uma verdadeira limpeza nos diretórios estaduais. Depois de degolar Walfrido dos Mares Guia da presidência do partido em Minas, deve agir no PSB de Mato Grosso do Sul, Acre, Paraná, Santa Catarina e Tocantins, onde existem focos de resistência à candidatura própria ao Planalto.

Baixem o vidro– Repercute a entrevista que Edson Barbosa, o marqueteiro de Eduardo Campos, deu ao Estadão sobre a sua visão da visita do Papa ao Brasil. Nela, Barbosa faz uma advertência aos políticos diante da simplicidade do Papa Francisco: “Depois do Papa, fica ridículo ter determinados níveis de ostentação e de distanciamento do povo”, ensina.

CURTAS

SURPRESA– Nem o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB), sabia da visita surpresa do prefeito Geraldo Júlio, ontem, ao plenário da Câmara do Recife. Quando ele chegou, entretanto, Gomes teve que suspender momentaneamente a sessão para dar as boas-vindas ao prefeito, que conversou até com vereador da oposição.

BALANÇO– No balanço dos seis meses, o prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre (PSDB), disse, ontem, que, apesar de ter recebido uma herança financeira quase impagável, já conseguiu colocar o hospital em funcionamento e limpar a cidade. Também já limpou o nome do município nas instâncias federais e já poderá assinar os primeiros convênios.

Perguntar não ofende: E a reforma ministerial de Dilma é igual a cabelo de freira, que ninguém vê?

 

O romance de estreia de Fernando de Mendonça é uma malha delicada de referências. Delicada, mas não sutil. Um detalhe em H (Grupo Paés, 119 págs.) traz novidade nenhuma, o que não significa dizer que engrossa fileiras mais frequentadas da literatura brasileira contemporânea. A epígrafe foi buscada em Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, e foi justamente comentando as obras da escritora britânica que Harold Bloom voltou a Sainte-Beuve, para quem certas leituras nos deixam pergunta crucial: Que pensaria o autor sobre nós? O trabalho de Fernando sugere sentimento próximo, de interesse com até onde poderemos ir, se conseguiremos perceber e ressignificar o que mora além dos detalhes, na teia de horizontes estéticos. Rede que, embora não seja percebida por todos, irmanará e provocará muitos leitores. 

Em tempos que premiam quem segue maré, quem insiste nos bondes “pós-modernos”, Fernando se nega a simplesmente testemunhar fragmentações e perdas. Texto deixa muito claro seu percurso intelectual, a jornada que o romancista empreendeu até ali, incompatível com a direção da correnteza. O belo e muito franco prefácio de Lourival Holanda resume:

“O ato criativo começa por convocar o caos, como um pequeno demiurgo, e submetê-lo a algum reordenamento. É o que faz o narrador, tanto reordenando a linguagem, como selecionando, no mundo de muitas sensações cotidianas, aquelas que lhe parecem mais merecedoras de um leitor arguto”.

Os detalhes que o personagem Hugo veicula podem levar a Proust, às reflexões sobre memória e consciência em Benjamin e Freud, como também nos lança em direção ao clássico de Alain Resnais, o filme Ano passado em Marienbad. Cada sutil imagem propõe duplo voo: por um lado, resgate de sensações e lembranças; por outro, remetem ao universo de referências culturais que lidaram com as fascinantes viagens que realizamos cotidianamente, às pontes que nos fazem ir de um detalhe até a lembrança de quem éramos, ou de quem pensávamos ser.

Um dos parágrafos, por exemplo, provocará em diversos leitores comparações com A paixão segundo G. H., embora não surja como influência emulada, dessas que resultam em grotescas imitações de Clarice Lispector. Pelo contrário, a sequência de impressões chega a balanço diferente:

“Não posso continuar. Não posso me iludir mais com o que já está feito. Não posso mudar o concluído, o estabelecido pelo destino que, até ele, já deve estar cansado de me espreitar. Chega. Reconheço a força dos dias passados, assumo a impossibilidade de qualquer mudança, e permaneço só mais um pouco para o último sofrimento. Uma última visita ao passado que se foi. Em busca das memórias que me pertencem, do detalhe que não pude evitar. Pois, ainda que não se possa mais, eu preciso tentar encontrar o que perdi. O algo que esqueci mas não deixei de sentir a casca”.

Voltando ao Bloom de O cânone ocidental, não é exagero afirmar que, assim como Em Virginia Woolf, a realidade de Um detalhe em H “tremula e oscila a cada nova percepção e sensação, e as ideias são sombras que ladeiam seus momentos privilegiados”. Porém, partindo dali, também cabe a ressalva: Fernando de Mendonça ainda está bastante longe daquela eloquência e do domínio da metáfora.

Muito capaz que esse mesmo leitor-modelo, tão arguto e sensível, sinta-se incomodado com o excesso de adjetivação.  Há momentos do livro que arriscam demais no adorno, sentimental ou descritivo, a beirar a cafonice, contrariando as expectativas estéticas criadas pelo próprio romancista. Em tais passagens, fica o inevitável juízo de que algo deveria ter sido sugerido por metáfora, ou mesmo silenciado, pois findaria mais expressivo.

Eis um desses trechos onde o detalhe não ilumina nem transcende, apenas destoa. Nele, a jovem – que também deveria chamar nossa atenção – termina sendo banalizada pela descrição, solapada pelos trajes, adjetivos e explicação desnecessários.

“E uma jovem com blusinha cor de rosa e jeans apertado. A marcar cada sinuosidade proporcionada pelas acentuadas curvas de seu corpo. Lanço um olhar rápido sobre Helena para me certificar que ela não está preocupada comigo, experimentando uma estranha sensação de algo errado, e torno meu interesse para a jovem mais à frente, de costas. Mais atraente que as demais do recinto. Percebo em suas curvas um modelo perfeito para meus traços, bem semelhante aos modelos ilustrados pelo professor em aula para o esboço de um corpo ideal”.

Como pondera Lourival Holanda, no entanto, esses momentos canhestros devem ser tolerados, porque o tempo há de não só ratificar a sensibilidade de Fernando, mas também acompanhá-la de maior cuidado com os excessos. E não se trata de recair nas lâminas oficineiras, cuja economia termina por contingenciar até o essencial: a literatura. Desse risco, o autor de Um detalhe em H parece liberto. Graças!

 

O PMDB chantageia Dilma. Ameaça se debandar da base, entregar os cargos e migrar para outro candidato a presidente em 2014. A convivência estressante entre o partido e o Governo chegou quase ao limite, ao ponto do PT mais radical tachar o vice-presidente Michel Temer de traidor e incentivador do litígio.

Um dia após a presidente reafirmar que não reduz o número de Ministérios, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), apresentou projeto para limitar em 20 o número de pastas, hoje em 39. Com a volta dos trabalhos do Congresso na semana que vem, essa crise tende a se agravar, embora apareçam os naturais bombeiros para apagar o incêndio.

Quem deve estar acompanhando de perto essa contenda e torcendo por desdobramentos catastróficos são os candidatos da oposição, especialmente o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos.  Ambos querem o apoio do PMDB, mesmo sabendo que se traduzirá num preço caro.

Segundo maior partido com tempo de televisão na propaganda eleitoral, o PMDB daria a Eduardo, por exemplo, o tempo que ele sonha para viabilizar sua candidatura presidencial.  Já Aécio, com o PMDB no seu balaio, passaria a contar com o maior tempo de televisão durante a campanha eleitoral, superando, inclusive, o tempo do PT.

Por isso mesmo, a presidente Dilma tende a ceder às chantagens do PMDB, que na prática quer mais cargos, mais ministérios e poder para fatiar entre os seus caciques, exercitando, assim, o que aprendeu com tanto afinco nos últimos anos: a prática exacerbada do fisiologismo.                                                 

JOGO ZERADO– Diante da queda da presidente Dilma nas pesquisas, o sentimento em Brasília é de que o jogo de 2014 está zerado. “A eleição presidencial do ano que vem será uma eleição aberta. Qualquer um dos candidatos pode ganhar o pleito e chegar ao Planalto”, observa o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP). A mesma convicção tem o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), aliado de Eduardo. “As ruas tiraram o favoritismo de Dilma”, assinala.

Dia de cão– Um dia após receber o governador e assinar o ingresso de Petrolina na repactuação da UPA regional, o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) enfrentou um dia de cão. O prédio da Prefeitura foi invadido, mais uma vez, pelos manifestantes do movimento “O Vale acordou”. O diálogo foi aberto, enfim, mas sem a certeza de que os protestos chegarão ao fim.

Estado banca O secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, explica que as UPAS regionais, como a de Petrolina inaugurada anteontem, foram construídas pelo Estado e 80% da sua manutenção serão bancados também pelo Estado, cabendo aos municípios uma participação de apenas 20%. Por isso, todos os prefeitos do São Francisco aderiram.

O grito médico– Para o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Jorge, não é recuando na obrigatoriedade do formando em prestar dois anos de serviços ao SUS para receber o diploma que o Governo terá o apoio da categoria para o programa “Mais médicos”. “Nossa luta é pela melhoria de condições de trabalho”, resume.

Sem unidade– Presidente municipal do PT no Recife, Oscar Barreto entende que a corrente de Humberto Costa, ao se antecipar ao anúncio do candidato à presidência estadual do partido, escolhendo o neomilitante Bruno Ribeiro, sinaliza que não deseja nem trabalha pela unidade partidária. “O momento não é o de impor nomes, mas de discutir a unidade”, prega.

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QUEM TEM RAZÃO?– O prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), anunciou um verdadeiro mutirão para desassorear a barragem de Brotas uma semana após o secretário de Recursos Hídricos, José Almir Cirilo, se negar a iniciar a empreitada alegando que, do ponto de vista técnico, seria melhorar esperar o açude secar.

LAMPIÃO NA TELA– O companheiro Adriano Roberto, que divide a bancada do Frente a Frente com este blogueiro, apresenta o seu primeiro curta - “Causos de Virgulino, Lampião na boca dos sertanejos” – no Festival de Cinema de Triunfo no próximo sábado. Tem todos os ingredientes para concorrer ao Oscar.

Perguntar não ofende: João da Costa será o candidato ao comando estadual do PT contra Bruno Ribeiro, apoiado por Humberto e João Paulo?

 

Não creio que o governador Eduardo Campos (PSB) tenha aprovado a repressão da Polícia Militar aos enfermeiros que promoveram um ato público na Avenida Agamenon Magalhães. E por isso mesmo, não pode deixar sem punição os policiais responsáveis pela ação violenta contra uma categoria que estava nas ruas lutando por melhores condições de trabalho.

Conforme imagens num vídeo postado ontem no meu blog, uma enfermeira foi algemada e presa por policiais arbitrários e truculentos. Algemar uma pessoa indefesa e que estava pacificamente participando de uma luta comum da categoria a que pertence é uma violência inaceitável. Até porque ela não cometeu crime algum.

Algemas só devem ser usadas em casos extremos, quando se prende marginais ou bandidos do colarinho branco. Os tempos de chumbo foram deixados para trás há muitos anos e ninguém de bom senso tem saudade, com exceção desses policiais que foram escalados para reprimir enfermeiros indefesos.

Se os manifestantes estavam obstruindo uma via importante e, consequentemente,  trazendo transtornos, que se buscasse o diálogo para a mudança do trajeto, mas recorrer à violência como recurso é condenável em qualquer circunstância. Toda violência é intolerável e neste caso ficou a impressão de que a PM pernambucana usa ainda métodos nazistas.  

É DANDO QUE SE RECEBE – Na base de Dilma, todos tiram proveito da queda de Dilma nas pesquisas. Tem muita gente adorando a fragilidade dela. “Eles aproveitam para tentar tirar tudo. Cada um usa a sua arma”, diz um ministro referindo-se aos partidos governistas. O PMDB quer mais um Ministério e o PT, partido da presidente, também conspira com o “Volta Lula”. Já há quem defenda dentro do PMDB o fim da reeleição e ameaça com rompimento.

Euforia tucana – O clima entre os tucanos é de euforia com a queda de Dilma nas pesquisas. O “já ganhou” contaminou o presidente do PSDB, Aécio Neves, e faz renascer a ambição de Serra. Para os tucanos, o potencial de Marina Silva, revelado nas pesquisas, não passa de mera ficção.

Giro pelo Agreste– Na passagem, hoje, pela cidade Itaíba, o governador Eduardo Campos assina ordem de serviço para pavimentação do trecho ligando o município ao distrito de Negras, numa extensão de 9 km e investimentos da ordem de R$ 9 milhões. De lá, segue para Paranatama, onde anuncia investimentos na área hídrica e inaugura o novo abatedouro.

A viúva agradece– Para cada R$ 1,00 que o Estado destinou ao TCE para o cumprimento de suas atribuições constitucionais, o Tribunal devolveu R$ 4,15 para a sociedade. A contabilidade é da presidente do Tribunal de Contas, Teresa Duere, adiantando que com isso houve uma economia de R$ 589,80 milhões utilizando medidas cautelares e análises de editais e licitações.

Briga municipal– A presidente Dilma comprou uma nova briga com os municípios. Sancionou as regras de distribuição do FPE vetando o artigo que impedia as renúncias fiscais feitas pelo governo federal prejudicassem os repasses aos Estados e Municípios. Durante a Marcha dos prefeitos, houve um clamor para que a lei fosse sancionada sem vetos.

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MILHO– As 25 mil toneladas de milho que chegaram a Pernambuco para alimentação do rebanho serão suficientes para abastecer os polos do Sertão durante três meses, segundo o secretário de Agricultura, Aldo Santos. O produto será vendido aos criadores a preços subsidiados.

OBRA PARADA– A oposição na Assembleia não deixa vazar a próxima ação no Estado para mostrar o que considera desacertos da gestão estadual. Segundo um parlamentar do bloco oposicionista, a próxima visita surpresa será a uma obra paralisada na Região Metropolitana.

Perguntar não ofende: O ministro Fernando Bezerra ainda pensa em mudar de partido para disputar o Governo do Estado?

 

 

 

Médicos fazem, hoje, uma grande manifestação em todo o País contra as duas decisões polêmicas do Governo: a PEC que obriga o estágio no SUS por dois anos para a diplomação e o veto a alguns itens do projeto do Ato Médico feito pela presidente Dilma.

Na lei que regulamenta a profissão da Medicina no País, Dilma não deu bolas aos reclamos da categoria e vetou, dentre outros pontos, o que reservava ao médico a responsabilidade de diagnóstico e tratamento de doenças.

Presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o médico Renato Azevedo lamenta que uma lei que tenha passado 12 a nos em debate no Congresso sofra profundas mudanças sem diálogo.

“Estamos vivendo em um País preocupante, autoritário. Ao mesmo tempo, o poder executivo baixa uma lei, através de Medida Provisória que revoluciona o ensino médico no Brasil sem conversar com ninguém”, disse Azevedo.

Brigar com uma categoria formadora de opinião como a classe médica não é nada aconselhável, principalmente para um Governo que vem enfrentando dificuldades de todas as naturezas depois que as manifestações implodiram nas ruas. A falta de diálogo reclamada pelos médicos não é exclusiva da classe.

Dilma não conversa sequer com os políticos. Tomou a decisão transloucada do plebiscito sobre reforma política sem ouvir sequer o vice-presidente Michel Temer, principal liderança do PMDB.

Se trata assim aliados, certamente continuará a ignorar os reclamos dos médicos, como deixou a entender, ontem, ao radicalizar o confronto com a categoria, negando qualquer abertura para um acordo. Por isso mesmo, as manifestações de hoje tendem a cair na graça da população em geral.

BRIGA FEIA – Os médicos brasileiros resolveram comprar a briga com o Governo, que insiste em viabilizar o projeto de importar profissionais de Cuba e outros países da Europa. Quem sentiu de perto a disposição da categoria para o confronto foi o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Conselho de Medicina do Pará abriu procedimento contra o ministro, que tem registro médico naquele Estado. Padilha espera apenas a notificação da Justiça.

Jogando a toalha – É a própria base governista que já começa a jogar a toalha em Brasília. Defensor ferrenho do Governo, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) deixou vazar seu sentimento. “O Governo Dilma, com esses aliados que estão aí, não tem risco de dar certo”.

Protesto na Mata– A população de Vicência, na Zona da Mata Norte, sai às ruas, hoje, num grande protesto como já ocorreram no Recife e em várias cidades do Interior. A concentração está marcada para as 15 horas na praça do hotel, na entrada da cidade. Assim como aconteceu no resto do País, a mobilização para o ato foi feita pelas redes sociais, sobretudo o Facebook.

Demagogia barata– Para o senador Armando Monteiro Neto (PTB), a proposta do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), de bancar o passe livre com recursos dos royalties é demagógica. “Não podemos resvalar para a demagogia. Afatia dos royalties já tem a sua destinação, que é a educação”, desabafou, em entrevista ao programa Frente a Frente.

PMDB quer Lóssio – O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), deve assumir uma postura mais agressiva de pré-candidato a governador a partir de agosto. Da direção nacional do PMDB, Lóssio só tem recebido estimulo e apoio para que comece a viajar pelo Estado, concentrando sua presença na Região Metropolitana, região onde ainda é pouquíssimo conhecido.                 

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NA MISSA– O governador Eduardo Campos confirmou, ontem, sua presença na tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, que acontece entre os 24 e 28 deste mês. Apesar das dificuldades geradas pela seca, o prefeito Carlos Cecílio (PSD) banca o evento graças ao apoio recebido da Empetur.

CIDADANIA– O escritor Antônio Campos, responsável pela Fliporto e integrante da Academia Pernambucana de Letras, recebe, no próximo dia 23, o título de cidadão de Olinda. A proposição, de autoria do vereador Arlindo Siqueira, foi aprovada por unanimidade.

Perguntar não ofende: O Congresso cede à pressão da sociedade e trabalha ou entra de recesso?

 

 

Recém-empossado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-secretário Ranilson Ramos (Agricultura) herdou, consequentemente, todos os processos do ex-conselheiro Romário Dias, a quem sucedeu. Isso se dá de forma natural, sendo praxe daquela corte. Mas entre os rolos que Ranilson herdou estão às contas do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), referentes ao exercício deste ano.

Como o conselheiro é de Petrolina e ali, quando atuava na política estava do outro lado do balcão do prefeito, ou seja, na oposição, por uma questão de conduta ética, para que seus atos não venham no futuro a serem questionados, o mais aconselhável seria abrir mão da relatoria das contas de Lóssio.

Existem precedentes no Tribunal. Natural de Canhotinho, o conselheiro Carlos Porto nunca aceitou julgar contas daquele município, que até pouco tempo estava sendo administrado pelo irmão Álvaro Porto.

Ranilson não sabe ainda, na verdade, tudo que herdou de Romário, mas tenho impressão que em relação a Petrolina ele, até por uma questão de bom senso, devolverá a presidente Teresa Duere esse abacaxi.

Argumento para isso tem de sobra. Sendo assim, basta comunicar que se sente impedido de julgar as contas do prefeito e Duere compreenderá perfeitamente, redistribuindo Petrolina para outro conselheiro.

Ranilson pode até não abrir mão, alegando que não tem parentesco com Lóssio, mas o seu julgamento, principalmente impiedoso das contas do prefeito, se for o caso, tende a ser interpretado pelo viés político e não técnico. E aí pega mal!

GUIA MAIS CURTO – É possível que já nas próximas eleições de 2014 o período de campanha no rádio e na televisão seja menor. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encomendou projeto que reduz o tempo de propaganda eleitoral na TV para 30 dias no primeiro turno e para 15 dias no segundo turno. Hoje, no primeiro turno são 45 dias e no segundo turno 16 dias. Certamente, vai gerar muita discussão no plenário da Casa.

Cordão dos puxas – Coube ao blogueiro Evandro Lira, de Serra Talhada, registrar o flagrante do susto levado pelo governador e sua equipe na Exposerra na noite de quinta-feira, quando o palanque armado para a abertura do evento quase desaba. Essas estruturas não comportam tantos bajuladores!

Sem ambulância– No mesmo dia em que o governador Eduardo Campos estava em Serra Talhada, uma jovem entrou em trabalho de parto, mas não teve como chegar até ao hospital regional porque, segundo denúncia de um ouvinte no programa Frente a Frente, a única ambulância do hospital regional havia sido deslocada para um evento da comitiva oficial.

IBAMA atrapalha– As comunidades de Angico, Sobrado, Andorinha e Cacimba do Gado em Buíque, no Sertão, estão ameaçadas de ficarem sem água encanada. Tudo porque o IBAMA embargou as obras iniciadas pela Compesa. É que as áreas integram o Parque de Preservação Nacional do Vale do Catimbau, segundo técnicos responsáveis pela ação judicial.

Um ou os dois – A ex-deputada Miriam Lacerda (DEM) pode disputar novamente um mandato estadual em 2014, mas está na dependência do que venha a decidir o seu marido, atual deputado Tony Gel (DEM). A família tem um entendimento: se sair um só candidato a estadual será Gel, mas se este disputar um mandato federal Miriam sai a estadual.

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COM CINTRA– Na volta de Serra Talhada, o governador pernoitou em Pesqueira e logo cedo foi a Belo Jardim fazer uma visita ao ex-deputado Cintra Galvão, com quem teve uma longa conversa. Depois, ao lado do prefeito João Mendonça, assinou a ordem de serviço para início das obras de uma escola técnica.

SEMINÁRIO– Em Ipojuca, o prefeito Carlos Santana (PSDB) promove o seminário “Fala Ipojuca”, destinado a ouvir a população sobre as prioridades para os próximos seis meses e fazer um balanço do que já foi possível ser feito diante da tremenda herança maldita que recebeu.

Perguntar não ofende: Dilma vai conseguir superar a maior crise do seu governo depois que o povo foi às ruas?

 

 

 

 

O que estava previsto se concretizou: Dilma não deu as caras, ontem, no ato de abertura da marcha dos prefeitos em Brasília. Sobrou para o presidente da Federação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, que levou uma tremenda vaia ao anunciar a ausência dela. Dilma não tolera Ziulkoski desde que, a pedido dele, foi ao primeiro encontro nacional de prefeitos e acabou hostilizada.

De cara feia e desconfiada que fosse vaiada, a presidente mandou a ministra Ideli Salvatti comunicar aos organizadores do evento que não iria mais. A própria Ideli criou expectativa de que, hoje, último dia da marcha dos gestores públicos municipais a Brasília, a presidente poderia comparecer.

A esta altura, quem acredita mais? Ninguém. E olha que havia um ambiente favorável para Dilma diante do acerto prévio de que anunciaria um pacote de bondades direcionado aos municípios!

Já estava acertado, dentre as medidas, a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida, o que soou bem aos ouvidos dos prefeitos, que andam a cada dia mais lisos e enjoados pelos cortes bruscos nos repasses constitucionais, notadamente o FPM, cuja primeira cota liberada, hoje, sai com 17% a menos em relação ao mesmo período do ano passado.

Em meio às manifestações que pipocaram no País, a presidente chegou a afirmar que voltaria a percorrer os Estados, misturando-se ao povo sem cerimônias. Pelo jeito, ao dar um não, ontem, aos prefeitos, a presidente demonstrou que não anda com tanta corajosa assim para enfrentar o público, especialmente plateias hostis.

CHAPA BRANCA – As centrais sindicais, 11 no total, promovem, amanhã, o dia nacional de luto, dando sequência às manifestações que tomaram as ruas do País por força das redes sociais. Como em sua grande maioria há um atrelamento com o Governo e o movimento conta com o apoio do PT, o que se diz por aí é que teremos a passeata chapa branca. E que não conta, portanto, com a simpatia e a confiança do povo brasileiro.

Abafador de vaias – “Não é por aí, temos que ser democratas”, reagiu, ontem, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, ao tentar abafar uma vaia estrondosa que levou ao anunciar a ausência da presidente no evento. Mesmo assim, os prefeitos não cessaram desapontados com a omissão de Dilma.

Rebelião em Olinda– A bancada governista na Câmara de Olinda se rebelou, ontem, contra o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). E engrossou o discurso dos oposicionistas em relação ao abandono dos bairros Jardim Brasil I e II, Vila Popular, Cidade Tabajara e Rio Doce. Entre os que criticaram Jorge Federa l(PSD), Mônica Ribeiro (PDT) e o socialista Algério.

Virou finado– A Câmara dos Deputados reconheceu, ontem, que a reforma política proposta via plebiscito não vigora para as eleições de 2014. Com isso, sepultou a tese do governo de uma vez, tendo em vista que não interessa fazer uma consulta popular agora para entrar em vigor apenas nas eleições de 2018.

Aumento do FPM – Dos três senadores de Pernambuco, apenas Humberto Costa participou, ontem, da reunião dos prefeitos com a bancada do Estado no Congresso. Durante o encontro, o presidente da Amupe, José Patriota, elencou os cincos principais pleitos dos gestores, entre os quais o empenho da bancada para aprovar a PEC que aumenta em 2% o FPM.

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PROPOSTAS– Os prefeitos querem também atualização do valor per capta repassado pela União aos municípios, à realização de um encontro de contas dos municípios com a Previdência Social e o parcelamento dos débitos de responsabilidade dos municípios junto ao Governo Federal.

TUDO LISO– Desabafo do prefeito de Palmares, João Bezerra (PSB), no encontro de ontem com a bancada federal: “A gente acorda de manhã e já tem uma fila de gente na porta para atender e cobrar por serviços. É muito programa, muita boa vontade, mas pouco dinheiro para cumprir com as obrigações”.

Perguntar não ofende: E Dilma aparece ou não hoje no último dia da marcha dos prefeitos a Brasília?

 

 

 

Medo de vaia

 

Até ontem, nem os organizadores da marcha dos prefeitos a Brasília tinham certeza de que a presidente Dilma iria ao ato organizado pela Federação Nacional dos Municípios, temendo levar uma vaia. Ficou o trauma do Maracanã! No caso dos prefeitos, o risco é bem menor, mas sempre aparece a turma dos infiltrados e radicais, que adoram puxar a “manifestação” que soa muito mal aos ouvidos de qualquer homem público.

 

Dilma está com uma pulga atrás da orelha em relação aos prefeitos, porque num evento semelhante, ano passado, ela foi objeto de igual protesto. Mas os responsáveis pela marcha deram a garantia aos ministros mais próximos da presidente de que não haveria nenhum tipo de hostilidade à presença da chefona no evento, até porque, diferente do anterior, será recheado de boas novas para os prefeitos na área de saúde.

 

Se já havia da parte de alguns setores do municipalismo resistências a Dilma, com a confirmação de que a primeira cota do FPM de julho, a ser liberada dia 10, virá com corte de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, o caldo engrossou. Com raríssimas exceções, os municípios brasileiros estão quebrados, muitos sequer sem condições de celebrar convênios com a União por causa do elevado índice de inadimplência.

 

Entre os principais motivos da quebradeira está a brutal queda nas transferências constitucionais da União, especialmente depois que o Governo isentou do IPI as montadoras para estimular a produção e, consequentemente, as vendas de automóveis. Quanto à presença de Dilma, que é arrogante por natureza, uma vaia mais ou a menos não vai mudar nada. Tudo continua como dantes no quartel de Abrantes!

 

LENTIDÃO – Prefeitos reclamam também da morosidade na liberação de recursos e programas do Governo. Lembram que várias das medidas anunciadas festivamente pela presidente Dilma em Fortaleza, durante a reunião dos governadores, em abril, ainda não saíram do papel. Se os demais Estados seguirem o exemplo de Pernambuco, que participa da marcha com mais de 100 prefeitos, mais de três mil chefes de executivos batem o ponto hoje e amanhã em Brasília.

 

Razão da ruptura – O deputado Diogo Moraes (PSB) diz que a decisão pelo rompimento com o prefeito eleito de Brejo, Roberto Asfora (PSDB), de quem recebeu apoio em 2010, foi do tucano. “Ele se juntou ao deputado José Augusto, cujo grupo já chegou a jogar pedras na casa de meu avô em pleitos passados, além de ser adversário do governador”, justifica.

 

Reforma tucana – A executiva nacional do PSDB discute, hoje, em Brasília, a partir das 9h30m, uma proposta de reforma política a ser oferecida ao Congresso. Tanto na Câmara quanto no Senado já tramitam projetos nessa direção para todos os gostos. O problema é que o Congresso não deseja reforma política alguma, porque todas as iniciativas não interessam aos partidos.

 

CPI da Celpe– O vereador Marcos Aurélio Medeiros, da bancada do PTC na Câmara do Recife, já conseguiu o número de assinaturas necessário para instalar a CPI da Celpe. Ele quer apurar a má prestação de serviços por parte da empresa, responsável pela morte do advogado Davi Lima Santiago Filho, de 37 anos, vítima de choque elétrico numa rede sem manutenção.

 

Cabral acuado – Está complicada a situação do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Não bastassem as denúncias da revista Veja, de que usa helicópteros para uso pessoal e familiar, um grupo de manifestantes fez acampamento em frente da sua casa e de lá só sai se o Maracanã não for privatizado. Já tem até pedido de CPI na Assembleia.

 

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O PRIMEIRO– O prefeito eleito de Brejo da Madre de Deus, Roberto Asfora (PSDB), já escolheu o seu primeiro secretário: Gil Brasileiro, da pasta de Saúde, área que priorizou porque, segundo ele, não há, hoje, um só médico para atender a população do município.

 

PACOTE– Ao final do dia, ontem, a Federação Nacional dos Municípios confirmou a presença da presidente Dilma na marcha dos prefeitos, que ocorre hoje e amanhã em Brasília, com a presença de 3,5 mil gestores públicos. Ele deve anunciar um pacote de bondades na área de saúde.

 

Perguntar não ofende: A reforma ministerial será ampla ou restrita à pasta da Articulação Política?

 

 

 

 

 

 

 

O economista Maurício Romão fez umas continhas, ontem, em cima da espetacular queda de 27% de Dilma na pesquisa Datafolha e constatou que ela perdeu nada menos do que 29 milhões de votos em apenas três meses. Só em junho, segundo ele, 22 milhões de eleitores abandonaram o barco da presidente. Boa parte dos analistas políticos da mídia nacional já avalia que Dilma se inviabilizou. Nem a vitória do Brasil sobre a Espanha, dando ao País o título da Copa das Confederações, animou os brasileiros. Ao redor do Maracanã, uma grande manifestação foi realizada. Crescendo para baixo feito rabo de cavalo e temendo levar outra estrondosa vaia, a presidente foi orientada a não dar as caras no jogo. As manifestações que continuam a pipocar no País sitiam Dilma em Brasília. O PT entrou em pânico, clama pela volta de Lula. Quanto mais se prolongarem os protestos, mais pontos a presidente tende a cair. E se mais na frente ela não se recuperar não são os eleitores do PT que abandonarão o barco dela, mas os partidos da sua base de sustentação no Congresso. Por enquanto, como o cenário da sua recuperação é de incerteza os partidos e lideranças dirão que estão com ela, mas a partir de outubro, faltando um ano para a eleição, a conversa será diferente. Com a presidente sem perspectiva de reeleição, pré-candidatos que hoje não têm aderência por falta de tempo na televisão, como Eduardo Campos, passarão a ser encarados com outro viés. O viés da competitividade, porque Dilma já não será mais bicho papão, o jogo praticamente será zerado.

AMIGOS PARA SEMPRE – O governador Eduardo Campos tem conversado com mais frequência nos últimos dias com o ex-presidente Lula. As conversas vão além do cenário nacional, cujo quadro é de uma grande incógnita para o PT, devido à queda acelerada da presidente Dilma nas pesquisas. Pelo visto, os que tentaram intrigar o governador com Lula não conseguiram.  Difícil é prever se eles estarão juntos num mesmo palanque da eleição presidencial!                                                                                   

Ninguém é de ferro

No momento em que o País pega fogo, com manifestações nos grandes e pequenos centros urbanos, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), passeia pela Europa. Foi a única ausência notável na reunião da executiva nacional do PSB, ontem, no Recife.

Abrindo o coração

Chamou atenção o discurso do presidente do Tribunal de Justiça, Jovaldo Nunes, na inauguração do Fórum de Afogados da Ingazeira. Quebrou o protocolo, fugiu do discurso jurídico e descampou para a política, praticamente fazendo uma declaração em favor da candidatura de Eduardo a presidente da República. Isso diante de onze desembargadores.

Torrando dinheiro

Presidentes de todos os tribunais regionais eleitorais foram convocados para uma reunião em Brasília, hoje, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmem Lúcia. Na pauta, a tese do plebiscito ou referendo sobre a reforma política. Qualquer que seja a alternativa, a saída é torrar dinheiro público para se chegar a um resultado óbvio: o povo quer a reforma.

Jogando pesado

O senador Jarbas Vasconcelos quer que o Congresso proíba que parlamentares indiciados ou processados por crimes contra a administração pública exerçam funções na mesa diretora, de liderança, no Conselho de Ética e de comando de comissões permanentes ou provisórias. “É uma precaução para não expor o parlamento a situações constrangedoras”, diz.

CURTAS

INFILTRADOS Ontem, logo cedo, a polícia identificou um grupo de encapuzados impedindo a circulação de ônibus levando servidores para Suape.  Todos fugiram quando tomaram conhecimento de que a Polícia estava chegando ao local. O serviço de inteligência do Governo já identificou vândalos vindos de São Paulo envolvidos nas manifestações.

NO PSB – O ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (sem partido), já carimbou o seu passaporte para ingressar no PSB e deve disputar um mandato de deputado federal. Seu desafio é sair majoritário de Serra, desbancando o deputado Inocêncio Oliveira, ex-aliado e hoje principal rival.

Perguntar não ofende: Por que o Congresso não faz a reforma política sem necessidade de plebiscito?

JUÍZA MARYLÚSIA FEITOSA ABRE PALESTRA INAUGURAL DO CURSO "LEI MARIA DA PENHA E O SISTEMA JUDICIÁRIO"

Marylúsia Feitosa,  Juíza titular da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Recife, proferiu palestra inaugural do curso "Lei Maria da Penha e o Sistema Judiciário", promovido pela Secretaria Estadual da Mulher em parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco. O público alvo foram os servidores do TJPE que atuam nas varas de violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.  O evento aconteceu no auditório do Fórum Paula Batista e contou com a presença da Secretária da Mulher, Cristina Buarque, do desembargador Mauro Alencar, que representou o presidente do TJPE, desembargador Jovaldo Nunes, o assessor especial do TJPE, juiz Humberto Inojosa, e a Secretária do Mulher do Recife, Silvia Cordeiro.

 

PERNAMBUCO É PIONEIRO EM CIRURGIA DE CATARATA

O Dr. Marcelo Ventura, diretor do HOPE, ápós recente viagem a Londres, a notícia que o Brasil fará parte do maior estudo multicêntrico de lentes intra-oculares do mundo. As mesmas que são cristalinos artificiais, implantados no olho durante a cirurgia, substituem o cristalino opacificado e livram de vez os pacientes dos óculos.

BLOG DeAZ DE CARA NOVA

O Blog DeAaZ está com novo conteúdo:  mais dinâmico, mais moderno, mais bonito, e com mais notícias. Acessando o blog DeAaZ, você vai ficar por dentro de tudo o que acontece no programa Revista DeAaZ. Além de acompanhar as notícias do programa w você também pode rever os programas de maior audiência. Acesse www.blogdeaz.com.br e fique por dentro de todas as notícias.

 

DeAaZ NA CASA COR SÃO PAULO 2013

Este ano o programa Revista DeAaZ visitou a 27ª edição da Casa Cor São Paulo, e produziu o especial "Casa Cor SP DeAaZ", uma grande reportagem que vai ao ar em 5 capítulos focando grandes nomes da arquitetura brasileira, a iniciativa teve apoio da empresa Casa Revest, dos empresários Diogo Meyer e Daniely Meyer que convidaram o badalado arquiteto pernambucano Cícero Souza para comentar todos os detalhes da Mostra. De acordo com Angelo Derenze, presidente do Grupo Casa Cor, "a ideia é desvendar a relação viva e apaixonada com a casa e mostrar que ela está ao alcance de todas as pessoas..." Pra conferir tudo, fique atento ao Programa Revista DeAaZ,  que vai ao ar diariamente, as 21:30 na TV Nova Nordeste e no blog www.blogdeaz.com.br

O PODER DO SORRISO MASCULINO

O odontólogo, Dr. Mauro Macedo, informa que recentes pesquisas revelaram o que as mulheres mais notam em um homem para considerá-lo atraente e charmoso. Um bom perfume e o sorriso agradável foram os itens mais citados nas respostas. Dica do Dr. Mauro Macedo: dentes brancos, alinhados e harmoniosos trazem destaque perante o público feminino. Por isso atenção homens, cuidem do seu sorriso. Mais dicas para ter um sorriso perfeito, acessem o site www.mauromacedo.com.br

 

Ao aparecer liderando a pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), para o Senado, Jarbas Vasconcelos poderia ser apontado como um candidato quase que imbatível à reeleição não fossem os ingredientes adversos que enfrentará para viabilizar seu nome.  Postulante a senador não depende exclusivamente dele, da sua vontade e do seu potencial. Depende dos outros. Historicamente, quem elege senador, com raras exceções, é o candidato a governador, o puxador de votos da chapa majoritária. Jarbas tem um capital político. Hoje, segundo o levantamento, o senador tem quase metade das intenções de voto dos pernambucanos – na verdade 49,5%. Mas se não tiver incluído numa chapa de um governador competitivo não vai a lugar nenhum. Por isso, Jarbas está à espera do governador Eduardo Campos. É dele que depende para entrar na disputa. Sem o apoio de Eduardo, as chances do peemedebista se restringirão. Há ainda outro cenário complicador para Jarbas: se o próprio Eduardo resolver disputar o Senado. Neste caso, só restará a ele tentar um mandato de deputado federal. Quanto ao deputado Eduardo da Fonte (PP), que aparece em segundo lugar com 16%, representa o chamado fato novo. Segundo deputado federal mais votado nas eleições de 2010, tendo ficado atrás apenas de Ana Arraes, mãe do governador, Dudu da Fonte, como é mais conhecido, tem como estratégia integrar uma chapa para o Senado cujo governador seja apoiado por Dilma e Lula, porque o seu partido está na base governista. Correr por fora, para tentar uma terceira via, como Carlos Wilson fez em 1994, não passa pela cabeça de Dudu. Quanto ao ministro Fernando Bezerra, que aparece em terceiro, sua candidatura só existe de fato, hoje, no Vale do São Francisco, sua base eleitoral. Para crescer e se viabilizar, tanto para governador quanto ao Senado, Bezerra tem que adotar uma estratégia para se inserir no resto do Estado, principalmente na Região Metropolitana, onde se observam seus menores índices de intenção de voto.

O DIFERENCIAL - Eduardo da Fonte ficou animado com os 16% de intenção de voto que recebeu para o Senado. Ele atribuiu ao seu trabalho no Congresso, mas o que os seus aliados dizem que é que a cruzada contra o aumento das tarifas de energia elétrica tem traduzido em bons resultados na mídia, dando um diferencial ao seu mandato. O seu alvo principal em Pernambuco é a Celpe, que, segundo ele, pratica preços exorbitantes nas suas tarifas.

O pato manco

Quem deu a dica para a presidente Dilma propor o plebiscito para uma Constituinte exclusiva sobre a reforma política foi o presidente da OAB, Marcos Vinicius, segundo uma fonte palaciana. Como é vista como inconstitucional, Vinicius deu uma de pato manco.

Sem sair das ruas

Enquanto os pernambucanos se concentravam, ontem, no jogo do Brasil contra o Uruguai, um grupo de manifestantes, estimado em quatro mil pessoas, promoviam um protesto nas imediações do Centro de Convenções. Em determinado momento, os ânimos se acirraram e por pouco não houve conflito entre os mais exaltados e a Polícia Militar.

Fora de órbita

Depois dos protestos, o governador Eduardo Campos, pré-candidato do PSB ao Planalto, deu uma recuada estratégica nas incursões pelo País. Foi convidado, por exemplo, para fazer uma palestra dirigida a um grupo de mil pequenos produtores rurais em Santa Catarina, mas ainda não confirmou se irá. Como diz Ney Maranhão, Eduardo assunta a maçaranduba do tempo.

Oposição fraqueja

Do jornalista Ilimar Franco, de O Globo, em sua coluna de ontem: “A oposição não gostou da participação dos seus na reunião com a presidente Dilma. Dizem que o governador Geraldo Alckmin (SP) “amarelou”. Cobrado, o governador Beto Richa (PR) desculpou-se dizendo que quem o antecedeu (Alckmin) interveio “puxando o saco” da presidente. Também não gostaram das loas ao “pacto” na saída”.

CURTAS

ABANDONO - É vergonhosa a situação da falta de conservação da BR-232, que liga Recife a Caruaru. Quem foi obrigado a circular por ali nesses dias de festejos juninos sofreu com os buracos, mato e falta de acostamento. O engraçado é que muitas autoridades circularam pela estrada e não deram um pio.

APOSTA EM LÓSSIO - Vice-prefeito de Petrolina, o empresário Guilherme Coelho gostou dos 3% atribuídos ao prefeito do município, Júlio Lóssio, na pesquisa para governador do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB). “Quando se candidatou pela primeira vez a prefeito Lóssio largou com 2%. Ele é um fenômeno nas ruas”, diz, animado.

Perguntar não ofende: O Congresso começou a ouvir a voz rouca das ruas?

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