Tópicos | conflito

Três tanques sírios entraram em uma área desmilitarizada em Golan Heights, levando Israel a reclamar com forças de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou um porta-voz do Exército. A incursão seria a primeira violação em 40 anos e eleva as preocupações de que a violência da guerra civil da Síria poderia esquentar na tranquila fronteira.

A resposta relativamente discreta de Israel de reclamar com a ONU sugere que o país não viu os tanques da Síria como uma ameaça imediata. Mas a entrada marca o contágio mais grave da turbulência da Síria na fronteira até agora. Bombas sírias explodiram dentro de Israel em várias ocasiões e um local turístico foi fechado temporariamente após sírios armados serem vistos recentemente nas proximidades. As informações são da Associated Press.

##RECOMENDA##

Um conflito entre os partidários de ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) atrapalhou a votação na Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. A instituição é local de votação do candidato do DEM, que teve sua entrada invadida por 50 militantes do PT, que começaram a cantar palavras de ordem.

Contrariados, os cabos eleitorais dos Democratas, também de cerca de 50, iniciaram um bate-boca, seguido de empurra-empurra. A entrada da faculdade acabou sendo bloqueada pelos manifestantes, exigindo uma ação da Polícia, para montar um corredor de proteção para os eleitores que buscavam chegar às urnas.

##RECOMENDA##

Alguns dos principais apoiadores da campanha de ACM Neto ainda estavam no local, como o ex-governador Paulo Souto, também do DEM, e outros dirigentes do partido, além do ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira de Lima (PMDB). O peemedebista atribuiu a manifestação petista ao resultado da pesquisa Ibope divulgada na noite de sábado (27), que apontou a liderança de ACM Neto. "É desespero. Agride até a democracia em si", afirmou.

[@#video#@]

 

##RECOMENDA##

O exército do Líbano reforçou nesta segunda-feira a segurança em Beirute. Em um comunicado, os oficiais das Forças Armadas expressaram a firme determinação de "restabelecer a ordem e a paz civil", após os recentes episódios de violência na capital.

A Marinha do Quênia bombardeou nesta terça-feira a cidade portuária de Kismayo, na Somália, último reduto significativo controlado pelos insurgentes extremistas da milícia Al-Shabab. O bombardeio ocorreu como etapa inicial para a invasão de forças terrestres que deverão capturar Kismayo, disse o coronel Cyrus Oguna, um oficial queniano. Oguna disse que os bombardeios mataram sete pessoas no sábado e na segunda-feira, que acredita-se sejam extremistas da al-Shabab. A Marinha queniana também destruiu uma bateria e uma metralhadora dos islamitas.

Oguna disse que o exército queniano se move pela costa e deverá capturar Kismayo por terra. No começo deste ano, os militares quenianos prometeram tomar o porto até agosto, mas a invasão foi lenta, porque os soldados tiveram que guarnecer cidades tomadas à al-Shabab e atender aos civis, disse o governo do Quênia. Kismayo fica a cerca de 100 quilômetros do Quênia, no sul da Somália.

##RECOMENDA##

A al-Shabab move há anos uma guerra contra o governo somali e as tropas da União Africana (UA). Os militares de Uganda formam a maior parte das tropas da UA que estão na Somália. Tropas da Uganda e do Burundi expulsaram a al-Shabab da capital Mogadiscio há cerca de um ano. Uganda e o Burundi são vizinhos à Somália e veem a al-Shabab como uma ameaça regional. Os extremistas agora se concentraram em Kismayo e no sul da Somália.

As informações são da Associated Press.

O chefe do principal grupo de oposição da Síria defendeu, do exílio, neste domingo a imposição de zona de exclusão aérea nas regiões de fronteira para proteger civis sírios que convivem com ataques cada vez mais intensos de aviões e helicópteros do regime. O presidente do Conselho Nacional Sírio, Abdelbaset Sieda, destacou que um movimento desse tipo da comunidade internacional mostraria ao governo de Bashar Assad a força da oposição que o regime desperta pelo mundo.

A oposição síria vem clamando por uma zona de exclusão aérea na Síria há meses. Mas Sieda renovou o apelo um dia depois que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que Washington e Turquia estão discutindo uma série de medidas, incluindo a zona de exclusão área em partes da Síria, porque o regime usa cada vez mais a Força Aérea para atacar os rebeldes.

##RECOMENDA##

"Deve haver proteção especial", disse Sieda, por telefone. "Se o país continua desse jeito, então estamos caminhando para uma catástrofe." Questionado sobre quem iria impor a zona de exclusão aérea, Sieda afirmou: "deixamos para a comunidade internacional".

A guerra civil da Síria se espalhou para quase todas as províncias do país e o número de mortes aumentou nas últimas semanas. Ativistas disseram que mais de 20 mil pessoas foram mortas desde o começo da revolta contra o governo de Assad, em março de 2011.

Mais cedo, o secretário-geral adjunto da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli, informou a repórteres na sede do grupo, no Cairo, que os ministros árabes decidiram adiar uma reunião sobre o conflito sírio que seria realizada na Arábia Saudita hoje. Os ministros se reuniriam na cidade de Jeddah para discutir as próximas ações ante o conflito depois da renúncia do mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, e um nome para sucedê-lo. A reunião foi "adiada para uma data posterior", destacou Helli.

Confrontos

Ativistas relataram mais confrontos este domingo em Damasco, Alepo, Homs e Daraa. O grupo ativista Observatório de Direitos Humanos da Síria disse que não tinha informações sobre vítimas.

Também neste domingo a agência de notícias estatal síria Sana e a rede de televisão árabe Al-Arabiya informaram que dois jornalistas sírios foram mortos na capital Damasco. Ambos os repórteres morreram ontem.

A Sana afirmou que um dos seus repórteres, Ali Abbas, foi morto na casa onde morava em Damasco. Conforme a reportagem, "um grupo terrorista armado" (termo utilizado pelo regime para os rebeldes) teria sido responsável pelo crime. Não foram informados outros detalhes.

Já a Al-Arabya destacou que o sírio Bara'a Yusuf al-Bushi, um desertor do exército da Síria que trabalhava como freelancer para a rede e outras corporações de mídia internacionais, foi morto em um ataque a bomba enquanto fazia uma reportagem em al-Tal, subúrbio do norte de Damasco.

No sábado, dois ataques a bomba em Damasco causaram confusão em áreas da capital síria, que antes era um marco simbólico da resistência contra Assad. Uma das explosões, de um mecanismo plantado embaixo de uma árvore, foi disparada por controle remoto quando um veículo transportando soldados passou pelo distrito de Marjeh. A explosão ocorreu há cerca de 100 jardas (91,4 metros) do Hotel Four Seasons, uma das opções de hospedagem de luxo em Damasco.

Depois da explosão, homens armados abriram fogo contra civis para "provocar pânico", segundo a agência de notícias estatal. Ao mesmo tempo, uma segunda explosão ocorreu perto do estádio Tishrin, a menos de uma milha (1,6 quilômetros) de distância da primeira, destacou a Sana.

Horas mais tarde, um ônibus teria sido atacado em um subúrbio de Damasco, matando seis passageiros que vinham da província de Hama, no centro do país. As informações são da Associated Press.

Fortes confrontos entre rebeldes e forças do governo da Síria ocorreram neste sábado (21), deixando pelo menos 90 mortos em todo o país. Segundo a organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos, pelos menos 41 mortos são civis, vítimas dos confrontos na capital, Damasco, e na segunda maior cidade do país, Alepo.

Forças do regime lançaram um ataque contra redutos da oposição em Damasco, após os rebeldes tomarem os postos de fronteira da Síria com a Turquia e com o Iraque nos últimos dias. Combatentes rebeldes também entraram em confronto com as tropas em diversos bairros de Alepo.

##RECOMENDA##

A televisão estatal alardeou a ofensiva militar em Damasco. "Nossas corajosas forças armadas limparam completamente a área de Midan, em Damasco, dos terroristas mercenários remanescentes e restabeleceram a segurança", disse a emissora. Uma fonte da área de segurança contou à France Presse que o Exército agora controla os bairros de Midan, Tadamon, Qaboon, e Barzeh, enquanto duros confrontos foram reportados em outros distritos, como Jubar, Mazzeh e Kfar Sousa.

Em Alepo, as tropas do presidente Bashar al-Assad abriram fogo contra uma grande manifestação, segundo informações de ativistas. "Nós ouvimos enormes explosões e o tiroteio durou várias horas. O levante finalmente chegou a Alepo", afirmou o ativista Mohammad Saeed, em uma entrevista para a Associated Press por meio do Skype. Até agora, a cidade permanecia amplamente fiel a Assad e não tinha registrado confrontos sangrentos.

Os rebeldes também tomaram o lado sírio do posto de fronteira com a cidade iraquiana de Rabiya, segundo informou Atheel al-Nujaifi, governador da província de Ninevah, no Iraque. Segundo as autoridades iraquianas, os rebeldes sírios rasgaram e atiraram em fotos de Assad, mas não encontraram nenhuma resistência dos soldados que estavam no posto, que se renderam pacificamente. O Iraque fez uma barricada no seu lado da fronteira e aumentou o número de soldados na região.

Na cidade de Homs, uma rebelião acontece em um grande presídio, segundo grupos de ativistas. Eles temem um "massacre" no local, que está cercado por tanques, após vários guardas desertarem e os prisioneiros assumirem o controle de parte da cadeia.

Repercussão

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, alertou que Assad deve se preparar para deixar o poder. "O regime de Bashar al-Assad está condenado pelo seu próprio povo, que mostrou grande coragem. É hora de se preparar para a transição e o dia seguinte", comentou. Ele também conclamou a oposição síria a se unir. "É hora da oposição começar a tomar o controle do país. Nós queremos a rápida formação de um governo interino, que será representativo da diversidade da sociedade síria".

Os conflitos na Síria têm feito milhares de pessoas fugirem para países vizinhos, como o Líbano e o Iraque. Autoridades iraquianas afirmam que quase mil pessoas deixaram a Síria em oito voos que partiram de Damasco nos últimos dois dias. Outras 5 mil teriam passado por um posto de fronteira neste sábado.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste sábado que está enviando o chefe das forças de paz, Herve Ladsous, para a Síria, para avaliar a situação. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, uma resolução renovando por mais 30 dias a presença de um grupo de 300 observadores no país. Eles foram enviados para a Síria três meses atrás, para monitorar um acordo de cessar-fogo, que nunca chegou a ser implementado.

Ban pediu que os dois lados interrompam a violência, mas apontou que o governo sírio "precisa parar a matança e o uso de armas pesadas contra a população". As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou que agora considera o conflito na Síria como uma guerra civil total, o que significa que leis humanitárias internacionais se aplicam em todo o país. Também conhecida como regras da guerra, a legislação humanitária internacional dá às partes envolvidas em um conflito o direito de usar forças adequadas para atingir seus objetivos.

A avaliação do grupo com sede em Genebra, na Suíça, é uma referência importante para as partes determinarem quanto e qual tipo de força podem usar. Além disso, a avaliação pode formar as bases para processos por crime de guerra, especialmente se os civis forem atacados ou inimigos detidos forem abusados ou mortos.

##RECOMENDA##

Anteriormente, o comitê da Cruz Vermelha restringia sua avaliação do escopo do conflito a pontos focais em Idlib, Homs e Hama, mas Hicham Hassan, porta-voz do comitê, disse que a violência se espalhou além dessas áreas.

"As hostilidades se espalharam para outras regiões do país", afirmou Hassan. "A legislação humanitária internacional se aplica a todas as áreas em que as hostilidades estão ocorrendo", acrescentou. As informações são da Associated Press.

A polícia da Alemanha afirmou que ativistas de esquerda entraram em confronto hoje com as forças de segurança e com um grupo de extrema-direita na cidade de Hamburgo, no norte do país. Diversos policiais ficaram feridos durante o conflito, no qual os esquerdistas atearam fogo a barricadas e jogaram garrafas e pedras para tentar conter a manifestação do grupo neonazista no distrito de Wandsbek.

A polícia usou canhões de água para conter os manifestantes e quase 700 pessoas foram pressas, segundo relatos da imprensa local. Mais de 1 mil agentes de segurança participaram da operação, que contou também com um helicóptero.

##RECOMENDA##

Separadamente, a polícia informou que mais de 10 mil pessoas participaram de uma manifestação pacífica organizada por sindicatos e partidos políticos no centro de Hamburgo, em um protesto contra o movimento neonazista. As informações são da Associated Press.

 

Por Everton Ferreira, da Palestina, especial para o LeiaJá

##RECOMENDA##

15 de maio é uma data marcante para o povo Palestino. Neste data, em 1948, ocorreu o “Nakba”, traduzido para o português”, Dia da Catástrofe”, quando 711 mil árabes palestinos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos de seus lares, em razão da guerra civil de 1947-1948 e da Guerra Árabe-Israelense de 1948. Neste mesmo dia deu-se a constituição do Estado de Israel e desde essa data a relação entre Palestinos e Israelenses é marcada por vários conflitos por terra.

Para lembrar o fato de forma diferente e pacífica, diferente das cenas de pessoas lançando pedras, pedaços de madeira para o lado israelense do muro da separação, dois eventos esportivos movimentam o país nesses dias. A Federação Palestina de futebol organizou um Campeonato internacional de Futebol com o slogan “De Nakba a Estado”.

Indonésia, Sri Lanka, Paquistão, Vietnã, Mauritânia, Jordânia, Tunísia e Iraque, foram convidadas para se juntar a seleção Nacional da Palestina. Divididos em três grupos, as equipes se enfrentarão entre os dias 13 a 24 de maio em seis diferentes estádios, Husseni–Ram, Majed–Albireh, Dura, Nablus, Alhussein–Hebron.

O primeiro jogo ocorreu no dia 14 entre Palestina e Vietnã, em Husseni–Ram, primeiro estádio construído no país , com a vitória do time da casa por 2 a 0.

Nesta terça-feira também foi realizada a terceira Maratona Internacional de Jerusalém. Uma corrida sem vencedores por posições, com o objetivo de levar a mensagem para o mundo da causa Palestina para a demolição do muro da separação, união dos islâmicos e cristãos que vivem no mesmo território e a retomada de Jerusalém reconhecida por outras nações.

Crianças, jovens e adultos participaram juntos do evento, vestindo camisas e bonés com as cores oficiais da bandeira palestina. A ideia dos organizadores é transformar a corrida profissional no futuro com a distância olímpica de 42km e que ela possa ser realizada em outros países árabes também que apoiem a causa. Essa é a terceira vez que o evento acontece, a primeira foi em maio de 2010 e a segunda em dezembro de 2011.

O Sudão declarou estado de emergência em sua fronteira com o Sudão do Sul, neste domingo, em uma ação que impõe embargo comercial com o sul e suspende a constituição, segundo a agência oficial de notícias Suna.

O presidente Omar al-Bashir divulgou resolução declarando emergência nos distritos de fronteira dos Estados Kordofan do Sul, Nilo Branco e Sennar.

##RECOMENDA##

Um governador de um Estado de fronteira no Sudão deu prazo de uma semana para que 12 mil sudaneses do sul, que estão ao sul de Khartoum, deixem o país, divulgou a agência.

"O governador do Estado de Nilo Branco, Yusuf al-Shambali, confirmou que deu o dia 5 de maio como prazo para os sudaneses do sul que esperam em Kosti", ao sul de Khartoum, de acordo com a agência. "A presença de sudaneses do sul em Kosti ameaça a segurança e o ambiente para os cidadãos de Kosti". As informações são da Dow Jones.

Uma autoridade militar do Sudão do Sul disse hoje que rebeldes apoiados pelo Sudão atacaram uma cidade da fronteira disputada entre os dois países. O porta-voz militar do Sudão do Sul, coronel Philip Aguer, disse que o ataque de ontem ocorreu próximo de Malakal, uma das capitais estaduais do país africano.

Ele afirmou que as tropas do sul expulsaram os rebeldes, capturaram três deles, e apreendeu um caminhão pertencente ao exército sudanês, mas não informou o número de mortos. O ataque é o último de uma série de conflitos na fronteira com o Sudão do Sul, com cada lado dizendo que sofre agressão do outro. O sul conquistou a independência do norte no ano passado, mas tem questões não resolvidas relacionadas com o petróleo.

##RECOMENDA##

Enquanto isso, a agência estatal de notícias do Sudão informou que o exército do país prendeu três estrangeiros e um soldado do Sudão do Sul numa região disputada na fronteira. Segundo a agência, os quatro estavam envolvidos em atividades "suspeitas" na região de Heglig, mas não deu detalhes. O ministro da Informação do Sudão, Abdullah Massar, disse os detidos são de nacionalidades britânica, norueguesa e sul-africana. Além disso, afirmou que eles estão sendo interrogados.

Mais cedo, o Sudão informou ter rejeitado o envolvimento do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nos esforços para acabar com os confrontos na fronteira com o Sudão do Sul, que despertam temores de uma guerra maior. "O Sudão confirma que rejeitou qualquer esforço para perturbar o papel da União Africana e levar a situação entre o Sudão e o Sudão do Sul ao Conselho de Segurança da ONU", disse o ministro de relações exteriores Ali Karti, em comunicado.

A própria União Africana, em decisão tomada na terça-feira, pediu ao Conselho de Segurança que endossasse sua demanda para que os dois Sudões interrompessem as hostilidades em 48 horas, iniciassem o diálogo em duas semanas e concluíssem um acordo de paz em três meses. Mas Karti - que expressou plena confiança no papel da União Africana - disse que o envolvimento do Conselho de Segurança "daria prioridade a uma posição política que foi anunciada antes e tem uma agenda secreta". Ele não detalhou esse comentário. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Juba, 28 - O Sudão do Sul anunciou neste sábado que está pronto para retirar suas forças policiais de partes da contestada região fronteiriça de Abyei para atender às demandas internacionais. "O ministro de interior vai ampliar a retirada da força policial do Sudão do Sul em Abyei, desde que (as Nações Unidas) e a União Africana cuidem de seus cidadãos na área", declarou um porta-voz. As informações são da Dow Jones. (Equipe AE)

O Sudão rejeitou neste sábado o envolvimento do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nos esforços para acabar com os confrontos na fronteira com o Sudão do Sul, que despertam temores de uma guerra maior. "O Sudão confirma que rejeitou qualquer esforço para perturbar o papel da União Africana e levar a situação entre o Sudão e o Sudão do Sul ao Conselho de Segurança da ONU", disse o ministro de relações exteriores Ali Karti, em comunicado.

A própria União Africana, em decisão tomada na terça-feira, pediu ao Conselho de Segurança que endossasse sua demanda para que os dois Sudões interrompessem as hostilidades em 48 horas, iniciassem o diálogo em duas semanas e concluíssem um acordo de paz em três meses.

##RECOMENDA##

Mas Karti - que expressou plena confiança no papel da União Africana - disse que o envolvimento do Conselho de Segurança "daria prioridade a uma posição política que foi anunciada antes e tem uma agenda secreta". Ele não detalhou esse comentário. As informações são da Dow Jones.

As Polícias Militar, Civil e Federal do estado da Bahia informaram, em entrevista coletiva realizada neste domingo, que tropas do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal foram enviadas para as regiões de conflito entre índios e fazendeiros na região sul da Bahia.

Conforme informações do delegado da Polícia Federal Rodrigo Reis, 30 homens das forças especiais da polícia foram convocados para avaliar a atual situação das terras invadidas e considerar se serão necessários mais reforços para iniciar a operação de pacificação da região. Os policiais devem calcular o total de áreas tomadas, a quantidade de homens que invadem as terras e localizar principais culpados.

##RECOMENDA##

Reis afirmou que o Estado vai evitar o conflito direto, mas admitiu que, conforme a situação ocorrer, todas as medidas cabíveis em lei poderão ser tomadas. "As tropas também visam identificar e prender os eventuais líderes dos movimentos ou chefes de quadrilha", disse. Segundo o delegado, entre os crimes cometidos estão posse ilegal de armas, formação de quadrilha e desapropriação de terra.

De acordo com a polícia, índios da tribo Tupinambás fizeram solicitação para demarcação das terras, mas a medida ainda não foi concluída e os índios teriam decidido invadir as terras para pressionar a Justiça.

Reis lembrou que as invasões de terras acontecem há alguns anos, mas nunca foram em tão larga escala. "Os índios invadem as fazendas com grupos armados e fazem reféns, expulsando os fazendeiros, empregados, e, de acordo com algumas denúncias, ocorrem pequenos furtos e morte de gado", disse.

Os fazendeiros teriam começado a procurar o apoio da polícia para diminuir os prejuízos causados pelas invasões. "Vamos trabalhar nas investigações para avaliar se os índios estão recebendo algum apoio logístico, porque eles têm armas que desaparecem muito rápido", afirmou Reis. De acordo com o delegado, grupos armados invadem as fazendas e desaparecem, deixando apenas mulheres, crianças e idosos nas terras tomadas. Segundo ele, foram invadidas cerca de 64 fazendas desde fevereiro, sendo que as primeiras 40 invasões foram realizadas durante o feriado de carnaval.

Um índio da aldeia pataxó hã-hã-hãe, tribo que ocupa fazendas da região sul da Bahia desde o início do ano, foi baleado na perna, na tarde desta sexta-feira, em um dos terrenos invadidos pelos indígenas na região, no município de Pau Brasil.

O tiro causou uma fratura na perna do índio, que foi atendido no Hospital de Base de Itabuna. Ainda não foram identificados suspeitos do ataque, mas as lideranças indígenas afirmam que fazendeiros da região estão contratando pistoleiros para tentar expulsar os índios das áreas ocupadas.

##RECOMENDA##

Desde o início do ano, os pataxós invadiram 68 fazendas da região, 14 apenas na última semana. As propriedades estão instaladas dentro de uma área de 54,1 mil hectares, que abrange os municípios de Pau Brasil, Itaju do Colônia e Camacan, demarcados como Território Indígena Catarina Paraguaçu em 1936.

Apesar da regulamentação, a partir da década de 1940 as terras passaram a ser arrendadas pelo governo federal a fazendeiros que, mais tarde, receberam títulos de posse dos terrenos do governo baiano. Em 1982, a Fundação Nacional do Índio (Funai) propôs uma ação cível ordinária ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação de 400 títulos emitidos pelo governo baiano.

A ação tem relatoria da ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha e chegou a ter o julgamento agendado para 20 de outubro último, mas o governo do Estado pediu para que o tema fosse retirado da pauta pelo risco de "grave comoção pública e eventual desordem social" que a decisão poderia acarretar. Em 31 de março, a ministra entrou com pedido de urgência para a reinclusão do processo na pauta do STF.

Segundo as lideranças indígenas, os pataxós não pretendem deixar as fazendas ocupadas - de acordo com eles, os terrenos serão transformados em aldeias. Os fazendeiros reclamam de prejuízos diversos. De acordo com eles, a pecuária e a produção de cacau, principais atividades rurais da região, correm risco por causa das ocupações.

Existe o temor, na região, de que ocorra um conflito armado entre as partes. Na quarta-feira, cerca de mil pessoas, entre religiosos, estudantes e comerciantes, promoveram uma caminhada em Itaju do Colônia para pedir o fim dos conflitos entre indígenas e fazendeiros. A Polícia Militar monta barreiras nas estradas da região para impedir confrontos entre as partes.

No final da tarde, as mulheres dos detentos no presídio Aníbal Bruno realizaram uma manifestação em frente à unidade prisional, chegando a fechar a avenida Liberdade. Após as visitas realizadas neste domingo (26), os familiares dos presos afirmavam que o clima é tenso dentro do presídio e que pode haver rebelião ainda nesta noite.

“Estão com tudo pronto lá dentro para fazer uma rebelião. Isso aí (o presídio) vai pegar fogo”, contou uma familiar de um dos presos, que não quis ser identificada. A mãe de um detento, que também preferiu não se expor, disse que o motivo da rebelião é por conta de supostos maus tratos que os presidiários estão sofrendo. “Eles estão sendo tratados como cachorros. Os visitantes são humilhados em dias de visita. Eles são gente. Cadê os direitos humanos?”, relatou a mulher.

De acordo com a Secretaria de Ressocialização do Estado (Seres), tudo está controlado, mas os funcionários que fazem a segurança do presídio estão de plantão.

Uma missão com 50 observadores da Liga Árabe (que reúne 23 nações) está na Síria para acompanhar um acordo que pretende encerrar a onda de violência no país. A comissão se reúne hoje (27) com representantes do governo de Homs. Na cidade, 34 pessoas foram mortas durante choques entre manifestantes contrários ao governo e forças de segurança apenas ontem (26).

Homs tem sido um dos principais focos de resistência dos militantes que exigem a saída do presidente sírio, Bashar Al Assad. Desde março, ele é alvo de protestos e reações populares. Os choques entre ativistas e forças do governo mataram mais de 4 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

##RECOMENDA##

Assad é acusado de promover ações que levaram a uma série de violações de direitos humanos, como assassinatos, torturas, prisões políticas, inclusive de crianças e adolescentes. Nos últimos meses, a Liga Árabe assumiu a intermediação das negociações. Mas só ontem a comissão de observadores conseguiu seguir viagem rumo à Síria.

O Brasil, por sua vez, acompanha as negociações e apoia as iniciativas da Liga Árabe. Em pouco mais de duas semanas, o embaixador Cesário Melantonio Neto assumirá a função de emissário especial do Brasil para o Oriente Médio, junto a Turquia e o Irã. Pela frente, o diplomata, com mais de 40 anos de profissão, prevê ainda um longo período de tensão na região, aliado às articulações para evitar o agravamento da violência.

De acordo com o embaixador, o desafio do Brasil é manter a posição não intervencionista e a defesa do diálogo como alternativa de negociação. Nos últimos dias, ainda como embaixador brasileiro no Cairo, Melantonio Neto esteve às voltas com as eleições parlamentares no Egito e as negociações para encerrar o impasse na Síria.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, promulgou nesta segunda-feira uma lei que declara "patrimônio" e "zona intocável" o Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Secure (Tipnis), reserva ecológica de 1,2 milhão de hectares, colocando fim ao projeto para a construção de uma estrada que cortaria este território, com financiamento do BNDES e que ficaria a cargo da construtora brasileira OAS. Os protestos indígenas desencadearam uma forte crise administrativa no governo de Evo.

Na noite de ontem, a Assembleia Legislativa boliviana, após longo debate, aprovou uma lei que garante que a estrada não será feita neste território. Os protestos indígenas já duravam mais de dois meses. Os índios realizaram uma marcha desde a região de Beni, a cerca de 390 quilômetros de La Paz, até a capital, que foi alcançada pelos manifestantes na quarta-feira da semana passada. Foi em La Paz que eles se reuniram com o presidente boliviano para discutir a questão.

##RECOMENDA##

"Nosso orgulho é havermos chegado até aqui, com a superação de várias dificuldades no trajeto. Evo poderia ter aprovado esta lei bem antes, mas, de qualquer forma, nós o agradecemos", disse Miriam Yuganore, uma das dirigentes da marcha. O líder do movimento, Fernando Vargas, lembrou da repressão policial contra os índios ocorrida em 25 de setembro, e que deixou vários feridos. Os índios alegam que a ordem para a abordagem ostensiva partiu de Evo. "O processo de troca não se dá com a violência, mas com cuidados para não agredir a biodiversidade", frisou Vargas. As informações são da Associated Press.

Forças revolucionárias da Líbia tomaram hoje um centro de convenções que servia como base para os combatentes leais a Muamar Kadafi na cidade natal do líder, avançando sobre Sirte, conforme pressionam os que ainda se encontram no local.

A incapacidade de tomar Sirte, mais importante reduto dos defensores de Kadafi, mais de seis semanas após as forças anti-Kadafi tomarem a capital, atrapalhou os esforços dos novos líderes da Líbia para determinar um cronograma para as eleições e avançar com a transição para a democracia.

##RECOMENDA##

Os defensores de Kadafi também detêm o enclave de Bani Walid, onde as forças revolucionárias relataram ter avançado após semanas de ações. Acredita-se que figuras de alto nível do antigo regime estariam em Bani Walid.

A liderança de transição afirmou que vai declarar a liberação após a captura de Sirte, porque isso significará que detém todos os portos do país. O líder de facto da Líbia, Mustafa Abdul-Jalil, chefe do Conselho Nacional de Transição, afirmou hoje que combatentes anti-Kadafi conseguiram enormes avanços em Sirte e em Bani Walid.

"Eu acredito, se Deus quiser, que a liberação dessas cidades acontecerá dentro nesta semana", disse Abdul-Jalil a repórteres em Trípoli. Ele afirmou que as forças revolucionárias em Sirte avançaram pelo centro da cidade em forte combate e que agora estão retirando a resistência.

Em Bani Walid, os combatentes expulsaram as forças de Kadafi do aeroporto, disse Abdullah Kenshil, que liderou negociações pelos revolucionários para que houvesse uma entrega pacífica da cidade. "A tomada de Bani Walid é iminente", disse ele. "Os combatentes estão a apenas um quilômetro do centro de Bani Walid."

Localizada 400 quilômetros a sudeste de Trípoli, Sirte é determinante para a unidade física do país de 6 milhões de pessoas, pois encontra-se no centro da planície costeira onde a maioria dos líbios vive, bloqueando as rotas mais fáceis entre o leste e o oeste.

Hoje, o Centro de Convenções Ouagadougou, complexo que Kadafi usou para reuniões internacionais, estava em ruínas. Durante a tomada, combatentes de Kadafi usaram o local como base. De lá eles puderam dominar a vizinhança e atacar revolucionários que tentavam entrar em Sirte.

No hospital Ibn Sina, centenas de civis feridos lotavam os corredores. Não havia eletricidade nem água, e apenas alguns estudantes de medicina e enfermeiras atendiam os pacientes.

As forças revolucionárias também controlam agora a Universidade de Sirte. Conforme eles avançam, as forças defensoras de Kadafi combatem em um perímetro que encolhe cada vez mais, formado apenas por um complexo de palácios, alguns prédios residenciais e um hotel perto do centro da cidade. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando